AVALIAÇÃO DA POLUIÇÃO DIFUSA PROMOVIDA PELO ESCOAMENTO SUPERFICIAL NO CÓRREGO ÁGUA SANTA EM ITABIRA – MG Pereira, Juliana. Alves*, Carvalho, Braulio.Magalhaes1, Carvalho, Victor.Henrique1, Madeira,Cristiane.Flavia2, Gregorio, Fabrine.Stephane.² ¹ Bacharel em Engenharia Ambiental-Faculdade de Ciências Administrativas e Contábeis de Itabira FACCI/FUNCESI, Itabira/MG ² Graduanda da Faculdade de Ciências Administrativas e Contábeis de Itabira FACCI/FUNCESI, Itabira/MG [email protected] Vazão ( m3/ s) Precipitação (mm) Vazão (m3/s) GRÁFICO 1 – Influência da precipitação na vazão durante o monitoramento 7 6 5 OD mg/L o2 Poluição difusa é aquela em que os poluentes atingem o corpo d’água de forma distribuída ao longo da sua extensão (SPERLING, 2005, p. 49)3. O grau de poluição é avaliado por meio de análises físico-químicas e análises biológicas da água. Segundo a Resolução Nº 357 de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA2, a água do córrego da Água Santa pertence à Classe 2. O CONAMA define as águas de Classe 2 como aquelas que podem ser destinadas ao abastecimento para consumo humano, à proteção de comunidades aquáticas e à recreação. Este trabalho objetiva apresentar um estudo das condições de qualidade das águas em uma bacia urbanizada, e através da avaliação dos parâmetros de qualidade da água verificar se o corpo hídrico atende a legislação vigente para rios de Classe 2. 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Precipitação ( mm) INTRODUÇÃO 4,50 4,00 3,50 3,00 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00 4 3 2 1 0 Seco Chuvoso Padrão GRÁFICO 2 – Atual condição do corpo hídrico próximo de anaerobiose segundo a legislação vigente DISCUSSÃO O objetivo desse trabalho é avaliar as condições de qualidade das águas em um córrego urbanizado no município de Itabira-MG durante tempo seco e eventos chuvosos. MÉTODO A distribuição da campanha iniciou-se com um monitoramento do córrego da Água Santa no período de outubro de 2011 a março de 2012 com frequência mensal de coleta para período de tempo seco e de acordo com os eventos chuvosos. Totalizando 16 amostras coletadas e analisadas durante o monitoramento. A metodologia utilizada baseou-se nos procedimentos analíticos e operacionais do Standard Methods e HACH Company1. As condições de qualidade das águas avaliadas foram expressas pelos parâmetros físicos: turbidez, sólidos sedimentáveis, sólidos totais e físico-químicos: condutividade elétrica, pH, OD, DBO5, temperatura e vazão no ponto amostragem localizado no córrego da Água Santa a jusante da área urbana da cidade de Itabira. DISCUSSÃO Com base nos dados dos parâmetros monitorados em diferentes condições de tempo (seco e chuvoso) foi possível verificar que o aumento da vazão, influenciado pela precipitação durante os eventos chuvosos, favoreceram a diluição das amostras, assim os parâmetros de qualidade da água avaliados apresentaram diferentes valores durante o período de monitoramento. Sendo que piores condições foram verificadas nos períodos secos Através dos dados dos parâmetros monitorados em diferentes condições de tempo (seco e chuvoso) foi possível observar que a grande quantidade de matéria orgânica que adentra no corpo hídrico, por fontes como efluentes domésticos e industriais, interfere nos parâmetros monitorados. Sendo que piores condições foram verificadas nos períodos secos. O monitoramento indicou que aos valores estabelecidos pela legislação vigente para rios de Classe 2 não foram atendidos pelo corpo d’água monitorado. CONCLUSÃO A qualidade das águas na microbacia do córrego Água Santa encontra-se impactada negativamente, em razão, principalmente, das diversas atividades antropogênicas geradoras de carga de poluentes que adentram diariamente no corpo hídrico, dificultando sua conformidade com o enquadramento estabelecido na legislação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] APHA/AWW/WEF (2005). Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater 21st edn. American Public Health Association/American Water Works/Water Environment Federation, Washington, DC, USA, 2005. ISBN: 0875530478. [2] CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução Nº 357, de março de 2005. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf>. Acesso em: 04 ago. 2012. [3] SPERLING, M.V., Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. 3. ed. 1. vol. Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte MG. 2005. 452 p.