Departamento de Desenvolvimento Profissional
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Profª Adriana Valente
e-mail: [email protected]
Rio de Janeiro, 2º semestre de 2015.
Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000
Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 [email protected] – www.crc.org.br
2
1
ESTRUTURA DO CURSO
1.1
Objetivos
Transmitir aos participantes os conhecimentos básicos necessários à
Analise das Demonstrações Contábeis.
1.2
Carga Horária
15 h/a.
1.3
Metodologia
Exposição teórica com aplicação de exercícios práticos.
1.4
Programa
PROGRAMA
1.
Objetivo da Análise das Demonstrações Contábeis
2.
Análise Horizontal e Vertical
3.
Análise da Liquidez
4.
Análise da Rentabilidade e Rotação
5.
Análise do Endividamento
6.
Análise do Capital de Giro e a Necessidade de Capital de Giro
7.
Ciclo Operacional e Financeiro
8.
Giro do Ativo, Retorno sobre o Ativo e Retorno sobre o
Patrimônio Líquido
9.
Insolvência
2
3
2
INTRODUÇÃO
 FINALIDADE
Estudar a situação patrimonial da entidade através da decomposição,
comparação
e
interpretação
do
conteúdo
das
demonstrações
contábeis, visando obter informações analíticas e precisas sobre a
situação patrimonial da empresa.
 OBJETIVO
Visa relatar, com base nas informações contábeis fornecidas pelas
empresas, a posição econômica financeira atual, as causas que
determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras. Pela
análise extraem-se informações sobre a posição passada, presente e
futura (projetada) de uma empresa.
 PROCESSO PREPARATÓRIO
Para conclusões e decisões acerca da análise das demonstrações
financeiras
é
fundamentalmente
importante
à
qualidade
das
informações (exatidão dos valores registrados, rigor nos lançamentos
e princípios contábeis adotados etc.) e do volume de informações
disponíveis ao analista.
 COMPARAÇÕES
É importante acrescentar, ainda, que a análise de balanços é
fundamentalmente comparativa. Ou seja, determinado índice, quando
avaliado isoladamente, não produz informações suficientes para uma
3
4
correta conclusão. É indispensável que se conheça como evoluiu esse
resultado nos últimos anos e em que nível ele se situa em relação aos
concorrentes e aos padrões de mercado.
 EMPRESA E O MERCADO
Uma preocupação essencial do analista deve ser a de conhecer mais
detalhadamente a empresa e seu mercado de atuação, de maneira a
melhor
avaliar
as
decisões
financeiras
(investimentos
e
financiamentos) tomadas.
A análise torna-se bem mais consistente quando interpretada dentro
das características do setor de atividade da empresa.
No estudo do setor de atividade em que uma empresa encontra-se
inserida devem ser avaliados o potencial, atual e futuro do mercado
consumidor, o nível e o tamanho da concorrência, a dependência
tecnológica, os fornecedores, a política de preços adotada para o setor,
etc.
Iudícibus
“Pode-se partilhar a ideia de que a análise de balanços é uma arte,
pois, apesar das técnicas desenvolvidas, não há nenhum critério ou
metodologia formal de análise válidos nas diferentes situações e
aceitos pelos analistas.
Dessa maneira, é impossível sugerir-se uma
sequência metodológica ou um instrumental cientifico capazes de
fornecer diagnósticos sempre precisos das empresas”.
4
5
A maneira com que os indicadores de análise são utilizados é particular
de quem faz a análise, sobressaindo-se, além do conhecimento técnico,
a experiência e a própria intuição do analista.
Dois analistas podem chegar a uma conclusão bem diferente sobre uma
empresa, mesmo tendo eles trabalhados com as mesmas informações
e utilizado iguais técnicas de análise.
 Segmentação do risco empresarial

Risco operacional – sazonalidade

Risco financeiro – endividamento
ALGUNS AJUSTES NO NAS DEMOSNTRAÇÕES PARA ANÁLISE

Despesas pagas Antecipadamente – Por não representar
mais entrada de recursos, geralmente é reclassificada para o
Patrimônio Líquido.

As participações de empregados e dos diretores no resultado da
empresa, geralmente determinadas sobre o lucro após o IR e
CSLL, são melhores representadas como despesas operacionais,
pois poderão ser avaliadas como “despesa de pessoal“,
devendo, por conseguinte onerar o resultado operacional da
empresa.

Ações em Tesouraria – em alguns casos pode representar mais
efetivamente
uma
aplicação
classificada no ativo.
financeira,
sendo,
portanto
Dado o caráter controvertido ela é
geralmente mantida no PL.
5
6
3
ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL

De evolução, horizontal ou de crescimento.

De estrutura, vertical ou de composição.
Análise Horizontal
Tem por objetivo avaliar o aumento ou a diminuição dos valores que
expressam
os
elementos
patrimoniais
ou
do
resultado,
numa
determinada série histórica de exercícios.
Análise Vertical
Tem por objetivo medir percentualmente cada componente em relação
ao todo do qual faz parte e fazer as comparações caso existam dois ou
mais períodos.
CONTAS
Caixa e Equivalentes a Caixa
Clientes
Estoques
Imobilizado Liquido
TOTAL ATIVO
Fornecedores
Salário a Pagar
Encargos Sociais
Dividendos
Empréstimo
Patrimônio Líquido
TOTAL DO PASSIVO
2014
31.000
10.000
4.000
14.000
59.000
12.000
3.000
2.000
3.000
18.000
21.000
59.000
AV
2013
39.100
15.000
1.000
13.000
68.100
20.000
4.000
5.000
4.000
13.000
22.100
68.100
AV
AH
6
7
Contas
Vendas Líquidas
CMV
Lucro Bruto
Despesas Administrativas
Lucro Operacional
IR/CSLL
Lucro Líquido
2014
55.000
(29.000)
26.000
(21.000)
5.000
(600)
4.600
AV
2013
AV
60.000
(30.000)
30.000
(28.000)
2.000
(200)
1.800
AH
Exercícios
1.
