. VII Semana de Ciências Agrárias I Mostra Científica 18 e 21 de maio de 2015 Interação de variedades resistentes de couve comum (brassica oleracea) e silício no controle de curuquerê (ascia monustes orceis). Tony de L. Moura¹; Lincoln L. França; Marcelo M. de Freitas; Fernanda Corrêa; Gabriel M. Duarte; Flávio G. de Jesus; André C. de S. Almeida; Cinthia L. T. Silva; Alexandre J. Rosa; Jefferson L. A. Silva. Email:[email protected];Email:[email protected];Email:[email protected];Email:[email protected];Email:[email protected] Email:[email protected] ;Email:[email protected];Email:[email protected] ;Email : [email protected] ; [email protected] Endereço: Instituto Federal Goiano - Campus Urutaí – Rodovia Geraldo Silva Nascimento Km 2,5, CEP 75790-000 – Urutaí, GO. INTRODUÇÃO As brassicáceas compreendem uma das famílias mais numerosas dentre as dicotiledôneas, de ampla distribuição nas regiões temperadas do hemisfério norte. No Brasil ocorrem sete gêneros e aproximadamente 50 espécies (SOUZA & LORENZI, 2005). Esta família tem grande importância econômica pelo número de plantas utilizadas na alimentação, ocupando lugar de destaque na olericultura do centro-sul (FILGUEIRA, 2008). As pragas são um dos fatores que causam grandes perdas na produção da culturas das brássicas. Como pragaschave de B. oleracea var. acephala destaca-se o curuquerê-da-couve (Ascia monustes orceis). A utilização de métodos de controle integrado é estratégia básica no Manejo Integrado Pragas (MIP) e, também, desejável no manejo de resistência de insetos. O silício é um indutor natural de resistência de plantas a pragas e doenças. apresentou maior (0,19). Os indutores silicato de Potássio, Testemunha e silicato de Ca+Mg apresentaram respectivamente (0,06), (0,06) e (0,19) gramas. Os genótipos Manteiga de Mococa tratado com silicato de Potássio, e Gigante I-915 com silicato de Ca+mg foram os que apresentaram maior peso das pulpas (0,26). OBJETIVO O trabalho teve como objetivo Estudar a interação de variedades resistentes aliadas à utilização de diferentes formas de silicatos no controle de pragas em Apenas 3 tratamentos conseguiram completar o ciclo (tabela 3), não couve, e avaliar métodos alternativos no controle de pragas. demonstrando assim haver diferenças entre os tratamento, como o genótipo Manteiga de Ribeirão Pires I-1811 aliado ao indutor silicato de Sódio foi o primeiro a ser ter 100% de mortalidade das repetições pode-se afirmar que este foi o que MATERIAL E MÉTODOS demonstrou melhor efeito inseticida sobre o curuquerê da couve, os tratamentos Gigante I-915/silicato de Ca+Mg (34,5), Manteiga de Mococa/silicato de Potássio As mudas dos genótipos foram obtidas junto a UNESP Jaboticabal, SP. (28) e Manteiga de Mococa/Testemunha apresentaram grande susceptibilidade ao Em função da idade das plantas no campo foi adotado pela renovação das curuquerê da couve, devendo estes serem evitados de serem cultivados em mudas, sendo essas colocadas em bandejas de isopor, mantidas em casa de região de grande pressão da praga. vegetação, sendo 16 genótipos diferentes. Após atingirem tamanho adequado as mesmas foram transplantadas, em uma área definitiva, no setor de Olericultura. Os tratos culturais foram realizados seguindo recomendação padrão para a cultura e as irrigações são feitas conforme necessário, utilizando o sistema de irrigação do setor. As lagartas recém-eclodidas provenientes da geração F2 foram individualizadas em placa de Petri. Os seguintes parâmetros biológicos foram avaliados: a) fase larval; e peso de lagartas aos quinze dias; b) fase de pré-pupa: duração e viabilidade; c) fase de pupa: duração, peso com 24 horas de idade. O experimento foi instalado em delineamento inteiramente casualizado, num esquema fatorial (4 genótipos x 4 tipos de indutores). RESULTADOS E DISCUSSÃO Quanto ao período larval das lagartas, observa-se que não houve diferenças significativas no que diz respeito aos genótipos, ou seja, os genótipos por si só não foram capazes de prolongar ou diminuir significativamente o período larva das lagartas. Porem, nota-se, que houve uma pequena interação (1%) entre genótipos/indutores, lagartas alimentadas com folhas de couve em que foram feitas aplicações de silicato de Ca+Mg apresentaram um período larval médio de 16,62 dias, maior do que as alimentadas com folhas tratadas com silicato de Sódio (10,92), silicato de Potássio (11,25) e as testemunhas (12,65). O genótipo Manteiga de São José (tabela 1) tratado com o indutor silicato de Potássio foi o que demonstrou maior redução do período larval (7,2), enquanto que os genótipos Manteiga de Mococa aliado ao indutor silicato de Ca+Mg (18,2) e Gigante I-915 (17,2) foram os que conseguiram prolongar em mais tempo esta fase do inseto. CONCLUSÃO As análises quanto ao peso das lagartas com 15 dias não mostraram diferenças significativas entre si para os genótipos e nem para as interações, quando analisamos o fator indutor concluímos que este foi significativo ao nível de 5% de probabilidade. Quanto ao período larval das lagartas, observa-se que não houve diferenças significativas. Apenas 3 tratamentos conseguiram completar o ciclo, não demonstrando assim haver diferenças entre os tratamento. O genótipo Manteiga de Ribeirão Pires I-1811 aliado ao indutor silicato de Sódio foi o que demonstrou melhor efeito sinérgico sobre o curuquerê da couve, mostrando assim ser uma alternativa viável e ecológica frente aos malefícios que produtos químicos utilizados no combate a A. Monuste Orseis podem trazer ao ser humano. REFERÊNCIAS FILGUEIRA, F. A. R. Manual de Olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de Hortaliças. Editora UFV, 2008. Tais testes mostraram pouca significância estatística para peso pulpal (1%), tanto para genótipo como para indutor, o genótipo Manteiga de São José foi o que apresentou menor peso (0,05), e o genótipo Manteiga de Mococa foi o que SOUZA, V.C.; LORENZI, H. Botânica Sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de Angiospermas da flora brasileira, baseado em APGII. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2005.