REOPERAÇÕES EM
CIRURGIA CARDIOVASCULAR
Instituto do Coração - InCor
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo
Dr. Eduardo Farias, R4 InCor-FMUSP
INTRODUÇÃO
• Maior risco cirúrgico;
• Maior dificuldade técnica;
• Mais complicações pós-operatórias.
“A intervenção cirúrgica nas reoperações exige
acurácia técnica e cuidados especiais, essenciais
para a obtenção de bons resultados.”
CM de Almeida BRANDÃO
INTRODUÇÃO
Aplicações:
• Em doenças cardíacas adquiridas:
– Sangramento;
– Oclusão de enxertos vasculares;
– Disfunção protética;
– Defeito residual;
– Infecção;
– Erro de indicação.
INTRODUÇÃO
Aplicação:
• Em doenças cardíacas congênitas:
– Procedimentos estagiados;
– Correção de defeitos residuais;
– Recorrência de lesões;
– Mudanças decorrentes do crescimento.
Experiência do InCor
“Entre 1980 e 1999, no Instituto do Coração, dentre
7544 operações valvares foram implantadas 5502
próteses, sendo 4535 biopróteses, correspondendo a
82,4%. Destas operações, 22,8% foram
reoperações.”
Brandão CMA et al. Rev Bras Cir Cardiovasc 2002; 17:3 236-41
OUTROS SERVIÇOS
“Em 7536 revascularizações do miocardio realizadas
no Instituto "Dante Pazzanese" de Cardiologia,
consta que 182 (2,4%) foram praticadas em
pacientes que sofreram intervenção anterior e 4
(0,05%) duas operações anteriores.”
Reoperação em cirurgia de revascularização do miocárdio
Arnoni, Antoninho Sanfins; Paulista, Paulo Paredes; Souza, L. C; Sousa, J. Eduardo M. R;
Fichino, M. Z; Angrisani Neto, S; Bonatelli Filho, L; Jatene, A. D.
Arq. Bras. Cardiol;41(4):317-22, 1983.
TÉCNICA CIRÚRGICA
TÉCNICA CIRÚRGICA
Antunes e Pacífico4:
– serra oscilante e tração superior do esterno.
Culliford & Spencer5:
– dissecção prévia das aderências retro-esternais.
Spampinato et al.6:
– canulação sistemática dos vasos femorais.
TÉCNICA CIRÚRGICA
Bortolotti et al.7:
– aorta e ao átrio direito, com abertura sistemática
da pleura esquerda.
Byrne et al.8:
– minitoracotomias com esternotomias parciais (ETE).
Vlessis & Bolling9:
– minitoracotomia direita para reoperações da valva
mitral (22 casos).
TÉCNICA CIRÚRGICA
“A dissecção do coração deve se restringir
basicamente à aorta e ao átrio direito, com abertura
sistemática da pleura esquerda, limitando assim a
área de descolamento e, conseqüentemente,
diminuindo o risco de sangramento.”
Pablo Pomerantzeff
TÁTICA OPERATÓRIA
“A via de acesso utilizada foi a esternotomia mediana, realizada com serra
oscilante circular. Para minimizar a área de descolamento, a pleura esquerda foi
sistematicamente aberta, permitindo uma adequada mobilização do coração.
Prosseguíamos com a dissecção do átrio direito e da aorta. A circulação
extracorpórea foi estabelecida com a canulação da aorta ascendente e das
veias cavas superior e inferior. A proteção miocárdica foi realizada pela
hipotermia moderada a 28o C, associada à hipotermia tópica e à solução
cardioplégica cristalóide do tipo St Thomas, a cada 25 minutos, via anterógrada.
Nos pacientes que já tinham próteses, iniciamos a retirada destas pela remoção
dos fios de sutura prévios, o que permite a tração destas próteses com pinças
do tipo Moyniham e o seu descolamento progressivo do anel valvar. Após a
retirada da prótese, o excesso de fibrose ou restos de tecido dos implantes
prévios foram sistematicamente retirados do anel valvar.”
Brandão CMA et al. Rev Bras Cir Cardiovasc 2002; 17:3 236-41
CUIDADOS ANESTÉSICOS
• Antifibrinolíticos:
– Ácido tranexâmico;
– Aprotinina;
– Ácido épsilon-aminocapróico:
• baixo custo e eficácia comprovada
Vander Salm et al.
The Journal of Thoracic and Cardiovascular Surgery, 95, 538-540
BIBLIOGRAFIA
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1Reoperations in Cardiac Suegery
J. Stark & A. D. Pacifico
2Fatores de risco para mortalidade hospitalar nas reoperações
valvares
Carlos Manuel de Almeida BRANDÃO, Pablo Maria Alberto
POMERANTZEFF, Luciano Rapold SOUZA, Flávio TARASOUTCHI, Max
GRIMBERG, Sérgio Almeida de OLIVEIRA
RBCCV Volume: 17 Edição: 3 - Jul/Set - 2002
3Reoperação em cirurgia de revascularização do miocárdio
Arnoni, Antoninho Sanfins; Paulista, Paulo Paredes; Souza, L. C; Sousa, J.
Eduardo M. R; Fichino, M. Z; Angrisani Neto, S; Bonatelli Filho, L; Jatene,
A. D.
Arq. Bras. Cardiol;41(4):317-22, 1983.
BIBLIOGRAFIA
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4 - Antunes e Pacífico
Techniques of valvular reoperation. M J Antunes
Eur J Cardiothorac Surg 1992
5 - Culliford & Spencer
Culliford A T & Spencer F C – Guidelines for safely opening a previous
sternotomy incision. J Thorac Cardiovasc Surg 1979; 78: 633-8
6 - Spampinato et al.
Results of reoperation for periprosthetic leakage. Ann Thorac Surg. 1983
Jun;35(6):584–589.
7 - Bortolotti U, Milano A, Mossuto E, Mazzaro E, Thiene G, Casarotto D.
Early and late outcome after reoperation for prosthetic valve dysfunction:
analysis of 549 patients during a 26- year period. J Heart Valve Dis 1994;
3:81-7.
BIBLIOGRAFIA
•
8 - Byrne J Gi , Phillips B Ji , Cohn L Hi . Reoperative Valve Surgery.
In: Cohn LH, Edmunds LH Jr, eds. Cardiac Surgery in the Adult. New York:
McGraw-Hill, 2003:1047-1056.
•
9 - Angelo A. Vlessis M. D., Ph.D. Steven F. Bolling M. D.
Mini-Reoperative Mitral Valve Surgery. Journal of Cardiac Surgery
Volume 13 Issue 6, Pages 468 - 470
10 -The role of epsilon-aminocaproic acid in reducing bleeding after cardiac
operation: a double-blind randomized study
TJ Vander Salm, JE Ansell, ON Okike, TH Marsicano, R Lew, WP Stephenson
and K Rooney. The Journal of Thoracic and Cardiovascular Surgery, Vol 95,
538-540,
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Reoperações em Cirurgia Cardiovascular