JAN / FEV / MAR 2012 • No 1 • ANO XXXVI
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Editorial
Conquistas, projetos e desafios
P
assado o Carnaval, entramos no período
final das atividades desta gestão. Algumas
mudanças na nossa sociedade já ocorreram, sendo, talvez, a mais significativa a periodicidade do nosso congresso científico, que passou,
agora, a ser anual. Recife será a sede do congresso
SBR 2013, ficando, no primeiro semestre, Cuiabá
como sede da Jornada Centro-Oeste de Reumatologia e o Rio de Janeiro sediando a Rio-São Paulo.
Antes, porém, teremos o Congresso SBR 2012, na
acolhedora cidade de Vitória.
Após as cartilhas para pacientes terem ficado
prontas, vamos lançar na mídia, nas próximas
semanas, uma campanha educativa sobre as enfermidades reumáticas. O objetivo principal é possibilitar melhor compreensão, por parte da população,
sobre o papel do reumatologista no diagnóstico e
tratamento das doenças que acometem o sistema
musculoesquelético.
Nas próximas semanas, também teremos o lançamento do nosso novo portal. Após vários meses
de desenvolvimento, passaremos a ter, no portal,
áreas separadas para leigos, profissionais de saúde
e associados da SBR. Passaremos a ter um profissional dedicado a ele, inclusive cobrindo a mídia
social. Esperamos que, cada vez mais, nosso portal
seja a principal ferramenta de comunicação com a
população em geral e entre os nossos associados.
Com muitos projetos, algumas conquistas e vários
desafios, a SBR vai trilhando o seu caminho.
Geraldo Castelar
SOCIEDADE
BRASILEIRA DE
REUMATOLOGIA
Presidente
Geraldo da Rocha Castelar Pinheiro – RJ
Tesoureiro
Reno Martins Coelho – RJ
Secretária-geral
Blanca Elena Rios Gomes Bica – RJ
Vice-tesoureiro
Manoel Barros Bértolo – SP
Primeira-secretária
Cláudia Goldenstein Schainberg – SP
Diretor científico
Luis Eduardo Coelho Andrade – SP
Segundo-secretário
Francisco José Fernandes Vieira – CE
Presidente eleito
Walber Pinto Vieira – CE
Boletim da Sociedade Brasileira de Reumatologia
Av. Brig. Luís Antônio, 2.466, conjuntos 93 e 94
01402-000 – São Paulo – SP
Tel.: (11) 3289-7165 / 3266-3986
www.reumatologia.com.br
Coordenação editorial
Marcelo de Medeiros Pinheiro
Kaline Medeiros Costa Pereira
Conselho editorial
Diogo Souza Domiciano
Edgard Torres dos Reis Neto
Francinne Machado Ribeiro
@ [email protected]
Jornalista responsável
Maria Teresa Marques
Layout
Sergio Brito
Impressão
Sistema Gráfico SJS
Tiragem: 2.000 exemplares
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Representantes junto à Panlar
Fernando Neubarth – RS
Maria Amazile Ferreira Toscano – SC
Representantes junto ao Ministério da Saúde
Ana Patrícia de Paula – DF
Mário Soares Ferreira – DF
Representantes junto à AMB
Eduardo de Souza Meirelles – SP
Gustavo de Paiva Costa – DF
ÍNDICE
Diretoria Executiva da SBR – Biênio 2010-2012
Índice
4
8
11
12
16
17
18
21
21
22
Matéria de capa
O melhor do Brasil
SBR.doc
Notas
Primeira fila
Dia a dia
Coluna Seda
Chegadas e partidas
Agenda
Além da Reumatologia
3
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Capa
Ética impõe limites à relação
Relacionamento
precisa sempre
se desenvolver
eticamente para
enfrentar o perigoso
crescimento
da influência
das empresas
farmacêuticas em
congressos, com
investimentos e
patrocínio, e do
massacrante assédio
de cunho pessoal
a especialistas,
principalmente
via web.
José Marques Filho*
* Reumatologista, doutorando
em Bioética pelo Centro
Universitário São Camilo – SP.
P
ercival Thomas, médico inglês
de Manchester, na Inglaterra,
foi quem pela primeira vez utilizou a
expressão “ética médica”, em sua obra
Medical Ethics, publicada em 18031.
Essa importante obra foi a base para a
grande maioria dos Códigos de Deontologia Médica dos países ocidentais.
A medicina é uma das mais belas
páginas da história da humanidade. A
ética e a medicina são contemporâneas e
têm suas origens em uma das eras mais
fecundas e criativas, na Grécia antiga.
Não é por acaso que vários médicos
foram também filósofos, como Hipócrates, o “pai da medicina”.
Quando se pronuncia a palavra “ética”, boa parte das pessoas a associa
aos médicos ou à medicina. Diversos
autores já disseram que a ética é o maior
patrimônio da nossa profissão.
E, quando se fala em ética, não se
pode deixar de falar do grande filósofo
grego Aristóteles. Para “o estagirita”, a
ética deve ser classificada dentro dos
saberes práticos (práxis – atribuição,
tarefa). Estes saberes são normativos
e procuram orientar-nos sobre o que
devemos fazer para conduzir nossa vida
de maneira boa e justa, como devemos
agir, qual decisão é mais correta.Trata-se do que deveria ser, do que seria
bom que acontecesse. Enfim, de uma
Acordo Interfarma e CFM
Os termos do acordo entre a Associação da Indústria Farmacêutica
de Pesquisa (Interfarma) e o Conselho Federal de Medicina (CFM),
anunciados em meados de fevereiro, não foram discutidos com os
médicos ou suas entidades. Pessoalmente, considero o documento
superficial e discordo de muitos pontos acordados entre as duas partes.
Vejo assim necessidade de ampliar a discussão no futuro.
4
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conduta que chamamos hoje de “ética
de máximos” ou “ética de excelência”.
Médicos e indústria
Temos assistidos nas últimas seis
décadas a uma verdadeira dilapidação
do patrimônio ético dessa milenar
profissão que é a medicina. As causas
da perda de prestígio na área são múltiplas, mas, certamente, os conflitos
de interesses no relacionamento dos
médicos com a indústria farmacêutica
e de equipamentos são um dos fatores
mais importantes2,3,4,5.
Esse cenário merece um breve histórico e uma reflexão por todos nós
que exercemos essa secular profissão e
uma das mais fascinantes especialidades
médicas, a reumatologia.
O relacionamento entre os médicos e
suas entidades com a indústria farmacêutica teve inicio nas primeiras décadas
do século passado. Essa parceria tinha
como objetivos principais a divulgação
dos avanços terapêuticos e a educação
continuada dos profissionais que exerciam a medicina.
Durante longo tempo, o relacionamento caracterizou-se por absoluto
respeito às competências e responsabilidades das partes, cumprindo assim o
verdadeiro papel acordado tacitamente
entre ambos os parceiros.
Esse relacionamento foi progressivamente aumentando em intensidade e
frequência, atingindo nas últimas décadas praticamente todas as atividades
médicas, incluindo graduação, pós-graduação, assistência médica, ensaios
básicos e clínicos e, mais intensamente
nos últimos anos, educação médica
continuada.
A grande maioria dos autores concorda que atualmente a educação médica
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entre médicos e indústria
continuada depende fundamentalmente
do patrocínio da indústria farmacêutica.
Influência perigosa
As universidades, que teriam teoricamente a responsabilidade de gerar
conhecimentos e sua divulgação, têm
mantido íntimo e preocupante relacionamento com essa indústria2, cujo apoio
vem progressiva e perigosamente aumentando nas últimas décadas. Atualmente vivemos um cenário
em que a influência da
indústria nos cursos
de educação continuada e congressos
de especialidades
ultrapassou todos os
limites do bom senso.
Estudando com atenção os programas
de jornadas e congressos das diversas
especialidades, na primeira década deste
século, observaremos uma crescente
participação da indústria na organização
do evento, seja por meio dos chamados
“simpósios”, patrocinados e organizados pela própria indústria, ou pela
colocação de temas no programa que
têm grande interesse comercial, inclusive com participação de professores
conhecidos que mantêm estreito vínculo
profissional com a indústria.
A liberdade das sociedades de especialidades, necessária e fundamental para
elaboração de um programa autônomo
e independente nas jornadas e congressos, está “patologicamente” comprometida, a um ponto quase irreversível e
“
No relacionamento
entre a classe
médica e a indústria
farmacêutica, os
únicos e exclusivos
compromissos do
médico são para
com o seu paciente
e a ciência”. 4
>>
Cremesp divulga nota com posição contrária ao acordo CFM-Interfarma
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo
(Cremesp) discorda do protocolo assinado no dia 14 de fevereiro pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma),
que aborda o relacionamento entre os médicos e a indústria
de medicamentos.
Conforme deliberação da Sessão Plenária de 23/02/2012,
os conselheiros do Cremesp encaminharam ao CFM as
seguintes considerações:
1- O acordo representa um retrocesso ao sedimentar práticas
que são eticamente inaceitáveis. Dentre outras distorções, o
documento autoriza o recebimento pelos médicos de presentes
e brindes oferecidos pelas empresas farmacêuticas, estipulando
valores e periodicidade de difícil aferição; autoriza o patrocínio
de viagens e participações em congressos e eventos sem apontar
os critérios para escolha dos médicos beneficiados; submete
os médicos a propagandistas de laboratórios visando, inclusive, o registro de efeitos adversos de medicamentos, tema de
relevância sanitária que requer total autonomia profissional.
e disciplinador da classe médica e uma entidade representativa
de empresas privadas com interesses particulares nas áreas de
Medicina e Saúde. Cabe ao CFM normatizar o exercício ético
da profissão e cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) regular as práticas das empresas farmacêuticas na
promoção comercial de medicamentos.
3- O relacionamento entre médicos e farmacêuticas pode
influenciar, de forma negativa ou desnecessária, as prescrições
de medicamentos e as decisões de tratamento. Os gastos com
ações dirigidas aos médicos são repassados ao preço final dos
medicamentos e têm impacto no bolso dos cidadãos e nos
custos do sistema de saúde. Nenhum fator deve impedir que
as prescrições sejam decididas pelos médicos exclusivamente
de acordo com as credenciais científicas dos medicamentos e
as necessidades de saúde dos pacientes.
4- O Cremesp solicita ao CFM que seja reaberta a discussão
sobre a necessidade de revisão e de aprimoramento das normas éticas que envolvam a relação entre médicos e indústria
farmacêutica.
2- É inadequada a parceria entre um órgão federal julgador
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Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo,
5 de março de 2012
5
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Capa
>>
com prognóstico sombrio.
Esse cenário merece ser criticamente
observado e uma ampla discussão deve
ser promovida e estimulada, inclusive
com a participação ativa da indústria.
O resgate da liberdade e autonomia
de nossas sociedades de especialidades na elaboração de seus encontros
apresenta-se como uma medida necessária e urgente, frente ao risco da perda
irreversível do prestígio dessas entidades
com os colegas mais críticos e atentos e
até da sociedade em geral.
Não se trata aqui de nenhuma crítica
pessoal a ninguém, mas o reconhecimento de que a indústria, por meio de
seu poder econômico, tem ultrapassado
todos os limites suportáveis.
A participação da indústria nos eventos das sociedades de especialidades
deve ser delimitada, com a devida urgência que o assunto requer.
Investimento e patrocínio
Outra estratégia da indústria farmacêutica tem sido uma combinação de
investimentos sem limites em eventos
médicos e o patrocínio da participação
dos profissionais prescritores.
Nesse sentido, a Anvisa e o CFM, por
meio de suas portarias e resoluções, vedam ao médico receber vantagens com
a prescrição de determinado produto da
indústria e exigem a declaração dos conflitos de interesses para os palestrantes
e organizadores dos eventos.
