Formação de Preços em Oligopólio:
antecedentes teóricos
Oligopoly and Entry-Prevention (J Bain 1947)
Barriers to New Competition(J. Bain, 1956)
Oligopólio e progresso Técnico(P. Sylos –Labini, 1957)
New Developments on the Oligopoly Front(F. Modigliani,1964)
Leitura no Curso: Koutsoyannis (cap. 13 e 14), por enquanto
Barreiras a Entrada //b
• O conceito de barreiras à entrada foi apresentado
pioneiramente por Joe Bain
• Barreiras colocam uma firma entrante numa situaação tal que,
caso ela consiga entrar, ela fica numa posição de desvantagem
competitiva em relação as empresas já instaladas, ou empresas
incumbentes
• Stigler oferece uma definição diferente de //b: ela está
associada ao custo de produção de a uma firma que quer entrar
numa indústria e que não existe para uma firma já instalada na
indústria (1968)
• Barreiras mais importantes: de escala, de diferenciação de
produtos e vantagens de custo absolutas
Contribuição de Joe Bain
Oligopoly and Entry Prevention ( American
Economic Review 1947)
Barriers to New Competition (J. Bain 1956)
Leitura obrigatória:Koutsoyannis capítulo13 p.284
e 287-302 e cap 14 (modelo BSM)
Oligopoly and Entry Prevention (J. Bain, AER)
• Pergunta : Porque empresários oligopolistas fixam preços
abaixo dos níveis de monopólio? Por que as empresas mantêm
seus preços, por um longo período,no nível de demanda em
que a elasticidade está abaixo de 1?
• Porque a teoria não trata adequadamente a questão da ameaça
de entrada potencial sobre a formação de preços em
oligopólio, 2º Joe Bain.Será que a simples ameaça à entrada de
competidores pode “disciplinar” a competição?
• Resposta: o preço não é fixado no nível que maximiza lucros
em monopólio( onde MR=MC e lucros de curto prazo são
maximizados) por causa da ameaça à entrada.
Barriers to New Competition (J. Bain 1956)
Nova Pergunta:
Porque os preços dos oligopolistas são determinado
acima do nível de preços competitivo de longo prazo
(onde Pc=LAC)? Por que os oligopolistas (ou um
monopolista, querem impedir a entrada de novos
competidores
• Um preço-limite(ou preço que impede a entrada)
é indiretamente determinado acima do nível
competitivo (P=LAC)por causa das barreiras
Trata-se de conduta estratégica das empresas
(com vistas à maximização conjunta de lucros no
longo prazo)
Definições
• Preços-limite são os maiores preços que as firmas podem
estabelecer sem atrair a entrada de novos concorrentes
• A política ou estratégia de preços-limite assegura lucros
máximos ( diferentes de lucros de monopólio) para as
empresas assegurando relativa estabilidade da estrutura de
mercado (regra de preços)
O que caracteriza “entrada”
• Estabelecimento de uma nova firma, na realidade, de uma
nova entidade legal, que constrói nova capacidade
produtiva, e que, até a sua entrada, não era usada para a
produzir
• O que é excluído desta definição
1) take-overs que constituem mudança de propriedade;
2) expansão de uma firma já estabelecida;
3) entrada –cruzada (empresa que vêm de outra industria que têm a
mesma base tecnológica, e que adicionam um novo produto à sua
própria linha de produtos)
Definições de Entrada
• Para estruturalistas da linha BSM, a Entrada é
formalmente caracterizada por um investimento novo
feito por uma nova firma,que instala nova capacidade
produtiva e jurídico
• Neste sentido, ampliação de capacidade de empresas já
existentes e aquisições (ou fusões) de empresas já
existentes não caracterizariam entrada para este autor
• Geroski et al. observam que definição de “entrada” de
Bain exclui algumas possibilidade importantes: lembram
que o desafiante pode ser uma firma já estabelecida em
outra indústria que decida usar seus ativos para
contornar o que poderia ser, de fato, uma barreiras para
entrar(o que Bain chama de entrada cruzada)
MgDF- IE/UFRJ
Condições de Entrada
Bain introduz o conceito de condições de entrada que
pode ser definido como
E = PL – Pc
Pc
PL é o preço limite
E= prêmio em preços
Pc é o preço competitivo
• E representa a margem pela qual as firmas instaladas (fi)
podem elevar seus preços acima do nível de preços
