FARMACOVIGILÂNCIA DAS REAÇÕES ADVERSAS APRESENTADAS
POR PACIENTES ONCOLÓGICOS AMBULATORIAIS EM
TRATAMENTO COM ANTICORPOS MONOCLONAIS
Segreto, N. S.¹; Carvalho, L. A. ¹; Gambôa, N. F. ¹; Lima, M.L. ¹; Costa, B. C. P. 2
¹Farmacêutico Grupo COI, 2Estagiário Grupo COI – Rio de Janeiro, RJ
INTRODUÇÃO
Estudos indicam boa tolerância dos pacientes ao tratamento com
anticorpos monoclonais (mAbs), porém, seu uso não é isento de eventos
adversos, que ocorrem principalmente durante o tratamento infusional.
Por se tratar de uma nova classe terapêutica a vigilância
pós-comercialização é essencial para estabelecer a segurança em todas as
condições dos pacientes submetidos ao tratamento com esses
medicamentos. Neste estudo avaliaremos os relatos de reação adversa a
medicamentos (RAM) feitos pela equipe de enfermagem.
METODOLOGIA
22%
16%
Grau 1
Grau 2
15%
Grau 3
Sem Graduação
47%
Gráfico 2 - Classificação das reações de acordo com CTCAE
Foram avaliados os relatos de eventos adversos no período de março a
dezembro de 2013 utilizando a ferramenta CTCAE para classificar as reações
entre 1 e 5, sendo grau 1 reação branda e grau 5 óbito. A equipe de
farmacovigilância identificou e realizou a investigação dos eventos adversos
através de busca ativa nos relatórios da enfermagem e notificou à ANVISA as
reações com graduação de 3 a 5, consideradas graves; as desconhecidas e as
RAMs com medicamentos comercializados a menos de 5 anos no mercado
brasileiro.
Cetuximab, Rituximab e Panitumumab foram os medicamentos envolvidos
nas reações graves notificadas à ANVISA (gráfico 3).
7
4
RESULTADOS
2
Das 675 investigações de RAMs realizadas no período, 11% (n=74)
envolveram anticorpos monoclonais (Gráfico 1).
Rituximab
11%
Cetuximab
Panitumumab
Gráfico 3 - Medicamentos envolvidos nas RAMs notificadas à ANVISA
Investigações de eventos
adversos com mAbs oncológicos
Outros
89%
Gráfico 1 - investigações de eventos adversos com mAbs oncológicos
As ocorrências de acordo com a graduação de gravidade encontram-se no
gráfico 2, no entanto 22% (n=16) dos eventos não foram graduados pela
enfermagem; 15% (n=11) são de grau 3, consideradas graves pela ANVISA
devendo ser notificadas, assim como as duas RAMs com Panitumumab, por
ter menos de 5 anos no mercado brasileiro.
CONCLUSÃO
A toxicidade é um fator limitante para a terapêutica. Anticorpos
monoclonais fazem parte de uma nova classe de medicamentos e requerem
maiores cuidados, principalmente quanto a eventos alérgicos agudos que
são de alto risco durante a infusão. Eventos adversos graves devem ser
considerados e relatados. Cabe ao farmacêutico orientar a equipe
multiprofissional sobre a importância da notificação espontânea, entender
as reações adversas e buscar as possibilidades de prevenção e tratamento
junto a equipe multiprofissional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA. Guia para notificação de reações
adversas em oncologia. 2ª edição. ANVISA / Conectfarma Publicações Científicas. São Paulo, 2011.
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