UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO BIOMÉDICO FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS Curso de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental - CLINEX Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos Sobre o Sistema Nervoso Simpático, Níveis Séricos de Leptina, Pressão Arterial e Perfil Metabólico em Obesos Hipertensos A NTONIO F ELIPE S ANJULIANI Rio de Janeiro 2003 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO BIOMÉDICO FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS Curso de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental - CLINEX Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos Sobre o Sistema Nervoso Simpático, Níveis Séricos de Leptina, Pressão Arterial e Perfil Metabólico em Obesos Hipertensos A NTONIO F ELIPE S ANJULIANI Tese apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental da Universidade do Estado do Rio de Janeiro para obtenção título de doutor em ciências Orientador: Professor Doutor Emílio Antonio Francischetti Rio de Janeiro 2003 FICHA CATALOGRÁFICA ©reprodução autorizada pelo autor Sanjuliani, Antonio Felipe Ações de um agonista de receptores imidazolínicos sobre o sistema nervoso simpático, níveis séricos de leptina, pressão arterial e perfil metabólico em obesos hipertensos / Antonio Felipe Sanjuliani. – Rio de Janeiro, 2003. xvi, 121 p. Orientador: Emílio Antonio Francischetti Tese (Doutorado) – Universidade da Estado do Rio de Janeiro, Centro Biomédico, Curso de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental. 1. Hipertensão arterial. 2. Obesidade. 3. Sistema nervoso simpático. 4. Insulina. 5. Leptina. 6. Moxonidina. I. Francischetti, Emílio Antonio. II. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Centro Biomédico. Curso de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental. III. Título. ii UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO BIOMÉDICO FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS Curso de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental - CLINEX Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos Sobre o Sistema Nervoso Simpático, Níveis Séricos de Leptina, Pressão Arterial e Perfil Metabólico em Obesos Hipertensos ANTONIO FELIPE SANJULIANI Orientador: Professor Doutor Emílio Antonio Francischetti Aprovada em _____ de ____________ de 2003 pela banca examinadora: Professor Doutor Emanuel Burdmann Professor Doutor Carlos Eduardo Negrão Professor Doutor Frederico Ruzany Professor Doutor Egberto Gaspar de Moura Professor Doutor Emilío Antonio Francischetti Rio de Janeiro 2003 iii “L’exploration fonctionnelle du sympathique en clinique est un simple dérivé de l’expérimentation; inversement bien des interventions pratiquées sur l’Homme ont servi au progrès de nos connaissances physiologiques, nous révélant souvent une complexité que la simple expérimentation de laboratorie ne permettait pas d’entrevoir” Paul Chauchard Le Système Nerveux Sympathique, 1949. iv DEDICATÓRIA Aos meus pais, Oliver e Guiomar Que dedicaram a vida a seus filhos. A Maria Cecília e Maria Clara, por tudo. v AGRADECIMENTOS Há 11 anos, ao término de minha dissertação de mestrado deixei registrado: “Ao professor Emílio Antonio Francischetti, um verdadeiro professor, que acreditando em mim me fez crescer cientificamente, seus ensinamentos e postura acadêmica estão marcados de forma indelével na minha formação científica e profissional”. Poucas vezes se é permitido há alguém o mesmo sentimento e a percepção dos mesmos ideais muitos anos depois. O privilégio de 22 anos de convívio me dá novamente a oportunidade, de ora ratificar, a escrita de 11 anos atrás e novamente deixar minha gratidão ao professor Francischetti. Essa gratidão passa não somente pela sua participação direta e presente em todas as fases dessa pesquisa, mas também por sua compreensão e paciência em momentos difíceis de minha vida. vi AGRADECIMENTOS A professora Virginia Genelhu de Abreu por sua valiosa e ativa participação na elaboração do projeto que motivou a execução desse trabalho. Ao professor José Uelers Braga, que prontamente nos auxiliou de forma inestimável no domínio de metodologias de pesquisa e no trabalho estatístico desenvolvido nesta tese. Ao Dr André Thomas Feher, diretor médico da Eli Lilly do Brasil e ao Dr Salvador Garcia de Quevedo Perez, na época da execução desse estudo, gerente de pesquisa clínica da Eli Lilly do Brasil, o nosso profundo agradecimento pelo apoio as nossas pesquisas. Ao nutricionista Sergio Girão Barroso, que juntamente comigo teve a árdua mas, certamente a mais gratificante tarefa, de acompanhar todos os pacientes ao longo do estudo, sendo o responsável direto pela avaliação nutricional dos pacientes. A bióloga Maria de Lourdes Guimarães Rodrigues, companheira de laboratório, pelo auxílio direto no processo de mensuração das variáveis bioquímicas e hormonais apresentadas neste trabalho. A Eliane Soares da Silva, pela participação efetiva no controle de qualidade do preenchimento dos prontuários, no apoio logístico e contato com os pacientes e, muitas vezes por ”aturar o meu mau humor”. Ao Cláudio Sergio Correa Lau pelo auxílio técnico no Laboratório do Clinex, e sobretudo por sempre se mostrar disponível e pronto para nos auxiliar em quaisquer tarefas desse estudo. Ao professor Gerson Noronha Filho pela arte de ouvir e ao Dr Jorge Strogof, colega de doutorado, pelo agradável convívio. vii AGRADECIMENTOS A Renata Pereira Saboya de Castro, aluna de iniciação científica, pela participação em várias fases das técnicas laboratoriais utilizadas nessa pesquisa. Aos funcionários do Clinex: Ligia Domingues , Amélia Gomes e Rubens Silva pela ajuda sempre presente. Ao Centro de Estudos Américo Piquet Carneiro, que me proporcionou as condições financeiras básicas, sem as quais este trabalho não passaria de um projeto. Aos pacientes o meu respeito e profunda consideração. viii LISTA DE TABELAS TABELA 1 - Dados demográficos e características dos pacientes 45 TABELA 2 - Valores médios da pressão arterial e freqüência cardíaca 49 TABELA 3 - Valores médios da pressão arterial sistólica, diastólica e média avaliadas pela monitorização ambulatorial da pressão arterial 50 TABELA 4 - Valores médios das sobrecargas sistólica e diastólica, avaliadas pela monitorização ambulatorial da pressão arterial 50 TABELA 5 - Valores médios das catecolaminas plasmáticas 52 TABELA 6 - Valores médios da glicemia em jejum e após sobrecarga de glicose, triglicérides, colesterol, HDL colesterol e LDL colesterol 54 TABELA 7 - Leptina, insulina de jejum e após sobrecarga de dextrosol 54 TABELA 8 - Sódio urinário e sérico, potássio urinário e sérico e creatinina sérica 58 TABELA 9 - Índice de massa corpórea, relação cintura quadril, percentual de gordura, circunferência do quadril e cintura e pregas biceptal, triceptal, subescapular e suprapúbica 59 ix LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 – Correlações entre: (a)índice de massa corpórea e leptina, (b)insulina em jejum e leptina e (c)insulina em jejum e triglicérides 47 FIGURA 2a – Catecolaminas plasmáticas grupo moxonidina 52 FIGURA 2b - Catecolaminas plasmáticas grupo amlodipina 53 FIGURA 3 - (a)níveis de leptina, (b)Insulina-jejum e após sobrecarga de dextrosol 55 FIGURA 4 - (a)Atividade plasmática de renina, (b)Aldosterona sérica 56 FIGURA 5 - Redução nos níveis de: (a)noradrenalina pós deambulação, (b)Leptina e (c)Insulina em Jejum, nos pacientes que receberam moxonidina e tiveram a pressão arterial controlada 60 x LISTA DE ABREVIATURAS APR Atividade Plasmática de Renina EPM Erro Padrão da Média FC Freqüência Cardíaca HA Hipertensão Arterial HPLC High-Performance Liquid Chromatography HOMA Homeostasis Model Assessment IMC Índice de Massa Corpórea KU Concentração Urinária de Potássio MAPA Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial MC4-R Melanocortin-4 receptors MSNA Muscle Sympathetic Nerve Activity NaU Concentração Urinária de Sódio NA Noradrenalina NYHA New York Heart Association NPY Neuropeptídeo Y PA Pressão Arterial PAD Pressão Arterial Diastólica PAM Pressão Arterial Média PAS Pressão Arterial Sistólica POMC Pro-opiomelanocortina PNA Peptídeo Natriurético Atrial SHR Spontaneous Hypertensive Rats SNC Sistema Nervoso Central SNS Sistema Nervoso Simpático SRA Sistema Renina Angiotensina TNF-α Tumor Necrosis Factor α-MSH α-Melanocyte-Stimulating Hormone xi RESUMO Sanjuliani AF. Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos Sobre o Sistema Nervoso Simpático, Níveis Séricos de Leptina, Pressão Arterial e Perfil Metabólico em Obesos Hipertensos. Rio de Janeiro, 2003. 121P. Tese (Doutorado) - Curso de PósGraduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental – Clinex. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 1. Contexto: a obesidade esta presente em aproximadamente 70% dos pacientes com hipertensão arterial primária. Estudos clínicos, epidemiológicos e experimentais mostram associação entre obesidade, hipertensão, hiperatividade simpática, resistência à insulina, dislipidemia, hiperleptinemia e ativação do sistema renina-angiotensina. 2. Objetivo: Avaliar, em hipertensos obesos, os efeitos da administração de um agonista de receptor imidazolínico (moxonidina) sobre o sistema nervoso simpático, pressão arterial, perfil lipídico e glicídico, níveis de leptina e sistema renina-angiotensina, comparando-os com os efeitos de um antagonista de cálcio di-hidropiridínico (amlodipina). 3. Tipo de estudo: clínico, paralelo e randomizado. 4. Casuística: 40 pacientes obesos e portadores de hipertensão arterial primária, de ambos os sexos, com idade entre 27 a 63 anos. 5. Local do estudo: Clínica de Hipertensão e Laboratório de Fisiopatologia Clínica e Experimental – Clinex. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. xii 6. Variáveis estudadas: pressão arterial, adrenalina e noradrenalina venosa e arterial, glicemia, insulina, HOMA, colesterol, HDL-colesterol, LDL-colesterol, triglicérides, leptina, atividade plasmática de renina, aldosterona, diurese, natriurese, índice de massa corpórea e pregas cutâneas. 7. Resultados: a moxonidina e a amlodipina reduziram de forma significativa a pressão arterial avaliada pelo método convencional e pela monitorização ambulatorial da pressão arterial durante 24h e não modificaram a freqüência cardíaca. Registramos redução da pressão arterial sistólica (p<0,005), diastólica (p<0,005) e média (p<0,005) após 24 semanas do uso da moxonidina. Observamos diminuição na concentração plasmática de adrenalina arterial (p<0,005), noradrenalina venosa supina (p<0,01) e noradrenalina venosa póscaminhada (p=0,03) após a administração de moxonidina; essas variáveis não se alteraram com a amlodipina. Os níveis de leptina variaram de 27,18±3,5 para 22,61±2,9 pg/ml (p<0,05) e os de insulina 120 minutos após dextrosol de 139,7±31,2 para 76,03±15,2 U/ml (p<0,05) após a utilização do agonista de receptor imidazolínico, não havendo modificações dos mesmos com a amlodipina. A atividade plasmática da renina e a aldosterona sérica não se modificaram após o uso da moxonidina, entretanto a amlodipina elevou de forma significativa a atividade plasmática da renina (p=0,03). As demais variáveis avaliadas não se modificaram de forma significativa após ambos os hipotensores. 8. Conclusões: os resultados do nosso estudo mostram que a moxonidina tem um efeito hipotensor semelhante à amlodipina, reduz a atividade simpática, interfere favoravelmente sobre a resistência à insulina e diminui os níveis séricos de leptina. xiii ABSTRACT Sanjuliani AF. Actions of an Imidazolinic Receptor Agonists on the Sympathetic Nervous System, Serum Levels of Leptin, Blood Pressure, Metabolic Profile in Obese Hypertensive Patients. Rio de Janeiro, 2003. 121P. Tese (Doutorado) - Curso de PósGraduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental – Clinex. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 1. Context: obesity may account for as much as 70% of the patients with primary hypertension. Clinical, epidemiological and experimental studies have shown an association between obesity, hypertension, heightened sympathetic nervous system activity, insulin resistance, dyslipidemia, hyperleptinemia, and activation of the renin-angiotensin system. 2. Objective: to evaluate in obese hypertensive patients the effects of moxonidine, an agonist of selective imidazoline receptor agent, and the calcium channel blocker, amlodipine on the sympathetic nervous system, blood pressure, glucose and lipid metabolism profile, leptin levels and renin-angiotensin system. 3. Type of the study: randomized, parallel and clinical. 4. Casuistic: forty obesity hypertensive patients with primary hypertension, both gender and age between 27 and 63 years old. 5, Site of the study: Clinical and Experimental Pathophysiological Laboratory – Clinex. Rio de Janeiro State University. xiv 6. Variables Studied: blood pressure, arterial and venous adrenaline and noradrenaline, glucose, insulin, HOMA, cholesterol, HDL-cholesterol, LDLcholesterol, triglycerides, leptin, plasma renin activity, aldosterone, diuresis, natriuresis, body mass index and skin fold. 7. Results: moxonidine and amlodipine reduced significantly blood pressure without affecting heart rate when they were assessed by the conventional method and twenty-four-hour blood pressure monitoring. Moxonidine therapy decreased systolic (p<0,005), diastolic (p<0,005) and mean (p<0,005) blood pressure. We observed a reduction of the arterial plasma levels adrenaline (p<0,005), supine venous levels noradrenalin (p<0,01) and after walking upright venous levels of noradrenaline, after moxonidine; these variables were not changed by amlodipine. Serum leptin levels and 120 minutes insulin serum levels after dextrosol decreased after moxonidine from 27,18±3,5 to 22,61±2,9 pg/ml (p<0,05) and from 139,7±31,2 to 76,03±15,2 U/ml (p<0,05) respectively. Both variables did not change with amlodipine. There were no alterations in plasma renin activity, and serum aldosterone after moxonidine, however amlodipine increased significantly the plasma renin activity (p=0,03). Moxonidine and amlodipine had no significantly effect on the others variables. 8. Conclusion: The results of our study showed a comparable reduction of blood pressure with both anti-hypertensive drugs. Moxonidine decreased sympathetic nervous activity, improved insulin resistance and reduced the serum levels of leptin. xv SUMÁRIO Página LISTA DE TABELA ix LISTA DE ILUSTRAÇÕES x LISTA DE ABREVIATURAS xi RESUMO xii ABSTRACT xiv 1. INTRODUÇÃO 01 1.1. Atividade do sistema nervoso simpático na hipertensão associada à obesidade 1.1.1. Métodos de avaliação de atividade do sistema nervoso simpático 03 06 1.2. Resistência à insulina como possível causa de hipertensão em obesos 10 1.3. Leptina, obesidade e Síndrome Hipertensiva Metabólica 11 1.3.1. Adipocitocinas recentemente identificadas: adiponectina e resistina 1.4. O sistema renina-angiotensina e a hipertensão do obeso 16 17 1.5. Agonistas de receptores imidazolínicos e atividade do sistema nervoso simpático 20 2. OBJETIVOS 25 3. CASUÍSTICA 27 3.1. Pacientes 28 3.2. Critérios de inclusão 29 3.3. Critérios de exclusão 29 4. DESENHO DO ESTUDO E PLANO DE TRABALHO 30 5. MÉTODOS 36 6. RESULTADOS 44 7. DISCUSSÃO 61 8. CONCLUSÕES 78 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 81 ANEXOS 94 xvi Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO 1. INTRODUÇÃO 1 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO 1. Introdução A obesidade tem sido apontada como um dos fatores mais importantes de elevação da pressão arterial (PA) em muitos pacientes com hipertensão arterial essencial (HA) (Havlik e cols., 1983; Alexander e cols., 1983). Estudos epidemiológicos têm mostrado correlação significativa entre o excesso de peso e a pressão arterial em normotensos e hipertensos (Sims e cols., 1979; Stamler e cols., 1978), enquanto trabalhos experimentais confirmam a hipótese de que o ganho de peso, ao longo de várias semanas, eleva a pressão arterial e, em contrapartida, sua redução pode controlar os níveis pressóricos (Rocchini e cols., 1989, Hall e cols., 1993a; Salzano e cols., 1958). Observações clínicas e trabalhos experimentais sobre a relação obesidade e hipertensão apontam diversos e complexos mecanismos para explicar esta associação. A hipertensão e resistência a insulina são duas condições comuns e freqüentemente coexistem em obesos (Reaven e cols., 1988). Quando se agregam à dislipidemia e obesidade central, induzem elevado risco de doença cardiovascular. Essa constelação de fatores de risco recebe inúmeros epônimos tais como Síndrome X, Síndrome da Resistência a Insulina, Síndrome Hipertensiva Metabólica, Síndrome do Novo Mundo e quarteto da morte (Reaven e cols., 1988; De Fronzo e cols., 1991; Julis e cols., 1992; Modan e cols., 1985; Ferrannini e cols., 1991; Landersberg e cols., 1992; Zimmet e cols., 1992; Zimmet, 1993; Kaplan, 1889). Temse atribuído à resistência à insulina um importante papel causal pela sua associação 2 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO com a hiperatividade simpática (Bonadona e cols., 1990). O aumento da atividade do sistema nervoso simpático (SNS) em situações em que ocorre hiperinsulinemia e obesidade tem sido descrito em estudos epidemiológicos, clínicos e experimentais (Rowe e cols., 1981). Não obstante, as vias dessa inter-relação não estão plenamente estabelecidas, possivelmente por não se conhecer as mudanças seqüenciais no comportamento de sistemas neuro-endócrinos que participam na regulação do processo de ganho de peso. Receptores imidazolínicos, localizados no sistema nervoso central (SNC) e em órgãos como o pâncreas, rim e glândulas adrenais quando estimulados exercem ação modulatória sobre o SNS, controlando os níveis de catecolaminas circulantes e tissulares (Van Zwieten e cols., 1996). Portanto, a hipótese de que um modulador desses receptores possa ser instrumento para esclarecer a complexa fisiopatologia da síndrome hipertensiva justifica a presente proposta. 1.1. Atividade do Sistema Nervoso Simpático na Hipertensão Associada à Obesidade As investigações realizadas nos últimos 15 anos apontam para uma nítida relação entre a ingesta alimentar e o SNS. O jejum suprime, enquanto a plenitude de ingestão calórica estimula o SNS (Young e cols., 1982), servindo a insulina de elo de ligação entre a estado nutricional e a atividade simpático-adrenérgica (Landsberg e 3 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO cols., 1985a). Os neurônios sensíveis à glicose e insulina relacionam-se anatomicamente na porção ventromedial do hipotálamo intervindo na atividade de vias inibitórias entre o hipotálamo e os centros simpáticos do tronco cerebral (Landsberg e cols., 1994). Durante o jejum, discretas diminuições da glicemia e dos níveis de insulinemia reduzem o metabolismo celular da glicose regulado pela insulina. Como conseqüência, as vias inibidoras do tronco cerebral são estimuladas e a atividade simpática fica suprimida. Durante o consumo de alimentos ou em condições de resistência à insulina, ocorre o contrário: as vias inibidoras diminuem, havendo aumento da atividade de centros simpáticos tonicamente ativos do tronco cerebral. Nesta circunstância, o estímulo do simpático via elevação dos níveis de insulina atua sobre a termogênese, dissipando energia, contrapondo-se a possibilidade de surgimento de obesidade (Landsberg e cols., 1985b) Dados do Normative Aging Study, demonstraram aumento da atividade do SNS relacionada à obesidade e à distribuição corporal de gordura (Troisi e cols., 1991) Nesse estudo, os pacientes com maiores concentrações séricas de insulina e glicose em jejum, excretavam níveis superiores de noradrenalina (NA) na urina, quando comparados à aquelas com valores inferiores de insulina e glicose séricos (Ward e cols., 1993). Admitindo-se que a excreção urinária de noradrenalina reflete a atividade do SNS poder-se-ia postular que a insulina mediaria o estímulo simpático em obesos e que, tanto a insulina como a atividade simpática estariam relacionadas a hipertensão (Ward e cols., 1993). Além disso, vários estudos têm indicado que a 4 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO perda de peso pela instituição de dieta hipocalórica reduz a atividade simpática (Tuck, 1992; Landsberg e cols., 1992). Contudo, alguns investigadores não têm encontrado evidências de que o SNS estaria mais ativado na obesidade (Peterson e cols., 1988; Bray e cols., 1986) o que aponta para a necessidade de se promover novos estudos na área. Em 1985, fundamentado nas considerações acima descritas, Landsberg e cols (1985b) propuseram a hipótese que a resistência à insulina em obesos, via aumento da atividade do SNS, atuaria como mecanismo estabilizador do peso corporal e dispêndio de energia. A resistência à insulina limitaria o armazenamento de triglicérides no tecido adiposo e glicogênio na musculatura esquelética (Landsberg e cols., 1985a). Por sua vez, no organismo como um todo, a hiperatividade simpática associada à hiperinsulinemia, agiria compensando o dispêndio de energia, limitando o ganho de peso. Contudo, a manutenção crônica dessa situação, isto é da hiperinsulinemia e da hiperatividade simpática, acabaria por facilitar o desenvolvimento de um estado pró-hipertensivo, pela maior reabsorção tubular de sódio nos rins, aumento do débito cardíaco e vasoconstricção arteriolar (Landsberg e cols., 1989; 1992). Outros autores apontam um sentido oposto nos mecanismos que iniciam a hipertensão relacionada a obesidade, propondo que a hiperatividade do SNS seria a causa primária da resistência à insulina, hiperinsulinemia e elevação da pressão arterial (Julius e cols., 1992, 1994, 2000). Postulam que o aumento da atividade simpática na musculatura esquelética causaria vasoconstricção neurogênica, 5 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO reduzindo o fluxo sanguíneo para a musculatura e conseqüentemente induzindo um estado de resistência insulínica. Por outro lado, propõem-se que o estímulo crônico do SNS causaria down regulation dos receptores β adrenérgicos o que reduziria sua responsividade em termos de gasto energético, levando a perda da capacidade de dissipar o excesso de calorias nos obesos hipertensos (Julius e cols., 2000). 