competitivo, de forma persistente sem atrair a entrada 
garante prêmio que as firmas recebem por conseguir fixar
seus preços acima dos níveis competitivos de forma
persistente
Há dois tipos de competição a serem levadas em
conta quando se estuda o oligopólio:
1) Competição atual existente ou momentânea:
aquela que regula os negócios e transações
das firmas em mercados oligopolizados
2) Competição potencial: aquela que regula a
competição entre firmas já instaladas no
mercado (Fi) e entrantes (Fe)
Gerosky, Gilbert e Jaquemin (2007) reafirmam que a
simples ameaça de entrada em novos mercados ou indústrias
exerce a função de disciplinar a competição
• Ou seja, a simples ameaça de entrada disciplina a conduta
competitiva das empresas instaladas, mesmo antes delas
entrarem nos mercados
• Mas se a entrada de novos concorrentes efetivamente acontecer,
pode mudar a estrutura de mercado
• A entrada pode afetar os padrões competitivos , quando ocorre,
destronando as empresas dominantes, e permite introduzir novas
tecnologias e novos produtos e, muitas vezes, leva a preços mais
competitivos enseja mudança estrutural e nas condutas
• Mas a reação antecipada à entrada também pode afetar a estrutura
de mercado
Discussão sobre “Condições de Entrada” em Micro
Não é novidade, do ponto de vista conceitual
Diferença entre Modelos (Micro x EI)
Competição Pura ou Perfeita assume que a entrada de firmas
novas na indústria é livre e facilitada no LONGO PRAZO
• Admite, também, que não podem existir restrições de ordem
legal (cartéis institucionais, ou mercados protegidos por
políticas industrias, tarifárias ou não-tarifárias)
• Nos modelos de competição perfeita há muitas empresas (
não há concentração significativa e não há assimetrias de
tamanho)
• A informação difunde-se amplamente (não há custos de
transação ou custo de busca no mercado)
Discussão sobre “Condições de Entrada” em Micro
P: Quais são as consequência a L.P. da entrada de novas
firmas do mercado? Qual é o equilíbrio resultante?
Em Competição Pura ou Perfeita
LAC = LMC = P
(custos estão em seu ponto mínimo)
Em Competição Monopolística ou Imperfeita
P = LAC e P > LMC
( os custos de L.P. não estão em seu ponto mínimo porque
algum excesso de capacidade é a contrapartida necessária
à inclinação negativa da curva de demanda)
Entrada em outros modelos de
oligopólio
• Modelos de Cournot, Bertrand não têm entrada,
são fechados, e suas premissas são até certo
ponto ingênuas em relação à formulação de
hipóteses de comportamento dos agentes
• Cartéis são instáveis, assim acontece a entrada
de novos competidores
• Outros modelos de colusão também não estão
supondo entrada
Modelos de Oligopólio com Barreiras, segundo J.Bain
• Permitem analisar a competição quando existe ameaça à
entrada de novos concorrentes e verificar em que nível os
preços são fixados
• A competição potencial exerce uma ação disciplinadora sobre
a competição real
• Vantagem deste modelos: permitem avaliar qual é o nível de
preços que podem ser sustentados pelo maior tempo possível
sem atrair novos competidores e sem “prejudicar” a
competição atual  usam regras de markup ou (formação de
preços através do custo direto ou total)
• Desvantagem: seus modelos não permitem determinar
automaticamente os preços, como no caso da competição
perfeita (modelo paramétrico de formação de preços)
 Condição Necessária: No caso de as barreiras
serem de escala, a firma ingressante deve ter
expectativas de obter plenamente as economias de
escala que as firmas já instaladas têm, ou não entrarão
no mercado (seriam irracionais se o fizessem)
Significa que têm que produzir no trecho em que curva
LAC é horizontal ( e custos não subirão)
(Observação: aprendemos que a eficiência na produção agora está
associada a um trecho da curva, não a um ponto)
Barreiras à Mobilidade do Capital
A definição de BM de Caves e Porter (77)
“o desempenho econômico ( do modelo E-C-D) depende
das limitações ao movimento de recursos para entrar, sair
e manter-se na indústria”
 Os autores do mainstream da EI associavam barreiras ao
impedimento à entrada de novo capital numa indústria.
