www.biocor.com.br | Ano 6 | Março/Abril / 2009 | Nº 72
IMPRESSO
Gerar benefício em Saúde
agregando valor para o Paciente
V
Simpósio de Gestão
e Economia da
Saúde – Biocor Instituto
reúne espe­cialistas para
debater a neces­sidade
de entregar valor para
o cliente e assegurar
a sustentabilidade dos
prestadores.
Gerar valor para o paciente
e garantir a sustentabilidade dos
hospitais foi um dos principais temas
em debate no V Simpósio de Gestão
e Economia da Saúde, promovido
pelo Biocor Instituto, no último dia
23 de abril, no Auditório Mario Vrandecic. Este pioneiro e já tradicional
evento, sob a coordenação do Dr.
Mario Vrandecic, Diretor Geral do
Biocor, contou com as palestras do
Dr. Fábio Leite Gastal, assessor de
Desenvolvimento da Unimed-BH;
da Dra. Paula Laudares, consultora
em gestão estratégica, e do Dr.
Mario Vrandecic, além de produtivo debate com a participação
dos Palestrantes e dos seguintes
representantes do Setor da Saúde
em Minas Gerais: Dr. Carlos Faria
S. Amaral - Professor Associado
da UFMG e Sócio Proprietário da
Empresa Cass Consultoria e Assessoria em Saúde; Dr. Virgílio Baião
Carneiro - Médico, Presidente da
ASASPE/MG, Professor de Política
e Planejamento de Saúde da UFMG
e Assessor de Planejamento da
Usiminas; Sr. Reginaldo Augusto
dos Passos - Superintendente da
Unidas/MG e Gerente do Convênio
Cape Saúde, e Dr. Carlos Amilcar Sócio-Proprietário da Empresa Cass
Consultoria e Assessoria em Saúde
e Médico da Supervisão Técnica
do IPSM.
Estavam presentes os representantes das operadoras de planos de
assistência à saúde e seguradoras
que mantêm convênio com o Biocor
Instituto, além de autoridades do
Setor Saúde, médicos, consultores,
administradores e colaboradores
do Hospital.
O objetivo do simpósio, como
nos anos anteriores, foi desenvolver ainda mais a integração e
promover o constante intercâmbio
de experiências na área da saúde,
servindo de um importante canal
de comunicação e diálogo mútuo,
além da troca de conhecimentos
e experiências, reafirmando princípios comuns como transparência,
informação, confiança, ética, melhor resolubilidade e sustentabilidade, sempre focados na satisfação
do paciente.
Dentro dessa positiva iniciativa,
foram abordados temas da mais
alta relevância como a “Gestão
da Saúde Suplementar”, com a
palestra proferida pelo assessor de
Desenvolvimento da Unimed-BH,
Dr. Fábio Leite Gastal, que procurou
dar uma visão atualizada do setor,
apresentando os números recentes
da saúde no Brasil, bem como
as últimas tendências que estão
sendo adotadas neste período de
crise. Fábio Gastal enfatizou que a
necessidade das Operadoras concentrarem seus esforços na criação
de novos produtos/serviços para
atrair os clientes, formando redes de
prestadores pautadas na excelência
dos resultados, pois desta forma é
que conseguirão manter-se no mercado. Afirmou, ainda, que “o nosso
desafio é a própria sobrevivência já
que o Sistema Unimed será um dos
mais afetado pela perspectivas futuras”. No entanto, acrescentou Fábio
Gastal: “a Unimed BH é peculiar
na Capital Mineira. Estamos diante
de um cenário de manutenção do
estágio atual e procurando a sobrevivência. Crise é também oportunidade e tendo esta consciência,
estamos adotando a incorporação
tecnológica e novos modelos de
negócios.” Apresentou, também,
um perfil atualizado da Unimed BH
e o foco na eficiência operacional
e desempenho diferenciado em
relação às demais operadoras. Mostrou, enfim, a grande disposição e
cabedal da Unimed-BH para vencer
a crise financeira global, aproveitando as oportunidades indentificadas
estrategicamente.
