ENFERMAGEM EM CLÍNICA
CIRÚRGICA
Escola de Enfermagem
São José
Professora: Eliane Ramos Leite
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CIRÚRGICA
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As cirurgias provocam alterações estruturais e
funcionais no organismo do paciente, que precisará
de algum tempo para se adaptar às mesmas.
É comum o tratamento cirúrgico trazer benefícios
à qualidade de vida da pessoa, mas é importante
compreendermos que o tratamento cirúrgico
sempre traz um impacto (positivo ou negativo)
tanto no aspecto físico como nos aspectos psicoemocionais e sociais.
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As reações emocionais guardam relação direta
com o “significado” que o paciente e familiares
atribuem à cirurgia, sendo a ansiedade préoperatória a mais freqüente.
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O atendimento do paciente cirúrgico é feito por
um conjunto de setores interligados, como o
pronto-socorro, ambulatório, enfermaria clínica ou
cirúrgica, centro cirúrgico (CC) e a recuperação
pós-anestésica (RPA).
Todos estes setores devem ter um objetivo
comum: proporcionar uma experiência menos
traumática possível e promover uma recuperação
rápida e segura ao paciente.
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CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS
As cirurgias podem ser classificadas de acordo
com a sua finalidade ou segundo sua urgência.
De acordo com a sua finalidade, classificam-se
em:
Diagnóstica – para visualização de estruturas
internas, realização de alterações orgânicas ou
como cirurgia exploratória;
Curativa – em que o ato cirúrgico corrige
completamente as alterações orgânicas, como, por
exemplo, remoção de mioma uterino, correção de
desvio de septo nasal, etc.;
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Classificação das cirurgias
Paliativa – em que apenas os sintomas da enfermidade são
amenizados, não havendo cura como, por exemplo, remoção
da laringe em caso de câncer, remoção da cadeia nervosa
para alívio de dor, etc.;
Plástica – com fins reparadores ou estéticos como, por
exemplo, enxerto de tecidos, implante de próteses, cirurgias
estéticas, etc.;
Radical – com a finalidade de ressecção parcial ou total do
órgão ou estrutura afetada como, por exemplo, remoção do
estômago, remoção do útero, etc.
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De acordo com a sua urgência, classificam-se em:
Cirurgia Opcional – o ato operatório sofre programação, de
acordo com a preferência do paciente. Exemplo: cirurgia
estética;
Cirurgia Eletiva – a época de realização do ato operatório
pode ser prorrogada, sem riscos para o paciente. Exemplo:
remoção de cisto sebáceo;
Cirurgia Necessária – o ato operatório precisa ser realizado
em alguns dias ou semanas, sem risco para o paciente.
Exemplos: retirada de vesícula biliar, correção de hérnias,
etc;
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De acordo com a sua urgência, classificam-se
em:
Cirurgia Urgente – o ato cirúrgico precisa ser
realizado dentro de 24 a 48 horas, pois existe a
possibilidade de complicações sérias, pondo em
risco a vida do paciente. Exemplos: remoção do
apêndice, remoção de cálculos renais, etc;
Cirurgia de Emergência – o ato cirúrgico precisa
ser realizado dentro de minutos e algumas horas,
pois há risco de vida. Exemplos: ferimento por
arma branca ou de fogo, redução de fratura, etc;
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PERÍODOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
A assistência de enfermagem em cirurgia
implica três momentos distintos, porém
interligados, denominados peri-operatórios. São
eles:
Período pré-operatório: do momento em que se
indica a cirurgia até a transferência do paciente
para a sala de operação;
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PERÍODOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Período intra-operatório: do momento em que o
paciente é recebido na sala de operação até sua
transferência para a sala de recuperação pósanestésica;
Período pós-operatório: do momento da entrada
do paciente na sala de recuperação pós-anestésica
até sua completa recuperação cirúrgica,
extrapolando, assim, a alta hospitalar.
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ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CIRÚRGICO
PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO
Os procedimentos desse período visam otimizar as
condições do paciente para a cirurgia pela
identificação e correção de distúrbios que
aumentam os riscos da operação, acompanhadas de
um cuidadoso preparo, conforme o tipo e o porte
do ato operatório, aumentando, assim, a
probabilidade de que o paciente reaja
adequadamente ao trauma cirúrgico e suas
conseqüências.
