INFLUENCIA DOS PARAMETROS FISICO-QUIMICOS E MICROBIOLÓGICOS DO CÓRREGO PAMPLONA NA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO SANTA CATARINA. Gabriel Caixeta Martins , José Miguel Ribeiro Tosta, Reinaldo dos Reis Silva, Gilberto dos Reis Ferreira e Gilmar Gonçalves Ferreira. [email protected] Resumo Introdução Este trabalho visa verificar qual a contribuição que o córrego Pamplona, possui frente às modificações nos parâmetros físicoquímicos do rio Santa Catarina. Alguns trechos do rio apresentam fortes indícios de contaminação, os quais podem estar sendo causados por alguns de seus afluentes. O córrego Pamplona corta a cidade de Vazante – MG, e recebe, direta ou indiretamente, lançamentos de dejetos e resíduos urbanos. Os quais podem ser os responsáveis pelas possíveis alterações nos parâmetros de qualidade. Várias amostras de água foram coletadas e analisadas, desde a nascente até a foz do córrego Pamplona, e verificaram-se as alterações nos parâmetros de qualidade e o comportamento do rio Santa Catarina ao receber suas águas. Os recursos hídricos de uma região são fundamentais para o seu desenvolvimento econômico e social. O desenvolvimento industrial e urbano ocorreu ao longo dos cursos de água e o sucesso deste esta relacionado com a quantidade e qualidade da água presente nos corpos hídricos. Entretanto, em contrapartida ao crescimento populacional, juntamente com os incrementos industriais e agrícolas, ocorrido nas ultimas décadas verificou-se uma redução da qualidade da água, em consequência do lançamento de efluentes líquidos e sólidos nos corpos receptores1,3,5. Palavras-chave: Qualidade da água, Efluentes, Resíduos Material e métodos O objetivo geral deste trabalho consiste no diagnóstico da qualidade da água do Córrego Pamplona, e correlação entre os parâmetros do mesmo e os do Rio Santa Catarina. Resultados e discussão Resultados e discussão As análises apresentam concentração de carbono orgânico total (COT) inferior a 2 mg/l, este parâmetro varia de 1 a 20mg/l em águas superficiais não poluídas. Os valores crescentes dos Coliformes fecais/termotolerantes nos indicam presença de lançamentos de efluentes ao longo do córrego Pamplona, uma vez que, estes são ausentes nas nascentes e atingem valor de 34 UFC/100ml no ponto em que deságua no rio Santa Catarina. Mostram também que estes lançamentos são insignificantes, e que o corpo receptor consegue autodepurar-se, uma vez que os índices de DBO e DQO apresentam-se baixos e não há variação das concentrações de COT. Os valores para DQO foram inferiores a 3,3mg/l, caracterizando-o como um ambiente não poluído, sendo que em águas não poluídas varia até 20mg/l. O oxigênio dissolvido (OD), apresenta-se abaixo dos padrões para classe II, pode estar associado as vazões do córrego, e não a contaminações orgânicas, pois os níveis de matéria orgânica (<0,5mg/l) são baixos. Os resultados mostram um diagnóstico temporal da qualidade deste corpo hídrico, sabendo que estes apresentam uma variação em seus parâmetros ao longo do tempo e do espaço, devido a fatores naturais ou antrópicos, portanto servirão como base para posteriores estudos que analisarão essas variações ao longo do tempo. Conclusão PC - 3 Foi possível verificar pontos de lançamentos de efluentes domésticos, de acumulo de materiais inertes, e a presença de pequenos peixes e invertebrados. Os resultados das análises físicoquímicas e microbiológicas mostram que, as águas do córrego Pamplona apresentam qualidade relativamente boa apesar da grande quantidade de materiais inertes no leito e que o córrego não interfere significativamente nos parâmetros de qualidade do rio Santa Catarina devido a baixa vazão e a qualidade de suas águas. O trabalho ainda está em andamento, estão sendo feitas repetições das análises de alguns parâmetros, DBO, DQO e Fósforo Total. E ainda estão sendo realizadas de forma mais detalhada análises microbiológicas ao longo do córrego Pamplona. 250 200 150 100 PC - 4 PC - 5 PC - 6 50 0 Condutividade (mS) STD (ppm) PC -1 80 40 PC -2 121 60 PC -3 300 150 PC -4 208 104 referentes características, as suas verificando os principais pontos de lançamento de efluentes e acumulo de resíduos sólidos, de assoreamento, e os pontos para a coleta das amostras. Foram realizadas análises físico-químicos e microbiológicos laboratoriais das águas do córrego Pamplona. Os resultados das análises, juntamente com as informações coletadas "in locu", foram relacionadas e comparadas com a legislação vigente visando à determinação dos parâmetros de qualidade do corpo hídrico. 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 60 50 40 30 20 10 PC - 1 PC - 2 PC - 3 Turbidez (NTU) 50.7 6.84 3.5 pH 7.22 7.48 7.88 STS (mg/ml) 0.4 0.6 1.5 PC - 4 20.2 8.12 1.04 PC - 5 PC - 6 16.3 25.5 8.06 8 1.06 1.19 PC - 7 24.5 8.06 1.16 0 Figura 2: Análise de Turbidez, pH e STS. Agradecimentos Centro Brasileiro de Educação e Cultura - CENBEC - 300 PC - 2 informações À Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM - e ao 350 PC - 1 Foram coletadas, ao longo do córrego, as PC -5 211 106 PC -6 238 119 PC -7 232 116 Figura 2: Pontos de Coleta Figura 1: Análise de Condutividade e STD. Apoio: Votorantim Metais, Prefeitura Municipal de Vazante e Faculdade do Noroeste de Minas – FINOM. pelo apoio financeiro e incentivo. Referências 1.GIORDANO, Gandhi. Tratamento e Controle de Efluentes Industriais. Apost. ABES, Mato Grosso, UFMT, 2004. 81p. 2.GODOI, Evelyn Loures de. Monitoramento de águas superficial densamente poluída - o Córrego Pirajuçara, região metropolitana de São Paulo, Brasil. 2008. 116 f. Dissertação (Mestre em Ciências Na Área de Tecnologia Nuclear - Materiais) - Usp, São Paulo,2008. 3.MAYER, M. G. R. et al. Variação espaço-temporal da qualidade das águas de um rio poluído com esgoto doméstico (PBBrasil). In: CONGRESSO INTERAMERICANO DE INGENIERIA SANITÁRIA Y AMBIENTAL, 26., Lima: 1998. p. 1 - 14. 4.MELLO, Antônio de Oliveira. Vazante, meu bem querer. Vazante: Prefeitura Municipal e Votorantim | Metais, 2003. 288p.:il. 5.ZIMMERMANN, Ciro Maurício. Avaliação da qualidade do corpo hídrico do rio Tibagi na região de Ponta Grossa utilizando análise de componentes principais(PCA). Quim. Nova, Vol. 31, Nº7, 1727-1732, 2008.