UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM METODOLOGIA E
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR
VALESCA ELIAS BECKER
A MÚSICA NA ESCOLA: UMA ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA
CRICIÚMA, AGOSTO DE 2006
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VALESCA ELIAS BECKER
A MÚSICA NA ESCOLA: UMA ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA
Monografia apresentada à Diretoria de Pósgraduação da Universidade do Extremo Sul
Catarinense - UNESC, para a obtenção do
título de especialista em Didática e Metodologia
do Ensino Superior.
Orientador: Prof. Realdo José Sorato - MsC.
CRICIÚMA, AGOSTO DE 2006
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Dedico este trabalho a todos os estudantes e
educadores, que estiveram em meu pensamento,
sendo minha fonte de inspiração durante todos os
momentos na realização desse trabalho.
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AGRADECIMENTOS
• Minha eterna gratidão a Deus por dar-me o direito à vida.
• Aos meus pais, Ademir e Clenir, sementes de tudo. Hoje simplesmente continuo
ou tento aplicar suas primeiras lições sobre o viver , e o amor que me deram,
acreditando em meu potencial, muitas vezes abdicando de seus sonhos e
desejos para realizarem os meus.
• Aos meus irmãos Rodrigo e Débora, pelo companheirismo, exemplo de união e a
beleza de convivermos e crescermos juntos, fazendo parte da minha vida.
• E ao meu marido, uma pessoa especial que amo e que conheci do decorrer
desta jornada e me apoiou, sendo um maravilhoso companheiro.
• Ao professor Realdo José Sorato, pela orientação científica, criteriosa e dedicada
atenção durante o desenvolvimento desta monografia e em muitos momentos
sendo meu amigo.
• Aos colegas de turma pelas horas de convívio agradável.
• À Diretoria de Pós-graduação da Universidade do Extremo Sul Catarinense –
UNESC, na pessoa de seu Coordenador, pela competência na organização do
Curso de Pós-graduação.
• A equipe de professores que se empenharam para a realização do presente
curso, esquecendo-se em muitos casos de sua vida particular em detrimento das
nossas aulas.
• À todos que direta, ou indiretamente, colaboraram para a realização desse
trabalho, meu “Muito Obrigada”.
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“Ninguém pode escolher os próprios pais ou a pátria, mas cada um pode
moldar sua personalidade pela educação”.
Erasmo de Roterdã (1469-1536)
Filósofo Holandês
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RESUMO
O presente trabalho de pesquisa sobre a música na escola, foi elaborado com a
finalidade principal de ajudar e direcionar pessoas interessadas com a educação,
educadores de escolas básicas e outros na introdução de técnicas práticas, fáceis e
produtivas para auxiliar a assimilação do conhecimento em sala de aula através da
música, pois ela pode ser um excelente recurso para se explorar um mundo
diferente no aprendizado e o saber unificado é uma necessidade do ser humano
para o seu desenvolvimento. Para facilitar, iniciou-se este, com informações sobre a
música (o que é, os tipos, sua história), em seguida um parecer como está
ocorrendo a educação em sala de aula, através de referências sobre o estudante, o
educador e o plano de aula. Por último, adicionou-se uma parte sugerindo algumas
músicas que podem estimular o educador em sala de aula em sua disciplina, em
beneficio seu e do seu estudante no aprendizado. É necessário ampliar o universo
de conhecimento dos estudantes, e as muitas possibilidades de aprender. A escola
é o local possível para este aprendizado, tornando necessário promover a
convivência humana e a prática escolar voltada para o crescimento de todos. Assim
o uso da música em sala de aula ampliará o horizonte de estudantes, garantindo um
aprendizado mais criativo e duradouro ajudando estudante e educador nesta difícil
caminhada do saber, pois, melhor que reprimir, é conhecer, informar, instruir e
educar.
Palavras-chave: escola; música; estudante; educador.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 09
2 A MÚSICA.............................................................................................................. 11
2.1 Definições da música .......................................................................................... 11
2.1.1 Teoria naturalista.............................................................................................. 13
2.1.2 A abordagem artística e espiritual.................................................................. 213
2.1.3 A abordagem funcional .................................................................................... 14
2.1.4 Definição social ................................................................................................ 14
2.2 A história da música ............................................................................................ 15
2.2.1 Gêneros musicais............................................................................................. 16
2.3 A música na escola ............................................................................................. 18
3 ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS........................................................................... 21
3.1 O papel do educador........................................................................................... 21
3.2 A música no plano de aula .................................................................................. 23
4 PRÁTICA EDUCATIVAS........................................................................................ 26
4.1 Prática número 01 ............................................................................................... 27
4.2 Prática número 02 ............................................................................................... 28
4.3 Prática número 03 ............................................................................................... 29
4.4 Prática número 04 ............................................................................................... 30
4.5 Prática número 05 ............................................................................................... 31
4.6 Prática número 06 ............................................................................................... 31
4.7 Prática número 07 ............................................................................................... 32
4.8 Prática número 08 ............................................................................................... 33
4.9 Prática número 09 ............................................................................................... 33
4.10 Prática número 10 ............................................................................................. 34
4.11 Prática número 11 ............................................................................................. 35
4.12 Prática número 12 ............................................................................................. 36
4.13 Prática número 13 ............................................................................................. 36
4.14 Músicas diversas............................................................................................... 37
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 46
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 48
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ANEXO...................................................................................................................... 50
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1 INTRODUÇÃO
A escola se constituiu, no decorrer dos séculos, como instituição
responsável pela garantia de conhecimento e valores aos mais jovens. Neste
contexto a escola torna-se muito importante e onde se pode ampliar, rever,
reformular e sistematizar as nações que construímos, favorecendo que nossos
conceitos e as funções elementares de nosso pensamento se desenvolvam e
construam conhecimentos mais elaborados.
Pessoas, felizmente, é um corpo mutável, dinâmico, que altera momentos
de reprodução de velhas práticas com a produção de novos conhecimentos,
solicitando novas práticas. Mudam-se os conceitos, as abordagens, as teorias, e a
mudança da prática em primeiro lugar.
Pensa-se assim, que o currículo escolar é um processo de ampliação,
reformulação e sistematização de conhecimentos, como algo sempre inacabado ao
longo da vida, onde o jovem busca pelo saber da arte, culturas humanas, consciente
que a cada dia está se apropriando do conhecimento, aprofundando-os e
construindo outros.
A introdução das atividades artísticas como complemento à educação tem
profundo significado no reconhecimento da diversidade de elementos que dão forma
e densidade a cultura dos jovens. Uma atividade física, em especial a música, é um
dos mais eficazes meios de formação do homem em sua totalidade, equilibrando
corpo, mente e espírito, compreendendo os princípios, regras, estruturas e relações
existentes no conhecimento lingüístico, artístico, literário, científico e tecnológico.
Considerando que o sujeito pode se desenvolver através de interações
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com o meio em que vive, e a escola ocupa um lugar onde a intervenção pedagógica
intencional desencadeia o processo de ensino-aprendizagem, propõem-se a
inclusão da música como estratégia pedagógica ativando a capacidade individual,
cultural e social, desenvolvendo nos estudantes os valores e as competências
necessárias à integração da sociedade, como pessoa, cidadã consciente na sua
forma ética, autônoma, e criativa.
A inclusão da música como ferramenta e estratégia pedagógica em sala
de aula, mostrará as ideologias contidas em melodias, textos e na sociedade ao qual
o jovem está inserido, ativando sua memória e inteligência, melhorando sua
sensibilidade, concentração e raciocínio matemático, pois a música estimula áreas
do cérebro pouco desenvolvidas por outras linguagens.
Aos que exercem o ofício do ensino, oferece-se aqui uma pesquisa sobre
a música como subsídio no seu fazer pedagógico, com informações e propostas
para tornar seus trabalhos mais agradáveis, práticos, e eficientes na produção do
conhecimento, efetivando seu papel na escola.
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2 A MÚSICA
A palavra MÚSICA é de origem grega e significa “A Força das Musas”,
que eram ninfas que ensinavam aos seres humanos as verdades dos deuses,
semideuses e heróis, através da poesia, da dança, do canto lírico, do canto coral, do
teatro etc. Todas estas manifestações eram acompanhadas por sons. Assim a
MÚSICA, numa definição mais precisa, seria a “ARTE DE ENSINAR”.
2.1 Definições de música
A música, desde o início de sua história, foi considerada uma prática
cultural e humana. Provavelmente, fruto da observação dos sons da natureza,
despertou no homem, através do sentido auditivo, a necessidade e vontade de fazêla. Segundo a SUPER,(2004, p.74), “Com base no achado de flautas de ossos feitas
há 53 mil anos pelos neoandertais, pesquisadores estimam que a atividade musical
deve ter pelo menos 200 mil anos”,
Defini-la não é fácil, pois é difícil encontrar um conceito que abarque todos
os significados dessa prática. Mais do que qualquer outra manifestação humana, a
música contém e manipula o tempo e o som. Talvez por essa razão ela esteja
sempre fugindo a qualquer definição, pois ao buscá-la, ela já se modificou, já
evoluiu. Uma das maiores dificuldades em se definir música tem sido o emprego
dessa palavra na descrição de todas as atividades e elementos relacionadas aos
sons organizados. Conceitos pré-definidos aplicam a coisas completamente
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conhecidas, o que não ocorre na música, que é infinita.
Um dos poucos acordos relativos à música é que ela é uma combinação
de sons e de silêncios que se desenvolvem ao longo do tempo. Assim, inclui
variações nas características do som (altura, duração, intensidade e timbre) que
podem ocorrer sequencialmente (ritmo e melodia) ou simultaneamente (harmonia). A
música eleva os sentimentos mais profundos do ser humano. Não é necessário
gostarmos de todos os estilos, porém conhecê-los se torna muito interessante e
importante.
Os mais recentes avatares de sua desconstrução e reconstrução,
reconhecem que a música se inspira sempre em uma matéria sonora, cujos dados
perceptíveis podem ser reagrupados para construir uma materia musical. Esta
matéria obedece a um objetivo de representação próprio do compositor, mediado
pela técnica. A percepção musical, que se dá principalmente pelo sentido da
audição, por isso, a música é também uma forma de apropriação individual dos
elementos formais que pertencem ao consciente e ao emocional, influenciados pelo
conjunto das manifestações culturais. Desta diversidade de práticas se conclui
sobretudo, que a música não pode ter uma só definição precisa que abranja todos
os seus tipos, todos os seus gêneros.
Conforme JEANDOT (1997, p. 12):
O conceito de música varia de cultura para cultura. Embora a linguagem verbal seja um
meio de comunicação e de relacionamento entre povos, constatamos que ela não é
universal, pois cada povo tem sua própria maneira de expressão através da palavra,
motivo pelo qual há milhares de línguas espalhadas pelo globo terrestre.
Conforme dados obtidos no site da Wikipedia, a música possui vários
significados, abrangendo quatro teorias, que serão definidas abaixo.
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2.1.1 Teoria naturalista
A música existe antes de ser ouvida; ela pode mesmo ter uma existência
autônoma na natureza e pela natureza. Os adeptos desse conceito afirmam que, em
si mesma, a música não constitui arte, mas criá-la e expressá-la sim. Ouvir música
pode ser um lazer e aprendê-la e entendê-la seja fruto da disciplina, a música em si
é um fenômeno natural e universal. Compor, improvisar e executar são formas de
arte que utilizam o fenômeno música.
Sob esse ponto de vista, não há a necessidade de comunicação ou
mesmo da percepção para que haja música. Ela decorre de interações físicas e
prescinde do humano.
2.1.2 A Abordagem artística e espiritual
Alguns definem música como a arte de manifestar os afectos da alma,
através do som. Assim a música é arte (manifestação estética, mas com especial
intenção à uma mensagem emocional), ela é manifestação, ou seja, meio de
comunicação, uma das formas de linguagem, uma forma de transmitir e recepcionar
uma certa mensagem, entre indivíduos, ou entre a emoção e os sentidos do próprio
indivíduo que entona uma música. A música utiliza-se do som, é a idéia de que o
som, ainda que sem o silêncio pode produzir música, o silêncio individualmente
considerado não produz música.