Julgue os itens em certos ou errados.
a) A análise das demonstrações financeiras visa fundamentalmente ao
estudo do desempenho econômico-financeira de uma empresa em
um período anterior, para diagnosticar sua posição atual e produzir
resultados que subsidiem a previsão de tendências futuras.
b) Para fornecer elementos suficientes a um diagnóstico preciso de uma
determinada empresa, o processo de análise econômico-financeira
deve ser complementado com uma comparação temporal – evolução
nos últimos anos – e setorial – principais concorrentes e média do
mercado do setor – dos indicadores levantados.
c) É obrigatória a reclassificação contábil no balanço patrimonial da
conta fornecedores classificado no passivo circulante, quando se
referir a uma empresa controlada.
d) Na reclassificação do balanço para análise, é comum reduzir o
imobilizado do patrimônio líquido.
e) O ativo realizável a longo prazo é normalmente transferido para o
ativo circulante, visando uma classificação conservadora.
7
8
2.
Análise
as
informações
da
Cia.
Nunes
S.A
num
determinado exercício social:
Elementos do resultado
31/dez/2003
31/dez/2004
Vendas Líquidas de Mercadorias
1.000,00
1.582,00
Custo das Mercadorias Vendidas
620,00
860,00
Despesas Operacionais
200,00
383,00
Na análise horizontal, o percentual da variação ocorrida no lucro bruto
da Cia, Nunes, em 2004, foi:
a) 90,0%
b) 158,20%
c) 165,00%
d) 190,00%
b) e) 265,00%
3. Considerando o Balanço Patrimonial abaixo, julgue os itens
em certos ou errados.
balanço patrimonial (em R$)
ativo
31/12/01
movimento 1º
trimestre
circulante
disponibilidades
contas a receber de vendas
estoque de mercadorias
despesas do período seguinte
realizável a longo prazo
empréstimos
permanente
investimentos
imobilizado
diferido
178.000
5.000
125.000
46.000
2.000
5.500
5.500
65.500
2.500
60.000
3.000
43.107
25.200
15.000
2.407
500
500
500
40.800
4.000
37.000
(200)
total
249.000
84.407
31/03/02
passivo
221.107 circulante
30.200 fornecedores
140.000 pessoal e encargos a pagar
48.407 tributos a pagar
2.500 aluguéis e seguros a pagar
6.000 dividendos
6.000 empréstimos
106.300 patrimônio líquido
6.500 capital social
97.000 reservas de capital
2.800 reservas de lucros
lucros acumulados
333.407 total
31/12/01
82.000
56.000
5.000
6.000
3.000
11.000
1.000
167.000
100.000
50.000
10.000
7.000
249.000
movimento 1º
trimestre
31/03/02
34.142
31.000
5.000
1.642
500
(11.000)
7.000
50.265
15.000
116.142
87.000
10.000
7.642
3.500
0
8.000
217.265
115.000
50.000
10.000
42.265
333.407
35.265
84.407
Julgue os itens a seguir em certos ou errados, considerando os
elementos do balanço patrimonial apresentado no quadro acima:
a) Pela análise horizontal, pode-se concluir que os recursos próprios
cresceram no primeiro trimestre em valor absoluto mais que os de
terceiros.
8
9
b) Pela análise vertical, pode-se observar que, nos dois balanços, a
empresa opera com capital fixo em proporção superior àquela do
circulante.
c) Caso essa empresa tivesse aplicado mais capital no ativo fixo no
primeiro trimestre, teria de diminuir o ativo circulante ou aumentar
uma das fontes no passivo.
d) Pelo movimento do ativos e passivos no primeiro trimestre, podese concluir que a empresa operou com lucro no período.
9
10
4

INDICES
Liquidez – Avalia a capacidade da empresa, para satisfazer
compromissos de pagamentos com terceiros.

Rentabilidade – Avalia o rendimento, a lucratividade da empresa
obtida em determinado período.

Rotação – Determina o giro (velocidade) dos valores aplicados.

Endividamento – Avalia o grau de endividamento da empresa.

Rentabilidade e Lucratividade – Avalia o rendimento obtido pela
empresa em determinado período.
10
11
5
ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Avalia a capacidade da empresa para honrar compromissos assumidos.
“O índice quanto maior melhor”.
Liquidez
Imediata ou
absoluta
Fórmula
*Disponível
Passivo Circulante
* Caixa e Bancos
Corrente
Seca
Exemplo
31.000 = 0,96 ou 96%
32.000
Ativo Circulante
Passivo Circulante
45.000 = 1,40 ou 140%
32.000
Ativo Circulante – ( Estoques + *DA)
Passivo Circulante
37.000 = 1,15 ou 115%
32.000
*DA (despesas pagas antecipadamente)
Geral
Ativo Circulante + Realizável Longo Prazo
Passivo Circulante + Exigível Longo Prazo
49.000 = 1,08 ou 108%
45.000
Exercícios de Fixação
11
12
1.
Dados extraídos do balanço da Cia. Gama em 31.12.X0:
Ativo Circulante
(R$)
Disponibilidades ...................................................................
20.000,00
Clientes ....................................................................................130.000,00
Estoques ................................................................................. 90.000,00
240.000,00
Ativo Não Circulante
Realizável a LP
42.000,00
Imobilizado .............................................................................. 68.000,00
Intangível
10.000,00
120.000,00
TOTAL DO ATIVO
360.000,00
Passivo Circulante
Fornecedores ....................................................................................
80.000,00
Outras Obrigações ...........................................................................
70.000,00
150.000,00
Passivo Não Circulante
Financiamentos ...................................................................................
85.000,00
85.000,00
Patrimônio Líquido
Capital ........................................................................................................
50.000,00
Reservas .................................................................................................
75.000,00
125.000,00
TOTAL DO PASSIVO
360.000,00
É correto afirmar que o índice de
a)
b)
c)
d)
e)
Liquidez imediata é igual a 0,15.
Liquidez geral é igual a 1,2.
Liquidez corrente é igual a 1.
Liquidez seca é igual a 1,6.
Endividamento total é igual a 0,5.
2.