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IDENTIFICAÇÃO E CORREÇÃO DOS
DISTÚRBIOS
A avaliação do paciente para a realização
de uma cirurgia deve considerar os
seguintes aspectos:
Idade:
Condições nutricionais
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IDENTIFICAÇÃO E CORREÇÃO DOS
DISTÚRBIOS
Condições
Condições
Condições
Condições
cardiovasculares
neurológicas
renais
hepáticas
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Todas as avaliações servirão para se
prever o risco, ou melhor, a conveniência
da cirurgia.
Haverá casos em que o risco será maior
que as vantagens da operação, e esta
deverá ser adiada até que os desarranjos
biológicos sejam corrigidos.
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Para a avaliação das condições do paciente,
podem ser solicitados exames :
urina tipo I,
hemograma completo, coagulograma,
glicemia, tipagem sanguínea,
parasitológico de fezes,
radiografia de tórax,
eletrocardiograma
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Cuidados pré-operatórios
Preparo psicológico
Preparo físico
•Mediatos
•Imediatos
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MEDIATOS
Os cuidados pré-operatórios mediatos
abrangem as 24 a 48 horas anteriores à operação,
tempo mínimo de internação prévia necessário à
adaptação física e psicológica.
A finalidade principal dos cuidados é contribuir
para o conforto do paciente e fazer a profilaxia
das complicações pós-operatórias, compreendendo
as seguintes medidas:
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Mediatos:
Autorização para cirurgia
Abolição do fumo:
Fisioterapia respiratória:
Estimulação do reflexo da tosse
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Mediatos:
Evitar o repouso prolongado:
Preparo da pele da região da incisão:
Preparo intestinal (cólon e reto):
Peso e altura
Coleta de sangue
Orientação ao paciente
Jejum alimentar de pelo menos 8 horas e hídrico,
de 4 horas antes da cirurgia
Proporcionar um ambiente tranqüilo para
favorecer o repouso noturno;
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IMEDIATOS
Compreendem medidas de rotina para o
conforto e segurança do paciente, antes que ele
seja encaminhado ao Centro Cirúrgico:
Higiene corporal,
Remoção de prótese(s), maquiagem, esmalte, jóias,
adornos e lentes de contato,
Paramentarão adequada do paciente, com camisola,
gorro e propés;
Verificação dos sinais vitais,
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Imediatos:
Fazer o paciente esvaziar a bexiga
Sondagem nasogástrica, se houver indicação;
Registro, no prontuário, das anotações referentes
às condições gerais do paciente e ao preparo
realizado
Assistência espiritual, independente de credo
religioso, permitindo a presença de familiares ou
amigos neste momento;
Encaminhamento do paciente para o Centro
Cirúrgico, com conforto e segurança
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Período intra-operatório
É o período da cirurgia propriamente dita.
Estudaremos esse período detalhadamente em
Enfermagem em Centro Cirúrgico.
Período pós-operatório
O período pós-operatório tem inicio no final
da sutura cirúrgica e termina quando as alterações
orgânicas resultantes da cirurgia tenham cessado,
o que pode levar dias, semanas ou meses.
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Os principais objetivos da assistência de
enfermagem nesta fase são prever e, se
preciso, corrigir as complicações pósoperatórias que se instalem, assim como
contribuir para uma rápida recuperação do
paciente.
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O período pós-operatório :
compreende duas fases que não são
rigidamente demarcadas, mas que servem
de guia para uma assistência adequada:
–
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a imediata;
e a mediata.
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Pós-operatório imediato
O pós-operatório imediato compreende
as primeiras 24 a 48 horas imediatamente
seguintes ao término da cirurgia,
abrangendo a recuperação pós-anestésica e
prosseguindo até a estabilização completa
das funções orgânicas vitais.