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2.1.3 A Abordagem funcional
A música não pode funcionar a não ser que seja percebida. Não há,
portanto, música se não houver uma obra musical que estabelece um diálogo entre
o compositor e o ouvinte. Este diálogo funciona por intermédio de um gesto musical
formal (dado pela notação) ou formalizado (através da interpretação). A música só
existe como manifestação humana. É atividade artística por excelência e possibilita
ao compositor ou executante compartilhar suas emoções e sentimentos. Sob essa
óptica, a música não pode ser um fenômeno natural, pois decorre de um desejo
humano de modificar o mundo, de torná-lo diferente do estado natural. Em cada
ponta dessa cadeia, há o homem. A música é sempre concebida e recebida por uma
pessoa.
A definição da música, como em todas as artes, passa também pela
definição de uma certa forma de comunicação entre os homens.
2.1.4 Definição social
A música passa tanto pelos símbolos de sua escritura (notação musical),
como pelos sentidos que são atribuídos a seu valor afetivo ou emocional. Conforme
a SUPER (2004, p.76), “uma das hipóteses mais aceitas hoje é a de que a música
teve função promordial na formação e sobrevivência dos grupos a na amenização de
conflitos”.
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No ocidente, nunca parou de se estender o fosso entre as músicas do
ouvido (próximas da terra e do folclore e dotadas de uma certa espiritualidade) e as
músicas do olho (marcadas pela escritura, pelo discurso). Nossos valores ocidentais
privilegiam a autenticidade autoral e procuram inscrever a música dentro de uma
história que a liga, através da escrita, à memória de um passado idealizado. As
músicas não ocidentais, como a africana apelam mais ao imaginário, ao mito, à
magia e fazem a ligação entre a potencialidade espiritual e corporal. O ouvinte desta
música, bem como o da música folclórica ou popular ocidental participa diretamente
da expressão do que ouve, através da dança ou do canto grupal, enquanto que um
ouvinte de um concerto na tradição erudita assume uma atitude contemplativa que
impede sua participação corporal, como se só a sua mente estivesse presente ao
concerto. O período barroco marca a época dessa cisura. O desenvolvimento da
notação musical e a constituição artificial do sistema de temperamentos consolidou
na música, o dualismo corpo-mente típico do racionalismo cartesiano. E de tal forma
esse movimento se fortaleceu que mesmo a música popular ocidental, ainda que
menos dualista, se rendeu à sistematização, na qual se mantém até hoje.
2.2 A História da música
A história da música é o estudo das origens e evolução da música ao
longo do tempo. Como disciplina histórica insere-se na história da arte e no estudo
da evolução cultural dos povos. Como disciplina musical, normalmente é uma
divisão da musicologia e da teoria musical.
De acordo com LOVELOCK (1987, p.6):
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A música, tal como a pintura, a escultura ou a arquitetura, tem sido afetada
continuamente por fatores externos, em especial as condições e mudanças eclesiásticas
e sociais. Num estudo relativamente conciso da história da música, é obviamente
impossível tratar de detalhes dos efeitos de tais fatores.
Seu estudo, como qualquer área da história é trabalho dos historiadores,
porém também é freqüentemente realizado pelos musicólogos.
Este termo está popularmente associado à história da música erudita
ocidental e freqüentemente afirma-se que a história da música se origina na música
da Grécia antiga e se desenvolve através de movimentos artísticos associados às
grandes eras artísticas de tradição européia (como a era medieval, renascimento,
barroco, classicismo, etc. )
Pode-se falar da história da música do ocidente, mas também podemos
desdobrá-la na história da música erudita do ocidente, história da música popular do
ocidente, história da música do Brasil, História do samba, história do fado e assim
sucessivamente.
2.2.1 Gêneros musicais
Assim como existem várias definições para música, existem muitas
divisões a agrupamentos da música em gêneros, estilos e formas. Dividir a música
em gêneros é uma tentativa de classificar cada composição de acordo com critérios
objetivos que não são sempre fáceis de definir.
A música é freqüentemente agrupada de acordo com vários critérios.
Conforme o site da wikipedia as divisões mais freqüentes são:
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•
Música erudita - a música de concerto, dita como culta e mais elaborada. É
feita para durar muito tempo e resistir a modas e tendências. Em geral exige
uma atitude contemplativa e uma audição concentrada. Alguns consideram
que seja uma forma de música superior a todas as outras e que seja a real
arte musical. Esse é um pensamento tipicamente ocidental e não leva em
conta a imensa variedade de formas e funções da música nas mais diversas
sociedades.
•
Música popular - associada a movimentos culturais populares. É a música do
dia-a-dia, tocada nas festas, usada para dança e socialização. Segue
tendências e modismos e muitas vezes é associada a valores puramente
comerciais.
•
Música folclórica ou tradicional - associada a fortes elementos culturais de
cada sociedade. Normalmente são associadas a festas folclóricas ou rituais
específicos. Pode ser funcional (como canções de plantio e colheita ou a
música das rendeiras e lavadeiras). Normalmente é transmitida por imitação e
costuma durar décadas ou séculos. Incluem-se neste gênero as cantigas de
roda e de ninar.
Outra divisão comum é entre a música profana, sem conotação religiosa e
a música religiosa.
Cada uma dessas divisões possui centenas de subdivisões. Gêneros,
subgêneros e estilos são usados numa tentativa de classificar cada música. Em
geral é possível estabelecer com um certo grau de acerto o gênero de cada peça
musical, sendo que cada músico é constantemente influenciado por outros gêneros.
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Devemos considerar a classificação musical como um método útil para o
estudo e comercialização, mas sempre insuficiente para conter cada forma
específica de produção. Os estilos musicais ao entrar em contato entre si produzem
novos estilos e as culturas se misturam para produzir gêneros transnacionais.
Outra forma de encarar os gêneros é considerá-los como parte de um
conjunto mais abrangente de manifestações culturais. Os gêneros são comumente
determinados pela tradição e por suas apresentações e não só pela música de fato.
Ainda que a maioria do que se denomina por música erudita seja acústica por
natureza e intencionada para ser tocada por indivíduos, muitos trabalhos que usam
samples, gravações e ainda sons mecânicos, não obstante, são descritas como
eruditas.
2.3 A Música na escola
É muito díficil encontrarmos alguém que nunca cantou, ou mesmo que não
goste de escutar uma música. As expressões sonoras estão ao nosso redor, no
cantar dos pássaros, na chuva, no rádio, na televisão, etc. Assim ela está presente
em todos os momentos de nossa vida. Assim, “a música faz parte de nossa vida de
uma maneira mais ou menos intensa, conciente ou não, mas existe para todos. Faz
parte das criações humanas, sendo portanto, algo feito pelo homem e não existente
na natureza, pelo menos assim como a conhecemos. (TREIN, 1986, p. 05)
A escola com o parte integrante da vida dos estudantes também não pode
excluir
esta expressão de seu dia-a-dia, auxiliando o ensino em determinadas
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disciplinas, onde ocorre o despertar de alguns estudantes de sua sensibilidade e
observações. Assim,
Ora, o prazer pessoal... O gosto da expressão e da expansão do sentimento, da
emoção... Aí nos parece incidir a verdadeira significação da música para as pessoas,
adultos e crianças. Gosto e prazer social, eis os “efeitos intrícicos” que explicam e
justificam a presença da música e, sobretudo, canta porque isso nos dá prazer, porque
gostamos...., a nosso ver reside o fundamento filosófico que justifica a inclusão da
música, do canto, na educação de caráter humanístico. (BRESSAN, 1989, P.61)
A música é a expressão humana, assim cabe ao educador inseri-la em
seu projeto educativo, compreendendo-a, desenvolvendo um trabalho prazeroso,
pois estamos inseridos numa estrutura musical, a qual não dominamos por
completo, mas que está presente em nossa vida, interagindo ambiente e pessoas,
ou mesmo pessoas com pessoas. Conforme a SUPER (2004, p.77): “Antes de os
bebês saberem falar, eles já balbuciam de uma forma muito musical”.
Usar a música na escola não é nenhuma inovação. Desde o século XVI,
os Jesuitas já itilizavam a música como atrativo com as crianças indígenas para os
seus ideais de catequização. As músicas funcionavam como veículo de
aprendizagem, onde as letras transmitiam conceitos e valores cristãos.
Assim
à prática de associar a música a qualquer disciplina , como
auxiliadora do aprendizado, é educar musicalmente e propiciar a criança uma
compreensão progressiva da linguagem musical através de experimentos e
convivência orientada, proporcionando a vivência da linguagem como um dos meios
de representação do saber construindo do estudante com o meio ambiente.
O educador deve usar a música para ensinar, dando o verdadeiro valor a
música dentro da sala de aula, como elemento auxiliar na formação do jovem,
usando-a como recurso na aquisição do conhecimento.
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Conforme FERREIRA (2002, p.13): “Com a música, é possivel ainda
despertar e desenvolver nos alunos sensibilidades mais aguçadas na observação de
questões próprias à disciplina alvo”. Assim, a música tem uma função pedagógica,
onde o estudante aprende a aprender a realidade cultural que os envolvem.
A música melhora a sensibilidade dos estudantes, a capacidade de
concentração e memória, trazendo benfícios ao raciocínio matemático, a escrita e a
fala, “ela estimula o lobo temporal no cérebro e faz com que os circuitos
estabelecidos com o cortex pré-frontal – região que canaliza a informação – sejam
mais consistentes”. (NOVA ESCOLA, 2004, p. 48)
A música na educação vem contribuir para a formação do indivíduo como
todo, onde ele entrará em contato com o mundo letrado e lúdico, envolvendo áreas
do conhecimento, criando, aprendendo e expondo suas potencialidades, pois “eles
vêm para a escola esperando aprender aquilo que a cultura e a condição de vida
não conseguem ensinar-lhes: compreender o mundo, a natureza a as pessoas e a
relação entre elas, dominar as mais variadas linguagens para comunicar-se, lidar de
modo competente com as dimensões quantitativas da vida” (NOVA ESCOLA, 2005,
p.22). Ela pode ajudar a criança a perceber seus próprios sentimentos e organizar
seu pensamento, buscando compreender as formas de melhor se expressar, pois é
também através do corpo que as pessoas agem sobre o meio para alcançar
objetivos desejados ou satisfazer suas necessidades.
Portanto educar, ensinar outras disciplinas tendo a música como subsídio,
é algo que pode ser feito de muitas formas e de acordo com a disciplina e com o
assunto que se pretende abordar.
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3 ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS
O envolvimento do estudante no dia-a-dia escolar só é totalizante quando
o mesmo se sente interagido com o programa educacional, onde ocorra à
assimilação, o questionamento, amizade, o envolvimento de todos e principalmente
a aquisição de novos conhecimentos.
Daí decorre a outra função da escola, que representa para mim uma das vias essenciais
para a sua renovação: considerando que, em nossa sociedade, os jovens passam na
escola tantos e tantos anos – os mais belos anos de sua juventude, os mais belos anos
de sua vida, se acreditarmos nos ditados populares – é preciso que a escola tenha por
tarefa vivificar o presente dessas jovens, e fortalecê-los neste presente. (SNIDERS, 1992,
p. 13)
3.1 O Papel do educador
Lecionar! Essa é a palavra que muitos educadores acreditam que estão
fazendo. Mas o que significa lecionar?
Quando pensamos em um educador, em lecionar, é comum vermos uma
pessoa, um quadro e o conteúdo de uma dada disciplina, onde o mesmo expõe o
conteúdo, apresentando conceitos e definições, seguidas de exemplos que os
ilustrem.