 Caves e Porter ampliam o argumento para barreiras à
saída ; a ênfase é mais ampla abarcando mobilidade de
recursos
MgDF- IE/UFRJ
Há barreiras à mobilidade entre grupos
(dentro de uma mesma indústria)
Para Caves e Porter barreiras não pode se restringir
apenas à entrada em “uma indústria” as industrias se
dividem em grupos ou segmentos (sub-populações de
empresas) dentro dos quais a interdependência é ainda
maior
É mais realista imaginar que entrantes vão querer ter
acesso a grupos ou segmentos da indústria (mercados
relevantes)
 Além disso, pode ser mais fácil para uma empresa
especializada entrar num segmento industrial com
menores barreiras ( dentro de um grupo) e dali se
movimentar para outros grupos com barreiras mais
efetivas
Tipos de Barreiras
• Economias de Escala são as mais importantes
(são usadas como referência no estudo de preços-limite
nos modelos O-C-D de J.Bain e P.S. Labini e Modigliani)
• Diferenciação de produtos
• Vantagens Absolutas de Custo
• Economias de Escala
Vantagens Absolutas de Custo (representam vantagens
competitivas para os que as possuem)
Ocorrem quando firma estabelecida apresenta custos mais
baixos do que aqueles que seriam incorridos pelos
competidores potenciais.
• Origem destes custos
Integração Vertical (IV) dá acesso privilegiado á fontes de
matéria-prima, economizando custos de transporte e de
logística ou distribuição dos produtos
IV para Frente: ajudam firmas já existentes a controlar a
comercialização do produto no varejo
IV para Trás: assegurar fontes de abastecimento para
firmas de MP e insumos de qualidade
• Tecnologia superior, seja por patentes ou know-how
• Rede de fornecedores/revendedores para desenvolver
relações de conhecimento e confiança ( permite melhores
condições de negociação)
• Habilidades gerenciais dificuldade de recrutar
pessoal já treinado e experiente a não ser oferecendo salários
mais elevados
• Menor custo de fornecimento de M-P devido a acordos com
fornecedores ou por causa do tamanho das compras por parte
de grandes empresas (bulk-buying policies )
• Menor custo de capital para firmas já estabelecidanova
empresa tem que pagar maiores taxas de juros do que firmas
instaladas (por ex: têm acesso a mercado de capital em termos
mais favoráveis)
Discussão das Hipótese
Comportamentais nos Modelos
de Oligopólio com Barreiras
Como se incorpora a dimensão da
interação estratégica da competição
nos modelos de oligopólio com
barreiras?Qual é a relação entre
estrutura e conduta/estratégia?