12
13
Ativo
Ativo Circulante
Dusponibilidades
Contas a receber
Estoques
Despesas do período seguinte
Adiantamentos
Outros valores a receber
R$
16.520
1.200
6.000
8.000
120
700
500
Passivo
Passivo Circulante
Fornecedores
Salários e encargos a pagar
Tributos a recolher
Provisões para conting. Fiscais
Outras contas a pagar
R$
16.400
1.100
800
5.000
6.500
3.300
a) A liquidez corrente da empresa é de 1,99, indicando uma excelente
situação financeira.
b) As disponibilidades, representando 7,3% do total do ativo
circulante, não estão adequadas, pois o mais correto seria a
manutenção de um caixa mais elevado, permanentemente, mesmo
considerando que o mercado financeiro garante uma rentabilidade
inferior à aplicação no negócio da companhia.
c) A companhia dá preferência ao pagamento à vista ou antecipado
das suas compras, mesmo sem desconto, para manter um giro
rápido das suas contas a pagar, medida esta julgada acertada.
3. Em 31 de dezembro de 2001, a firma Leo, Lea & Cia. Tinha
um patrimônio composto dos seguintes elementos, com
respectivos valores, em milhares de reais:
O balanço decorrente do patrimônio acima foi submetido ao programa
de análise contábil da empresa, tendo revelado, em termos
percentuais, os seguintes quocientes de liquidez:
13
14
a)
b)
c)
d)
e)
Liquidez
Liquidez
Liquidez
Liquidez
Liquidez
Geral 175,00 %
Corrente 150,00 %
Comum 112,50 %
Seca 100,00 %
Imediata 44,12 %
4.
Observe as informações abaixo, sobre as Empresas Alfa e
Beta.
Liquidez corrente da Empresa Alfa 2,0000
Liquidez Corrente da Empresa Beta 3,0000
Sabendo-se que a Alfa compra mercadorias com vencimento de curto
prazo e que a Beta paga uma dívida com vencimento de curto prazo,
pode-se concluir que a liquidez corrente:
(A) manteve-se inalterada nas duas empresas.
(B) aumentou na Empresa Alfa e diminuiu na Empresa Beta.
(C) aumentou nas duas empresas.
(D) diminuiu nas duas empresas.
(E) diminuiu na Empresa Alfa e aumentou na Empresa Beta.
5.
O que ocorrerá se uma empresa apresentar um índice de
liquidez corrente igual a 0,80?
a)
b)
Terá muita dificuldade para honrar compromissos de curto prazo.
Deverá providenciar, uma redução simultânea e do mesmo valor,
no Ativo e no Passivo Circulante.
Estará praticamente falida.
Em condições normais, não poderá pagar suas obrigações de
curto prazo.
Em condições normais, não poderá pagar suas dívidas de longo
prazo.
c)
d)
e)
6.
A Cia. Sobral apresentou a seguinte estrutura Patrimonial,
em reais, em 31/12/2004:
14
15
Ativo
Ativo Circulante
Realizável LP
Imobilizado
Total
Passivo
5.000,00
2.000,00
1.000,00
8.000,00
Passivo Circulante
Exigível LP
Patrimônio Líquido
Total
5.500,00
1.500,00
1.000,00
8.000,00
O pagamento de fornecedores com cheque no valor de R$ 500,00:
a) não modifica os índices de liquidez corrente e geral.
b) melhora o índice de liquidez corrente, mas não altera o índice de
liquidez geral.
c) melhora os índices de liquidez corrente e geral.
d) piora os índices de liquidez corrente e geral.
e) piora o índice de liquidez corrente, mas não altera o índice de
liquidez geral.
6
ÍNDICES DE RENTABILIDADE
Avalia o rendimento,
determinado período.
a
lucratividade
da
empresa
obtida
em
15
16
“O índice quanto maior melhor”.
Índices
Margem Bruta
Margem Operacional
Margem Líquida
Fórmula
Lucro Bruto
Receita Líquida
Lucro Operacional
Receita Líquida
Exemplo
12.000 = 0,20 ou 20%
60.000
3.750 = 0,06 ou 6%
60.000
Lucro Líquido após o IR 3.000 = 0,05 ou 5%
Receita Líquida
60.000
Exercícios
1.
16
17
Com base na demonstração de resultado apresentada acima, julgue
os itens a seguir em certo ou errado.
I.
A empresa está operando com resultado positivo e a sua margem
líquida é superior a 6% sobra as vendas líquidas.
II.
A margem bruta sobre a receita líquida é menor que 47%.
III.
A margem operacional situa-se em torno de 10% da receita
líquida.
2.
A Demonstração do Resultado do Exercício da Empresa
Óleos & Lubrificantes apresenta as seguintes contas e
saldos, em reais:
Receitas de Vendas
ICMS sobre Vendas
Devolução de Vendas
Despesas com Vendas
Resultado Negativo de Equivalência Patrimonial
Provisão para Imposto de Renda
Despesas Financeiras
Custo das Mercadorias Vendidas
45.000,00
7.500,00
1.100,00
2.800,00
1.500,00
2.250,00
1.700,00
12.200,00
Com base nos dados apresentados, a Margem Operacional Líquida da
empresa será, em reais, de:
a) 0,35
b) 0,40
c) 0,50
d) 0,70
e) 0,75
17
18
7
CICLO OPERACIONAL
Fases operacionais existentes no interior da empresa, que vão desde a
aquisição de materiais para a produção até o recebimento das vendas
efetuadas.
18
19
Fases operacionais de uma indústria
Aquisição de Matéria Prima - MP
Prazo Médio de Estocagem da MP - PME
Prazo Médio de Fabricação - PMF
Prazo Médio de Estocagem do Produto Acabado (PA) - PME
Prazo Médio de Vendas - PMV
Prazo Médio de Recebimento das Vendas – PMRV
Prazo Médio de Pagamento aos Fornecedores - PMPF
Fases operacionais de um comércio
Aquisição de mercadorias para revenda
Prazo Médio de Estocagem - PME
Prazo Médio de Vendas - PMV
Prazo Médio de Recebimento das Vendas – PMRV
Prazo Médio de Pagamento aos Fornecedores - PMPF
Ciclo Operacional Comercial
PME + PMRV
20 dias + 16 dias = 36 dias
Quanto mais longo se apresentar o ciclo operacional, mais elevado
serão às necessidades de investimento em giro.