Em sua palestra - “Valor em
Saúde: O caminho para a sustentabilidade” – a consultora em
gestão estratégica Paula Laudares,
demonstrou que o valor gerado
para o cliente é sustentado pelo
valor econômico-financeiro obtido pela organização. “O valor
econômico-financeiro gerado
permite o investimento do setor
na criação de mais benefícios e na
redução dos esforços realizados
pelos clientes, gerando mais valor
para o cliente”, afirmou. Após uma
inteligente associação e comparação de exemplos bem sucedidos,
como o do Setor de Telefonia, e
de insucessos, como o do Setor
Financeiro, concluiu que os mesmos
princípios gerais se aplicam ao Setor
Saúde. Na visão de Paula Laudares
“melhores práticas existem no setor
de saúde e podem ser o início de
um processo de cooperação que
aumente a sua eficiência e que
gere resultado financeiro para as
empresas que iniciarem esse processo. O investimento do resultado
financeiro criado na geração de
mais valor em saúde para os clientes
é a base da sustentabilidade do setor
de saúde”. Finalmente, ressaltou
que “o caminho é a integração da
cadeia produtiva de valor que forma
o setor de saúde”.
O Dr. Mario Vrandecic, coorde-
nador do Simpósio, apresentou algumas das boas práticas e benchmarks do Biocor Instituto, ressaltando a
melhor resolubilidade da Instituição
em relação ao mercado hospitalar
mineiro, brasileiro e mundial. Demonstrou, ainda, que os bons resultados, além de trazerem benefícios
para os pacientes e demais partes
interessadas da saúde, representam
uma importante economia para os
convênios na medida que diminui
eventos que demandariam mais
dias de internação e, ainda, novos
procedimentos, entre outros. Assim,
esta economia deveria ser reinvestida nas organizações hospitalares,
como o Biocor, permitindo a sustentabilidade deste ciclo virtuoso de
agregar mais valor para o paciente.
Dentro os exemplos apresentados,
Dr. Mario ressaltou o rigoroso controle epidemiológico da Instituição
que permite taxas inferiores àquelas
registradas na literatura internacional e nos melhores Centros de
Referência da América do Norte e
Europa. Foram apresentados, ainda,
algumas práticas de destaque na
cirurgia cardíaca, cirurgia geral, clínica médica e outras, evidenciando
a melhor resolubilidade alcançada
no Hospital e a agregação de valor
aos serviços prestados ao paciente. “Esse diferencial representa
eficiência que, por sua vez, reduz
o gasto dos convênios”, ressaltou
o Dr. Mario.
Em seqüência às palestras, foi
realizado produtivo debate entre
a Mesa e a assistência do evento,
com intervenções importantes
tendo por objeto geração de valor
para o paciente, a sustentabilidade
dos hospitais, a diferenciação pelos
melhores resultados, protocolos
médicos, entre tantos outros temas
relevantes na saúde.
Encerrando as apresentações, o
Diretor-Geral do Biocor, Dr. Mario
Vrandecic disse que “evento como
este servem como um desafio e um
convite à melhoria contínua dos
resultados e a busca do equilíbrio
adequado entre as partes do setor
saúde, visando sempre à entrega do
valor real e mensurável do nosso
paciente.”
CIRCUITO
Março/Abril / 2009
Atitudes Sustentáveis
Ricardo Melo *
F
azer a diferença onde estamos
ou simplesmente sermos pessoas
comuns? Eis aqui uma importante
questão para todos que trabalham
com a área da saúde. Em todas as
partes da vida podemos agir como
pessoas que apenas se queixam
dos problemas que enfrentam ou
termos uma atitude pró-ativa em
relação a eles. Embora muita gente
ache simplória essa colocação, na
prática a atitude mental que cada
ser humano adota frente sua vida
fará toda a diferença nos resultados
que alcançará.
Dia após dia é comum assistirmos pessoas que tinham tudo para
serem felizes tornarem-se pessoas
apagadas, desanimadas devido aos
problemas que enfrentam, pelo menos é assim que se justificam. Mas
confesso que tenho minhas dúvidas
quanto a essa justificativa. Quem não
tem problemas? Qual o ser humano
que não enfrenta alguma adversidade? É claro que cada um de nós
sabe “ onde o sapato aperta”, mas
ainda assim somos responsáveis pela
atitude mental que teremos em cada
situação que enfrentamos. E, sempre
há pessoas que escolhem atitudes
mentais diferentes.