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Pós-operatório imediato
É nessa fase que ocorrem mais de 50% das
complicações das cirurgias
Centro
cirúrgico sala
de recuperação
pós-anestésica,
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Cuidados de Enfermagem na Unidade de
Internação
Promoção da limpeza e ordem de todo o ambiente;
Arrumação da cama “tipo operado”;
Limpeza e arrumação da mesa de cabeceira;
Trazer suporte de soro e colocá-lo ao lado da
cama;
Deixar oxigênio com equipamento completo.
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Ao receber o
paciente no
quarto:
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Nas horas seguintes:
Ao recuperar totalmente a consciência, avisá-lo do
lugar onde está e que está passando bem;
Periodicamente, controlar sinais vitais e
funcionamento de drenos, sondas, cateteres, em
relação às conexões, a dispositivos coletores e
troca dos mesmos quando necessário;
Medicá-lo para dor, quando necessário;
Observar e estimular a aceitação da dieta;
Administrar oxigênio, através de cateter,
máscaras ou respiradores, se prescrito;
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Nas horas seguintes:
Verificar a administração de soluções endovenosas
e medicações prescritas;
Inspeção periódica dos curativos para detectar a
presença de hemorragias ou outras drenagens
anormais, observando-se o aspecto da ferida e as
condições de cicatrização;
Registro das observações sobre balanço hídrico;
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Nas horas seguintes:
Avaliação do nível de consciência pela observação das
reações sensitivas, motoras e reflexas;
Alivio dos desconfortos inevitáveis deste período, não só
pela administração de medicamentos prescritos, como
também por medidas de segurança e conforto;
Estimular a movimentação ativa e deambulação precoce,
como profilaxia de complicações respiratórias e
circulatórias;
Fazer anotações relativas a todos os dados observados e à
assistência prestada, imediatamente após a sua execução.
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PÓS-OPERATÓRIO MEDIATO
O pós-operatório mediato abrange todo o
tempo necessário para a recuperação completa do
paciente, iniciando-se com a estabilização das
funções orgânicas vitais, compreendendo a
convalescença hospitalar e/ou domiciliar e se
estendendo até a alta médica definitiva.
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TERMINOLOGIA CIRÚRGICA
Terminologia é o conjunto de termos de
uma arte ou de uma ciência, conjunto de
palavras peculiares de um lugar; lista,
relação, catálogo (nomenclatura) (Ferreira,
1975).
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INTERCORRÊNCIAS PÓS-OPERATÓRIAS
Algumas manifestações clínicas são
comuns no pós-operatório de diferentes
cirurgias. Podemos agrupá-las em
desconfortos e complicações.
Desconfortos
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INTERCORRÊNCIAS PÓS-OPERATÓRIAS
Calafrios:
Dor:
Sede:
Náuseas e vômito
Soluços
Distensão abdominal
Retenção urínária
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Complicações
Choque: pode ser hipovolêmico, cardiogênico,
neurogênico e séptico;
Hemorragia: pode ser primária, quando ocorre no
momento da operação e intermediária, quando
ocorre no pós-operatório mediato;
Insuficiência respiratória: que pode ser causada
por retenção de secreção brônquica, aspiração de
secreções e vômitos, imobilidade no leito, doença
pulmonar anterior e infecções;
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Complicações:
Flebite e tromboflebite: podem ser causadas por
traumatismo venoso, devido à compressão ou posição
inadequada na mesa cirúrgica, imobilidade prolongada no
leito, doenças vasculares anteriores;
Infecção: geralmente de origem bacteriana e associada à
cirurgia de processos supurativos (apendicite), a falhas de
assepsia, ao emprego de cateteres e sondas, a infecção da
ferida cirúrgica e a presença de processos infecciosos
anteriores à cirurgia;
Alterações na cicatrização da ferida cirúrgica:
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Alterações na cicatrização da ferida
cirúrgica:
–
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Formação de hematoma devido a um
sangramento
Deiscência ou rompimento dos pontos da incisão
cirúrgica em um ou mais planos da sutura;
Evisceração, que consiste na exposição e
liberação de órgãos de uma cavidade, após ter
havido uma deiscência de todos os planos de
sutura;
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
NAS CIRURGIAS MAIS COMUNS
CIRURGIAS DO APARELHO
DIGESTIVO
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LAPAROTOMIA
EXPLORADORA
Definição
É uma manobra
cirúrgica que
envolve uma incisão
através da parede
abdominal para
aceder à cavidade
abdominal.