Essas normas, com caráter eminentemente deontológicos, são o que chamamos de “ética de mínimos”. Devem,
necessariamente, ser obedecidas.
Entretanto, o caráter ético dessa
relação é bem mais amplo e deve ser discutido com muito mais profundidade;
a nosso ver, sob a “ética da excelência”
ou, atualmente, à luz dos “referenciais
bioéticos”, que, definidos por Hossne6
como parâmetros ou pontos de referências para a discussão e reflexão bioética,
incluem os quatros clássicos princípios
6
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“O resgate da
liberdade e
autonomia de
nossas sociedades
de especialidades
na elaboração de
seus encontros
apresenta-se como
uma medida
necessária e urgente,
frente ao risco da
perda irreversível
do prestígio dessas
entidades com os
colegas mais críticos
e atentos e até da
sociedade em geral.”
da bioética principialista (autonomia,
justiça, beneficência e não-maleficência)
e, outros, entre eles: privacidade, serenidade, prudência e alteridade.
Uma questão urgente que se impõe
para reflexão e discussão é se, aceitando
patrocínio, com inscrição e estadia, em
caríssimos congressos internacionais
ou nacionais, não estaria o médico
mantendo uma relação com a indústria
com alta potencialidade de influência e
eticamente condenável?
Acredito que sim, e os trabalhos publicados assim o demonstram7,8, mas
temos que nos aprofundar na discussão.
Outra tática da indústria é uma ação
intensa e individual sobre o especialista
com abordagem pessoal por diversos
meios de informação.
Recebemos, via web, diariamente,
aulas e aulas sobre doenças com grande
interesse para a indústria, numa massacrante tentativa de “educar” os médicos.
“Metas terapêuticas”
Nessa linha de raciocínio, outra tática
adotada pelos laboratórios farmacêuticos é investir nas chamadas “metas
terapêuticas”9.
Há anos, por meio de grandes trials,
muitos com graves problemas metodológicos, a grande maioria patrocinado
pela indústria, tem-se determinado
parâmetros para exames laboratoriais
cada vez mais baixos, levando a um considerável aumento da população com
indicação medicamentosa para tratar ou
prevenir uma determinada enfermidade.
Essas taxas são oficializadas via diretrizes terapêuticas aprovadas por nossas
sociedades de especialidades, às vezes
com sérios problemas de conflitos de
interesses dos membros da comissão
de diretrizes.
Some-se a isso o aumento do número
de faculdades de medicina no Brasil,
com uma pletora de profissionais com
formação deficiente, e teremos um cenário assustador.
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no paciente”12 e da “decisão compartilhada”13, em que a participação ativa do
enfermo na tomada de decisões é uma
questão fundamentalmente ética.
Nessa relação franca e de confiança,
o médico deve evitar qualquer conflito
que possa influenciar as suas decisões.
Na verdade, esse conjunto de ações
da indústria, com participação ativa nos
programas de educação continuada e no
marketing agressivo para os médicos
prescritores, pode ser, em nossa visão,
caracterizado como uma tentativa de
“adestramento” dos profissionais, para
condutas terapêuticas consideradas
mais “adequadas” para a indústria.
Evidentemente, isso não pode ser
generalizado.
Essas ações têm características muito
peculiares, com atitudes sutis e subliminares, sempre com um relacionamento
cordial e “uma marcação individual” do
médico, por meio de informações diretas com material impresso, entregues
pelos representantes de laboratórios;
uso constante e contínuo de e-mail
pessoal; e contínuas, enfadonhas e repetitivas aulas on line das doenças com
grande interesse para a indústria.
Reconheço que a palavra “adestramento” possa ser uma expressão pesada
e que toda generalização incorre em
importante risco de erro, já que existem
ações da indústria dentro de preceitos
éticos adequados, embora tais ações
sejam cada vez mais raras.
Por outro lado, uma postura contemplativa da comunidade médica frente a
esse cenário pode colocar em risco o
respeito à profissão, angariado ao longo
dos séculos por grandes e respeitados
mestres que edificaram, com enorme
dedicação, toda a aura ética e o prestigio que envolve a prática médica.
1
Percival T. Medical ethics. Manchester: S. Russel,
1803.
6
10
2
7
Mais recentemente, na área da reumatologia, a indústria tem se especializado
em tornar “formais” ou “obrigatórias”
as chamadas “métricas”, que servem de
parâmetros para indicar determinados
tratamentos10. Essas métricas auxiliam
na avaliação de atividade de doença e
eficácia do tratamento.
Quando as chamadas metas métricas
não são atingidas, por meio de um elemento real, visível, medido e numerado,
um novo tratamento mais agressivo
deveria, necessariamente, ser prescrito,
independentemente de uma adequada
avaliação risco/beneficio, custo/beneficio e uma honesta e clara discussão
e participação do paciente na decisão.
Trabalho recentemente publicado11
demonstra um grande descompasso
entre as avaliações médicas por métricas e exames laboratoriais e o grau de
avaliação do próprio paciente.
Algo muito errado está ocorrendo.
Não se trata aqui do não reconhecimento da importância desses índices
para os ensaios clínicos e até mesmo
para a prática diária, mas, com limites precisos, sem interferir na ampla
autonomia do profissional, que deve
atuar sempre no melhor interesse de
seu paciente.
No centro, o paciente
Estamos na era da “medicina centrada
“...Uma postura
contemplativa da
comunidade médica
frente a esse cenário
pode colocar em
risco o respeito à
profissão.”
Referências bibliográficas
Angel M. Is academic medicine for sale? N Engl
J Med 2000;342:1516-18.
3
Moreira C. Relação com a indústria farmacêutica.
In: Christopoulos GB (editor). A Ética e os
reumatologistas. São Paulo: Ed. Etecetera, 2004.
4
Marques Filho J. A dimensão bioética dos
conflitos de interesses na relação entre médico
e indústria farmacêutica. Rev Bras Clin Med
2010;8:148-53.
5
Marques Filho J. Conflitos de interesses ou grave
mácula ética? Rev Paul Reumatol 2010;9:24-25.
Hossne WS. Bioética – princípios ou referenciais?
O mundo da Saúde 2006;30:673-76.
Orlowski JP, Wateska L. The effects of
pharmaceutical firm enticements on physician
prescribing patterns. There’s no such thing as a
free lunch. Chest 1992;102:270-73.
8
Watkins C, Moore L, Harvey I et al. Characteristics
of general pratictioner who frequentily seen drug
industry representatives: national cross sectional
study. BMJ 2003;326:1178-79.
9
Felson DT, Anderson JJ, Boers M, Bombardier
C, Furst D, Goldsmith C at AL. American college
of Rheumatology: preliminary definition of
improvement in rheumatoid arthritis. Arthritis
Rheum 1995; 38: 727-35.
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boletim MAR 12.indd 7
Corbacho MI, Papueto JJ. Avaliação da
capacidade funcional e da qualidade de vida
do paciente com artrite reumatoide. Rev Bras
Reumatol 2010;50:31-53.
11
Taylor PC. The importance of the patients’
experience of RA compared with clinical measures of disease activity. Clin Exp Rheumatol
2010;28(suppl):S28-S31.
12
Bernardo WM. Revalidação baseada em
evidencia e centrada no paciente (Editoral). Rev
Assoc Med Bras 2005;51:181.
13
Godophyn W. Shared decision-making.
Healthcare Quartely 2009;12:186-90.
7
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Notícias das regionais
O melhor do Brasil
Pernambuco
Rio de Janeiro
Recife será a sede
do Congresso
Brasileiro 2013
A
Credenciamento para programa
de RM em Reumatologia
cidade de Recife recebeu uma ótima notícia:
será a sede do Congresso Brasileiro de Reumatologia 2013, um dos mais concorridos congressos de
saúde realizados no Brasil, que chegou a sua trigésima
edição. Pernambuco venceu a disputa com os Estados
do Ceará e Rio Grande do Sul.
O Rio de Janeiro foi este ano credenciado pela CNRM/
MEC, parecer SISCNRM n° 45/2012, processo n° 201159, aprovado em 19/01/12 para o programa de RM em
Reumatologia, com duas vagas de R1 e R2, na Santa Casa
local. A regional carioca está já em contato com a diretoria
de ensino da instituição para realizar um primeiro concurso
ainda a tempo de iniciar a primeira turma este ano. Contatos podem ser feitos para: Dir. Ensino Sta. Casa ( Residência Médica) - (21) 2292-8692 de 8h às 16h, c/ Neide,
Alessandra ou Olívia; e-mail: [email protected]
Amazonas
10 anos de residência em Reumatologia em Manaus
M
anaus, uma grande cidade,
com 2 milhões de habitantes,
sempre teve uma carência muito grande de reumatologistas e pioneiramente
a Universidade Federal do Amazonas
(Ufam) implantou, há dez anos, em
2001 (aprovada pelo MEC em 2000),
uma residência em Reumatologia no
Hospital Universitário Getúlio Vargas
(HUGV), órgão suplementar à universidade. Segundo a supervisora do
serviço, Sandra Lúcia Euzébio Ribeiro,
foi a primeira residência médica em
reumatologia do Norte e segunda na região Norte/Nordeste. “Nesses dez anos
tem-se buscado combater a carência
na área com a criação de ambulatórios,
laboratórios, salas de fisioterapia e de
infusão”, diz Sandra, informando que,
desde 2010, foi aumentado para dois o
número de vagas/ano na residência de
reumatologia. Atualmente o hospital
tem quatro residentes regularmente matriculados e já formou sete residentes.
Outro importante passo foi também a
possibilidade de fornecer profissionais
qualificados para a rede de serviços,
diminuindo a carência nesse sentido,
enfatiza Sandra.
Para comemorar uma década de residência em reumatologia em Manaus,
foi realizado dia 26 de novembro o
Encontro da Residência de Reumatologia – Manaus, HUGV/Ufam. Várias
palestras foram proferidas, com temas
como: A residência médica de reumatologia em Manaus; Desafios do dia a
dia do reumatologista; e Laboratório em
Reumatologia.
Da esquerda para direita:
Jozélia Rego, GO; Aryádine
Allinne Machado Miranda, AM;
Maria do Socorro Albuquerque,
AM; Ênio Ricardo Vasconcelos
Souza, AM; Anne Christine
Nogueira Garcia Neves, AM;
Sandra Lúcia Euzébio Ribeiro,
AM; Mayara de Oliveira Mafra,
AM; Walber Pinto Vieira, CE;
Rosana Barros de Souza, AM;
Luiz Fernado de Souza Passos,
AM; Valeria Valim Cristo, ES;
Domingos Sávio Nunes de Lima,
AM; Helena Lúcia Alves Pereira,
AM; Lorena Penha de Almeida,
AM; Araceli dos Santos Brito,
AM; Yanna Pontes Prado, AM.
8
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Notícias das regionais
O melhor do Brasil
Ceará
Fortaleza recebeu o I Encontro dos Residentes
e Ex-residentes do HUWC-UFC
O
Serviço de Reumatologia do
Hospital Universitário Walter
Cantídio (HUWC) da Universidade
Federal do Ceará promoveu em Fortaleza, no dia 21/10/2011, o I Encontro
dos Residentes e Ex-Residentes de
Reumatologia do hospital. A residência
de Reumatologia no HUWC iniciou
em 2003. O Encontro foi organizado
por Francisco Airton Rocha (chefe do
serviço), com o apoio da Sociedade
Cearense de Reumatologia (José
Gerardo Paiva), Sociedade Brasileira
de Reumatologia e do laboratório
Pfizer. O presidente da SBR, Geraldo
Castelar, esteve presente em Fortaleza
prestigiando o evento e proferindo
uma aula sobre gota. A programação
incluiu os seguintes temas: Atualização
do Tratamento da Gota (Geraldo Castelar), Tratamento da Nefrite Lúpica
(Marta Medeiros), Tratamento da
Osteoporose (Mailze Campos Bezer-
ra), Diagnóstico e Tratamento da Osteoartrite (Francisco Saraiva), Doença
Cardiovascular e fatores de risco cardiovascular no LES (Fernanda Nogueira),
Artrite Idiopática Juvenil e experiência
do HUWC (Célia Alcântara), Artrite
Reumatoide e experiência do HUWC
(Geísa Leal) e discussão de casos clínicos (Lanese Medeiros de Figueiredo,
Helena Vieira e José Gerardo Paiva).
