ESCOLA SECUNDÁRI/3 DE OLIVEIRA DO DOURO PORTUGUÊS – 12º ano (Os textos e respectivas perguntas foram extraídos das Informações do GAVE sobre a Prova de Exame 2007) Texto A 5 10 15 20 Os nossos tribunais da Inquisição começaram a funcionar em diversas cidades, mas acabaram por subsistir apenas os de Coimbra, Lisboa e Évora. [...] A jurisdição1 do tribunal estendia-se aos casos de heresia ou discrepância religiosa sob todos os aspectos, aos crimes de feitiçaria, mau uso do confessionário, censura de livros impressos, aberrações sexuais. A grande massa dos casos, porém, provinha da prática de costumes ligados às crenças judaicas. [...] A censura sobre a imprensa constituía um instrumento repressivo e selectivo de importância primordial que, nas suas várias modalidades e níveis, iria ter influência inegável na evolução da nossa cultura e até na formação da mentalidade pátria. A Inquisição era, portanto, um organismo com poderes extraordinariamente vastos, que atingiam todos os sectores da grei2: religioso, político, social e cultural. Compreende-se que esta força temerosa pudesse originar conflitos e sobressaltos, quando em pleno funcionamento, e que acabasse por criar nos seus dirigentes a consciência de uma realidade autónoma e insuperável. Por isso, e embora instituída pela realeza e para seu instrumento, chegou a discutir com o rei, como discutia com o papa. [...] A Inquisição portuguesa [...] tem no reinado de D. João V a sua época majestosa; mas é igualmente durante este reinado que começam a difundir-se algumas opiniões críticas contra a sua acção, pelas penas de D. Luís da Cunha, de Ribeiro Sanches, de Alexandre de Gusmão. Era um sintoma da mudança que iria operar-se no clima governamental que triunfa com clareza no reinado seguinte. De facto, a reforma pombalina equipara o Santo Ofício3 a qualquer outro alto tribunal régio, tira da sua alçada a censura literária e declara, em 1775, abolida a distinção entre cristãos-novos4 e cristãos-velhos, considerados todos com iguais possibilidades de acesso e honras daí para futuro. Alberto Martins de Carvalho, «Santo Ofício», in Joel Serrão (dir.), Dicionário de História de Portugal, vol. V, Porto, Figueirinhas, 1992 1 jurisdição: poder de administrar a justiça. 2 grei: sociedade; Nação. 3 Santo Ofício: Inquisição. 4 cristãos-novos: judeus convertidos à fé cristã. I. De entre as afirmações seguintes, identifique, na sua folha de respostas, através da letra respectiva, aquela que completa a frase de acordo com o sentido do texto. A reforma pombalina A. tentou, em vão, reduzir o poder do Santo Ofício. B. retirou poderes importantes ao Santo Ofício. C. extinguiu os tribunais do Santo Ofício. D. absteve-se de intervir no Santo Ofício. (Funcionamento da Língua) II. Para cada um dos itens que se seguem (1.1. e 1.2.), escreva, na sua folha de respostas, a letra correspondente à alternativa correcta, de acordo com o sentido do texto. 1.1. O recurso às expressões «A Inquisição» (linha 8), «esta força temerosa» (linha 10), «A Inquisição portuguesa» (linha 14), «o Santo Ofício» (linha 18) A. contribui para a coesão espácio-temporal do texto. B. marca o carácter argumentativo do texto. C. reforça a subjectividade do discurso. D. constitui um mecanismo de coesão lexical. 1.2. O antecedente do pronome relativo «que» (linha 7) é: A. «A grande massa dos casos» (linhas 4-5). B. «prática de costumes» (linha 5). C. «A censura sobre a imprensa» (linha 6). D. «um instrumento repressivo e selectivo» (linha 6). (A ambiguidade e/ou a ilegibilidade da resposta implicam a atribuição de zero pontos.) 1 Texto B PRINCIPAL SOUSA Tenho medo... (Para D. Miguel) Senhor Governador, tenho medo. Há dois dias que quase não durmo e mesmo quando passo pelo sono, perseguem-me imagens terríveis: imagino-me réu perante um tribunal que me não respeita. Dedos imundos tocam-me as vestes. Sonhei já três vezes que estava no Campo de Sant’Ana, subindo ao cadafalso, enquanto à minha volta os gritos do povo me não deixavam, sequer, ouvir a sentença... BERESFORD (Para Vicente e para Corvo) Os chefes?! Quem são os chefes? CORVO Fala-se deste e daquele, mas ninguém sabe ao certo. BERESFORD Quero saber quem são os chefes. Comprem quem for preciso, vendam a alma ao diabo, mas tragam-nos os nomes dos chefes... (Corvo e Vicente saem.) D. MIGUEL Eu também tenho medo, senhores, mas o meu medo não é semelhante ao vosso. Pouco me importa a fortuna ou a vida, ambas daria de boa vontade, se me fosse necessário fazê-lo, pela minha terra. A Pátria, Excelências, não é, para mim, uma palavra vã... Se algum sonho tenho, se a um estadista é permitido sonhar, o meu sonho é de não morrer sem exterminar