O que o gastroenterologista deve saber sobre HVC FBG Qual a prevalência global? • 1% a 3% da população • 5% na África, notadamente na saariana • 150 milhões de infectados em todo o globo Qual a prevalência no Brasil? • 1,5%, variando conforme a região e a faixa etária da população Quando mudou o conceito de hepatites infecciosa e soro homólogo? • 1970 • Identificados os vírus A e B • Os que não se enquadravam passou-se a denominar não A, não B Quando foi identificado o vírus C? • Em 1989, por PCR – Pesquisadores do CDC (Center for Disease Control) dos Estados Unidos e da Chiron Corporation Que tipo de vírus é o VHC? • O VHC e um virus com genoma de RNA, esférico e envelopado, classificado em um genero proprio, Hepacivirus, família Flaviviridae Quantos genótipos existem do VHC? • 06 Quais os genótipos no Brasil? • Genótipo 1, subtipo 1b – O mais encontrado, sua freqüência varia conforme a regiao • Genótipo 3 – Na Região Sul – Mais sensível ao interferon (IFN) Qual a principal via de transmissão? • Hemotransfusão (no passado) • Drogas injetáveis Qual o porcentual denominado transmissão esporádica? • Pode corresponder a ate mais de 50% – Não transfusão – Não droga • • • • • • • • Drogas inaláveis Hemodiálise Piercings Tatuagens Práticas ritualísticas Manicure Escovas de dentes Barbeador Qual o risco da transmissão sexual? • Pouco provável – A via sexual, a prevalência em parceiros de indivíduos infectados, e apenas discretamente maior que a geral. • Há casos com concordância de genótipos e alta similaridade genomica em alguns casos – Torna essa via uma possibilidade – Possibilidade de outro comportamento de risco intradomiciliar. Deve ser recomendado o uso de preservativos? • Devido ao baixo risco, não se recomenda habitualmente o uso se os parceiros são estáveis Há diferença quanto ao sexo? • 51% para masculino • 49% para feminino – Brancos 65% Onde ocorre multiplicação viral? • Hepatócitos • Possivelmente em células mononucleares periféricas e na medula óssea Como evoluem os crônicos? • 30% assintomáticos, sem fibrose significativa • 30% com aumento persistente de aminotransferases (tratamento benéfico) – Lesão hepática progressiva – Fibrose – Evolui em décadas para cirrose • 40% variável (tratamento benéfico) Depende em grande parte da presença de outros fatores adversos Quais são os fatores de pior prognóstico? • • • • • Idade avançada Sexo masculino Ingestao continuada de álcool Co-infecção com HIV e VHB Genotipo viral 1b Qual o perfil dos pacientes que persistem com transaminase normais? • • • • • Sexo feminino Jovens (com menos de 40 anos) Infectados por transmissão esporádica Assintomáticos Diagnostico efetuado através de exames de rotina ou doação de sangue. Tratar os com transaminases normais? • Conforme recomendacao do Ministerio da Saude do governo brasileiro, a este grupo deve-se oferecer tratamento antiviral apenas no contexto de protocolos de pesquisa clinica. Como fazer o diagnóstico? • Anticorpos contra o VHC ou detecção de genomas virais. Qual a especificidade do Elisa? • Até 97% Qual o período de janela imunológica? • Apenas 2 a 3 semanas Quais os tipos de PCR? • Qualitativo – Existência de infecção ativa (resultado positivo ou negativo) • Quantitativo – Determina o numero de copias virais expresso em unidades internacionais por ml. Qual o valor da genotipagem? • Essencial para definição terapêutica Que genótipos há no Brasil? • 1 • 2 e 3 (denominados não-1, pois recebem o mesmo tratamento Que outros exames são importantes? • • • • • • Aminotransferases Tempo de protrombina Proteinas/albumina Bilirrubinas Demais exames gerais Sorologias para virus B e HIV O que define a necessidade de tratamento? • Biopsia hepática • Atividade inflamatória superior a 2 • Alteração estrutural (fibrose) superior a 2 – Classificação das Sociedade Brasileira de Patologia Clinica e da de Hepatologia. Quando repetir a biopsias nos com alterações mínimas? • Entre 2 e 5 anos Quais não precisam de biopsias? • Pacientes com varizes esofágicas • Ecografia com fígado de padrão cirrótico • Pacientes com alto risco de sangramento O que contra-indica o tratamento? • • • • Doença hepática descompensada Distúrbios neuropsiquiátricos Histórico de convulsão Alterações hematológicas graves – plaquetas inferiores a 80.000/mm3 – leucócitos inferiores a 3.000/mm3 • Gestação • Uso ativo de drogas Quantos respondem ao tratamento? • Anteriormente inferior a 20% • Hoje ate 80% nos genótipos 2 e 3 Quais as drogas disponíveis para tratamento? • Interferons α-2 (a e b) • Ribavirina. Qual a vantagem do PEG InF? • Uso uma vez por semana e resultados superiores ao convencional Qual o esquema? • Interferon peguilado – PEGINTRON 1,5 mcg/kg/semana, SC – PEGASYS 180 mcg/semana, SC • Ribavirina, 1.000-1.200 mg dia, em duas tomadas Como seguir? • Mensalmente • Estado clinico e psicológico • Laboratório trimestral: hemograma, ácido úrico, TSH Quando repetir o PCR quantitativo no genótipo 1? • Na semana 12 de tratamento • Queda de menos de 2 logs em relação a basal, interromper o tratamento – Chance de erradicação viral é estatisticamente nula Nos que respondem tratar por quanto tempo? • 48 semanas (1 ano) – Colher PCR qualitativa para avaliar o status ao fim do tratamento (negativação da viremia é a resposta desejada) Quando se considera resposta virológica sustentada (cura)? • PCR negativo 24 semanas (6 meses), após o término do tratamento – Caso positivo, denominamos de recaída, e esse individuo deve ser acompanhado Qual a taxa atual de resposta? • 50 a 60% Qual a taxa de desistência por efeitos colaterais? • 7% Qual o tratamento dos genótipos 2 e 3? • IFN convencional 3 M.U., três vezes por semana • Ribavirina 1 a 2 gramas dia – Por 24 semanas Quando controlar o tratamento dos genótipos 2 e 3? • PCR qualitativo no final do tratamento – PCR quantitativo pré-tratamento e na semana 12 desnecessários Qual a taxa de resposta nos genótipos 2 e 3? • 65% a 70% Quando tratar os associados ao HIV? • Viremia HIV negativa com uso de retrovirais • Boa contagem • de CD4 • Ausência de doenças oportunistas – Recomenda-se o hepatologista Como acompanhar os cirróticos e os que não responderam? • Ecografia abdominal semestral • Alfafetoproteina no soro – Na doença hepática descompensada, inclusão em lista de transplante de fígado • Corrige a insuficiência hepatocelular • Não erradica o vírus apos o transplante, FIM