Enfª Renata Xavier
CONCEITOS BÁSICOS:
 CME
O Centro de Material Esterilizado é uma
unidade voltada à prestação de serviços, onde é
realizado o trabalho de limpeza, montagem,
embalagem, esterilização e armazenamento de
materiais
necessários
ás
atividades
de
assistência,
diagnóstico
e
tratamento
desenvolvidos em uma instituição de saúde.
 LIMPEZA
É a remoção de toda sujidade presente no
material.
É o primeiro passo para diminuir a carga
microbiana.
Deve ser feita de forma minunciosa, pois a
presença de matéria orgânica e oleosidade,
impede o contato do agente desinfetante ou
esterilizante.
 DESINFECÇÃO
A desinfecção é o processo de destruição
de microorganismos patogênicos na forma
vegetativa, presentes em superfícies inerentes,
mediante aplicação de agentes químicos e físicos
 ESTERILIZAÇÃO
É o processo de destruição de todas as
formas de vida microbiana, ou seja, bactérias
nas formas vegetativa e esporulada, fungos e
vírus , mediante aplicação de agentes físicos e
químicos.
ARTIGOS CRÍTICOS
Destinados aos procedimentos invasivos
na pele e mucosas adjacentes, nos tecidos
subepiteliais e no sistema vascular. Estes
requerem esterilização para satisfazer os
objetivos a que se propõem. Exemplo: agulhas ,
cateteres intravenosos, implantes etc.
ARTIGOS SEMICRÍTICOS
São artigos que entram em contato com a
pele não-íntegra ( porém, restritos às camadas da
pele ) ou com mucosas íntegras. requerem
desinfecção de médio ou de alto nível, ou
esterilização, para ter garantida a qualidade do
seu múltiplo uso. exemplo: cânula endotraqueal,
equipamentos respiratórios, espéculo vaginal,
sonda nasogástrica etc.
ARTIGOS NÃO CRÍTICOS
São aqueles destinados ao contato com apele
íntegra e também os que entram em contato direto
com o paciente. Requerem limpeza ou desinfecção
de baixo ou médio nível, dependendo do uso a que
se destinam ou do último uso realizado. Exemplo:
termômetros, estetoscópios, roupas de cama do
paciente etc.
ÁREAS CRÍTICAS
São assim consideradas devido a
presença de pacientes com depressão da
resistência antiinfecciosa ou devido ao risco
aumentado do ambiente de transmissão de
infecções. Exemplos: sala cirúrgica, sala de
parto, uti etc.
ÁREAS SEMICRÍTICAS
São todas as áreas ocupadas por pacientes
de
doenças
não-infecciosas
de
baixa
transmissibilidade.
Exemplo:
unidades
de
internação e corredores internos de circulação.
ÁREAS NÃO-CRÍTICAS
São todas as áreas hospitalares não-ocupadas
por
pacientes. Exemplo: almoxarifado, setor administrativo
etc.
- É determinada pela RDC nº 307 de 14/11/02;
- A legislação indica que deve existir uma CME
quando houver CC, Hemodinâmica, emergência de
alta complexidade e urgência;
- A CME deve ser dividida em no mínimo três áreas:
descontaminação, empacotamento e
esterilização/estocagem;
- Descontaminação- barreira física;
- Fluxo unidirecional - evita cruzamento de materiais e
não estéreis;
- Área de estocagem deve ter acesso limitado de
pessoas ;
DESCONTAMINAÇÃO
EMPACOTAMENTO
ESTERELIZAÇÃO
ESTOCAGEM
RECURSOS HUMANOS
NA CME
- Equipamentos automatizados x Operadores
qualificados
- Programa de treinamento e reciclagem com
equipe da CME e, nele estar incluído noções de
microbiologia, operação dos equipamentos,
noções do andamento do CC e dos demais
serviços afins
- Àrea de descontaminação X EPI
REQUISITOS BÁSICOS PARA
EMBALAGENS
1. Ser adequada ao item a ser esterilizado:
- Permitir identificação do conteúdo
- Permitir fechamento completo e seguro do item
- Proteger o conteúdo de dano físico
- Resistir à rasgos, perfurações e abrasões
- Não ter furos
- Ser atóxica
- Apresentar baixa liberação de fibras e partículas
- Permitir liberação do conteúdo sem contaminação
- Manter a esterilidade até que o pacote seja aberto
2. Ser apropriado ao método de esterilização:
- Promover selagem íntegra
- Prover adequada barreira a líquidos e partículas
- Ser compatível com condições físico-químicas do
processo de esterilização
- Permitir adequada remoção de ar
- Permitir penetração do agente esterilizante
3. Apresentar relação custo e benefício positiva
4. Apresentar instruções escritas de uso
TECIDO DE ALGODÃO
# VANTAGENS:
- Economia ( custos indiretos )
- Resistência e memória
# DESVANTAGENS:
- Vulnerabilidade à contaminação
- Nível de barreira microbiana de aproximadamente
30%
- Difícil controle do número de reprocessamentos
- Tecidos cerzidos não são recomendados ( agulha )
- Pacote molhado
LAP
CONTEM:
 3 Campos Grandes
 5 Campos Pequenos
 3 Aventais
 1 Saco de bandeja
EMBALAGENS DE NÃO
TECIDO
SMS
S - confere resistência mecânica
M - confere propriedades de barreira
VANTAGENS:
-AUSÊNCIA DE MEMÓRIA
- Excelente barreira antimicrobiana
- Compatível com todos os processos gasosos de
esterilização
# DESVANTAGENS
- Quebra da integridade da embalagem da manta
- Custo/ benefício- uso único
O não tecido pode ser utilizado para
embalagem de artigos a serem esterilizados
nos processos de esterilização à vapor,
formaldeído, óxido de etileno e plasma de
peróxido de hidrogênio
SMS
O papel também é chamado de material não
têxtil e é destinado a ser utilizado uma única vez.