Lecionar é respeitar a curiosidade do educando, seu gosto estético, sua
linguagem, que valoriza em prol da ordem em sala de aula, que ensina os
fundamentos éticos de nossa existência, pois quem ensina aprende a ensinar, quem
aprende ensina a aprender. Ensinar não se fica apenas no tratamento do objeto ou
do conteúdo, se alonga a produção de condições em que aprender criticamente é
possível, exigindo a presença de educadores, e onde os educandos são
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investigadores,
inquietos,
curiosos,
humildes,
persistentes,
solicitando
transformação. Segundo depoimentos de estudantes na PROPOSTA CURRICULAR
DE SANTA CATARINA (2005, p.83), “...o(a) aluno(a) anseia uma Escola e educador
comprometido com as transformações da sociedade e que lhes permite, acima de
tudo, socializar suas idéias”. Fazer a diversidade em sala de aula é um recurso de
ensino, que mostra que todos são iguais porque querem aprender. Por serem
diferentes, eles precisam que o educador invente mil modos diferentes de ensinar
(lecionar).
É urgente a necessidade de trabalhar de forma interdisciplinar e
diversificada, tornando o jovem mais interessado e consequentemente, mais
permeável à aprendizagem da leitura, da escrita, do saber como um todo. Conforme
NOVA ESCOLA (2005, p.22):
Educar diferente requer uma pedagogia diferenciada e se esta sustenta em dois pilares
indispensáveis: O primeiro constitui-se no conhecimento das necessidades, das formas
de aprender e das dimensões psicológicas, materiais e socioculturais dos seres
humanos. Isso permite ao professor reconhecer às diversidades e usar recursos variados
na sala de aula para que todos os alunos vejam sentido nos conteúdos de aprendizagem.
O segundo pilar sustenta a pedagogia diferenciada, e a identificação positiva com a
diversidade, um sentimento de ser diverso e compreender a si mesmo por esse motivo.
Neste contexto de estímulo, o educador deve utilizar a música como
possibilidade de aprendizagem, motivação, trazendo o estudante para seu cotidiano
escolar, explorando toda a estrutura física, tecnológica que a música pode oferecer.
Conforme a PROPOSTA CURRICULAR DE SANTA CATARINA (2005, p.107):
“motivar os alunos a partir do pressuposto básico de que a escola é um espaço de
aprendizagem. O educador deve provocar o interesse do(a) aluno(a), trazendo, para
o seu cotidiano, a problematização e a prática da experiência contemporânea... São
muita as possibilidades de forma de expressão (leituras, vídeos, músicas)...” .
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O educador utilizando a música como auxílio em suas aulas, faz com que
o estudante use esse recurso na área do conhecimento, sua sensibilidade e o
despertar de sua inteligência, usando a música de maneira prazerosa. Conforme
FERREIRA (2002, p. 11): “o professor deve usar a música para ensinar, e nunca
para atormentar”.
Assim ao trabalhar a música o educador deve levar em conta toda a
história e a cultura de sua turma, pois ela traz bagagens, pois,
.... Devêssemos convir que a maior, a mais forte, a mais significativa contribuição para o
“fazer pedagógico”, considera assim a educação, se encontra no próprio aluno, na sua
personalidade cultural. Impõe-se, pois considerá-la, aproveitá-la, explorá-la, mediante
lances pedagógicos em função do “ser mais”, ....Essa escola centrada no aluno..., timbrase por reconhecer nele os valores da imaginação, da criatividade, das experiências de
vida, valores íntimos como o “gosto” por ser e agir de determinada maneira, como
também a expansão do “prazer pessoal”. (BRESSAN, 1989, p.81).
Valerá ao educador utilizar a música em sala de aula, mas é preciso se
dedicar ao seu estudo, procurando compreende-la em sua plenitude, desenvolvendo
o prazeroso trabalho de escutar os mais variados sons em suas combinações, ler o
que for necessário, para assim ter mais discernimento na elaboração dos trabalhos,
ficando mais bem elaborados e adaptados para a realidade de seus estudantes. “É
bom que você esteja sempre à frente. Corra atrás de novas técnicas, encontre novos
materiais, faça cursos de línguas, participe de simpósios. Nunca pare de aprender”.
(MANUAL DO PROFESSOR, 2005, p.13).
3.2 A música no plano de aula
Mesmo sendo um educador experiente, é impossível entrar em sala de
aula sem antes ter planejado a sua aula, pois o plano de aula é a previsão dos
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conteúdos que compõem uma unidade de estudo, é a definição do que vai ser
ensinado num determinado período, que variam segundo as prioridades do
planejamento, dos objetivos do educador e do estudante.
“Planejar dá mais
experiência para antecipar o que pode acontecer. Com base nisso o professor se
prepara para os possíveis caminhos que a atividade vai tomar”. (NOVA ESCOLA,
2005, p.20)
Uma escola na qual o educador expõe os conteúdos, mesmo que usando
técnicas pedagógicas modernas e inovadoras, não é uma escola ativa, se não
considera que a aprendizagem só ocorre mediante a ação dos estudantes em busca
da descoberta.
É muito importante incentivar a curiosidade e a busca de respostas, onde
o estudante questiona e consegue adquirir suas respostas. A interdisciplinaridade
favorece que a s ações traduzam para ampliar a capacidade dos estudantes,
expressando através de múltiplas linguagens, novas tecnologias, interagindo de
forma critica e ativa com o meio físico e social, desenvolvendo o senso crítico.
Mesmo que não se está preparado, o diferente pode aparecer e será
necessário se reproduzir, pois, “todos os dias ocorrem fatos novos que podem ser
explorados durante a aula”. (MANUAL DO PROFESSOR, 2005, p. 49).
A inclusão de atividades artísticas como complemento à educação tem
grande significado na diversidade de elementos à cultura dos estudantes. Introduzir
no plano de aula uma atividade física ou artística (música, por exemplo) é um dos
mais eficazes meios na formação do homem, equilibrando corpo e mente. “Nunca é
demais recordar que cabe ao professor atuante nesse nível de ensino, o papel de
grande mediador na formação dos jovens e adultos, visto serem eles educadores e
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educandos, sujeitos sociais e históricos...” (UM NOVO OLHAR SOBRE A MATRIZ
CURRICULAR, 2003, P. 11)
A música, então entra como uma linguagem expressiva e a canção como
veículo de emoções e sentimentos, que podem fazer com que o estudante
reconheça nelas seu próprio sentir, organizando seu pensamento, para melhor se
exprimir e alcançar seus objetivos, ou mesmos satisfazer sua necessidades.
Trabalhar a música interdisciplinando às demais disciplinas envolve os
estudantes, para que eles assimilem os conteúdos de maneira a levá-los a
questionar, saindo do senso comum e tendo uma visão critica do assunto
trabalhado, servindo assim como uma bússola que conduz a aula de melhor forma o
dia-a-dia profissional. De acordo com FERREIRA (2002, p. 23): ... Se pode observar
que o campo das formas musicais é verdadeiramente fértil e de fácil assimilação,
portanto útil para o trabalho do professor que deseja renovar, dinamizar e busca
maior eficiência de aprendizado em seu modo de explicar a matéria”.
Segundo a reportagem sobre música da revista Nova escola (2004, p. 56),
existe várias maneiras de se trabalhar a música em sala de aula, através de próprio
cantar, com brincadeiras de roda, assistindo filmes, contando histórias, batendo bola,
com adivinhações, pulando corda, escutando o ambiente, entre outros. Mas, além
dessas atividades, o próprio ouvir uma música faz parte da cultura dos jovens,
moldando atitudes e comportamentos.
Em um plano de aula pedagógico deve-se levar em conta a cultura
musical do estudante, estabelecendo relações com o conteúdo a ser trabalhado em
sala de aula, pois a música deve ser usada também fora do contexto festivo da
escola, levando em consideração a relação música com a aquisição do
conhecimento.
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Além do uso na aprendizagem de algum conteúdo específico, a revista
NOVA ESCOLA (edição especial, p. 39), traz também outros objetivos para o uso da
música em sala de aula:
•
•
•
•
•
•
Desenvolver a percepção auditiva e a memória musical;
Pesquisar, explorar, compor e interpretar sons de diversas naturezas e
procedências;
Utilizar e cuidar da voz como meio de expressão e comunicação musical;
Conhecer, apreciar e adotar atitudes de respeito diante da variedade de
manifestações musicais do país;
Estabelecer relações entre a música feita na escola: as veiculadas pela mídia e
as que são produzidas localmente;
Conhecer usos e funções da música em épocas e sociedades distintas.
Educar é ensinar, e isso pode ser realizado de muitas maneiras
utilizando a música, de acordo com a disciplina e com o conteúdo que se pretende
abordar, pois ala é uma arte extremamente rica e dispõe de grande repertório
acessível a qualquer assunto.
Planejar é necessário, é questão de ética, respeito e responsabilidade do educador para
com seus estudantes e com a escola. Então, como ir para a escola (significa como um
território de luta por sentidos e identidades) e exercer uma pedagogia (entendida como
uma forma de política cultural), sem planejar nossas ações? Ora, agir assim demonstraria
que, no mínimo, não levamos muito a sério as responsabilidades pedagógicas e políticas
de nosso trabalho! (MOREIRA, 1999, p. 121)
4 PRÁTICAS EDUCATIVAS
Quando se propõe a usar a música para explorar um determinado assunto
de uma disciplina qualquer, deve-se usá-la de modo construtivo, despertando um
maior interesse por parte dos estudantes e não ao contrário, pois a música faz parte
do adolescente, para tanto, na escola ela também deverá ajudar na aprendizagem,
desenvolvendo habilidades e sensibilidade.
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Segue abaixo algumas práticas onde, a música auxilia no ensino e
aprendizagem em algumas disciplinas, sendo que cabe ao educador determinar seu
tempo de trabalho, bem como definir o seu interesse, procurando planejar e construir
novas técnicas que auxiliarão no seu dia-a-dia, de acordo com a capacidade dos
estudantes, critérios didáticos, pedagógicos, currículo escolar de maneira a
relacionar à sua realidade.
4.1 Prática número 01
Esta prática utilizando a música é recomendada para ser trabalhada a
partir da 3ª série do ensino fundamental, na disciplina de Língua Portuguesa, com o
conteúdo de pronomes pessoais.
Músicas sugeridas:
• Procurando Tu, de Antônio Barros e J. Luna. Jackson do Pandeiro,
Polygram;
• Beija Eu, de Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Arto Lindsay. Marisa
Monte , disco Mais, EMI;
• Ai que Saudade D’ ocê, de Vital Farias. Beijos – Coralusp, disco
Beijo, Cameratti;
• Mim Quer Tocar, de Roger. Ultraje a Rigor, disco O Mundo
Encantado do Ultraje a Rigor, WEA;
• Aluno do Ibrahim, de Marcos César. Ary Toledo, disco Ary Toledo,
Berveley-Copacabana.
Sugestões para a prática:
As nossas canções possuem letras com erros e acertos, conforme a
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gramática, assim cabe ao educador mostrar ao estudante o modo errado e como
corrigi-lo conforme a língua portuguesa.
Com as músicas acima a abordagem sobre os pronomes, em especial os
pessoais pode ser bem utilizada.
4.2 Prática número 02
Esta prática é recomendada para ser trabalhada a partir da 3ª série do
ensino fundamental, na disciplina de Geografia, com o conteúdo sobre aspectos
físicos e regionais do Brasil.
Músicas sugeridas:
• Sobradinho, de Sá e Guarabira. Sá e Guarabira, disco 10 Anos
Juntos, BMG-RCA;
• Rio de Lágrimas, de J. Carrero e L. Santos. Renato teixeira, Pena
Branca e Xavantinho, disco Grandes Cantos Sertanejos, Kuarup;
• Lagoa dos Patos, de Kledir Ramil e Fogaça. Kleiton, Kledir e MPB
4, disco Kleiton e Kledir – col, Minha História, Polygram;
• Gauchinha Bem Querer, de Tito Madi. Farroupilha, Continental;
• Linha do Equador, de Djavan e Caetano Veloso. Djavan, disco
Coisa de Acerto, Columbia;
• Você vai Gostar, de Elpídio dos Santos. Sérgio Reis, Som Livre;
• Comitiva Esperança, de Almir Sater e Pailo Simões. Sérgio reis,
disco Pantaneiro, RCA;
• Chalana, de Mário Zan e Arlindo Porto. Sérgio Reis, disco Os
grandes Sucessos de Sérgio Reis, Som Livre;
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• Travessia do Rio Araguaia, de Dino Frando e Dicró dos Santos.