Da esquerda para
a direita: Marta
Medeiros, Lanese
de Figueiredo (exresidente), Mailze
Campos Bezerra,
Francisco Saraiva,
Geraldo Castelar e
José Gerardo
Célia Alcântara (exresidente), Fernanda
Nogueira, Mailze Campos
Bezerra, Marta Medeiros,
Sheila Fontenelle, Francisco
Saraiva, Lanese de
Figueiredo (ex-residente),
José Gerardo, Vanessa
(ex-residente); na frente:
Francisco Airton, Ana Paula
Menezes, Helena Vieira
(ex-residente), Geísa Leal
(ex-residente)
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9
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Notícias das regionais
O melhor do Brasil
Minas Gerais
BH recebeu a V Jornada Mineira de Reumatologia
D
e 1.º a 3 de dezembro de 2011,
a cidade de Belo Horizonte foi o
palco da V Jornada Mineira de Reumatologia, com pleno sucesso. Auditório lotado a maior parte do tempo e 113 membros inscritos, inclusive com a presença
de reumatologistas do interior mineiro.
Nas palestras, houve explanações de
trabalhos que foram frutos de pesquisa
dos próprios condutores e grande parte
das citações era de publicações em 2011,
em especial do EULAR e do ACR. No
evento foram comemoradas as Bodas de
Prata da Residência em Reumatologia do
H. Clínicas, da UFMG. Ao final, foram
sorteados, entre os inscritos presentes, três
Rosa Weiss, Luiz Severiano, Cristina Lanna e Rafael Fraga
na abertura da V Jornada Miniera de Reumatologia 2011.
pacotes para o CBR, em Vitória, com todas
as despesas de viagem, hotel e inscrição
pagas. Os organizadores convidam agora
para VI Jornada, que será em Juiz de Fora,
entre 17 e 19 de maio de 2012, que será
realizada juntamente com a Jornada Minas-Rio-Espírito Santo e a II Jornada Mineira
de Reumatologia Pediátrica.
Parte da diretoria
executiva da SMR
que organizou e
realizou a
V Jornada Mineira
de Reumatologia
2011: Scafuto
(diretor-científico),
Viviane Angelina
(secretária), Rafael
Fraga (presidente),
Silviane Vassalo e
Marcelo Alvarenga
(tesoureiro).
Santa Catarina
Sucesso na Jornada Cone Sul
2011 foi um ano marcante para a regional de Santa Catarina, particularmente pelo sucesso da Jornada Cone Sul de
Reumatologia. Assim, para comemorar
os feitos, a regional catarinense realizou,
no Hotel Plaza Itapema, uma confraternização com os membros da Sociedade
Catarinense de Reumatologia.
Para o ano de 2012, a SCR já está com
sua programação científica fechada, incluindo reuniões a cada dois meses, que
contarão com a participação de grandes
nomes da reumatologia nacional, e a
Jornada Catarinense de Reumatologia,
a ser realizada em dezembro.
Também faz parte dos planos para este
ano um programa de cursos regionais
de capacitação para médicos da atenção
básica. Segundo o presidente da regional,
Gláucio R. W. de Castro, o objetivo desses
cursos é disseminar conhecimento sobre
10
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a reumatologia, propiciar encaminhamento precoce de doenças que precisam
chegar rapidamente ao reumatologista
– como artrite reumatoide, espondiloartrites, lúpus eritematosos sistêmico e vasculites –, e fornecer subsídios para que os
clínicos gerais possam tratar nos próprios
Membros da Regional
Catarinense em confraternização
no final de 2011.
centros de saúde doenças mais prevalente
e menos complexas, como osteoartrite e
fibromialgia. Dessa forma, a SCR procura
cumprir a missão de ampliar o campo
de trabalho para o reumatologista, ao
mesmo tempo em que presta um serviço
relevante para a saúde pública.
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SBR.doc
Missão SBR é escolhida após enquente on line
N
o dia 5 de março, terminou o
processo on line de votação
entre os membros da SBR que se
destinou a escolher a Missão da entidade. A vencedora foi a de número
1 (entre 14 sugeridas também pelos
membros), com 171 votos (45,8%
do total).
Assim, é com satisfação que anunciamos estar oficializada a nossa
missão:
A SBR agradece a todos os
participantes desse processo,
tão importante na trajetória
de nossa entidade.
“Promover a excelência da reumatologia mediante incentivo ao ensino, à
pesquisa e à assistência e contribuir
para a formação de políticas públicas, visando à saúde e ao bem-estar
do paciente reumático. Congregar os
reumatologistas e promover, divulgar e
ampliar a abrangência do exercício da
especialidade”.
Submissão de artigos para RBR tem novo sistema
A
partir de 6 de fevereiro de 2012,
entrou em vigor o novo sistema
de submissão de artigos da Revista
Brasileira de Reumatologia. O acesso
será feito via homepage da RBR, em
substituição ao SGP. Trata-se do sistema da Elsevier Internacional, que
permite maior eficiência no gerenciamento dos artigos, facilitando o
processo de submissão e de revisão por
pares. O sistema está em treinamento
desde outubro de 2011 e agora, disponível para todos os usuários, é um
facilitador para todos os membros da
Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Caso encontrem alguma dificuldade
ou imperfeição no seu funcionamento,
favor contatar os editores da revista:
Paulo Louzada-Junior ou Max Victor
Carioca Freitas. O objetivo que se pretende alcançar com o novo sistema é a
melhora no gerenciamento da editoração da revista, em todos os seus níveis.
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Notas
BRASILEIROS NO ACR 2011
Trabalhos apresentados no ACR 2011 - Annual Scientific Meeting of the American College of Rheumatology,
realizado de 5 a 9 de novembro de 2011 em Chicago, EUA.
ACR 2012 – Será realizado de 9 a 14 de novembro de 2012 em Washington, D.C.
O QUE FOI APRESENTADO
UNIFESP
Supervised Physical Exercise Improves Endothelial Function and
Endothelial Progenitor Cells in Patients with Systemic Lupus
Erythematosus
• Edgard T. Reis Neto, Aline E. Silva, Carlos M. C. Monteiro, Erika
L. Naka, Patricia Semedo, Neusa P. Silva, Emilia I. Sato
Leflunomide in Takayasu arteritis - Results from an observational
study
• Alexandre W. S. de Souza, da Silva, M.D., Luiz Samuel G. Machado, Frederico Augusto G. Pinheiro, Ana Cecília D. Oliveira,
Emília Inoue Sato
Evaluation of nutritional status and dietary intake in women
with systemic sclerosis
• Thais F Marighela, Patrícia S Genaro, Vera L Szejnfeld, Marcelo
de Medeiros Pinheiro, Cristiane Kayser
Pilates to Treat Chronic Non-specific Low Back Pain
• Jamil Natour, Andreia S. Baptista, Luciana A. Cazotti, Luiza H.
C. Ribeiro, Anamaria Jones
Mobility and disease Activity but Not Aerobic Capacity Relate to
Functional Disability in Ankylosing Spondylitis
• Fabio Jennings, Hilda A. Oliveira, Marcelo C. Sousa, Vaneska
G. Cruz, Jamil Natour
PET-CT, interleukins and metalloproteinases to assess disease
activity in Takayasu arteritis patients
• Anne Elizabeth D Arraes, Alexandre W. S. de Souza, Lima,
ENP., Emilia I. Sato
Effectiveness of Facet Joint Infiltration in Low Back Pain
• Luiza H. C. Ribeiro, Rita V. Furtado, Monique Konai, Andre
Rosenfeld, Ana B. Andreo, Jamil Natour
Comprehensive Screening For Primary Immunodeficiencies Shows Unexpectedly High Frequency Of Selective Igm Deficiency In
Systemic Lupus Erythematosus
• Sandro Félix Perazzio, Neusa Pereira da Silva, Reinaldo Salomão,
Luís Eduardo Coelho Andrade
Associated to the Adherence to Treatment of Children and
Adolescents with Chronic Rheumatic Diseases – “the Pediatric
Rheumatology Adherence Questionnaire (PRAQ)”
• Vanessa M. Bugni, Karine Y. K. Okamoto, Luciana S. Ozaki,
Fernanda M. Teles, Juliana Molina, Vanessa C. Bueno, Maria
Odete E. Hilário, Claudio A. Len, Maria Teresa Terreri
Wide field Nailfold Capillaroscopy and Videocapillaroscopy in the
Assessment of the Microcirculation in patients with Raynaud’s
Phenomenon
• Juliana Sekiyama, Cintia Z Camargo, Luis Eduardo Coelho
Andrade, Cristiane Kayser
Measurement of Pain Perception in Children and Adolescents
with Musculoskeletal Pain
• Melissa Fraga, Claudio A. Len, Rafael Azevedo, Marcelo Teresa
Terreri, Maria Odete E. Hilário
Proposal for a reliable and feasible algorithm for the identification
of antinuclear antibodies
• Kaline MC Pereira, Alessandra Dellavance, Luis Eduardo Coelho
Andrade
Quasi-Homogeneous ANA-HEp-2 Pattern Reflects an Autoantibody Profile Intermediate to the Homogeneous and Dense Fine
Speckled Nuclear Patterns
• Natália Regine de França, Neusa Pereira da Silva, Alessandra
Dellavance, Silvia Helena Rodrigues, Sandro Félix Perazzio, Luís
Eduardo Coelho Andrade
12
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UNICAMP
Support Vector Machines Classification of Texture Parameters of
White Matter Lesions in Systemic Lupus Erythematosus. Possible
Mechanism to Distinguish Between Demyelination and Ischemia
• Aline Lapa, Mariana P. Bento, Letcia Rittner, Gabriela Castellano, Heloisa Ruocco, Benito Damasceno, Lilian Costallat, Roberto
Lotufo, Fernando Cendes, Simone Appenzeller
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UNISA / UNIFESP
Sensorimotor Training Versus Resistance Training in Patients with
Knee Osteoarthritis
• Aline B. Gomiero, Virginia M. Trevisani, Andrea H. Kayo, Maria
Stella Peccin, Marcelo Abraão.
USP
Subjects with Gout Have a Higher Prevalence of Simple Renal
Cysts Than the General Population
• Eduardo M. Hasegawa, Ricardo Fuller, Maria Cristina Chammas,
Filipe M. Mello and Claudia Goldenstein-Schainberg
Comparison of Untreated Adult and Juvenile Dermatomyositis
Muscle Biopsies: Difference of Inflammatory Cells Phenotyping
• Samuel K. Shinjo, Adriana M. Sallum, Clovis A. Silva, Suely K.
N. Marie
Juvenile Systemic Lupus Erythematosus and Juvenile Dermatomyositis Are Marked by Distinct Profiles of Soluble Apoptosis
Molecules
• Bernadete Liphaus, Maria H. B. Kiss, Solange Carrasco, Clovis
A. A. Silva, Claudia Goldenstein-Schainberg
Antimalarials:AWindow of Opportunity to Improve the Influenza
A/H1N1 Vaccine Response in Lupus Patients Under Immunosuppressive Agents
• Eduardo F. Borba, Carla G.S. Saad, Sandra G. Pasoto, Ana L. G.