Hipóteses de Comportamento
Bain descreve 6 tipos de comportamentos,
analisando as hipóteses mais prováveis:
A. Hipótese de acomodação aos novos entrantes
(chamamos de modelo A de Bain )
B. Hipótese de reação agressiva à entrada (modelo B de
Bain) será o modelo de Labini, depois reformulado
por Modigliani
Diz também que pode haver uma combinação dos
dois comportamentos (modelo C)
Outras Hipótes (menos prováveis)
D) Firmas entrantes Fesperam que as firmas instaladas I
aumentem as quantidades produzidas após a entrada
Observação: de retaliação absoluta
E) Firmas entrantes esperam que as incumbentes I reduzam as
quantidades produzidas após a entrada
Observação: de acomodação total
F) As empresas entrantes F esperam passar despercebidas,
eventualmente por serem muito pequenas, o que não
acarretaria mudanças na estrutura de mercado
Premissas do Modelo de Bain
1) Há um tamanho mínimo eficiente a partir do qual todas as
economias de escala são realizadas ( x ); quem opera abaixo da
escala mínima não disfruta das EE plenas
2) LAC , custo médio de longo prazo, tem a forma de L (custos
permanecem constantes a partir do ponto de escala mínima)
3) Estrutura de custos é a mesma para todas as empresas, F e I
Neste caso, há vantagem para firma I, pois elas já desfrutam
plenamente de economias de escala enquanto as entrantes
provavelmente se estabelecerão em níveis sub-ótimos de
produção,abaixo da escala mínima eficiente (dadas premissas
obs: é necessário assumir que entrantes esperam obter plenamente as EE
ou não entrariam num novo mercadonão seria racional para uma nova
firma entrar numa indústria ou mercado onde operariam abaixo do nível de
eficiência num nível sub-ótimo de escala
4) O segmento horizontal de LAC determina o preço
competitivo Pc ( = LAC) e o nível de produto
correspondente, Xc, ambos associados pela curva de
demanda da indústria DD
5) A curva DD é conhecida por todos os concorrentes (atuais e
potenciais) significa que há informação completa quanto
às condições de demanda ( e reações dos consumidores)
6) Inicialmente, não há diferenciação de produtos (produto é
homogêneo), assim o preço é o mesmo para todos os
competidores (atuais e potencias); posteriormente estuda
barreiras de diferenciação
se houver barreira de diferenciação de produtos, estas se superpõem
às barreiras de economia de escala (aumentarão ainda mais a margem
de lucro das empresas ao final do período de ajuste)
7) Todas as firmas têm igual market-share  o autor usa a
curva do market-share (de Chamberlin) ou curva de demanda
efetiva, ou curva de vendas reais
• A participação de cada firma (d) é uma proporção
constante da demanda do mercado, para todos os
níveis de preços
• A curva de demanda mostra a participação no mercado
(share-of-the-market-curve) para cada firma
individuais
• Por suposição do autor, ela tem a mesma elasticidadepreço da curva de demanda no mercado
(demonstração)
Modelo A: preço constante no nível pré-entrada
ENTRADA COM FIRMAS INSTALADAS
ACOMODANDO AS FIRMAS QUE CONSEGUEM
ENTRAR NO MERCADO
Hipótese de comportamento dos agentes:
• Firmas entrantes f esperam que empresas instaladas I
mantenham o preço após a entrada  a este preço, F vão
obter o share de mercado que conseguirem
• Isso implica em que, dada a curva de demanda, as I vão
acomodar as F e a sua própria participação no mercado irá
diminuir pelo exato montante que a firma entrante conseguir
vender ( F ingressa no mercado num nível sub-ótimo, abaixo
de x )
As empresas instaladas I podem tentar prevenir a
entrada fixando PL = Pc (1+ E) na suposição que
as entrantes F não serão atraídas se perceberem
que terão que operar a um nível sub-ótimo
Estudo do Preço Limite
e do Prêmio E
(supondo que exista uma
propensão à acomodação das
