ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Escola de Enfermagem São José Professora: Eliane Ramos Leite ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA As cirurgias provocam alterações estruturais e funcionais no organismo do paciente, que precisará de algum tempo para se adaptar às mesmas. É comum o tratamento cirúrgico trazer benefícios à qualidade de vida da pessoa, mas é importante compreendermos que o tratamento cirúrgico sempre traz um impacto (positivo ou negativo) tanto no aspecto físico como nos aspectos psicoemocionais e sociais. ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA As reações emocionais guardam relação direta com o “significado” que o paciente e familiares atribuem à cirurgia, sendo a ansiedade préoperatória a mais freqüente. ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA O atendimento do paciente cirúrgico é feito por um conjunto de setores interligados, como o pronto-socorro, ambulatório, enfermaria clínica ou cirúrgica, centro cirúrgico (CC) e a recuperação pós-anestésica (RPA). Todos estes setores devem ter um objetivo comum: proporcionar uma experiência menos traumática possível e promover uma recuperação rápida e segura ao paciente. ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS As cirurgias podem ser classificadas de acordo com a sua finalidade ou segundo sua urgência. De acordo com a sua finalidade, classificam-se em: Diagnóstica – para visualização de estruturas internas, realização de alterações orgânicas ou como cirurgia exploratória; Curativa – em que o ato cirúrgico corrige completamente as alterações orgânicas, como, por exemplo, remoção de mioma uterino, correção de desvio de septo nasal, etc.; ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Classificação das cirurgias Paliativa – em que apenas os sintomas da enfermidade são amenizados, não havendo cura como, por exemplo, remoção da laringe em caso de câncer, remoção da cadeia nervosa para alívio de dor, etc.; Plástica – com fins reparadores ou estéticos como, por exemplo, enxerto de tecidos, implante de próteses, cirurgias estéticas, etc.; Radical – com a finalidade de ressecção parcial ou total do órgão ou estrutura afetada como, por exemplo, remoção do estômago, remoção do útero, etc. ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA De acordo com a sua urgência, classificam-se em: Cirurgia Opcional – o ato operatório sofre programação, de acordo com a preferência do paciente. Exemplo: cirurgia estética; Cirurgia Eletiva – a época de realização do ato operatório pode ser prorrogada, sem riscos para o paciente. Exemplo: remoção de cisto sebáceo; Cirurgia Necessária – o ato operatório precisa ser realizado em alguns dias ou semanas, sem risco para o paciente. Exemplos: retirada de vesícula biliar, correção de hérnias, etc; ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA De acordo com a sua urgência, classificam-se em: Cirurgia Urgente – o ato cirúrgico precisa ser realizado dentro de 24 a 48 horas, pois existe a possibilidade de complicações sérias, pondo em risco a vida do paciente. Exemplos: remoção do apêndice, remoção de cálculos renais, etc; Cirurgia de Emergência – o ato cirúrgico precisa ser realizado dentro de minutos e algumas horas, pois há risco de vida. Exemplos: ferimento por arma branca ou de fogo, redução de fratura, etc; ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA PERÍODOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A assistência de enfermagem em cirurgia implica três momentos distintos, porém interligados, denominados peri-operatórios. São eles: Período pré-operatório: do momento em que se indica a cirurgia até a transferência do paciente para a sala de operação; ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA PERÍODOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Período intra-operatório: do momento em que o paciente é recebido na sala de operação até sua transferência para a sala de recuperação pósanestésica; Período pós-operatório: do momento da entrada do paciente na sala de recuperação pós-anestésica até sua completa recuperação cirúrgica, extrapolando, assim, a alta hospitalar. ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CIRÚRGICO PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO Os procedimentos desse período visam otimizar as condições do paciente para a cirurgia pela identificação e correção de distúrbios que aumentam os riscos da operação, acompanhadas de um cuidadoso preparo, conforme o tipo e o porte do ato operatório, aumentando, assim, a probabilidade de que o paciente reaja adequadamente ao trauma cirúrgico e suas conseqüências. ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA IDENTIFICAÇÃO E CORREÇÃO DOS DISTÚRBIOS A avaliação do paciente para a realização de uma cirurgia deve considerar os seguintes aspectos: Idade: Condições nutricionais ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA IDENTIFICAÇÃO E CORREÇÃO DOS DISTÚRBIOS Condições Condições Condições Condições cardiovasculares neurológicas renais hepáticas ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Todas as avaliações servirão para se prever o risco, ou melhor, a conveniência da cirurgia. Haverá casos em que o risco será maior que as vantagens da operação, e esta deverá ser adiada até que os desarranjos biológicos sejam corrigidos. ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Para a avaliação das condições do paciente, podem ser solicitados exames : urina tipo I, hemograma completo, coagulograma, glicemia, tipagem sanguínea, parasitológico de fezes, radiografia de tórax, eletrocardiograma ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Cuidados pré-operatórios Preparo psicológico Preparo físico •Mediatos •Imediatos ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA MEDIATOS Os cuidados pré-operatórios mediatos abrangem as 24 a 48 horas anteriores à operação, tempo mínimo de internação prévia necessário à adaptação física e psicológica. A finalidade principal dos cuidados é contribuir para o conforto do paciente e fazer a profilaxia das complicações pós-operatórias, compreendendo as seguintes medidas: ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Mediatos: Autorização para cirurgia Abolição do fumo: Fisioterapia respiratória: Estimulação do reflexo da tosse ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Mediatos: Evitar o repouso prolongado: Preparo da pele da região da incisão: Preparo intestinal (cólon e reto): Peso e altura Coleta de sangue Orientação ao paciente Jejum alimentar de pelo menos 8 horas e hídrico, de 4 horas antes da cirurgia Proporcionar um ambiente tranqüilo para favorecer o repouso noturno; ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA IMEDIATOS Compreendem medidas de rotina para o conforto e segurança do paciente, antes que ele seja encaminhado ao Centro Cirúrgico: Higiene corporal, Remoção de prótese(s), maquiagem, esmalte, jóias, adornos e lentes de contato, Paramentarão adequada do paciente, com camisola, gorro e propés; Verificação dos sinais vitais, ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Imediatos: Fazer o paciente esvaziar a bexiga Sondagem nasogástrica, se houver indicação; Registro, no prontuário, das anotações referentes às condições gerais do paciente e ao preparo realizado Assistência espiritual, independente de credo religioso, permitindo a presença de familiares ou amigos neste momento; Encaminhamento do paciente para o Centro Cirúrgico, com conforto e segurança ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Período intra-operatório É o período da cirurgia propriamente dita. Estudaremos esse período detalhadamente em Enfermagem em Centro Cirúrgico. Período pós-operatório O período pós-operatório tem inicio no final da sutura cirúrgica e termina quando as alterações orgânicas resultantes da cirurgia tenham cessado, o que pode levar dias, semanas ou meses. ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Os principais objetivos da assistência de enfermagem nesta fase são prever e, se preciso, corrigir as complicações pósoperatórias que se instalem, assim como contribuir para uma rápida recuperação do paciente. ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA O período pós-operatório : compreende duas fases que não são rigidamente demarcadas, mas que servem de guia para uma assistência adequada: – – a imediata; e a mediata. ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Pós-operatório imediato O pós-operatório imediato compreende as primeiras 24 a 48 horas imediatamente seguintes ao término da cirurgia, abrangendo a recuperação pós-anestésica e prosseguindo até a estabilização completa das funções orgânicas vitais. ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Pós-operatório imediato É nessa fase que ocorrem mais de 50% das complicações das cirurgias Centro cirúrgico sala de recuperação pós-anestésica, ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Cuidados de Enfermagem na Unidade de Internação Promoção da limpeza e ordem de todo o ambiente; Arrumação da cama “tipo operado”; Limpeza e arrumação da mesa de cabeceira; Trazer suporte de soro e colocá-lo ao lado da cama; Deixar oxigênio com equipamento completo. ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Ao receber o paciente no quarto: ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Nas horas seguintes: Ao recuperar totalmente a consciência, avisá-lo do lugar onde está e que está passando bem; Periodicamente, controlar sinais vitais e funcionamento de drenos, sondas, cateteres, em relação às conexões, a dispositivos coletores e troca dos mesmos quando necessário; Medicá-lo para dor, quando necessário; Observar e estimular a aceitação da dieta; Administrar oxigênio, através de cateter, máscaras ou respiradores, se prescrito; ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Nas horas seguintes: Verificar a administração de soluções endovenosas e medicações prescritas; Inspeção periódica dos curativos para detectar a presença de hemorragias ou outras drenagens anormais, observando-se o aspecto da ferida e as condições de cicatrização; Registro das observações sobre balanço hídrico; ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Nas horas seguintes: Avaliação do nível de consciência pela observação das reações sensitivas, motoras e reflexas; Alivio dos desconfortos inevitáveis deste período, não só pela administração de medicamentos prescritos, como também por medidas de segurança e conforto; Estimular a movimentação ativa e deambulação precoce, como profilaxia de complicações respiratórias e circulatórias; Fazer anotações relativas a todos os dados observados e à assistência prestada, imediatamente após a sua execução. ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA PÓS-OPERATÓRIO MEDIATO O pós-operatório mediato abrange todo o tempo necessário para a recuperação completa do paciente, iniciando-se com a estabilização das funções orgânicas vitais, compreendendo a convalescença hospitalar e/ou domiciliar e se estendendo até a alta médica definitiva. ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA TERMINOLOGIA CIRÚRGICA Terminologia é o conjunto de termos de uma arte ou de uma ciência, conjunto de palavras peculiares de um lugar; lista, relação, catálogo (nomenclatura) (Ferreira, 1975). ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA INTERCORRÊNCIAS PÓS-OPERATÓRIAS Algumas manifestações clínicas são comuns no pós-operatório de diferentes cirurgias. Podemos agrupá-las em desconfortos e complicações. Desconfortos ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA INTERCORRÊNCIAS PÓS-OPERATÓRIAS Calafrios: Dor: Sede: Náuseas e vômito Soluços Distensão abdominal Retenção urínária ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Complicações Choque: pode ser hipovolêmico, cardiogênico, neurogênico e séptico; Hemorragia: pode ser primária, quando ocorre no momento da operação e intermediária, quando ocorre no pós-operatório mediato; Insuficiência respiratória: que pode ser causada por retenção de secreção brônquica, aspiração de secreções e vômitos, imobilidade no leito, doença pulmonar anterior e infecções; ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Complicações: Flebite e tromboflebite: podem ser causadas por traumatismo venoso, devido à compressão ou posição inadequada na mesa cirúrgica, imobilidade prolongada no leito, doenças vasculares anteriores; Infecção: geralmente de origem bacteriana e associada à cirurgia de processos supurativos (apendicite), a falhas de assepsia, ao emprego de cateteres e sondas, a infecção da ferida cirúrgica e a presença de processos infecciosos anteriores à cirurgia; Alterações na cicatrização da ferida cirúrgica: ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Alterações na cicatrização da ferida cirúrgica: – – – Formação de hematoma devido a um sangramento Deiscência ou rompimento dos pontos da incisão cirúrgica em um ou mais planos da sutura; Evisceração, que consiste na exposição e liberação de órgãos de uma cavidade, após ter havido uma deiscência de todos os planos de sutura; ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS CIRURGIAS MAIS COMUNS CIRURGIAS DO APARELHO DIGESTIVO LAPAROTOMIA EXPLORADORA Definição É uma manobra cirúrgica que envolve uma incisão através da parede abdominal para aceder à cavidade abdominal. CIRURGIAS DO APARELHO DIGESTIVO LAPAROTOMIA EXPLORADORA Indicações A laparotomia exploradora é recomendada quando surge a necessidade de se diagnosticar uma doença abdominal de causa desconhecida, ou então na presença de uma lesão ao abdome (provocada por um tiro de arma de fogo ou por um ferimento puntiforme, também conhecido como "trauma cego"). CIRURGIAS DO APARELHO DIGESTIVO Doenças discobertas por esse procedimento: Apendicite aguda; Pancreatite aguda ou crônica; Abscessos retroperitoneal, abdominal ou pélvico; Endometriose; Salpingite; Aderências; Câncer (ovários, cólon, pâncreas ou fígado) e vários graus de câncer; Diverticulite; Perfuração intestinal; Gestação ectópica. LAPAROTOMIA EXPLORADORA CIRURGIAS DO APARELHO DIGESTIVO Assistência de Enfermagem ( LAPAROTOMIA EXPLORADORA): Manter o paciente em decúbito dorsal horizontal, com cabeça lateralizada; Observar cuidadosamente as sondas e/ou drenos colocados durante a cirurgia; Registrar o caráter da drenagem; Observar a eliminação de gazes e fezes; Tomar os demais cuidados pertinentes ao pós-operatório geral. O resultado da cirurgia, assim como o curso e a duração da recuperação do paciente, variam conforme o desenvolvimento da própria doença. CIRURGIAS DO APARELHO DIGESTIVO GASTROSTOMIA Definição É uma cirurgia para a introdução de uma sonda no estômago através do abdome. CIRURGIAS DO APARELHO DIGESTIVO Indicações ( GASTROTOMIA) As sondas estomacais são inseridas por vários motivos. Tanto elas podem permanecer temporariamente quanto definitivamente. A inserção do tubo para gastrostomia deve ser recomendada para: Defeitos congênitos na boca, esôfago ou estômago (atresia esofágica ou fístula traqueoesofágica); Dificuldades para sucção e/ou deglutição GASTROSTOMIA Descrição É feita uma pequena incisão do lado esquerdo do abdome enquanto o paciente encontra-se sob anestesia geral. Uma pequena sonda flexível e oca (cateter), com um balão ou uma ponta campanulada é introduzida no estômago. O estômago é então suturado em torno da sonda e a incisão é fechada CIRURGIAS DO APARELHO DIGESTIVO Assistência de Enfermagem (GASTROSTOMIA) Manter o curativo limpo e seco ao redor da sonda; O curativo da região abdominal deve ser separado do curativo do estômago; Fazer higiene oral freqüente; As primeiras alimentações devem ser iniciadas com pequenas quantidades (30 a 60 ml) e ir aumentando gradativamente cpm, em geral não ultrapassa 