Calich, Nadia E. Aikawa, Ana C. M. Ribeiro, Julio C. B. Moraes,
Elaine P. Leon, Luciana P.C. Seguro, Lissiane K. N. Guedes, Clovis
A. Silva, Celio Goncalves, Ricardo Fuller, Suzimara A. Oliveira,
Maria A. Ishida, Alexander R. Precioso, Eloisa Bonfa
Influenza H1N1 Vaccination in Mixed Connective Tissue Disease:
Effectiveness and Safety Independent of Disease or Therapy
• Renata Miossi, Ricardo Fuller, Julio C. B. Moraes, Ana Cristina
Medeiros, Carla G.S. Saad, Nadia E. Aikawa, Joao Miraglia, Maria
A. Ishida, M.Teresa C. Caleiro, Eloisa Bonfa
Pandemic Unadjuvanted Influenza A 2009 Vaccine in Adult Dermatomyositis and Polymyositis: Immunogenicity Independent of
Therapy and No Harmful Effect in Disease
• Samuel K. Shinjo, Maurício Levy Neto, Clovis A. Silva, Julio C.
B. Moraes, Ana C. M. Ribeiro, Carla G.S. Saad, Nadia E. Aikawa,
Alexander R. Precioso, Maria C.S. Timenetsky, Eloisa Bonfa
Glucocorticoid: Major Factor for Reduced Immunogenicity of
2009 Influenza A (H1N1) Vaccine in Juvenile Autoimmune Rheumatic Diseases Patients
• Nadia E. Aikawa, Lucia M.A. Campos, Clovis A. Silva, Carla G.S.
Saad, Jozelio F. Carvalho, Guilherme Trudes, Alberto J.S. Duarte,
Joao Miraglia, Maria C.S. Timenetsky, Vilma S.T. Viana, Ivan L.A.
França, Eloisa Bonfa, Rosa M.R. Pereira
Vertebral Fracture Assessment (VFA): A Valid Tool to Detect
Vertebral Fractures in Community-Dwelling Older Individuals
• Diogo S. Domiciano, Jaqueline B. Lopes, Liliam Takayama, Camille Figueiredo, Valéria Caparbo, Eloisa Bonfa, Rosa M.R. Pereira
Prevalence and Risk Factors of Sarcopenia Among CommunityDwelling Older Women with High Frequency of Overweight/
Obesity
• Diogo S. Domiciano, Camille Figueiredo, Jaqueline B. Lopes,
Valéria Caparbo, Liliam Takayama, Eloisa Bonfa and Rosa M.R.
Pereira.
Abnormal Morphology and Excessive Synthesis of Collagen V
Affects Skin Thickness and Disease Activity in Systemic Sclerosis
• Patricia Martin, Walcy R. Teodoro, Ana Paula P. Velosa, Jymenez
de Morais, Solange Carrasco, Francine F. R. Braga, Romy Christmann, Claudia Goldenstein-Schainberg, Edwin R. Parra, Vera L.
Capelozzi and Natalino H. Yoshinari,
Dysautonomia and Chronotropic Incompetence in Fibromyalgia
• Roberta P. C. Ribeiro, Thalita Dassouki, Luiz A. Perandini, Guilherme G. Artioli, Ana L. G. Calich, Ana Lucia S. Pinto, Hamilton
Roschel, Fernanda R. Lima, Eloisa Bonfa and Bruno Gualano;
Effects of Maximal Acute Physical Exercise on Prothrombin Time
in Patients with Primary Antiphospholipid Syndrome (PAPS) Under
Oral Anticoagulation with Warfarin and Exercise Capacity
• Carolina B. Garcia, Luciana N. J. Matos, Carlos E. Negrao,
Hamilton Roschel, Ana Lucia S. Pinto, Jozelio F. Carvalho, Eloisa
Bonfa and Fernanda R. Lima;
Sclerostin As Marker of Bone Formation in Ankylosing Spondylitis
Under Anti-TNF Therapy: A 12-Month Longitudinal Analysis
• Carla G.S. Saad, Ana C. M. Ribeiro, Julio C. B. Moraes, Liliam
Takayama, Celio Goncalves, Ricardo M. Oliveira, Clovis A. A.
Silva, Eloisa Bonfa and Rosa M.R. Pereira,
Exercise Training Reverts Chronotropic Incompetence and Improves Heart Rate Recovery After Exercise in Women with Systemic
Lupus Erythematosus
• Danilo M. L. Prado, Renata Miossi, Thalita Dassouki, Luiz A.
Perandini, Fernanda R. Lima, Bruno Gualano, Ana Lucia S. Pinto,
Eloisa Bonfa and Hamilton Roschel,
Reproducibility of Composite Scores: Disease Activity 28-Joints
Score, Simplified Disease Activity Score and Clinical Disease Activity Score In the Evaluation of Rheumatoid Arthritis(Ra) Disease
Activity: Pursuit for A Gold Standard
• Lissiane K. N. Guedes, Ana C. M. Ribeiro, Julio C. B. Moraes,
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Notas
Brasileiros no ACR 2011
Carla G.S. Saad, Nadia E. Aikawa, Eduardo F. Borba Neto, Sandra
Pasotto, Jozelio F. Carvalho, Eloisa Bonfa, Ieda Laurindo
Ovarian Reserve in Juvenile Systemic Lupus Erythematosus Patients without Amenorrhea
• Nadia E. Aikawa, Adriana M. Sallum, Rosa M.R. Pereira, Eloisa
Bonfa, Lisa Suzuki, Vilma S.T. Viana, Clovis A. Silva
Infl uenza A H1N1/2009 Vaccine in Juvenile Dermatomyositis:
Reduced Response in Patients Under Immunosuppressive Agents
• Vanessa R. Guissa, Nadia E. Aikawa, Adriana M. Sallum, Lucia
M.A. Campos, Rosa M.R. Pereira, Eloisa Bonfa, Clovis A. Silva
Low Vitamin D in Juvenile Onset Systemic Lupus Erythematosus:
Association with Disease Activity and Low Bone Mineral Density
• Luciana P.C. Seguro, Caio B. Casella, Liliam Takayama, Eloisa
Bonfa, Rosa M.R. Pereira
Alveolar Hemorrhage: Distinct Clinical Profile in Adult and Juvenile Systemic Lupus Erythematosus Patients
• Daniel B. Araujo, Eduardo F. Borba Neto, Clovis A. Silva, Lucia
M.A. Campos, Rosa M.R. Pereira, Eloisa Bonfa, Samuel K. Shinjol
Infl uenza A H1N1/2009 Vaccine in Rheumatic Disease Patients
Under Anti-TNF Therapy: Safety and Response
• Ivan L.A. França, Ana C. M. Ribeiro, Nadia E. Aikawa, Carla G.S.
Saad, Ana L. G. Calich, Julio C. B. Moraes, Ieda Laurindo, Joao
Miraglia, Maria A. Ishida, Eloisa Bonfa, Clovis Silva
Erratic Control of Breathing During Exercise in Patients with
Systemic Lupus Erythematosus
• Renata Miossi, Danilo M. L. Prado, Luiz A. Perandini, Thalita
Dassouki, Bruno Gualano, Hamilton Roschel, Fernanda R. Lima,
Eduardo F. Borba, Eloisa Bonfa, Ana Lucia S. Pinto
Early Rheumatoid Arthritis in Latin America. Low Socioeconomic
Status Relates to High Disease Activity At Baseline
• Loreto Massardo, Bernardo A. Pons-Estel, Mario H. Cardiel,
Claudio Galarza-Maldonado, Mónica P. Sacnun
MULTICÊNTRICOS
Neuro-Behcet’s Disease in Brazil: Higher Incidence in Females
and Atypical Manifestations
• Livia A. Dutra, Celio R. Gonçalves, José L. Pedroso, Pedro Braga-Neto, Alberto A. Gabbai, Orlando G. P. Barsottini, Alexandre
W. S. de Souza
Therapeutic Approaches for the Treatment of New Onset and
Flared Juvenile Systemic Lupus Erythematosus with Active Renal
14
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Disease: An International Multicenter PRINTO Study.
• Paivi Miettunen, Angela Pistorio, Angelo Ravelli, Sheila Oliveira,
Maria Alessio, Ruben Cuttica, Dimitrina Mihay- lova, Graciela
Espada, Srdjan Pasic, Elisabetta Cortis, Seza Ozen, Oscar Porras,
Flavio Sztajnbok, Alberto Martini, Nicolino Ruperto.
Hereditary Autoinflammatory Syndromes: A Brazilian Multicenter
Study
• Adriana A. Jesus, Erika Fujihira, Mariana G. Watase, Maria
Teresa Terreri, Maria Odete Hilario, Magda Carneiro-Sampaio,
Claudio Len, Sheila K. Oliveira, Marta C. Rodrigues, Rosa M.R.
Pereira, Blanca E. Bica, Nilzio A. Silva, Andre Cavalcanti, Roberto
Marini, Flavio Sztajnbok, Maria V. Quintero, Virginia P. Ferriani,
Dewton Moraes-Vasconcelos, Joao B. Oliveira, Clovis A. Silva
Biologics use in SLE in 23 Centers - Data from the International
Registry for Biologics In SLE (IRBIS)
• R.F. van Vollenhoven, Søren Jacobsen , Daniel Wallace, John
G. Hanly, Michelle Petri, David A. Isenberg, Sasha Bernatsky,
Sang-Cheol Bae, Manuel Ramos-Casals, Guillermo Ruiz-Irastorza,
Francisco J. García-Hernández, Luis Saez, José Luis Callejas,
Javier Rascón, Enrique de Ramón, Ma Mar Ayala-Gutierrez,
Maite Camps, Melinda Mild, Murat Inanc, Bahar Artim-Esen,
Rosalind Ramsey-Goldman, Christine A. Peschken, Danilo
Squatrito, Lászlo´ Kovács, Andrea Doria, Zoltan Szekanecz, Elisa
Gremese,Emilia I. Sato
EpiFibro – A Brazilian Nationwide Databank in Fibromyalgia –
Analysis of 500 Women
• Roberto E. Heymann, Eduardo S. Paiva, Marcelo C. Rezende,
Daniel Feldman, Milton Helfenstein Jr., Jose E.Martinez, Jose R.
Provenza, Aline Ranzolin, Luiz S. Ribeiro, Eduardo J.R. Souza
EpiFibro – A Brazilian Nationwide Databank in Fibromyalgia –
2010 Fibromyalgia Criteria, “Fibromyalgianess” Score and FIQ
Performances
• Eduardo S. Paiva, Roberto E. Heymann, Marcelo C. Rezende,
Daniel Feldman, Milton Helfenstein Jr., Jose E. Martinez, Jose
R. Provenza, Aline Ranzolin, Luiz S. Ribeiro,Eduardo J.R. Souza
Quality of Life and Psychosocial Aspects Among School Adolescents with Diffuse Chronic Musculoskeletal Pain in Brazil
• AK Nascif, V. Valim, M. Dorio, JR Gomes, AFA Pereira, E. Zandonade, Claudio Len.
The Protective Effect of Antimalarials On Thrombovascular Events
In Latin American Systemic Lupus Erythematosus Patients
• Guillermo J. Pons-Estel, Graciela S. Alarcón, Daniel Wojdyla, Ana
I. Marcos, Alejandro J. Alvarellos, Antonio A. Iglesias-Gamarra,
Maria H. Esteva-Spinetti, Lilian Costallat, Nilzio A. Silva, Gloria
Vázquez, Maria Loreto Massardo, Marlene Guibert-Toledano,
Guillermo F. Huerta-Yánez, Mariano Cucho-Venegas, Bernardo
Pons-Estel
BOLETIM DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA • No 1 • jan/fev/mar/2012
23/03/2012 09:15:24
Notas
Novos profissionais
É com satisfação que damos as boas-vindas e parabéns aos novos reumatologistas da
Sociedade Brasileira de Reumatologia, abaixo listados e aprovados na prova de título de especialista.