1.1.1. Métodos de Avaliação da Atividade do Sistema Nervoso Simpático Mensuração de catecolaminas urinária e plasmática A atividade do SNS tem sido avaliada através da excreção urinária de noradrenalina ou adrenalina e seus precursores ou metabólitos (Esler e cols., 1988; Hoeldtke, 1983). Esse método mostra apenas um momento estático da função simpática o que dificulta a avaliação da resposta aguda aos estímulos adrenérgicos. Além do fato da excreção urinária de catecolaminas ser dependente da função renal, especificamente da taxa de filtração glomerular (Kopin e cols., 1985), torna-se difícil discriminar pela dosagem de noradrenalina na urina o que é derivado do plasma e da própria atividade simpática renal (Kopin e cols., 1985). Essa abordagem tem sido substituída pela quantificação das catecolaminas no plasma. A mensuração por cromatografia líquida de alta resolução (HPLC) é indiscutivelmente um avanço importante , sendo atualmente o método de estimativa da atividade simpática mais comumente utilizado em humanos (Grassi e cols., 1999). Algumas condições 6 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO fisiológicas como ortostatismo ou caminhada, durante curto intervalo de tempo, podem duplicar as concentrações de noradrenalina plasmática basal (Young e cols., 1981). Em contrapartida, o repouso e o sono, em posição supina, reduzem os níveis de catecolaminas (Esler cols., 1988; Kopin e cols., 1985; Mailing e cols., 1979). Microneurografia A microneurografia é o único método disponível em humanos para avaliar diretamente a atividade nervosa simpática muscular eferente pós-ganglionar (Vallbo e cols., 1979) e é considerado um dos métodos de quantificar a atividade do SNC (Grassi e cols., 1995). Através da inserção de um microeletrodo de tungstênio em nervos peronero ou braquial identificam-se e quantificam-se as descargas simpáticas espontâneas (Vallbo e cols., 1979). Mais de 30 anos de experiência mostram que as principais vantagens do método são prover uma direta e continuada avaliação da atividade adrenérgica da circulação da musculatura esquelética (MSNA) permitindo, assim, uma apreciação dinâmica do SNS (Vallbo e cols., 1979; Sugenoya e col, 1998). Embora invasivo é razoavelmente seguro, podendo ocorrer discreta parestesia, não duradoura, em menos de 10% dos pacientes (Ecberg e cols., 1989). Grassi e cols (1995) encontraram, através do método de MSNA, significativa ativação do SNS em obesos normotensos e hipertensos. As vantagens da microneurografia devem ser analisadas levando em conta algumas limitações: 1) as amplitudes de descargas não são facilmente comparáveis 7 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO entre indivíduos; 2) a musculatura regional representa apenas um segmento da circulação periférica, permanecendo a dúvida se esses dados representam o estado adrenérgico cardiovascular como um todo (Lambert e cols., 1997; Wallin, 1992, 1996). Cinética da noradrenalina plasmática A mensuração das catecolaminas plasmáticas embora forneça informações úteis sobre a atividade do sistema simpático tem algumas limitações, pois depende da concentração de noradrenalina em relação a taxa de remoção ou clearence desses neurotransmissores, não refletindo assim, somente o tônus simpático e secreção de noradrenalina (Esler e cols., 1988). A secreção de noradrenalina pelos neurônios pode ser estudada clinicamente utilizando-se a mensuração da taxa de aparecimento da noradrenalina plasmática do corpo como um todo – spillover total, ou de um órgão específico – spillover regional, utilizando-se um radiotraçador (Esler e cols., 1979). Estudos de spillover regional de noradrenalina melhoram consideravelmente a sensibilidade de avaliação da atividade simpática (Esler e cols., 1990). O cálculo do spillover de noradrenalina envolve múltiplas dosagens de noradrenalina venosa e arterial, além do cálculo de fluxos sanguíneos e hematócritos regionais e a infusão de noradrenalina marcada com radiotraçador (Grossman e cols., 1991). 8 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO Rumantir e cols (1999), utilizando essa técnica para quantificar a atividade simpática regional encontraram aumento do spillover renal de noradrenalina em obesos normotensos e hipertensos, independentemente da pressão arterial, enquanto o spillover cardíaco estava significativamente reduzido em obesos normotensos. Concluem que o aumento da atividade simpática renal em obesos tem importância central no desenvolvimento da HA. As principais limitações do método são: 1) necessidade de múltiplas mensurações, 2) grande variabilidade de valores individuais; 3) restrito a poucos laboratórios de pesquisa e 4) a limitação quanto ao número de pacientes (Dalila e cols., 1999). Análise espectral da freqüência cardíaca A mensuração da atividade simpática em humanos pode, também, ser realizada pela análise espectral da variabilidade da freqüência cardíaca (FC) que avalia a resposta simpática pós-sinaptica (Akselrod e cols., 1985). A análise espectral compreende dois componentes dominantes da freqüência: a freqüência elevada que reflete a atividade parassimpática e a freqüência baixa, especialmente se analisada em relação à freqüência elevada, que reflete a função simpática. Estudos em pacientes com hipertensão essencial mostram que o componente de baixa freqüência esta aumentado enquanto o de elevada freqüência esta reduzido ou ausente (Akselrod e cols., 1985). 9 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... 1.2. INTRODUÇÃO Resistência a Insulina como Possível Causa de Hipertensão em Obesos Esta hipótese fundamenta-se em achados de maiores níveis de insulinemia em hipertensos quando comparados a normotensos (Christlieb e cols 1985; Lucas e cols., 1987). Resultados de estudos agudos apontam que a insulína tem múltiplos efeitos sobre o rim, sistema cardiovascular e SNS que, quando mantidos, induzem hipertensão crônica (Landsberg, 1989; De Fronzo, 1981; Young, 1982). Porém, em humanos, elevações agudas e pronunciadas nas concentrações de insulina plasmática tem efeitos desprezíveis sobre a pressão arterial, embora a atividade simpática se manifeste pronunciadamente (Anderson e cols., 1992). É difícil extrapolar tais resultados para explicar a hipertensão de humanos obesos, já que doses farmacologicamente muito elevadas de insulina foram utilizadas nesses modelos. Experimentalmente, a hiperinsulinemia crônica não parece ter efeitos relevantes sobre a pressão arterial. A hipótese de que a presença da resistência à insulina seria o elemento principal para expressar a ação hipertensiva da insulina foi apontado em vários estudos (Hall e cols., 1995). O fato da hiperinsulinemia não aumentar a pressão arterial em animais e humanos normais pode ser decorrente do efeito vasodilatador da insulina, o qual tende a reduzir a pressão arterial e a ação hipertensora da insulina (Hall e cols., 1995). Hall e cols. (1995) mostraram que a hiperinsulinemia em cães normais provoca significativa diminuição da resistência vascular periférica e aumento do débito cardíaco. Achados semelhantes foram 10 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO encontrados em humanos normais, onde a hiperinsulinemia crônica também reduz a resistência vascular periférica (Anderson e cols., 1991; 1992). Em contraste, a ação vasodilatadora periférica da insulina está diminuída ou abolida em indivíduos com resistência à insulina (Laskso e cols., 1990; Anderson e cols., 1993; Vollenweider e cols., 1994). Estudos populacionais não registram correlação ou esta correlação é discreta e não significativa entre pressão arterial e os níveis de insulinemia (Grugni e col., 1990; Asch e cols, 1991). O assunto, porém, continua controverso até pela ausência de uniformidade na metodologia de mensuração das concentrações de insulina, sendo numerosos os trabalhos em que os níveis de insulina não expressam especificamente a atividade do hormônio por mostrarem reatividade cruzada com a pro-insulina superior a 30%. 1.3. Leptina, Obesidade e Síndrome Hipertensiva Metabólica A descoberta em 1994 do gene ob, e a clonagem de seu produto genético, a leptina, pelo grupo de Friedman, da Rockefeller University, abriram as portas da pesquisa deste peptídeo produzido principalmente pelas células adiposas (Zhang e cols., 1994). Em camundongos ob/ob, a mutação genética é acompanhada de ausência de síntese de leptina, resultando em obesidade mórbida (Chen e cols.,1996). Entre outras ações, a leptina ativa receptores hipotalâmicos, inibindo a secreção de neuropetídeo Y (NPY), diminuindo o apetite e aumentando a termogênese pela ativação do SNS (Campfield e cols., 1995). No entanto, a rápida 11 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO elucidação de elos de ligação entre a leptina e outros neuropeptídeos, mostrou que a principal ação da leptina é o controle da homeostase energética. O gene do receptor da leptina humana está localizado no cromossomo 1p31 e codifica várias isoformas (Tartaglia e cols 1997). A forma longa do receptor (Ob-Rl) tem um domínio extracelular de 816 aminoácidos, um domínio transmembrana de 23 aminoácidos, e uma região citoplasmática de 303 aminoácidos (Tartaglia e cols 1997). É a forma expressa principalmente no hipotálamo e no núcleo arqueado do cérebro. A forma curta do receptor (Ob-Rs) é idêntica à forma longa, exceto por um domínio citoplasmático contendo apenas 34 aminoácidos (sendo 29 comuns aos da forma longa, e 5 diferindo). É uma isoforma amplamente distribuída, predominando no plexo coróide e nas leptomeninges (Considine e cols., 1996; Tartaglia e cols 1997). O tamanho do adipócito parece ser o principal determinante da quantidade de RNAm do gene ob, as células maiores expressando mais leptina do que as células menores isoladas de um mesmo indivíduo (Considine e cols., 1996). Além do tamanho das células adiposas, vários hormônios e agentes farmacológicos regulam a produção de leptina. A leptina correlaciona-se significativamente com as concentrações em jejum de insulina (Considine e cols., 1996). Porém, a leptina parece não se modificar em condições de clamping euglicêmico, hiperinsulinêmico padrão (2 horas), aumentando no clamping hiperinsulinêmico prolongado (Considine e cols., 1996). 12 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO A ação termogênica da leptina se dá pela ativação do SNS por intermédio de receptores adrenérgicos β-3 e pela regulação em nível mais alto do turnover de noradrenalina não só no tecido adiposo como em outros tecidos (Haynes e cols., 1997). A atividade simpática está reduzida em ratos fa/fa, que são resistentes à leptina. A ação da leptina sobre a atividade simpática estimula o gasto energético, portanto representa importante mecanismo de controle no desenvolvimento da obesidade (Haynes e cols. 1997). Outros órgãos como o pâncreas, fígado e pulmão (Tartaglai e cols., 1997; Ghilard, 1996) também expressam isoformas de receptores de leptina sugerindo que a proteína exerce funções fisiológicas em sítios outros além do SNC. Em estudo recente (De Courten e cols., 1997), encontrou-se em indivíduos obesos da Samoa Oriental associação independente entre níveis séricos de leptina e pressão arterial média (PAM). Neste mesmo estudo, comparando-se as variáveis da Síndrome Metabólica através tercis de concentração de leptina, observou-se níveis mais elevados de triglicérides, pressão arterial e LDL-colesterol, em homens que se encontravam no tercil superior de níveis séricos de leptina, quando comparados àqueles que estavam no tercil inferior, após ter-se ajustado os dados para a presença de obesidade e sensibilidade à insulina. Outros estudos confirmaram as observações dos obesos da Samoa apontando valores plasmáticos significativamente mais elevados de leptina em homens obesos quando comparados com os indivíduos do grupo controle, não obesos (Segal e cols., 1996), o que pode ser uma indicação de que em obesos haveria algum grau 13 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO de resistência aos efeitos da leptina. Porém, tem-se também observada grande variabilidade nos níveis de leptina em função dos graus de adiposidade, o que sugere que fatores genéticos e ambientais regulariam as concentrações da proteína (Haffner e cols., 1997). Discute-se, se os níveis séricos de leptina se relacionariam mais com o grau de adiposidade ou se seriam independentes dessa variável e guardariam associação com a resistência à insulina e intolerância à glicose (Haffner e cols., 1997, Turpeinen e cols., 1997). Numerosas observações experimentais têm sugerido que a hiperleptinemia poderia estar associada a hiperatividade simpática da obesidade. A infusão intravenosa e intracerebral de leptina aumenta a atividade simpática nos rins, adrenais e tecido adipócito marron (Haynes e cols., 1997, 1998). Em curto prazo, o efeito da leptina sobre a atividade simpática é dose dependente e ocorre na ausência de alterações nas concentrações plasmáticas de glicose e insulina (Haynes e cols., 1998). A despeito do aumento da atividade simpática em vários leitos vasculares, a administração de leptina tem discretas repercussões sobre os níveis da pressão arterial (Haynes e cols., 1997; 1998), embora se registre esses parâmetros nos estudos em que altas doses de leptina são injetadas no ventrículo cerebral (Castro e cols., 1998). A ausência do efeito pressor da leptina pode ser explicado pelo estímulo concomitante da proteína sobre a síntese de óxido nítrico derivado do endotélio (Lembo e cols., 2000). Por outro lado, mesmo modesto estímulo simpático renal pode, ao longo de vários dias, aumentar a pressão arterial por aumentar a reabsorção tubular de sódio. 14 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO Acreditava-se, até há pouco tempo, que a redução na formação do neuropeptídeo Y no hipotálamo seria o mediador primário dos efeitos da leptina sobre o apetite (Flier e cols., 1998a). A infusão de NPY no hipotálamo induz hiperfagia, redução da termogênese no tecido adiposo e, por fim, obesidade (Flier e cols., 1998a). A expressão do NPY também está aumentada em ratos obesos ob/ob deficientes de leptina e a repleção de leptina normaliza a expressão do NPY (Flier e cols., 1998a). Entretanto, a obesidade nesses ratos é severa inclusive em situações da ausência de expressão do NPY. Esses animais respondem normalmente aos efeitos sacietógenos da leptina, indicando que a leptina atua também em outros alvos no controle do apetite (Flier e cols., 1998a). Vários estudos sugerem que a leptina age no SNC, em parte, por um mecanismo mediado pelo hormônio estimulador de melanocortina (α-MSH) (Flier e cols., 1998b, Shirasaka e cols. 1999). A pro-opiomelanocortina (POMC) pode interagir com a leptina, estimular a atividade simpática e regular o balanço energético. A depleção de receptores da melanocortina-4 (MC4-R) induz a obesidade em ratos (Huszar e cols., 1997) e a administração central de agonistas de MCR-4 diminui a ingestão de alimentos (Fan e cols., 1997). O ligante endógeno do MCR-4 parece ser o hormônio estimulador do melanócito (α-MSH) produzido por precursores da POMC. A leptina aumenta a expressão do POMC no núcleo arqueado (Thornton e cols., 1994) e é possível que esse efeito faça parte de um mecanismo de feedback para o controle do apetite e da atividade simpática. O aumento da leptina associado a obesidade estimula tanto a expressão da POMC 15 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO pelo núcleo arqueado como a expressão do α-MSH que atuando no hipotálamo induzem expressão da MCR-4 levando a redução da ingestão de nutrientes e aumento da atividade simpática (Thornton e cols., 1994). 1.3.1. Adipocitocinas Recentemente Identificadas: Adiponectina e Resistina Além da leptina, o tecido adiposo sintetiza outras adipocitocinas como a adiponectina e a resistina. A desregulação dessas proteínas em pacientes obesos pode estar envolvida no desenvolvimento da resistência insulínica e dano vascular. A adiponectina é um produto do gene apM1, expresso especificamente no tecido adiposo humano (Maeda e cols., 1996). As concentrações plasmáticas de adiponectina e a expressão do RNAm estão reduzidas em humanos obesos, a despeito do aumento da adiposidade, e em pacientes com diabetes tipo II com resistência à insulina (Arita e cols., 1999; Hotta e cols., 2000). Estudos com clamp hiperinsulinêmico-euglicêmico mostram que o grau de hipoadiponectinemia esta fortemente relacionado com o grau de resistência insulínica (Weyer e cols., 2001; Hotta e cols., 2001). Estudos in vitro mostraram que a adiponectina atenua a expressão de adesão de moléculas na célula endotelial vascular induzida pelo fator de necrose tumoral α (TNF-α) e diminui a secreção do TNF-α de macrófagos e monócitos (Ouchi e cols., 2000; 2001). Esses resultados sugerem que a adiponectina pode atuar com agente anti-aterogênico. Outras observações apontam marcada redução na concentração de adiponectina em pacientes com doença 16 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO coronária e macroangiopatia secundária ao diabetes mellitus (Hotta e cols., 2000; Ouchi e cols., 2001). Recentemente, Steppan e colaboradores (2001) identificaram, em ratos, um novo hormônio produzido pelos adipócitos, a resistina. A resistina, é uma proteína com 114 aminoácidos, e parece ser um importante elo de ligação entre o aumento da massa de gordura e a resistência à insulina. Em ratos, a resistina está presente predominantemente no tecido adiposo branco e é detectável no soro, sugerindo que é secretada pelos adipócitos e atua em sítios distantes. Os estudos em ratos obesos que mostram níveis elevados de resistina e sua redução por rosiglitazona e outras tiazolidinediones, que aumentam a sensibilidade a insulina, colocam a resistina como um importante mediador da resistência insulina (Steppan e cols., 2001). Além disso, a injeção de anticorpos contra resistina, reduz os níveis de glicemia e melhoram a sensibilidade à insulina em ratos obesos e resistentes à insulina. A injeção de resistina em ratos piora a tolerância à glicose e induz resistência insulina (Steppan e cols., 2001). 1.4. O Sistema Renina-Angiotensina e a Hipertensão do Obeso A atividade plasmática da renina (APR) está significativamente aumentada em muitos pacientes obesos a despeito da acentuada retenção de sódio e do aumento de volume intravascular que esses pacientes apresentam (Hall e cols., 1993a; Tuck e cols., 1981). O estímulo para a retenção de sódio e elevação da PA, em obesos, 17 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO através do aumento nos níveis de angiotensina II, tem sido sugerido através de observações que mostram atenuação da retenção de sódio, da expansão de volume intravascular e do aumento da PA, em cães alimentados com dieta rica em gordura e submetidos a tratamento com antagonistas da angiotensina II (Hall e cols., 1997). Outros estudos experimentais registraram também que a utilização de inibidores da enzima conversora da angiotensina reduz a PA em cães obesos (Robles e cols., 1993). Estudos clínicos mostraram que os inibidores da enzima conversora da angiotensina são eficazes em reduzir a PA de pacientes jovens obesos com HA (Reisen e cols., 1997). Até o presente, não está totalmente esclarecido se o efeito da angiotensina II em aumentar a PA em hipertensos obesos seja decorrente de sua ação direta sobre os rins ou pela ativação do SNC. Existem consideráveis evidencias de que a angiotensina II tem ação direta sobre o SNC, incluindo até o estímulo da sede. Entretanto existem controvérsias a respeito da importância fisiológica da angiotensina II estar envolvida na regulação do SNC (Hall e cols., 2001). Estudos experimentais, em cães, mostraram que a APR eleva-se mais que 2 vezes durante o processo de ganho de peso desses animais em condições de dieta rica em gordura, a despeito de se observar importante retenção de sódio e aumento do volume extracelular (Hall e cols., 1993a). Isto provavelmente indica que um poderoso estímulo para a síntese de renina estaria presente durante o desenvolvimento da obesidade. Tem-se admitido que o aumento da reabsorção de sódio na alça de Henle, poderia ser esse estímulo via mecanismo de feedback 18 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO tubuloglomerular (Schnermann e cols., 1985; Kotchen e cols., 1984). Embora se desconheça a causa que levaria ao aumento de reabsorção tubular de sódio, especula-se sobre possíveis mudanças nas forças físicas intra-renais de indivíduos obesos que imporiam maior resistência ao fluxo tubular, causando lentidão na progressão do mesmo ao longo do néfron e favorecendo a maior reabsorção de sódio na porção delgada ascendente da alça (Hall, 1994). Hildebrandt e cols. (1993) mostram que a infusão de doses fisiológicas de angiotensina II na artéria vertebral aumenta a PA agudamente e até por um período de 24h. Entretanto, ainda não está documentado, se esses feitos são importantes na elevação e manutenção crônica da PA em indivíduos obesos. A célula adiposa é uma das poucas que além de sintetizar a angiotensina II, expressa o receptor AT1 em sua membrana plasmática (Cassis e cols., 1998a). Os níveis de RNAm de angiotensinogênio são quase tão elevados quanto aqueles do fígado (Saye e cols., 1993). Estudos recentes mostram que o tecido adiposo interescapular processa todas as etapas do processo enzimático do sistema renina-angiotensina (SRA) incluindo, as vias alternativas (Shenoy e cols., 1997). Embora essa característica não seja uniforme entre as espécies, o tecido adiposo humano expressa vários componentes do sistema, sendo possível que sua contribuição na modulação da homeostase circulatória seja importante (Schlking e cols., 1999). A infusão crônica de angiotensina II se acompanha de importante redução no peso e na ingestão de alimentos, possivelmente pela maior liberação de 19 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO noradrenalina, o que contribuiria para o aumento da atividade metabólica e elevação do dispêndio energético (Cassis e cols., 1998b). Resultados de pesquisa recente em que se avaliou a relação entre angiotensinogênio, leptina e níveis de pressão arterial em um grupo de jovens normotensos mostram que o substrato da renina se correlaciona significativamente com o índice de massa corporal (IMC), níveis plasmáticos de leptina e pressão arterial nos indivíduos com história familiar positiva de hipertensão arterial (Shorr e cols., 1998). Outro fato intrigante é a capacidade relativamente maior do tecido adiposo visceral em secretar os componentes do SRA. Isto poderia ser um dado a mais para justificar o maior risco cardiovascular associado à distribuição central da gordura (Haffner e cols., 1988). É possível que o menor risco de doença cardiovascular em mulheres se justifique, em parte, pela menor atividade do SRA de origem adiposa, quando comparada a de homens (Van Harmelen e cols., 2000). 