empresas entrantes por parte das
empresas já instaladas)
Resumo do Modelo
• Se a participação de mercado ( share de mercado dado d ) da
firma entrante num mercado não garante o aproveitamento
pleno das economias de escala (operando a um nível subótimo de escala,abaixo de x)
• A existência de barreiras de EE garantem que empresas
incumbentes I possam fixar um nível de preços PL acima do
nível Pc que, por sua vez, indica a existência de um prêmio E
positivo, acima de Pc (= LAC)
• Neste caso a dimensão da margem de preços sobre os custos (
ou prêmio) dependerá:
 do share inicial, dado “d”, da entrante em relação a x
 da elasticidade preço da demanda
 da inclinação de LAC
 do povoamento do mercado antes da entrada (N)
Relação entre PL (e Pc) e as variáveis
(dada a hipóteses de que haverá relativa acomodação
das entrantes)
•
•
•
•
A elasticidade preço é + relacionada com PL
O número de firmas N é + relacionado com PL
A inclinação de LAC é + relacionada com P
Share da empresa entrante, dada escala mínima
eficiente, é negativamente relacionado com PL
Modelo B ( sinalização agressiva sobre entrada)
• Baseia-se na segunda hipótese comportamental ( de
BAIN) e é adotada por Sylos Labini e Modigliani
(Modelo BSM)  bem mais realista
• A empresas instaladas sinalizam comportamento
agressivo para as candidatas a entrar no mercado
 esta sinalização indica que as empresas instaladas vão
manter a sua produção no nível pré-entrada, deixando,
conseqüentemente, o preço cair exatamente na
proporção do nível de produto adicionado pela firma
entrante
O preço-limite PL e o prêmio E serão maiores:
• Quanto maior for a escala mínima x
• Menor for a elasticidade da demanda
• Menor for a dimensão do mercado
competitivo determinado em Xc (ao preço
Pc) em DD
Modelo de Labini para Oligopólio Homogêneo: suposições
• Demanda da Indústria é dada e produto homogêneo é vendido
ao mesmo preço;
• Demanda de mercado/indústria é dada e
e=1
• A tecnologia é dada para 3 tamanhos de plantas industriais:
pequena, média e grande (no exemplo com 100, 1000 e 8000
unidades de produto)
• Isso significa que a expansão de cada firma é feita apenas
através de múltiplos do seu tamanho inicial
Custos
Unitários
AC planta tamanho pequena
AC planto de tamanho médio
AC planta tamanho grande
100
1000
8000
x
Premissas do Modelo Labini
• Há uma taxa normal ou convencional de lucro para cada
indústria (no exemplo do livro, é de 5%)
• Há liderança de preços – preço é fixado pela maior e mais
eficiente firma - e o líder conhece a estrutura de custos dos
demais produtores, a demanda de mercado e a taxa de lucros
• Hipótese: firmas instaladas (fi) e entrantes(fe) atuam de
acordo com o Postulado de Sylos que inclui 2 regras de
comportamento:
-
Firmas instaladas (fi) esperam barrar entrada sinalizando que preços pósentrada poderão cairão abaixo do LAC após entrada
Firmas entrantes(fe) esperam que as instaladas (FI) continuem a produzir
a mesma quantidade (deixando preço cair com a adição da oferta na
indústria)
Postulado de Sylos
- Firmas instaladas (fi) esperam barrar entrada de novos
competidores sinalizando que preços pós-entrada poderão
cairão abaixo do LAC após entrada, se elas mantiverem o atual
nível de produção
- Eventualmente, se a entrada ocorre, os preços caem e todo o
aumento da quantidade demandada correspondente vai
pertencer ao novo entrante
- Atenção: empresas usam regra do custo total + liderança de
preços ( o líder de preços é a empresa mais eficiente – para ela
não há assimetria informacional)
O preço que previne a entrada é fixado pela firma-líder e deve
ser um preço de equilíbrio, no sentido de ser aceito pelas
demais firmas da indústria (há preços mínimos
correspondentes a cada tamanho).