Aline de Souza Streck
Ana Beatriz Vargas dos Santos
Ana Carolina Duarte Couto
Ana Carolina Schonrock
Andre Marun Lyrio
Andrese Aline Gasparin
Barbara Nascimento de Carvalho Klemz
Bruna Landau Braile
Camila Moraes Correa
Camilla Maria Silva Bueno
Carlos Spingola Junior
Caroline Zechlinski Xavier de Freitas
Cristiane Engel dos Santos
Daniela Viecceli Cervantes
Danilo Garcia Ruiz
Eloisa Doubrawa
Eveline Pagoto
Fernanda Vicente da Costa
Fernando Majerowicz dos Santos
Flavia Alexandra Guerrero
Flavia Midori Arakaki A.Tavares do Couto
Gerusa Rayzel de Carvalho
Gustavo Henrique Moreira Gomes
Henrique Luiz de Oliveira Latorre
Iana Sousa Nascimento
Iara Fernandes Pinto Abreu
Ingrid de Oliveira Koehlert
Joara Martins da Silva Gordo
Juliana Augusta Spinelli da Silva Teles
Kristopherson Lustosa Augusto
Leandro Lara do Prado
Leticia Pucci Barja
Lidia Balarini Silva
Lilian Schade
Luciana do Nascimento Marques Carneiro
Lucio Yamaguchi
Luiz Eduardo de Paula
Maira Lima Romero
Manuella Lima Gomes Ochtrop
Marcelo de Loyola E S. Avellar Fonseca
Marcelo Pavan Paiva
Marco Antonio Goncalves Pontes Filho
Maria da Gloria Costa Reis M. de Barros
Maria Luiza Marques Negrisolli
Mariana Castilho Rassi
Melina Andrade Mattar
Michele Rodrigues Martins
Odilon Angelo de Bortoli
Olivia de Fatima Costa Barbosa
Paula Menezes de Aquino Ramos
Rafael Barreto Paes de Carvalho
Aplicação da prova teórica.
Comissão de TE:
Sentadas: Emília Sato (SP),
Valéria Valim (ES), Fernanda
Lima (SP). De pé: Caio
Moreira (MG), Eutília Freire
(PB), Marcelo Pinheiro
(SP), José Carlos Szajubok
(SP), Francisco Aires (DF),
Tupinambá Vasconcelos (PI),
Mauro Goldfarb (RJ).
Rafaella Gaya Rosa
Raquel Altoe Giovelli
Renata Henriques de Azevedo
Roberto Minetto
Scheila Fritsch
Reumatologia Pediátrica
Comissão de TE da Pediatria: Claudio Len;
Ana Karina Nascif; Maria Teresa Terreri,
Margarida Carvalho e Clovis Almeida da Silva.
BOLETIM DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA • No 1 • jan/fev/mar/2012
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Simone Fargetti
Taina Candida de Almeida Contijo Carneiro
Tatiana Mayumi Veiga Iriyoda
Yara Mariana Alvim Santos
Amanda Donner
Erica Gomes do Nascimento Cavalcante
Márcia Bandeira
Marco Felipe Castro da Silva
Maria Carolina dos Santos
Maria Heloiza Torres Ventura
Marise de Araujo Lessa
Simone Appenzeller
Thais Cugler Meneghetti
Vanessa Ramos Guissa
15
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O que nossos colegas andam estudando
Primeira fila
Osteoporose Induzida por glicocorticoide:
diretrizes de prevenção e tratamento
Os glicocorticoides (GC) são prescritos por praticamente todas
as especialidades médicas, sendo que cerca de 0,5% da população
geral utiliza esses medicamentos, chegando a uma frequência de
1,75% das mulheres acima de 55 anos.
C
om o aumento da sobrevida dos
pacientes com doenças reumatológicas, a morbidade secundária ao uso
dessa medicação representa um aspecto
importante que deve ser considerado
no manejo dos nossos pacientes. As
incidências de fraturas vertebrais e
não-vertebrais são elevadas, variando
de 30% a 50% em pessoas que usam
GC por mais de três meses. Assim, a
osteoporose e as fraturas por fragilidade devem ser prevenidas e tratadas em
todos os pacientes que irão iniciar ou já
estão em uso desses esteroides.
Diversas recomendações elaboradas
por várias sociedades internacionais têm
sido descritas na literatura, porém não
há consenso entre elas. Recentemente,
o Colégio Americano de Reumatologia
publicou novas recomendações, mas
elas são baseadas no FRAX para ana-
lisar o risco de cada indivíduo e, desta
maneira, não podem ser completamente
utilizadas pela população brasileira.
Embora o reumatologista seja o especialista que utiliza essa medicação
com maior frequência, a literatura já
demonstrou que mesmo pacientes em
uso crônico de glicocorticoide oral,
atendidos em centros de excelência,
não são rotineiramente avaliados por
densitometria óssea e não recebem
medicações para prevenção e tratamento da Osteoporose Induzida por
Glicocorticoide (OPIG), especialmente
homens e mulheres na pré-menopausa.
Dessa forma, a Comissão de Osteoporose e Doenças Osteometabólicas da
Sociedade Brasileira de Reumatologia
(SBR), em conjunto com a Associação
Médica Brasileira (AMB) e a Associação Brasileira de Medicina Física e
Grupo presente à reunião inicial, para elaboração das
diretrizes OPIG, em Maringá/PR, em setembro de 2009.
16
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Reabilitação, implementou as diretrizes
brasileiras de OPIG, baseando-se na
melhor evidência científica disponível
e/ou experiência de experts.
A reunião inicial, para elaboração das
diretrizes, aconteceu durante a XVII
Jornada do Cone-Sul de Reumatologia,
que ocorreu em Maringá/PR, no dia
3 de setembro de 2009. Nesse dia de
extensa atividade científica estiveram
presentes 14 reumatologistas, uma
reumatologista pediátrica e uma fisiatra.
Todos os participantes apresentaram temas relacionados à OPIG, previamente
determinados para serem discutidos
durante a reunião. Essas apresentações
foram embasadas em ampla revisão
bibliográfica de artigos científicos na
base de dados MEDLINE. A partir da
discussão dos temas apresentados, foram estabelecidas diretrizes de acordo
com o grau de recomendação e força de
evidência científica preconizados pela
AMB. Posteriormente, esse documento
foi extensamente revisado pelo grupo
de Diretrizes da AMB e publicado no
Projeto Diretrizes em 20 de setembro
de 2011.
Dessa forma, esperamos que essas
diretrizes auxiliem os reumatologistas
brasileiros na prática clínica de prevenção e tratamento da Osteoporose
Induzida por Glicocorticoide (OPIG).
As diretrizes estão agora também disponíveis online no site da SBR e, em breve,
serão publicadas na Revista Brasileira de
Reumatologia.
Rosa Maria Pereira e
Diogo Domiciano
BOLETIM DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA • No 1 • jan/fev/mar/2012
23/03/2012 09:15:27
Dia a dia
Marketing médico é informação
e não obra de arte
Assad Frangieh*
P
ara muitos profissionais, o marketing médico trata-se de um plano
de ações promocionais baseado em
divulgação e propaganda, resultando
numa vantagem competitiva do profissional. Entretanto, embora haja inúmeros
recursos de mídia passíveis de apresentar
o médico aos potenciais clientes de forma
atraente e comercialmente correta, as
deliberações e recomendações criadas
pela Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame), intituladas de
“Ética na Publicidade Médica”, criam
barreiras de acesso aos mecanismos
amplamente usados pelas agências de
marketing e comprovadamente eficientes
sob determinadas situações.
Seja na divulgação de produtos ou de
serviços, a ética na propaganda não é exclusividade médica. Ao contrário, há leis
e normas em qualquer ramo profissional
e que delimitam as formas de levar as
informações. Talvez o Código de Defesa
do Consumidor seja o mais conhecido
recurso contra a propaganda enganosa,
inclusive a médica. Por esta razão, é
preciso enxergar o marketing médico
sob o prisma de um recurso contínuo
da carreira profissional e não apenas
um recurso temporário para promover
a imagem do médico.
Para o paciente
Na medicina, o marketing bem-sucedido é aquele que possui autenticidade,
honestidade e conteúdo que atinge tanto
a mente do paciente como seu coração.
Demonstrar conhecimentos no trato das
doenças conquista a mente de qualquer
enfermo. Abrir um sorriso e sustentar a
esperança conquista o coração dele. A
medicina é um trato da alma e do corpo
e a fidelidade de um paciente é feita pelo
coração. Desde o primeiro dia do exercício da profissão, nosso marketing médico
é feito a cada atendimento e a mídia
mais usada é a mais antiga da história:
o boca a boca. Isso é começar cuidar da
carreira, fazendo marketing médico, com
recursos mínimos e de acordo com as leis
regentes da ética.
Por outro ângulo, isso não quer dizer
que o médico não tem direito de fazer
propaganda de suas habilitações profissionais. Um cartão de apresentação
com dados básicos da especialidade, um
telefone de contato, o numero de registro
no Conselho Regional de Medicina de
forma discreta são formas que alcançam o mesmo resultado de sofisticados
trabalhos de artes e infinitas descrições
de cargos e títulos. Não são os cartões
para as classes A e B ou
os cartões para as
classes C e D que
fazem a diferença.
O que faz a diferença
é a objetividade da
informação e como
foi entregue. Isso
é válido do mesmo
jeito na apresentação de sites, blogs
ou qualquer portfólio
de consultório e clínica.
Criatividade com simplicidade
A simplicidade de uma informação ou
de uma apresentação não significa que
temos que ser apenas preto e branco.
Usar a criatividade também é bom,
apenas não se trata de uma exposição
artística e sim de uma informação que
se precisa divulgar.
Para fazer um bom marketing médico
é preciso bom senso. Recusar uma entrevista, ser avesso a palestras e debates,
manter-se introvertido e distante da
integração social são ingredientes que
nenhum investimento em divulgação e
propaganda pode resolver. E um dos
maiores obstáculos do marketing médi-
BOLETIM DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA • No 1 • jan/fev/mar/2012
boletim MAR 12.indd 17
co é a linguagem científica que alguns
abusam em usar e que muitas vezes vem
também acoplada a dados estatísticos. O
que impressiona os ouvintes é a didática
do entrevistado. Numa consulta médica,
o paciente é o jornalista e o médico é o
entrevistado. Se você não enxerga assim,
talvez esteja na hora de interromper o
monólogo de seu consultório.
Deslealdade não compensa
O que sustenta o marketing médico é
sua base de honestidade e o que sustenta a medicina é o respeito à dignidade
humana. O profissional que exerce a
medicina com dignidade não tem necessidade de utilizar meios antiéticos para promover-se, fazendo
concorrência desleal com seus
colegas. A concorrência
desleal pode trazer retornos
financeiros rápidos, porém não
cria sustentabilidade à estrutura de
trabalho por muito tempo. Pela simples
razão de a qualidade ter custos mínimos
para sua manutenção e porque sempre aparece “outro”
concorrente desleal na sua frente. Isso é
competir numa mesma raia, geralmente
a mais decadente.
Para entender melhor o marketing
médico é preciso gastar um tempo lendo atentamente a Ética na Publicidade
Médica: “A ética médica não proíbe a
publicidade médica, mas apenas fornece contornos necessários à proteção
da coletividade e da própria profissão
médica, que não pode ficar exposta a
conceitos e informações exageradas e
mal transmitidas.”