1.5 Agonistas de Receptores Imidazolínicos e Atividade do Sistema Nervoso Simpático Há décadas tenta-se mostrar a associação entre a hipertensão essencial e o aumento da atividade simpática (Julius e cols., 1988,1991; Michel e cols., 1992) por intermédio de fármacos que atuam diminuindo a atividade do SNS não só centralmente, como através de vias neuronais e receptores periféricos. Em verdade, cada setor do SNS pode ser submetido a drogas inibidoras e que reduzem a 20 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO pressão arterial. Antagonistas de receptores α e β (Van Zwieten e cols., 1995; Fitzgerald e cols., 1984; Prichard e cols., 1995), agentes bloqueadores pósganglionares, ganglioplégicos (Boura e cols., 1984), e drogas, como a reserpina (Boura e cols., 1984), que induzem depleção e inativação de sítios de armazenamento de noradrenalina, em neurônios simpáticos pós-ganglionares e no SNC, tem sido e foram intensamente utilizados como anti-hipertensivos eficazes (Boura e cols., 1984; Shore e cols., 1978). Agentes como a clonidina e a alfa-metildopa agem como agonistas centrais de receptores α2 adrenérgicos, são ainda empregados na clínica, mas não deixam de apresentar efeitos colaterais indesejáveis que acabam por comprometer a qualidade de vida do hipertenso. Recentemente, reconheceu-se que o estímulo do núcleo do trato solitário causaria resposta depressora envolvendo a medula caudal. Esta resposta seria disparada através de projeções curtas à medula rostral ventrolateral, principal região moduladora da pressão arterial do tronco cerebral (Chalmers e cols., 1991). Os principais sub-tipos de receptores que são alvos de agentes anti-hipertensivos tais como os receptores α2-adrenérgicos, receptores imidazolínicos I1 e receptores serotoninérgicos estão localizados dentro da rede de neurônios que participam da regulação central da pressão arterial via sistema nervoso autônomo. Nos últimos anos, uma extensa literatura tem apontado que os receptores imidazolínicos I1 localizados no SNC, estão envolvidos na regulação central da atividade simpática periférica, da pressão arterial e freqüência cardíaca. Estes 21 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO receptores se situam no núcleo reticular lateral embora tenham sido demonstrados, também, em órgãos periféricos como o rim, pâncreas e suprarenal (Van Zwieten e cols., 1996). Quando estimulados, com agentes como a moxonidina e a rilmenidina, atuam como mediadores da redução da pressão arterial e freqüência cardíaca refletindo a simpático-inibição induzida centralmente (Tibiriçá e cols., 1991). Recentemente, estudos experimentais mostraram que as ações renais e hipotensoras da moxonidina seriam mediadas pelo peptídeo natriurético atrial (PNA), um peptídeo cardíaco envolvido na homeostase da pressão arterial e do volume circulatório através de ações vasodilatadoras, diuréticas e natriuréticas (Suhayla e cols., 2000). Foi demonstrado, em animais in vivo (Menaouar e cols., 2002)), que o estímulo dose dependente e seletivo dos receptores imidazolínicos pela moxonidina está associado a diurese, natriurese e caliurese. Ações renais da moxonidina parecem se associar a maior síntese e excreção de PNA, implicando, portanto, o PNA nas ações renais da moxonidina (Suhayla e cols., 2000). A hipertensão associada a obesidade andróide freqüentemente se acompanha de outras anormalidades tais como níveis elevados de triglicérides, colesterol, intolerância a glicose e hiperinsulinemia (Hjermann e cols., 1992; Kjeldsen e cols., 1992; Bjorntorp e cols., 1992). A concomitância de duas ou mais dessas alterações aumenta exponencialmente a importância da hipertensão arterial como fator de risco de doença cardiovascular, explicando as elevadas taxas de morbi-mortalidade cardiovascular registradas em hipertensos obesos que apresentam esse perfil metabólico. Embora os elos de ligação entre as alterações hemodinâmicas e 22 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO metabólicas da Síndrome Metabólica não sejam conhecidos (Lind e cols., 1993; Julius e cols., 1991), é provável que a hiperatividade do SNS esteja implicada nesta associação (Landsberg e cols., 1993; Rupp e cols., 1995). Numerosos trabalhos experimentais realizados em ratos obesos espontaneamente hipertensos (SHR), que replicam algumas anormalidades da Síndrome Metabólica em humanos apontam nesta direção. Nos últimos anos, o grupo de Ernsberger, tem investigado os efeitos da moxonidina em ratos SHR obesos e magros. A moxonidina, administrada durante 3 meses aos 2 grupos de animais, não somente reduziu a pressão arterial como controlou os níveis elevados de triglicérides, colesterol, insulina e a excreção de proteína na urina no grupo SHR obeso (Ernsberger e cols., 1996). Além disso, a intolerância a glicose melhorou nitidamente tanto em ratos obesos como nos magros hipertensos. Um dado que merece atenção neste estudo foram os efeitos da moxonidina sobre o peso e o apetite. A moxonidina foi capaz de controlar o apetite e o peso de ratos obesos hipertensos não tendo, porém nenhum efeito sobre os SHR magros. Tais achados estão de acordo com os obtidos de análise retrospectiva realizada em 228 hipertensos essenciais onde se mostrou redução significativa nos níveis de glicose em jejum com moxonidina quando comparados aos dados do grupo placebo (Kaan e cols., 1995). Estudos clínicos adicionais, prospectivos e controlados são urgentemente necessários para se avaliar o impacto desses resultados na população de hipertensos com intolerância à glicose, resistência a insulina e obesidade. 23 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... INTRODUÇÃO Resultados de um estudo duplo-cego placebo-controlado avaliando o efeito da moxonidina sobre a sensibilidade à insulina, através de técnica de “clamp” euglicêmico de glicose, mostrou que a moxonidina melhora a sensibilidade à insulina em obesos com hipertensão (Lithel, 1997). Em um subgrupo com maior índice de resistência insulina no período basal, o efeito foi mais substancial na redução da glicemia e da insulina plasmática de jejum (Lithel, 1997). Os efeitos metabólicos de um outro agonista de receptores imidazolinicos, a rilmenidina também têm sido testados. Demonstrou-se que a rilmenidina melhora a sensibilidade a insulina não somente em animais (Penicaud e cols.,1998) mas também em pacientes com Síndrome Metabólica induzindo significativa redução da glicose e insulina plasmáticas após teste oral de tolerância à glicose (De Luca e cols., 2000). Esta propriedade tem particular relevância no potencial uso dos agentes imidazolínicos no tratamento da hipertensão relacionada à obesidade em pacientes hipertensos diabéticos. 24 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... OBJETIVOS 2. OBJETIVOS 25 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... OBJETIVOS 2. Objetivos 2.1. Objetivo primário: • Avaliar, em hipertensos obesos, os efeitos da administração de um agonista de receptor imidazolínico (moxonidina) sobre o sistema nervoso simpático comparando-os com os efeitos de um antagonista de cálcio dihidropiridínico (amlodipina). 2.2. Objetivos secundários: Avaliar em hipertensos obesos, os efeitos da moxonidina e da amlodipina sobre: • a pressão arterial, freqüência cardíaca e índices antropométricos • as concentrações plasmáticas da adrenalina arterial, venosa supina e venosa pós-deambulação; noradrenalina arterial, venosa supina e venosa pósdeambulação • as concentrações séricas de leptina • o sistema renina-angiotensina-aldosterona • a tolerância à glicose e sensibilidade à insulina • o perfil lipídico (colesterol total, HDL-C, triglicérides e LDL-C) 26 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... CASUÍSTICA 3. CASUÍSTICA 27 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... CASUÍSTICA 3. Casuística 3.1. Pacientes Foram estudados 40 pacientes obesos, de ambos os sexos, com 27 a 63 anos de idade, entre os inscritos no programa de hipertensão da Clínica de Hipertensão do CLINEX. Os obesos hipertensos foram definidos pela presença de índice de massa corporal acima de 28 Kg/m2, e pelos níveis de pressão arterial diastólica (PAD) acima de 90 mmHg e abaixo de 120 mmHg e pressão arterial sistólica (PAS) acima de 140 mmHg e abaixo de 180 mmHg. Todos os pacientes potencialmente elegíveis para o estudo foram submetidos a avaliação clínico-laboratorial de rotina da Clínica de Hipertensão do CLINEX para aplicação dos critérios de exclusão (Anexo 1). A avaliação e vigilância da dieta foram feitas por nutricionistas da equipe que estimaram a ingestão de sódio, calorias, gorduras e hidratos de carbono consumidos. A avaliação nutricional inicial mostrou que a composição nutricional da dieta dos pacientes era típica àquela consumida na região sudeste do Brasil. Essa dieta apresentava a concentração de sódio aproximadamente 3.000 mg/dia, de potássio 2.400 mg/dia e de cálcio 600 mg/dia. O percentual de gorduras em relação ao total de kcal/diários e de 25-30%, o de hidratos de carbono 60% e o de proteínas 10-15%. Houve recomendação para que não ocorresse modificações importante na dieta ao longo do estudo. 28 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... CASUÍSTICA 3.2. Critérios de Inclusão Os pacientes incluídos no estudo preencheram os seguintes critérios: • Homens ou mulheres entre 27 e 65 anos • Obesos hipertensos definidos pelo índice de massa corporal acima 28 Kg/m2 e pelos níveis de pressão arterial diastólica acima de 90 mmHg e abaixo de 120 mmHg e pressão sistólica acima de 140 mmHg e abaixo de 180 mmHg • Terem assinado o termo de consentimento livre e esclarecido 3.3. Critérios de Exclusão Foram excluídos do estudos os pacientes portadores de: • diabetes mellitus • infarto do miocárdio ou acidente vascular encefálico nos últimos 6 meses • angina instável • insuficiência cardíaca grave (classe III ou IV NYHA) • níveis de creatinina sérica superiores a 1.4 mg/dl • hipertensão secundária • obesidade mórbida • e aqueles em uso de mais de 2 medicações para controlar a pressão. 29 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... DESENHO DO ESTUDO 4. DESENHO DO ESTUDO E PLANO DE TRABALHO 30 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... DESENHO DO ESTUDO 4. Desenho do Estudo e Plano de Trabalho Trata-se de um ensaio clínico paralelo, randomizado. Quarenta pacientes foram alocados aleatoriamente nos 2 grupos, 19 pacientes no grupo moxonidina e 21 pacientes no grupo amlodipina. O período de intervenção foi de 24 semanas. Após avaliação inicial (anexo 1), os pacientes que preencheram os critérios de elegibilidade passaram por um procedimento de wash-out durante 2 semanas, ao final do qual, aqueles que persistiram com níveis tensionais acima de 140 mmHg de PAS e/ou superiores a 90 mmHg de PAD entraram na fase ativa do protocolo. Os pacientes receberam inicialmente 0,2 mg de moxonidina ou 5 mg de amlodipina. Quando necessário essas doses foram ajustadas nas visitas subseqüentes, conforme mostra o desenho do estudo, até o controle da pressão arterial em níveis inferiores a 90 mmHg de PAD e 140 mmHg de PAS ou redução de 10% dos níveis iniciais de PAM. Foram fixadas como doses máximas para o controle da pressão arterial 0,4 mg de moxonidina e 10 mg de amlodipina. Previu-se a exclusão dos pacientes que persistissem com pressão arterial sistólica maior que 180 mmHg ou pressão arterial diastólica maior que 110 mmHg. 31 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... DESENHO DO ESTUDO Desenho do Estudo RANDOMIZAÇÃO M 0,4 mg WASH-OUT M 0,2 mg SELEÇÃO A 5 mg -1 A 10 mg VISITAS -2 1 2 3 4 5 6 7 MÊS -1 -0,5 0 1 2 3 4 5 6 Avaliação clínica: todas as visitas Avaliação laboratorial: visitas 1, 4 e 7 M: moxonidina; A: amlodipina Plano de Trabalho Os participantes do estudo foram avaliados ambulatorialmente nas visita V2, V3, V5 e V6. Nas visitas V1, V4 e V7, além da avaliação clínica, os pacientes foram submetidos a uma rotina de avaliação com o protocolo iniciando-se entre 7:30-8:00 horas, no Laboratório de Pesquisa Clínica do CLINEX, sala 361, 3º andar do Hospital Universitário Pedro Ernesto, em condições de temperatura ambiental variando entre 22º-25ºC e após terem permanecidos em jejum por 10 a 12 horas. Os pacientes foram orientados a não consumirem álcool e café nas 24 horas precedentes e não fumarem durante os procedimentos laboratoriais e na manhã do mesmo. Após aferição do peso e da altura e esvaziamento vesical espontâneo, os 32 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... DESENHO DO ESTUDO pacientes permaneceram confortavelmente sentados, dando início ao período de 60 minutos para aferição da pressão arterial e freqüência cardíaca. A concentração urinária de sódio foi determinada em amostra de urina coletada em período de 12 horas precedendo o início do estudo e os resultados obtidos foram multiplicados pelo volume urinário minuto para se obter a excreção de sódio. O fluxograma abaixo mostra o período de realização das avaliações clínicas e laboratoriais. Fluxograma das avaliações clínicas e laboratoriais VISITAS MÊS -2 -1 -1 -0.5 1 0 2 1 3 2 4 3 5 4 6 5 7 6 PA e FC • • • • • • • • • Med. Antropométricas • • • • • • • • • História • Exame Físico • • • • • • • • • • • • • • Ajuste Dose • Catecolaminas • • • Leptina • • • APR • • • Aldosterona • • • • • • Glicose Jejum • Glicose 2h Pos-Sog • • • Insulina Jejum • • • Insulina 2h Pos-Sog • • • Perfil Lipídico • • • • • • • • • Creatinina • NaU / 24h ECG • • MAPA • • PA: pressão arterial; FC: freqüência cardíaca; Méd Antropométricas: medidas antropométricas; APR: atividade plasmática de renina; SOG: sobrecarga oral de glicose; NaU: sódio urinário; ECG: eletrocardiograma; MAPA: monitorizaçao ambulatorial da pressão arterial A pressão arterial e a freqüência cardíaca foram mensuradas, a cada 5 minutos, por equipamento automático DINAMAPTM - Vital Signs Monitor 1846, 33 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... DESENHO DO ESTUDO excluindo-se os 5 primeiros valores e utilizando-se sempre manguitos que se ajustavam ao braço de cada participante. Após o período de verificação da PA, foi feita a cateterização venosa com cateter número 20 e o paciente permaneceu em repouso, em posição supina, durante 30 minutos. Em seguida, o sangue foi colhido para determinação de níveis séricos de leptina, da atividade plasmática da renina, aldosterona, insulina, glicose, colesterol, triglicérides, HDL-colesterol, creatinina, sódio, potássio. Para a mensuração das catecolaminas plasmáticas venosa, o sangue foi colhido em tubos gelados, contendo um redutor apropriado, glutation, para prevenir a oxidação das catecolaminas, e colocados imediatamente no gelo; o plasma foi separado em centrífuga refrigerada e estocado a - 70o até a análise das catecolaminas plasmáticas (Young e cols, 1981). As concentrações de noradrenalina venosa são influenciadas por processo que promove a extração tecidual da noradrenalina oriunda do plasma arterial e adição de noradrenalina proveniente das terminações nervosas locais (Young e cols,1981). Assim, o pool circulante de noradrenalina venosa corresponde àquele que escapou da recaptação, mais a produzida pelo metabolismo simpático local (Young e cols,1981). Sob essas condições, a noradrenalina plasmática colhida de veia antecubital excede os níveis arteriais em aproximadamente 30% (Young e cols, 1981). Em funções dessas observações, após coleta de sangue venoso, submetemos os pacientes a punção de artéria radial para mensuração da noradrenalina arterial, já 34 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... DESENHO DO ESTUDO que seriam amostras não influenciadas pelo processo local de recaptação e produção local de noradrenalina (Young e cols., 1981). Os níveis plasmáticos de noradrenalina são também influenciados pela postura, a ativação ortostática do SNS pode duplicar a concentração basal de noradrenalina (Young e cols,1981). Assim, após 5 minutos de deambulação, e com o paciente em posição ortostática, foi colhida outra amostra de sangue venoso para dosagem de catecolaminas. Ao término dos procedimentos descritos, foi instalado o equipamento SpaceLabs 90207 para monitorização ambulatorial da pressão durante 24h (MAPA). 35 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... MÉTODOS 5. MÉTODOS 36 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... MÉTODOS 5. Métodos 5.1. Avaliação Antropométrica A avaliação antrotopométrica foi feita pelas seguintes medidas: peso (quilogramas); altura (centímetros); circunferências da cintura e do quadril (centímetros); e pregas cutâneas biciptal, triciptal, subescapular e suprailíaca (milímetros). As mensurações de peso (precisão de 0,1 kg) e altura (precisão de 0,5 cm) foram realizadas em balança antropométrica da marca Filizola, estando os pacientes em jejum, após esvaziamento vesical, sem sapatos e vestindo roupas leves. Com base nestes resultados foi calculado o índice de massa corpórea, dividindo-se o peso (kg) pela altura ao quadrado (m2). As circunferências da cintura e do quadril foram mensuradas estando os pacientes em pé e com o auxílio de uma fita métrica metálica. A circunferência da cintura foi determinada na menor circunferência abaixo do gradil costal e acima do umbigo; a circunferência do quadril foi medida na maior circunferência na extensão posterior das nádegas. As pregas cutâneas biciptal, triciptal, subescapular e suprailíaca foram determinadas no lado não dominante com a utilização de um plicometro do tipo Lange Skinfold Calipiter. A prega cutânea biciptal foi medida sobre o bíceps no ponto médio entre o acrômio e o olecrânio com o braço na posição vertical. A prega cutânea triciptal foi avaliada sobre o músculo tríceps, também no ponto médio entre o acrômio e o olecrânio com o braço na posição vertical. A prega cutânea subescapular foi aferida logo abaixo do 37 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... MÉTODOS ponto da escápula formando um ângulo de 45º na vertical, seguindo a dobra natural da pele. A prega cutânea suprailíaca foi medida 2,5 cm acima da crista ilíaca, seguindo a prega natural da pele (horizontal). Essas 4 medidas foram somadas e o valor encontrado foi comparado com tabela apropriada, determinando-se, de forma indireta, o percentual de gordura corpórea. 5.1. Pressão Arterial e Freqüência Cardíaca A PA e a FC foram mensuradas por equipamento automático DINAMAPTM Vital Signs Monitor 1846. A pressão arterial média foi calculada como a PAD + 1/3 da pressão de pulso. 5.2. Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial A MAPA foi utilizada para a mensuração indireta, do tipo intermitente da PAS, PAD e PAM. A duração do exame foi projetada para 24hs, aceitando-se como válidos os exames cujo percentual de sucesso das medidas foi igual ou superior a 85% e ou 3 medidas válidas em cada hora. Foram utilizados equipamentos SpaceLabs 90207. A análise dos dados coletados foi feita usando-se a interface SpaceLabs ABP90204. Foram avaliadas antes e após a intervenção com moxonidina e amlodipina as seguintes variáveis: 38 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... MÉTODOS • médias da PAS, PAD e PAM de 24hs • médias das PAS, PAD e PAM durante os períodos de vigília e sono • variabilidade pressórica • cargas pressórica • descenso noturno • médias da freqüência cardíaca de 24hs e dos períodos de vigília e sono 5.3. Catecolaminas Plasmáticas A dosagem de catecolaminas foi feita por separação por cromatografia líquida de alta performance (HPLC), com detecção amperométrica (Hoeldtke e cols., 1983). 