Moral especial - Dez Mandamentos
08
Oitavo Mandamento
Aulas previstas:
01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
Estrutura (6 slides)
10. Nono e Décimo Mandamento
Primeiro Mandamento (20 slides)
(8 slides)
Segundo Mandamento (7slides)
11. Virtudes (26 slides)
Terceiro Mandamento (5 slides)
Quarto Mandamento (11 slides)
Quinto Mandamento ( 23 slides)
Sexto Mandamento ( 20 slides )
Sétimo Mandamento (12 slides)
Oitavo Mandamento (13 slides)
Moral especial - Oitavo Mandamento

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Ex 20, 16: “Não darás falso testemunho contra o teu
próximo” (cfr. Dt 5, 20).
Lev 19, 11: “Não mentireis, nem vos enganareis uns
aos outros”. A mentira e a calúnia vão unidas com
frequência.
 CCE 2483: “Mentir é falar ou agir contrariamente à verdade, para induzir em erro”.
CCE 2508: “A mentira consiste em dizer o que é falso, com a intenção de enganar
o próximo”.
 O homem deve amar a verdade, expressá-la, defendê-la e comunicá-la.
Todo o homem, por natureza, deseja conhecer a verdade” (Aristóteles,
Metafísica I, 1, 980b). A verdade é própria do ser inteligente.
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 A verdade tem relação com a própria pessoa de
Jesus. Evangelho de S João: “sou o Caminho, a
Verdade e a Vida” (14, 6), “cheio de graça e de
verdade” (1, 14), “se permaneceis na minha palavra,
conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres”
(8, 31-32), “santifica-os na verdade: a tua palavra é
a verdade” (17, 17), “quando venha Aquele, o Espírito
da verdade, vos guiará a toda a verdade”(16, 13)...

CCE 2468: “A verdade como rectidão da acção e da palavra humana, chama-se veracidade, sinceridade ou franqueza.
A verdade ou a veracidade é a virtude que consiste em mostrar-se verdadeiro nos actos e em dizer a verdade nas palavras, evitando a duplicidade,
a simulação e a hipocrisia”.
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 Santo Agostinho, Sobre a mentira IV: “A mentira
consiste em dizer falsidades com a intenção de
enganar”. Portanto implica:
 1) dizer o contrário do que se pensa;
 2) dizê-lo com intenção de enganar.
 Distinguem-se três tipos de mentira: a jocosa (dizer uma piada ou entreter),
a oficiosa (para obter um benefício a favor de si próprio ou de um terceiro), e
a danosa , se mentindo, se pretende fazer mal a alguém.
A primeira não é pecado, a segunda é quase sempre pecado venial, a terceira
é pecado mortal quando se lesa gravemente a caridade ou a justiça.
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 Na mentira estão contidos numerosos males:
 encerra uma ofensa directa contra a verdade;
 induz ao erro a quem é dita, que tem direito a não ser enganado;
 lesa o fundamento da comunicação dos homens entre si;
 fomenta (e às vezes, tem nela a própria origem) a vaidade
e a soberba;
 quem mente perde a reputação e a fama;
 lesa a caridade no trato com o próximo;
 pode faltar à justiça, quando se mente com prejuízo de outro;
 é funesta para a convivência, visto que cria desconfiança nas
relações sociais.
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Uma frase pode ter um duplo sentido: “digo-te que não sei” costuma significar uma resposta negativa, mas, de não definitivo pode significar também
“só te digo ‘que não sei’”. Uma restrição mental é uma espécie de frases
que consiste em trasladar com a mente uma expressão ou frase para sentido diferente daquele que se depreende do significado óbvio das palavras.
A restrição puramente mental (quando é absolutamente impossível descobrir o sentido verdadeiro) não é lícita.
Por ex.:dizer «vi Paris» pensando interiormente “numa fotografia”.
A restrição latamente mental (quando o verdadeiro sentido pode descobrir-se)
pode ser lícita com justa e proporcionada causa. Ex.: para guardar um segredo, ou dizer: “o senhor não está em casa” quando está, dado que se pode
entender o sentido verdadeiro (no contexto).
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 Segredo é o conhecimento de uma verdade que deve manter-se oculta.
Pode ser prometido (deve guardar-se em virtude duma promessa, expressa
ou implícita como o segredo profissional) ou natural (deriva da lei natural).
 O segredo profissional é também de direito
natural e frequentemente não o guardar lesa
a justiça porque provem de um compromisso
tácito. Caso do médico ou do sacerdote a quem
se faz uma confidência fora da confissão.
