Apresentação de Artigo
PUC-Rio
Laboratório de Neurociências
Prof. Landeira-Fernadez
Érica de Lana Meirelles
11/2008
1
Nongenomic Transmission Across
Generations of Maternal Behavior and
Stress Responses in Rat
Transmissão não-genética do
comportamento materno e da resposta de
estresse em ratos através de gerações
Darlene Francis et al., 1999
Science 286; 1155-8.
Montreal - Canada
2
Resumo

Variações no cuidado materno:
Influência no desenvolvimento das respostas Endócrinas e
Comportamentais ao Estresse

Cross-fostering (Adoção Cruzada):
Comportamento Materno // Reatividade ao estresse
Transmissão de Diferenças Individuais no comportamento
materno (para as fêmeas)
3
Resumo
Manipulações ambientais nas
fases iniciais do
desenvolvimento
comportamento materno
padrão de transmissão deste
comportamento para as
gerações seguintes
4
Resumo

Cuidado materno pode ser um
mecanismo de transmissão
comportamental de diferenças
individuais (na resposta ao
estresse) por gerações
5
Conceitos


Comportamento Materno
Cross-fostering
6
Comportamento Materno

Licking/grooming – arched-back nursing
(LG-ABN)
Freqüência
% Tempo
7
Cross-fostering
A
B
A
B
A
A
(...)
B
B
(...)
8
Introdução


Mecanismos genéticos
Comportamento parental
(cuidadores) – “nongenomic”
9
Introdução
Cuidado Materno



Resposta Comportamental e Endócrina ao
Estresse
Eixo hipotalâmico-pituitário-adrenal (HPA)
Os filhotes de ratas com alto comportamento
(LG-ABN) são menos responsivos ao medo e
têm menor ativação do eixo HPA do que crias
de ratas com baixo LG-ABN
10
Divisão dos Grupos

Long-Evans
(32
fêmeas)

6 observações de
100 min por dia,
durante os
primeiros 10 dias
pós-parto
(observadores ingênuos)
11
Divisão dos Grupos

Registro de dois comportamento
maternos (LG e ABN)

Alta correlação entre LG e ABN (> 0.9)

Média e divisão dos grupos:


Média + DP(em ambos) = Alto
Media – DP(em ambos) = Baixo
12
Divisão dos Grupos

Cross-fostering:




12h após o parto;
remoção da rata mãe e troca de 2 (!) filhotes
por ninhada (marcados com caneta colorida);
Retorno da rata.
Observação do comportamento das
fêmeas filhotes, quando tiveram crias na
idade adulta (mesmos parâmetros)
13
Experimentos
14
1º Experimento e Resultado

As proles das fêmeas de alto LGABN mostraram maiores taxas
deste comportamento quando
tiveram seus próprios filhotes //
baixo LG-ABN
 Diferenças de comportamento
são passadas entre gerações
15
2º Experimento

Cross-fostering (Adoção Cruzada)
Grupos:


Grupos experimentais (trocas entre alto e baixo: HL e LH)
Grupos-controle:
- entre crias de baixo (LL)
- entre crias de alto (HH)
- adoção falsa (retirar e repor) (HW e LW)
- grupos não manipulados (de alto e baixo) (HC e LC)
16
Nomes para os grupos
Ex.:
Filho Biológico de H
HL
Criado por L
17
18
Resultados do 2º Experimento

A freqüência de comportamento LG-ABN
nos grupos de ALTO foi maior que nos
grupos de BAIXO (independentemente da
composição da ninhada)
18
16
14
S1 10
12
LG (%)
8
6
4
2
0
HC
HW
HH
HL
LC
LW
LL
LH
Grupos
(fêmeas S1)
19
3º Experimento e Resultado
 Campo
aberto (circular – 16cm
diâmetro) por 5 min
Filhotes LH
(biologicamente filhos de baixo e
criados por alto)
ESTRESSE // NOVIDADE
Filhotes criados por L
(incluindo HL)
20
3º Experimento e Resultado

Média de exploração do Campo Aberto
40
35
30
25
Exploração
20
(em seg)
15
10
5
0
HC
HW
HH
HL
LC
LW
LL
LH
Grupos
21
4º Experimento e Resultado

Cruzamento das filhotes fêmeas

LH = grupos HC, HW, HH

Grupos criados pela H
>L
16
14
12
10
LG (%) 8
6
4
2
0
HC
HW
HH
HL
LC
LW
Grupos de Mães (da 3a geração)
LL
LH
22
5º Experimento e Resultado



Postnatal handling of pups  altera o comportamento
da rata
Cruzamento das filhotes fêmeas (L e H) = S2
Manipulação de ½ da cria:





Remoção e colocação em pequena gaiola sem a mãe, por
15 min
Recolocação na gaiola original
Os outros filhotes não-manipulados (nenhuma
intervenção até o 12º dia)
H>L
Ratas mães de filhotes manipulados aumentaram o
comportamento de LG-ABN, para as L, mas não houve
modificações significativas para as H.
23
6º Experimento




Transmissão das diferenças
individuais em relação a respostas
comportamentais ao estresse
Grupo: filhotes (
) de S2 = S3
Sem manipulação (cross-fostering ou
handling) dos filhotes
Avaliação em campo aberto
24
6º Experimento e Resultado


Low/Handled x H
Eventos ambientais  comportamento
materno  padrões de transmissão de
diferenças individuais entre gerações
35
30
25
20
*
Exploração (em seg)
15
10
5
0
High/NH
High/H
Low/NH
Low/H
Grupos
Filhotes de mães...
25
7º Experimento

Efeitos do cuidado materno //
resposta de estresse
 mudanças no nível de expressão de
genes específicos em regiões
cerebrais que regulam a resposta
endócrina e comportamental ao
estresse
26
7º Experimento e Resultado
H (em comparação a L):
1) Maior nível de receptores
Glucocorticoid no Hipocampo

2) Mais receptores de Central
Benzodiazepine nos núcleos central
e basolateral da Amígdala
(mais receptores = menos NT na
fenda sináptica = menos estresse)
27
7º Experimento e Resultado
3) Diminuição do fator CorticotropinReleasing no mRNA no núcleo
paraventricular do hipotálamo
Comparação de h e não h:
1) L (h) = H (h ou nh) Receptores de
Central Benzodiazepine (CBZ)

2) L (h) maior (CBZ) que os grupos nh
28
7º Experimento e Resultado
29
Conclusões do Estudo

Diferenças individuais na expressão
de genes em regiões cerebrais que
regulam a reatividade ao estresse
podem ser transmitidas de uma
geração a outra através do
comportamento.
30
Conclusões do Estudo

Diferenças individuais no
comportamento de medo em
relação à novidade podem ser
transmitidas para a prole através de
um mecanismo de herança nãogenética.
31
Conclusões do Estudo

No rato, o mecanismo para este tipo
de herança envolve diferenças no
cuidado materno nas primeiras
semanas de vida.
32
Conclusões do Estudo

Outros estudos apontam a
influência dos contextos social,
econômico e emocional na
qualidade da relação entre pais e
criança.
33
Conclusões do Estudo

Relevância:

Maior entendimento sobre a
importância de programas de
intervenção precoce em humanos.
34
Obrigada!
35