5.4. Leptina A leptina foi medida por EIA (solid phase double antibody enzyme immunoassay) - Linco Research St Charles, Missouri, USA. O coeficiente de variação inter-ensaio foi de 3,0% a 6,2% e o intra-ensaio é de 3,4% a 8,3%. Os limites de detecção deste método foram de 20 pg ml-1 de soro ou plasma (Zhongmin e cols, 1996). . 39 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... MÉTODOS 5.5. Atividade Plasmática de Renina A quantificação da atividade plasmática de renina foi por radioimunoensaio, segundo a técnica de Haber, modificada por Sealey e Laragh (Sealey e cols., 1980). Esse método determina a quantidade de angiotensina I formada pela reação entre a renina plasmática e o seu substrato, na presença de inibidores da enzima de conversão e de angiotensinases. Foram utilizados os reagentes do kit comercial Gammacoat, CA-533, Travenol. Os valores da atividade plasmática da renina são expressos em nanogramas de angiotensina I gerados por mililitros de plasma por hora (ng/ml/h). 5.6. Aldosterona Sérica A aldosterona imunoreativa contida no soro foi dosada pelo método de Varsano e Ulicks (Varsano e cols., 1973), modificado por Manlinos e Abrahan (Manlinos e cols., 1975). Os resultados são apresentados em picogramas por mililitros de soro (pg/ml). 5.7. Insulina e HOMA A insulina plasmática foi medida por radioimunoensaio usando-se kit comercial LINCO, Research, St Louis, USA, para radioimunoensaio específico para insulina 40 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... MÉTODOS humana. O coeficiente de variação inter-ensaio é de 2,9% a 6,0% e o intra-ensaio foi de 2,2% a 4,4%. Neste ensaio a reatividade cruzada com a pro-insulina humana foi inferior a 0,2% (Morgan e cols, 1963). Os valores foram expressos em U/ml. O índice de resistência à insulina foi obtido utilizando-se a fórmula da Avaliação do Modelo Homeostático (HOMA), em que a resistência é determinada pelo produto da insulinemia de jejum (μU/ml) e da glicemia de jejum (mmol/L) dividido por 22,5; um índice altamente correlacionado com o clamping euglicêmico hiperinsulinêmico (Matthews e cols., 1985; Avignon e cols.,1999). 5.8. Colesterol, Triglicerídeos, HDL-colesterol e LDL-colesterol O colesterol total, colesterol-HDL e os triglicerídeos foram dosados por técnica automatizada. O LDL-colesterol foi estimado usando-se a fórmula de Friedwald quando os valores dos triglicerídeos séricos foram inferiores a 400 mg/dl. 5.9. Sódio: urinário e plasmático; glicemia e creatinina sérica e urinária O sódio sérico e urinário foram determinados por técnica automatizada. 41 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... MÉTODOS 5.10. Cálculo do Tamanho Mínimo da Amostra e Análise Estatística dos Dados O tamanho da amostra foi calculado para detectar-se uma diferença mínima de PA de 10 mmHg entre os grupos de tratamento, para um erro tipo I de 0,05 e um erro tipo II de 0,20. Nestas condições, o tamanho mínimo da amostra poderia assumir valores entre 20 e 25 indivíduos para cada grupo. Utilizou-se para a descrição das variáveis continuas, as médias aritméticas e seus respectivos erros padrões (EPM). A comparação das distribuições das variáveis respostas contínuas entre os grupos de tratamento foi feita com o teste t de Student, assumindo-se que essas variáveis aleatórias possuiam distribuição normal. Quando esta assunção não podia ser feita, utilizou-se o teste não paramétrico de Mann Whitney. A apreciação estatística da comparação de proporções baseou-se no teste de Qui-quadrado ou no teste exato de Fisher quando o primeiro não fosse indicado. As medidas de correlação usadas para avaliar as relações entre variáveis contínuas foram os coeficientes de Pearson ou de Spearman quando apropriados. 5.11. Questões éticas Os participantes do estudo não foram submetidos a procedimentos que implicassem em riscos adicionais àqueles inerentes ao manejo dos pacientes obesos com HA. Esses pacientes forneceram consentimento por escrito de sua 42 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... MÉTODOS decisão, após esclarecimento sobre os objetivos, métodos, riscos e benefícios que o estudo proporcionaria, e eventuais problemas que poderiam surgir durante o estudo. O protocolo e os formulários utilizados para obtenção do Consentimento PósInformado dos pacientes foram aprovados antes que o estudo tivesse o seu inicio pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário Pedro Ernesto – UERJ. O estudo foi realizado de acordo com as diretrizes para a conduta em pesquisa clínica de acordo com a Declaração de Helsinque. . 43 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... RESULTADOS 6. RESULTADOS 44 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... RESULTADOS 6. Resultados 6.1. Dados Demográficos e Características dos Pacientes Foram estudados 40 pacientes portadores de HA primária não complicada, obesos, cujas características principais, no início do estudo são apresentadas na tabela 1 segundo o tratamento utilizado com moxonidina ou amlodipina. Tabela 1. Dados demográficos e características dos pacientes Moxonidina Amlodipina Idade Raça Sexo Índice de massa corpórea (kg/m2) Relação cintura/quadril Cintura (cm) Quadril (cm) % gordura Freqüência cardíaca (bpm)) PA média (mmHg) PA sistólica (mmHg) PA diastólica (mmHg) PA média MAPA 24h (mmHg) PA sistólica MAPA 24h (mmHg) PA diastólica MAPA 24h (mmHg) Adrenalina venosa supina (pg/ml) Adrenalina arterial supina (pg/ml) Adrenalina venosa ortostática (pg/ml) NA venosa supina (pg/ml) NA arterial (pg/ml) NA venosa ortostática (pg/ml) Leptina (pg/ml) Insulina 0’ (U/ml) Insulina 120’ (U/ml) HOMA Glicemia 0'(mg/dl) Glicemia 120'(mg/dl) Aldosterona (pg/ml) APR (ng/ml/h) Triglicerídes (mg/dl) Colesterol (mg/dl) HDL-colesterol LDL-colesterol 48,7±2,1 14NB / 5B 15F / 4M 35,4±1,7 0,95±0,02 108,9±3,9 46,5±1,8 8NB / 13B 18F / 3M 35,9±1,4 0,92±0,02 104,1±3,5 113,3±3,4 44,1±1.1 79,5±2,4 121,8±1,3 160,4±2,4 102,4±1,3 113.3±2.9 43.8±0.6 77,4±1,7 121,7±1,9 158,1±3,1 104,2±1,3 p 0,42 0,052 0,88 0,82 0,29 0,36 >0,99 0,80 0,47 0,90 0,56 0,30 0,73 0,97 0,56 0,99 0,78 0,44 0,21 0,75 0,24 0,31 0,28 <0,0001 0,37 0,92 0,64 0,74 0,45 0,42 0,72 0,38 0,96 105.8±3.1 107.3±3.1 143.1±4.2 143.3±4.3 86.1±2.6 88.3±2.7 53,6±5,9 53,5±6,5 60,3±8,3 63,2±6,5 50,4±5,8 56,7±5,7 223,6±24,9 186,5±16,6 187,9±10,7 193,4±13,5 216,3±30,3 275,0±40,0 27.18±3.5 32.35±3.5 29.95±5.7 23.5±2.3 139.7±31.2 94.3±19.2 7.21±1.87 5.49±0.63 99,4±3,4 99,0±2,7 143,0±10,9 149,7±9,7 190,2±28,8 198,2±18,8 42,62±6,5 30,24±4,5 175,0±21,6 153,4±16,1 225,2±12,4 220,0±8,6 43,8±2,7 47,4±3,1 144,9±12,6 145,5±8,8 Valores: Média±EPM. PA: pressão arterial, NA: noradrenalina, HOMA: Avaliação do Modelo Homeostático, APR: atividade plasmática de renina 45 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... RESULTADOS Entre os dois grupos estudados, não observamos diferenças significativas em relação a idade, sexo, índice de massa corpórea, relação cintura quadril, diâmetro da cintura e do quadril e percentual de gordura. Comparado com os pacientes que receberam amlodipina, os pacientes que receberam moxonidina tinham freqüência cardíaca, PAS, PAD, PAM, PA avaliada pela MAPA-24h (PAS, PAD, PAM) semelhantes no início do estudo. Também não observamos diferenças nas concentrações de adrenalina venosa supina e ortostática, adrenalina arterial supina, noradrenalina venosa supina e ortostática, noradrenalina arterial supina, leptina, insulina minuto 0, HOMA, glicemia minutos 0 e 120, triglicérides, colesterol, HDLcolesterol e LDL-colesterol nos dois grupos. Ainda que tenha sido observado um valor de p limítrofe (0,052), os grupos de tratamento também não diferem em relação a raça. Na avaliação inicial, os pacientes do grupo amlodipina apresentavam menores valores de insulina 120 minutos após sobrecarga oral de dextrosol do que os pacientes do grupo moxonidina (p<0,001). A análise dos pacientes dos dois grupos, mostrou que a maior parte dessa população, preenche 3 critérios apresentados pelo The Third Report of the National Cholesterol Education Program Expert Panel on Detection, Evaluation, and Treatment of Higth Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III, 2001) para diagnóstico de Síndrome Metabólica: pressão arterial de pelo menos 130/85 mmHg (100% dos pacientes); diâmetro da cintura abdominal superior a 102 cm em homens e 88 cm em mulheres (85% dos pacientes) e níveis de triglicérides superiores a 150mg/dl (163,3mg/dl±13,16; 62,5% dos pacientes). Também nesses pacientes, 46 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... RESULTADOS quando analisamos o efeito de uma variável sobre outra, encontramos uma correlação positiva e significativa entre: IMC vs. leptina (r=0,43, p=0,006); insulina em jejum vs. leptina (r=0,37, p=0,03 e insulina em jejum vs. triglicérides (r=0,44, p=0,06) (Figura 1). Figura 1. (a) Correlações entre IMC vs insulina., (b) insulina 0’ vs. leptina e (c) insulina 0’ vs. triglicérides. Leptina (ng/ml) ( a ) IM C v s L e p t in a 80 r 0,43 70 P = 0,006 60 50 40 30 20 10 0 20 25 30 35 40 45 50 55 60 2 IM C ( K g /m ) ( b ) In s u lin a 0 ' v s . le p t in a 80 Leptina (ng/ml) 70 r 0,37 60 P = 0,03 50 40 30 20 10 0 0 20 40 60 80 100 120 In s u lin a 0 ' ( μ U /m l) ( c ) In s u lin a 0 ' v s . t r ig lic é r i d e s Triglicerides (mg/dl) 400 350 r 0,44 300 P = 0,06 250 200 150 100 50 0 0 20 40 60 80 100 120 In s u lin a 0 ' ( μ U /m l) 47 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... RESULTADOS 6.2. Controle da Pressão Arterial 6.2.1. Controle da Pressão Arterial e Freqüência Cardíaca Avaliados pelo Método Convencional A pressão arterial, avaliada pelo método convencional, foi reduzida de forma semelhante nos pacientes que receberam moxonidina e amlodipina durante 12 semanas (V4) e 24 semanas (V7), enquanto a freqüência cardíaca permaneceu inalterada. Após 12 semanas de moxonidina ou amlodipina, constatou-se uma redução da PAS de 20 e 20,6 mmHg e de 10,2 e 14,5 mmHg da PAD respectivamente. Essas reduções se mantiveram semelhantes após 24 semanas de tratamento com os hipotensores (Tabela 2). A análise individual dos pacientes mostrou que após 12 semanas de tratamento com moxonidina, 8 pacientes (42,1% dos pacientes que receberam moxonidina) tinham sua PA sistólica e diastólica normalizadas (níveis inferiores a 140/90 mmHg); após 24 semanas de moxonidina, 11 pacientes (57,8%) tinham a PA controlada. Após 12 semanas de terapia com amlodipina 10 pacientes (47,6% dos pacientes que receberam amlodipina) tiveram sua PA inferior a 140/90 mmHg enquanto 11 pacientes (52,4%) tiveram seus níveis tencionais controlados 24 semanas após o uso da droga. Não observamos diferenças estatisticamente significantes quando comparamos o efeito hipotensor de ambas as drogas. 48 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... RESULTADOS A freqüência cardíaca não se modificou significativamente após a utilização de moxonidina ou de amlodipina (Tabela 2). Ao final do estudo, 03 pacientes (18,7% dos pacientes que usaram moxonidina) utilizavam 0,2mg de moxonidina, enquanto 16 pacientes (84,3%) recebiam 0,4mg da droga. No grupo de pacientes tratados com amlodipina, ao final do estudo, 06 pacientes (28,6% dos pacientes que usaram amlodipina) 5mg, enquanto 15 pacientes (71,4%) recebiam 10mg de amlodipina. Tabela 2. Valores médios da pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) e freqüência cardíaca (FC) no período basal V1), após 12 semanas (V4) e 24 semanas (V7) de administração de moxonidina ou amlodipina Moxonidina Amlodipina V1 (basal) V4 V7 V1 (basal) V4 V7 PAS (mmHg) 160.4±2.4 140.4±2.7* 142.1±3.3* 158.1±3.1 137.5±2.2* 134.2±1.7* PAD (mmHg) 102.4±1.3 92.2±2.0* 89.7±1.6* 104.2±1.3 89.5±1.6* 88.3±1.0* PAM (mmHg) 121.8±1.3 108.3±2.1* 107.1±2.0* 121.7±1.9 105.5±1.7* 103.2±1.2* FC (bpm) 79.5±2.4 79.2±1.1 81.3±2.0 77.4±1.7 78.2±1.6 78.6±1.8 Valores: Média±EPM. *p < 0,005 vs. V1 6.2.2. Controle da Pressão Arterial e Frequência Cardíaca Avaliados pela Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial A moxonidina e a amlodipina reduziram significativamente a pressão arterial avaliada através da MAPA durante 24h e nos períodos diurno e noturno. A MAPA mostrou que os hipotensores são eficazes na redução da PA não somente no período diurno onde registramos queda da PAS de 10,3 e 12,7 mmHg e da PAD de 6,5 e 10,2 mmHg pós moxonidina e amlodipina respectivamente, mas também 49 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... RESULTADOS descenso noturno da PA onde foi observado queda da PAS de 8,1 e 15,2 mmHg e da PAD de 4,3 e 8,4 mmHg após 24 semanas de tratamento com moxonidina e amlodipina respectivamente (Tabela 3). Tabela 3. Valores médios da pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) avaliadas pela MAPA no período basal (V1) e após 24 semanas (V7) de administração de moxonidina ou amlodipina. Moxonidina Amlodipina V1 V7 V1 V7 PAS (mmHg) 24 h 143.1±4.2 131.8±4.0* 143.3±4.3 127.2±1.9* PAD (mmHg) 24 h 86.1±2.6 79.7±3.0* 88.3±2.7 78.5±1.6* PAM (mmHg) 24 h 105.8±3.1 98.3±3.3* 107.3±3.1 95.1±1.4* PAS(mmHg) diurno 144.1±4.2 133.8±3.1* 145.4±4.4 129.0±1.9* PAD (mmHg) diurno 87.4±2.6 80.9±3.0* 90.8±2.6 80.6±1.7* PAM (mmHg) diurno 107.4± 3.0 98.9±3.0* 109.8±3.1 97.1±1.5* PAS (mmHg) noturno 140.3±4.8 132.2±5.1* 138.8±4.3 123.6±2.1* PAD (mmHg) noturno 82.9±3.2 78.6±3.2* 82.8±3.2 74.4±1.8* PAM (mmHg) noturno 103.1±3.7 97.8±3.8* 102.4±3.4 91.4±1.6* Valores: Média±EPM. * p < 0,005 vs. V1 Observamos também a redução das sobrecargas sistólicas e diastólicas após a intervenção com os hipotensores (Tabela 4). Tabela 4. Valores médios das sobrecargas sistólica (SC) diastólica (SD), avaliadas pela MAPA, durante as 24 horas e nos períodos diurno e noturno, no período basal (V1) e após 24 semanas (V7) de administração de moxonidina ou amlodipina. Moxonidina Amlodipina V1 V7 V1 V7 SC S (%) 24h 49.9±8.1 33.1±7.0* 51.1±7.9 16.2±4.1* SC D (%) 24 h 38.2±6.5 26.8±6.2* 43.6±7.0 17.6±4.1* SC S (%) diurno 52.8± 7.9 32.6±6.6* 54.3±8.0 17.9±4.4* SC D (%) diurno 42.6±6.6 29.2±6.5* 47.6±7.2 21.3±4.6* SC S (%) noturno 44.9±9.4 34.5±8.5* 44.1±8.2 12.5±3.7* SC D (%) noturno 30.8±7.4 22.1±5.8* 34.4±7.1 9.9±4.0* Valores: Média±EPM. * p < 0,005 vs. V1 50 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... RESULTADOS A freqüência cardíaca durante as 24h, avaliada através da MAPA, não se modificou durante o período diurno ou noturno após a admistração de moxonidina ou amlodipina. No grupo moxonidina no período diurno foi de 85± 1,8 no período basal e 86,8±2,6 bpm no período V7, e no período noturno de 73,6±1,7 (basal) e 75,4±1,9 bpm (V7). No grupo amlodipina, a FC no período diurno foi de 86,2±2,2 (basal) e 84,4±2,2 bpm (V7) e no período noturno 76,4±2,2 (basal) e 75,3±1,7 bpm (V7). 6.3. Catecolaminas Plasmáticas Após 12 semanas de intervenção com moxonidina ou amlodipina não observamos alterações significativas nas concentrações séricas das catecolaminas plasmáticas venosas ou arteriais, na posição supina ou mesmo após ortostatismo seguido de caminhada assistida. Após 24 semanas de utilização dos antihipertensivos, observamos que a moxonidina reduziu de forma significativa as concentrações plasmáticas de adrenalina e noradrenalina arterial colhidas na posição supina, com reduções percentuais de 22,5% e 20,4%, respectivamente. Também verificamos diminuição significativa, de 26,4% de noradrenalina venosa colhida após deambulação. As concentrações de adrenalina venosa supina e póscaminhada e de noradrenalina venosa supina não se modificaram significativamente após 24 semanas de uso de moxonidina. A utilização de amlodipina durante 24 semanas não modificou de forma significativa as concentrações plasmáticas das catecolaminas mensuradas, entretanto registramos reduções percentuais 51 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... RESULTADOS de 15,4%, 18,4% e 22% nas da adrenalina e noradrenalina arterial colhidas na posição supina e noradrenalina venosa pós caminhada, respectivamente (Tabela 5 e Figura 2a e 2b). Tabela 5. Valores médios das catecolaminas plasmáticas no período basal (V1), após 12 semanas (V4) e 24 semanas (V7) de administração de moxonidina ou amlodipina. Moxonidina Amlodipina V1 V4 V7 V1 V4 V7 Adrenalina venosa supina (pg/ml) 53,6±5,3 53,2±5,6 50,2,0±5,8 53,5±5,5 53,0±6,,6 56,9±5,3 Adrenalina arterial supina (pg/ml) 63,2±6,6 61,4±9,2 49,0±6,7* 60,3±8,3 49,8±8,4 51,0±8,4 Adrenalina venosa pós caminhada (pg/ml) 50,4±5,8 52,9±5,5 55,6±5,1 56,9±5,7 52,2±4,6 71,1±5,9 NA venosa supina (pg/ml) 223,6±24,9 220,3±19,0 188,0±18,6 186,5±16,6 191,9±16,4 195,4±17,4 NA arterial (pg/ml) 187,9±10,7 173,1±17,5 149,7±13,2† 193,4±13,5 158,4±13,6 157,9±16,3 NA venosa pós caminhada (pg/ml) 258,6±25,0 204,9±16,2 190,3±16,4‡ 216,3±30,0 159,3±18,0 168,7±16,5 Valores: Média±EPM. *p<0,005; †p<0,01; ‡p=0,03 vs. V1. NA: nordrenalina Figura 2a. Catecolaminas plasmáticas no período basal (V1), após 12 semanas (V4) e 24 semanas (V7) de administração de moxonidina. 300 V1 250 V4 V7 ‡ 200 pg/ml † 150 100 * 50 0 Adrenalina Venosa Supina Adrenalina Arterial Supina Adrenalina Venosa Pós Caminhada * p<0,005; † p<0,01; ‡ p=0,03 vs V1. NA: noradrenalina NA Venosa Supina NA Arterial NA Venosa Pós Caminhada 52 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... RESULTADOS Figura 2b. Catecolaminas plasmáticas no período basal (V1), após 12 semanas (V4) e 24 semanas (V7) de administração de amlodipina. 300 V1 V4 250 V7 pg/ml 200 150 100 50 0 Adrenalina Venosa Supina Adrenalina Arterial Supina Adrenalina Venosa Pós Caminhada NA Venosa Supina NA Arterial NA Venosa Pós Caminhada 6.4. Perfis glicídico e lipídico As concentrações séricas de glicose em jejum e 120 minutos após sobrecarga de dextrosol (Tabela 6), colesterol, HDL-colesterol e LDL-colesterol no período basal (V1), após 12 semanas (V4) e 24 semanas (V7) de tratamento com moxonidina ou amlodipina não se modificaram de forma significativa (Tabela 6). Embora os níveis de triglicérides no período basal estivessem dentro dos limites da normalidade, após 12 e 24 semanas de uso de moxonidina constatamos uma redução percentual de aproximadamente 10% dos valores quando comparados àqueles do período basal (Tabela 6). 53 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... RESULTADOS Tabela 6. Valores médios da glicemia em jejum (0’) e 120 minutos (120’) após sobrecarga de glicose, triglicérides, colesterol, HDL-colesterol e LDL-colesterol ) no período basal (V1), após 12 semanas (V4) e 24 semanas (V7) de administração de moxonidina ou amlodipina. Moxonidina Amlodipina V1(basal) V4 V7 V1(basal) V4 V7 99,4±3,4 105,5±3,3 102,2±4,6 99,0±2,7 99,7±3,8 101,7±2,2 Glicemia 120'(mg/dl) 143,0±10,9 141,2±10,2 143,2±9,0 149,7±9,7 137,2±10,2 142,1±8,4 Triglicerídes (mg/dl) 175,0±21,6 156,9±15,6 158,6±16,5 153,4±16,1 162±15,6 145,3±16,6 Colesterol (mg/dl) 225,2±12,4 230,4±11,1 238,1±10,2 220,0±8,6 223,1±10,8 223,3±9,7 HDL-colesterol 47,4±3,1 47,7±3,1 48,3±2,9 43,8±2,7 41,0±2,5 45,7+2,5 LDL-colesterol 144,9±12,6 152,5±10,5 158,0±9,9 145,5±8,8 146,6±11,9 156,7±8,9 Glicemia 0'(mg/dl) Valores: Média±EPM. 6.5. Leptina, Insulina e Sensibilidade à Insulina Após 24 semanas de tratamento com moxonidina, observamos redução significativa nas concentrações séricas de leptina e de insulina após 120 minutos de sobrecarga com dextrosol. As reduções médias foram de 4,6 pg/ml e 63,7 U/ml e percentual de 16,9% e 45,6%, respectivamente para leptina e insulina. Apesar de não encontrarmos modificações significativas nos níveis séricos de insulina em jejum e do HOMA após 12 ou 24 semanas de tratamento com moxonidina, houve redução percentual de 21,7% e 19,4%, respectivamente dessas variáveis após 24 semanas de tratamento com o agonista de receptores imidazolínicos. O tratamento com amlodipina não modificou as concentrações de leptina, insulina em jejum e após sobrecarga com dextrosol e o HOMA (Tabela 7 e Figura 3). 54 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... RESULTADOS Tabela 7. Leptina, insulina de jejum e 120 minutos após sobrecarga de dextrosol e HOMA no período basal (V1), após 12 semanas (V4) e 24 semanas (V7) de administração de moxonidina ou amlodipina. Moxonidina \\ Amlodipina V1(basal) V4 V7 V1(basal) V4 Leptina (pg/ml) 27.18±3.5 27.24±3.7 22,61±2,9 * 32.35±3.5 30.28±3.7 29,65±2,3 Insulina 0’ (U/ml) 29.95±5.7 24.12±1.9 23,12±1,9 23.5±2.3 26.42±5.0 24,38±2,6 Insulina 120’ (U/ml) 139.7±31.2 111.8±29.6 76,03±15,2* 94.3±19.2 80.95±10.6 88,5±11,5 HOMA 7.21±1.87 6.18±0.66 5,84±0,65 5.49±0.63 7.03±1.76 6,24±0,73 Valores: Média±EPM. V7 * p < 0,05 vs. v1 Figura 3. (a)Leptina e (b)insulina em jejum e 120 minutos após sobrecarga de dextrosol no período basal (V1), após 12 semanas (V4) e 24 semanas (V7) de tratamento com moxonidina ou amlodipina V1 (a) Níveis de leptina V4 35 V7 * 25 20 15 10 5 0 * p<0,05 vs V1 Moxonidina Amlodipina V1 (b) Níveis de Insulina V4 160 V7 140 120 Insulina (pg/ml) Leptina (pg/ml) 30 100 * 80 60 40 20 0 Insulina 0' Moxonidina * p<0,05 vs V1 Insulina 120' Moxonidina Insulina 0' Amlodipina Insulina 120' Amlodipina 55 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... RESULTADOS 6.6. Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona A avaliação de SRA através das dosagens da atividade plasmática da renina e da aldosterona sérica mostrou que a utilização de moxonidina não alterou de forma significativa os valores da APR (42,6±6,5 no período basal e 43,6±7,6 ng/ml/h 24 semanas após o uso da droga), mas o uso da amlodipina aumentou de forma significativa a APR (31,4±4,6 período basal e 47,7±5,6 ng/ml/h após 24 semanas de amlodipina, p=0,034), Figura 4(a). As concentrações de aldosterona sérica não se modificaram de modo significativo após a utilização de moxonidina (190,2±28,8 basal e 200,7±27,1 pg/ml pós-droga) ou de amlodipina (198,2±18,6 basal e 214,7±31,5 pg/ml pós droga), Figura 4(b). Figura 4 (a)Atividade plasmática de renina, (b)aldosterona sérica no período basal (V1) e após 24 semanas (V7) de tratamento com moxonidina ou amlodipina V1 (a) APR V7 50 * APR (pg/ml) 40 30 20 10 0 Moxonidina Amlodipina *p=0,03 vs. V1 56 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... RESULTADOS (b) Aldosterona V1 V7 240 Aldosterona (pg/ml) 210 180 150 120 90 60 30 0 Moxonidina Amlodipina 6.7. Sódio Urinário e Sérico, Potássio Urinário e Sérico, Diurese e Creatinina Sérica. A excreção urinária de sódio (NaU), não se alterou de forma significativa após o uso dos hipotensores. Após 12 semanas de uso de moxonidina houve um aumento na excreção urinária de sódio de 16 mEq/urina 12h e percentual de 11%, esse aumento da natriurese não se manteve após 24 semanas de tratamento com moxonidina. A amlodipina aumentou a natriurese em 9,8 mEq/urina 12h e percentualmente em 7,7%; após 24 semanas de uso da droga, comparado com os valores basais, a excreção urinária de sódio aumentou 14,4 mEq ou 11,3% (Tabela 8). O comportamento da diurese foi semelhante ao da natriuse, houve um aumento percentual de aproximadamente 13% no fluxo urinário após 12 semanas de moxonidina, mas essa elevação não se manteve ao final de 24 semans de uso da droga (Tabela 8). 57 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... RESULTADOS A excreção urinária de potássio (KU) durante 12 horas bem como, as concentrações séricas de sódio, potássio e creatinina não se alteram, e permaneceram dentro dos limites da normalidade (Tabela 8). Tabela 8. Sódio urinário (NaU) e sérico, potássio urinário (KU) e sérico e creatinina sérica no período basal (V1), após 12 semanas (V4) e 24 semanas (V7) de administração de moxonidina ou amlodipina. Moxonidina NaU (mEq/urina 12h) KU (mEq/urina 12h) Diurese (ml/12h) Sódio (mEq/l) Potássio (mEq/l) Creatinina (mg/dl) Amlodipina V1 (basal) V4 V7 V1 (basal) V4 V7 145,8±7,8 161,8±10,7 148,6±11,7 127.2±8.7 137.0±5.8 141.6±3.67 44,8±7.8 36.8±5,2 36,0±4,9 34.1±4.8 32.5±2.7 32.9±1.73 868,8±103,7 981,6±99,03 937,6±94,8 920,7±107,3 846,5±99,1 890,0±81,4 138,6±1,0 139,4±0,9 139,0±0,6 140.0±1,0 140,0±1.0 139.9±0.76 4,1±0,05 4,0±0,1 3,9±0,1 4,0±0.1 3.9±0.05 3.9±0.08 0,77±0,05 0,77±0,04 0,78±0,05 0,99±0.2 0.79±0.0 0.77±0.04 6.8. Situação Antropométrica O índice de massa corpórea, relação cintura quadril (RCQ), percentual de gordura, circunferência do quadril e pregas biceptal, triceptal, subescapular e suprapúbica não se alteraram após a utilização de moxonidina ou amlodipina. Nos pacientes que receberam moxonidina, observamos uma redução de 2 cm, embora não estatisticamente significativa, do diâmetro da cintura abdominal. Também não observamos mudança de classificação de obesidade nos participantes do estudo, após intervenção com os hipotensores (Tabela 9). Todos os pacientes não foram submetidos a dieta hipocalórica nem prática de exercícios físicos orientados. 58 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... RESULTADOS Tabela 9. Índice de massa corpórea (IMC), relação cintura quadril (RCQ), percentual de gordura, circunferência do quadril e cintura e pregas biceptal, triceptal, subescapular e suprapúbica no período basal (V1), após 12 semanas (V4) e 24 semanas (V7) de administração de moxonidina ou amlodipina. Moxonidina Amlodipina V1 (basal) 2 V4 V7 V1 (basal) V4 V7 IMC (kg/m ) 35,4±1,7 35,2±1,8 35,0±1.8 35.9±1.4 36.1±1.45 36.02±1.4 RCQ 0,95±0,02 0,95±0,01 0,94±0,01 0.92±0.02 0.93±0.02 0.92±0.01 Cintura (cm) 108,9±3,9 107,5±3,9 106,9±4,1 104.1±3.5 105.6±3.65 105.4±3.25 Quadril (cm) 113,3±3,4 112,7±3,5 112,7±3,5 113.3±2.9 114.1±3.0 114.9±2.77 Prega suprapúbica (mm) 52,7±1.7 52,3±1,5 51,6±1,4 53.1±1.43 52.5±1.44 52.48±1.31 Prega biceptal (mm) 16,7±0,9 16,1±0,9 15,9±0,9 16.6±0.77 16.6±0.77 17.0±0.68 Prega triceptal (mm) 24,2±1.3 24,3±1,3 24,0±1,3 26.1±1.02 26.1±1.08 25.9±0.88 Prega subescapular (mm) 44,1±1,6 44,6±1,7 43,6±1,1 44.4±1.49 44.3±1.59 44.14±1.43 % gordura 44,1±1.1 43,9±1,0 43,9±1,6 43.85±0.64 43.9±0.69 43.9±0.62 6.9. A Influência dos Níveis de Catecolaminas Plasmáticas, Insulina e Leptina Séricas no Controle da Pressão Arterial nos Pacientes Tratados com Moxonidina Quando analisamos o grupo de pacientes que teve sua PA controlada com moxonidina (níveis inferiores a 130/90 mmHg) observamos redução significativa de 90,67±40,37 pg/ml nos níveis de noradrenalina pós-deambulação, comparada à redução de 57,29 pg/ml±33,89 nos pacientes que não tiveram sua PA controlada (p<0,003). Nesse grupo, registramos também, redução significativa nos níveis de leptina (5,51±2,2 pg/ml, p<0,05) e insulina em jejum (9,61±4,51U/ml, p<0,05) quando comparados aos de pacientes que não atenderam aos critérios de controle da PA (Figura 5). 59 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... RESULTADOS Figura 5 (a)Redução nos níveis de NA pós deambulação, (b)Leptina e (c)Insulina em Jejum, nos pacientes que receberam moxonidina e tiveram a PA controlada, comparada com os pacientes sem controle da PA (a) Redução nos níveis de NA pós deambulação 100 90 Redução da NE pós deambulação (pg/ml) 80 70 ‡ 60 50 40 30 20 10 0 PA controlada ‡ p<0 003 vs PA controlada 6 PA não controlada (b) Redução nos níveis de Leptina Redução de leptina (ng/ml) 5 * 4 3 2 1 0 PA controlada * p<0 05 vs PA controlada PA não controlada (c) Redução nos níveis de Insulina em jejum 10 9 8 Redução insulina em jejum (U/ml) 7 6 * 5 4 3 2 1 0 PA controlada * p<0,05 vs PA controlada PA não controlada 60 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... DISCUSSÃO 7. DISCUSSÃO 61 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... DISCUSSÃO 7. Discussão Admitindo-se que o aumento da atividade simpática, a hiperinsulinemia, a resistência à insulina e a hiperleptinemia contribuem para a hipertensão relacionada à obesidade, avaliamos os efeitos da moxonidina sobre essas variáveis e constatamos que essa droga tem ação hipotensora semelhante às outras classes de antihipertensivos, diminui a atividade simpática, melhora a resistência insulínica e reduz os níveis séricos de leptina. 7.1. Pressão Arterial e Freqüência Cardíaca No presente estudo, a moxonidina e a amlodipina reduziram de forma significativa e com a mesma magnitude a PAS, PAD e PAM, analisadas pelo método convencional e pela MAPA. Observamos redução média da pressão arterial sistólica e diastólica de 20,6 e 14,5 mmHg, respectivamente, após a utilização de moxonidina durante 24 semanas. A eficácia da moxonidina em reduzir a pressão arterial, avaliada através do percentual de pacientes que tiveram sua PA controlada (PAS inferior a 140 mmHg e PAD inferior a 90 mmHg) mostrou que após 12 semanas de tratamento 42,1% dos pacientes tiveram sua PA controlada. Esse percentual atingiu 57,8% dos pacientes após 24 semanas, sugerindo que o efeito da droga se manteve durante todo o 62 DISCUSSÃO Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... período de sua utilização. Ao final do estudo, registramos redução de aproximadamente 12% da PAM; sendo que 84,3% dos pacientes receberam dose máxima de moxonidina (0,4 mg/dia). Nossos achados coincidem com outros estudos clínicos que avaliaram o efeito hipotensor crônico da moxonidina (Prichard e cols., 1997a; Ollivier e cols., 1994; Planitz e cols., 1987; Lotti e cols., 1993;). A eficácia da moxonidina em reduzir a pressão arterial foi demonstrada em vários estudos clínicos duplo-cegos (Frei e cols., 1994) e placebo-controlados (Kuppers e cols., 1997). Frei e cols (1994) encontraram significativa redução da PA após o uso de 0,4mg de moxonidina em pacientes portadores de HA leve e moderada, registrando redução significativa da PAS e da PAD, comparado ao placebo. Nesse estudo, a eficácia da droga, definida como redução da PAD para níveis inferiores a 90mmHg ou redução superior a 10mmHg na PAD, apontou 70% de eficácia no grupo moxonidina. Estudos conduzidos por Kuppers e cols (1997) mostraram redução média da PAS/PAD de 19,5 ± 16,0/12,3 ± 8,7 mmHg após 0,2 a 0,4 mg/dia de moxonidina. Efeito hipotensor em longo prazo da droga também foi observado por Trieb e cols (1995) avaliando mais de 200 pacientes em uso de moxonidina durante 52 semanas. Nesse estudo, a redução média da PAS/PAD foi de 26 ± 20/15 ± 10 mmHg. O efeito da moxonidina sobre a PA avaliada através da monitorização ambulatorial da pressão arterial mostrou que a droga reduziu significativamente a PAS/PAD durante o período diurno - 10,3/6,5 mmHg e noturno - 8,1/4,3 mmHg, sugerindo que sua eficácia persiste durante 24h. Além disso, a redução noturna da 63 DISCUSSÃO Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... PA com o uso da droga fez com que a maioria dos pacientes mantivesse o ritmo circadiano normal da mesma. Schrader e cols (1992), usando a MAPA para examinar o efeito hipotensor da moxonidina sobre o perfil da PA durante 24h, em 22 pacientes portadores de HA, durante 6 semanas, mostraram que a droga não altera os ritmos diurno e noturno da PA. Um outro estudo clínico, duplo-cego, placebo-controlado, onde se avaliou o efeito da moxonidina em 26 pacientes portadores de HA essencial e com sobrepeso, mostrou que 0,4 mg de moxonidina reduziu significativamente a PAS e a PAD durante 24h, avaliadas pela MAPA (Wenzel e cols 1998). A semelhança de outros estudos, não observamos nenhum efeito da moxonidina sobre a freqüência cardíaca, mesmo quando o parâmetro foi avaliado pela MAPA (Kuppers e cols., 1997; Kartt e cols., 1994; Prichard e cols., 1997b). Este fato pode ser decorrência da ausência de efeito sobre o controle vagal da freqüência cardíaca, já que em condições de repouso, é maior que o controle simpático em repouso (Greenwood e cols., 2000). 8.2. Catecolaminas Plasmáticas Métodos diretos e indiretos sugerem que a atividade simpática é mais elevada em indivíduos obesos quando comparados aos magros. Por outro lado, a ingestão calórica elevada aumenta não só o metabolismo da noradrenalina nos tecidos periféricos e sua concentração plasmática em repouso (Landsberg e cols., 1989, Rumantir e cols., 1999) como também, potencializa a elevação da noradrenalina 64 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... DISCUSSÃO plasmática associada a estímulos como modificação postural (Landsberg e cols., 1989). Os pacientes obesos hipertensos têm aumento da atividade simpática muscular, medida diretamente através de microneurografia; a perda de peso reduz significativamente a atividade simpática desses pacientes (Grassi e cols., 1995 e 1998). Embora possam existir variações na ativação simpática regional, a mesma pode estar elevada em vários órgãos e tecidos, incluindo os rins, em indivíduos obesos (Esler e cols., 2000). Interessantemente, nos índios Pima, a maioria dos quais é obesa, mostram evidências de atenuação da atividade. Tal fato parece contribuir para a baixa prevalência de HA encontrada nessa população (Weyer e cols., 2000). Vários estudos farmacológicos experimentais, em cães tornados obesos por dieta rica em gordura, mostraram que a utilização da combinação de bloqueadores αe β-adrenérgicos, reduziu mais a PA, ao nível de significância, que no grupo controle de animais magros (Hall e cols. 1993b). Em outros estudos experimentais o uso de α- e β-bloqueadores atenuou de forma significativa o aumento da PA , em coelhos e cães, alimentados durante várias semanas com dieta com elevado teor de gordura (Antic e cols., 2000, Hall e cols., 1993b). A clonidina, uma droga que atua nos receptores adrenérgicos centrais α2 e que se caracteriza por ser, também, um agonista imidazolínico, impediu a elevação da PA de cães alimentados com dieta rica em gordura (Rocchini e cols., 1999). No presente estudo, a utilização de moxonidina reduziu significativamente os níveis plasmáticos de adrenalina arterial, noradrenalina arterial e noradrenalina 65 DISCUSSÃO Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... venosa pós-caminhada, indicando que a droga diminuiu a pressão arterial através de atenuação da atividade simpática central e, possivelmente, pelos seus efeitos sobre a medula adrenal, já que os níveis plasmáticos de adrenalina arterial também se reduziram significativamente. Estudos experimentais mostraram que alem de estimular os receptores imidazolínicos, a moxonidina também atua sobre receptores α2 pré-sinápticos. Tal efeito poderia, também, ter contribuído para explicar os menores níveis de catecolaminas plasmáticas encontradas no presente protocolo (Likungu e cols., 1996). São escassos os trabalhos na literatura, consultados por nós sobre os mecanismos de ação hipotensora da moxonidina, particularmente aqueles relacionados aos efeitos da droga sobre o SNS, em obesos hipertensos. Em um ensaio clínico realizado em pacientes hipertensos, mas não obesos, observou-se que a droga diminuía a pressão arterial e as concentrações plasmáticas (sangue venoso) de noradrenalina (Wenzel e cols., 1998). A semelhança de estudo conduzido por Young e cols.(1981) observamos elevação na concentração de noradrenalina pós-estímulo ortostático no período basal, indicando resposta fisiológica da noradrenalina plasmática à modificação postural. A observação, no presente estudo, de redução significativa da noradrenalina venosa pós-caminhada com o uso da moxonidina, indica a efetividade da droga sob condições de elevada atividade simpática. Isto fica melhor demonstrado pela observação de que o grupo de pacientes que teve a pressão arterial controlada foi o que apresentou significativa redução da noradrenalina pós-caminhada, em 66 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... DISCUSSÃO contraste com aqueles em que a PA não foi reduzida. Em 2000, Greenwood e cols, avaliaram os efeitos da moxonidina sobre o SNS através de microneurografia em condições basais e sob estímulo, em hipertensos essenciais não obesos, e encontraram redução dessas respostas durante o uso crônico da droga (Greenwood e cols., 2000). Os nossos resultados sugerem também que a redução da concentração plasmática das catecolaminas possa ter influenciado a redução da PA, uma vez que, quando analisamos o grupo de pacientes que tiveram sua PA controlada ao final do estudo, esses pacientes foram os que tiveram redução nos níveis de noradrenalina venosa pós-deambulação significativamente maior que os pacientes que não tiveram sua PA controlada. Embora a amlodipina tenha apresentado uma tendência em reduzir os níveis de noradrenalina arterial e venosa pós-caminhada não se registrou diferenças estatísticas nessas e nas outras catecolaminas estudas após seu uso. 8.3. Sensibilidade à insulina, leptina e perfil lipídico A hipertensão arterial é freqüentemente acompanhada de alterações no metabolismo dos carboidratos e lipídeos, o que acentua o risco cardiovascular (Reaven e cols., 1996). A hiperglicemia, hiperinsulinemia, hipertrigliceridemia e baixas concentrações de HDL-colesterol parecem estar associadas à redução da utilização da glicose mediada pela insulina e constituem os principais componentes 67 DISCUSSÃO Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... da Síndrome Metabólica (Reaven e cols., 1996). Em humanos, o aumento da atividade do sistema nervoso simpático e elevadas concentrações plasmáticas de insulina e leptina têm sido considerados como os principais mediadores neurohumorais da hipertensão relacionada à obesidade (Tuck e cols., 1992). Entretanto não está completamente esclarecido se essas variáveis iniciariam e subsequentemente manteriam a elevação da PA associada à obesidade (Tuck e cols., 1992). Landsberg e cols (1996) têm proposto que a hiperinsulinemia seria a alteração inicial no desenvolvimento da HA de obesos, pois induziria o aumento dos níveis pressóricos através de estimulo da atividade simpática. Hipotetizam que a insulina mediando o aumento da atividade simpática em obesos seria um mecanismo compensatório, auxiliando a restauração do balanço energético, por aumentar a termogênese. Assim, a HA que ocorre em associação à obesidade seria a conseqüência indesejável de mecanismos recrutados nos obesos, com o objetivo de restaurar o gasto energético e limitar futuros ganhos de peso (Landsberg e cols., 2001). Outros autores acreditam que a hiperatividade simpática seja a causa primária da resistência à insulina, hiperinsulinemia e elevação da PA em obesos (Julius e cols., 1992; 1994; 2000). Admitem que o aumento da atividade simpática na musculatura esquelética levaria a vasoconstricção, redução do fluxo vascular e induziriam a resistência à insulina (Julius e cols., 2000). Propõem, também, que a elevação da PA e o ganho de peso refletiriam um aumento primário do tônus 68 DISCUSSÃO Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... simpático (Julius e cols., 2000). O tonus simpático cronicamente estimulado induziria a redução da responsividade dos receptores β adrenérgicos e, conseqüentemente, diminuição da capacidade em dissipar energia, podendo, com isso, levar ao ganho de peso. As hipóteses de Landsberg e Julius sugerem mecanismos opostos relacionados ao inicio do aumento da atividade simpática e da resistência à insulina na hipertensão relacionada à obesidade. Entretanto, ambas hipóteses mostram que esses pacientes têm aumento da atividade simpática, resistência à insulina e hiperinsulinemia. Recentemente, resistência a leptina e hiperleptinemia foram incorporadas às hipóteses mencionadas. Embora o nosso estudo não tenha sido desenhado para comparar hipertensos obesos com um grupo controle de humanos saudáveis, espera-se que uma parcela expressiva dos mesmos apresente hiperatividade simpática, resistência à insulina, hiperleptinemia, intolerância à glicose e desajustes no metabolismo lipídico. A utilização de moxonidina, durante 24 semanas, reduziu de forma significativa a concentração de insulina pós-sobrecarga de dextrosol e redução de 23% na insulina basal e de 18% na sensibilidade da insulina avaliada pelo HOMA. Como a concentração sérica de glicose em jejum e pós-sobrecarga com dextrosol não se modificou de forma significativa, a despeito da redução nos níveis de insulina, podemos inferir que esse estado euglicêmico foi mantido às custas de concentrações de insulina mais elevadas, sugerindo um estado de resistência à insulina. Tal estado dismetabólico foi favoravelmente modificado pela moxonidina. Estudos experimentais, em ratos alimentados com frutose e ratos obesos espontaneamente 69 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... hipertensos, mostram que a moxonidina apresenta DISCUSSÃO efeitos favoráveis sobre a Síndrome Metabólica. Melhora o transporte músculo-esquelético de glicose, a autofosforilação do receptor de insulina, aumenta a expressão do substrato-1 desse receptor. Tais achados sugerem que a moxonidina atua a nível celular sobre as ações da insulina (Rosen e cols., 1997). A semelhança dos nossos achados, outros estudos clínicos mostraram efeitos benéficos ou neutros da moxonidina sobre o metabolismo dos carboidratos (Chrisp e cols., 1992; Kaan e cols., 1995). Outros estudos clínicos mostraram pequenas reduções, dose-dependente, da glicemia em jejum pós-uso da moxonidina. Um ensaio clínico duplo-cego placebo controlado, mostrou melhora da sensibilidade da insulina após o uso desse agonista (Lithell, 1997). Por outro lado, a disponibilidade da glicose mediada pela insulina, avaliada através de clamp-euglicêmico, melhorou após a utilização de moxonidina, sendo esse efeito mais significativo nos pacientes com maior resistência à insulina (Lithell, 1997). Quando analisamos a redução nos níveis de insulina de jejum e o comportamento da pressão arterial nos pacientes que receberam moxonidina, verificamos que no subgrupo que teve sua pressão arterial controlada, a redução desses níveis foi significativamente maior que nos pacientes sem controle da PA. Esses dados confirmam pesquisas prévias que mostraram melhora na sensibilidade à insulina após o uso crônico de agonistas de receptores imidazolínicos (Chrisp e cols., 1992; Kaan e cols., 1995; Lithell, 1997). Ressalte-se, porém, que esses estudos não incluíram hipertensos obesos. 