No caso de confissão: “sigilo sacramental”.
 Pode-se pecar usando o segredo em proveito próprio ou alheio. Casos
no âmbito da compra venda, na indústria, campo intelectual, investigação,
etc..
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CCE 2491: “Os segredos profissionais - conhecidos, por exemplo, por
políticos, militares, médicos, juristas - ou as confidências feitas sob sigilo
devem ser guardados, salvo em casos excepcionais em que a retenção
poderia causar ao quem o confiou, a quem o recebeu ou a terceiros danos
muito graves e evitáveis somente pela revelação da verdade. As
informações privadas prejudiciais a outros, mesmo que no tenham sido
confiadas sob sigilo, não devem ser divulgadas sem uma razão grave e
proporcionada”.
CCE 2490: “O segredo do sacramento da Reconciliação é sagrado e não
pode ser revelado sob pretexto algum. «O sigilo sacramental é inviolável;
pelo que o confessor não pode denunciar o penitente, nem por palavras nem
por qualquer outro modo, nem por causa alguma».
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a
b
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Além dos pecados da mentira e das faltas cometidas por revelação
indevida do segredo, também se pode faltar à veracidade se se
cometem outras acções, tais como, por exemplo, a calúnia, o juízo
temerário, a suspeita, a maledicência, o falso testemunho e o
perjúrio.
CCE 2487: “Qualquer falta cometida contra a justiça e a verdade leva
consigo o dever de reparação, mesmo que o seu autor tenha sido
perdoado. Quando é impossível reparar publicamente um mal, deve-se
fazê-lo em segredo; se aquele que foi lesado não pode ser
indemnizado directamente, deve dar-se-lhe uma satisfação moral,
em nome da caridade. Este dever de reparação diz respeito também às
faltas cometidas contra a reputação alheia”.
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Meios de comunicação social (Vaticano II, Inter mirifica), 1
Valor moral: O recto uso de tais meios é absolutamente necessário.
Este uso não é alheio à moral.
Os usuários devem formar uma recta consciência sobre tal uso, de
modo que a informação que recebem contribua ao bem comum e ao
maior progresso de toda a sociedade humana. Tal informação deve
ser objectivamente verdadeira e, salva a justiça e a caridade,
íntegra. Há-de ser também honesta e conveniente moralmente. A
primazia da ordem moral objectiva há-de ser aceite por todos.
Cuidar atentamente como tratar os temas relacionados com o mal:
evitar que produza maior dano que utilidade às almas.
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Meios de comunicação social (Vaticano II, Inter mirifica), 2
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fazer “recta eleição” de publicações, cadeias televisivas, programas
da rádio ou televisão, etc.;
evitar o que possa ser causa ou ocasião de dano espiritual para eles
ou para outros;
atender ao mau exemplo que podem causar a leitura ou apoio a certos
meios;
favorecer as boas produções e opor-se às más;
não contribuir economicamente em empresas que somente persigam o
lucro na utilização destes meios;
todos, mas especialmente os jovens, devem ser moderados e disciplinados no uso destes meios;
manter uma atitude crítica para formar um recto juízo;
os pais têm obrigação de vigiar cuidadosamente que os filhos usem
adequadamente destes meios.
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Meios de comunicação social (Vaticano II, Inter mirifica), 3
Agentes dos mass media: jornalistas, escritores, actores, produtores,
realizadores, críticos, vendedores, etc., devem tratar as questões
económicas, políticas ou artísticas de modo que não produzam dano
ao bem comum.
As autoridades: devem defender e tutelar a verdadeira e justa
liberdade de que necessita a sociedade, e emitir leis para que do
uso destes meios não cause dano aos costumes e ao progresso da
sociedade.
Os católicos: que utilizem esses meios para o apostolado e se
antecipem às más iniciativas. Sacerdotes, religiosos e leigos que
tenham a devida perícia nestes meios e possam dirigi-los aos fins do
apostolado.
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 O cristão não só deve manifestar e proclamar
a verdade, mas também deve defendê-la,
mesmo até à morte. Os cristãos de todos os
tempos, quando se viram forçados a confessar
a verdade em Jesus Cristo, fizeram-no
inclusive oferecendo a vida.
 Jo 18, 37: “Eu vim ao mundo para dar testemunho da verdade”.
 O martírio é como o selo da verdade do que se crê e se pratica.
Ficha técnica
Bibliografia
Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciação
Teológica da Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel)
Slides
Original em português europeu - disponível em inicteol.googlepages.com
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