Clique para iniciar Atenção Básica Odontológica na Doença Falciforme Lisiane C Bezerra • Considerações gerais • Terapia medicamentosa em odontologia • Conduta clínica Considerações gerais • O que é a doença falciforme? Anemia hemolítica hereditária HbAA, HbSA, HbSS (A.F), HbSC, HbSD, HbSβtal Considerações gerais • O que acontece na doença falciforme? ββ66 GAG GAG GTG GTG Solução Solução HbS HbS ββ66Glu Glu Polímero Polímero HbS HbS Hemácia Hemácia falcizada falcizada Val Val oxi oxi desoxi desoxi lesão lesão de de tecidos tecidos ↓↓ deformabilidade deformabilidade oclusão oclusão vascular vascular Considerações gerais Aspectos sistêmicos Anemia crônica Crises vaso-oclusivas (álgicas) Crises aplásticas Crises hemolíticas Seqüestro esplênico Infecções Complicações osteo-articulares (S. mão-pé e osteomelite) Complicações pulmonares (STA) Complicações neurológicas (AVC) Complicações cardíacas, oculares e hepatobiliares Complicações genitourinárias (priapismo) Alterações no desenvolvimento e no crescimento Manifestações cutâneas (úlceras de perna) Considerações gerais Aspectos bucais e orofaciais Palidez da mucosa Língua despapilada Atraso na erupção dentária Hipoplasia de esmalte Necrose pulpar assintomática Hipercementose Doença periodontal Maloclusão Neuropatia do nervo facial Osteoporose Osteomelite Dor orofacial Terapia medicamentosa Imunidade Estresse Bacteremias Crises Falcêmicas Terapia medicamentosa Terapia Medicamentosa 1. Antibióticos QUALQUER QUALQUERPROCEDIMENTO PROCEDIMENTO QUE QUEPOSSA POSSAPROVOCAR PROVOCARSANGRAMENTO SANGRAMENTO COM COMINFECÇÃO INFECÇÃO SEM SEMINFECÇÃO INFECÇÃO ANTIBIOTICOTERAPIA ANTIBIOTICOTERAPIA ANTIBIOTICOPROFILAXIA ANTIBIOTICOPROFILAXIA Terapia medicamentosa 1.1 Antibiótico Profilático • Crianças menores de 5 anos: usam AB • Crianças maiores de 5 anos: amoxicilina ou cefalexina 50 mg/kg 1h antes do procedimento • Adultos: amoxicilina ou cefalexina 2g 1h antes do procediemento • Alergia: eritromocina (40mg/Kg) ou azitromicina (10mg/kg) para crianças e 2g de eritromicina ou azitromicina para adultos Indicações: raspagens, polimentos, extrações, pulpotomias, pulpectomias e cirurgias bucais Terapia medicamentosa 1.2 Antibiótico Terapêutico: infecções já instaladas 2. Antiinflamatórios: sob prescrição médica • Diclofenaco sódico ou potássico – adultos (50mg – 8/8h) e crianças (gotas) 3. Analgésicos: • Dipirona: adultos (500mg – 6/6h) e crianças (gotas) • Paracetamol: adultos (750mg – 6/6h) e crianças (gotas) – para pacientes sem problemas hepáticos • Codeína: sob prescrição médica Terapia medicamentosa 4. Anti-sépticos: clorexidina 0,2% - 2x dia • Ampla ação antimicrobiana • Não provoca resistência nem superinfecção • Indicações: antes de procedimentos odontológicos, pós-operatórios, imunossuprimidos, deficientes físicos, terapia periodontal, úlceras bucais. • Efeitos colaterais: pigmentação dentária e alteração do paladar Conduta clínica 1) Anamnese e exame clínico 2) Adequação do meio bucal 3) Procedimentos preventivos 4) Anestesia 5) Tratamento cirúrgico 6) Tratamento periodontal 7) Tratamento endodôntico 8) Tratamento restaurador e protético 9) Tratamento ortodôntico 10) Implantes 11) Controle e manutenção Conduta clínica 1) Anamnese e exame clínico • Anamnese – Histórico da doença e outras condições – Prontuário odontológico • Exame clínico – Tecidos moles – Tecidos periodontais – Elementos dentários – Radiografias e modelos de estudo Conduta clínica 2) Adequação do meio bucal • Raspagem supragengival • TRA • Polimento coronário 3) Procedimentos preventivos • IHO • Flúor • Nutrição e dieta • Selante 4) Anestesia Conduta clínica 5) Tratamento cirúrgico • Pré-operatório – orientar o paciente a estar acompanhado e bem alimentado no dia da cirurgia; – dentista e hematologista devem avaliar o paciente; – realizar radiografias; – prescrever antibioticoterapia profilática; – planejar o ato cirúrgico. Conduta clínica • Trans-operatório ou ato cirúrgico – realizar bochecho com clorexidina a 0,2% antes do procedimento; – fazer a anti-sepsia do campo operatório; – anestesiar o paciente; – realizar a exodontia da forma mais atraumática possível; – curetar o alvéolo; – suturar com fio de seda preto 3.0 e agulha atraumática e; – orientar o paciente a comprimir uma compressa de gaze por 30 minutos no local da exodontia. Conduta clínica Conduta clínica • Pós-operatório – prescrição de analgésico; – prescrição de antibiótico, se necessário; – dar orientação por escrito de: dieta líquida e pastosa nas primeiras 24 horas; aplicar gelo por fora durante 30 minutos, de 4 em 4 horas, nas primeiras 24 horas, não bochechar e não fazer esforço físico; – avaliar a extração no quarto dia após a cirurgia; – remover a sutura no oitavo dia após a cirurgia e, finalmente, dar alta ao paciente. Conduta clínica 6) Tratamento periodontal • • • • • D.P infecção Exame: bactérias, inflamação gengival, profundidade de sondagem, nível de inserção clínica, furca, mobilidade. Terapia anti-infecciosa: raspagem e alisamento radicular sob antibioticoterapia profilática. Reavaliação terapia corretiva Manutenção Conduta clínica 7) Tratamento endodôntico • • • Envolvimento pulpar infecção Técnicas operatórias Acompanhamento Biopulpectomia Pulpotomia Necropulpectomia Antibioticoprofilaxia Antibioticoprofilaxia Antibioticoterapia Antibioticoterapia Conduta clínica 8) Tratamento restaurador e protético • • • • Cárie infecção Técnicas operatórias Dieta, higiene e flúor Manutenção Preparos cavitários dos elementos dentários Risco de lesão de mucosa Antibiotico profilaxia Conduta clínica 9) Tratamento ortodôntico 10) Implantes 11) Controle e manutenção Ausência de patologias orais Ausência de infecções Prevenção Melhoria da qualidade de vida Melhoria do estado geral Bibliografia 1. 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