70 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... DISCUSSÃO Uma das mais intrigantes ligações entre obesidade e ativação simpática é a hiperleptinemia. Estudos têm mostrado que a leptina plasmática aumenta em proporção à adiposidade (Zhang e cols., 1994). A secreção de leptina pelos adipócitos é modulada por vários fatores como a insulina, glucocorticóides e atividade β-adrenérgica (Zhang e cols., 1994; Flier e cols., 1998b). No presente estudo, a administração crônica de moxonidina reduziu de forma significativa (19%) a concentração sérica de leptina. Poucos também são os estudos que avaliaram os efeitos da moxonidina sobre a leptina. Sugere-se, que a secreção de leptina é inibida por agentes simpaticomiméticos (Carpene e cols., 1997). A moxonidina atua parcialmente e por seletividade, aumentando a atividade simpática para o tecido adiposo branco e possivelmente para o marrom , reduzindo conseqüentemente a secreção da leptina (Carpene e cols., 1997). Embora não tivéssemos encontrado correlação entre a redução nos níveis de leptina e os níveis das catecolaminas plasmáticas ou de insulina, verificamos que os níveis de séricos de leptina reduziram-se significativamente mais nos pacientes que tiveram sua PA controlada, sugerindo que reduções dos níveis de leptina estariam relacionas ao melhor controle da PA. Num dos raros ensaios que se avaliou os efeitos da moxonidina sobre as concentrações plasmáticas de leptina, Bing e cols (1999) estudando ratos obesos (ob/ob), mostraram níveis de leptina 9 vezes maiores nos animais obesos não tratados, quando comparados aos magros. Os efeitos de moxonidina, durante 21 dias, sobre os níveis de leptina evidenciaram redução de 71 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... DISCUSSÃO 14% nas concentrações plasmáticas desse peptídeo nos ratos ob/ob e nenhuma alteração nos ratos magros (Bing e cols., 1999). Quando analisamos os 40 pacientes no período basal, encontramos uma correlação positiva e estatisticamente significativa entre níveis séricos de leptina com o IMC e a concentração sérica de insulina, sugerindo dependência desse hormônio ao tecido adiposo. Estudos em humanos (Hall e cols., 2001) também apontaram correlação positiva entre a massa de tecido gorduroso e níveis de leptina. Estudos experimentais mostraram além dessa associação, correlação positiva entre os níveis de leptina e os de insulina Bing e cols (1999). Considerando-se que a obesidade é uma das variáveis que mais contribui para o desenvolvimento da HA essencial, não seria surpresa encontrar-se hiperleptinemia em pacientes hipertensos ou mesmo a correlação entre leptina e PA. Entretanto, no período basal, do presente estudo, essa correlação não foi demonstrada. Outros estudos em humanos não mostraram uniformidade quanto a associação de leptina com os níveis de PA (Hirose e cols., 1998, Suter e cols., 1998). Alguns estudos têm formulado a hipótese de que a elevação dos ácidos graxos livres poderia aumentar a pressão arterial em decorrência do aumento da atividade simpática ou pelo aumento da resposta vasoconstrictora à ativação simpática (Stepniakowski e cols., 1995; Grekin e cols., 1997). O aumento de ácidos graxos para o fígado oriundo da circulação venosa portal em indivíduos com obesidade visceral poderia levar a ativação simpática (Grekin e cols., 1997). 72 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... DISCUSSÃO A despeito de não encontrarmos reduções estatisticamente significativas nas concentrações séricas de triglicérides, colesterol total, HDL e LDL-colesterol, observamos que após 24 semanas de utilização de moxonidina houve uma redução percentual de 10% nos níveis de triglicérides, o que sugere que a droga melhora o perfil lipídico ou se comporta de forma neutra não interferindo desfavoravelmente no metabolismo dos lipídeos. Um estudo experimental que avaliou o efeito crônico da moxonidina sobre ratos Zucker, um modelo de animais obesos com acentuada intolerância à glicose, resistência à insulina, hiperinsulinemia e dislipidemia, mostrou que após 21 dias de utilização de moxonidina houve redução de 28% nos níveis de ácidos graxos livres e 18% na concentração plasmática de insulina em jejum, enquanto a glicemia de jejum não se alterou (Erik e cols., 1997). Por outro lado, estudos clínicos mostraram que a moxonidina tem efeitos benéficos ou neutros sobre o metabolismo dos lípides (Chrisp e cols., 1992; Kaan e cols., 1995). Avaliações realizadas em pacientes hipertensos com dislipidemia mostraram também a neutralidade metabólica de outro agonista de receptores imidazolínico, a rilmenidina (Mpoy e cols., 1988). Um estudo comparativo com o captopril, droga com comprovada neutralidade sobre o perfil lipídico, mostrou que a rilmenidina não alterou os níveis séricos de colesterol, HDL e LDL-colesterol (Scemama e cols., 1995). A amlodipina comportou-se como uma droga neutra em relação ao perfil lipídico, glicídico, à resistência à insulina e a concentração leptina após 24 semanas do seu uso. 73 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... DISCUSSÃO 8.4. Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona A atividade plasmática da renina parece estar significativamente aumentada em muitos pacientes obesos, a despeito da retenção de sódio e do aumento do volume plasmático que esses indivíduos apresentam (Hall e cols., 1993a). No presente estudo, a administração crônica de moxonidina não modificou a atividade plasmática da renina bem como a concentração sérica da aldosterona, contrariando o que tem sido observado na maior parte dos estudos agudos (Mitrovic e cols., 1991; Kirch e cols., 1990) onde a variável é reduzida após períodos de uso da droga que variaram de 150 a 240 minutos. Em um estudo clínico, onde se avaliou o efeito agudo da moxonidina em 26 pacientes hipertensos, com sobrepeso, também não se registrou modificação na atividade plasmática da renina, 150 minutos após a administração da droga (Wenzel e cols., 1998). Duas possibilidades explicariam a ausência de redução da APR em nosso estudo. A primeira, é que avaliamos a proteína-enzima não estimulada, com os pacientes adotando a posição supina durante a obtenção das amostras; a segunda, é que o uso crônico poderia provocar um reajuste da homeostase circulatória e do volume extracelular onde participariam outros sistemas que acabariam provocando uma down regulation nos níveis da APR. Não obstante, Zech e cols. (1986) avaliando os efeitos crônicos (8 semanas) de outro agonista imidazolínico, a rilmenidina, também em hipertensos essenciais, mostraram dimiuição da APR tanto em repouso quanto pós-caminhada. Nesse mesmo estudo, nenhuma alteração na concentração 74 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... DISCUSSÃO plasmática de aldosterona foi encontrada, a semelhança de nossos achados, onde os níveis do mineralocorticóide não se modificaram. É importante mencionar que a APR se elevou, no grupo de nossos pacientes que recebeu amlodipina. 8.5 Parâmetros Renais Alguns estudos têm sugerido que a moxonidina além de reduzir a PA por ativação seletiva dos receptores imidazolínicos I1 e por inibição da atividade nervosa simpática, pode também atuar no rim sobre receptores imidazolínicos, induzindo a diurese e natriurese (Menaouar e cols., 2002). No presente estudo, a administração crônica de moxonidina não alterou de forma significativa tanto a natriurese quanto a diurese, embora após 12 semanas de moxonidina tivéssemos registrado um aumento de 11% da excreção urinária de sódio e de 13% na diurese. Tais modificações não persistiram após 24 semanas de utilização da droga, confirmando observações prévias (Wiecek e cols., 1995). É importante enfatizar que embora a moxonidina não tenha efeitos diuréticos, diferentemente de outros agentes imidazolínicos ou simpaticolíticos, não causa retenção de sódio (Ritz e cols., 1998), o que sugere a participação de mecanismos intra-renais contrapondo-se aos efeitos da retenção de sódio secundários à inibição simpática e redução da PA. Alguns estudos mostram que a infusão direta de moxonidina nas artérias renais pode aumentar a excreção de sódio e água (Smyth e cols., 1999; Greven e cols., 2001). Outros estudos experimentais mostram que a 75 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... DISCUSSÃO administração aguda da moxonidina a ratos hipertensos e normotensos aumenta não somente o fluxo urinário e a excreção urinária de sódio, como também a concentração plasmática do peptídeo natriurético atrial e do 3’5’ guanosina monofosfato cíclico (Mukaddan-Daher e cols., 1999). Embora o desenho do nosso estudo não tenha sido formulado para avaliar o efeito agudo da droga sobre a diurese e a natriurese, não pode ser descartada a possibilidade de que nas semanas iniciais do tratamento a droga não tenha interferido favoravelmente sobre esses parâmetros renais. Embora a excreção urinária de sódio tenha apresentado um aumento de 11% após o uso de amlodipina, não registramos variações significativas dessa variável e dos outros parâmetros renais estudados após a utilização desse bloqueador de canais de cálcio. 8.6 Situação antropométrica Ernsberger e cols (1996) mostraram que a moxonidina pode induzir hipofagia e perda de peso em ratos obesos espontaneamente hipertensos, embora não tenham oferecido nenhuma explicação para o fato. Em outro estudo, realizados em ratos obesos Zucker fa/fa (Dryden e cols., 1994), a moxonidina teve efeitos hipofágico e anti-obesidade que foram parcialmente explicados pela inibição do NPY. 76 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... DISCUSSÃO Em nosso estudo, a moxonidina, assim como a amlodipina, não modificaram de forma significativa o peso, o IMC, a circunferência da cintura e a relação cintura/quadril. 77 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... CONCLUSÕES 8. CONCLUSÕES 78 CONCLUSÕES Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... 7. Conclusões 1. A moxonidina reduziu a pressão arterial significativamente e de forma semelhante à amlodipina. Após 24 semanas de uso dos hipotensores, aproximadamente 55% dos pacientes tiveram sua pressão arterial controlada. 2. As reduções nas concentrações plamáticas de adrenalina arterial, noradrenalina arterial e venosa pós-caminhada, após o uso da moxonidina, sugerem que essa droga pode diminuir a atividade do sistema nervoso simpático. 3. A observação de que os pacientes do grupo moxonidina, que tiveram a pressão arterial controlada, apresentaram redução significativa da concentração plasmática da noradrenalina pós-caminhada, sugere que a redução da pressão arterial esta relacionada com a queda nos níveis desse hormônio. 4. A moxonidina reduziu significativamente a concentração da insulina 120 minutos após sobrecarga com dextrosol, sugerindo que a droga interfere favoravelmente na resistência à insulina. 79 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... CONCLUSÕES 5. A associação entre a redução nos níveis de insulina e o controle da pressão arterial, após o uso da moxonidina, reforça a hipótese de que o controle da pressão arterial esta associada à melhora da resistência à insulina. 6. A influência da moxonidina sobre a redução nos níveis séricos da leptina e a associação dessa redução com o controle da pressão arterial, sugerem que a moxonidina pode, pelo menos em parte, reduzir a PA através da redução desse peptídeo. 80 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 81 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... REFERÊNCIAS Referências Bibliográficas Akselrod S, Gordon D, Madwed JB, et al. Hemodynamic regulation: Investigation by spectral analysis. Am J Phisiol 1985;249:11867-11875 Alexander J, Dustan Dustan HP. Mechanism of hypertension associated with obesity. Ann Intern Med 1983;98:860-864. Anderson EA, Balon TW, Hoffman RP, Sinkey CA, Mark AL. Insulin increases sympathetic activity but not blood pressure in boderline hypertensive humans. Hypertension 1992;19:621-627. Anderson EA, Hoffman RP, Babon TW, Sinkey CA, Mark AL. 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Zech P , Pozet N. effect of rilmenidine on Neurohormonal System in Patients Treated for Mild to Moderate hypertension. In. 11th Scientific Meeting of the International Society of Hypertension. Heidelberg: International Society of Hypertension, 1986. Zhang Y, Proenca R, Maffei M, Barone M, Leopold L, Friedman JM. Positional cloning of the mouse obese gene and its human homologue. Nature 1994; 372: 425-432. Zimmet P. Hyperinsulinemia - how innocent a bystander? Diabetes Care 1993;16(suppl 3): 56-77. Zimmet P. Kelly West Lecture 1991. Challenges in diabetes epidemiology - from West to the rest. Diabetes Care 1992; 15: 232-252. Zhongmin MA. Radioimmunoassay of leptin in human plasma. Clinical Chemistry 1996;42:942-946. 93 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS ANEXOS 94 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS ANEXO I CALENDÁRIO DE EVENTOS Calendário dos Eventos Visitas -2 -1 1 2 3 4 5 6 7 Mês -1 -0,5 0 1 2 3 4 5 6 Consentimento Informado x No do Paciente x No Randomização x Pressão arterial x x x x x x x x x Freqüência cardíaca x x x x x x x x x Medidas Antropométricas. x x x x x x x x x História x Exame Físico x x x x x x x x x x x x x x Ajuste dose Perfil Lipídico x x x Catecolaminas x x x Leptina x x x x x x Glicose 2h Pos Dextrosol x x x Insulina Jejum x x x Insulina 2h Pos Dextrosol x x x x x x NaU / 12h x x x APR x x x Aldosterona x x x Glicose Jejum Creatinina ECG x x x x Urina: EAS x MAPA x x x x x NaU: sódio urinário; APR: atividade plasmática de renina; ECG; eletrocardiograma; EAS: elementos anormais e sedimento urinário; MAPA: monitorização ambulatorial da pressão arterial 95 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS ANEXO II FICHA DE ACOMPANHAMENTO Universidade do Estado do Rio de Janeiro Laboratório de Fisiopatologia Clínica e Experimental - CLINEX Clinica de Hipertensão VISITA -2 (___/___/___) Paciente: __________________________________________________________________ Endereço: __________________________________________________________________ Tel:_____________ Nascimento: ____/____/_______ Idade: _______ Sexo: _______ Raça: ______________ Reg. HUPE:___________ Data do Consentimento: ____/____/____ Teste de Gravidez: _________________ EXAME FÍSICO: Jejum: _______horas Alguma alteração no exame físico? ______ Qual? ___________________________________ Avaliação Antropométrica Peso:________ Altura: __________ Cintura: __________Quadril: _________ Pregas cutâneas bicipital: ______ ntricipital: _____ subescapular: _______ Suprailíaca: ____ IMC: _______ RCQ: __________ % gordura corpórea: _________ EXAMES DE LABORATÓRIO Creatinina sérica:_______________ Na 24 h: _____________ HISTÓRICO: Hipertenso há _____ anos. Toma antihipertensivo há ___ anos. Medicação: ____________________________________ Dose: __________ Método Anticoncepcional: _________ Condição crônica? ______ Qual? ___________________________________ Cirurgia? _______ Qual? __________________________________________ Alergia? _________________ Outra medicação? _________-_____________ PRESSÃO ARTERIAL: hora do remédio: _____ ____ hora do medição: ____ Posição Ortostática: Posição Supina: Média de 3 medidas: PAS: __________ Média de 3 medidas: PAS: ___________ PAD: __________ PAD: ____________ FC: __________ FC: _____________ ELETROCARDIOGRAMA: ___/___/______ Comentários: ____________________________________________________________ VISITA -1 (___/___/___) EXAME FÍSICO: Jejum: _______horas Alguma alteração no exame físico? ______ Qual? ______________________________ Avaliação Antropométrica Peso:________ Altura: ______ Cintura: __________Quadril: _____________ Pregas cutâneas bicipital: ____ tricipital: _____ subescapular: ____ Suprailíaca: ____ IMC: _______ RCQ: __________ % gordura corpórea: _________ 96 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS PRESSÃO ARTERIAL: hora do remédio: ________ hora do medição: ____ Posição Ortostática: Posição Supina: Média de 3 medidas: PAS: _______ Média de 3 medidas: PAS: ________ PAD: _________ PAD: ________ FC: ________ FC: _________ MEDICAÇÃO CONCOMITANTE: Tomou algum medicamento desde a última visita? Qual? Por que? _______________________________________________________ MEDICAÇÃO DO ESTUDO: Qual medicação? ___________________ Data da entrega: ___/___/___ Quantos comp?_____ Dose diária recomendada: ________________ EVENTOS ADVERSOS: ____________________________________________ VISITA 1 (___/___/___) EXAME FÍSICO: Jejum: _______horas Alguma alteração no exame físico? ______ Qual? ________________________ Avaliação Antropométrica Peso:__________ Altura: _____ Cintura: __________Quadril: _____________ Pregas cutâneas bicipital: ______ tricipital: _____ subescapular: _______ Suprailíaca: ____ IMC: _______ RCQ: __________ % gordura corpórea: _________ PRESSÃO ARTERIAL: hora do remédio: _____ : ____ hora do medição: ____ Posição Ortostática: Posição Supina: Média de 3 medidas: PAS: ________ Média de 3 medidas: PAS: _______ PAD: ________ PAD: _______ FC: ________ FC: _________ M.A.P.A.: Data: ___/___/___ Hora do início: __________ Resumo dos achados: ________________________________________________________ EXAMES DE LABORATÓRIO: Creatinina sérica: Glicose de jejum: Insulina de jejum: Catecolaminas pplasmáticas: Dopamina: HDL-colesterol: Triglicerídes: Creatinina na urina 24h: Aldosterona sérica: Na Sérico: Glicose 2h Pos-Sog: Insulina 2h Pos-Sog: Adrenalina: Colesterol total: LDL-colesterol: NaU 24h: K Sérico Leptina: MEDICAÇÃO CONCOMITANTE: Tomou algum medicamento desde a última visita? Qual? Por que? _________________________________ MEDICAÇÃO DO ESTUDO: Comprimidos devolvidos: _____________ Dose diária tomada: __________ 97 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS Nova medicação: __________________ Data da entrega: ___/___/___ Quantos comp?_____ Dose diária recomendada: ________________ EVENTOS ADVERSOS: _________________________________________ VISITA 2 (___/___/___) EXAME FÍSICO: Jejum: _______horas Alguma alteração no exame físico? ______ Qual? _____________________ Avaliação Antropométrica Peso:__________ Altura___ Cintura: __________Quadril: _____________ Pregas cutâneas bicipital: ______ tricipital: _____ subescapular: _______ Suprailíaca: ______ IMC: _______ RCQ: __________ % gordura corpórea: _________ PRESSÃO ARTERIAL: hora do remédio: _____ hora do café: ____ hora do medição: ____ Posição Ortostática: Posição Supina: Média de 3 medidas: PAS: ________ Média de 3 medidas: PAS: _______ PAD: ________ PAD: _______ FC: ________ FC: _________ MEDICAÇÃO CONCOMITANTE: Tomou algum medicamento desde a última visita? Qual? Por que?__________________ _____________________________________ MEDICAÇÃO DO ESTUDO: Comprimidos devolvidos: _____________ Dose diária tomada: __________ Nova medicação: __________________ Data da entrega: ___/___/___ Quantos comp?_____ Dose diária recomendada: ________________ EVENTOS ADVERSOS: ________________________________________ VISITA 3 (___/___/___) EXAME FÍSICO: Jejum: _______horas Alguma alteração no exame físico? ______ Qual? _____________________ Avaliação Antropométrica Peso:____________ Altura: ______ Cintura: __________Quadril: ________ Pregas cutâneas bicipital: ______ tricipital: _____ subescapular: _______ Suprailíaca: ____ IMC: _______ RCQ: __________ % gordura corpórea: _________ PRESSÃO ARTERIAL: hora do remédio: _____ ___ hora do medição: ____ Posição Ortostática: Posição Supina: Média de 3 medidas: PAS: ________ Média de 3 medidas: PAS: _______ PAD: _________ PAD: _______ FC: ________ FC: ________ MEDICAÇÃ CONCOMITANTE: Tomou algum medicamento desde a última visita? Qual? Por que? _____________________________________________________ MEDICAÇÃO DO ESTUDO: Comprimidos devolvidos: _____________ Dose diária tomada: _______ Nova medicação: _____________ Data da entrega: ___/___/___ Quantos comp?_______dose diária recomendada: ________________ 98 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS EVENTOS ADVERSOS: _____________________________________ VISITA 4 (___/___/___) EXAME FÍSICO: Jejum: _______horas Alguma alteração no exame físico? ______ Qual? _________________ Avaliação Antropométrica Peso:____________ Altura: ___ Cintura: __________Quadril: _______ Pregas cutâneas bicipital: ______ tricipital: _____ subescapular: _______ Suprailíaca: ____ IMC: _______ RCQ: __________ % gordura corpórea: _________ PRESSÃO ARTERIAL: hora do remédio: _______ hora do medição: __ Posição Ortostática: Supina: Média de 3 medidas:PAS: _____Média de 3 medidas:PAS: _________ PAD: __________ PAD: _________ FC: ________ FC: __________ EXAMES DE LABORATÓRIO: Creatinina sérica: Glicose de jejum: Insulina de jejum: Catecolaminas plasmática: Dopamina: HDL-colesterol: Triglicerídes: Creatinina na urina 24h: Aldosterona sérica: Na Sérico: Glicose 2h Pos-Sog: Insulina 2h Pos-Sog: Adrenalina: Colesterol total: LDL-colesterol: NaU 24h: K sérico Leptina: MEDICAÇÃO CONCOMITANTE: Tomou algum medicamento desde a última visita? Qual? Por que___________________________________ MEDICAÇÃO DO ESTUDO: Comprimidos devolvidos: _____________ Dose diária tomada: _______ Nova medicação: ___________________ Data da entrega:___/___/___ Quantos comp?_____ Dose diária recomendada: ________________ EVENTOS ADVERSOS: _____________________________________ VISITA 5 (___/___/___) EXAME FÍSICO: Jejum: _______horas Alguma alteração no exame físico? ______ Qual? _________________ Avaliação Antropométrica Peso:____________ Altura: ___ Cintura: __________Quadril: _______ Pregas cutâneas bicipital: ______ tricipital: _____ subescapular: _______ Suprailíaca: ____ IMC: _______ RCQ: __________ % gordura corpórea: _________ 99 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS PRESSÃO ARTERIAL: hora do remédio: ________ hora do medição: ____ Posição Ortostática: Posição Supina: Média de 3 medidas: PAS: ________ Média de 3 medidas: PAS: _______ PAD: ________ PAD: _______ FC: ________ FC: _________ MEDICAÇÃO CONCOMITANTE: Tomou algum medicamento desde a última visita? Qual? Por que? ______________________________________________________ MEDICAÇÃO DO ESTUDO: Comprimidos devolvidos: _____________ Dose diária tomada: ___________ Qual medicação? ___________________ Data da entrega: ___/___/___ Quantos comp?_____ Dose diária recomendada: ________________ EVENTOS ADVERSOS: __________________________________________ VISITA 6 (___/___/___) EXAME FÍSICO: Jejum: _______horas Alguma alteração no exame físico? ______ Qual? ______________________ Avaliação Antropométrica Peso:____________ Altura: __ Cintura: __________Quadril: _____________ Pregas cutâneas bicipital: ______ tricipital: _____ subescapular: _______ Suprailíaca: ____ IMC: _______ RCQ: __________ % gordura corpórea: _________ PRESSÃO ARTERIAL: hora do remédio: _______ hora do medição: ____ Posição Ortostática: Posição Supina: Média de 3 medidas: PAS: ________ Média de 3 medidas: PAS: ________ PAD: ________ PAD: ________ FC: ________ FC: _________ MEDICAÇÃO CONCOMITANTE: Tomou algum medicamento desde a última visita? Qual? Por que? _______________________________________________________ MEDICAÇÃO DO ESTUDO: Comprimidos devolvidos: _____________ Dose diária tomada: ___________ Qual medicação? ___________________ Data da entrega: ___/___/___ comp?