Em famílias que os filhos enfrentaram o alcoolismo dos pais podemos encontrar um adulto alcoólatra
que se justificará em ser assim pelo
exemplo que teve em casa, como
podemos encontrar um adulto livre
do álcool que tem exatamente a
mesma justificativa. A experiência de
vida pode ser a mesma, mas a forma
como cada um escolhe enfrentá-la é
bem pessoal. Por isso lhe pergunto:
você quer ter atitudes comuns ou agir
de forma diferente? Vai se entregar
as pedras que se apresentam em
seu caminho ou construir um belo
castelo com cada uma delas?
Ter uma postura lúcida com relação a vida é importante. E quem
trabalha diretamente ligado com a
recuperação da saúde precisa ter
essa atitude ainda mais claramente
definida. Estamos desenvolvendo
no Biocor Instituto o projeto Sustentabilidade que nada mais é do que
Arte no Pátio: música e arte
O
Projeto “Arte no Pátio” que
procura dar a oportunidade a pacientes, familiares e colaboradores de
acesso a eventos culturais, como música e exposições de arte vai contar, no
dia 06 de maio (quarta-feira), a partir
das 15 horas, com a apresentação do
Grupo Tom Médico, que é formado
por Flavia Betti e Carla Polanczyk (Liras,
Kanteles e Gongo). O grupo tem em
seu repertório músicas da MPB. Já em
junho será a vez de Débora Andrade
e Guilherme Colares se apresentarem.
Em data a ser definida.
“Talentos da Diálise”
Também dentro da programação
do “Arte no Pátio”, no dia 17 de
março, às 16 horas, foi realizado na
Capela (4º andar) um evento cheio
* Ricardo Melo é consultor em desenvolvimento
humano, especialista em Programação
Neurolinguística e escritor. Desenvolve no Biocor
Instituto o Projeto Integração com palestras
motivacionais para médicos, funcionários e
colaboradores. Visite o Blog do Biocor e leia
esse, além de outros artigos no site: www.
institutoricardomelo.com.br Ricardo Melo é
também colunista da Rádio Band News FM.
Os pacientes
do setor de
Nefrologia apresentaram seus talentos
aos pacientes
internados e aos
funcionários do
Hospital
de atrações, que recebeu o nome de
“Talentos da Diálise”, organizado pelo
setor CCQ. No evento os pacientes
do setor de Nefrologia (Hemodiálise
e Diálise Peritonial) apresentaram seus
talentos aos pacientes internados e aos
funcionários do Hospital. Participaram
os pacientes: Ana Cristina (tapetes),
José Antônio Cravo (música), Mirlene
(pintura) e Nilton (música).
Publicação de integração e
divulgação do Biocor Instituto
Tel.: 3289-5000
2
a consciência de que podemos e
devemos sempre fazer o melhor que
pudermos, com prazer de sermos
ótimos profissionais enquanto nos
tornamos seres humanos melhores.
Sustentabilidade é uma atitude
mental, é uma postura frente a vida.
Uma postura de consciência da importância do coletivo, de termos atitudes que ajudem quem nos rodeia,
de sermos pessoas e profissionais
realmente focados em agregar valor
a humanidade. Quem pensa assim,
age assim sem fazer esforço. Age
dessa maneira por compreender que
quem agrega valor ao seu trabalho
e a outras pessoas está agregando
valor antes de mais nada a sua própria
vida! E você considera-se uma pessoa
com atitudes sustentáveis?
Diretor responsável: Dr. Mario Vrandecic • Produção editorial:
S&C Comunicação Ltda • Jornalista responsável: Carlos Corrêa (Mtb 427/MG)
Tiragem: 2.000 exemplares • Fotolito e impressão: Atelier do Gráfico
BIOCOR
Março/Abril / 2009
SIPAT 2009: informações
importantes para os colaboradores
A SIPAT 2009 (Semana Interna de Prevenção de Acidentes
do Trabalho) do Biocor
Instituto foi realizada na
semana de 30 de março
03 de abril com uma
extensa programação
para os colaboradores
da instituição. A SIPAT
é uma promoção da
Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (CIPA) que tem por objetivo atuar,
junto com o SESMT, na prevenção de
acidentes e doenças ocupacionais, visando à promoção da saúde e segurança
do trabalhador.