Por fim, o marketing médico precisa
ser objetivo e curto para não entediar as
pessoas. Por isso encerro aqui este artigo.
* Médico, atua na área de
planejamento em saúde e candidato
a paciente na Reumatologia.
17
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Coluna Seda
Médicos e doenças nos contos,
Hilton Seda
F
Em trabalho anterior, mostramos as referências de Afonso
Henriques de Lima Barreto (Rio de Janeiro, 1881-1922) a médicos
e doenças em seus romances1. Neste, o mesmo tema será
explorado em relação aos seus contos, suas sátiras e crônicas.
rancisco de Assis Barbosa escreveu em Explicação necessária prefácio do livro Bruzundangas, que bruzundanga
ou burundanga é um brasileirismo que significa palavreado
confuso, algaravia, mixórdia, trapalhada, cozinhado malfeito,
sujo ou repugnante. Acrescentou que Lima Barreto “traçou
nessas crônicas (...) uma série de caricaturas sobre um país
inexistente que muito se assemelha ao Brasil (...)”2.
No capítulo inicial desse livro satírico, chamado de capítulo
especial e intitulado Os Samoiedas, o autor fala da literatura
da Bruzundanga. Os literatos daquela terra “todos eles quase
não têm propriamente obras escritas; a bagagem deles consta
de conferências, poesias recitadas nas salas, máximas pronunciadas na intimidade de amigos, discursos em batizados
ou casamentos, em banquetes de figurões ou em cerimônias
escolares, cifrando-se, as mais das vezes, a sua obra escrita em
uma plaquette de fantasia de menino, coletâneas de ligeiros
artigos de jornal ou num maçudo compêndio de aulas, vendidos, na nossa moeda, à razão de quinze ou vinte mil-reis o
volume”. Lança em seguida a conclusão ferina: “Estes tais são
até os escritores mais estimados e representativos, sobretudo
quando empregam palavras obsoletas e são médicos com
larga freguesia”.
Os “samoiedas” da Bruzundanga encontraram o mestre de
sua escola literária “nos escritos de um tal Chamat ou Chalat,
um aventureiro francês”. “Esse Chamat ou Chalat, Flaubert
quando esteve no Egito, encontrou-o por lá, como médico do
exército quedival; e ele se ocupava nos ócios de sua provável
mendicância em rimar uma tragédia clássica, Abdelcáder,
em cinco atos, onde havia um célebre verso de que o grande
romancista nunca se esqueceu. É o seguinte: “C´est de la
par Allah! qu’Abd-Allah s’en Allah”. “O esculápio do Cairo
insistia muito nele e esforçava-se por demonstrar que, com
semelhante “harmonia imitativa” como os antigos chamavam,
obtinha traduzir, em verso, o sonido do galope de cavalo.”
Ainda em Bruzundangas, em A Nobreza da Bruzundanga,
outra referência sarcástica a médicos: “Há médicos que são
ao mesmo tempo clínicos do Hospital dos Indigentes, lentes
da Faculdade de Medicina e inspetores dos telégrafos...”
A seguir, na mesma obra: “Certo dia li nos atos oficiais do
Ministério dos Transportes e Comunicações daquele país, o
seguinte: F. amanuense dos Correios da província dos Cocos,
18
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pedindo fazer constar de seus assentamentos o seu título de
doutor em medicina – Deferido”. “O pedido e o despacho
dispensam qualquer comentário; e, por eles, todos podem
aquilatar até que ponto chegou, na Bruzundanga, a superstição doutoral. Um amanuense que se quer recomendar por ser
médico, é fato que se vê no interessante país da Bruzundanga.”
E mais adiante: “Há pouco tempo, no Conselho Municipal
daquele longínquo país, votou-se um orçamento, dobrando
e triplicando todos os impostos, Sabem os que ele diminuiu?
Os impostos sobre os médicos e advogados”.
A referência a médicos continua em Bruzundangas na sátira
intitulada Uma consulta médica. O doutor Adhil-ben-Thaft era
motivo diário de notícias nos jornais, pelas suas proezas dentro
e fora da medicina. Dele se dizia: “Milagroso. Monta a cavalo,
joga xadrez, escreve muito, bem, é um excelente orador, grande poeta, músico, pintor, goal-keeper dos primeiros”... Era
procurado pelas mulheres ricas, pobres, remediadas. Todos
diziam, com emoção na voz, que estavam tratando com o Dr.
Adhil. O sócio principal de um armazém de secos e molhados
lá pelas bandas de um arrabalde afastado da cidade, chamado Cator Krat-ben, sofria de dores no estômago que não o
deixavam saborear o seu bom cozido. Economizava em tudo
pensando num futuro tranquilo, menos na alimentação. Já
consultara, sem resultado, mezinheiros, curandeiros, espíritas
e médicos locais sem resultado. Soube pelos jornais da existência do “maravilhoso clínico” e resolveu consultá-lo, apesar
de ficar apreensivo com o preço que teria de pagar: cinquenta
cruzeiros. Pensou: e se for necessário mais de uma consulta?
Mas decidiu ir ao sábio. Adquiriu o cartão, com grande pesar
pelo dinheiro que gastava, “com a dor do pai que leva um filho
ao cemitério”. Aguardou sua vez, desconfiado, pois as consultas eram muito rápidas. Inquirido pelo médico, explicou a
causa de ali estar. “O Dr. Adhil-ben-Thaft fê-lo tirar o paletó,
o colete, auscultou-o bem, examinou-o demoradamente, tanto
em pé como deitado; sentou-se depois, enquanto o negociante
recompunha a sua modesta toilette”, e concluiu:
“– O senhor não tem nada.”
“– Então, senhor doutor, eu pago cinquenta cruzeiros e não
tenho nada! Essa é boa! Noutra não caio eu!”
Em Notas soltas, de Bruzundangas, uma farpa na Academia
que jamais o recebeu:
BOLETIM DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA • No 1 • jan/fev/mar/2012
23/03/2012 09:15:33
sátiras e crônicas de Lima Barreto
“– O doutor Sicrano já escreveu alguma coisa?”
“– Por que pergunta?”
“– Não dizem que ele vai ser eleito para a Academia de
Letras?”
“– Não é preciso escrever coisa alguma, meu caro; entretanto, quando esteve na Europa, enviou lindas cartas aos
amigos e...”
“– Quem as leu?”
“– Os amigos, certamente, e, demais, é um médico de
grande clínica. Não é o bastante?”
E não pararam por aí suas farpas dirigidas aos médicos.
Em Sobre os sábios escreveu: “Os médicos da Bruzundanga
imaginam-se sábios e literatos. Pode-se afirmar que não
são nem uma coisa nem outra”. E mais: “Não há médico
afreguesado que não seja considerado um sábio pela gente
de Bruzundanga, e, para afirmar tal reputação, não fabrique
uma outra complicada escrita em sânscrito. O médico sábio
não pode escrever em outra língua que o sânscrito. Isto lhe
dá foros de literato e aumenta-lhe a clínica. (...) Têm eles a
precaução preliminar de inaugurarem a sua sabedoria com
um casamento rico.”
Para ridicularizar os especialistas, Lima Barreto incluiu em
Outras notícias, referindo-se à guerra com Ogres, uma missão
médica na esquadra da Bruzundanga. Chegando a um porto
em que havia uma peste pouco conhecida o chefe da comissão
médica foi arguido sobre a doença. Estabeleceu-se, então, o
seguinte diálogo:
BOLETIM DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA • No 1 • jan/fev/mar/2012
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“– Não entendo disto... Não é comigo... Sou parteiro.”
Outro doutor da missão dizia:
“– Sou psiquiatra.”
“E não saiu daí.”
“– Não sei – acudiu um terceiro, ao se lhe pedir os seus
serviços profissionais – não curo defluxos. Sou ortopedista.”
“Não houve meio de vencer-lhes a vaidade de suas especialidades, de anúncio de jornal.”
Em outra obra satírica – Coisas do reino de Jambom –3
(o reino era assim chamado “porque afeta, mais ou menos a
forma de um presunto”), o capítulo “Assunto sério” termina,
em uma crítica velada:
“– Por força! Vou arranjar um atestado médico, para não
comparecer ao júri”.
Na mesma obra, em Os tais higienistas e em Atuação de
dona Berta, há ataques mordazes a Carlos Chagas, incluindo
a frase: “O senhor Chagas é o mais alto representante da
presunção médica.”
Ainda em Coisas do reino de Jambom, na crônica Médicos
e gramáticos, lê-se: “Em nosso Brasil tem coisas interessantes
e que põem os mais sagazes atarantados para explicá-las. Os
médicos aqui dão em gramáticos – e que gramáticos! – ferozes,
interessantes, falando e escrevendo uma língua arcaica, que só
pode ser compreendida por quem dispuser de quinhentos ou
mais mil-réis, para comprar um alentado Domingos Vieira.
Micróbios, bacilos, toxinas e outras coisas ultramodernas da
ciência deles, os nossos esculápios as expõem na linguagem
>>
19
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Coluna Seda
>>
de Rui de Pina e Azurara, segundo a gramática de João de
Barros, que é de 1540, quando ninguém sonhava com tais
novidades.”
“Como extinguir os gafanhotos” conta as bravatas do
Senhor doutor Nuno de Andrade (...) “Médico, financeiro,
jornalista, conteur, voltairiano, o ilustre jubilado é, além disso,
um agricultor mais prático e sabido do que o doutor Calmon.”
Inventou a “cirurgia profilática agronômica” que está fazendo
o encanto do senhor Simões Lopes, mas tem encaminhado
seus esforços para debelar a
praga dos gafanhotos e das
formigas.
Em Histórias e sonhos (contos)3 há descrição de um médico de real capacidade que nunca
quiseram reconhecer porque ele
escrevia “propositalmente” e
não – “propositadamente”, “de
súbito” e não – “as súbitas”, etc.
etc. Esse doutor ouviu a história
emocionada de um crime cometido por seu amigo Cazuza
quando era criança: matara um
pinto... por acidente.
Em um dos seus mais célebres contos (Nova Califórnia) Lima Barreto descreve a chegada à pequena cidade de Tubiacanga de um supostamente
grande químico de nome Raimundo Flamel que revelou a
um grupo importante do local ter um meio de fazer ouro
com ossos. A notícia espalhou-se, o cemitério “Sossego” da
cidade passou a ser revirado e pilhado por uma multidão em
busca de ossos. Em Tubiacanga vivia um “Homem formado
e respeitado na cidade, vereador, médico também, porque o
doutor Jerônimo não gostava de receitar e se fizera sócio da
farmácia para mais em paz viver (...)”, que também fez parte
do grupo que procurava ossos para fazer ouro.
Academia de roça é um conto que relata as reuniões que
aconteciam todas as tardes na Botica dos Segadas – Farmácia
Esperança – de um grupo seleto dos habitantes do lugarejo,
chamado Itaçaraí, para discutir letras, filosofia e artes. Desse
grupo fazia parte o doutorJoaquim Petronilho, médico clínico
na comarca. Veio o dia da instalação solene da Academia. de
Letras que o grupo resolveu criar. Em falta de local mais adequado para a solenidade, o ato teve lugar na barraca de lona
do circo de cavalinhos que trabalhava na cidade. O orador foi
o promotor público doutor Aristogen Tebano das Verdades.
“A assistência estava embasbacada com fraseado tão bonito,
que, na sua maioria, ela mal compreendia.” Ao terminar, o
orador não teve tempo de sentar-se, pois os cavalos do circo,
livrando-se de suas prisões, invadiram a arena, afugentando
todos os acadêmicos. “Nunca mais a Academia de Letras de
Itaçaraí se reuniu.”