Para cada tamanho de planta o preço mínimo aceitável é
Pi = TACi (1+ r)
Pi
é preço mínimo aceitável para o i-ésimo tamanho de planta
TACi é custo médio total para o i-ésimo tamanho de planta
r
é taxa normal de lucro para a indústria
Para ser aceito pelos demais competidores , o preço deve cobrir
TAC da planta e garantir a taxa de lucro da indústria a
empresa líder fixa o preço imediatamente abaixo do preçolimite da firma candidata, normalmente menos eficiente e com
maiores custos
P,C
D
PL
Ps
Pm
TAC planta pequena escala
TAC planta média escala
TAC planta de maior escala
Pt
Xs
Xs
Xs
XL X
região de entrada livre
região de entrada impedida
X
De acordo com o Postulado de Sylos-Labini
• Todas as firmas que já operam na indústria
ganham lucros extraordinários
• Este lucro é maior quanto maior é a escala da
firma (barreira é a economia de escala)
• Há um limite superior e inferior ao nível de
preços que impede a entrada (assim o preço de
equilíbrio não pode ser maior do que PL nem
menor do que Ps)
Modelo BSM por Modigliani
Modelo de Franco Modigliani
• Relaxa os pressupostos mais restritivos
mas mantém as hipóteses
comportamentais do Postulado de Paolo
Sylos-Labini
• Suposições Iniciais 
Modelo de Modigliani (primissas)
1. A tecnologia é a mesma para toda a indústria e há
Barreiras de Escala (EE)
2.Há um tamanho mínimo, x , a partir do qual todas EE
são repetidas; uma vez atingido este nível, a LAC
torna-se uma linha reta
3.A entrada de uma nova firma ocorre ao nível mínimo x;
a entrada ao nível de produção sub-ótimo é evitada e
implicaria em comportamento irracional do entrante;
4. entrada ocorre com novas firmas que adicionam
capacidade produtiva (exatamente igual a x )
5. Produto homogêneo - não há diferenciação- e curva
de demanda DD é plenamente conhecida (não há
assimetrias de informações relativas ao mercado)
6. O ponto de intersecção da curva de demanda DD com
a linha que projeta do nível horizontal de LAC
determina o X e P (preço pré-entrada e quantidades
pré-entrada)  são quantidades e preços que
prevaleceriam se o mercado fosse competitivo no
longo prazo
C
P
D
LAC
x
P´
X´
Usando notações da autora P´= Pc e X´=Xc
7.O preço, no nível de prevenção à entrada, é
determinado pela maior e mais eficiente firma da
indústria, modelo de liderança de preços
8. As firmas adotam o Postulado de Sylos:
• I esperam que as F não se atrevam a entrar no mercado com
uma planta de dimensões menores do que aquelas que
garantem a escala minimamente eficiente x (nível de
produção eficiente);
• Se houver entrada, o preço deverá cair abaixo do nível que
cobre os custos médios de longo prazo, LAC, dos entrantes
• F espera que as I não altere as quantidades produzidas, após a
entrada  I esperam que F não entre no mercado para
operar uma planta produtiva num nível sub-ótimo de escala (
em que não será eficiente)
O que determina o PL, preço que
impede a entrada?
•
•
•
•
Tamanho absoluto de mercado XC
Elasticidade-preço da demanda (e)
Escala mínima ótima x
Preços dos fatores de produção que, junto
com a tecnologia, determinam LAC ( e PC)
obs: estes preços são dados
formalmente
PL = Pc
1+
x
Xc . e
de PL= Pc(1+E)
PL, preço limite, será maior:
 (a) quanto maior for a escala mínimamente
eficiente da planta produtiva, que determina o
tamanho minimamente eficiente para uma
empresa entrara no mercado (x)
 (b) quanto menos elastica for a demanda da
indústria ou mercado
 © quanto maior for o tamanho absoluto
competitivo do mercado Xc (ao preço Pc)
(a)
D
PL2
PL = f ( x )
Preços limite e Escala
mínima eficiente
PL1
Pc
LAC
x2
x2
x1
Se PL = f ( x ), dados Xc e e
Para x2 > x1  PL2 > PL1
x1
XL2
XL1
Xc
Como mudança nos custos afeta a formação de preços?
