Classificação de risco: estratégia para reorganização da
demanda espontânea na UBS
Senhora do Carmo - Itabira
Batista, Juliana Alves*; Ferreira, Leila Cristina da Silva*; Oliveira, Suelen Rosa de*; Grilo, Maria José Cabral de Melo**
Introdução:
Este trabalho foi construído a partir das
experiências vivenciadas durante o Internato
rural em Senhora do Carmo – Itabira. Tem
como objetivo discutir a classificação de risco
como estratégia para a reorganização da
demanda por serviços na atenção básica de
saúde e na programação local de saúde.
Justificativa:
A elevada demanda por serviços básicos de
saúde não tem sido correspondida pela oferta
destes serviços, que tornaram-se inespecíficos
e pouco resolutivos, refletindo a necessidade
de alternativas para reorganizar o trabalho na
UBS. Justifica-se ainda pela realidade
vivenciada no Internato Rural em Senhora do
Carmo, na qual, cerca de 70% dos nossos
atendimentos configuraram-se em demanda
espontânea (gráfico1).
Atendim entos realizados nos m êses de Agosto, Setem bro e Outubro de 2006
estratificados por m otivos
25,00%
Quantidade (%)
20,00%
15,00%
Agosto
Setembro
10,00%
Outubro
5,00%
Outros
Curativo
PN
Resultados
Oftálmico
Ginecológico
Geniturinário
Digestivo
Respiratório
0,00%
Dermatológico
Gráfico 1:
Desenvolvimento:
A classificação de risco está sendo
implementada pelo município de Itabira na
Unidade Básica de Saúde. Esta classificação
estratifica as prioridades de atendimento
através de quatro cores: vermelho, amarelo,
verde e azul.
Esta estratégia já está sendo usada
amplamente nos Pronto Atendimentos,
obtendo resultados positivos.
Atualmente, em Itabira, este processo de
implementação encontra-se na fase de
sensibilização e treinamento das Equipes de
Saúde da Família através de oficinas
organizadas pela Secretaria Municipal de
Saúde de Itabira.
A classificação de risco representa um
processo dinâmico de identificação dos
pacientes que procuram os serviços de
saúde, de acordo com o potencial de risco,
agravos à saúde ou grau de sofrimento.
Propõe reorganizar o processo de trabalho na
unidade de forma a atender os diferentes
graus de especificidade e resolutividade na
assistência realizada aos agravos agudos, de
forma que, a assistência prestada seja de
acordo com diferentes graus de necessidades
e não mais impessoal e por ordem de
chegada.
Motivos de atendim ento
Considerações finais:
Conclui-se que a classificação de risco representa uma estratégia para reorganizar o serviço de
atenção básica à saúde, especialmente no que tange o atendimento da demanda espontânea.
Entretanto, por ser fundamentada apenas na clínica, esta estratégia requer associação de outras
ações em saúde para contemplar a integralidade e equidade da atenção ao indivíduo.
Bibliografia:
MERHY, E. E. et al. O trabalho em saúde: olhando e experenciando o SUS no cotidiano. São Paulo: Hucitec, 2003. 296p.
AGUIAR, R. A. T.; OLIVEIRA, V. B. As reformas na área da saúde: a emergência do Sistema Único de Saúde e as propostas de
mudanças no modelo assistencial. In: ALVES, C. R. L.; VIANA, M. R. A. Saúde da família: cuidando de crianças e adolescentes.
Belo Horizonte: Coopemed, 2003. p.1-6.
BRASIL, 2001. Humaniza SUS: acolhimento com avaliação e classificação de risco. Disponível em: <
dtr2001.saúde.gov.br/editora/produtos/impressos/folheto/05_0050_FL.pdf>. Acesso em: 25 de novembro de 2006.
•Alunas do 8º período de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG
** Enfermeira, Mestre, Professora Adjunta da EEUFMG, Orientadora da disciplina Estágio Curricular I – Internato Rural
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