“Preparamos na semana de Prevenção de Acidentes do Trabalho, várias
atividades e palestras para que todos
os colaboradores participassem, com
o intuito de despertar em cada um, a
consciência da atividade executada e a
responsabilidade pelo cuidado em evitar
acidentes. Acredito que nosso objetivo
tenha sido atingido e que todos os colaboradores se cuidem cada dia mais”,
ressalta Viviane Degani, presidente da
CIPA - Gestão 2008/2009.
A SIPAT 2009 contou com as participações de representantes da Vita Derm;
do Sargento Lima e Tenente Wilson do
1º Batalhão do Corpo de Bombeiros
de Belo Horizonte que fizeram palestras sobre “Combate ao Incêndio”; do
professor José Flávio Bomtempo, da
Unipac de Nova Lima, que ministrou
palestra sobre “Educação Financeira”;
da enfermeira Walkíria que falou sobre
“DST”, e do engenheiro Osmar Cipriano
que discorreu sobre a “Minimização
de Riscos”.
Outro ponto que também despertou
o interesse dos participantes foi a Ginástica Laboral comandada pela professora
Graciane, do Centro de Reabilitação
e pelo Gustavo, da Fisioterapia. Este
ano também foi realizada a Gincana
SIPAT 2009 que contou com o sorteio
de vários brindes, dentre eles as bolsas
fabricadas com material reciclável que
foram confeccionadas pelo Setor de
Processamento de Roupas.
“O sucesso deste evento foi possível
devido o envolvimento dos colaboradores. Assim, nós da CIPA só temos que
agradecer pela presença e participação
na SIPAT 2009. E desde já gostaria de
convidá-los para o evento que a CIPA
vai realizar em junho. Vamos promover
um mês visando à qualidade de vida
dos colaboradores. Vários temas e
atividades serão abordados durante o
mês. A programação será divulgada em
breve. Aguardem”, conclui a presidente
da CIPA, Viviane Degani.
E ducação Continuada
Programação para o mês de maio de 2009
I Simpósio de Atendimento ao Paciente Politraumatizado
Coordenação: Dr. Rômulo Andrade Souki (Cirurgia Geral)
Datas: 12 (terça-feira) e 13 (quarta-feira) de maio.
Horário: 20 horas
IV Simpósio Integrado do Atendimento Imediato: Abordagem na Sala de Emergências
Coordenação: Dr. Saulo Teles Corrêa Oliveira (Cardiologia)
Data: 26 (terça-feira) de maio.
Horário: 18 horas
Local e Inscrições:
• Os eventos acontecerão no Auditório Mario Vrandecic (Rua da Paisagem, nº 310 Vila da Serra - Nova Lima/MG). Informações e inscrições: 3289-5080. O certificados
serão emitidos para aqueles que tiverem mais de 80% de presença. Não serão aceitas
inscrições no local.
n ossos Convênios
Agros
Abeb
Afabb
ALLIANZ SAÚDE (AGF)
Amagis
Ambep
Amil - aSSISTÊNCIA mÉDICA
AMIL - PLANOS POR ADMINISTRAÇÃO
AMMP
Assefaz
Assembléia Legislativa
ASTAP
Banco Central
BH Trans
Blue Life
Cabefe
Capesaúde
Cassi
Casu
Cenibra
Cnen
Codevasf
Construtora Mendes JÚnior
Copasa
Copass
CorreioS
CONSULTMED
CST
Desban
Emater
Embratel
Fassincra
FEF - Fiat
Forluz
Fund. São Francisco Xavier
Fundação Refrigerantes MG
Fundação Pampulha
Fundaffemg
gama
Geap
Golden Cross
Good Life
INFRAERO
INTERMÉDICA
IPSM
Marítima Saúde
Medial Saúde
Mediservice
Nipomed
Notre Dame
Novelis
Omint
PetrobrAs - REGAP
PETROBRAS - BR DISTRIBUIDORA
PLAN-ASSISTe PROC. DA REPÚBLICA
PLAN-ASSISTe PROC. DO TRABALHO
Plassben
PreviminaS
Promed
PRONTOMED
SAMP
Saúde Asttter
Saúde Bradesco
SAÚDE CAIXA
Saúde SISTEMAS
Sesef/PLANSFER
Sistema Paulista
St Jude Medical
Sudecap
Sul América
Suzano Bahia Sul
Unafisco - MG
Unafisco - Saúde
UNIBANCO AIG
Unimed
vALE
Vitae
Consulte-nos:
3289-5000
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CIRCUITO BIOCOR
Março/Abril / 2009
A importância da prevenção cardiológica
N
os últimos anos, a população tem se preocupado
mais com a prevenção das
doenças, sem dúvida a melhor
forma de abordar os problemas
de saúde. Muitas pessoas aproveitam o início de cada ano para
a realização de check-up, em
especial, o cardiológico que, em
determinados pacientes, deve
feito duas vezes ao ano.