Pela regra de markup
•
•
Se os custos aumentam, todas as firmas da
indústria serão afetadas, deslocando a curva LAC
de maneira uniforme – o que leva aumento do preço-limite PL
Mas como os novos custos serão repassados aos
preços? Pelas regras do custo direto pela qual se
acrescenta ao custo um markup percentual que
determinam o ambiente
Justificativa: numa situação de oligopólio, em que o equilíbrio
interno é instável e há interdependência entre empresas,h
há mais a ganhar se decisões de preços forem tomadas com
base em regras como as de markup (ou custo total)
Estas regras minimizam o risco de que uma atitude pacífica
seja compreendida como retaliatória ou predatória
(Modiglini, JPE, 1958 p 226 citando Schelling,1957 e Henderson, 1957)
Discussão sobre a rationale ou
Lógica do comportamento dos
oligopolistas, segundo os autores
Extensões ao modelo BSM
Modelo Bhagwati
J. N. Bhagwati em Oligopoly Theory, Entry
Prevention and Growth, Oxford Economic
Paper (1970)
Bhagwati incorpora novos determinantes ao PL:
1) Reintroduz o número de firmas N e avalia o impacto da
expansão da demanda (efeito dinâmico da expansão da
demanda)
2) Introduz uma nova variável de demanda que mede o
descontentamento dos consumidores em relação aos
produtos das firmas instaladas cujos preços
descobrem ser maiores, no pós-entrada
 Este efeito-descontentamento é uma elasticidade positiva e
soma-se à elasticidade da demanda e
 Preços caem com a entrada de novos ofertantes
na indústria e, à medida que isso acontece,parte dos
consumidores (desagradados com antigos preços) passam
a comprar produtos dos novos ofertantes
 parte dos consumidores permanece cativa aos antigos
ofertantes (marcas, propaganda e política de venda)
Determinaçao de preços limite em mercados em expansão
• No que diz respeito ao número de firmas,N, autor
assume que à medida que empresas entram no
mercado, e o preço cai, alguns dos compradores
vão adquirir produtos das firmas estabelecidas e
outros vão comprar das empresas novas
• Por simplicidade, autor assume que o incremento
na produção da indústria é dividido igualmente
entre a firma entrante e firmas estabelecidas
ΔX = x
N+1

ΔX = x (N+1)
• O efeito descontentamento pode ser analisado, como
uma elasticidade positiva, e* , que mede a proporção
decrescente das vendas efetuadas por empresas
instaladas à medida que o preço cai com a entrada e
que, em conseqüência, consumidores insatisfeitos
passam a adquirir produtos dos entrantes
A elasticidade relevante (e+E ) para a determinação dos
preços –limite passa a ser:
e +e* ( N+1)
ΔX : ΔP
onde
X
P
ΔX = x ( N+1 ) e
ΔP = PL - Pc
X
Xc
P
Pc
=
Atenção: na vizinhança competitiva
• Substituindo e resolvendo para PL
PL
=
Pc
1+
x.(N+1)
Xc . e +e* ( N + 1)
I
Quais elementos que determinam PL?
x (escala mínima), Xc, elasticidade e,
elasticidade do efeito descontentamento e* , N
ou
PL
=
Pc.
1+
x
Xc. e
N+1
+ e*
II
Do que depende o PL ?
• O PL varia diretamente com tamanho mínimo de
escala x e com o número de empresas N
• O PL varia inversamente com o tamanho total do
mercado Xc, com elasticidade preço da demanda e,
com a elasticidade positiva e*
Extensão dinâmica ao Modelo Bhagwati
• Se a demanda aumenta por um montante λ, dos quais k%
pertence ao novo entrante, a equação é modificada p/ incluir as
mudanças dinâmicas na demanda
Termo dinâmico
da equação
x – kλ
PL = Pc
1 +
Xc .
e
+
e*
III
N+1
Kλ = % do crescimento da demanda que pertence ao entrante
quando a demanda cresce
Xc demanda agregada, ao preço competitivo, após expansão
• Se a demanda aumenta, e parte deste aumento
pertence ao novo entrante, o preço limite é:
X– kλ
PL = Pc
1+
Xc . e + e*
N+1
Xc  demanda agregada ao Pc após o crescimento do mercado
Se o crescimento do mercado é expressivo,o uso da
política de preços-limite como prevenção à entrada,
mesmo com barreiras de escala à entrada, pode falhar
se k λ > x as I não podem confiar apenas no preço
como estratégia de para impedir entrada
Em mercados em expansão, empresas instaladas têm
que usar estratégias que lhes garantam a máxima
participação possível na expansão e, ao mesmo tempo
tentar impedir o ingresso de novos competidores