Tião Carreiro e Pardinho, Chantecler-Warner;
• Pra Longe de Paranoá, de Oswaldo Montenegro. Oswaldo
Montenegro, disco Trilha Sonora do Musical Léo e Bia, RDSAlbatroz;
• O Ciúme, de Caetano Veloso. Pena Branca e Xavantinho, Velas.
Sugestões para a prática:
A maioria das músicas destacadas salienta a parte hídrica do Brasil, onde
todo o contexto hidrográfico, bacias, lagos naturais e artificiais, usinas hidrelétricas
podem ser refletidas, expressando mensagens ao meio rural.
Elas revelam a
presença de rios e lagos, sendo que cada canção abrange uma determinada região
do Brasil, onde todos os aspectos físicos e geográficos podem ser destacados para
cada região.
4.3 Prática número 03
Esta prática é recomendada para ser trabalhada a partir da 5ª série do
ensino fundamental, na disciplina de História e Literatura, com o conteúdo sobre
descobrimento do Brasil e o desenvolvimento de textos poéticos a partir do
descobrimento do Brasil.
Músicas sugeridas:
• Bem Brasil, de Wandi e Premeditando o Breque. Premeditando o
Breque e Caetano Veloso, disco O melhor dos Iguais, EMI-Odeon;
• Desenredo (G.R.E.S Unidos do Pau Brasil), de Luiz Gonzaga
Júnior.
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Luiz Gonzaga Júnior, disco Gonzaguinha da Vida, EMI-
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Odeon;
• Brasil com S, de Rita Lee e Roberto de Carvalho. Rita Lee, disco
Rita Lee – Roberto de Carvalho, Som Livre;
• Chegança, de Antonio Nóbrega e Wilson Freire. Antonio Nóbrega,
disco Madeira que Cupim não rói, Brincante-Eldorado.
Sugestões para a prática:
Todas as músicas relacionadas tratam de modos diferenciados sobre o
descobrimento do Brasil, uma do ponto de vista do descobridor e outra do ponto de
vista indígena. Na área da Literatura, o educador pode explorar em cada canção as
relações estruturais da letra, o que o título, a idéia central e o desenvolvimento em
relação à poesia e a prosa.
4.4 Prática número 04
Esta prática é recomendada para ser trabalhada a partir da 3ª série do
ensino fundamental, na disciplina de Ciências, Biologia e Literatura, com o conteúdo
sobre as aves da fauna brasileira, e o a construção poética da canção, baseada no
verso livre.
Músicas sugeridas:
• Passaredo, de Francis Hime e Chico Buarque, disco Meus Caros
Amigos, Philips.
Sugestões para a prática:
Esta música traz um repertório de nomes de pássaros da fauna brasileira,
assim facilitando a fixação dos nomes populares e a pesquisa para as aulas de
Ciências e Biologia (nível médio), introduzindo o nome popular e o científico. Na
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Literatura a construção poética da canção baseia-se no cunho ecológico da arte
contemporânea.
4.5 Prática número 05
Esta prática é recomendada para ser trabalhada a partir da 7ª série do
ensino fundamental, na disciplina de Ciências, Biologia e Literatura, com o conteúdo
sobre as condições do corpo humano em seus componentes e funções, e em
estudar a mensagem de uma carta em forma de poema e em verso livre.
Músicas sugeridas:
• Ao Meu Amigo Edgard, de Noel Rosa e João Nogueira. João
Nogueira, disco Vida Boemia, EMI-Odeon.
Sugestões para a prática:
Esta música propicia um divertido estudo sobre o corpo humano, as
funções dos órgãos, temperatura do corpo, destacar tipos de exames, o estudo dos
tecidos, entre outros. Na Literatura utilizar a carta escrita para a canção, estudando
de forma poética em verso livre as relações semânticas que conferem um tom
irônico à mensagem do texto.
4.6 Prática número 06
Esta prática é recomendada para ser trabalhada a partir da 6ª série do
ensino fundamental, na disciplina de Ciências, Biologia, Literatura e Física, com o
conteúdo sobre o metabolismo energético e o ciclo de vida. Em Literatura analisar a
construção poética, e em Física, o estudo da reflexão da luz.
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Músicas sugeridas:
• Corrente, de Chico Buarque. Chico Buarque, disco Meus Caros
Amigos, Philips.
Sugestões para a prática:
Como os versos podem ser lidos, com significado, de cima para baixo e de
baixo para cima, conforme uma imagem refletida, propiciado por um espelho, o
educador pode trabalhar a reflexão da luz em Física, nas Ciências e Biologia o ciclo
da vida poderá ser aprofundado, bem como o processo metabólico. Em Literatura
analisar a construção poética de leitura possível em dois sentidos.
4.7 Prática número 07
Esta prática é recomendada para ser trabalhada a partir da 7ª série do
ensino fundamental, na disciplina de Inglês e História, com o conteúdo sobre
tradução de línguas. Em História sobre revolução.
Músicas sugeridas:
• Revolution, de John Lennon e Paul MacCartney – composição em
1968. The Beatles, disco The Beatles, Apple.
Sugestões para a prática:
O educador de Inglês poderá propor atividades voltadas à pronúncia do
idioma à maneira britânica e trabalhar a tradução do inglês para o português. Em
História pode-se dar especial atenção à revolução ocorrida na época e o destaque
enfatizado na música sobre o revolucionário.
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4.8 Prática número 08
Esta prática é recomendada para ser trabalhada a partir da 8ª série do
ensino fundamental, na disciplina de Geografia, História, Geografia, Filosofia e
Física, com o conteúdo migração; em História a relação homem e sociedade;
literatura analisar os poetas abaixo, e em Física e Filosofia, o estudo lei da gravidade
e o pensamento lógico.
Músicas sugeridas:
• Fotografia 3 x 4, de Belchior. Belchior, disco Alucinação, Philips;
• Apenas um Rapaz Latino Americano, de Belchior. Belchior, disco
Alucinação, Philips.
Sugestões para a aula:
Em Geografia pode-se trabalhar a migração de pessoas do meio rural para
o meio urbano do Brasil, observando e analisando o ponto de vista do migrante e da
população da cidade e estudar as causas da violência urbana. Em História verificar a
interação homem e sociedade, dando enfoque ao relacionamento familiar. Em
relação à Física e Filosofia a Lei da Gravidade de Isaac Newton pode ajudar no
estudo da mesma, bem como a distinção do pensamento lógico e o abstrato. Já em
Literatura, as interpretações de Fernando Pessoa e Caetano Veloso podem ser
trabalhadas, visto que o autor é leitor destes poetas.
4.9 Prática número 09
Esta prática é recomendada para ser trabalhada a partir da 7ª série do
ensino fundamental, na disciplina de Arte, Literatura e Matemática, com o conteúdo
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sobre correspondência biunívoca. Em Literatura estudar as noções de releituras, e
em Arte as distinções entre esboço, gravuras, etc.
Músicas sugeridas:
• Quadros de uma Exposição, de Mussorgski – ano da composição:
1874.
Sugestões para a aula:
Em Matemática o estudo sobre correspondência biunívoca pode ser
verificado ao analisar as versões musicais, relacionando aos conjuntos. Em
Literatura a noção de intertextualidade e releituras fica bem evidenciada. Em Arte, a
distinção entre gravuras em preto e branco e entre aquarela ou tela colorida,
verificando a expressividade entre elas.
4.10
Prática número 10
Esta prática é recomendada para ser trabalhada a partir da 1ª série do
ensino médio, na disciplina de Língua Portuguesa, Língua Inglês e História, com o
conteúdo sobre oração coordenada e tradução. Em História as relações entre Brasil
e Estados Unidos.
Músicas sugeridas:
• Wave, de Antonio Carlos Jobim – ano de composição: 1968. João
Gilberto, disco Amoroso, Warner;
• Wave, de Antonio Carlos Jobim. Ella Fizgerld, disco Ella Abraça
Jobim, Pablo;
• Wave, de Antonio Carlos Jobim. Herbie Hancock (solo piano), disco
Antonio Carlos Jobim and Friends, Verve-Polygram.
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Sugestões para a aula:
Mesmo que as versões não possuam as traduções ao “pé da letra”, podese trabalhar a tradução em Língua Inglesa, bem como estudar as orações, em
especial as coordenadas em língua portuguesa. Já em história a análise das
relações político-culturais entre Brasil e Estados Unidos ocorridas na metade do
século XX.
4.11 Prática número 11
Esta prática é recomendada para ser trabalhada a partir da 2ª série do
ensino médio, na disciplina de Língua Portuguesa, Literatura e Arte, com o conteúdo
sobre fonética e fonologia. Em literatura o período Parnasianismo e Romantismo. Já
em arte o estilo da época.
Músicas sugeridas:
• Romance de uma Caveira, de Alvarenga, Ranchinho e Chiquinho
Salles. Alvarenga e Ranchinho, disco Os Milionários do Riso, RGEBMG-Ariola;
• Drama de Angélica, de Alvarenga e M. G. Barreto. Alvarenga e
Ranchinho, disco Os Milionários do Riso, RGE-BMG-Ariola;
• Soletrando, de Alvarenga e Ranchinho. Alvarenga e Ranchinho,
disco Os Milionários do Riso, RGE-BMG-Ariola;
Sugestões para a aula:
Em Língua Portuguesa a canção Drama de Angélica é rica para o estudo
da acentuação das palavras, e a canção Soletrando mais apropriada para o estudo
fonético e fonológico. Em Literatura e artes estudar o estilo da escrita e dos artistas
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no período Parnasianismo e do Romantismo.
4.12
Prática número 12
Esta prática é recomendada para ser trabalhada a partir da 1ª série do
ensino médio, na disciplina de Literatura, Arte, com o conteúdo sobre pómodernismo.
Músicas sugeridas:
• Motet em Ré Menor, de Gilberto Mendes – ano da composição:
1966. Disco Surf, Bola na Rede, Um pente de Istambul e a Música
de Gilberto Mendes.
Sugestões para a prática:
Em Literatura o educador poderá trabalhar os movimentos artísticos pómodernismo, através do concretismo, com poesia e música brasileiras de qualidade.
Em Arte, estudar também os movimentos artísticos do período citado acima.
4.13 Prática número 13
Esta prática é recomendada para ser trabalhada a partir da 1ª série do
ensino médio, na disciplina de Arte, Física, Biologia e Geografia, com o conteúdo
sobre o movimento retilíneo; em arte as manifestações indígenas; em biologia
aparelho fonador e auditivo; e em Geografia comunidades indígenas.
Músicas sugeridas:
• Tchori, Tchori, compositor anônimo, dos índios Jaboti de Rondônia.
Marlui Miranda e Grupo Uakti, disco IHU: Todos os Sons de 1995,
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Pau Brasil;
• Jú Paraná, compositor anônimo dos índios Yanomami de Roraima;
• Ñaumu, compositor anônimo, dos índios Yanomami de Roraima;
• AwinaÍjain je e, compositor anônimo, dos índios Pakaa Nova de
Rondônia. Marlui Miranda, disco IHU: Todos os Sons de 1995, Pau
Brasil;
• Mena Barsáa, compositor anônimo, dos índios Tukano do
Amazonas;
• Marlui Miranda e Grupo Beijo, disco IHU: Todos os Sons de 1995,
Pau Brasil;
Sugestões para a prática:
Em Física o educador poderá o movimento retilíneo uniforme e
uniformemente variado através das características rítmicas e melódicas da voz
solista e seus instrumentos musicais, durações, intensidade, altura, etc. Em Biologia
pode-se destacar o estudo das articulações dos lábios, língua, respiração. Em
Geografia traçar um perfil (modo de vida, cultura, etc.), das comunidades indígenas
das regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil. E em arte as manifestações artísticas
das tribos indígenas do Brasil.
4.14 Músicas diversas
Destacaram-se acima algumas recomendações musicais conforme livro de
Ferreira, mas salienta-se, que apenas o educador pode renovar e dinamizar as aulas
através de sua experiência e vontade, pois a música é um auxílio nas aulas, sendo
fértil e de fácil assimilação quando trabalhada de maneira correta.