CIRURGIAS DO APARELHO
DIGESTIVO
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LAPAROTOMIA EXPLORADORA
Indicações
A laparotomia exploradora é recomendada
quando surge a necessidade de se diagnosticar
uma doença abdominal de causa desconhecida, ou
então na presença de uma lesão ao abdome
(provocada por um tiro de arma de fogo ou por um
ferimento puntiforme, também conhecido como
"trauma cego").
CIRURGIAS DO APARELHO
DIGESTIVO
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Doenças discobertas por esse procedimento:
Apendicite aguda;
Pancreatite aguda ou crônica;
Abscessos retroperitoneal, abdominal ou pélvico;
Endometriose;
Salpingite;
Aderências;
Câncer (ovários, cólon, pâncreas ou fígado) e vários graus de
câncer;
Diverticulite;
Perfuração intestinal;
Gestação ectópica.
LAPAROTOMIA EXPLORADORA
CIRURGIAS DO APARELHO
DIGESTIVO
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Assistência de Enfermagem ( LAPAROTOMIA
EXPLORADORA):
Manter o paciente em decúbito dorsal horizontal, com cabeça
lateralizada;
Observar cuidadosamente as sondas e/ou drenos colocados
durante a cirurgia;
Registrar o caráter da drenagem;
Observar a eliminação de gazes e fezes;
Tomar os demais cuidados pertinentes ao pós-operatório geral.
O resultado da cirurgia, assim como o curso e a duração da
recuperação do paciente, variam conforme o desenvolvimento da
própria doença.
CIRURGIAS DO APARELHO
DIGESTIVO
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GASTROSTOMIA
Definição
É uma cirurgia para a introdução de
uma sonda no estômago através do abdome.
CIRURGIAS DO APARELHO
DIGESTIVO
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Indicações ( GASTROTOMIA)
As sondas estomacais são inseridas por vários
motivos. Tanto elas podem permanecer
temporariamente quanto definitivamente. A
inserção do tubo para gastrostomia deve ser
recomendada para:
Defeitos congênitos na boca, esôfago ou estômago
(atresia esofágica ou fístula traqueoesofágica);
Dificuldades para sucção e/ou deglutição
GASTROSTOMIA
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Descrição
É feita uma pequena
incisão do lado esquerdo do
abdome enquanto o
paciente encontra-se sob
anestesia geral.
Uma pequena sonda
flexível e oca (cateter),
com um balão ou uma ponta
campanulada é introduzida
no estômago. O estômago é
então suturado em torno
da sonda e a incisão é
fechada
CIRURGIAS DO APARELHO
DIGESTIVO
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Assistência de Enfermagem (GASTROSTOMIA)
Manter o curativo limpo e seco ao redor da sonda;
O curativo da região abdominal deve ser separado
do curativo do estômago;
Fazer higiene oral freqüente;
As primeiras alimentações devem ser iniciadas
com pequenas quantidades (30 a 60 ml) e ir
aumentando gradativamente cpm, em geral não
ultrapassa 350ml por refeição;
CIRURGIAS DO APARELHO
DIGESTIVO
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Assistência de Enfermagem ( GASTROSTOMIA)
Após alimentação ou introdução de medicamentos, deve-se
injetar água (10 a 20 ml) para limpar a sonda;
Manter a sonda fechada, limpa e desobstruída;
Deixar o paciente em posição de Fowler após as refeições;
Observar sinais de estase gástrica, antes de administrar a
dieta, aspirar com seringa; se conter restos de alimentos
não digeridos, comunicar o médico;
Observar o funcionamento intestinal, diarréia ou obstipação;
Orientar a família quanto aos cuidados com a sonda e o
preparo da dieta.
CIRURGIAS DO APARELHO
DIGESTIVO
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O paciente e/ou sua família serão orientados
sobre:
Como cuidar da pele em torno da sonda;
Sinais e sintomas de infecção;
O que fazer se a sonda sair;
Sinais e sintomas de obstrução da sonda;
Como e o que administrar pela sonda de gastrostomia;
Como ocultar a sonda debaixo da roupa;
Quais as atividades o paciente pode continuar exercendo
normalmente.