No caso das estratégias de preços se tornarem
desestabilizadoras, firmasusarão estatégias non-price
Manutenção intencional e contínua de capacidade
ociosa reservada( para acompanhar o ritmo de
expansão da demanda)
 esta é uma estratégia custosa e não-lucrativa por algum
tempo
 além disso, requer boa capacidade de antecipação
empresarial
Em mercados dinâmicos (crescimento da demanda,
mudança tecnológica) as I têm que os vários fatores
que determinam a sua participação (extra)lucrativa no
mercado (ambiente de mercado) e tentar influenciar
aqueles sob os quais têm algum controle
Modelo de Preços Limites Dinâmicos
(modelo de estratégias mistas)
• BSM postulam que o preço-limite será maior devido à
existência barreiras à entrada  garante que as firmas
instaladas I possam obter lucros extraordinários no longo
prazo, ao mesmo tempo que impede a entrada de novos
competidores
• No entanto, as empresas podem adotar estratégias mistas
através da fixação temporária de um preço de monopólio Pm,
e reduzi-lo, num segundo período, ao nível do preço que
impede entrada de novos concorrentes (introduzir variável
tempo)  há situações em que conseguem contralar a
entrada e outras em que não conseguem
Modelo Pashigian (Pash) de estratégias mistas
Explora estratégias mistas definindo os períodos
de tempo ( OT , TT´) nos quais a firma I muda a
estratégia de fixar preço de monopólio para a
estratégia de fixar preços limites dependendo da
taxa de retorno oferecida para cada uma das
alternativas
Suposição do modelo Pash: 2 empresas ( uma I e
uma E) ; o entrante deve ser uma pequena firma que
será dominada pelas já estabelecidas
No modelo Pash assume-se inicialmente que há
apenas uma firma no mercado (há um monopólio)
• A firma vai decidir se, e por quanto tempo, vale a
pena fixar o Pm que maximiza seus lucros de curto
prazo
• No entanto, fixando Pm, novos concorrentes serão
atraídos ao mercado
A questão crucial é decidir por quanto tempo (
período) o preço Pm > PL enquanto novas
empresas entram no mercado atraídas pelo alto
lucro
Alternativas
• No período T, a firma pode estabelecer um preço de
monopólio Pm e deixar a entrada acontecer
livremente
• Os entrantes vão aderir ao preço existente no
mercado (seguem a firma dominante)  neste caso,
o preço de equilíbrio temporário será Pm e a
quantidades ofertada Xm (ver grafico, para OT
inicial)
Mas esta quantidade vai ser produzida por um
número cada vez maior de firmas, esmagando aos
poucos a margem de lucro da empresa monopolista
Após o período OT inicial o ex-monopolista tem 2
opções de políticas de preços:
1.Fixar PL e auferir o excesso de lucros ( de
oligopólio) que essa política de preços propicia, ou
2. Continuar, durante mais um período (TT´) a fixar
os preços de monopólio,Pm, permitindo novos
entrantes, até que preço caia ao nível competitivo PC
onde obterá apenas o lucro normal ( aponta o limite
da entrada)
A escola entre uma ou outra estratégia baseia-se na
comparação entre os lucros proporcionados por
ambas as alternativas (aplica uma taxa de desconto
Fluxo de lucros
(discounted
flow of profits)
Comparação entra a Área de Lucro
depois do Período T
B
G
F
Opção 2: mostra a área de lucros, (
CLDK ), após T´, se o ex-monopolista
fixou o PL
C
L
K
O
D
T´
Tempo
Opção 1: mostra área de lucos (BGCF) que serão perdidos se o
ex-monopolista escolhe fixar PL em TT´
Se BGCF > CLDK será usada política PM
• O ex-monopolista compara as duas políticas ou
estratégias de preços, a que proporciona lucros de
monopólio, cada vez menores, à medida que a
entrada ocorre ou a que proporciona lucros de
oligopólio,com PL< Pm (CLDK)
• Ao escolher a política de preços-limite, no segundo
período, por exemplo, ele poderá perder a área
(BGCF)
A análise temporal tem a vantagem de tratar
explicitamente e, ao mesmo tempo, justificar a
política de prevenção de entrada em relação à
máxima lucratividade (medida através de
discounted flow of profits, pelo autor)
No entanto, como todo modelo, ele também se
baseia em suposições restritivas ou
questionáveis : por exemplo, a de que o
entrante será uma pequena firma que aceitará
ser liderada pela monopolista
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