350ml por refeição; CIRURGIAS DO APARELHO DIGESTIVO Assistência de Enfermagem ( GASTROSTOMIA) Após alimentação ou introdução de medicamentos, deve-se injetar água (10 a 20 ml) para limpar a sonda; Manter a sonda fechada, limpa e desobstruída; Deixar o paciente em posição de Fowler após as refeições; Observar sinais de estase gástrica, antes de administrar a dieta, aspirar com seringa; se conter restos de alimentos não digeridos, comunicar o médico; Observar o funcionamento intestinal, diarréia ou obstipação; Orientar a família quanto aos cuidados com a sonda e o preparo da dieta. CIRURGIAS DO APARELHO DIGESTIVO O paciente e/ou sua família serão orientados sobre: Como cuidar da pele em torno da sonda; Sinais e sintomas de infecção; O que fazer se a sonda sair; Sinais e sintomas de obstrução da sonda; Como e o que administrar pela sonda de gastrostomia; Como ocultar a sonda debaixo da roupa; Quais as atividades o paciente pode continuar exercendo normalmente. GASTRECTOMIA Definição Extirpação parcial ou total do estômago. Indicação Úlceras gástricas; Obesidade; Câncer gástrico. GASTRECTOMIA GASTRECTOMIA CIRURGIAS DO APARELHO DIGESTIVO Assistência de Enfermagem (GASTRECTOMIA) Cuidados gerais de pós-operatórios; Manter sonda nasogástrica aberta (a sonda pode ser conectada a um aspirador ou aspirada com seringa de h/h ou de 2/2 hs); Medir drenagem e observar o aspecto da secreção drenada, caso persista ou apresente sangue vivo, avisar o médico, pode ser hemorragia gástrica; CIRURGIAS DO APARELHO DIGESTIVO Assistência de Enfermagem (GASTRECTOMIA) Fazer higiene oral freqüente; Controlar diurese; Cuidados com infusão venosa; Manter jejum absoluto nas primeiras 24 horas; CIRURGIAS DO APARELHO DIGESTIVO Assistência de Enfermagem(GASTRECTOMIA) A sonda nasogástrica, de maneira geral, é retirada após o terceiro dia de cirurgia; Estimular a movimentação no leito e deambulação precoce; Cuidados com a administração da dieta, observar tolerância.Os alimentos brandos são fornecidos gradualmente, até que o paciente esteja apto a tomar seis refeições por dia e ingerir 120ml entre as refeições. CIRURGIAS DO APARELHO DIGESTIVO COLECISTECTOMIA Definição É a retirada cirúrgica da vesícula biliar. Indicações Presença de cálculos dentro da vesícula biliar causando colecistite aguda ou crônica; Pólipos da vesícula biliar; Neoplasias. COLECISTECTOMIA Descrição A colecistectomia pode ser feita por laparoscopia, através de pequenas incisões de 10 e 5 mm ou por laparotomia. Na colecistectomia convencional (laparotômica), é realizada incisão que pode variar de poucos a mais de 25 centímetros, dependendo das características biotípicas do paciente e de achados intraoperatórios. COLECISTECTOMIA Cirurgia Laparoscópica É feita uma pequena incisão no umbigo onde é introduzido uma agulha para encher a cavidade abdominal de um gás especial. A intensão é criar um espaço para que a cirurgia possa ser realizada. COLECISTECTOMIA Cirurgia Laparoscópica É então introduzido um tubo metálico chamado trocáter por onde é colocado o laparoscópio (como um telescópio). Através deste é visualizada toda a cavidade abdominal. COLECISTECTOMIA Cirurgia Laparoscópica Então, é realizado mais três pequenos cortes por onde são colocadas as pinças que vão ser utilizadas durante a cirurgia. COLECISTECTOMIA Assistência de Enfermagem Cuidados gerais de pós-operatório; Verificar se o paciente está com dreno Kher. Caso apresente, este deve ser conectado em uma bolsa coletora ou frasco estéril. O dreno deve permanecer aberto e a drenagem rigorosamente observada: coloração e aspecto; COLECISTECTOMIA Manter sonda nasogástrica aberta, geralmente a sonda permanece por 48/ 72 horas; Aspirar e medir drenagem; Fazer higiene oral constante; Estimular a mudança de decúbito, cuidando e orientando o paciente para evitar deslocar o dreno; Colocar em posição de Fowler logo que se recupere da anestesia, para facilitar a drenagem; COLECISTECTOMIA