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Existem músicas de todos os tipos, basta agora à busca pelo que mais
interessa para realizar um trabalho gratificante.
Abaixo segue algumas disciplinas e que músicas podem ser trabalhadas
segundo o livro de Ferreira sobre a música em sala de aula. Cabe ao interessado
escutar e verificar o grau de importância e o conteúdo que poderá ser trabalhado,
produzindo, desta maneira, uma nova prática de estudo.
1 – Língua Portuguesa:
• Gramática, de Sandra Perez e Luiz Tatit, cantada Luiz Tatit e José
Miguel Wisnik;
• Outras Palavras, de Caetano Veloso, cantada pelo mesmo;
• Como Vaes Você, de Ary Barroso, cantada por Carmem Miranda;
• Azul, de Djavan, cantada por Gal Costa;
• Eu Quero essa Mulher Assim mesmo; de Monsueto Menezes e
José Batista, cantada por Caetano Veloso;
• Na Chapada, de Tetê Espíndola e Carlos Rennó, cantada por Tetê
Espíndola e Ney Matogrosso;
• Cordiais Saudações, de Noel Rosa, cantada por MaríliaBatista;
• Metáfora, de Gilberto Gil, cantada pelo mesmo;
• Objeto sim, Objeto não, de Gilberto Gil, cantada pelo mesmo.
2 – Educação Física:
• Mexa-se, de Juca Chaves, cantada pelo mesmo;
• Pra Frente Brasil, de Miguel Gustavo, cantada pelo coral Do
Caneco;
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• 1 x 1, de Edgar Ferreira, cantada por Jackson do Pandeiro;
• Fio Maravilha, de Jorge Benjor, cantada por Maria Alcina;
• Cadê o Penalty, de Jorge Benjor, cantada pelo mesmo;
• Aqui é o País do Futebol, de Milton Nascimento e Fernando Brant,
cantada por Wilson Simonal;
• Camisa Molhada, de Carlinhos Vergueiro e Toquinho, cantada por
Carlinhos Vergueiro;
• O Jogo é Hoje, de Paulinho Nogueira, cantada pelo mesmo;
• Futebol, de Chico Buarque, cantada pelo mesmo;
• Replay, de R. Correa e Jon Lemos, cantada pelo grupo Trio
Esperança;
• É Uma Partida de Futebol, de Samuel Rosa e Nando Reis,
cantada pelo grupo Skank;
• Goooool Brasil, de Zurana, cantada pelo grupo Terra de Santa
Cruz.
3 – Biologia e Ciências:
• Tum Tum, de Ary Monteiro e Cristóvão de Alencar, cantada por
Jackson do Pandeiro;
• Bate Coração, de Cecéu,cantada por Elba Ramalho;
• Acontece toda vez que fico Apaixonado, de Roger, Suete, Petroni
e Paarmann, cantada pelo grupo Ultraje a Rigor;
• A Cura da Homeopatia pelo Processo Macrobiótico, de falcão e
Tarcísio matos, cantada por Falcão;
• Fui ao Dentista, C. Nunes e Tião Fonseca, cantada por Moreira da
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Silva;
• Robocop Gay, de Dinho e Julio Rasec, cantada pelo grupo
Mamonas Assassinas;
• O Gosto do Azedo, Beto Lee, cantada por Rita Lee;
• Panorama Ecológico, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, cantada
por Roberto Carlos;
• As Baleias, Roberto Carlos e Erasmo Carlos, cantada por Roberto
Carlos;
• Assassinato do Camarão, de Zere e Ibraim, cantada pelo grupo
Demônios da Garoa;
• As
Mariposas,
de
Adoniram
Barbosa,cantada
pelo
grupo
Demônios da Garoa;
• Urubu ta com Raiva do Boi, de Geraldo Nunes e Venâncio,
cantada por Arnaud Rodrigues e Chico Anísio;
• As Árvores, de Jorge Benjor e Arnaldo Antunes, cantada por
Arnaldo Antunes;
• Flora, de Gilberto Gil,, cantada pelo mesmo;
• Vendedor de Caranguejo, de Gordurinha, cantada por Gil;
• Cheiro de Mato, de Fátima Guedes, cantada pela mesma;
• Funk das Abelhas, de Gustavo Kurlat, cantada por Maurício
Pereira;
• Como Dois Animais, de Alceu Valença, cantada pelo mesmo;
• Tropicana, de Alceu Valença e Vicente Barreto, cantada por Alceu
Valença.
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4 – Matemática:
• Dezessete e Setecentos, de Luiz Gonzaga e Miguel Lima, cantada
por Manezinho Araújo;
• O Passarinho do Relógio, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira,
cantada por Aracy de Almeida;
• Aula de Matemática, de Marino Pinto e Antonio Carlos Jobim,
cantada por Antonio Carlos Jobim;
• Uma Arlinda Mulher, de Dinho e Bento Hinoto, cantada pelo grupo
Mamonas Assassinas;
• Soneca, de R. Stroeter e Edgar Poças, cantada por Mônica
Salmaso;
• Quanta, de Gilberto Gil, cantada pelo mesmo;
• Minha canção, de Enriquez, Bardotti e Chico Buarque, cantada por
Nara Leão, Miucha, Ruy, Magro e coro infantil.
5 – Física:
• O Dia em que o Sol Declarou seu Amor pela Terra, de Jorge Benjor,
cantada pelo mesmo;
• Quanta, de Gilberto Gil, cantada pelo mesmo;
• Nova, de Moreno Veloso, cantada por Gil;
• Átimo de Pó, de Gilberto Gil e Arnaldo Antunes, cantada por
Gilberto Gil;
• A Engrenagem, de Arnaldo Antunes, cantada pelo mesmo;
• O Sol, de Edgard Scandurra e Arnaldo Antunes, cantada por
Arnaldo Antunes;
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• O Ouro e a madeira, de Ederaldo Gentil, cantada pelo grupo
Originais do Samba.
6 – Química:
• Átimo de Pó, de Gilberto Gil e Carlos Rennó, cantada por Gil;
• Pílula de Alho, de Gilberto Gil, cantada pelo mesmo;
• Vatapá, de Dorival Caymmi, cantada por Gal Costa;
• O Ouro e a madeira, de Ederaldo Gentil, cantada pelo grupo
Originais do Samba.
• Planeta Água, de Guilherme Arantes, cantada pelo mesmo;
• Pão Doce, de Carlos Sandroni, cantada por Adriana Calcanhotto.
7 – Literatura:
• Sítio do Pica-Pau Amarelo, de Gilberto Gil, cantada pelo mesmo;
• Pavão Misterioso, de Ednardo, cantada pelo mesmo;
• As Rosas eram todas Amarelas, de Jorge Benjor,cantada pelo
mesmo;
• Iracema Voou, de Chico Buarque, cantada pelo mesmo;
• Soneto da Separação, de Vinícius Moraes e Antonio Carlos Jobim,
cantada por Elis Regina;
• O Navio Negreiro, de Castro Alves e Caetano Veloso, cantada por
Caetano Veloso;
• Sinal Fechado, de Paulinho da Viola, cantada pelo mesmo;
• Leiteratura, de Gariba, cantada por Ary Toledo;
• Poema Popular, de Noel Rosa e Vadico, cantada por Marília batista;
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• É Doce Morrer no Mar, de Jorge Amado e Dorival Caymmy,
cantada por Dorival Caymmi.
8 – Língua Inglesa:
• Imagine, de John Lennon, cantada pelo mesmo;
• Samba do Approach, de Zeca Baleiro , cantada por Zeca Baleiro e
Zeca Pagodinho;
• Good Bye, de Assis Valente, cantada por Carmem Miranda;
• Hello Goodbye, de John Lennon e Paul McCartney, cantada pelo
grupo The Beatles;
• All Toghether Now, de John Lennon e Paul McCartney, cantada
pelo grupo The Beatles;
• 1406, de Dinho e Júlio Rasec, cantada pelo grupo Mamonas
Assassinas.
9 – Geografia:
• Santa Catarina, de Teixeirinha, cantada pelo esmo;
• Verde e Amarelo, de Teixeirinha, cantada pelo mesmo;
• O Progresso, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, cantada por
Roberto Carlos;
• Planeta Água, de Guilherme Arantes, cantada pelo mesmo;
• Admirável gado Novo, de Zé Ramalho, cantada pelo mesmo;
• Pelas Capitais, de Morais Moreira e Jorge Mautner, cantada por
Morais Moreira;
• Trilhos Urbanos, de Caetano Veloso, cantada pelo mesmo;
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• O Descobridor dos Sete Mares, de Michell e Gilson mendonça,
cantada por Tim Maia;
• País tropical, de Jorge Benjor, cantada pelo mesmo;
• As Quatro Estações, de Sandy e Álvaro Socci, cantada por sandy e
Junior;
• A Cara do Brasil, de Vicente Barreto e Celso Viáfora, cantada pelo
mesmo.
10 – História:
• África Brasil, de Jorge Benjor, cantada pelo mesmo;
• Alô, Alô Marciano, de Rita Lee e Roberto de Carvalho, cantada por
Rita Lee;
• Sociedade Alternativa, de Raul Seixas e Paulo Coelho, cantada por
Raul Seixas;
• Exaltação a Tiradentes, de Mano Décio, Penteado e E. Silva,
cantada por Mano Décio da Viola;
• Vamos Virar Japonês, de Roger, cantada pelo grupo Ultraje a Rigor
e Tonico e Tinoco;
• 2001, de Tom Zé e Rita Lee, cantada pelo grupo os Mutantes;
• Positivismo, de Noel Rosa e Orestes Barbosa, cantada por Marília
Batista;
• Brejo da Cruz, de Chico Buarque,cantada pelo mesmo;
• A Paz, de Gilberto Gil e João Donato, cantada por Gilberto Gil.
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11 – Arte:
• Tempo e Artista, de Chico Buarque, cantada pelo mesmo;
• Festa de Bolinha, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, cantada por
Erasmo Carlos;
• Trem das Cores, de Caetano Veloso, cantada pelo mesmo;
• O Amanhã, de João Sérgio, cantada por Simoni;
• Sinal Vermelho, de Paulinho da Viola, cantada pelo mesmo;
• Aquarela, de Vinícius de Morais e Toquinho, cantada por Toquinho;
• Aniversário do Tarzan, de Bonsecesso, Carioca e Bidi, cantada pelo
grupo Originais do Samba;
• Tropicália, de Caetano Veloso, cantada pelo mesmo.
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46
5 CONCLUSÃO
Com o advento da tecnologia e das mais variadas informações que se
recebe todos os dias, há uma busca de inovações no processo ensinoaprendizagem. Assim a música entrou como uma oportunidade de ajudar o educador
a inserir no estudante o prazer pelo saber.
A música pode auxiliar o educador na definição de alguns conteúdos, mas
a maneira de como expor este artifício em sala de aula deve ser bem planejado,
para que as atividades que precisam ser desenvolvidas e executadas propiciem ao
estudante uma porta onde ele possa colocar todo o seu potencial, despertando a
curiosidade, o desejo de querer mais, de refletir.
Trabalhando a música, o educador reformulará suas aulas, de maneira a
tornar-se um mediador da curiosidade do estudante, pois a música envolve e ao
mesmo tempo ensina e provoca a curiosidade do saber sobre determinados
assuntos e conteúdos.
No entanto, muitas coisas ainda precisam ser realizadas. Compete ao
educador se informar mais e conhecer bem as músicas, inovando suas aulas,
estimulando as habilidades dos estudantes de maneira a se tornarem capazes e
seguros em suas realizações, pois a música não é a solução para todos os males,
mas quando aplicada de maneira correta ela nos dá muito prazer.
Durante o desenvolvimento deste trabalho monográfico a autora buscou
elencar alguns pontos positivos e construtivistas no que tange à utilização da música
como instrumento de ensino-aprendizagem na escola apresentando uma listagem
de várias músicas que podem ser utilizadas em sala de aula como ferramentas
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47
pedagógicas pelos interessados em aplicar esta prática em seus ensinamentos,
especialmente os profissionais em educação.