Índices
Prazo Médio de
Estocagem
Fórmula
Formulas
Estoque Médio x 360
CMV
360
CMV
19
20
Estoque médio
Prazo Médio de
pagamento
Prazo Médio
Recebimento
Rotação
Estoques
Fornecedores Média x 360
Compras anuais a prazo ou
média
360
Fornecedores
Duplicatas a pagar
ou média
Clientes Média x 360
Vendas anuais a prazo ou
vendas anuais
360
Clientes
Vendas anuais a
prazo ou média
360
Prazo Médio Estocagem
Rotação
Pagamentos
Fornecedores
360
Prazo Médio de Pagamento
Rotação
Recebimento
Vendas
360
Prazo Médio de Recebimento
Exercícios
1.
20
21
Ativo
Ativo Circulante
Dusponibilidades
Contas a receber
Estoques
Despesas do período seguinte
Adiantamentos
Outros valores a receber
R$
16.520
1.200
6.000
8.000
120
700
500
Passivo
Passivo Circulante
Fornecedores
Salários e encargos a pagar
Tributos a recolher
Provisões para conting. Fiscais
Outras contas a pagar
R$
16.400
1.100
800
5.000
6.500
3.300
Considerando o demonstrativo acima, que contém o ativo e o passivo
circulantes de uma companhia em uma determinada data, e ainda, os
princípios de administração financeira aplicáveis, julgue os itens
abaixo:
a)
As vendas anuais da companhia, no valor de R$ 72.000, indicam
que o giro de contas a receber é muito lento, tomando por base
a mediana do setor em que ela atua, a qual corresponde a um
prazo médio de recebimento de vendas de 60 dias.
b)
Considerando que a mediana do prazo médio de renovação dos
estoques que se verifica entre as empresas do setor em que atua
a companhia seja de 30 dias, é correto afirmar que ela apresenta
um giro muito lento para os seus estoques, considerando que o
custo das mercadorias vendidas no período foi de R$ 30.000.
2.
Julgue os itens em Certo ou Errado
a) O prazo médio de recebimento de vendas de um ano de R$
360.000, para um contas a receber médio, líquido da provisão
para devedores duvidosos, de R$ 30.0000, estará em torno de
30 dias.
b) O aumento do prazo de renovação de estoques, com a elevação
de vendas e do custo das mercadorias vendidas, não requererá,
necessariamente, capital para o financiamento desse ativo
acrescido.
3.
21
22
balanço patrimonial (em R$)
ativo
31/12/01
movimento 1º
trimestre
circulante
disponibilidades
contas a receber de vendas
estoque de mercadorias
despesas do período seguinte
realizável a longo prazo
empréstimos
permanente
investimentos
imobilizado
diferido
178.000
5.000
125.000
46.000
2.000
5.500
5.500
65.500
2.500
60.000
3.000
43.107
25.200
15.000
2.407
500
500
500
40.800
4.000
37.000
(200)
total
249.000
84.407
31/03/02
passivo
221.107 circulante
30.200 fornecedores
140.000 pessoal e encargos a pagar
48.407 tributos a pagar
2.500 aluguéis e seguros a pagar
6.000 dividendos
6.000 empréstimos
106.300 patrimônio líquido
6.500 capital social
97.000 reservas de capital
2.800 reservas de lucros
lucros acumulados
333.407 total
31/12/01
movimento 1º
trimestre
82.000
56.000
5.000
6.000
3.000
11.000
1.000
167.000
100.000
50.000
10.000
7.000
249.000
34.142
31.000
5.000
1.642
500
(11.000)
7.000
50.265
15.000
35.265
84.407
Julgue os itens subsequentes, observando os elementos dos balanços
apresentados nos quadros I e II, que se referem à mesma empresa e ao
mesmo período.
a) Pelos números apresentados, o prazo médio de renovação de
estoques de mercadorias é superior a 30 dias.
b) O prazo médio de recebimento de contas de clientes é inferior a 40
dias.
c) O prazo médio de pagamento de fornecedores é superior a 60 dias,
considerando que as compras do primeiro trimestre foram de R$
102.000.
d) A partir da análise do fluxo de caixa, observa-se que a empresa
está aplicando capitais no crescimento da sua atividade e na
compra de ativo fixo, sem contar com capitais de terceiros.
e) A margem bruta sobre vendas líquidas da empresa é de 48%.
22
31/03/02
116.142
87.000
10.000
7.642
3.500
0
8.000
217.265
115.000
50.000
10.000
42.265
333.407
23
4.
Considere os dados abaixo, com valores em reais,
extraídos da contabilidade da Cia. Gama, referentes ao
exercício de 2004:
• Estoque inicial de mercadorias 10.600,00
• Estoque final de mercadorias 9.400,00
• Compra de mercadorias 70.800,00
Considerando-se que o ano comercial tem 360 dias, o prazo médio de
rotação dos estoques da Cia. Gama, no exercício de 2004, em dias, é:
a) 25
b) 50
c) 75
d) 100
e) 125
5. Analisando as demonstrações contábeis de uma companhia
comercial, elaboradas no exercício social encerrado em 31 de
dezembro de 2011, foram apurados os seguintes prazos (índices) de
atividade:
• Prazo Médio de Pagamento das Compras (PMPC) = 26 dias
• Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV) = 30 dias
• Prazo Médio de Renovação do Estoque (PMRE) = 20 dias
Considerando-se exclusivamente as informações recebidas, a boa
técnica de análise das demonstrações contábeis e a correspondente
interpretação dos índices apurados, o prazo médio que essa companhia
leva para vender suas mercadorias estocadas, em dias, é
(A) 20
(B) 24
(C) 26
(D) 30
(E) 50
6. A Indústria Califórnia, efetuando um estudo com relação ao
seu ciclo financeiro, verificou que o prazo médio de estocagem
de suas matérias-primas é de 45 dias, sendo que os
fornecedores dão um prazo de 30 dias para pagamento das
duplicatas. A produção demanda, normalmente, um prazo de 30
dias, permanecendo os produtos fabricados estocados durante
15 dias à espera de ser vendidos. A política de vendas da
empresa é a de adotar um prazo de recebimento de 60 dias.
