1 Grupo Ecológico de Aiuruoca, Junho 2001 Informativo No I ANO I - No 1 - R$ 0,00 Junho 2001 E-mail: [email protected] GEA COMEMOROU 10 ANOS EM GRANDE ESTILO Lançamento da Agenda 21 local No último dia 09 de junho, a mais antiga organização ambiental da cidade, o Grupo Ecológico de Aiuruoca (GEA), comemorou seus 10 anos de existência com uma variada programação de atividades para crianças, um seminário sobre desenvolvimento sustentável, uma festa bem animada e o lançamento da Agenda 21 local de Aiuruoca. Logo pela manhã, os estudantes do GESTA – Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais - da UFMG movimentou a Praça da Matriz com uma oficina de arte com material reciclável empolgando as crianças da cidade. Tamanho sucesso fez com que a oficina se estendesse pela tarde, na Vila Dr Julinho, onde mais de 100 crianças confeccionaram máscaras e bonecos numa brincadeira divertida, simples e pedagógica. Ainda pela manhã, simultaneamente à oficina de máscaras, membros do GEA e demais associações da cidade, como a recém-criada AABA – Associação dos Atingidos pela Barragem de Aiuruoca, acompanharam o Deputado Ivo José, Segundo Vice-Presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais e ex-presidente da Comissão de Meio Ambiente daquela Deputado Ivo José Banda Novo Milênio casa, num giro pelas matas ciliares do Rio Aiuruoca e Clube do Pocinho. Ao retornarem do passeio, o grupo se juntou aos convidados para um almoço de confraternização na sede da Sociedade Brasileira de Eubiose. Durante o almoço, Ivo José destacou as belezas cênicas de Aiuruoca e manifestou seu apoio para a preservação deste patrimônio, principal recurso para o des envolvimento sustentável do município. Na parte da tarde, os convidados se reuniram no Clube Lítero Recreativo Aiuruocano com técnicos de diversas instituições do Estado, que vieram especialmente para apresentação de palestras. Andreia Ribeiro Gonçalves da Costa (SEMAD - Secretaria de Estado do Meio Ambiente) apresentou a política estadual de meio ambiente, Adriano Tostes de Macedo (FEAM - Fundação Estadual do Meio Ambiente) discorreu sobre o conceito de Desenvolvimento Sustentável, Isabel de Andrade Pinto (IEF - Instituto Estadual de Florestas) abordou o tema das Unidades de Conservação, com referências ao Parque Estadual do Papagaio, Ana Lúcia Maia (IGAM - Instituto Mineiro de Gestão das Águas) falou da As Atividades do GEA O GEA é apartidário, porém democratico, abrigando tendências políticas diversas e atuação ampla. Por exemplo: w Movimento contra garimpo no rio Aiuruoca, que deu inicio a criação do GEA, em 1990. w Lei orgânica do Município de Aiuruoca - Criação do CODEMA w Reivindicação da construção de um forno para lixo hospitalar w Projeto ‘brinque limpo’, para evitar lixo no carnaval de Aiuruoca w “Peixamento” no rio Aiuruoca (retorno dos peixes ao rio) w Comemorações do dia do Meio Ambiente, com plantio de árvores e placas educativas pelas estradas, envolvendo estudantes da cidade w Seminário com representantes da Turminas, Secretaria de Turismo de Minas Gerais e SENAC sobre o turismo sustentável, com o apoio para criação da ACTUA w Apoio aos trabalhos ambientais dos alunos na feira de ciências w Conscientização sobre o projeto de hidrelétrica, avaliando os efeitos concretos para o desenvolvimento do município, Apoio aos atingidos pela barragem Participação junto ao MAB/ Sul w Acompanhamento do licenciamento ambiental junto à FEAM e ao COPAM, em 1999, e sucesso na luta para barrar a barragem w Realização do vídeo sobre recursos naturais e culturais de Aiuruoca w Trabalho para a criação do Parque Estadual do Papagaio. w Apoio aos pedidos de criação de RPPNs de Aiuruocanos. Grupo Ecológico de Aiuruoca, Junho 2001 2 Crianças confeccionaram máscaras importância de uma política de conservação dos recursos hídricos, Andréa Labruna (SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) analisou as