A alimentação inicia-se após as 24 horas, com líquidos em pequenas quantidades; Após 72 horas, em geral, inicia-se uma dieta leve e pobre em gorduras; Observar e anotar o aspecto das fezes e urina; Observar sinais e sintomas como: náuseas, vômitos, distensão abdominal, icterícia; COLECISTECTOMIA Assistência de enfermagem Estimular a respiração profunda, sendo a incisão cirúrgica localizada abaixo das costelas, em geral, o paciente sente muita dor, respira superficialmente, o que pode levar a complicações; Trocar curativos diariamente, COLECISTECTOMIA Assistência de enfermagem O dreno de Kher permanece aberto geralmente por 5 dias, depois o médico poderá orientar, devendo-se observar as reações do paciente; Orientar para a alta, se não houver complicações o paciente em geral recebe alta em 12 a 15 Dieta que deve ser nutritiva, pobre em gorduras e evitar o álcool o máximo possível. HERNIORRAFIA INGUINAL Definição Hérnia é a protusão (saliência ou abaulamento) de uma víscera ou órgão através de um buraco (abertura) na parede abdominal. Ela pode ocorrer em vários locais, como por exemplo no umbigo (hérnia umbilical) e na região inguinal (hérnia inguinal). HERNIORRAFIA INGUINAL A técnica é simples e pode ser utilizada com anestesia peridural. A operação é iniciada com uma incisão de cerca de 10 cm na região inguinal (parte inferior do abdome) HERNIORRAFIA INGUINAL Após a localização da hérnia, a mesma é empurrada para dentro do abdômen e a abertura da parede abdominal é fechada com pontos. Em alguns casos, uma tela pode ser necessária para reforçar a parede abdominal e reduzir a possibilidade de recidiva da hérnia. Esta tela é feita de polipropileno, um material extremamente resistente e que não provoca rejeição do organismo. HERNIORRAFIA INGUINAL Assistência de Enfermagem Manter o paciente em decúbito dorsal; Após a herniorrafia inguinal, colocar suspensório escrotal para prevenir ou aliviar o edema; Orientar o paciente a imobilizar a área operada com as mãos, sempre que tossir ou espirrar, para proteger o local; Prestar os demais cuidados do pós-operatório em geral. HEMORROIDECTOMIA Definição Tratamento cirúrgico das hemorróidas. Hemorróidas são coxins teciduais formados por tecido vascular, tecido conjuntivo e elástico e fibras de musculatura lisa existentes no canal anal e ânus. São constituintes normais da anatomia anorretal humana, existindo em maior ou menor grau em todas as pessoas, sendo a maioria assintomática. HEMORROIDECTOMIA Assistência de enfermagem Manter o paciente em decúbito dorsal horizontal ou lateral; Utilizar freqüentemente analgésicos, pois a dor é um sintoma sempre presente; Observar continuamente o local da cirurgia, onde é aplicado um curativo-tampão para se evitar hemorragias, que são bastante comuns; HEMORROIDECTOMIA Assistência de enfermagem Após a retirada do curativo, Orientar: banho de assento com água morna de 2/2 horas, ou após cada evacuação, ou compressas quentes, cremes anestésicos, locais, após o banho, supositórios que contenham anestésicos, anti-sépticos e tranqüilizantes, clister emoliente (glicerina) antes da primeira evacuação, que geralmente é bastante dolorosa; Orientar o paciente, no momento da alta, sobre higiene anal, dieta, medicamentos, exercícios para fazer em casa; Prestar todos os cuidados pertinentes ao pós-operatório. APENDICECTOMIA Remoção cirúrgica de um apêndice inflamado ou infeccionado (apendicite). Indicações Infecção ou inflamação do apêndice (apendicite aguda). Os sintomas da apendicite aguda incluem: Dor abdominal no lado inferior direito; Febre (temperatura elevada); Diminuição do apetite (anorexia); Náusea, vômitos. APENDICECTOMIA Bibliografia MANUAL DO TÉCNICO E AUXILIAR DE ENFERMAGEM Lima, Ildemira L. de 6ª Edição – 2002 Ed. AB - Goiânia SITES www.abcdasaude.com.br www.arquivomedico.hpg.ig.com.br www.cirurgiaonline.com.br www.enfernurse.hpg.ig.com.br www.biobras.com.br www.uro.com.br www.google.com.br