Para contribuir com esta idéia a autora apresenta ao final deste trabalho,
como anexo, as letras de 30 das músicas expostas neste trabalho. Acredita a autora
que esta lista poderá ser útil para que se possa consultar o conteúdo escrito das
letras das músicas e adequá-los às necessidades e oportunidades do momento em
que se encontra a turma na qual se espera utilizar este tema como ferramenta.
Ter consciência do problema não significa resolvê-lo. Somos responsáveis
pela aprendizagem e precisamos engajar-mos na busca de soluções, para garantir
aos estudantes um maior prazer em sala de aula, garantindo um aprendizado mais
criativo e duradouro.
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48
REFERÊNCIAS
A HISTÓRIA da música. Wikipédia: a enciclopédia livre. http://www.
Wikipedia.org. Acesso em: 24/07/2006.
BRESSAN, Wilson j. Educar cantando: A função educativa da música popular. Rio
de Janeiro: Vozes, 1989. 125 p.
CAVALCANTE, Meire. Adolescente: Entender a cabeça dessa turma é a chave para
obter um bom aprendizado. Nova Escola, São Paulo, n.175, p.46-49, setembro,
2004.
FERRARI, Márcio. Plano de Aula: Uma bússula para dirigir seu dia-a-dia. Nova
Escola, São Paulo, n.184, p.28-29, Agosto, 2005.
FERREIRA, Martins. Como usar a música em sala de aula. 2 ed. São Paulo:
Contexto, 2002. 238 p.
GIRARDI, Giovana. Música para aprender a se divertir. Nova Escola, São Paulo,
n.173, p.55-57, jun/jul. 2004.
JEANDOT, Nicole. Explorando o unverso da música. 2 ed. São Paulo: Scipione,
1997. 174 p.
LOVELOCK, William. História concisa da música. Tradução: Álvaro Cabral. São
Paulo: Martins Fontes, 1987. 285 p.
MANUAL do professor: 104 sugestões de comunicação, gerenciamento de turma,
administração do tempo, postura, criatividade e muito mais. 3 ed. Curitiba: Humana
editorial, 2005. 79p.
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49
MELLO, Guiomar Namo de. Diversidade não é desigualdade. Nova Escola, São
Paulo, n.183, p.22, jun/jul. 2005.
MOREIRA, António Flávio Barbosa (org). Currículo: questões atuais. 3 ed.
Campinas-SP: Papirus, 1999. 143 p.
PARÂMETROS curriculares nacionais Fáceis de entender . Nova Escola, São
Paulo, Edição especial, p.39, 200_.
PARA que serve a música. Super Interessante, São Paulo, n. 203, p. 74-79, agosto,
2004.
SANTA CATARINA. Secretaria de estado da educação e do desporto. Proposta
curricular de santa catarina: educação infantil, ensino fundamental e médio.
Florianópolis: COGEN, 1998, 156 p.
SANTA CATARINA. Secretaria de estado da educação e inovação. Um novo olhar
sobre a matriz curricular. Florianópolis: 2003, 62 p.
SANTA CATARINA. Secretaria de estado da educação ciência e tecnologia.
Proposta curricular de santa catarina: estudos temáticos. Florianópolis: IOESC,
2005, 192 p.
SNYDERS, Georges. A escola pode ensinar as alegrias da música?. São Paulo:
Cortez, 1992. 175 p.
TREIN, Paul. A linguagem musical. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1986. 104 p.
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50
ANEXO – Letras de músicas
AiQue Saudades de Oce
Vital Farias
Não se admire se um dia
Um beija flor invadir
A porta da sua casa
Te der um beijo e partir
Fui eu que mandei o beijo
Que é pra matar meu desejo
Faz tempo que eu não te vejo
Ai que saudade de ocê
Ai que saudade de ocê
Se um dia ocê se lembrar
Escreva uma carta pra mim
Bote logo no correio
Com frases dizendo assim
Faz tempo que eu não te vejo
Quero matar meu desejo
Lhe mando um monte de beijos
Ai que saudade sem fim
Ai que saudade sem fim
E se quiser recordar
Aquele nosso namoro
Quando eu ia viajar
Ocê caia no choro
Eu chorando pela estrada
Mas o que eu posso fazer
Trabalhar é minha sina
Eu gosto mesmo é de ocê.
Não se admire se um dia
Um beija flor invadir
A porta da sua casa
Te der um beijo e partir
Fui eu que mandei o beijo
Que é pra matar meu desejo
Faz tempo que eu não te vejo ...
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51
wave
Joao Gilberto
Composição: Indisponível
Vou te contar os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho
O resto é mar, é tudo que eu não sei contar
São coisas lindas que eu tenho pra te dar
Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho
Da primeira vez era a cidade
Da segunda o cais a eternidade,
Agora eu já sei,
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver
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52
BemBrasil
Premeditando o Breque (Premê)
Composição: Indisponível
E en tal maneira hé graciosa
Que querendo a aproveitar darse a neela tudo
per bem das ágoas que tem
Paro o mjlhor fruito que neela se pode fazer
Me pareçe que será salvar esta jemte
E esta deve ser a principal semente que Vosa Alteza
Em ela deve lamçar
Pero Vaz de Caminha
Há 500 anos sobre a terra
Vivendo com o nome de Brasil
Terra muito larga e muito extensa
Com a forma aproximada de um funil
Aquarela feita de água benta
onde o preto e o branco vem mamar
O amarelo almoça até polenta
E um resto de vermelho a desbotar
Sofá onde todo mundo senta
onde a gente sempre põe mais um
Oh! berço esplendido agüenta
Toda essa galera em jejum
Apesar de Deus ser brasileiro
outros deuses aqui tem lugar
Thor, Exu, Tupã, Alá, Oxossi
leus, Roberto, Buda e Oxalá
Aqui não tem terremoto
Aqui não tem revolução
É um país abençoado
Onde todo mundo põe a mão
Brasil, potência de neutrons
35 watts de explosão
Ilha de paz e prosperidade
Num mundo conturbado
E sem razão
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53
A mulher mais linda do planeta
Já disse o poeta altaneiro
Que o seu rebolado é poesia
Salve o povão brasileiro
Mais
Mais
Mais
Mais
do que um piano é um cavaquinho
do que um bailinho é o carnaval
do que um país é um continente
que um continente é um quintal
Aqui não tem terremoto
Aqui não tem revolução
É um país abençoado
Onde todo mundo mete a mão
Brasil, potência de neutrons
35 watts de explosão
Ilha de paz e prosperidade
Num mundo conturbado e sem razão
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54
Brazil com S
Rita Lee
Composição: Roberto de Carvalho - Rita Lee
Quando Cabral descobriu no Brasil o caminho das índias
Falou ao Pero Vaz para a caminha escrever para o rei
"Que terra linda assim não há
Com ticos-ticos no fubá
Quem te conhece não esquece
Meu Brazil é com S"
O caçador de esmeraldas achou uma mina de ouro
Carumurú deu chabú e casou com a filha do Pajé
Terra de encanto amor e sol
Não fala inglês nem espanhol
Quem te conhece não esquece
Meu Brazil é com S
E pra que gosta de boa comida aqui é prato cheio
Até Dom Pedro abusou do tempero e não se segurou
Oh" natureza generosa
Está com tudo e não está prosa
Quem te conhece não esquece
Meu Brazil é com S
Na minha terra onde tudo na vida se dá um jeitinho
Ainda hoje invasores namoram a tua beleza
Que confusão veja você
No mapa-múndi está com Z
Quem te conhece não esquece
Meu Brazil é com S
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55
Chalana
Sérgio Reis
Composição: Mário Zan/ Arlindo pinto
Lá vai a chalana
Bem longe se vai
Riscando o remanso
Do Rio Paraguai
Oh! Chalana sem querer
Tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas
Vai levando o meu amor
E assim ela se foi
Nem de mim se despediu
A chalana ai sumindo
Lá na curva do rio
E se ela vai magoada
Eu bem sei tem razão
Fui ingrato, eu feri
O seu pobre coração
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56
Chegança
Antonio Nóbrega
Composição: Antonio Nóbrega
Sou Pataxó,
sou Xavante e Cariri,
Ianonami, sou Tupi
Guarani, sou Carajá.
Sou Pancararu,
Carijó, Tupinajé,
Potiguar, sou Caeté,
Ful-ni-o, Tupinambá.
Depois que os mares dividiram os continentes
quis ver terras diferentes.
Eu pensei: "vou procurar
um mundo novo,
lá depois do horizonte,
levo a rede balançante
pra no sol me espreguiçar".
eu atraquei
num porto muito seguro,
céu azul, paz e ar puro...
botei as pernas pro ar.
Logo sonhei
que estava no paraíso,
onde nem era preciso
dormir para se sonhar.
Mas de repente
me acordei com a surpresa:
uma esquadra portuguesa
veio na praia atracar.
De grande-nau,
um branco de barba escura,
vestindo uma armadura
me apontou pra me pegar.
E assustado
dei um pulo da rede,
pressenti a fome, a sede,
eu pensei: "vão me acabar".
me levantei de borduna já na mão.
Ai, senti no coração,
o Brasil vai começar.
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57
ChoriChoriHum GoriSe
Udit Narayan
Composição: Indisponível
Hmm hmm, hmm hmm hmm...
Chori chori hum gori se pyaar karengey
Chupke chupke dil ki baatein yaar karengey
Are chori chori hum gori se pyaar karengey
Chupke chupke dil ki baatein yaar karengey
Aane waali, kabh aayegi koi de bataa
Dhoond rahe hain, jaane kabh se, hum uska pataa
Aaja aaja aaja aaja aaja aaja aa
Chori chori hum gori se pyaar karengey
Chupke chupke dil ki baatein yaar karengey
Aane waali, kabh aayegi koi de bataa
Are dhoond rahe hain, jaane kabh se, hum uska pataa
Aaja aaja aaja aaja aaja aaja aa...
Mahiyaa, mahiyaa
Jaldi se aa ja sun mahiyaa
Mahiyaa, mahiyaa
Doli mein le ja sun mahiyaa...
Ooo hoo hoo
Ooo hoo hoo
Ek na ek din mil jayeegi
Humko bhi sapno ki rani
Hmm hmm hmm
Hmm hmm hmm hmm hmm
Ek na ek din mil jayeegi
Humko bhi sapno ki rani
Aise shuru phir ho jayeegi
Pyase dilon ki prem kahani
Apni bhi shaamein rangeen hongi
Apni bhi subhein hongi suhaani
Pyaare pyaare dekh na pyaare
Din mein taare
Dil ki baazi koi na jeeta
Saare haare
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58
Mar jayeega, mit jayeega
Kar na aisi khataa
Nahi mili hai, nahi milegi
Are teri woh dilruba
Aaja aaja aaja aaja aaja aaja
Jaa, chori chori hum gori se pyaar karengey
Chupke chupke dil ki baatein yaar karengey
Chorus:
Chakh le, chakh le
Chakh le, chakh le
Kitney haseen hain saare nazaarey
Kitney haseen hain jag ke isharey
Aa aa aa
Aa aa aa aa aa
Hey hey, kitney haseen hain saare nazaarey
Kitney haseen hain jag ke isharey
Jis ki tamanna hai is dil ko
Aayengi jaane kabh woh bahaarein
Koi to ho jo raha mein roke
Koi to ho jo naam pukare
Pyaare pyaare, o mere pyaare
Tu ruk ja re
Tere jaise aashiq phirte, maare maare
Lut jayega, bik jayega
De na aisi sadaa
Is dharti pe kahin nahin hai
Teri woh dilruba
Aaja aaja aaja aaja aaja aaja
Jaa, chori chori hum gori se pyaar karengey
Chupke chupke dil ki baatein yaar karengey
Aane waali, kabh aayegi koi de bataa
Dhoond rahe hain, are jaane kabh se, hum uska pataa
Aaja aaja aaja aaja aaja aaja...