O check-up cardiológico
é uma boa oportunidade para
se ter a percepção e fazer a
prevenção das doenças coronarianas. “A realização de exames complementares deve ser
acompanhada da conseqüente
ação preventiva. É necessário
que o paciente fique atento
a prevenção, o que também
exige mudanças dos hábitos
de vida e de ações destinadas
a prevenir as doenças”, alerta o
ergometrista do Biocor Instituto,
Dr. César Pedrosa.
Ele explica que um dos principais fatores para o desenvolvimento de doenças cardíacas e
do sistema circulatório, além de
muitas outras enfermidades, é o
sedentarismo. “Segundo o IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística), cerca de 70% dos
brasileiros praticam pouco ou
quase nenhum exercício físico
regularmente. Essa expressiva
parcela de sedentários ajuda
a explicar a alta incidência de
doenças no Brasil. Não chega a
ser novidade associar a prática
regular de exercícios com a
prevenção de doenças”, explica
o médico.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia as doenças
cardiovasculares são as primeiras causas de óbito no Brasil.
Mesmo que não acarretem em
morte, essas doenças levam,
freqüentemente, à invalidez
parcial ou total do indivíduo,
com conseqüências graves a si
próprio, sua família e também
à sociedade.
“Quando houver história
de doença cardiovascular na
família, seu risco é maior, assim
como com o aumento da idade.
Os homens têm predisposição
maior de desenvolver a doença
do que as mulheres. Consciente
desses fatores, a checagem
regular da pressão arterial e os
cuidados com a alimentação e
exercícios físicos podem ajudar a controlar os sintomas.”,
ressalta o médico. Ele informa
que as doenças cardiovasculares, às vezes, podem não vir
acompanhadas de sintomas. A
4
prevenção desses males está
diretamente relacionada ao
controle dos fatores de risco
como:
Pressão alta: Quando a
pressão arterial está acima do
normal (120 x 80 mmHg). Os
valores considerados normais
para a pressão arterial estão
cada vez menores, de modo que
as medidas de 130 x 90mmHg
(popularmente conhecido
como “13 x 9”) já são consideradas sinalizadoras de maior
risco para problemas cardiovasculares. Como regra geral,
toda pessoa que se apresentar
com medidas de pressão arterial
acima de 120 x 80mmHg (“12
x 8”), deve iniciar os programas
de mudança de estilo de vida
como forma a evitar elevações
futuras da pressão arterial e
outros problemas cardiovasculares.
Fumo: Os efeitos da nicotina
provocam endurecimento dos
vasos sangüíneos, aumentando
a pressão arterial e diminuindo
a capacidade de transportar
oxigênio. O tabagismo pode
provocar algumas patologias
extremamente graves, como:
infarto cardíaco, acidente
vascular cerebral (conhecido
popularmente como “derrame
cerebral”), enfisema pulmonar,
bronquite crônica, câncer de
boca, faringe, laringe e de
pulmões, entre outras enfermidades.
Obesidade: A forma de
obesidade de maior risco ao
sistema cardiovascular é aquela
encontrada principalmente em
pessoas do sexo masculino,
conhecida como obesidade
central ou abdominal. Nesta
forma de obesidade, o acúmulo
de gorduras se localiza na região
do abdome. A medida da circunferência abdominal, realizada na
altura da cicatriz umbilical, é a
forma de se avaliar se uma pessoa possui ou não a obesidade
abdominal. Homens com valor
de circunferência abdominal
acima de 102 cm, e mulheres
com valor acima de 88 cm, se
enquadram no perfil de pessoas
com obesidade abdominal.