potencialidades do Ecoturismo, enquanto Inessa França Malaguth (Secretaria Municipal de Meio Ambiente de BH) apresentou o tema da Agenda 21 como planejamento para o Desenvolvimento Sustentável. Da teoria para a prática, o GEA lançou o debate para a Agenda 21 municipal, visando caminhos para um futuro melhor para todos os cidadãos com a preservação ambiental. Assim, Ana Carolina Vilela, representante do GESTA, apresentou resultado de pesquisa piloto realizada junto aos alu- nos do ensino médio de Aiuruoca sobre os nativa, para que as famílias e os recémprincipais problemas do município e suas nascidos possam cuidar e despertar a conpossíveis soluções. A pesquisa encontra- sciência ambiental para uma vida melhor se disponível no colégio e deve ser enca- no futuro. minhada as autoridades municipais, espe- O evento promovido pelo GEA possibilitou rando contar com a participação do execu- também o contato das entidades mais jotivo e todos os cidadãos para a busca con- vens, como a Actua e a Fundação Matutu, junta de soluções para Aiuruoca. com os técnicos governamentais convidaAo final dos trabalhos, iluminados por dos, abrindo caminhos, desta forma, para uma imensa lua, todos foram relaxar numa novas e futuras parcerias. animada e bem organizada festa na Vila Dr Assim, o GEA encerrou suas festividaJulinho. O evento eco-artístico, que reuniu des propondo dois projetos ambientais para moradores da vila e de outros bairros da o município – A Agenda 21 municipal e o cidade, contou com uma apresentação de “Nascer e Ver Crescer”, projetos que pomúsicos de Ouro Preto e foi animado pela dem abrir novas perspectivas para o futumadrugada adentro ao som da banda Novo ro. Esta plantada uma idéia. O GEA espera Milênio. que a prefeitura e o hospital se sensibilizem Encerrando as festividades, na manhã e se envolvam numa parceria ampla, demode domingo, houve apresentação de capo- crática e positiva para o bem comum de eira na Praça Matriz e caminhada ecológica todos os cidadãos. até o Pocinho onde a Confraria da Lagoa Mansa homenageou o GEA com uma placa e as bonitas palavras de Dr Julinho. Plantou-se uma muda de Pau Brasil como símbolo da luta ecológica, enquanto o GEA entregava ao Dr Julinho um projeto de cooperação da entidade com o hospital São Vicente de Paula chamado “Nascer e Ver Crescer”. A exemplo de outros municípios mineiros, como Formiga, a idéia é presentear cada recémDr. Julinho, Mara e Carlão: nascido com uma muda de árvore Lançamento do Projeto „Nascer e Ver Crescer“ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Sustentabilidade: dimensão apagada da crise energética No calor do debate sobre a crise de energia, prolifera uma gama variada de possíveis soluções: desde programas de racionamento até a diversificação da matriz energética, esta última variando de energia nuclear de alto risco até propostas alternativas reivindicadas há décadas pelos ambientalistas. Diante do caldeirão fervilhante de idéias, falta contudo uma perspectiva sustentabilista para o modelo energético do país, do ponto de vista dos aspectos naturais, econômicos e sociais. É necessário, pois, questionar o imediatismo de algumas medidas e ao mesmo tempo chamar atenção para a urgência de uma visão para o futuro. A aceleração do licenciamento ambiental é irresponsável Num contexto de pânico, o governo aposta na expansão generalizada da oferta de energia, tomando para isso uma medida preocupante: a aceleração do licenciamento ambiental para a construção de usinas. O artigo 8 da Medida Provisória No. 2.147, de 15 de maio 2001 estabelece um prazo de seis meses para o licenciamento ambiental de usinas hidrelétricas e quatro meses para gasodutos, oleodutos e usinas termelétricas. Esses prazos tornam impossível a elaboração qualificada de estudos ambientais, os quais devem, entre outros fatores, observar os ritmos da natureza impostos pelas estações do ano (mesmo no caso de empreendimentos