20
boletim MAR 12.indd 20
Em O caçador doméstico aparece um médico de maneira
inusitada. A família Freitas arruinou-se com a abolição da
escravatura. Tinham mil escravos, que foram libertados pela
lei, o que representou a perda de uma grande fortuna. Esses
Freitas eram célebres por jamais terem dado uma alforria.
Entretanto o velho Freitas, “tendo um escravo mais claro que
mostrava aptidões para os estudos, dera-lhe professores e o
matriculara na Faculdade de Medicina.” “Quando o rapaz ia
terminar o curso, retirara-o dela, trouxera-o para a fazenda,
da qual o fizera médico,
mas nunca lhe dera carta de
liberdade, embora o tratasse
como homem livre e o fizesse
tratar assim por todos.”
São poucas as referências
a doenças nos contos, sátiras
e crônicas de Lima Barreto.
A primeira que aparece é
em “Congressos”, crônica
que se encontra em Coisas
do Reino de Jambom (3) e
diz respeito ao seu próprio
reumatismo: “Além de outros
motivos, devido a um infernal reumatismo que não me
deixa, há bem seis anos, e não me deixará nunca (...)”. Ainda
na mesma obra, em Egresso de Petrópolis, aparece uremia:
‘Um dia destes, a comadre Eugênia teve um súbito e quase
fulminante ataque de uremia.” Mais adiante, um provável
caso de tuberculose em Na segunda classe: Pretextata, magra
e escaveirada, tossia e cuspia pela portinhola do trem e falava
com voz cava e sumida. Quase que como uma confissão.
Em O Falso Dom Henrique V de Histórias e Sonhos, Lima
Barreto escreve que “O sofrimento e a penúria levavam ao
álcool, para esquecer; e o álcool levava ao manicômio”. Em
“O filho de Gabriela”, da mesma obra, é descrito o estado
deplorável de um menino, que se pode supor consequência
de adiantada verminose: “Baço, amarelado, tinha as pernas que nem palitos e o ventre como o de um batráquio”.
Finalmente, em “Miss Edith e seu tio”, há um candidato a
apoplexia: “Melo era um empregado público, promovido,
guindado pela República, que impressionava à primeira vista
pelo seu aspecto de candidato à apoplexia.”
Referências
1
Seda H: As doenças nos romances de Lima Barreto, Boletim da
Sociedade Brasileira de Reumatologia 35: 14-17, 2011.
2
Lima Barreto: Bruzundangas, Editora Mérito SA, São Paulo –
Rio de Janeiro, 1952.
3
Lima Barreto: Prosa Seleta, Editora Nova Aguilar, Rio de Janeiro,
2008.
BOLETIM DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA • No 1 • jan/fev/mar/2012
23/03/2012 09:15:38
Notas
Agenda
Chegadas e partidas
XVII Congreso de la Liga Panamericana
de Asociaciones de Reumatologia –
Panlar 2012
Reumatologia perde
Geraldo Guimarães da Gama
A Sociedade Brasileira de Reumatologia comunica o falecimento em 22/12/2011, aos 89 anos, do professor Geraldo
Guimarães da Gama, nosso ex-presidente da SBR, vítima de acidente vascular
cerebral. Foi enterrado no Cemitério do Parque da Colina em Belo Horizonte.
Era professor aposentado da UFMG, ex-professor-titular de Reumatologia da
FMUFMG (antecedeu ao Dr. Paulo Madureira de Pádua e Dr. Marco Antonio
P. Carvalho), membro da Academia Mineira de Medicina, do Departamento de
História da Medicina da FMUFMG; um dos estudiosos das causas prováveis de
morte do Aleijadinho, o maior escultor do barroco mineiro, tendo obra publicada
no assunto.
Deixou sua esposa Carmem Wagner da Gama e seus cinco filhos.
Depoimento
Gama foi o primeiro reumatologista mineiro
“No início de sua carreira, em 1954,
segue para a Europa, onde, durante o
ano de 1955, realiza estágio de reumatologia em Paris, por seis meses,
com o professor S. de Sèze; depois em
Manchester/Inglaterra, por mais seis
meses, com o professor Jonas Hendrick
Keloren, que acabara de se tornar o
primeiro professor de Reumatologia da
Inglaterra. Quando retorna em 1955,
Gama torna-se o primeiro reumatologista de Minas Gerais e começa em
1956 o atendimento reumatológico a
pacientes do Hospital da Baleia. Esse
provavelmente é o primeiro atendimento hospitalar em reumatologia do
Estado.
Em seguida, Gama assume o cargo
de professor-assistente da cadeira
de Terapêutica Clínica da Faculdade
de Medicina, tornando-se, assim, o
primeiro reumatologista professor da
UFMG.
Gama foi presidente da Sociedade
Brasileira de Reumatologia, entre
1962-1964, ano em que realizou em
Belo Horizonte o Congresso Brasileiro
de Reumatologia. Lembro-me bem: eu
acabara de chegar de minha residência
na Alemanha e fui direto para o evento.
A SBR não tinha mais que algo superior
a duas centenas de membros à época.
Ao longo dos anos 60, Gama defendeu sua dissertação de mestrado:
“Linfografia em Artrite Reumatoide”,
tornando-se o primeiro reumatologista
mineiro pós-graduado.
Nos anos 50, fundou, com outros colegas, o Instituto Mineiro de Reumatologia e Reabilitação, em Belo Horizonte, o primeiro hospital reumatológico de
Minas Gerais. Nessa instituição, foram
treinados vários reumatologistas que
se tornaram importantes, como Caio
Moreira.
Gama clinicou, embora de maneira
reduzida, até os 84 anos. Tive a felicidade de conviver muito com ele, por
termos morado 27 anos no mesmo
prédio, à Rua do Mosteiro, em Belo
Horizonte. Para as novas gerações de
reumatologistas, o nome de Geraldo
Guimarães Gama pode soar desconhecido, mas julgo importante que o
conheçam, para que os mais jovens
entendam melhor a história da reumatologia em Minas Gerais. O nome
de Gama está indelevelmente presente
na história da reumatologia mineira e
brasileira.”
Achiles Cruz Filho
BOLETIM DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA • No 1 • jan/fev/mar/2012
boletim MAR 12.indd 21
www.reumatologia.com.br
Data: 17 a 21 de abril de 2012
Local: Punta Cana – República Dominicana
Informações: www.panlar2012.org/app/do/
frontpage.aspx
Programa preliminar: destaques
Data: 17 de abril
• Tratamento da AR: para além de produtos
biológicos
• Novas terapias para o LES
• Terapias Esclerodermia: Atualização
Data: 18 de abril
• Novas ferramentas de diagnóstico para AO
– Avanços no século XXI
• Reabilitação na OA. Prevenção e tratamento
Tratamento e avaliação com terapia biológica
para a Artrite Reumatoide pela RM
Data: 19 de abril
• Avaliação e uso de RAPID3 / MDHAQ
• Mecanismo de resposta imune em Artrite
Reativa
• Alcançar Resultados ideais no tratamento
da Artrite Reumatóide
Data: 20 de abril
• LES em crianças
• Artrite em crianças
• Artrite idiopática juvenil sistêmica
Data: 21 de abril
• Novos conceitos sobre a patogênese do LES
neuropsiquiátrico
• A osteoporose no envelhecimento
• Novas ferramentas para diagnosticar
osteoporose
XVI Congresso Português de
Reumatologia
Data: 1 a 5 de maio de 2012
Local: Tivoli Marina Vila Moura
Parceiros: Sociedade Brasileira de
Reumatologia; Sociedade Espanhola de
Reumatologia
Informações: spr2012.congressos-online.com
Programa preliminar: destaques
Data: 1 de maio
• Curso de Investigação clínica – como
desenhar um projeto de investigação que não
vá para a gaveta e seja publicado
Data: 2 de maio
• Curso de Revisão Avançado de
Reumatologia em oito aulas
Data: 3 de maio
• Espondilartrites em movimento acelerado
Data: 4 de maio
• LES e Saaf – para além da evidência
científica
Data: 5 de maio
• Pontes para o futuro – colaboração entre
registros de doentes
21
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Além da Reumatologia
Corrida para baixar estresse e pensar na vida
O reumatologista Geraldo Castelar corre desde criança e até hoje
usa a atividade para combater a tensão e tomar decisões
P
ara o reumatologista Geraldo
Castelar, correr é um terreno tão
conhecido quanto andar. Desde menino
ele já corria de casa, na Lagoa, no Rio,
até a praia, para economizar a passagem de ônibus. E nessa rotina iam-se lá
pelo menos 8 km de corrida a cada vez.
Com o tempo, a dedicação só aumentou. E a seriedade também. A corrida
passou a ser mais que um prazer. Ganhou cunho profissional quando Castelar começou a participar de maratonas.
“Decidi fazer isso ao assistir à primeira
maratona do Rio, em 81. Olhando para
aqueles corredores pensei: ‘É isso que
quero fazer’. E a primeira providência
foi tirar o maço de cigarros do bolso e
jogar fora, parando de fumar”, lembra.
Em 82 lá estava ele correndo na segunda Maratona do Rio. E dedicou-se
a maratonas até o ano de 87. “Tive de
parar porque não tinha mais tempo,
principalmente quando fui para São
Paulo fazer minha pós e depois viajei
para os EUA, onde fiquei por quase
dois anos”.
Correr maratona, diz ele, não é nada
fácil: “É uma atividade extenuante,
muito puxada. Quando se chega ao fim,
nos primeiros momentos o desconforto
físico e psicológico é enorme. Demoram
alguns minutos para que esse mal-estar
passe e venham o prazer e o orgulho
de ter cumprido o trajeto, não importa
em qual tempo”. Enquanto se corre,
o esforço é tão grande que se chega
até a questionar se aquilo tudo vale a
pena, diz Castelar. “Mas, quando se
chega ao fim do trajeto, a sensação é
maravilhosa”.
É por isso que faz parte dos planos
de Castelar voltar a participar das maratonas, logo que conseguir ter horários
mais flexíveis em sua vida.
Por enquanto, ele continua apenas
22
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“É imprescindível que
profissionais da nossa
área tenham alguma
atividade que possa
aliviar a tensão
e a pressão diárias.”
Maratona Rio 85: Castelar (em segundo
plano, de short preto) já corria desde 82.
Castelar: corrida sempre que possível,
em meio ao cotidiano agitado.
correndo, sem compromisso, nem
grandes objetivos, a não ser combater
o estresse de seu cotidiano profissional.
Faz a atividade pelo menos duas vezes
por semana. Mas não ouve música
durante o trajeto, nem pratica acompanhado de alguém. Simplesmente usa
a cabeça para pensar no que precisa
fazer, tomar decisões, etc... “Já que
a corrida é um exercício solitário e
mecânico, é fácil utilizá-la para usar
o cérebro em outras coisas”, explica.
E além disso seu interesse é também
condicionar o corpo. “Perco de 2 kg a
3 kg em cada corrida, o que é ótimo.”
“É imprescindível que profissionais
da nossa área tenham alguma atividade
que possa aliviar a tensão e a pressão
diárias. Alguns pintam, outros tocam
instrumentos. E outros, como eu, fazem
exercícios físicos regulares”, diz Castelar, enfatizando que faz uma enorme
diferença no dia a dia o fato de poder
desanuviar numa atividade paralela.