_____ Dose diária recomendada: ________________ Quantos EVENTOS ADVERSOS: __________________________________________ VISITA 7 (___/___/___) EXAME FÍSICO: Jejum: _______horas Alguma alteração no exame físico? ______ Qual? ______________________ Avaliação Antropométrica Peso:____________ Altura: __ Cintura: __________Quadril: _____________ Pregas cutâneas bicipital: ______ tricipital: _____ subescapular: _______ Suprailíaca: ____ IMC: _______ RCQ: __________ % gordura corpórea: _________ 100 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS PRESSÃO ARTERIAL: hora do remédio: _____ hora do café: ____ hora do medição: ____ Posição Ortostática: Posição Supina: Média de 3 medidas: PAS: _________ Média de 3 medidas: PAS: ________ PAD: _________ PAD: ________ FC: ________ FC: __________ M.A.P.A.: Data: ___/___/___ Hora do início: __________ Resumo dos achados: ________________________________________________________ ELETROCARDIOGRAMA: ___/___/___ Comentários: _______________________________________________________________ EXAMES DE LABORATÓRIO: Creatinina sérica: Glicose de jejum: Insulina de jejum: Catecolaminas plasmáticas: Dopamina: HDL-colesterol: Triglicerídes: Creatinina na urina 24h: Aldosterona sérica: Na Sérico: Glicose 2h Pos-Sog: Insulina 2h Pos-Sog: Adrenalina: Colesterol total: LDL-colesterol: NaU 24h: K sérico Leptina: MEDICAÇÃO CONCOMITANTE: Tomou algum medicamento desde a última visita? Qual? Por que? _______________________________________________________ MEDICAÇÃO DO ESTUDO: Comprimidos devolvidos: _____________ Dose diária tomada: __________ Qual medicação? ___________________ Data da entrega: ___/___/___ Quantos comp?_____ Dose diária recomendada: ________________ EVENTOS ADVERSOS:______________________________________________________ 101 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS ANEXO III VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS 1. Pressão Arterial – Moxonidina e Amlodipina PAS - Moxonidina PAM - Moxonidina PAD - Moxonidina V1 V4 V7 V1 V4 V7 1 170 140 170 1 114 92 106 1 133 108 127 2 153 140 150 2 113 94 96 2 126 109 114 8 160 140 139 8 100 88 84 8 120 105 102 10 155 151 154 10 106 110 98 10 122 124 117 11 166 132 138 11 98 84 80 11 121 100 99 12 180 162 170 12 102 104 98 12 128 123 122 13 148 120 132 13 98 80 90 13 115 93 104 16 160 142 130 16 98 94 84 16 119 110 99 17 176 170 140 17 106 110 97 17 129 130 111 18 160 146 138 18 98 92 86 18 119 110 103 21 164 149 148 21 100 89 84 21 121 109 105 22 148 140 128 22 98 90 84 22 115 107 99 24 174 136 168 24 105 84 98 24 128 101 121 25 172 130 138 25 106 89 90 25 128 103 106 26 148 132 128 26 94 84 86 26 112 100 100 27 160 138 132 27 100 84 84 27 120 102 100 37 154 138 138 37 110 100 88 37 125 113 105 42 154 133 128 42 102 88 88 42 119 103 101 43 146 128 130 43 98 96 84 43 114 107 99 Pacientes PAS - Amlodipina Pacientes V1 V4 V7 PAD - Amlodipina Pacientes PAM - Amlodipina V1 V4 V7 V1 V4 V7 3 180 154 151 3 114 92 96 3 136 113 114 4 180 145 148 4 114 106 96 4 136 119 113 6 168 168 130 6 112 112 94 6 131 131 106 7 180 142 123 7 114 86 87 7 136 105 99 9 144 124 140 9 106 88 90 9 119 100 107 14 160 128 128 14 104 86 84 14 123 100 99 19 158 138 140 19 96 86 92 19 117 103 108 20 172 140 140 20 102 88 84 20 125 105 103 23 154 138 128 23 104 92 90 23 121 107 103 28 180 130 142 28 110 80 80 28 133 97 101 29 160 128 136 29 100 80 86 29 120 96 103 30 158 136 130 30 98 86 84 30 118 103 99 31 150 146 138 31 104 92 88 31 119 110 105 32 160 142 140 32 105 88 90 32 123 106 107 33 146 130 124 33 96 88 84 33 113 102 97 34 148 136 130 34 96 84 88 34 113 101 102 36 150 132 130 36 98 88 88 36 115 103 102 38 144 142 130 38 110 94 90 38 121 110 93 39 152 128 126 39 102 84 84 39 119 98 98 41 146 130 126 41 98 90 84 41 114 103 98 44 130 130 138 44 106 90 96 44 103 103 110 Pacientes Pacientes V1 V4 V7 Pacientes 102 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS ANEXO III VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS 2. MAPA - Pressão Arterial e Sobrecargas/24h - Moxonidina PAS/PAD/PAM 24h - V7 PAS/PAD/PAM 24h - V1 Paciente 1.0 2.0 8.0 10.0 11.0 12.0 13.0 16.0 17.0 18.0 21.0 22.0 24.0 25.0 26.0 27.0 37.0 42.0 43.0 PAS 24hV1 157.0 139.0 120.0 132.0 140.0 162.0 115.0 148.0 162.0 138.0 176.0 146.0 152.0 180.0 132.0 121.0 130.0 129.0 139.0 PAD 24hV1 96.0 80.0 75.0 88.0 78.0 98.0 70.0 89.0 98.0 84.0 100.0 86.0 94.0 111.0 84.0 69.0 83.0 84.0 70.0 PAM 24hV1 117.0 103.0 91.0 102.0 99.0 122.0 85.0 110.0 120.0 104.0 127.0 109.0 113.0 135.0 99.0 91.0 95.0 100.0 89.0 Sobrecargas sistólica/diastólica 24h - V1 Paciente 1.0 2.0 8.0 10.0 11.0 12.0 13.0 16.0 17.0 18.0 21.0 22.0 24.0 25.0 26.0 27.0 37.0 42.0 43.0 SC S 24hV1 78.3 47.8 2.8 20.9 48.7 93.5 3.5 73.2 94.2 47.3 100.0 68.9 81.8 100.0 24.1 25.0 11.6 13.3 13.5 SC D 24hV1 59.4 17.3 5.4 49.3 7.6 76.6 5.2 41.0 68.1 29.8 73.5 29.7 58.4 98.3 32.2 1.5 32.5 31.1 8.1 Paciente 1.0 2.0 8.0 10.0 11.0 12.0 13.0 16.0 17.0 18.0 21.0 22.0 24.0 25.0 26.0 27.0 37.0 42.0 43.0 V7 PAS 24h 144.0 124.0 131.0 131.0 134.0 170.0 111.0 132.0 143.0 136.0 135.0 149.0 158.0 146.0 116.0 118.0 116.0 105.0 105.0 V7 PAD 24h 89.0 68.0 74.0 89.0 68.0 105.0 65.0 75.0 92.0 84.0 76.0 89.0 100.0 91.0 70.0 58.0 87.0 73.0 62.0 V7 PAM 24h 108.0 90.0 94.0 103.0 91.0 129.0 81.0 94.0 110.0 103.0 98.0 110.0 121.0 110.0 83.0 79.0 99.0 87.0 78.0 Sobrecargas sistólica/diastólica 24h - V7 Paciente 1.0 2.0 8.0 10.0 11.0 12.0 13.0 16.0 17.0 18.0 21.0 22.0 24.0 25.0 26.0 27.0 37.0 42.0 43.0 V7 SC S 24h 57.8 8.9 21.6 19.4 31.1 91.0 0.0 17.0 52.3 36.3 46.6 73.1 87.8 64.5 0.0 5.7 11.2 3.8 0.0 V7 SC D 24h 50.0 4.4 5.0 42.8 4.9 83.9 1.5 4.2 51.1 34.8 6.6 45.1 70.2 51.6 0.0 1.4 43.6 5.1 3.2 103 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS ANEXO III VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS 3. MAPA - Pressão Arterial e Sobrecargas/Diurno – Moxonidina MAPA: PAS/PAD/PAM DIURNO V1 Paciente 1.0 2.0 8.0 10.0 11.0 12.0 13.0 16.0 17.0 18.0 21.0 22.0 24.0 25.0 26.0 27.0 37.0 42.0 43.0 PAS diurnoV1 157.0 143.0 122.0 134.0 146.0 159.0 118.0 151.0 164.0 135.0 178.0 143.0 151.0 183.0 138.0 128.0 124.0 132.0 131.0 PAD diurnoV1 95.0 83.0 75.0 90.0 82.0 95.0 73.0 91.0 101.0 83.0 101.0 85.0 93.0 114.0 91.0 71.0 89.0 86.0 71.0 PAM diurnoV1 116.0 106.0 92.0 104.0 103.0 119.0 88.0 112.0 122.0 101.0 128.0 107.0 112.0 138.0 106.0 92.0 102.0 102.0 91.0 Sobrecargas sistólica/diastólica DIURNO V1 Paciente 1.0 2.0 8.0 10.0 11.0 12.0 13.0 16.0 17.0 18.0 21.0 22.0 24.0 25.0 26.0 27.0 37.0 42.0 43.0 SC S diurnoV1 79.2 56.5 2.0 28.8 64.2 91.2 5.7 87.8 98.0 38.4 100.0 60.3 81.1 100.0 34.2 13.6 18.5 23.0 21.7 SC D diurnoV1 60.3 21.7 4.0 59.3 10.7 70.1 8.5 45.4 74.0 28.2 87.5 26.4 54.7 97.4 52.6 2.2 51.8 42.3 13.0 MAPA: PAS/PAD/PAM DIURNO V7 Paciente 1.0 2.0 8.0 10.0 11.0 12.0 13.0 16.0 17.0 18.0 21.0 22.0 24.0 25.0 26.0 27.0 37.0 42.0 43.0 V7PAS diurno 144.0 124.0 132.0 132.0 138.0 163.0 113.0 132.0 143.0 137.0 130.0 149.0 154.0 145.0 115.0 118.0 124.0 120.0 129.0 V7 PAD diurno 90.0 68.0 76.0 91.0 72.0 103.0 68.0 77.0 94.0 88.0 74.0 89.0 100.0 91.0 71.0 58.0 91.0 76.0 61.0 V7 PAM diurno 108.0 90.0 95.0 104.0 95.0 124.0 83.0 95.0 111.0 106.0 95.0 109.0 119.0 110.0 85.0 80.0 103.0 90.0 78.0 Sobrecargas sistólica/diastólica DIURNO V7 Paciente 1.0 2.0 8.0 10.0 11.0 12.0 13.0 16.0 17.0 18.0 21.0 22.0 24.0 25.0 26.0 27.0 37.0 42.0 43.0 V7 SC S diurno 57.4 11.3 21.6 23.6 43.5 85.2 0.0 15.3 51.6 37.2 32.3 72.4 85.1 57.8 0.0 7.4 12.7 5.4 0.0 V7 SC D diurno 50.0 6.8 8.1 49.0 7.6 85.2 2.8 7.6 59.6 39.5 2.9 44.8 72.2 55.2 0.0 0.0 55.3 5.4 3.4 104 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS ANEXO III VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS 4. MAPA - Pressão Arterial e Sobrecargas/Noturno – Moxonidina PAS/PAD/PAM - V1 Paciente PAS notV1 PAD notV1 PAS/PAD/PAM - V7 PAM notV1 Paciente V7 PAS not V7 PAD not V7 PAM not 1.0 158.0 98.0 120.0 1.0 143.0 87.0 108.0 2.0 132.0 74.0 97.0 2.0 125.0 68.0 92.0 8.0 116.0 73.0 88.0 8.0 131.0 72.0 91.0 10.0 128.0 82.0 97.0 10.0 131.0 86.0 101.0 11.0 127.0 67.0 89.0 11.0 126.0 61.0 85.0 12.0 171.0 105.0 128.0 12.0 183.0 108.0 136.0 13.0 110.0 64.0 81.0 13.0 108.0 61.0 78.0 16.0 144.0 87.0 106.0 16.0 131.0 72.0 93.0 17.0 159.0 91.0 115.0 17.0 143.0 88.0 106.0 18.0 144.0 86.0 109.0 18.0 134.0 78.0 98.0 21.0 173.0 99.0 125.0 21.0 151.0 84.0 108.0 22.0 152.0 90.0 113.0 22.0 148.0 89.0 111.0 24.0 152.0 95.0 116.0 24.0 171.0 102.0 129.0 25.0 176.0 106.0 131.0 25.0 146.0 90.0 109.0 26.0 121.0 74.0 87.0 26.0 104.0 66.0 78.0 27.0 141.0 64.0 89.0 27.0 108.0 59.0 75.0 37.0 108.0 73.0 85.0 37.0 113.0 79.0 91.0 42.0 128.0 81.0 97.0 42.0 107.0 66.0 80.0 43.0 126.0 66.0 86.0 43.0 108.0 77.0 90.0 Sobrecargas sistólica/diastólica - V1 Paciente 1.0 2.0 8.0 10.0 11.0 12.0 13.0 16.0 17.0 18.0 21.0 22.0 24.0 25.0 26.0 27.0 37.0 42.0 43.0 SC S notV1 76.1 30.4 4.1 0.0 9.0 100.0 0.0 52.1 84.2 66.6 100.0 90.4 83.3 100.0 8.3 50.0 0.0 0.0 0.0 SC D notV1 57.1 8.6 8.3 22.7 0.0 95.0 0.0 34.7 52.6 33.3 52.0 38.0 66.6 100.0 0.0 0.0 0.0 15.7 0.0 Sobrecargas sistólica/diastólica - V7 Paciente 1.0 2.0 8.0 10.0 11.0 12.0 13.0 16.0 17.0 18.0 21.0 22.0 24.0 25.0 26.0 27.0 37.0 42.0 43.0 V7 SC S not 59.0 4.3 21.7 9.0 9.0 100.0 0.0 19.0 54.1 34.7 90.9 75.0 95.0 75.0 0.0 0.0 8.3 0.0 0.0 V7 SC D not 50.0 0.0 0.0 27.2 0.0 81.8 0.0 0.0 29.1 26.0 18.1 45.8 65.0 45.8 0.0 6.1 20.8 4.2 0.0 105 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS ANEXO III VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS 5. MAPA - Pressão Arterial e Sobrecargas/24h - Amlodipina PAS/PAD/PAM 24h - V7 PAS/PAD/PAM 24h - V1 Paciente 3.0 4.0 6.0 7.0 9.0 14.0 19.0 20.0 23.0 28.0 29.0 30.0 31.0 32.0 33.0 34.0 36.0 38.0 39.0 41.0 44.0 PAS 24h V1 188.0 157.0 174.0 137.0 116.0 136.0 147.0 167.0 160.0 168.0 140.0 115.0 143.0 150.0 124.0 128.0 127.0 126.0 130.0 134.0 142.0 PAD 24h V1 109.0 112.0 109.0 93.0 76.0 75.0 86.0 94.0 97.0 99.0 81.0 69.0 92.0 97.0 80.0 72.0 80.0 84.0 80.0 89.0 81.0 PAM 24h V1 138.0 129.0 130.0 109.0 90.0 97.0 107.0 119.0 117.0 124.0 103.0 85.0 109.0 115.0 95.0 92.0 96.0 98.0 97.0 106.0 103.0 Sobrecargas sistólica/diastólica 24h - V1 Paciente 3.0 4.0 6.0 7.0 9.0 14.0 19.0 20.0 23.0 28.0 29.0 30.0 31.0 32.0 33.0 34.0 36.0 38.0 39.0 41.0 44.0 SC S 24h 98.7 90.4 94.2 35.0 2.7 28.7 75.3 96.1 86.4 100.0 52.7 6.8 64.3 80.7 9.2 17.3 12.0 0.0 23.6 43.0 56.1 SC D 24h 87.1 96.4 90.3 65.0 10.9 12.1 34.5 62.3 68.9 86.5 24.3 0.0 54.7 78.3 14.4 8.6 15.5 16.4 20.8 44.6 23.2 Paciente 3.0 4.0 6.0 7.0 9.0 14.0 19.0 20.0 23.0 28.0 29.0 30.0 31.0 32.0 33.0 34.0 36.0 38.0 39.0 41.0 44.0 PAS 24h V7 135.00 126.00 140.00 136.00 129.00 126.00 121.00 127.00 125.00 152.00 116.00 121.00 130.00 131.00 114.00 124.00 127.00 125.00 127.00 113.00 126.00 PAD 24h V7 75.00 89.00 90.00 92.00 83.00 76.00 69.00 74.00 80.00 83.00 65.00 76.00 82.00 84.00 72.00 67.00 83.00 83.00 79.00 75.00 71.00 PAM 24h V7 97.00 101.00 105.00 106.00 97.00 94.00 87.00 92.00 96.00 105.00 84.00 92.00 98.00 100.00 87.00 85.00 98.00 96.00 95.00 92.00 90.00 Sobrecargas sistólica/diastólica 24h - V7 Paciente 3.0 4.0 6.0 7.0 9.0 14.0 19.0 20.0 23.0 28.0 29.0 30.0 31.0 32.0 33.0 34.0 36.0 38.0 39.0 41.0 44.0 SC S 24h 24.20 10.90 50.90 34.90 20.70 10.50 5.30 9.20 13.30 79.00 1.40 1.70 12.00 15.60 2.50 10.00 5.70 8.10 12.70 0.00 11.10 SC D 24h 4.20 48.70 60.70 60.20 36.30 9.20 0.00 1.50 18.60 19.70 0.00 14.20 24.00 15.60 3.80 5.70 17.10 21.60 6.30 0.00 2.20 106 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS ANEXO III VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS 6. MAPA - Pressão Arterial e Sobrecargas/Diurno – Amlodipina PAS/PAD/PAM DIURNO - V1 Paciente 3.0 4.0 6.0 7.0 9.0 14.0 19.0 20.0 23.0 28.0 29.0 30.0 31.0 32.0 33.0 34.0 36.0 38.0 39.0 41.0 44.0 PAS diurno 192.0 159.0 176.0 137.0 122.0 139.0 146.0 167.0 164.0 173.0 145.0 120.0 147.0 151.0 126.0 129.0 126.0 126.0 128.0 137.0 144.0 PAD diurno 113.0 114.0 110.0 94.0 82.0 79.0 87.0 94.0 101.0 101.0 85.0 77.0 94.0 97.0 82.0 75.0 80.0 85.0 80.0 92.0 85.0 PAM diurno 143.0 130.0 132.0 110.0 95.0 101.0 108.0 118.0 121.0 126.0 108.0 90.0 112.0 116.0 96.0 94.0 95.0 99.0 97.0 109.0 106.0 PAS/PAD/PAM DIURNO - V7 Paciente 3.0 4.0 6.0 7.0 9.0 14.0 19.0 20.0 23.0 28.0 29.0 30.0 31.0 32.0 33.0 34.0 36.0 38.0 39.0 41.0 44.0 PAS diurno 136.00 127.00 140.00 139.00 133.00 127.00 122.00 129.00 129.00 155.00 117.00 125.00 134.00 131.00 118.00 126.00 128.00 126.00 127.00 116.00 124.00 PAD diurno 76.00 88.00 89.00 97.00 87.00 78.00 71.00 76.00 84.00 85.00 67.00 83.00 87.00 83.00 74.00 70.00 84.00 86.00 80.00 78.00 69.00 PAM diurno 98.00 101.00 104.00 111.00 101.00 95.00 88.00 93.00 101.00 108.00 85.00 97.00 103.00 99.00 89.00 87.00 99.00 99.00 96.00 95.00 89.00 Sobrecargas Sistólica/Diastólica DIURNO - V1 Sobrecargas Sistólica/Diastólica DIURNO - V7 Paciente 3.0 4.0 6.0 7.0 9.0 14.0 19.0 20.0 23.0 28.0 29.0 30.0 31.0 32.0 33.0 34.0 36.0 38.0 39.0 41.0 44.0 SC S diurno 100.0 96.6 93.7 35.7 4.0 29.7 73.6 94.6 86.0 100.0 68.6 15.0 79.5 86.4 13.2 20.0 10.8 0.0 16.6 50.0 66.0 SC D diurno 98.1 100.0 84.3 67.8 16.3 14.8 33.3 62.5 80.0 87.9 33.3 0.0 71.4 83.0 15.0 10.0 16.2 23.0 18.7 50.0 32.0 Paciente 3.0 4.0 6.0 7.0 9.0 14.0 19.0 20.0 23.0 28.0 29.0 30.0 31.0 32.0 33.0 34.0 36.0 38.0 39.0 41.0 44.0 SC S diurno 24.00 12.00 50.00 42.30 29.60 7.50 5.80 11.60 14.80 85.90 2.30 3.00 17.60 20.00 3.70 14.80 9.00 4.30 10.00 0.00 6.60 SC D diurno 6.00 48.20 55.50 76.20 50.00 9.40 0.00 2.30 24.00 26.30 0.00 21.20 33.30 17.50 5.50 8.50 27.20 26.00 10.00 0.00 0.00 107 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS ANEXO III VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS 7. MAPA - Pressão Arterial e Sobrecargas/Noturno – Amlodipina PAS/PAD/PAM NOTURNO - V1 Paciente 3.0 4.0 6.0 7.0 9.0 14.0 19.0 20.0 23.0 28.0 29.0 30.0 31.0 32.0 33.0 34.0 36.0 38.0 39.0 41.0 44.0 PAS noturno 179.0 153.0 170.0 138.0 104.0 128.0 149.0 168.0 153.0 157.0 129.0 111.0 135.0 149.0 120.0 116.0 128.0 124.0 134.0 130.0 139.0 PAD noturno 98.0 108.0 109.0 91.0 64.0 65.0 85.0 94.0 88.0 95.0 72.0 62.0 86.0 96.0 76.0 54.0 80.0 81.0 79.0 83.0 73.0 PAM noturno 126.0 125.0 127.0 108.0 78.0 87.0 107.0 120.0 110.0 119.0 92.0 80.0 103.0 114.0 91.0 78.0 97.0 96.0 98.0 99.0 96.0 Sobrecargas NOTURNO - V1 Paciente 3.0 4.0 6.0 7.0 9.0 14.0 19.0 20.0 23.0 28.0 29.0 30.0 31.0 32.0 33.0 34.0 36.0 38.0 39.0 41.0 44.0 SC S noturno 95.6 75.0 95.0 33.0 0.0 26.3 79.1 100.0 87.5 100.0 17.3 0.0 33.3 66.6 0.0 0.0 14.2 0.0 37.5 30.4 34.7 SC D noturno 60.8 87.5 100.0 58.0 0.0 5.2 37.5 61.9 45.8 83.3 4.3 0.0 20.8 66.6 13.0 0.0 14.2 0.0 25.0 34.7 4.3 PAS/PAD/PAM NOTURNO - V7 Paciente 3.0 4.0 6.0 7.0 9.0 14.0 19.0 20.0 23.0 28.0 29.0 30.0 31.0 32.0 33.0 34.0 36.0 38.0 39.0 41.0 44.0 PAS noturno 132.00 126.00 142.00 130.00 119.00 126.00 119.00 124.00 116.00 143.00 114.00 114.00 120.00 130.00 106.00 120.00 127.00 122.00 126.00 108.00 131.00 PAD noturno 72.00 90.00 92.00 80.00 76.00 73.00 68.00 71.00 69.00 78.00 62.00 67.00 72.00 86.00 66.00 62.00 80.00 79.00 76.00 69.00 75.00 PAM noturno 95.00 101.00 107.00 95.00 89.00 91.00 86.00 90.00 86.00 99.00 82.00 85.00 88.00 101.00 80.00 81.00 97.00 92.00 95.00 85.00 94.00 Sobrecargas NOTURNO - V7 Paciente 3.0 4.0 6.0 7.0 9.0 14.0 19.0 20.0 23.0 28.0 29.0 30.0 31.0 32.0 33.0 34.0 36.0 38.0 39.0 41.0 44.0 SC S noturno 25.00 8.30 53.30 16.60 0.00 17.30 4.50 4.50 9.50 62.50 0.00 0.00 0.00 8.30 0.00 0.00 0.00 14.20 17.60 0.00 20.00 SC D noturno 0.00 50.00 73.30 20.80 4.30 8.60 0.00 0.00 4.70 4.10 0.00 4.30 4.10 12.50 0.00 0.00 0.00 14.20 0.00 0.00 6.60 108 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS ANEXO III VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS 8. Freqüência Cardíaca 109 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS FC - Amlodipina FC - Moxonidina Pacientes 1 2 8 10 11 12 13 16 17 18 21 22 24 25 26 27 37 42 43 FC V1 84 76 72 75 60 85 70 92 72 80 92 80 72 68 76 80 100 76 100 FC V4 76 80 72 76 72 80 84 80 80 76 81 76 80 74 84 80 80 94 80 FC V7 76 84 78 74 70 88 76 84 78 86 76 84 96 74 64 88 100 88 80 Pacientes 3 4 6 7 9 14 19 20 23 28 29 30 31 32 33 34 36 38 39 41 44 FC V1 77 76 96 80 80 60 70 87 82 74 72 64 76 77 76 80 84 72 80 80 82 FC V4 67 82 96 72 72 76 76 82 76 88 72 76 76 80 92 76 84 72 68 80 80 FC V7 68 80 93 80 80 72 68 85 72 88 72 72 72 80 76 84 100 72 80 80 76 FC monitorização 24h - Moxonidina Paciente 1 2 8 10 11 12 13 16 17 18 21 22 24 25 26 27 37 42 43 FC Diurno V1 75 84 78 76 82 81 82 96 82 80 82 86 92 76 76 96 100 99 92 FC Diurno V7 81 91 71 68 85 98 70 89 81 82 72 90 95 85 86 96 98 102 109 FC Noturno V1 75 71 65 71 67 73 72 72 67 72 74 79 76 69 60 86 91 72 87 FC Noturno V7 75 70 62 65 80 80 68 76 72 73 68 77 88 81 69 89 76 76 94 FC monitorização 24h - Amlodipina Paciente 3 4 6 7 9 14 19 20 23 28 29 30 31 32 33 34 36 38 39 41 44 FC Diurno V1 86 92 111 96 72 68 77 85 85 84 80 78 80 77 105 91 94 90 87 88 84 FC Diurno V7 75 96 100 94 83 75 72 88 90 102 75 72 82 79 104 79 88 83 79 80 76 FC Noturno V1 71 82 92 95 63 67 67 83 77 73 67 58 67 74 85 76 91 85 78 80 73 FC Noturno V7 70 74 86 75 66 73 66 79 74 88 68 56 70 77 84 72 86 83 78 75 81 ANEXO III VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS 110 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS 9. Catecolaminas Plasmáticas - Moxonidina Adrenalina Supina Pacientes Adrenalina Ortostatica Adrenalina Arterial V1 V4 V7 1 48.0 34.0 25.0 2 31.0 39.0 8 41.0 10 41.0 11 31.0 12 57.0 13 Pacientes V1 V4 V7 V1 V4 V7 1 31.0 41.0 25.0 1 69.0 13.0 63.0 12.0 2 35.0 10.0 12.0 2 41.0 49.0 88.0 32.0 93.0 8 88.0 80.0 8 16.0 46.0 36.0 10 53.0 48.0 10 14.0 82.0 11 130.0 120.0 11 35.0 77.0 46.0 12 12 43.0 54.0 40.0 64.0 47.0 36.0 13 12.0 22.0 13 23.0 39.0 30.0 16 12.0 63.0 35.0 16 57.0 66.0 16 67.0 58.0 23.0 17 72.0 61.0 56.0 17 33.0 46.0 17 38.0 59.0 32.0 18 47.0 23.0 26.0 18 72.0 65.0 94.0 18 49.0 59.0 39.0 21 29.0 27.0 27.0 21 98.0 46.0 77.0 21 30.0 41.0 91.0 22 61.0 47.0 36.0 22 85.0 70.0 61.0 22 31.0 27.0 27.0 24 82.0 48.0 52.0 24 77.0 46.0 24 78.0 54.0 55.0 25 84.0 33.0 95.0 25 59.0 33.0 25 81.0 41.0 87.0 26 68.0 29.0 37.0 26 43.0 31.0 26 79.0 47.0 48.0 27 83.0 98.0 66.0 27 74.0 74.0 28.0 27 74.0 65.0 60.0 37 90.0 74.0 94.0 37 59.0 20.0 22.0 37 106.0 98.0 87.0 42 58.0 91.0 39.0 42 71.0 61.0 35.0 42 33.0 24.0 59.0 43 20.0 88.0 61.0 43 60.0 91.0 36.0 43 50.0 77.0 76.0 V1 1 205.0 2 274.0 8 116.0 41.0 Pacientes V4 V7 V1 V4 82.0 96.0 1 227.0 104.0 46.0 1 253.0 Pacientes 43.0 96.0 71.0 38.0 NE Ortostatico NE Arterial NE Supina Pacientes 102.0 Pacientes V7 V1 V4 V7 105.0 228.0 53.0 60.0 2 246.0 173.0 2 270.0 312.0 315.0 8 236.0 216.0 8 185.0 190.0 10 101.0 284.0 279.0 10 65.0 88.0 10 378.0 11 539.0 319.0 240.0 11 111.0 101.0 11 303.0 12 169.0 261.0 116.0 66.0 13 304.0 247.0 190.0 280.0 16 543.0 292.0 180.0 194.0 17 154.0 18 213.0 109.0 225.0 140.0 21 176.0 287.0 275.0 134.0 22 279.0 277.0 215.0 123.0 24 196.0 169.0 147.0 183.0 25 310.0 183.0 267.0 141.0 26 156.0 199.0 97.0 12 12 192.0 179.0 204.0 13 232.0 228.0 115.0 13 169.0 16 236.0 275.0 143.0 16 175.0 17 269.0 285.0 202.0 17 214.0 18 280.0 272.0 282.0 18 194.0 21 113.0 203.0 154.0 21 210.0 22 211.0 138.0 258.0 22 218.0 24 281.0 294.0 201.0 24 187.0 25 241.0 199.0 237.0 25 194.0 26 213.0 207.0 51.0 26 163.0 27 93.0 242.0 143.0 27 202.0 160.0 160.0 27 154.0 193.0 316.0 37 211.0 287.0 132.0 37 221.0 224.0 161.0 37 245.0 164.0 73.0 42 188.0 114.0 234.0 42 210.0 202.0 203.0 42 43 115.0 172.0 242.0 43 141.0 127.0 132.0 43 257.0 191.0 142.0 121.0 119.0 243.0 178.0 ANEXO III VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS 111 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS 10. Catecolaminas Plasmáticas - Amlodipina Adrenalina Supina Pacientes 3 4 6 7 9 14 19 20 23 28 29 30 31 32 33 34 36 38 39 41 44 V1 27 52 97 68 25 118 18 35 64 57 47 41 30 79 61 45 47 86 43 36 48 V4 9.0 67.0 79.0 11.0 29.0 61.0 82.0 49.0 70.0 59.0 94.0 75.0 52.0 24.0 18.0 95.0 23.0 57.0 Adrenalina Arterial V7 32.0 14.0 82.0 81.0 52.0 59.0 99.0 69.0 58.0 53.0 33.0 24.0 61.0 64.0 43.0 37.0 93.0 56.0 39.0 89.0 Pacientes V1 62.0 63.0 43.0 22.0 190.0 24.0 101.0 27.0 97.0 74.0 38.0 62.0 62.0 93.0 28.0 63.0 59.0 48.0 41.0 38.0 32.0 3 4 6 7 9 14 19 20 23 28 29 30 31 32 33 34 36 38 39 41 44 NE Supina Pacientes V1 V4 23.0 45.0 91.0 79.0 72.0 23.0 31.0 35.0 49.0 Adrenalina Ortostatica V7 20.0 193.0 24.0 27.0 43.0 36.0 90.0 86.0 89.0 47.0 32.0 33.0 52.0 42.0 45.0 28.0 51.0 45.0 24.0 43.0 21.0 Pacientes Pacientes NE Arterial V4 V7 V4 V7 3 253.0 158.0 357.0 4 4 188.0 6 6 219.0 76.0 273.0 82.0 245.0 Pacientes V1 77.0 97.0 14.0 69.0 28.0 18.0 22.0 60.0 88.0 68.0 22.0 56.0 31.0 64.0 76.0 69.0 70.0 71.0 63.0 97.0 34.0 V4 12.0 48.0 29.0 43.0 60.0 37.0 66.0 51.0 44.0 74.0 66.0 57.0 52.0 63.0 81.0 V7 40.0 50.0 135.0 65.0 77.0 48.0 67.0 82.0 91.0 54.0 49.0 44.0 45.0 70.0 132.0 64.0 85.0 95.0 39.0 90.0 72.0 NE Ortostatico V1 3 3 4 6 7 9 14 19 20 23 28 29 30 31 32 33 34 36 38 39 41 44 V1 3 V7 V4 696.0 73.0 198.0 71.0 286.0 4 6 194.0 7 184.0 122.0 213.0 7 46.0 53.0 7 104.0 99.0 9 51.0 86.0 189.0 9 142.0 201.0 9 391.0 154.0 14 91.0 83.0 14 143.0 141.0 14 40.0 43.0 19 314.0 218.0 128.0 19 199.0 214.0 19 198.0 218.0 55.0 20 250.0 173.0 153.0 20 264.0 108.0 20 107.0 213.0 273.0 23 299.0 266.0 271.0 23 185.0 174.0 23 199.0 155.0 211.0 28 158.0 206.0 28 155.0 149.0 28 190.0 164.0 106.0 29 221.0 173.0 253.0 29 266.0 68.0 29 138.0 152.0 203.0 30 261.0 234.0 238.0 30 217.0 242.0 30 139.0 31 182.0 147.0 271.0 31 206.0 73.0 31 232.0 285.0 286.0 32 167.0 131.0 32 71.0 121.0 32 148.0 206.0 33 165.0 230.0 33 297.0 159.0 33 273.0 241.0 34 177.0 185.0 34 239.0 122.0 34 238.0 36 220.0 228.0 188.0 36 245.0 212.0 36 239.0 176.0 208.0 38 111.0 174.0 104.0 38 201.0 177.0 180.0 38 215.0 237.0 192.0 39 194.0 213.0 184.0 39 210.0 170.0 196.0 39 171.0 148.0 84.0 41 125.0 297.0 244.0 41 163.0 216.0 211.0 41 182.0 123.0 177.0 44 100.0 259.0 208.0 44 152.0 96.0 100.0 44 231.0 172.0 127.0 211.0 157.0 121.0 120.0 72.0 61.0 134.0 ANEXO III VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS 112 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS 11. Glicemia 0’(jejum) e 120’ (pós dextrosol), Triglicérides, Colesterol – Moxonidina Glicemia 0'(jejum) e 120' pós dextrosol Pacientes 1 2 8 10 11 12 13 16 17 18 21 22 24 25 26 27 37 42 43 GLI 0' V1 82 76 124 100 91 GLI 0' V4 101 97 104 99 105 GLI 0' V7 90 90 116 97 89 GLI 120' V1 135 130 107 129 102 GLI 120 'V4 130 125 139 112 157 GLI 120' V7 178 137 120 120 127 107 92 94 97 110 98 122 83 92 106 112 118 92 104 95 142 85 100 108 94 100 92 103 87 165 92 86 192 57 138 166 170 151 196 62 140 156 82 168 127 142 117 230 93 76 161 97 111 137 155 130 236 149 93 101 122 100 111 127 95 116 116 97 226 182 148 205 197 144 186 154 Colesterol total e Triglicérides Pacientes 1 2 8 10 11 12 13 16 17 18 21 22 24 25 26 27 37 42 43 C-TOTAL V1 259 331 299 80 240 241 245 165 231 213 285 210 225 217 156 224 223 213 221 C-TOTAL V4 298 235 301 164 177 323 220 214 241 201 301 206 226 276 159 231 210 196 198 C-TOTAL V7 288 259 270 158 227 308 224 225 205 200 257 246 250 157 307 258 245 202 TRIG V1 215 219 376 65 157 98 93 164 137 94 230 312 TRIG V4 214 145 363 63 202 119 121 158 136 75 141 198 136 TRIG V7 240 125 299 49 206 74 95 241 102 79 169 191 144 98 132 188 194 187 164 206 157 305 105 109 170 126 110 ANEXO III VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS 113 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... 