PAPEL GRAU CIRÚRGICO
- permeável ao vapor, óxido de etileno e
formaldeído e impermeável ao microrganismo
PAPEL
GRAU
CIRURGICO
PAPEL CREPADO
- Tem uma superfície encrespada em dois sentidos
que permite seu estiramento e sua adaptação aos
tipo e tamanhos dos itens embalados
- É composto de celulose tratada, resistente a
temperaturas até 150° C por 1 hora
TEMPO DE VALIDADE DA
ESTERILIZAÇÃO DOS
ARTIGOS
A manutenção da esterilidade de um artigo
não depende do processo de esterilização
escolhido, mas de fatores adjuvantes, que são:
- Capacidade do invólucro de manter a barreira
microbiana ( tipo e configuração do invólucro e tipo
de selagem )
- condições ambientais que interfiram com esta
capacidade (número de vezes que o artigo é
manipulado, estocagem nas prateleiras abertas ou
fechadas, limpeza, temperatura e umidade )
- Observar a distribuição dos pacotes nas
prateleiras, pois a mesma deve favorecer a
circulçaõ de ar em todos os lados dos pacotes.
REUTILIZAÇÃO DE
ARTIGOS DE USO ÚNICO
Resolução - RDC nº 30, de 15 de fevereiro de 2006
Dispõe sobre o registro, rotulagem e
re-processamento de produtos médicos, e dá outras
providências
REPROCESSAMENTO:
É o processo de limpeza e desinfecção ou
esterilização a ser aplicado a um produto
médico,de forma a garantir a segurança em sua
utilização, incluindo o controle da qualidade em
todas suas etapas.
MONITORIZAÇÃO DOS
PROCESSOS DE
ESTERILIZAÇÃO
É um programa de controle de esterilização,
incluindo métodos físicos, químicos e biológicos
deve ser utilizado para demonstrar a eficiência do
processo.
INDICADORES FÍSICOS:
Monitorizarão e registro das variáveis do
processo, incluindo tempo, temperatura, umidade e
concentração do esterilizante gasoso.
INDICADORES QUÍMICOS
Consistem em tiras de papel impregnadas
com tinta termocrômica que mudam de cor quando
expostas aos parâmetros de esterilização como
tempo
e
temperatura.
CLASSE 1 : Indicadores de Processamento;
Exemplo: fita de autoclave
CLASSE 2: Indicadores para uso específico;
Exemplo: Teste Bowie & Dick
CLASSE 3: Indicadores de Parametro ùnico
CLASSE 4: Indicador de Multiparâmetro;
Exemplo: Comply Teste
CLASSE 5: Indicador de Integração
CLASSE 6: Simulador ou Emulador
CLASSE I
CLASSE II
CLASSE IV
TESTES BIOLÓGICOS
É uma preparação padronizada de esporos
bacterianos preparados de modo a produzir
suspensões contendo em torno de 106 esporos
por unidade de papel filtro.
INCUBARORA
TESTES
BIOLÓGICOS
ESTERILIZAÇÃO POR VAPOR
SATURADO SOB PRESSÃO
Fatores críticos na esterilização à vapor são:
- Calor
- Umidade
- Tempo
- Pressão
- Quantidade de vapor
O ciclo de esterilização compreende:
- Drenagem do ar
- Admissão e exaustão do vapor
- secagem dos artigos no interior da câmara
ESTERILZAÇÃO POR MEIO
QUÍMICO
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Esterilização de artigos médico-hospitalares