de vez as sementes da anarquia e do jacobinismo (1)... Sonho com um Portugal próspero e feliz, com um povo simples, bom e confiante, que viva lavrando e defendendo a terra, com os olhos postos no Senhor. Sonho com uma nobreza orgulhosa, que, das suas casas, dirija esta terra privilegiada. Vejo um clero, uma nobreza e um povo conscientes da sua missão, integrados na estrutura tradicional do Reino... Não lhes nego, Excelências, que não sou um homem do meu tempo. Um mundo em que não se distinga, a olho nu, um prelado dum nobre, ou um nobre dum popular, não é mundo em que eu deseje viver. Não concebo a vida, Excelências, desde que o taberneiro da esquina possa discutir a opinião d’el-rei, nem me seria possível viver desde que a minha opinião valesse tanto como a de qualquer arruaceiro. Pergunto-vos, senhores: que crédito, que honras, que posições seriam as nossas, se ao povo fosse dado escolher os seus chefes? BERESFORD Já que temos ocasião de crucificar alguém, que escolhamos a quem valha a pena crucificar... Pensou em alguém, Excelência? Luís de Sttau Monteiro, Felizmente Há Luar! (1) jacobinismo: designa a facção mais radical da Revolução Francesa. 1. Compare as atitudes do Principal Sousa com as de Beresford, a partir das suas falas. (Que conclui?) 2. Explicite o papel desempenhado pelas personagens Vicente e Corvo no excerto transcrito. 5. A peça de Sttau Monteiro apresenta, à margem do diálogo das personagens, notas de carácter interpretativo, destinadas a orientar a encenação e a representação. Redija uma nota, de 15 a 30 palavras, que pudesse acompanhar a fala do Principal Sousa, incidindo no tom de voz dessa personagem. 4. Defina, com base no excerto apresentado, os valores defendidos por D. Miguel. 2 Texto C 5 10 15 20 25 Poderia supor-se que, restaurada a ordem democrática com o triunfo do movimento dos capitães de Abril em 1974, e restabelecida a liberdade de expressão, a criação teatral iria de imediato florescer em toda a plenitude. Dificilmente lograria o teatro ficar imune ao tumultuoso processo de transformação da sociedade portuguesa que então se encetou; e, de facto, não ficou. Mas depressa se tornou evidente que, para além da abolição da censura, outras medidas eram indispensáveis para a normalização da práxis teatral, tais como a eliminação dos monopólios de produção e exploração de espectáculos, uma ampla descentralização, uma política de concessão de subsídios que se inscrevesse num projecto teatral coerente. Com esses objectivos, criou-se uma comissão consultiva em que estavam representados, através dos respectivos organismos profissionais e sindicais de classe, todos os sectores interessados, comissão que elaborou o texto de uma lei de teatro – que nunca chegou a entrar em vigor – e impulsionou a criação, em Évora, do primeiro centro cultural radicado na província, cuja direcção foi confiada ao actor e encenador Mário Barradas e é hoje exercida por Luís Varela. A actividade deste centro, que se inaugurou, em Julho de 1975, com a primeira das quatro «Fábulas sobre a Revolução Portuguesa», do dramaturgo e encenador francês Richard Demarcy, A Noite de 28 de Setembro, a intensa participação de grupos profissionais, universitários e amadores nas campanhas de dinamização cultural, o estímulo concedido a companhias já existentes [...] e a outras que entretanto se formaram [...] constituem os resultados mais positivos desta política teatral, que, no entanto, não produziu todos os frutos previsíveis por lhe haver faltado a continuidade que exigia. Porém, com todas as limitações e carências que condicionaram a prática teatral subsequente à restauração da ordem democrática, é inegável que esta veio restituir ao teatro o lugar que, de pleno direito, lhe competia na cidade1. Se é certo, como notava Brecht pouco tempo após a queda do nazifascismo, que a «dissolução violenta dos monopólios da cultura dá sempre origem a uma espécie de vazio», não deverão estranhar-se as hesitações, os erros, as lacunas em que estes anos de transição se mostraram tão férteis. Mas o país e o teatro saíam de um longo túnel de quase meio século, e ambos procuravam ansiosamente redescobrir a sua própria identidade. Luiz Francisco Rebello, História do Teatro, Lisboa, IN-CM, 1991 1 cidade: no texto, designa a sociedade. (Resposta fechada de associação) 1. Faça corresponder aos quatro elementos da coluna A quatro elementos da coluna B, de modo a obter afirmações verdadeiras. Escreva, na sua folha de respostas, ao lado do número da frase, a alínea correspondente. B A 1) Na expressão «e, de facto, não ficou» (ll. 4-5), 2) No período iniciado por «Mas depressa se tornou evidente » (l. 5), 