Diabetes: A mortalidade por
doenças cardiovasculares é de 2
a 5 vezes mais alta nos diabéticos em relação às pessoas não
diabéticas. Este dado, por si só,
reforça a extrema importância
do correto manejo dos níveis de
glicemia das pessoas portadoras
de diabetes. Os valores de glicemia de jejum (mínimo de 8
horas de jejum) considerados
normais são aqueles abaixo de
99 (mg/dl); valores entre 100
e 125 são considerados como
pré-diabetes, e aqueles acima
de 126 são diagnósticos da
doença.
Colesterol e triglicérides
elevados: As altas taxas dessas
substâncias podem provocar
estreitamento e obstrução das
artérias, processo este conhecido como aterosclerose. Os
valores desejáveis de colesterol e de triglicérides, para as
pessoas adultas (acima de 20
anos) são:
• Colesterol total: abaixo de
200 (mg/dl);
• LDL (conhecido popularmente como “colesterol
ruim”): abaixo de 130 (mg/dl);
observação importante: pessoas
diabéticas devem manter o LDL
abaixo de 100 (mg/dl), e as pessoas que já tiveram problemas
cardiovasculares (como infarto,
por exemplo), devem reduzir
ainda mais os níveis de LDL
(abaixo de 70 mg/dl);
• HDL (conhecido popularmente como “colesterol bom”):
valores maiores que 60 (mg/dl)
são ideais;
• Triglicérides: ideal: abaixo
de 150 (mg/dl).
Estresse: apesar de ser um
dado extremamente subjetivo,
não avaliável de forma numérica, sabe-se que as cargas de estresse emocional, cada vez mais
intensas na civilização moderna,
são causas importantes de problemas cardíacos. Situações
como problemas financeiros,
problemas familiares, ou problemas profissionais estão clara-
mente associadas a uma maior
chance de desenvolvimento de
infartos cardíacos.
Sedentarismo: a inatividade
física é um problema social cada
vez maior. Recomenda-se que
toda pessoa, independentemente da idade, deva fazer atividade
física aeróbica (caminhadas,
corridas, ciclismo, natação) por,
pelo menos, 30 minutos diários,
pelo menos 4 vezes por semana.
Os exercícios físicos anaeróbicos (musculação) são interessantes do ponto de vista estético e
para ganho de força muscular,
mas os exercícios aeróbicos
são aqueles verdadeiramente
protetores quanto à incidência
de problemas cardiovasculares
a longo prazo.
Quando fazer os exames
para avaliar se existe algum
perigo para o coração?
A partir dos 20 anos é recomendado se fazer exames, a
cada cinco anos, para verificar
os níveis de colesterol e triglicérides e de glicemia (diabetes,
pois em muitos casos, a doença
manifesta-se sem sintomas).
O controle da pressão arterial
também é extremamente importante, pois a hipertensão
arterial, na imensa maioria das
vezes, não manifesta sintomas
nos primeiros anos da doença. A
medida da pressão arterial é um
procedimento extremamente
simples, e pode ser realizada
em postos de saúde, clínicas,
farmácias, ou em campanhas
públicas de prevenção da hipertensão. Quanto mais freqüente
a aferição da pressão arterial,
melhor.
Pessoas com idade superior
a 40 anos devem ser mais cuidadosas em relação à prevenção.
É interessante que se faça, anualmente, exames de glicemia de
jejum, colesterol, triglicérides,
e outros exames sanguíneos
que serão solicitados pelo(a)
médico(a) assistente. O Teste
Ergométrico, recomendado
uma vez ao ano, é de suma
importância para a avaliação
da função cardíaca durante o
esforço físico. A aferição da
pressão arterial, no mínimo uma
vez por ano, é fundamental. E,
de acordo com o perfil de cada
pessoa, outros exames complementares podem ser solicitados
para pesquisas de questões mais
específicas.
SERVIÇO DE CARDIOLOGIA:
(31) 3289-5040
Download

Jornal Circuito - Edição: Março / Abril 2009