Com base nesses dados, de quantas vezes é o giro de caixa da
empresa?
(A) 3,43
(B) 3,00
(C) 2,57
(D) 2,40
(E) 2,00
ANÁLISE CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO
23
24
Ciclo Operacional
A soma dos prazos, PMRE + PMRV, representa o Ciclo Operacional, ou
seja, o tempo decorrido entre a compra e o recebimento das vendas
de mercadorias.
Ciclo Financeiro
É o tempo decorrido entre o momento em que a empresa paga aos
fornecedores e o recebimento das vendas (clientes).
Exemplo:
Empresa BIG
XI
PMRE = 74 dias
PMRV = 63 dias
PMPC = 85 dias
X2
PMRE = 114 dias
PMRV = 67 dias
PMPC = 83 dias
X3
PMRE = 112 dias
PMRV = 70 dias
PMPC = 73 dias
Mercado
X1
PMRE = 66 dias
PMRV = 75 dias
PMPC = 69 dias
X2
PMRE = 67 dias
PMRV = 79 dias
PMPC = 76 dias
X3
PMRE = 70 dias
PMRV = 77 dias
PMPC = 78 dias
Análise de X1
Empresa BIG
Ciclo operacional = 74 dias + 63 dias = 137 dias
Ciclo Financeiro = 137 dias – 85 dias = 52 dias
Mercado
Ciclo operacional = 66 dias + 75 dias = 141 dias
Ciclo Financeiro = 141 dias – 69 dias = 72 dias
Exercícios
24
25
1. Determinada empresa apresentou os seguintes prazos
médios referentes ao ano de 2004:
• Prazo Médio de Renovação de Estoques - 24 dias
• Prazo Médio de Recebimento de Vendas - 15 dias
• Prazo Médio de Pagamento de Compras - 34 dias
É correto afirmar que esta empresa obteve, em 2010, um ciclo
financeiro:
(A) positivo de cinco dias.
(B) positivo de dezenove dias.
(C) negativo de cinco dias.
(D) negativo de dezenove dias.
(E) negativo de quarenta e três dias.
2. Foram calculados os índices de atividade de determinada
empresa e encontrados os seguintes prazos médios:
• Prazo Médio de Renovação de Estoques 36 dias
• Prazo Médio de Pagamento de Compras 45 dias
• Prazo Médio de Recebimento de Vendas 13 dias
Pode-se afirmar que esta empresa apresenta:
a)
b)
c)
d)
e)
Ciclo Operacional
de
4 dias
4 dias
4 dias
49 dias
49 dias
Ciclo Financeiro
negativo de 32 dias
positivo de 32 dias
positivo de 4 dias
positivo de 4 dias
negativo de 4 dias
4)
25
26
Análise as informações a seguir:
Conta/saldo
despesa de salários
combustíveis a pagar
prejuízos acumulados
estoque inicial
contribuição social sobre o lucro
dividendos a pagar
fornecedores
amortização acumulada
estoque final de mercadorias
investimento em ações
despesas antecipadas
contingências trabalhistas
capital social
clientes
custo da mercadoria vendida
veículos
receita de vendas
(R$)
120
320
330
600
760
780
780
990
1.200
1.230
3.200
3.210
5.450
6.500
7.200
9.900
26.000
5) Tendo como referência as informações contidas na tabela acima, é
correto afirmar que o giro do estoque apurado é
26
27
A inferior a 1.
B superior a 1 e inferior a 3.
C superior a 3 e inferior a 5.
D superior a 5 e inferior a 7.
E superior a 7.
6) Ainda com relação à tabela, o prazo do ciclo financeiro apurado, em
dias, é
A inferior a 110.
B superior a 110 e inferior a 125.
C superior a 125 e inferior a 140.
D superior a 140 e inferior a 155.
E superior a 155.
QUESTÃO 52
7) Segundo a tabela, o prazo do ciclo operacional apurado, em dias, é
A inferior a 125.
B superior a 125 e inferior a 140.
C superior a 140 e inferior a 155.
D superior a 155 e inferior a 170.
E superior a 170.
9 CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (CCL) E CAPITAL DE GIRO
27
28
A princípio, quanto maior o CCL melhor, cuja fórmula representa: CCL
= AC – PC. No entanto, há que se considerar o segmento em que a
empresa atua.
Análise do Capital de Giro
A necessidade de Capital de Giro é a chave para a administração
financeira de uma empresa.
Necessidade de Capital de Giro, que designaremos NCG, é não só um
conceito fundamental para a análise da empresa do ponto de vista
financeiro, ou seja, análise de caixa, mas também de estratégias de
financiamento, crescimento e lucratividade.
Nenhuma análise econômico-financeira de empresa produtiva pode
prescindir de abordar a NCG, tamanha a sua importância.
Determinação da Necessidade de Capital de Giro = NCG
Ativo Circulante Operacional – ACO - Investimentos que decorre
automaticamente das atividades de compra, produção, estoque e
venda.
Passivo
Circulante
Operacional
–
PCO
automaticamente que decorre dessas atividades.
-
Financiamento
A diferença entre esses investimentos (ACO) e financiamentos (PCO) é
quanto a empresa necessita de capital para financiar o giro, ou seja, a
NCG. Portanto:
NCG = ACO – PCO
As situações básicas que ocorrem numa empresa, com relação ao
ACO/PCO podem ser assim resumidas:
ACO > PCO
É a situação normal na maioria das empresas. Há uma NCG para a
qual a empresa deve encontrar fontes adequadas de financiamento.
ACO = PCO
Neste caso a NCG é igual a zero e portanto a empresa não tem
necessidade de financiamento para o giro.
28
29
ACO < PCO
A empresa tem mais financiamentos operacionais do que
investimentos operacionais.