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59
Artista – Caetano Veloso
Música – O Ciúme
Dorme o sol à flor do Chico, meio-dia
Tudo esbarra embriagado de seu lume
Dorme ponte, Pernambuco, Rio, Bahia
Só vigia um ponto negro: o meu ciúme
O ciúme lançou sua flecha preta
E se viu ferido justo na garganta
Quem nem alegre nem triste nem poeta
Entre Petrolina e Juazeiro canta
Velho Chico vens de Minas
De onde o oculto do mistério se escondeu
Sei que o levas todo em ti, não me ensinas
E eu sou só, eu só, eu só, eu
Juazeiro, nem te lembras dessa tarde
Petrolina, nem chegaste a perceber
Mas, na voz que canta tudo ainda arde
Tudo é perda, tudo quer buscar, cadê
Tanta gente canta, tanta gente cala
Tantas almas esticadas no curtume
Sobre toda estrada, sobre toda sala
Paira, monstruosa, a sombra do ciúme
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Comitiva Esperança
Sérgio Reis
Composição: Almir Sater/Paulo Simões
Nossa viagem
Não é ligeira
Ningém tem pressa
De chegar
A nossa estrada
É boiadeira
Não interessa
Onde vai dar
Onde a comitiva esperança
Chega já começa a festança
Através do Rio Negro
Nhecolândia e Paiaguás
Vai descendo o Piquiri
E o Paraguai
Tá de passagem
Abre a porteira
Conforme for
Pra pernoitar
Se é gente boa
Hospitaleira
A comitiva vai tocar
Moda ligeira
Que é uma doideira
Assanha o povo
E faz dançar
Ou moda lenta
Que faz sonhar
A nossa estrada...
Ê, tempo bom que tava por lá
Nem vontade de regressar
Só vortemo
Eu vou confessar
É que as águas chegavam em janeiro
Descolamos um barco ligeiro
Fomos pra Corumbá
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61
Como"vaes" você
Maria Alcina
Composição: Ary Barroso
Como vaes você?
Vou navegando
Vou temperando
Pra baixo todo santo ajuda
Pra cima a coisa toda muda
E como vaes você?
No mar desta vida
Vou navegando
Vou temperando
O céu às vezes é tão claro
E outras escuro
Claro é o passado
Escuro é o futuro
E aí como convencida
Que o segredo principal da vida
Consiste em não
Forçar em nada a natureza
E o resto vem
Que é uma beleza
E aí como vaes você?
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62
Corrente
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque
Eu hoje fiz um samba bem pra frente
Dizendo realmente o que é que eu acho
Eu acho que o meu samba é uma corrente
E coerentemente assino embaixo
Hoje é preciso refletir um pouco
E ver que o samba está tomando jeito
Só mesmo embriagado ou muito louco
Pra contestar e pra botar defeito
Precisa ser muito sincero e claro
Pra confessar que andei sambando errado
Talvez precise até tomar na cara
Pra ver que o samba está bem melhorado
Tem mas é que ser bem cara de tacho
Não ver a multidão sambar contente
Isso me deixa triste e cabisbaixo
Por isso eu fiz um samba bem pra frente
Dizendo realmente o que é que eu acho
Eu acho que o meu samba é uma corrente
E coerentemente assino embaixo
Hoje é preciso refletir um pouco
E ver que o samba está tomando jeito
Só mesmo embriagado ou muito louco
Pra contestar e pra botar defeito
Precisa ser muito sincero e claro
Pra confessar que andei sambando errado
Talvez precise até tomar na cara
Pra ver que o samba está bem melhorado
Tem mais é que ser bem cara de tacho
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Não ver a multidão sambar contente
Isso me deixa triste e cabisbaixo
Por isso eu fiz um samba bem pra frente
Dizendo realmente o que é que eu acho
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64
Desenredo
Renato Braz
Composição: (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro)
Por toda terra que passo me espanta tudo que vejo
A morte tece seu fio de vida feita ao avesso
O olhar que prende anda solto
O olhar que solta anda preso
Mas quando eu chego eu me enredo
Nas tranças do teu desejo
O mundo todo marcado à ferro, fogo e desprezo
A vida é o fio do tempo, a morte o fim do novelo
O olhar que assusta anda morto
O olhar que avisa anda aceso
Mas quando eu chego eu me perco
Nas tramas do teu segredo
Ê Minas, ê Minas, é hora de partir, eu vou
Vou-me embora pra bem longe
A cera da vela queimando, o homem fazendo seu preço
A morte que a vida anda armando, a vida que a morte anda tendo
O olhar mais fraco anda afoito
O olhar mais forte, indefeso
Mas quando eu chego eu me enrosco
Nas cordas do seu cabelo
Ê Minas, ê Minas, é hora de partir, eu vou
Vou-me embora pra bem longe...
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65
Fotografia 3X4
Belchior
Composição: Belchior
Eu me lembro muito bem do dia em que eu cheguei
Jovem que desce do norte pra cidade grande
Os pés cansados e feridos de andar legua tirana...nana
E lágrima nos olhos de ler o Pessoa
e ver o verde da cana..nana iiiiiii
Em cada esquina que eu passava
um guarda me parava, pedia os meus documentos e depois
sorria, examinando o três-por-quatro da fotografia
e estranhando o nome do lugar de onde eu vinha.
Pois o que pesa no norte, pela lei da gravidade,
disso Newton já sabia! Cai no sul grande cidade
São Paulo violento, Corre o rio que me engana..nana iiiii
Copacabana, zona norte
e os cabares da Lapa onde eu morei
Mesmo vivendo assim, não me esqueci de amar
que o homem é pra mulher e o coração pra gente dar,
mas a mulher, a mulher que eu amei
não pode me seguir ohh não
esses casos de familia e de dinheiro eu nunca entendi bem
Veloso o sol não é tao bonito pra quem vem
do norte e vai viver na rua
A noite fria me ensinou a amar mais o meu dia
e pela dor eu descobri o poder da alegria
e a certeza de que tenho coisas novas
coisas novas pra dizer
a minha história é ... talvez
é talvez igual a tua, jovem que desceu do norte
que no sul viveu na rua
e que andou desnorteado, como é comum no seu tempo
e que ficou desapontado, como é comum no seu tempo
e que ficou apaixonado e violento como, como você
Eu sou como você. Eu sou como você. Eu sou como você
que me ouve agora. Eu sou como você. COmo Você.
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66
Gauchinha Bem Querer
Kleiton e Kledir
Composição: Tito Madi
Rio Grande do Sul
Vou-me embora sem amor
Vou-me embora do Rio Grande
Vou tão só com a minha dor
Levarei a lembrança comigo
De um amor que de olhares nasceu
De um amor que depressa floriu
Mas tão cedo morreu
Rio Grande do sul
Eu um dia voltarei
Prá rever o meu Guaíba
Prá rever meu bem-querer
E depois se ela ainda quiser
Só nós dois a sonhar e a sorrir
Rio Grande do Sul
Vou chorar ao partir
Levarei a lembrança comigo
De um amor que de olhares nasceu
De um amor que depressa floriu
Mas tão cedo morreu
Rio Grande do sul
Eu um dia voltarei
Prá rever o meu Guaíba
Prá rever meu bem-querer
E depois se ela ainda quiser
Só nós dois a sonhar .....
Rio Grande do Sul
Vou chorar ao partir
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67
Lagoa Dos Patos
Kleiton e Kledir
Composição: Kledir Ramil E Fogaça
Lá no fundo da lagoa
Dorme uma saudade boa
Longe desse céu sereno
O coração pequeno
E vazio ficou
Sei que a vida içou as velas
Mas em noites belas
Sou navegador
Lá no fundo da lembrança
Dorme um resto de esperança
De voltar à vida a toa
À beira da lagoa
Só molhando o pé
Seja em Tapes, São Lourenço
Barra do Ribeiro ou Arambaré
Lagoa dos Patos
Dos sonhos, dos barcos
Mar de água doce e paixão
Ah! Essa canção singela
Eu fiz só pra ela
Não me leve a mal
Ela que é filha da lua
Que ilumina as ruas
Lá do Laranjal.
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68
Marisa Monte : Beija Eu
Seja eu,
Seja eu,
Deixa que eu seja eu
E aceita
O que seja seu
Então deita e aceita eu
Molha eu,
Seca eu,
Deixa que eu seja o céu
E receba
O que seja seu
Anoiteça e amanheça eu
Beija eu,
Beija eu,
Beija eu, me beija
Deixa
O que seja ser
Então beba e receba
Meu corpo no seu corpo
Eu no meu corpo
Deixa,
Eu me deixo
Anoiteça e amanheça
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69
Linha doequador
Caetano Veloso
Composição: Caetano Veloso / Djavan
Luz das estrelas
Laço do infinito
Gosto tanto dela assim
Rosa amarela
Voz de todo grito
Gosto tanto dela assim
Esse imenso desmedido amor
Vai além de seja o que for
Vai além de onde eu vou
Do que sou minha dor
Minha linha do Equador
Esse imenso desmedido amor
Vai além de seja o que for
Passa mais além do céu de Brasília
Traço do arquiteto
Gosto tanto dela assim
Gosto de filha
Música de preto
Gosto tanto dela assim
Essa desmesura de paixão
É loucura do coração
Minha Foz do Iguaçu
Polo sul, meu azul
Luz do sentimento nu
Esse imenso desmedido amor
Vai além de seja o que for
Vai além de onde eu vou
Do que sou minha dor
Minha linha do Equador
Mas é doce morrer neste mar
De lembrar e nunca esquecer
Se eu tivesse mais alma pra dar
Eu daria, isto pra mim é viver
Céu de Brasília, traço do arquiteto
Gosto tanto dela assim
Gosto de filha, música de preto
Gosto tanto dela assim
Essa desmesura de paixão
É loucura do coração
Minha Foz do Iguaçu, polo Sul
Meu azul, luz do sentimento blue
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70
Esse imenso desmedido amor
Vai além de seja o que for
Vai além de onde eu for, do que sou
Minha dor, minha linha do Equador
Mas é doce morrer neste mar de lembrar
E nunca esquecer
Se eu tivesse mais alma pra dar
Eu daria, isto pra mim é viver
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71
Mim quertocar
Ultraje A Rigor
Mim quer tocar
Mim gosta ganhar dinheiro
Me want to play
Me love to get the money
Mim é brasileiro
Mim gosta banana
Mas mim também quer votar
Mim também quer ser bacana
Mim quer tocar
Mim gosta ganhar dinheiro
Me want to play
Me love to get the money
Mim gosta tanto tocar
Mim é batuqueiro
Mas mim precisa ganhar
Mim gosta ganhar dinheiro
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72
ODrama de Angelica
Tangos e Tragédias
Composição: Indisponível
Primeiro Ato
Ouve meu cântico
Quase sem ritmo
Que a voz de um tísico
Magro esquelético.
Poesia épica,
Em forma esdrúxula
Feita sem métrica,
Com rima rápida.
Amei Angélica,
Mulher anêmica
De cores pálidas
E gestos tímidos
Era maligna
E tinha ímpetos
De fazer cócegas
No meu esôfago.
Em noite frígida,
Fomos ao Lírico
Ouvir o músico
Pianista célebre.
Soprava o zéfiro,
Ventinho úmido
Então Angélica
Ficou asmática.
Segundo Ato
Fomos ao médico
De muita clínica
Com muita prática
E preço módico
Depois do inquérito,
Descobre o clínco
O mal atávico,
Mal sifilítico.
Mandou-me célere,
Comprar noz vômica
E ácido cítrico
Para o seu fígado.
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73
O farmacêutico,
Mocinho estúpido,
Errou na fórmula,
Fez despropósito.
Não tendo escrúpulo,
Deu-me sem rótulo
Ácido fênico
E ácido prússico.
Corri mui lépido,
Mais de um quilômetro
Num bonde elétrico
De força múltipla.
Terceiro Ato
O dia cálido
Deixou-me tépido.
Achei Angélica
Já toda trêmula
A terapêutica,
Dose alopática,
Lhe dei em xícara
De ferro ágate.
Tomou num folêgo,
Triste e bucólica,
Esta estrambólica,
Droga fatídica.
Caiu no esôfago
Deixou-a lívida,
Dando-lhe cólica
E morte trágica.