3) Com a expressão «tais como» (l. 6), 4) No período iniciado por «Se é certo» (ll. 22-25), a) o enunciador encara a ideia expressa como uma possibilidade. b) o enunciador usa a frase subordinada condicional para dar mais força à asserção que é expressa na frase subordinante. c) o enunciador exprime um contraste relativamente à ideia anteriormente apresentada. d) o enunciador introduz uma enumeração em que todos os elementos associados têm estatuto semelhante. e) o enunciador exprime a confirmação de uma ideia anteriormente expressa. f) o enunciador situa o momento da enunciação relativamente aos factos que narra. g) o enunciador exprime uma ordem. (Nos itens de resposta fechada de associação, a classificação a atribuir tem em conta o nível de desempenho revelado na resposta.) ------------------------------------------------------------------------------------------------------Itens de resposta aberta de composição extensa (Exemplo) (O EXEMPLO SEGUINTE NÃO É BASEADO EM NENHUM DOS TEXTOS TRANSCRITOS.) Há homens que obrigam todos os outros homens a reverem-se por dentro... Luís de Sttau Monteiro, Felizmente Há Luar!, 12.ª ed., Lisboa, Ática, 1980 Num texto de 150 a 200 palavras, desenvolva esta ideia, a partir das suas impressões de leitura da peça Felizmente Há Luar!, de Luís de Sttau Monteiro, bem como de outras obras lidas. 3 (Sobre o texto C) 2. Identifique as afirmações verdadeiras (V) e as afirmações falsas (F), escrevendo, na sua folha de respostas, V ou F junto a cada uma das alíneas. Afirmações a) Na frase «que então se encetou» (l. 4), o pronome pessoal «se» encontra -se anteposto ao verbo, pelo facto de a frase ser subordinada. b) Na expressão «criou -se uma comissão consultiva» (l. 9), «se» é um pronome reflexo. c) O uso do nome « comissão» (l. 11) é um elemento de coesão lexical por reiteração. d) O antecedente do quantificador relativo «cuja» (l. 12) é «primeiro centro cultural radicado na província». e) A expressão «a intensa participação de grupos profissionais» tem uma referê ncia mais restrita do que a expressão «a intensa participação de grupos profissionais, universitários e amadores» (l. 16). f) O sujeito da frase cujo predicado começa por «constituem» (l. 18) é «grupos profissionais, universitários e amadores» (l. 16). g) A expressão «a prática teatral» tem uma referência mais lata do que a expressão «a prática teatral subsequente à restauração da ordem democrática» (ll. 20 -21). h) O antecedente do pronome demonstrativo «esta» (l. 21) é «a prática teatral». V/F (Nos itens de resposta fechada de verdadeiro/falso, a classificação a atribuir tem em conta o nível de desempenho revelado na resposta. É atribuída a classificação de zero pontos às respostas em que o examinando assinale ou registe mais do que uma opção, ainda que nelas esteja incluída a opção correcta.) 3. Exemplo de item de Funcionamento da Língua e Expressão Escrita (Item de resposta aberta de composição curta) Escreva duas frases, simples ou complexas, que permitam distinguir inequivocamente a diferença de significado dos nomes concessão (l. 8) e concepção. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ (Nos itens de resposta aberta de composição curta, a cotação é percentualmente distribuída pelos seguintes parâmetros: a) aspectos de conteúdo; b) aspectos de organização e de correcção linguística. O peso percentual ponderado do segundo parâmetro não será, em nenhum caso, superior a 40% da cotação total atribuída ao item. Nos casos em que a classificação referente aos aspectos de conteúdo seja igual ou inferior a um terço do previsto para este critério, aplica-se o princípio da proporcionalidade em relação aos aspectos de organização e correcção linguística.) ------------------------------------------------------------------------------------------------------- Exemplo de item de Expressão Escrita (de composição extensa) Indestrutível, descentralizada, propriedade de todos, a Internet fez renascer o sonho utópico de uma comunidade humana harmoniosa, planetária, onde cada um se apoia nos outros para aperfeiçoar os seus conhecimentos. Nadeije Zanerye-Dagen (dir.), Memória do Mundo – das origens ao ano 2000, trad. de Fernando Melro, Maria Irene Bigotte de Carvalho, Maria Luísa Costa, Lisboa, Círculo de Leitores, 2000 Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras, apresente uma reflexão sobre aquilo que é afirmado no excerto acima transcrito, relativamente à importância da Internet. Para fundamentar o seu ponto de vista, recorra, no mínimo, a dois argumentos, ilustrando cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo. 4 Texto D 5 10 15 20 Tendo publicado, durante a vida (1888-1935), apenas um livro de versos portugueses – Mensagem (1934) – e tendo deixado vária colaboração poética dispersa, quase que somente por revistas de vanguarda (Orpheu, Exílio, Centauro, Portugal Futurista, Contemporânea, Athena, Presença, Descobrimento, Sudoeste), Fernando Pessoa viria a conhecer, depois da edição póstuma das suas Obras Completas (iniciada em 1942) e sobretudo nos últimos vinte anos, uma sempre crescente projecção, no plano nacional e no plano internacional, sem paralelo – tirando o caso de Camões – entre os poetas de língua portuguesa. Com efeito, a sua obra – que, pelo menos parcialmente, tem vindo a ser traduzida em espanhol, em italiano, em francês, em inglês, em alemão, em polaco, em checo, em húngaro – é hoje considerada, praticamente por toda a parte, como das mais importantes e mais originais da poesia europeia deste século1; e a persistente influência dessa obra, tanto em Portugal como no Brasil, constitui, sem dúvida, o traço dominante e mais característico da evolução da poesia contemporânea nestes dois países. Para tal êxito sem precedentes terá decerto contribuído, antes de mais, a circunstância de Fernando Pessoa polarizar, na sua personalidade e na sua obra, algumas das tendências mais contraditórias da modernidade: o gosto do irracional e a vocação racionalizadora; o espírito de revolta e a nostalgia da tradição; a fome do absoluto e a consciência do relativo; o impulso gregário2, para sentir-se em uníssono – no espaço ou no tempo – com os obreiros das grandes empresas humanas, e o dolorido sentimento duma solidão essencial, permanente, irrevogável, como uma sentença de prisão perpétua dentro do cárcere da própria alma e da própria pátria. Mas estas e outras contradições, que muitos dos seus coetâneos3 se limitaram a aflorar ou que foram habilmente escamoteando no jogo de sucessivas ambiguidades, Fernando Pessoa soube não só assumi-las plenamente, mas dar ainda a algumas delas, se não a todas, a sedução imediata de rostos diferentes e de diferentes vozes – a sedução, em suma, dos diferentes heterónimos. David Mourão-Ferreira, «Prefácio», in Fernando Pessoa – O Rosto e as Máscaras, 2.ª ed., Lisboa, Ática, 1979 1 deste século: do século XX. 2 gregário: que leva os seres a aproximarem-se, a associarem-se. 3 coetâneos: contemporâneos. 4. Elabore uma nota de apresentação da obra de Fernando Pessoa, com um mínimo de 80 e um máximo de 120 palavras, que pudesse figurar na contracapa de uma antologia de poesia deste autor, tendo como base a informação fundamental do texto que leu. ------------------------------------------------------------------------------------------------------- Exemplo de item de Expressão Escrita (de composição extensa) A televisão é, nos dias de hoje, o instrumento mais democrático de divulgação da ciência, da cidadania, dos valores, da arte, da educação. Mais democrático do que o livro, pois atinge também públicos mais vastos de forma sistemática, a menores custos no consumo quotidiano. José Carlos Abrantes, Os Media e a Escola: Da Imprensa aos Audiovisuais no Ensino e na Formação, Lisboa, Texto, 1992 Num texto bem estruturado, com um mínimo de 200 a 300 palavras, discuta esta tese de José Carlos Abrantes, expondo um ponto de vista devidamente fundamentado. Com o seu texto, deverá apresentar o respectivo plano. ------------------------------------------------------------------------------------------------------Critérios de classificação Factores de desvalorização, no domínio da correcção linguística, dos itens de resposta aberta de composição curta e de composição extensa Por cada erro de sintaxe ou de impropriedade lexical, são descontados 2 (dois) pontos. Por cada erro inequívoco de pontuação ou por cada erro de ortografia (incluindo erro de acentuação e erro de utilização de letra maiúscula), é descontado 1 (um) ponto. Por cada erro de ortografia repetido ao longo da prova (incluindo acentuação e usos convencionais de letra maiúscula), apenas é descontada uma ocorrência. Os descontos por erro de utilização de letra maiúscula são efectuados até ao máximo de 5 (cinco) pontos na totalidade da prova. Por cada erro de citação de texto (uso indevido ou não uso de aspas, ausência de indicador(es) de corte de texto, etc.) ou de título de uma obra (ausência de sublinhado ou não uso de aspas, etc.), é descontado um (1) ponto. Os descontos por erro de citação de texto ou de título de uma obra são efectuados até ao máximo de cinco (5) pontos na totalidade da prova. Os descontos por aplicação dos factores de desvalorização no domínio da correcção linguística são efectuados até ao limite da pontuação indicada para este critério. 5