BOLETIM DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA • No 1 • jan/fev/mar/2012
23/03/2012 09:15:39
O único anti-TNF totalmente humano
com eficácia em 6 indicações no Brasil em:1-8
2
2
humanizar
2
2
2
2
A Abbott apoia a atualização
científica: www.rima.org
Referências: 1. Burmester GR, Mease P, Dijkmans BAC, et al. Adalimumab safety and mortality rates from global clinical trials of six immune-mediated inflammatory diseases. Ann Rheum Dis. 2009;68:1863-9. 2. Bula do produto. 3. van der Heijde
D, Breedveld D, Kavanaugh A et al. Disease activity, physical function, and radiographic progression after long term therapy with adalimumab plus methotrexate: 5-Year results of PREMIER. The Journal of Rheumatology. 2010;37(11): 2237-46. 4. van
der Heijde D, Kivitz A, Schiff MH, et al. Efficacy and safety of adalimumab in patiens with ankylosing spondylitis. Arthritis Rheum. 2006;54:2136-46. 5. Mease PJ, Gladman DD, Ritchlin CT, et al; para o Grupo de estudo sobre eficácia da adalimimab em
estudo clinico sobre artrite psoriásica. Adalimumab for the treatment of patients with moderately to severely active psoriatic arthritis: results of a double blind, randomized, placebo-controleed Trial. Arthritis Rheum. 2005;52:3279-89. 6. Saurat JH, Stingl
G, Dubertret L et al. Efficacy and safety results from the randomized controlled comparative study of adalimumab vs. methotrexate vs.placebo in patients with psoriasis (CHAMPION). Br J Dermatol. 2008;158:558–566. 7. Hanauer SB, Sandborn WJ,
Rutgeerts P et al. Human anti-tumor necrosis factor monoclonal antibody (Adalimumab) in Crohn’s Disease: The CLASSIC-I Trial. Gastroenterology 2006;130:323-333. 8. Lovell DJ, Ruperto N, Goodman S, Reiff A. Adalimumab with or without Methotrexate
in Juvenile Rheumatoid Arthritis. N Engl J Med. 2008;359:810-20.
HUMIRA® (adalimumabe) – MS: 1.0553.0294. Indicações: Artrite reumatoide, Artrite psoriásica, Espondilite Anquilosante, Doença de Crohn, Psoríase em placas, Artrite Idiopática Juvenil Poliarticular. Contraindicações: pacientes com conhecida
hipersensibilidade ao adalimumabe ou quaisquer componentes da fórmula do produto. Advertências e Precauções: Infecções: foram relatadas infecções graves devido a bactérias, micobactérias, infecções fúngicas invasivas, virais, parasitárias ou
outras infecções oportunistas, sepsis, raros casos de tuberculose, candidíase, listeriose, legionelose e pneumocistose foram relatados em pacientes tratados com antagonistas do TNF. Histoplasmose e outras infecções fúngicas invasivas são um risco
para os pacientes. Pacientes que desenvolvem uma infecção fúngica grave são também advertidos a interromper o uso de bloqueadores de TNF até que a infecção seja controlada. O tratamento com HUMIRA® (adalimumabe) não deve ser iniciado ou
continuado em pacientes com infecções ativas, incluindo infecções crônicas ou localizadas, até que as infecções estejam controladas. Recomenda-se cautela ao uso de HUMIRA® (adalimumabe) em pacientes com histórico de infecções de repetição ou
com doença de base que possa predispor o paciente a infecções. Tuberculose: foram relatados casos de tuberculose (frequentemente disseminada ou extrapulmonar) associados ao HUMIRA® (adalimumabe). Antes de iniciar o tratamento com HUMIRA®
(adalimumabe) todos os pacientes devem ser avaliados quanto à presença de tuberculose ativa ou inativa (latente). Se a tuberculose ativa for diagnosticada, o tratamento com HUMIRA® (adalimumabe) não deve ser iniciado. Se for diagnosticada
tuberculose latente, deve-se iniciar a profilaxia antituberculose apropriada. Reativação da Hepatite B: o uso de inibidores de TNF foi associado à reativação do vírus da hepatite B (HBV) em pacientes portadores crônicos deste vírus, podendo ser fatal.
Deve-se ter cautela ao administrar inibidores de TNF em pacientes portadores do vírus da hepatite B. Eventos neurológicos: foram associados, em raros casos, com exacerbação de sintomas e/ou evidência radiológica de doença desmielinizante, incluindo
esclerose múltipla e doença desmielinizante periférica, incluindo Síndrome de Guillain Barré. Deve-se ter cautela ao considerar o uso de HUMIRA® (adalimumabe) em pacientes com doenças desmielinizantes do sistema nervoso periférico ou central, de
início recente ou pré-existentes. Malignidades: foi observado maior número de casos de linfoma entre os pacientes que receberam antagonistas de TNF. Além disso, há maior risco de linfoma em pacientes com artrite reumatoide com doença inflamatória
de longa duração, altamente ativa, o que complica a estimativa do risco. Malignidades, algumas fatais, foram relatadas entre crianças e adolescentes que foram tratados com agentes bloqueadores de TNF. A maioria dos pacientes estava tomando
concomitantemente imunossupressores. Casos muito raros de linfoma hepatoesplênico de células T foram identificados em pacientes recebendo adalimumabe. O risco potencial com a combinação de azatioprina ou 6-mercaptopurina e HUMIRA®
(adalimumabe) deve ser cuidadosamente considerado. Alergia: durante estudos clínicos, reações alérgicas graves associadas ao uso de HUMIRA® (adalimumabe) foram raramente observadas, incluindo reação anafilática. Se uma reação anafilática ou
outra reação alérgica grave ocorrer, a administração de HUMIRA® (adalimumabe) deve ser interrompida imediatamente e deve-se iniciar o tratamento apropriado. A tampa da agulha da seringa contém borracha natural (látex). Pacientes sensíveis ao
látex podem ter reações alérgicas graves. Eventos hematológicos: raros relatos de pancitopenia, incluindo anemia aplástica. A descontinuação da terapia com HUMIRA® (adalimumabe) deve ser considerada em pacientes com anormalidades
hematológicas significativas confirmadas. Uso com anacinra: A combinação de adalimumabe e anacinra não é recomendada. Insuficiência cardíaca congestiva: Casos de piora da ICC também foram relatados em pacientes recebendo HUMIRA®
(adalimumabe). Processos autoimunes: o tratamento com HUMIRA® (adalimumabe) pode resultar na formação de anticorpos autoimunes. Se um paciente desenvolver sintomas que sugiram síndrome Lúpus símile, o tratamento deve ser descontinuado.
Uso em idosos: a frequência de infecções graves entre pacientes com mais de 65 anos de idade tratados com HUMIRA® (adalimumabe) foi maior do que para os sujeitos com menos de 65 anos de idade. Devido a uma maior incidência de infecções na
população idosa geral, deve-se ter cautela quando do tratamento de pacientes idosos. Uso na gravidez: este medicamento só deve ser usado durante a gravidez quando, na opinião do médico, os benefícios potenciais claramente justificarem os possíveis
riscos ao feto. Mulheres em idade reprodutiva devem ser advertidas a não engravidar durante o tratamento com HUMIRA® (adalimumabe). Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso na lactação: recomenda-se decidir entre descontinuar o tratamento com HUMIRA® (adalimumabe) ou interromper o aleitamento, levando em conta a importância do medicamento para a mãe. Interações Medicamentosas: Metotrexato: não há
necessidade de ajuste de doses de nenhum dos dois medicamentos. Outras: o uso concomitante de HUMIRA® (adalimumabe) e anacinra ou abatacepte não é recomendado. Vacinas vivas não devem ser administradas concomitantemente a HUMIRA®
(adalimumabe). Não foram observadas interações com DMCDs (sulfassalazina, hidroxicloroquina, leflunomida e ouro parenteral), glicocorticoides, salicilatos, anti-inflamatorios não esteroidais ou analgésicos. Reações Adversas: Reação muito comum:
infecções no trato respiratório, leucopenia, anemia, aumento de lipídeos, dor de cabeça, dor abdominal, náusea, vômito, elevação de enzimas hepáticas, rash, dor músculo-esquelética, reação no local da injeção. Reação comum: infecções sistêmicas,
infecções intestinais, infecções de pele e tecidos moles, infecções de ouvido, infecções, infecções do trato, infecção do trato urinário, infecções fúngicas, infecções articulares, neoplasia benigna, câncer de pele não melanoma, trombocitopenia,
leucocitose, hipersensibilidade e alergia, hipocalemia, aumento do ácido úrico, quantidade anormal de sódio no sangue, hipocalcemia, hiperglicemia, hipofosfatemia, aumento de potássio no sangue, desidratação, alterações de humor, ansiedade, insônia,
parestesia, enxaqueca, compressão de raíz nervosa, distúrbio visual, conjuntivite, blefarite, inchaço nos olhos, vertigem, taquicardia, hematoma, hipertensão, rubor, tosse, asma, dispneia, hemorragia gastrintestinal, dispepsia, doença do refluxo
gastroesofágico, síndrome Sicca, prurido, urticária, contusões, dermatite, onicoclase, hiperidrose, espasmos musculares, hematúria, insuficiência renal, dor no tórax, edema, alterações da coagulação e distúrbios hemorrágicos, teste para autoanticorpos
positivo, aumento de desidrogenase lática no sangue, cicatrização prejudicada. Reação incomum: infecções oportunistas e tuberculose, infecções neurológicas, infecções dos olhos, infecções bacterianas, linfoma, neoplasia de órgãos sólidos,
melanoma, púrpura trombocitopênica idiopática, tremor, neuropatia, diplopia, surdez, tinido, arritmia, insuficiência cardíaca congestiva, oclusão arterial vascular, tromboflebite, aneurisma aórtico, doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumopatia
intersticial, pneumonite, pancreatite, disfagia, edema facial, colecistite e colelitíase, aumento da bilirrubina, esteatose hepática, suores noturnos, manchas, rabdomiólise, lúpus eritematoso sistêmico, noctúria, disfunção erétil, inflamação. Reação rara:
pancitopenia, esclerose múltipla, parada cardíaca. Infecções: As infecções consistiram principalmente de nasofaringites, infecções respiratórias superiores, sinusites, bronquites e infecções do trato urinário. Reações adversas de pós-comercialização:
diverticulite, linfoma hepatoesplênico de células T, leucemia, anafilaxia, sarcoidose, doenças desmielinizantes, acidente vascular cerebral, embolismo pulmonar, derrame pleural, fibrose pulmonar, perfuração intestinal, reativação da hepatite B,
insuficiência hepática, vasculite cutânea, síndrome de Stevens-Johnson, angioedema, aparecimento ou piora da psoríase; eritema multiforme, alopecia, síndrome lúpus símile, infarto do miocárdio. Posologia: Artrite Reumatoide, Artrite Psoriásica,
Espondilite Anquilosante: a dose para pacientes adultos é de 40 mg, administrados em dose única por via subcutânea, a cada 14 dias. Doença de Crohn: início do tratamento – Semana 0: 160 mg por via subcutânea ; Semana 2: 80 mg; Manutenção do
tratamento: a partir da Semana 4, 40 mg a cada 14 dias. Psoríase: para pacientes adultos é de uma dose inicial de 80 mg por via subcutânea, seguida de doses de 40 mg administradas em semanas alternadas, começando na semana seguinte à dose
inicial. Artrite idiopática juvenil poliarticular: para pacientes com idade superior a 13 anos é de 40 mg solução injetável, administrados em dose única por via subcutânea, a cada 14 dias. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Registrado por: Abbott
Laboratórios do Brasil Ltda.- Rua Michigan, 735 – São Paulo – SP - CNPJ: 56.998.701/0001-16. ABBOTT CENTER: 0800 703 1050.
Contraindicações/Precauções: Assim como observado com outros antagonistas de TNF, foram relatados casos de tuberculose
associados ao HUMIRA® (adalimumabe). A administração concomitante de antagonistas de TNF e abatacept tem sido
associada a aumento do risco de infecções, incluindo infecções sérias, quando comparada a antagonistas de TNF isolados.
Material destinado a profissionais da saúde prescritores. Reprodução Proibida. Produzido em Fevereiro/2012.
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