classificados genericamente pela MP como de „impacto ambiental de pequeno porte“). A aceleração do licenciamento inviabiliza ainda uma avaliação correta e serena pelos órgãos competentes, já sobrecarregados pela corrida desenfreada de construtores de usinas desde a privatização do setor energético. Por último, a medida impedirá a justa participação das populações atingidas pelos empreendimentos. Os resultados serão projetos malfeitos, com danos ao meio ambiente e às populações afetadas. Assim, a simplificação do licenciamento ambiental é uma medida irresponsável que abusa da crise, engana a população e não resolve o problema. Diversificação da matriz energética A crise foi deflagrada pela falta de água nos reservatórios. Isso demonstra a fraqueza do sistema elétrico como um todo, eterno refém dos índices pluviométricos, pois depende em 97% de fontes hidroeléctricas. Surpreende, portanto, que as propostas do governo destaquem a necessidade de instalação de novas hidrelétricas.Uma política mais racional recomenda a diversificação dos sistemas de produção de energia. Isso não significa, contudo, investimentos em quaisquer fontes de energia. Usinas nucleares e termelétricas que dependem de óleo e carvão, por exemplo, trazem riscos enor- Grupo Ecológico de Aiuruoca, Junho 2001 mes para a população e para o meio ambiente. O gás natural pode ser uma opção menos predatória. Entretanto, como recurso não-renovável e emissor de gases de efeito estufa, deve ser explorado com parcimônia. Neste sentido, a consequência mais sustentável da crise deveria ser uma proposta de complementação do sistema hidrelétrico existente através de investimentos em energias alternativas. A fonte obviamente abundante no País é de energia solar, funcionando em qualquer época do ano. Ela é ideal para as zonas rurais, e se complementada por outras fontes descentralizadas, como a biomassa produzida na agricultura, por exemplo, evitaria as perdas significativas de energia ocorridas atualmente pelas extensas linhas de transmissão. Uma nova política energética deve, sobretudo, reconhecer que o ‘desenvolvimento econômico’ não decorre necessariamente da disponibilidade ilimitada de energia, mas sim do seu uso racional. A eficiência energética deve ser uma meta incluída em cada nova obra, principalmente na indústria, incluindo aí a eficiência das próprias usinas elétricas. Estimativas do prof. Célio Bermann (Programa de Pós-Graduação em Energia/USP) mostram que medidas como a modernização de usinas antigas, a redução das perdas no sistema elétrico e a co-geração a partir da biomassa (bagaço de cana, por exemplo) podem aumentar a produção de energia no Brasil em 18 mil MW! Isso equivale a uma usina bem maior que a de Itaipu (12,6 mil MW). Da geração à gestão de energia: eficiência com suficiência A crise atual é também resultado da negligência em programas antidesperdícios. Com a privatização, o setor elétrico passa a visar o lucro advindo justamente do consumo de energia, contrariando uma política antidesperdício. Os investimentos no PROCEL (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) cairam pela metade nos últimos dois anos, enquanto a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) permitiu que as concessionárias usassem recursos dos programas antidesperdício para melhoria de suas próprias instalações. Dos R$446 milhões destinados aos programas antidesperdicio, R$297 milhões, ou seja, dois terços do total, serviram para incrementar os lucros das próprias concessionárias. Com a crise, o consumidor não só deixou de receber os subsídios, como também será punido caso não economize. Por outro lado, os consumidores já demonstraram uma enorme capacidade para economizar luz. Nos dois primeiros dias do anúncio do racionamento, a cidade de São Paulo conseguiu reduzir em até 11% o uso de energia. Registrou-se, ainda, um aumento da demanda por produtos elétricos mais eficientes. Assim, a