Sobram recursos das atividades
operacionais, os quais poderão ser usados para aplicação no mercado
financeiro ou para expansão da planta fixa.
Fontes de Financiamentos da NCG
Para financiar as necessidades de capital de giro, a empresa pode
contar normalmente com três tipos de financiamentos:
 Capital Circulante Próprio
 Empréstimos e Financiamentos Bancários de Longo Prazo
 Empréstimos Bancários de Curto Prazo e Duplicatas Descontadas.
29
30
Exercícios
1.
A necessidade de capital de giro é:
a) a parcela do capital de giro não coberta pelos recursos próprios
b) a soma das duplicatas descontadas, fornecedores e empréstimos
bancários de curto prazo
c) a demanda adicional por recursos circulantes decorrentes de
aumento do nível de produção
d) somatório do ativo permanente e do ativo realizável a longo prazo
menos o patrimônio Líquido
e) A diferença entre ativo circulante operacional e passivo circulante
operacional
2.
A parcela de capital aplicada pela empresa em seu ciclo
operacional, caracteristicamente de curto prazo, a qual assume
diferentes formas ao longo de seu processo produtivo e de
vendas, corresponde ao (à):
a) capital de giro.
b) capital próprio.
c) fluxo de caixa.
d) ciclo de caixa.
e) rotação de valores a receber.
3.
Dados extraídos do
Transamérica em 31.12.X0:
Balanço
ATIVO CIRCULANTE
Disponível
Clientes
Estoques
PASSIVO CIRCULANTE
Fornecedores
Impostos a Pagar
Salários a Pagar
Empréstimos Bancários
Patrimonial
da
Cia.
R$
30.000,00
250.000,00
180.000,00
R$
150.000,00
40.000,00
60.000,00
90.000,00
Com base nessas informações, o Investimento Operacional em Giro
(IOG) da companhia é, em R$.
a)
b)
c)
d)
e)
Nulo.
90.000,00.
180.000,00.
210.000,00.
250.000,00.
30
31
4. Trabalhando sobre as Demonstrações Contábeis da Global
S/A, Gregório Fortunato, Contador da empresa, encontrou a
seguinte situação no Balanço:
ATIVO
Disponível
Duplicatas a Receber
Estoques
ATIVO CIRCULANTE
280
500
500
1.280
PASSIVO
Fornecedores
Duplicatas a Pagar
Duplicatas Descontadas
Salários a Pagar
Empréestimos a Pagar
PASSIVO CIRCULANTE
300
100
300
80
400
1.180
O Passivo Circulante financeiro, em reais, é:
a) 400,00
b) 480,00
c)
580,00
d)700,00
e)880,00
5) Analise as informações a seguir:
QUESTÃO 49
Conta/saldo
Caixa
outros valores a receber
Intangível
prejuízos acumulados
aplicações financeiras
contas a pagar
energia a pagar
impostos e taxas a pagar
Reservas
Clientes
Investimentos
salários e encargos a pagar
Empréstimos
mercadorias para revenda
exigível a longo prazo
Veículos
realizável a longo prazo
Capital
(R$)
100
300
500
500
800
1.000
1.000
1.000
1.000
1.200
2.000
2.000
2.000
2.100
4.000
5.500
7.500
7.500
A partir das informações contidas na tabela acima, que se referem a
uma empresa hipotética, é correto afirmar que o valor da necessidade
de capital de giro dessa empresa, em reais, é igual a
A 900.
B 1.050.
C 1.100.
D 1.400.
E 2.500.
31
32
10
ESTRUTURA DE CAPITAL
Avalia o grau de endividamento da empresa e aplicação do capital
próprio ou de terceiros.
Índices
Participação do
Capital de Terceiros
em Relação ao
Capital Total
Participação Capital
de Terceiros ao PL
Composição do
Endividamento
Imobilização do PL
Fórmula
Exemplo
33.000= 0,42 ou 42%
Exigível Total (PC e ELP) 78.000
Exigível + PL
Exigível Total
PL
33.000 = 0,73 ou 73%
45.000
Passivo Circulante
Exigível Total
32.000 = 0,71 ou 71%
45.000
Imobilizado
PL
38.000= 0,84 ou 84%
45.000
32
33
Exercícios
1.
A empresa Ativa de Comércio Ltda, apresentou o seguinte
extrato de seu Balanço, em reais, elaborado em 31 de
dezembro de 2004.
Ativo Circulante
Disponibilidades
Duplicatas Receber
Estoques
Ativo RLP
Títulos a Receber
Ativo Permanente
Imobilizado Líquido
Total
R$
2.232,00
4.000,00
14.000,00
Passivo Circulante
Fornecedores
Contas a Pagar
Passivo exigível a LP
Financiamentos
5.620,00 Patrimônio Líquido
Capital
9.273,00 Reservas de Lucros
35.125,00 Total
R$
5.950,00
8.100,00
8.430,00
11.000,00
1.645,00
35.125,00
Para análise através de índices, a composição do endividamento do
ativo é:
a) 0,3600
2.
b) 0,6250
c) 0,6400
d) 1,1500
e) 1,4400
Considere os dados, em reais, abaixo.
Itens
Ativo Total
Ativo Permanente
PL Total
Alfa
1.250.000,00
600.000,00
575.000,00
Beta
1.340.000,00
765.000,00
965.000,00
Empresas
Gama
2.250.000,00
1.275.000,00
1.250.000,00
Delta
2.650.000,00
1.045.000,00
1.115.000,00
A empresa que apresentou o maior índice de imobilização do
Patrimônio Líquido e, conseqüentemente, o maior comprometimento
do Patrimônio Líquido, foi a:
a) Alfa
b) Beta. c) Gama.
d) Delta.
e) Ômega.
33
Ômega
3.125.000,00
1.250.000,00
1.215.000,00
34
11
OUTROS ÍNDICES
Índices
Giro do Ativo – GA
Retorno sobre o Ativo - RSA
RSPL (Retorno sobre o PL) ou
retorno do capital próprio
Fórmula
Significado
Receita Bruta
Ativo
Quanto cada unidade
monetária investida no
Ativo gerou de vendas.
LL antes das DF
Ativo médio
*Despesa Financeira
Lucro Líquido
Patrimônio Líquido Médio
Quanto cada unidade
monetária investida no
Ativo gerou de lucro.
Quanto cada unidade
monetária no PL gerou
em termos de lucro
líquido.
34
35
Exercícios
1. A companhia T apresentou as seguintes informações referentes ao
exercício social / 2013:
Demonstração do Resultado do Exercício / 2013
Receita Operacional Bruta
550.000,00
(-) Deduções
(50.000,00)
(=) Receita Operacional Líquida
500.000,00
(-) Custo das Mercadorias Vendidas
(170.000,00)
(=) Lucro Operacional Bruto
330.000,00
(-) Despesas Operacionais
(220.000,00)
(=) Resultado Operacional
110.000,00
(-) Imposto de Renda e CSLL
(22.000,00)
(=) Lucro Líquido do Exercício
88.000,00
Outras informações:
• O Resultado Operacional é igual ao Lucro antes do Imposto de Renda.
• O Imposto de Renda e a CSLL foram devidamente calculados com
base no Lucro Real apurado no LALUR.
• Giro do ativo = 4.
Considerando exclusivamente as informações apresentadas e os
termos da análise das demonstrações contábeis, o percentual da taxa
de retorno sobre o ativo (rentabilidade) da companhia, em 2013, é
(A) 20,0% (B) 22,0% (C) 60,0% (D) 66,0% (E) 70,4%
12
FÓRMULA DE PREVISÃO DE FALÊNCIA
35
36
A análise discriminante leva obtenção dos pesos e ao fornecimento de
uma nota final que, comparada a uma escala de avaliação, dará a
classificação de risco da empresa.
A insolvência de uma empresa ocorre pela incapacidade de solver suas
obrigações, ou seja, pela falta de dinheiro no momento de vencimento
de uma dívida.
A falta crônica de dinheiro e a perspectiva a longo prazo de
agravamento da insuficiência de entradas em caixa em face das saídas
comprometidas caracteriza a insolvência, cujas soluções só podem ser
a concordata ou a falência.
Via de regra, a falta de dinheiro a curto prazo deve-se a cinco motivos:





Desempenho de vendas aquém do esperado;
Falta de controle das despesas;
Prejuízos;
Má administração do Ativo e Passivo Circulantes;
Excesso de investimentos em Ativos (Investimento, Imobilizado e
Intangível).
Toda empresa tem um fluxo de caixa – movimento de entrada e saída
de caixa – em que as entradas naturalmente se equilibram com as
saídas. Essa harmonia é quebrada quase sempre por uma daquelas
cinco hipóteses e só será corrigida se a empresa for capaz de obter os
empréstimos adicionais necessários.
FATOR DE INSOLVÊNCIA – Avalia a solvência da empresa.
Modelo desenvolvido por Stephen Charles Kanitz
36
37
Índices
X1 – Rentabilidade do PL = LL / PL x 0,05
X2 – Liquidez geral = AC + RLP / ET (PC + ELP) x 1,65
X3 - Liquidez Seca = AC-E-DPA / PC x 3,55
X4 – Liquidez Corrente = AC / PC x 1,06
X5 – Grau de Endividamento = ET / PL x 0,33
Fator = X1 + X2 + X3 – X4 – X5
Entre zero e 7 = Empresa está solvente
Entre -3 e zero= Empresa está em dúvida
Entre -7 e –3 = Empresa está insolvente
Exercícios
37
38
1. O modelo desenvolvido por Stephen C. Kanitz, utilizando a
metodologia de análise discriminante, para mensurar a solvência de
uma empresa é constituído pela seguinte fórmula:
FI = 0,05 X1 + 1,65 X2 + 3,55 X3 – 1,06 X4 – 0,332 X5
Onde:
FI = fator de insolvência
X1 = lucro líquido / patrimônio líquido
X2 = (ativo circulante + realizável a longo prazo) / passivo
exigível
X3 = (ativo circulante – estoques) / passivo circulante
X4 = ativo circulante / passivo circulante
X5 = exigível total / patrimônio líquido
No modelo, quanto maior o valor de FI, mais solvente é a
empresa. Logo, pode-se afirmar que a empresa será mais
solvente, segundo esse modelo,
a. quanto menor for seu retorno sobre o patrimônio líquido.
b. quanto maior for seu índice de liquidez corrente.
c. quanto maior for seu índice de participação de capital de terceiros.
d. quanto maior for seu índice de liquidez seca.
e. quanto maior for seu índice de liquidez geral.
2. Uma empresa apresentou uma variação do capital circulante
líquido negativa no exercício social de 2011 e, a partir de uma
análise da situação, solicitada por sua Diretoria, constatou que
houve uma sensível redução do contas a receber, em função de
uma nova política de financiamento de clientes e, por outro
lado, houve um aumento do prazo médio de pagamento aos
fornecedores, ampliando o contas a pagar, tudo isso em um ano
em que o lucro aumentou muito. Mesmo tendo sido observado
um aumento das disponibilidades, ainda o capital circulante
líquido apresentou variação negativa. Nas conclusões da
análise da situação financeira, é correto que o analista da
empresa conclua que a variação negativa do capital circulante
líquido foi um fator:
a) positivo, pois liberou recursos para investimentos, tendo
permitido a empresa crescer a sua planta instalada sem se
financiar junto às instituições financeiras.
38
39
b) intermediário, porque houve aumento na disponibilidade, apesar
da piora no ativo de contas a receber e no passivo de contas a
pagar, em função da redução verificada no primeiro e do
aumento, no segundo.
c) negativo, porque diminuiu o índice de liquidez corrente da
empresa.
d) negativo, porque além da empresa perder ativo de contas a
receber aumentou o passivo de contas a pagar a fornecedores.
e) negativo, porque aumentou as disponibilidades de dinheiro
parado, que deveria estar aplicado no negócio, diminuiu o ativo
de contas a receber e aumentou o passivo de contas a pagar a
fornecedores.