O pai de Angélica
Chefe do tráfego,
Homem carnívoro,
Ficou perplexo.
Por ser estrábico
Usava óculos:
Um vidro côncavo,
Outro convexo.
Quarta e Última Parte
Morreu Angélica
De um modo lúgubre..
Moléstia crônica
Levou-a ao túmulo.
Foi feita a autópsia
Todos os médicos
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74
Foram unânimes
No diagnóstico.
Fiz-lhe um sarcófago,
Assaz artístico
Todo de mármore,
Da cor do ébano.
E sobre o túmulo
Uma estatística,
Coisa metódica
Como Os Lusíadas.
E numa lápide,
Paralelepípedo,
Pus esse dístico
Terno e simbólico:
"Cá jas Angélica,
moça hiperbólica
beleza helênica,
morreu de cólica!"
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75
Outras Palavras
Caetano Veloso
Composição: Caetano Veloso
Nada dessa cica de palavra triste em mim na boca
Travo, trava mãe e papai, alma buena, dicha louca
Neca desse sono de nunca jamais nem never more
Sim, dizer que sim pra Cilu, pra Dedé, pra Dadi e Dó
Crista do desejo o destino deslinda-se em beleza:
Outras palavras
Tudo seu azul, tudo céu, tudo azul e furta-cor
Tudo meu amor, tudo mel, tudo amor e ouro e sol
Na televisão, na palavra, no átimo, no chão
Quero essa mulher solamente pra mim, mais, muito mais
Rima, pra que faz tanto, mas tudo dor, amor e gozo:
Outras palavras
Nem vem que não tem, vem que tem coração, tamanho trem
Como na palavra, palavra, a palavra estou em mim
E fora de mim
quando você parece que não dá
Você diz que diz em silêncio o que eu não desejo ouvir
Tem me feito muito infeliz mas agora minha filha:
Outras palavras
Quase João, Gil, Ben, muito bem mas barroco como eu
Cérebro, máquina, palavras, sentidos, corações
Hiperestesia, Buarque, voilá, tu sais de cor
Tinjo-me romântico mas sou vadio computador
Só que sofri tanto que grita porém daqui pra a frente:
Outras palavras
Parafins, gatins, alphaluz, sexonhei da guerrapaz
Ouraxé, palávoras, driz, okê, cris, espacial
Projeitinho, imanso, ciumortevida, vivavid
Lambetelho, frúturo, orgasmaravalha-me Logun
Homenina nel paraís de felicidadania:
Outras palavras
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76
Chico Buarque - Passaredo
Ei, pintassilgo
Oi, pintaroxo
Melro, uirapuru
Ai, chega-e-vira
Engole-vento
Saíra, inhambu
Foge, asa-branca
Vai, patativa
Tordo, tuju, tuim
Xô, tié-sangue
Xô, tié-fogo
Xô, rouxinol, sem-fim
Some, coleiro
Anda, trigueiro
Te esconde, colibri
Voa, macuco
Voa, viúva
Utiariti
Bico calado
Toma cuidado
Que o homem vem aí
O homem vem aí
O homem vem aí
Ei, quero-quero
Oi, tico-tico
Anum, pardal, chapim
Xô, cotovia
Xô, ave-fria
Xô pescador-martim
Some, rolinha
Anda, andorinha
Te esconde, bem-te-vi
Voa, bicudo
Voa, sanhaço
Vai, juriti
Bico calado
Muito cuidado
Que o homem vem aí... O homem vem aí...O homem vem aí
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77
Prá Longe doParanoá
Oswaldo Montenegro
Composição: Indisponível
Numa tarde quente eu fui me embora de Brasília
Num submarino do lago Paranoá
Quero ser estrela lá no Rio de Janeiro namorando
mar
Qualquer dia, mãe, você vai ter uma surpresa
Vendo na TV meu peito quase arrebentar
Quero ser estrela lá no Rio de Janeiro namorando
mar
Quem quiser que faça o velho jogo da política
Na sifilítica maneira de pensar
Quero ser estrela lá no Rio de Janeiro namorando
mar
Eu tenho o coração vermelho
E o que eu canto é o espelho do que se passa por
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Madalena nabeira do
Madalena nabeira do
Madalena nabeira do
lá
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78
ProcurandoTu
Composição: J. Luna / Antônio Barros
Morena diga
Onde é que tu tava
Aonde é que tu tava
Onde é que tava tu
Passei a noite procurando tu
Procurando tu, procurando tu
Eu vivo triste, meu amor me beija
Mesmo que não seja beijo de amor
Esse teu beijo sei que me envenena
Mas não tenha pena se ele é matador
Eu quero um beijo de lascar o cano
Pois eu sou baiano
Cabra beijador
Pra você ver
Chega pra perto, me dá um arrocho
Que eu já tô roxo de tato roer
Acende o fogo da minha fogueira
Que a noite inteira eu só faltei morrer
Te procurando, meu amor te dando
E tu me enganando, fazendo eu sofrer
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79
John Lennon - Revolution
You say you want a revolution
Well, you know
We all want to change the world
You tell me that it's evolution
Well, you know
We all want to change the world
But when you talk about destruction
Don't you know that you can count me out?
Don't you know it's gonna be
Alright?...Alright?...Alright?
You say you've got a real solution
Well, you know
We'd all love to see the plan
You ask me for a contribution
Well, you know
We are doing what we can
But if you want money for people with minds that hate
All I can tell is, brother, you'll have to wait
Don't you know it's gonna be
Alright?...Alright?..Alright?
You say you'll change the constitution
Well, you know
We all want to change your head
You tell me it's the institution
Well, you know
You'd better free your mind instead
But if you go carrying pictures of Chairman Mao
You ain't gonna make it with anyone anyhow
Don't you know it's gonna be Alright? ...
lright?...Alright?...Alright?...Alright?...Alright?
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80
Riode Lágrimas
Almir Sater
Composição: Tião Carreiro / Lourival dos Santos / Piraci
O rio de Piracicaba
Vai jogar água pra fora
Quando chegar a água
Dos olhos de alguém que chora
Mas quando chegar a água
Dos olhos de alguém que chora
Lá no bairro onde eu moro
Só existe uma nascente
A nascente é dos meus olhos
Já formou água corrente
Pertinho da minha casa
Já virou uma lagoa
Com lágrimas dos meus olhos
Por causa de uma pessoa
O rio de Piracicaba
Vai jogar água pra fora
Quando chegar a água
Dos olhos de alguém que chora
Mas quando chegar a água
Dos olhos de alguém que chora
Eu quero apanhar uma rosa
Minha mão já não alcança
Eu choro desesperado
Igualzinho uma criança
Duvido alguém quem não chore
Pela dor de uma saudade
Quero ver quem não chora
Quando ama de verdade
O rio de Piracicaba
Vai jogar água pra fora
Quando chegar a água
Dos olhos de alguém que chora
Mas quando chegar a água
Dos olhos de alguém que chora
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81
Apenas um Rapaz Latino-Americano
Belchior
Composição: Indisponível
Eu sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco
Sem parentes importantes e vindo do interior
Mas trago, de cabeça, uma canção do rádio
Em que um antigo compositor baiano me dizia
Tudo é divino, tudo é maravilhoso
Tudo é divino, tudo é maravilhoso
Tenho ouvido muitos discos, conversado com pessoas, caminhado meu
caminho
Papo ,som dentro da noite e não tenho um amigo sequer
E não acredite nisso, não, tudo muda e com toda razão
Eu sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco
Sem parentes importantes e vindo do interior
Mas sei que tudo é proibido aliás, eu queria dizer
Que tudo é permitido até beijar você no escuro do cinema
Quando ninguém nos vê
Quando ninguém nos vê
Não me peça que lhe faça uma canção como se deve
Correta, branca, suave, muito limpa, muito leve
Sons, palavras, são navalhas e eu não posso cantar como convém
Sem querer ferir ninguém
Mas não se preocupe meu amigo com os horrores que eu lhe digo
Isso é somente uma canção, a vida, a vida realmente é diferente
Quer dizer, a vida é muito pior
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no banco
Por favor não saque a arma no "saloon" eu sou apenas um cantor
Mas se depois de cantar você ainda quiser me atirar
Mate-me logo, à tarde, às três, que à noite tenho um compromisso
E não posso faltar por causa de você (Bis)
Eu sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco
Sem parentes importantes e vindo do interior
Mas sei que nada é divino, nada, nada é maravilhoso
Nada, nada é sagrado, nada, nada é misterioso, não
Na na na na na na na na
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82
Sobradinho
Sá e Guarabira
O homem chega e já desfaz a natureza
Tira a gente põe represa, diz que tudo vai mudar
O São Francisco lá prá cima da Bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia
Do beato que dizia que o sertão ia alagar
O sertão vai virar mar
Dá no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
Vai virar mar
Dá no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
Adeus remanso, casa nova, sento-sé
Adeus pilão arcado vem o rio te engolir
Debaixo d'água lá se vai a vida inteira
Por cima da cachoeira o Gaiola vai sumir
Vai ter barragem no salto do Sobradinho
E o povo vai se embora com medo de se afogar
O sertão vai virar mar
Dá no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
Vai virar mar
Dá no coração
O medo que algum dia
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83
Romance de UmaCaveira
Passoca
Composição: Indisponível
Eram duas caveiras
que se amava
e à meia-noite
se encontrava
pelo cemitério
os dois passeava
e juras de amor
então trocava.
Sentado os dois
em riba da lousa fria
a caveira apaixonada
assim dizia
que pelo caveiro
de amor morria
e ele de amores por ela vivia.
Ao longe uma coruja
cantava alegre
de ver os dois caveiro
assim feliz
e quando se beijavam
em tom funebre
a coruja batendo as asa
pedia bis.
Mas um dia chegou de pé
junto
um cadaver, um defunto
E a caveira
pr' ele se apaixonou
e o caveiro antigo
abandonou.
O caveiro tomou uma bebedeira
e matou-se de modo romanesco
por causa dessa ingrata caveira
que trocou ele
por um defunto fresco
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84
Travessia doAraguaia
Almir Sater
Composição: Indisponível
Naquele estradão deserto,
Uma boiada descia
Pras bandas do Araguaia
Pra fazer a travessia.
O capataz era um velho
De muita sabedoria,
As ordens eram severas
E a peonada obedecia.
O ponteiro, moço novo
Muito desembaraçado,
Mas era a primeira viagem
Que fazia pra esses lados;
Não conhecia os tormentos
Do Araguaia afamado,
Não sabia que as piranhas
Era um perigo danado.
Ao chegarem na barranca
Disse o velho boiadeiro:
Derrubemos um boi n’água
Deu a ordem ao ponteiro.
Enquanto as piranhas comem
Temos que passar ligeiro,
Toque logo esse boi velho
Que vale pouco dinheiro.
Era um boi de aspas grandes
Já roído pelos anos,
O coitado não sabia
Do seu destino tirano.
Sangrando por ferroadas
No Araguaia foi entrando,
As piranhas vieram loucas
E o boi foram devorando.
Enquanto o pobre boi velho
Ia sendo devorado
A boiada foi nadando
E saiu do outro lado.
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85
Naquelas verdes pastagens
Tudo estava sossegado.
Disse o velho ao ponteiro
Pode ficar descansado.
O ponteiro revoltado
Disse que barbaridade
Sacrificar um boi velho
Pra que essa crueldade?
Respondeu o boiadeiro
Aprenda esta verdade
Que Jesus também morreu
Pra salvar a humanidade
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86
Você vaiGostar
Sérgio Reis
Composição: Indisponível
Fiz uma casinha branca lá no pé da serra pra nós dois morá
Fica perto da barranca, do rio Paraná
O lugar é uma beleza eu tenho certeza você vai gostar
Fiz uma capela, bem do lado da janela prá nós dois rezá
Quando for dia de festa você veste o seu vestido de algodão
Quebro o meu chapéu na testa, para arrematar as coisas do leilão
Satisfeito vou levar você de braço dado atrás da procissão
Vou com meu terno riscado, uma flor do lado e meu chapéu na mão
BIS
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A MÚSICA NA ESCOLA: UMA ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA