COMENTÁRIOS DE OBRAS LITERÁRIAS – PROFESSORA ROSSANA SILVA
Tudo que acontece em nossa vida é
resultado das escolhas que
fazemos.
Educação de qualidade tem que ser
nossa escolha permanente, afinal
ninguém quer comprometer seu
futuro.
Seja Feliz!
Colégio Nossa Senhora das Graças,
100 ANOS
Educando gerações a serviço da vida
DOMINGOS OLÍMPIO
DOMINGOS OLÍMPIO
1850
(SOBRAL) –
1906
(RIO DE JANEIRO )
Dados do Autor
• Nasceu em 18 de setembro de 1850,
em Sobral, Ceará
• Morreu em 6 e outubro de 1906, no
Rio de Janeiro, aos 56 anos
• Bacharel em Direito, é nomeado
PROMOTOR PÚBLICO DE SOBRAL
(1873 – 1878)
• Transfere-se para o Pará (1878 – 1890)
participa ativamente da imprensa local
e da vida política. Torna-se redator do
Diário do Grão – Para e da Província,
deputado da Assembléia Provincial do
Pará.
Ano de 1891
• Muda-se para o Rio de Janeiro, onde
fixa residência definitiva. Continua a
advogar e a colaborar na imprensa.
Ano de 1903
• Publica Luzia – homem, edição particular,
única obra que publicou em livro.
• Luzia-Homem, protagonista que confere título à sua
mais conhecida obra e que reúne qualidades físicas
de homem e a beleza plástica de mulher. No romance,
Luzia integra um grupo de retirantes, e sua figura
forte e personalidade marcante logo atrai a atenção
dos homens que disputam o amor da heroína.
Considerado um clássico da Literatura Nordestina,
enquadrado no gênero Ciclo das Secas.
Ano de 1904 a 1906
• Escreve várias peças teatrais e segue
a carreira jornalística. Funda e dirige
a revista Os Anais, onde publica, na
forma de folhetim o romance O
Almirante. Deixa um romance
incompleto: Uirapuru.
Domingos Olímpio
– Domingos Olímpio Braga Cavalcanti, escritor,
advogado e jornalista. Seu romance naturalista
Luzia-Homem, publicado em 1903, é
considerado um clássico do gênero Ciclo das
Secas, da Literatura Nordestina. Também
escreveu várias peças teatrais e é considerado
um dos precursores do moderno romance
brasileiro.
LUZIA – HOMEM
Autor: Domingos Olímpio
• Única Obra publicada em Livro (1903)
• 1903: Período marcado por várias
tendências românticas retardatários,
realistas – naturalistas, parnasianos
saturados, simbolistas emergentes.
LUZIA - HOMEM
• Tem marcas da várias tendências
literárias, é um estilo irregular com
predomínio para o NATURALISMO.
• TEMPO: Cronológico
• ESPAÇO: Sobral (Ceará) e suas
circunvizinhanças, o sertão, de onde
partem os retirantes
• FOCO NARRATIVO: 3ª pessoa
(onisciente e de instantes psicológicos)
• LINGUAGEM E ESTILO:
• Obra regionalista com expressões locais.
Oscila entre a oralidade sertaneja e a
norma culta da língua
PERSONAGENS:
• Protagonista: Luzia Maria da Conceição
(Luzia – HOMEM)
• Antagonista: Crapiúna
• Secundários:
Alexandre, Teresinha, zefa, Rosa Veado,
Cabrina, Chica Seridó, Promotor e Esposa
Trechos da Obra
morte, fervilhavam, então, em ruidosa diligência, legiões de operários
construindo a penitenciária de Sobral. No cabeço saturado de sangue,
nu e árido, destacando-se do perfil verde-escuro da serra Meruoca, e
dominando o vale, onde repousava, reluzente ao sol, a formosa cidade
intelectual, a casaria branca alinhada em ruas extensas e largas, os
telhados vermelhos e as altas torres dos templos, rebrilhando em
esplendores abrasados, surgia em linhas severas e fortes, o castelo
da prisão, traçado pelo engenho de João Braga, massa ainda informe,
áspera e escura, de muralhas sem reboco, enteadas em confusa
floresta de andaimes a esgalharem e crescerem, dia a dia, numa
exuberância fantástica de vegetação despida de folhas, de flores e
frutos. Pela encosta de cortante piçarra, desagregado em finíssimo
pó, subia e descia, em fileiras tortuosas, o formigueiro de retirantes,
velhos e moços, mulheres e meninos, conduzindo materiais para a
obra. Era um incessante vai e vem de figuras pitorescas, cativos,
erguendo monumentos imortais ao vencedor.
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DOMINGO OLÍMPIO - Colégio Nossa Senhora das Graças