3.
A análise de demonstrações contábeis envolve vários
aspectos, como a estrutura de capitais, a situação econômica
ou de rentabilidade e a situação financeira. Vários indicadores
são utilizados sobre elementos patrimoniais ou estáticos, sobre
elementos dinâmicos ou de fluxo, como a demonstração do
resultado e a demonstração do fluxo de caixa, e sobre ambos.
Sempre que se fizer uma análise a respeito de elementos
estáticos é preciso alguns cuidados para evitar o juízo
inadequado, especialmente quanto a índices de liquidez e de
endividamento. Um índice de liquidez elevado nem sempre é
bom e um de liquidez baixo nem sempre é ruim; tudo depende
do fluxo de caixa. Um endividamento alto pode ser bom, se o
custo do dinheiro produzir uma alavancagem positiva e a
situação de caixa estiver equilibrada. Da mesma forma, um
endividamento baixo, com alavancagem financeira positiva,
pode ser ruim. Em consonância com esse assunto, assinale a
opção correta.
a. Um índice de liquidez de uma empresa de 0,70 indica uma situação
sofrível, independentemente do seu ramo de atividade.
b. Uma liquidez absoluta de 0,01 é sofrível, mesmo considerando que
a empresa esteja operando com rentabilidade elevada, que tenha
um fluxo de caixa equilibrado e que esse quociente se apresente
assim apenas em um determinado mês.
c. A imobilização de capitais próprios de 0,30 é excelente, já que gera
sobras para formar uma liquidez forte. Mesmo considerando o caso
de um mercado em expansão e de uma empresa com excelente
39
40
rentabilidade, não é recomendável elevar o grau de imobilização,
para garantir sobras de capital de giro.
4. Acerca da interpretação de indicadores financeiros,
econômicos e patrimoniais, assinale a opção correta.
a. Em uma empresa que tenha necessidade de capital de giro
próprio para operar o seu negócio, quanto maior for o seu índice
de imobilização de capital próprio, melhor será para ela.
b. Do ponto de vista de segurança para terceiros que avaliam o
risco de uma empresa, quanto menor for seu índice de liquidez
corrente, melhor será para ela.
c. Para uma empresa que atue no ramo de comércio de
mercadorias a varejo e tenha vendas elevadas e boa margem de
lucro, quanto mais próximo for o seu índice de liquidez seca do
índice de liquidez corrente, melhor será para ela.
d. Do ponto de vista de folga para o fluxo de caixa de uma empresa,
quanto maior for a sua participação de passivo circulante no total
do passivo, melhor será para ela.
5. Solvência Geral indica a capacidade de cobertura que os ativos têm
para cobrir todos os passivos, sendo apurada pela seguinte fórmula:
40
41
SG = ATO
CTER
Onde:
SG = Solvência Geral
ATO = Ativo Total
CTER = Capital de Terceiros
Analisando os balanços de uma companhia de capital aberto,
publicados em janeiro de 2012, referentes aos exercícios findos em 31
de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2011, um analista apurou
os seguintes índices de solvência geral:
Indicador
Solvência Geral (SG)
31/dezembro/2010
2,000
31/dezembro/2011
4,000
Considerando exclusivamente os indicadores recebidos e a boa técnica
de análise de balanço, apresente e explique a variação ocorrida na
estrutura de capitais de 2011, em relação a 2010.
EBITDA
Reinaldo Luiz Lunelli
41
42
Um indicador financeiro bastante utilizado pelas empresas de capital
aberto e pelos analistas de mercado é o chamado EBITDA, cujo
conceito ainda não é claro para muitas pessoas.
A sigla corresponde a "Earning Before Interests, Taxes, Depreciation
and Amortization", ou seja, lucro
antes dos juros, impostos,
depreciação e amortização.
CONCEITO
Em linhas gerais, o EBITDA representa a geração operacional de caixa
da companhia, ou seja, o quanto a empresa gera de recursos apenas
em suas atividades operacionais, sem levar em consideração os efeitos
financeiros e de impostos.
Difere do EBIT, conhecido como o lucro na atividade, no que se refere
à depreciação e amortização, pois o EBIT considera estes efeitos
contábeis.
A utilização do EBITDA ganha importância, porque analisar apenas o
resultado final da empresa (lucro ou prejuízo) muitas vezes tem sido
insuficiente para avaliar seu real desempenho em um dado período, já
que muitas vezes é influenciado por fatores difíceis de serem
mensurados.
CÁLCULO DO EBITDA
Um primeiro passo é calcular o lucro operacional, que, de acordo com
o critério utilizado no Brasil, é obtido como a subtração, a partir da
receita líquida, do custo das mercadorias vendidas (CMV), das
despesas operacionais e das despesas financeiras líquidas (despesas
menos receitas com juros e outros itens financeiros). Vale lembrar que
a definição de lucro operacional em boa parte do mundo exclui o
resultado financeiro.
42
43
Já para calcular o EBITDA, é preciso somar ao lucro operacional a
depreciação
e
amortização
inclusas
no
CMV
e
nas
despesas
operacionais. Isso porque essas contas não representam saída de caixa
efetiva no período.
Em resumo, a depreciação de um equipamento quantifica a perda de
sua capacidade produtiva graças ao uso ou tempo, e, portanto, a perda
de seu valor para a empresa. Essa perda, vale ressaltar, é apenas
econômica e não financeira, ou seja, não há um desembolso efetivo do
recursos no período.
Outra conta que deve ser acrescentada no EBITDA é a despesa
financeira líquida, que foge do escopo de análise do indicador, ou seja,
de efetivo desempenho operacional. Assim, para o cálculo do EBITDA,
adicionam-se os juros, depreciação e amortização ao Lucro Operacional
Líquido antes dos impostos.
Vale lembrar que muitas empresas já publicam diretamente o
indicador, que não é de divulgação obrigatória de acordo com as regras
da CVM. Isso tende a facilitar a análise, embora muitos analistas
critiquem as diferentes metodologias adotadas, principalmente em
relação a itens extraordinários.
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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS