INFORME: “O DIREITO DA CRIANÇA A UMA FAMÍLIA” Cuidado alternativo. Fim da institucionalização nas Américas Decisão Metodológica Apresentação geral do processo de elaboração do Informe; Temas geradores – que saltam diante dos olhos; Processo disparador ou Cartográfico – sem critério conclusivo ou avaliativo diante das questões apresentadas; Material Continental – o que nos cabe? Difícil empreitada; O Informe apresenta uma lógica interessante análise de nosso contexto e perspectivas Lógica da Apresentação 1. Informações Gerais (Processos de elaboração do Informe); 2. Tópicos Centrais do Informe (Destaques da CIDH); 3. Temas Geradores relevantes e pertinentes ao nosso contexto Brasileiro; Informe Informações Gerais I O presente Informe foi elaborado no marco de um Convênio entre a CIDH e UNICEF. Sua preparação e publicação foi possível graças ao apoio financeiro de UNICEF e a tradução ao inglês, da Aldeias Infantis SOS. O processo de elaboração deste informe se iniciou com o Relator sobre os Direitos da Criança, Prof. Paulo Sergio Pinheiro, e foi concluído sob a coordenação e supervisão técnica da Comissionada e Relatora sobre os Direitos da Criança, Rosa Maria Ortiz. Informações Gerais II Como foi realizado este Informe: Questionário para os Estados e organizações da Sociedade Civil – preparado pela Relatoria dos Direitos da Criança da CIDH em cooperação com o Escritório Regional do UNICEF para América Latina e o Caribe (LACRO); Três consultas de caráter subregional governos, organizações e expertos; Levantamento de informações secundárias sobre os dados, políticas e mecanismos nacionais frente a crianças que perderam ou estão em risco de perder o cuidado parental. A Comissão envia o Questionário aos Estados membros em maio de 2011; Informe aprovado pela Comissão Interamericana em 17 de outubro de 2013; Informações Gerais III Estados que responderam ao Questionário: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, Guyana, Granada, Honduras, México, Nicarágua, Paraguai e República Dominicana. Informações Gerais IV Documentos e Referenciais: Convenção Americana sobre os Direitos Humanos; Convenção das ONU sobre os Direitos da Criança; Diretrizes da ONU para Cuidados Alternativos de Crianças Guia para a Implementação das Diretrizes da ONU para Cuidados Alternativos; DOCUMENTOS COMPLEMENTARES Documento da ONU: “BASE POLÍTICA” Documento SOS: “INSUMO PARA IMPLEMENTAÇÃO” Premissa básica do Informe A posição fundamental que a família ocupa o cuidado e o bem estar da criança e adolescente, no desenvolvimento integral de sua personalidade e na construção de sua identidade como sujeitos. APRESENTAÇÃO DOS TÓPICOS CENTRAIS DO INFORME (CIDH) Temas Geradores Análise da realidade concreta das famílias e suas reais problemáticas (causas estruturais e as circunstâncias) que influenciam nos cuidados diários com seus filhos; Definição de uma coordenação Intersetorial para o desenvolvimento dos Planos e das Políticas públicas (perspectiva holística); Falta de dados e estatísticas sobre as crianças que perderam ou estão em risco de perder o cuidado parental (em especial crianças em cuidados informais ou em situação de rua). Temas Geradores Quais são as reais causas de acolhimento? Superar as análises epidérmicas e generalistas (por ex. “negligência”); Respostas eficazes frente a situação de violência vivida pela criança – assistência efetiva com os cuidadores e as crianças para intervenções oportunas; O Estudo sobre a Violência Contra as Crianças aponta que não basta criar leis de proibição a ações e atitudes de violência. Mas sim mecanismos de intervenção que promova a prevenção destas situações; Temas Geradores Apoio necessário para a manutenção da guarda da criança com sua família e fazê-la possível. Esta estratégia deve estar presente tb no período da gestação, nascimento. Especial atenção a filhos de adolescentes, filhos fora do casamento; Crianças com deficiência – apoio para a família, com serviços diurnos e centros especializados, para que a responsabilidade não recaia exclusivamente a família; Os Serviços de acolhimento não oferecem cuidados personalizados e de qualidade para as crianças com deficiência física, sensorial e intelectual; Interesse Superior da criança – tema transversal a ser desenvolvido nos Planos e Políticas Públicas (“Direito processual”); Temas Geradores As crianças devem ser ouvidas e suas opiniões transformadas em decisões (escuta e participação). Adiciona a esta perspectiva a escuta dos pais, família extensa e outras pessoas de contato direto com a criança! Acesso às informações relacionadas a sua situação de acolhimento (Pequeno Guia Sobre seus direitos). Memória, registro e documentação são elementos fundamentais; Pessoal especializado em todo o processo para a escuta das crianças; Temas Geradores O Enfoque de Gênero perpassa por todos os processos. Desde a equipe técnica a cultura de cuidado; Aprofundar e qualificar os princípios de necessidade, excepcionalidade e temporalidade; Pobreza não é um fator para acolhimento, mas há uma caracterização excludente de famílias pobres. O foco está na promoção e defesa; Outro elemento gritante está no campo das minorias. No Brasil 63.6% das crianças acolhidas são negros. Quais são as medidas para superar tal quadro? Temas Geradores Quais são reais as causas , motivos ou supostos que habilitam as autoridades tomarem decisões? Capacitação e formação dos envolvidos (especialização e profissionalização) com cuidados alternativos é fundamental. Isto se estende a todo sistema (juízes etc) – a Comissão alerta que todos os profissionais devem ser formados e capacitados frente ao enfoque de direitos de crianças; Representação legal adequada: tanto para a criança como para a família. Há processos e fluxos, porém, a Comissão conclui que na prática muitas vezes há deficiência no acesso a uma defesa, assim como a uma defesa de qualidade; Critério para a escolha de modalidades (priorização): família de origem – extensa – família acolhedora – centros de acolhimento (com base em cuidados familiares); Temas Geradores Alerta para casos de mudanças de ambientes de acolhimento! Outras medidas: Grupos de irmãos, guarda para irmão mais velho (por exemplo!); Acolhimento Informal tema a ser visibilizado; Primeira Infância: desinstitucionalização de crianças! Problema terminológico: “centros de acolhimento”, “Instituições”, “família acolhedora” etc... Alinhamento necessário (Vanderlino); Controle e Supervisão sistêmica (agenda, métodos e indicadores) – como instância/ mecanismo existente. A comissão percebe que há supervisão no âmbito administrativo em alguns casos; Orientações X Normativas: consequências caso não atenda a critérios e estandares; Temas Geradores Definição de um Sistema de Monitoramento e Supervisão nacional (Mecanismo de controle independente) – organizações tem boas práticas neste âmbito; Código de Conduta de Profissionais – Protocolo de Proteção (PPI) – mecanismo de escuta e análise de casos de desproteção nos serviços; CONCLUSÃO “Prevenção, prevenção, prevenção!” Rosa Maria Ortiz, frase enérgica utilizada em Plenária para Apresentação do Informe para um grupo de países reunidos no Chile. PERSPECTIVAS FUTURAS Perspectivas Brasil Publicação do Assessment – Avaliação dos Cuidados Alternativos e a Prevenção, desenvolvida pela Àgere, com Revisão do NECA. Metodologia internacional construída pela Aldeias Infantis SOS; Campanha Internacional “CARE FOR ME!” início em 2015 – cuidados alternativos, fortalecimento de vínculos e qualidade nos serviços. Com o foco na implementação das Diretrizes da ONU; Ponto Estratégico e de Convergência – Revisão do Plano Nacional de CFC;