GASTRECTOMIA
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Definição
Extirpação parcial ou
total do estômago.
Indicação
Úlceras gástricas;
Obesidade;
Câncer gástrico.
GASTRECTOMIA
GASTRECTOMIA
CIRURGIAS DO APARELHO
DIGESTIVO
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Assistência de Enfermagem
(GASTRECTOMIA)
Cuidados gerais de pós-operatórios;
Manter sonda nasogástrica aberta (a sonda pode
ser conectada a um aspirador ou aspirada com
seringa de h/h ou de 2/2 hs);
Medir drenagem e observar o aspecto da secreção
drenada, caso persista ou apresente sangue vivo,
avisar o médico, pode ser hemorragia gástrica;
CIRURGIAS DO APARELHO
DIGESTIVO
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Assistência de Enfermagem
(GASTRECTOMIA)
Fazer higiene oral freqüente;
Controlar diurese;
Cuidados com infusão venosa;
Manter jejum absoluto nas primeiras 24
horas;
CIRURGIAS DO APARELHO
DIGESTIVO
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Assistência de
Enfermagem(GASTRECTOMIA)
A sonda nasogástrica, de maneira geral, é retirada
após o terceiro dia de cirurgia;
Estimular a movimentação no leito e deambulação
precoce;
Cuidados com a administração da dieta, observar
tolerância.Os alimentos brandos são fornecidos
gradualmente, até que o paciente esteja apto a tomar
seis refeições por dia e ingerir 120ml entre as
refeições.
CIRURGIAS DO APARELHO
DIGESTIVO
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COLECISTECTOMIA
Definição
É a retirada cirúrgica da vesícula biliar.
Indicações
Presença de cálculos dentro da vesícula biliar
causando colecistite aguda ou crônica;
Pólipos da vesícula biliar;
Neoplasias.
COLECISTECTOMIA
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Descrição
A colecistectomia pode ser feita por
laparoscopia, através de pequenas incisões
de 10 e 5 mm ou por laparotomia.
Na colecistectomia convencional
(laparotômica), é realizada incisão que pode
variar de poucos a mais de 25 centímetros,
dependendo das características biotípicas
do paciente e de achados intraoperatórios.
COLECISTECTOMIA
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Cirurgia Laparoscópica
É feita uma pequena incisão no umbigo onde
é introduzido uma agulha para encher a
cavidade abdominal de um gás especial.
A intensão é criar um espaço para que a
cirurgia possa ser realizada.
COLECISTECTOMIA
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Cirurgia Laparoscópica
É então introduzido um tubo metálico
chamado trocáter por onde é colocado o
laparoscópio (como um telescópio).
Através deste é visualizada toda a
cavidade abdominal.
COLECISTECTOMIA
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Cirurgia
Laparoscópica
Então, é realizado
mais três pequenos
cortes por onde são
colocadas as pinças
que vão ser
utilizadas durante a
cirurgia.
COLECISTECTOMIA
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Assistência de Enfermagem
Cuidados gerais de pós-operatório;
Verificar se o paciente está com dreno Kher. Caso
apresente, este deve ser conectado em uma bolsa
coletora ou frasco estéril.
O dreno deve permanecer aberto e a drenagem
rigorosamente observada: coloração e aspecto;
COLECISTECTOMIA
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Manter sonda nasogástrica aberta, geralmente a
sonda permanece por 48/ 72 horas;
Aspirar e medir drenagem;
Fazer higiene oral constante;
Estimular a mudança de decúbito, cuidando e
orientando o paciente para evitar deslocar o
dreno;
Colocar em posição de Fowler logo que se recupere
da anestesia, para facilitar a drenagem;
COLECISTECTOMIA
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A alimentação inicia-se após as 24 horas,
com líquidos em pequenas quantidades;
Após 72 horas, em geral, inicia-se uma
dieta leve e pobre em gorduras;
Observar e anotar o aspecto das fezes e
urina;
Observar sinais e sintomas como: náuseas,
vômitos, distensão abdominal, icterícia;
COLECISTECTOMIA
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Assistência de enfermagem
Estimular a respiração profunda, sendo a
incisão cirúrgica localizada abaixo das
costelas, em geral, o paciente sente muita
dor, respira superficialmente, o que pode
levar a complicações;
Trocar curativos diariamente,
COLECISTECTOMIA
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Assistência de enfermagem
O dreno de Kher permanece aberto geralmente
por 5 dias, depois o médico poderá orientar,
devendo-se observar as reações do paciente;
Orientar para a alta, se não houver complicações o
paciente em geral recebe alta em 12 a 15
Dieta que deve ser nutritiva, pobre em gorduras e
evitar o álcool o máximo possível.
HERNIORRAFIA INGUINAL
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Definição
Hérnia é a protusão (saliência ou abaulamento) de
uma víscera ou órgão através de um buraco
(abertura) na parede abdominal.
Ela pode ocorrer em vários locais, como por
exemplo no umbigo (hérnia umbilical) e na região
inguinal (hérnia inguinal).
HERNIORRAFIA INGUINAL
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A técnica é simples e
pode ser utilizada com
anestesia peridural.
A operação é iniciada
com uma incisão de
cerca de 10 cm na
região inguinal (parte
inferior do abdome)
HERNIORRAFIA INGUINAL
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Após a localização da hérnia, a mesma é
empurrada para dentro do abdômen e a abertura
da parede abdominal é fechada com pontos.
Em alguns casos, uma tela pode ser necessária
para reforçar a parede abdominal e reduzir a
possibilidade de recidiva da hérnia.
Esta tela é feita de polipropileno, um material
extremamente resistente e que não provoca
rejeição do organismo.
HERNIORRAFIA INGUINAL
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Assistência de Enfermagem
Manter o paciente em decúbito dorsal;
Após a herniorrafia inguinal, colocar suspensório
escrotal para prevenir ou aliviar o edema;
Orientar o paciente a imobilizar
a área operada com as mãos, sempre que tossir ou
espirrar, para proteger o local;
Prestar os demais cuidados do pós-operatório em
geral.
HEMORROIDECTOMIA
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Definição
Tratamento cirúrgico das hemorróidas.
Hemorróidas são coxins teciduais formados por
tecido vascular, tecido conjuntivo e elástico e
fibras de musculatura lisa existentes no canal anal
e ânus. São constituintes normais da anatomia
anorretal humana, existindo em maior ou menor
grau em todas as pessoas, sendo a maioria
assintomática.
HEMORROIDECTOMIA
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Assistência de enfermagem
Manter o paciente em decúbito dorsal horizontal
ou lateral;
Utilizar freqüentemente analgésicos, pois a dor é
um sintoma sempre presente;
Observar continuamente o local da cirurgia, onde
é aplicado um curativo-tampão para se evitar
hemorragias, que são bastante comuns;
HEMORROIDECTOMIA
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Assistência de enfermagem
Após a retirada do curativo, Orientar: banho de assento com água
morna de 2/2 horas, ou após cada evacuação, ou compressas
quentes, cremes anestésicos, locais, após o banho, supositórios que
contenham anestésicos, anti-sépticos e tranqüilizantes, clister
emoliente (glicerina) antes da primeira evacuação, que geralmente
é bastante dolorosa;
Orientar o paciente, no momento da alta, sobre higiene anal, dieta,
medicamentos, exercícios para fazer em casa;
Prestar todos os cuidados pertinentes ao pós-operatório.
APENDICECTOMIA
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Remoção cirúrgica de um apêndice inflamado ou
infeccionado (apendicite).
Indicações
Infecção ou inflamação do apêndice
(apendicite aguda). Os sintomas da apendicite
aguda incluem:
Dor abdominal no lado inferior direito;
Febre (temperatura elevada);
Diminuição do apetite (anorexia);
Náusea, vômitos.
APENDICECTOMIA
Bibliografia
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MANUAL DO TÉCNICO E AUXILIAR DE ENFERMAGEM
Lima, Ildemira L. de
6ª Edição – 2002
Ed. AB - Goiânia
SITES
www.abcdasaude.com.br
www.arquivomedico.hpg.ig.com.br
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