12. ANEXOS HDL e LDL-colesterol – Moxonidina HDL - Colesterol Pacientes 1 2 8 10 11 12 13 16 17 18 21 22 24 25 26 27 37 42 43 HDL V1 38 37 30 34 35 62 57 55 57 52 46 36 60 84 29 44 51 41 54 HDL V4 27 40 39 43 25 63 47 62 53 51 48 41 62 78 36 46 44 49 HDL V7 30 35 38 45 35 71 49 57 51 48 43 60 77 41 47 55 46 51 LDL - Colesterol Pacientes 1 2 8 10 11 12 13 16 17 18 21 22 24 25 26 27 37 42 43 LDL V7 210 199 172 103 151 222 156 120 134 136 180 130 66 159 LDL V4 228 166 189 108 112 236 149 120 161 135 225 117 137 183 85 156 138 142 126 111 158 120 LDL V1 178 250 194 33 174 159 169 77 147 142 193 112 164 162 77 223 ANEXO III VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS 114 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS 13. Glicemia 0’ (jejum) e 120’ (pós dextrosol), Triglicérides, Colesterol – Amlodipina Glicemia 0'(jejum) e 120'pós dextrosol Pacientes 3 4 6 7 9 14 19 20 23 28 29 30 31 32 33 34 36 38 39 41 44 GLI 0' V1 88 97 138 99 97 85 114 111 84 99 90 92 92 98 96 100 97 107 97 87 111 GLI 0' V4 86 96 138 79 92 86 108 87 99 92 92 121 129 88 99 96 115 93 GLI 0' V7 94 97 129 91 114 86 101 109 107 108 96 97 106 108 91 95 95 102 106 GLI 120' V1 101 112 221 133 149 93 225 214 165 236 104 106 194 174 135 124 139 143 136 104 135 GLI 120' V4 130 104 221 100 179 89 106 152 164 89 104 233 179 124 119 103 150 124 GLI 120' V7 120 90 184 118 191 99 168 204 150 110 116 134 207 177 151 143 109 119 109 Colesterol total e Triglicérides, Pacientes 3 4 6 7 9 14 19 20 23 28 29 30 31 32 33 34 36 38 39 41 44 C-TOTAL V1 204 197 171 268 185 170 228 229 228 283 199 187 209 154 255 240 230 291 C-TOTAL V4 236 183 171 327 194 207 216 184 236 267 219 C-TOTAL V7 221 187 187 298 190 183 238 202 241 237 219 182 234 152 250 222 271 257 TRIG V1 120 78 120 109 144 124 144 318 264 95 81 152 260 240 133 84 212 197 TRIG V4 200 72 120 175 192 120 170 255 233 126 91 216 94 290 142 198 126 106 140 292 261 211 TRIG V7 146 80 124 115 107 140 148 287 304 115 122 100 52 140 146 ANEXO III VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS 115 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS 14. Leptina, HOMA, Insulina 0’(jejum) e 120’ (pós dextrosol) – Moxonidina Leptina Pacientes V1 HOMA V4 V7 V1 V4 V7 1 10.4 7.6 9.4 1 3.85 7.68 4.80 2 53.7 38.9 46.0 2 4.85 6.09 6.45 8 17.4 16.4 14.7 8 33.19 7.96 10.89 10 12.9 11 Pacientes 9.6 8.9 10 3.13 2.52 4.10 22.0 25.2 11 5.54 6.90 5.35 12 22.2 17.0 14.4 12 13 26.3 18.1 17.9 13 4.89 4.33 4.49 20.4 26.3 16 4.52 9.06 7.31 16 17 34.5 44.0 27.0 17 5.72 7.70 4.69 18 53.0 70.0 52.7 18 4.91 6.72 5.73 21 25.7 26.6 24.5 21 5.38 5.26 4.08 22 20.1 21.9 11.6 22 3.21 5.25 2.40 24 29.7 21.7 32.6 24 19.27 11.52 8.23 17.2 21.6 25 2.45 3.62 5.22 5.24 2.66 3.22 25 26 3.6 4.4 3.5 26 27 41.0 38.1 25.9 27 37 31.3 42.7 21.9 37 1.65 2.74 4.85 42 20.1 31.8 22.9 42 8.68 10.83 12.53 43 32.9 49.2 22.1 43 6.11 4.37 5.05 Insulina o'e 120' Pacientes 1 2 8 10 11 12 13 16 17 18 21 22 24 25 26 27 37 42 43 Ins V1 0' 19.2 26.1 109.5 12.8 24.9 29.2 18.7 20.1 24.9 20.7 20.0 13.4 64.6 12.1 23.3 68.8 6.7 29.1 25.0 Ins V4 0' 31.1 25.7 31.3 10.4 26.9 20.9 16.7 33.1 26.7 29.9 20.7 22.6 33.2 17.4 10.9 36.9 10.1 34.9 18.8 Ins V7 0' 21.8 29.3 38.4 17.3 24.6 20.2 17.0 31.8 19.2 25.5 16.2 11.3 20.4 23.2 15.3 30.9 17.1 44.2 21.3 Ins V1 120' 340.2 536.5 104.0 46.8 236.8 51.2 322.2 16.9 138.6 141.4 87.0 142.2 23.6 12.0 86.0 184.1 22.4 46.3 114.7 Ins V4 120' 273.1 112.0 209.2 42.3 538.3 16.7 70.2 55.4 205.6 41.7 39.3 203.0 27.9 26.9 6.8 54.6 29.1 83.2 89.5 Ins V7 120' 225.0 153.0 97.1 22.9 235.2 10.3 94.0 31.8 37.6 50.3 14.4 89.3 60.7 42.5 15.3 49.1 46.1 49.9 120.0 ANEXO III VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS 116 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS 15. Leptina, HOMA, Insulina 0’(jejum) e 120’ (pós dextrosol) – Amlodipina HOMA Leptina Pacientes Leptina V1 49.80 18.60 25.90 11.90 23.30 46.00 15.10 21.80 23.10 13.20 35.60 19.40 51.00 25.00 44.00 37.20 44.50 18.50 63.70 64.00 27.70 3 4 6 7 9 14 19 20 23 28 29 30 31 32 33 34 36 38 39 41 44 Pacientes V7 42.10 11.00 17.20 11.80 25.10 49.70 16.80 18.70 24.10 20.90 23.60 17.40 33.00 25.20 37.80 27.70 64.10 16.10 65.00 38.40 37.00 V4 68.90 12.70 24.70 16.10 18.20 38.90 14.30 19.40 23.00 22.80 15.70 27.30 44.80 22.30 43.60 40.30 25.20 5.80 66.40 34.70 50.80 1 2 8 10 11 12 13 16 17 18 21 22 24 25 26 27 37 42 43 HomaV1 6.82 2.89 11.00 4.16 5.90 5.92 8.44 10.91 2.90 2.42 6.86 2.32 11.02 5.15 6.90 2.32 3.15 3.58 3.13 4.98 4.56 HomaV4 3.91 4.01 7.02 1.95 3.80 7.25 7.02 7.98 5.35 2.25 1.51 34.72 13.56 3.31 4.99 7.16 5.76 5.05 HomaV7 3.35 3.51 9.24 1.87 7.50 8.16 6.47 4.61 4.86 5.68 5.14 4.96 16.63 9.21 4.56 4.99 7.27 6.61 4.09 Insulina 0'e 120' Pacientes 3 4 6 7 9 14 19 20 23 28 29 30 31 32 33 34 36 38 39 41 44 Ins V1 0' 31.70 12.20 32.60 17.20 24.90 28.50 30.30 40.20 14.10 10.00 31.20 30.80 49.00 21.50 29.40 9.50 13.30 13.70 13.20 23.40 16.80 Ins V4 0' 18.60 17.10 20.80 10.10 16.90 34.50 26.60 37.50 22.10 14.00 10.00 6.70 117.40 43.00 15.40 20.60 30.50 20.50 22.20 22.90 27.40 Ins V7 0' 14.60 14.80 29.30 8.40 26.90 38.80 26.20 17.30 18.60 21.50 21.90 20.90 64.20 34.90 20.50 21.50 31.30 24.50 26.50 13.50 15.80 Ins V1 120' 140.20 52.20 56.10 57.50 73.30 154.70 129.30 386.70 Ins V4 120' 142.00 25.50 50.10 35.80 179.00 82.30 120.00 Ins V7 120' 139.10 35.00 76.30 38.80 107.90 164.00 105.40 209.10 112.80 52.40 14.70 71.10 54.90 41.50 44.50 74.00 60.30 247.50 119.00 24.50 48.10 20.80 114.00 56.60 89.90 173.00 92.40 77.90 106.70 62.00 129.50 30.20 83.20 181.00 105.40 80.90 45.40 82.50 101.50 32.60 38.50 ANEXO III VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS 117 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS 16. Atividade Plasmática de Renina, Aldosterona Sérica Moxonidina, Amlodipina Atividade Plasmática de Renina e Aldosterona - Moxonidina V1 Aldosterona V7 Aldosterona 1.0 19.2 3.0 179.20 158.2 2.0 83.6 87.5 240.90 147.3 8.0 32.2 43.7 108.60 125.1 53.4 110.00 151.0 Pacientes V1 Renina 10.0 V7 Renina Title 11.0 21.9 32.8 397.00 381.0 12.0 5.2 6.8 100.70 111.5 13.0 76.0 30.2 68.80 113.6 16.0 65.5 91.8 180.50 210.0 17.0 43.3 36.4 128.20 236.2 18.0 29.1 23.7 176.40 103.6 21.0 32.8 18.0 160.60 171.9 22.0 37.4 19.0 115.00 183.2 24.0 16.5 15.8 201.50 188.1 25.0 23.3 83.8 161.20 509.0 26.0 44.6 21.4 114.00 174.0 27.0 108.2 65.9 517.70 449.0 37.0 36.5 35.2 88.90 199.1 128.0 440.00 89.5 31.2 125.40 111.5 42.0 43.0 49.2 Atividade Plasmática de Renina e Aldosterona - Amlodipina Pacientes 3.0 4.0 6.0 7.0 9.0 14.0 19.0 20.0 23.0 28.0 29.0 30.0 31.0 32.0 33.0 34.0 36.0 38.0 39.0 41.0 44.0 V1 Renina 19.0 36.0 73.1 26.0 47.3 8.0 26.1 47.1 23.4 30.2 21.3 88.0 28.6 10.5 11.1 29.2 26.9 14.8 24.4 13.8 V7 Renina 27.0 42.2 40.5 29.2 75.8 19.7 60.1 26.3 30.6 55.5 13.7 50.2 22.7 66.1 10.8 102.0 62.0 80.1 69.6 19.6 42.9 Title V1 Amlodipina 266.7 109.3 305.2 140.3 95.7 69.1 312.6 376.4 209.1 294.8 142.0 254.3 229.8 211.9 189.9 72.2 208.0 202.9 140.2 224.8 106.3 V7 Amlodipina 237.7 551.4 155.9 95.4 182.6 176.3 105.3 334.6 146.9 191.7 164.5 279.0 286.0 141.0 132.4 115.0 153.7 648.0 206.8 87.3 116.6 ANEXO III VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS 118 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS 17. Creatinina Sérica, Sódio Sérico e Urinário, Potássio Sérico e Urinário e Volume Urinário (12h) – Moxonidina V1 Pacientes 1 2 8 10 11 12 13 16 17 18 21 22 24 25 26 27 37 42 43 K soro 4.0 4.0 3.9 4.2 3.9 4.0 4.1 4.0 4.1 4.2 4.5 4.2 4.1 3.6 4.2 4.1 4.1 4.0 4.5 CR soroV1 1.1 1.1 0.6 1.3 0.6 0.8 0.6 0.6 0.8 0.7 0.8 0.6 0.6 0.5 0.7 0.6 Na soro 141.0 142.0 137.0 141.0 130.0 141.0 138.0 138.0 138.0 135.0 146.0 142.0 131.0 136.0 134.0 136.0 1.1 0.7 144.0 144.0 CR soro V4 0.9 0.7 0.8 1.2 0.5 0.8 0.7 0.7 0.6 0.7 0.8 0.7 0.7 0.8 0.8 0.6 Na soro 136.0 148.0 139.0 143.0 136.0 137.0 138.0 142.0 143.0 144.0 135.0 136.0 135.0 138.0 141.0 143.0 K soro 4.0 4.1 4.4 4.5 4.0 3.9 4.1 4.3 3.9 4.5 3.9 3.9 3.8 2.7 4.2 4.2 1.1 0.8 138.0 138.0 4.1 3.5 Na urina 203.0 141.0 98.0 184.0 150.0 126.0 112.0 88.0 166.0 177.0 142.0 118.0 126.0 120.0 150.0 149.0 K urina 27.0 60.0 139.0 50.0 23.0 40.0 27.0 12.0 67.0 90.0 28.0 17.0 16.0 88.0 28.0 33.0 167.0 208.0 32.0 29.0 VOL URINA 850.0 490.0 720.0 680.0 510.0 850.0 700.0 1940.0 1980.0 1120.0 1010.0 1120.0 990.0 980.0 1020.0 490.0 Na urina 203.0 186.0 156.0 175.0 158.0 146.0 280.0 108.0 154.0 148.0 160.0 117.0 150.0 149.0 72.0 158.0 K urina 27.0 46.0 90.0 65.0 25.0 48.0 43.0 18.0 37.0 22.0 38.0 10.0 37.0 35.0 11.0 22.0 1238.0 980.0 163.0 230.0 14.0 75.0 VOL URINA 800.0 350.0 840.0 460.0 440.0 860.0 608.0 1940.0 390.0 1120.0 1000.0 1920.0 730.0 840.0 800.0 760.0 880.0 900.0 V4 Pacientes 1 2 8 10 11 12 13 16 17 18 21 22 24 25 26 27 37 42 43 V7 Pacientes 1 2 8 10 11 12 13 16 17 18 21 22 24 25 26 27 37 42 43 CR soro V7 1.0 0.8 0.8 1.1 0.4 0.7 0.4 0.7 0.7 0.7 0.9 Na soro 137.0 142.0 138.0 144.0 136.0 137.0 140.0 141.0 143.0 140.0 139.0 K soro 3.8 3.8 4.3 4.2 3.8 4.1 4.0 4.0 4.0 3.7 4.1 VOL URINA 850.0 220.0 1010.0 530.0 670.0 860.0 1260.0 1600.0 990.0 920.0 980.0 Na urina 160.0 156.0 140.0 160.0 154.0 138.0 116.0 54.0 110.0 158.0 133.0 K urina 34.0 98.0 24.0 60.0 37.0 40.0 29.7 13.0 37.0 24.0 44.0 0.8 0.7 0.8 0.6 136.0 138.0 137.0 137.0 3.8 2.5 3.9 4.2 780.0 640.0 580.0 1830.0 110.0 150.0 176.0 148.0 12.0 25.0 38.0 31.0 1.3 0.8 141.0 137.0 4.5 3.8 1230.0 990.0 165.0 298.0 18.0 48.0 ANEXO III VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS 119 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS 18. Creatinina Sérica, Sódio Sérico e Urinário, Potássio Sérico e Urinário e Volume Urinário (12h) – Amlodipina V1 Pacientes 3 4 6 7 9 14 19 20 23 28 29 30 31 32 33 34 36 38 39 41 44 CR soro 0.9 0.9 0.8 0.6 0.7 1.2 0.6 0.7 0.7 0.5 0.7 0.7 0.6 0.8 0.8 6.0 0.6 0.6 1.0 0.6 0.8 Na soro 138.0 144.0 138.0 140.0 136.0 145.0 140.0 134.0 136.0 134.0 153.0 137.0 143.0 140.0 141.0 139.0 145.0 138.0 137.0 142.0 139.0 K soro 3.7 3.8 3.6 4.0 3.5 4.3 4.2 3.5 4.4 3.6 4.3 4.5 3.9 3.8 4.3 3.8 4.0 4.4 4.2 3.9 3.7 VOL URINA 520.0 1280.0 490.0 260.0 570.0 660.0 1200.0 760.0 1180.0 950.0 2050.0 880.0 2064.0 1280.0 750.0 630.0 630.0 490.0 850.0 920.0 Na urina 141.0 138.0 218.0 174.0 102.0 152.0 100.0 148.0 24.0 142.0 103.0 76.0 131.0 140.0 108.0 106.0 130.0 89.0 126.0 158.0 165.0 K urina 40.0 80.0 15.0 100.0 40.0 22.0 41.0 35.0 21.0 18.0 18.0 26.0 37.0 21.0 29.0 35.0 15.0 35.0 34.0 20.0 V4 Pacientes 3 4 6 7 9 14 19 20 23 28 29 30 31 32 33 34 36 38 39 41 44 CR soro 0.9 0.8 1.2 0.7 0.7 1.0 0.6 0.6 0.7 0.6 0.6 0.8 0.6 0.9 1.0 0.7 0.7 0.6 1.1 1.0 0.9 Na soro 149.0 148.0 138.0 148.0 135.0 141.0 138.0 140.0 143.0 143.0 141.0 141.0 140.0 140.0 137.0 138.0 133.0 134.0 135.0 137.0 K soro 3.7 3.8 3.6 4.0 4.0 4.1 4.0 3.5 3.6 4.0 4.1 3.7 3.5 3.8 3.9 4.3 3.9 3.9 4.0 3.8 VOL URINA 560.0 1240.0 490.0 380.0 320.0 500.0 860.0 1490.0 880.0 750.0 950.0 520.0 550.0 710.0 2058.0 1295.0 650.0 900.0 980.0 Na urina 110.0 90.0 218.0 138.0 135.0 106.0 156.0 128.0 147.0 142.0 135.0 156.0 153.0 115.0 98.0 145.0 136.0 130.0 158.0 144.0 138.0 K urina 30.0 16.0 15.0 69.0 40.0 40.0 28.0 26.0 21.0 34.0 38.0 40.0 34.0 35.0 28.0 38.0 26.0 33.0 27.0 V7 Pacientes 3 4 6 7 9 14 19 20 23 28 29 30 31 32 33 34 36 38 39 41 44 CR soro 1.0 0.8 0.9 0.9 0.7 0.9 0.6 0.6 0.6 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 0.7 0.6 1.0 1.1 0.8 0.7 0.8 Na soro 140.0 132.0 140.0 143.0 135.0 137.0 146.0 141.0 145.0 140.0 143.0 135.0 138.0 140.0 141.0 139.0 138.0 142.0 140.0 142.0 K soro 4.0 3.8 4.9 4.1 3.6 4.0 4.3 3.0 3.9 4.1 4.0 3.9 4.1 4.0 3.8 3.7 3.8 3.5 4.2 4.0 3.9 VOL URINA 450.0 2000.0 1420.0 750.0 760.0 1120.0 950.0 920.0 1200.0 730.0 575.0 445.0 780.0 1050.0 750.0 500.0 620.0 850.0 980.0 950.0 Na urina 112.0 118.0 170.0 150.0 176.0 121.0 137.0 137.0 125.0 145.0 144.0 169.0 138.0 145.0 145.0 125.0 135.0 150.0 138.0 156.0 138.0 K urina 25.0 19.0 29.0 35.0 37.0 25.0 36.0 38.0 42.0 38.0 30.0 29.0 45.0 28.0 35.0 12.0 40.0 36.0 38.0 35.0 38.0 ANEXO III VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS 120 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS 19. Pregas biceptal (P Bic)/triceptal (P Tric)/subescapular (P Sub)/suprapúbica (P Sup), índice de massa corpórea IMC), relação cintura/quadril (RCQ),percentual de gordura corpórea, diâmetros da cintura (CINT) e quadril (QUAD) - Moxonidina V1 Pacientes 1 2 8 10 11 12 13 16 17 18 21 22 24 25 26 27 37 42 43 P Bic 13.0 19.0 15.0 11.0 15.0 16.0 22.0 13.0 15.0 22.0 19.0 12.0 23.0 15.0 12.0 21.0 12.0 20.0 22.0 P Tri 16.0 31.0 24.0 15.0 23.0 22.0 29.0 21.0 23.0 30.0 29.0 20.0 31.0 19.0 19.0 32.0 20.0 23.0 33.0 P Sub 35.0 49.0 43.0 45.0 44.0 42.0 41.0 40.0 41.0 52.0 44.0 37.0 48.0 34.0 38.0 53.0 38.0 58.0 55.0 P Sup 40.0 64.0 50.0 55.0 50.0 48.0 50.0 50.0 54.0 61.0 49.0 42.0 59.0 51.0 44.0 61.0 49.0 58.0 66.0 IMC V1 35.8 35.8 32.5 29.7 31.1 30.5 30.3 28.9 33.6 43.7 35.0 30.1 40.9 31.3 28.3 56.1 31.3 43.1 45.1 RCQ V1 1.1 0.9 1.0 0.9 0.9 0.9 1.0 1.0 0.9 1.0 1.0 0.9 1.0 0.8 1.0 1.0 1.0 1.1 1.0 % gordura 38.0 49.6 46.0 37.6 43.0 46.2 47.7 45.7 43.5 49.6 47.2 41.0 45.8 45.1 30.6 49.6 45.1 41.2 44.8 CINT V1 113.0 108.0 103.0 99.0 96.0 90.0 106.0 99.0 108.0 130.0 108.0 92.0 124.0 85.0 99.0 146.0 97.0 130.0 137.0 QUAD V1 104.0 117.4 99.0 106.0 103.0 102.0 108.0 101.0 122.0 135.0 113.0 102.0 126.0 105.0 101.0 150.0 100.0 120.0 138.0 V4 Pacientes 1 2 8 10 11 12 13 16 17 18 21 22 24 25 26 27 37 42 43 P Bic 13.0 19.0 18.0 11.0 15.0 15.0 19.0 12.0 14.0 20.0 19.0 14.0 21.0 11.0 11.0 21.0 13.0 18.0 22.0 P Tri 18.0 30.0 27.0 15.0 24.0 22.0 28.0 20.0 22.0 30.0 27.0 19.0 33.0 18.0 18.0 32.0 22.0 23.0 33.0 P Sub 43.0 49.0 49.0 44.0 45.0 39.0 39.0 41.0 42.0 54.0 42.0 38.0 49.0 32.0 35.0 54.0 38.0 59.0 55.0 P Sup 43.0 62.0 50.0 53.0 50.0 46.0 52.0 48.0 54.0 60.0 49.0 45.0 55.0 46.0 44.0 61.0 50.0 59.0 66.0 IMC V4 34.9 34.3 32.5 29.2 31.1 28.6 30.0 29.2 34.0 44.0 35.5 31.0 40.8 29.0 27.0 57.9 31.8 43.2 44.6 RCQ V4 1.1 1.0 1.0 0.9 0.9 0.9 1.0 0.9 0.9 0.9 0.9 0.9 1.0 0.8 1.0 1.0 0.9 1.1 1.0 % gordura 39.7 49.2 47.7 37.6 43.5 45.1 47.2 45.1 43.0 49.6 46.7 41.5 45.8 43.3 30.1 46.6 45.7 41.2 44.8 CINT V4 112.0 108.0 101.0 98.0 96.0 87.0 106.0 99.0 108.0 126.0 105.0 94.0 120.0 81.0 96.0 147.0 94.0 130.0 135.0 QUAD V4 103.0 111.0 99.0 105.0 104.0 99.0 109.0 104.0 127.0 132.0 116.0 100.0 122.0 103.0 98.0 151.0 99.0 121.0 139.0 V7 Pacientes 1 2 8 10 11 12 13 16 17 18 21 22 24 25 26 27 37 42 43 P Bic 15.0 19.0 18.0 11.0 16.0 13.0 16.0 13.0 13.0 20.0 18.0 14.0 22.0 11.0 11.0 22.0 12.0 16.0 22.0 P Tri 21.0 29.0 27.0 15.0 28.0 17.0 27.0 19.0 20.0 28.0 25.0 20.0 34.0 18.0 18.0 32.0 23.0 22.0 33.0 P Sub 44.0 47.0 49.0 41.0 46.0 35.0 40.0 41.0 39.0 52.0 41.0 39.0 50.0 33.0 34.0 54.0 39.0 54.0 56.0 P Sup 49.0 58.0 50.0 49.0 52.0 46.0 51.0 48.0 51.0 60.0 48.0 46.0 56.0 46.0 43.0 60.0 46.0 56.0 66.0 IMC V7 35.5 34.2 32.0 29.0 33.3 27.6 29.7 28.5 31.4 43.9 35.5 31.0 41.7 29.5 26.1 57.3 31.6 41.5 45.8 RCQ V7 1.1 0.9 1.0 0.9 1.0 0.8 0.9 1.0 0.9 0.9 0.9 0.9 1.0 0.8 1.0 1.0 0.9 1.0 1.0 % gordura 41.8 48.7 47.7 35.1 44.0 43.9 46.7 45.1 42.5 49.2 46.7 42.0 45.8 43.9 29.6 46.2 45.1 40.2 44.8 CINT V7 113.0 103.0 100.0 95.0 100.0 81.0 104.0 98.0 104.0 125.0 105.0 94.0 130.0 84.0 94.0 143.0 93.0 127.0 138.0 QUAD V7 106.0 112.0 99.0 104.0 104.0 100.0 109.5 101.0 119.0 133.0 116.0 100.0 125.0 103.0 97.0 148.0 99.0 121.0 144.0 ANEXO III VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS 121 Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos... ANEXOS 19. Pregas biceptal (P Bic)/triceptal (P Tric)/subescapular (P Sub)/suprapúbica (P Sup), índice de massa corpórea IMC), relação cintura/quadril (RCQ),percentual de gordura corpórea, diâmetros da cintura (CINT) e quadril (QUAD) - Amlodipina V1 3 4 6 7 9 14 19 20 23 28 29 30 31 32 33 34 36 38 39 41 44 P Bic 20.00 12.00 20.00 12.00 14.00 20.00 14.00 17.00 13.00 13.00 14.00 14.00 13.00 21.00 17.00 20.00 24.00 16.00 15.00 19.00 20.00 P Tri 30.00 23.00 33.00 19.00 21.00 28.00 20.00 25.00 22.00 21.00 22.00 24.00 23.00 26.00 29.00 32.00 36.00 26.00 29.00 29.00 30.00 P Sub 41.00 31.00 60.00 38.00 36.00 47.00 42.00 37.00 43.00 42.00 39.00 45.00 48.00 41.00 41.00 52.00 50.00 52.00 44.00 52.00 51.00 P Sup 52.00 41.00 63.00 48.00 49.00 52.00 53.00 55.00 48.00 50.00 44.00 48.00 46.00 53.00 53.00 58.00 64.00 65.00 55.00 56.00 62.00 3 4 6 7 9 14 19 20 23 28 29 30 31 32 33 34 36 38 39 41 44 P Bic V4 21.00 12.00 20.00 13.00 13.00 19.00 13.00 16.00 14.00 13.00 15.00 14.00 13.00 22.00 18.00 21.00 23.00 17.00 14.00 18.00 20.00 P Tri 31.00 20.00 33.00 20.00 19.00 29.00 21.00 25.00 22.00 20.00 22.00 25.00 22.00 28.00 29.00 34.00 34.00 28.00 28.00 29.00 30.00 P Sub 40.00 29.00 60.00 37.00 36.50 47.00 41.00 37.00 40.00 41.00 38.00 45.00 48.00 44.00 42.00 52.00 50.00 55.00 46.00 50.00 51.00 P Sup 50.00 41.00 63.00 47.00 47.00 49.00 50.00 51.00 49.00 50.00 44.00 48.00 47.00 56.00 52.00 61.00 64.00 62.00 56.00 55.00 61.00 Pacientes IMC V1 34.93 28.90 48.67 30.02 31.25 37.93 31.50 30.10 29.50 29.10 29.60 35.30 36.30 37.90 34.10 42.80 51.60 40.00 42.00 36.00 37.00 RCQ V1 0.87 0.84 1.09 0.90 0.88 0.93 0.92 0.85 0.94 0.95 0.98 0.86 0.99 1.14 0.88 0.83 0.95 1.00 0.90 0.80 0.87 % gordura 47.70 37.92 42.00 41.50 42.00 47.70 46.20 43.50 45.70 45.70 45.10 40.60 40.60 43.00 41.60 43.60 44.80 41.20 47.70 43.10 49.60 CINT V1 100.50 84.00 148.00 93.00 93.00 106.00 99.00 85.00 95.00 100.00 96.00 95.00 102.00 126.00 94.00 112.00 130.00 QUAD V1 115.00 100.00 136.00 103.00 106.00 114.00 108.00 99.50 102.00 105.00 98.00 111.00 103.00 110.00 107.00 135.00 137.00 114.00 101.00 108.00 126.00 126.00 124.00 IMC V4 35.70 28.40 48.67 29.62 30.43 37.20 30.60 29.90 29.70 28.80 29.20 36.60 37.10 39.90 34.40 43.60 51.80 41.80 41.00 35.00 37.90 RCQ V4 0.92 0.79 1.09 0.93 0.86 0.95 0.93 0.87 0.94 0.96 0.99 0.87 1.01 1.12 0.87 0.82 0.93 1.00 0.88 0.82 0.87 % gordura 47.20 37.20 42.00 41.50 41.50 47.70 45.70 43.00 45.70 45.70 45.10 40.60 40.60 44.10 41.60 44.40 44.40 41.20 49.60 42.60 49.60 CINT V4 104.00 81.00 148.00 93.00 92.00 105.00 99.00 85.00 93.00 100.00 94.00 99.00 104.00 130.00 96.00 113.00 126.00 133.00 114.00 100.00 108.00 QUAD V4 113.00 103.00 136.00 100.00 107.00 110.00 106.00 98.00 99.00 104.00 95.00 114.00 103.00 116.00 110.00 137.00 136.00 133.00 130.00 122.00 124.00 V4 Pacientes V7 Pacientes 3 4 6 7 9 14 19 20 23 28 29 30 31 32 33 34 36 38 39 41 44 P Bic V7 21.00 16.00 18.00 14.00 14.00 21.00 13.00 15.00 14.00 13.00 14.00 15.00 15.00 21.00 19.00 21.00 21.00 19.00 14.00 19.00 20.00 P Tri 30.00 24.00 28.00 20.00 22.00 29.00 22.00 23.00 20.00 20.00 23.00 25.00 23.00 28.00 29.00 34.00 31.00 28.00 28.00 28.00 29.00 P Sub 41.00 33.00 55.00 38.00 37.00 47.00 40.00 35.00 40.00 38.00 38.00 45.00 49.00 44.00 43.00 52.00 50.00 55.00 46.00 50.00 51.00 P Sup 50.00 41.00 59.00 48.00 51.00 51.00 47.00 49.00 45.00 49.00 44.00 53.00 50.00 56.00 54.00 61.00 62.00 61.00 56.00 55.00 60.00 IMC V7 35.21 29.27 48.70 29.50 31.30 37.90 30.70 30.40 28.80 28.70 29.60 35.90 37.20 38.90 35.80 43.90 51.10 40.80 40.70 34.70 37.40 RCQ V7 0.89 0.83 1.01 0.89 0.89 0.96 0.92 0.86 0.93 0.92 0.99 0.87 1.01 1.11 0.86 0.84 0.91 0.98 0.89 0.82 0.86 % gordura 47.20 39.10 41.20 42.00 42.50 48.20 45.10 41.00 45.10 45.10 45.10 41.60 41.10 44.10 42.10 44.00 44.00 41.60 49.60 42.60 49.20 CINT V7 101.00 85.00 140.00 91.00 95.00 109.00 97.00 84.00 92.00 99.00 100.00 99.00 108.00 129.00 100.00 115.00 122.00 130.00 113.00 100.00 105.00 QUAD V7 113.00 102.00 138.00 102.00 107.00 113.00 105.00 98.00 99.00 108.00 101.00 114.00 107.00 116.00 116.00 136.00 134.00 132.00 127.00 122.00 122.00 FC 68.00 80.00 93.00 80.00 80.00 72.00 68.00 85.00 72.00 88.00 72.00 72.00 72.00 80.00 76.00 84.00 100.00 72.00 80.00 80.00 76.00 122