ameaça dos apagões tem estimulado a procura pelas causas do desperdício. Uma política do setor elétrico deveria capitalizar o momento, elaborando estratégias a longo prazo para todos os segmentos da sociedade. Cria-se, também, um novo mercado. Em vez de visar apenas os lucros através da venda de energia, uma empresa moderna do setor elétrico deveria aproveitar a demanda por informações para oferecer serviços que ensinem o uso eficiente de energia pelos consumidores, sobretudo os industriais, comerciais e públicos. Neste caso, todos sairiam ganhando: a distribuidora, que pode lucrar com a oferta dos serviços, e o consumidor que pouparia energia e, assim, dinheiro. O investimento nos programas para os consumidores pode melhorar significativamente o uso de energia. A partir de um exemplo hipotético, imaginamos, que se o governo de Minas Gerais deixasse de liberar os R$80 milhões destinados para a construção da usina de Irapé e investisse o mesmo montante na distribuição de lâmpadas econômicas para a população, é provável que economizasse energia e recursos públicos, além de evitar danos ao meio ambiente e às populações afetadas pelo empreendimento. Numa estimativa apenas matemática, a substituição de 6,4 milhões de lâmpadas incandescendes de 60 W pelas elétricas de 13 W (a R$12,50 por unidade) poderia significar, em princípio, uma redução de 384 MW para 84 MW potência de consumo, sobretudo no horário de pico. Assim, a instalação de 300 MW na geração seria desnecessária. O custo total previsto para a barragem de Irapé é de R$500 milhões, e isso apenas para instalar uma 3 capacidade de até 320 MW! Imaginamos, pois, o potencial de economia de energia: desde a construção de chuveiros solares até as instalações industriais mais eficientes. Concluindo, a despeito das falhas técnicas e políticas no sistema elétrico brasileiro, a crise atual evidencia um pensamento equivocado no bojo da política energética: mais energia gera mais desenvolvimento. Ao aceitarmos tal premissa, corremos o risco de sermos eternos reféns de crises sucessivas (como as crises de 1984 a 1986, e 1997), pois precisaremos aumentar sempre a capacidade de geração através da construção de novas usinas até que o último vale seja inundado, cada vez mais pessoas sejam deslocadas, o ar seja mais poluído, a biodiversidade desapareça, etc. O desenvolvimento só pode ser assegurado por um modelo energético sustentável a médio e longo prazos. A própria crise revela um enorme potencial para outros caminhos: como a diversificação das fontes de energia, atentando para aquelas ecológica e economicamente viáveis (solar, eólica, biomassa, etc), a promoção da revolução da eficiência no setor produtivo, assim como a necessária educação ambiental para toda a sociedade! ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Andréa Zhouri (Profa. da Graduação e do Mestrado em Sociologia da UFMG) Klemens Laschefski (Doutorando em geografia pela Universidade de Heidelberg, Alemanha) Grupo Ecológico de Aiuruoca, Junho 2001 4 Aiuruoca em audiência pública na Assembléia Legislativa Dia 12 de junho, Aiuruoca esteve em audiência pública com a Comissão do Meio Ambiente e Recursos Renováveis da Assembléia Legislativa. Estiveram presentes várias entidades envolvidas na questão ambiental do município (CODEMA, GEA, AABA, Instituto Flor da Terra, ModeVida), discutindo a proposta de construção de uma barragem no Rio Aiuruoca para a geração de energia. A audiência foi presidida pela Deputada Maria José Haueisen, com a presença do Dep. Ivo José. Participaram ainda da mesa o Sr. José Roberto, presidente da ASPARP (Associação dos pescadores do Rio Piranga), Prof. Franklin Daniel (Universidade de Viçosa), Pe. Antônio Claret (MAB), Sr. Galba R. Ferraz (advogado e representante da Cia. Cataguazes-Leopoldina), Sra. Sônia (Comissão Pastoral da Terra), Sr. Alaor de Almeida Castro (Consórcio Candonga e responsável pelo EIA/ RIMA da ELETRORIVER em Aiuruoca), Gilberto Ribeiro, presidente da AABA (Associação dos Atingidos pela Barragem de Aiuruoca) e a Dra. Andréa Zhouri, do GESTA (Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais) -UFMG, além de representantes de outros municípios, como o de Ponte Nova, que também passam pelos mesmos problemas de construção de usina hidrelétrica. # Para se associar, recorte e entregue seu nome a um dos contatos ao lado Nome : _________________ _______________________ Quero me associar ao GEA Grupo Ecológico de Aiuruoca! Contatos: Presidente: Ricardo Laporta Tel: 33441458 Vice-presidente: Carlos Alberto de Souza Tel.: 33441344 Endereço: _______________ ________________________ ________________________ Assinatura: Tel.:_____________________ Tesoureira: _______________________________ Secretária: Maria Alice de Souza Tel.: 33441344 Edi Cardoso Ribeiro Tel.: 33441403 A audiência focou o desrespeito às comunidades atingidas e os impactos ambientais causados pelos empreendimentos. Andréa Zhouri abordou a crise energética, em geral, e os perigos da Medida Provisória que pretende acelerar o processo de licenciamento ambiental (ver pág.02). Solicitou concretamente da Comissão uma representação junto ao CONAMA, para alterar o Art. 8º da MP que reduz o processo de licenciamento para 6 meses. No caso de Aiuruoca, denunciou a má qualidade do EIA/ RIMA e a falta de transparência por parte do empreendedor. Na ocasião, criticou a propaganda veiculada pela Eletroriver na Rio Aiuruoca: Águas para vida - não para morte! imprensa local, onde passarinhos pousam sobre fios elétricos, com os na preservação do Rio Aiuruoca contra os dizeres: “Natureza S/A”. Disse Zhouri: garimpeiros, e a participação na formulação “Natureza não é mercado e passarinho não da Lei Orgânica do Município, sancionada come fio elétrico”, sendo ovacionada pelo em 1990 pela gestão anterior do atual público presente que lotava o auditório da prefeito Ari Lopes do Santos. Neste último Assembléia. Convidou a Comissão para aspecto, Laporta lembrou que a certidão realizar, em Aiuruoca, uma audiência emitida pela prefeitura para formalização do pública. Gilberto Ribeiro, da AABA, abor- licenciamento ambiental da usina não dou a questão do tipo da barragem a fio consultou o CODEMA, questionando, d’água, que provoca grande variação da assim, sua legitimidade. Marcos Arantes, vazão diária de água, e a falta da MMA Turismo, questionou a barragem, de respeito do empreendedor afirmando que esta prejudicaria as atividades para com os atingidos pela bar- turísticas nas corredeiras do Rio Aiuruoca, ragem. Lembrou que um dos local turístico mais próximo à cidade. representantes da empresa, Arantes reforçou ainda a preocupação dos quando indagado por sua mãe, demais expositores quanto à situação do Dona Arminda, sobre os im- esgoto da cidade após a construção da obra, pactos da obra em sua casa, dis- não só no aspecto da saúde dos moradores, se-lhe: “os incomodados que se mas também no comprometimento das mudem“. Dona Dalva, também atividades turísticas. Convidou a Comissão atingida pela barragem de do Meio Ambiente a visitar a região para Aiuruoca, em depoimento emo- constatar os recursos naturais e paisagísticionado comoveu os Deputados cos. A audiência pública durou três horas, e o público ao falar como cuida encerrando-se com o compromisso da de sua reserva, há mais de 25 Comissão na realização de audiências locais anos, juntamente com seus em Ponte Nova e Aiuruoca, assim como o familiares. Ao dirigir-se aos em- encaminhamento do requerimento ao presários, indagou: „que mundo CONAMA para alteração da Medida vocês estão deixando para seus Provisória do racionamento. filhos e netos? Deus os perdoe“. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Ricardo Laporta (GEA/CODEMA), também falou do trabalho de 10 anos efetuado pelo GEA, Comissão Ambientalista em sobretudo a atuação do grupo Defesa de Aiuruoca.