Impresso
Especial
7317314101/2001-DR/MG
Amatra
CORREIOS
Jornal da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho – 3a Região
Rua Aimorés, 462 , 7º andar - Funcionários - BH/MG - CEP: 30.140-070
Ano X - Nº 51 - Outubro/Novembro 2005
DEVOLUÇÃO
GARANTIDA
Caeté sedia
o
7 EMAT
VIRGÍNIA CASTRO
CORREIOS
Páginas 6 e 7
Diretores da Amatra3 fazem balanço da gestão 2003/2005
Páginas 3, 4 e 5
No próximo dia 2 de dezembro (sexta-feira), os associados da
Amatra3 vão eleger a nova diretoria da entidade, para o biênio 2005/
2007. De acordo com o Estatuto da Amatra, a diretoria será empossada
no mesmo dia do pleito, logo após o anúncio oficial do resultado.
O horário de votação é das 8 às 17 horas. Haverá urnas na sede da
Amatra3 (R. Aimorés, 462 – 7o andar), no edifício das Varas da Capital (R. Goitacases, 1475 – 2o andar) e no saguão do prédio do TRT (Av. Getúlio
Vargas, 225). Os associados também poderão votar através do correio.
Duas chapas se inscreveram para disputar o pleito – Amatra
Independente, da qual figura como presidente, o associado Márcio
Toledo Gonçalves, e Amatra Unida e forte cujo candidato a presidente é o
associado João Alberto de Almeida.
A Comissão Eleitoral, encarregada de conduzir o processo sucessório até
a posse dos eleitos, ficou assim constituída: membros titulares: Ilma Maria
Braga, Luiz Felipe Lopes Boson e Marcus Moura Ferreira; membros suplentes: Andréa Marinho Moreira Teixeira e Jacqueline Prado Casagrande.
Veja, abaixo, a relação de nomes que compõem as duas chapas e seus respectivos cargos:
CHAPA AMATRA INDEPENDENTE:
Presidente
Presidente: Márcio Toledo Gonçalves Vice-Presidente: José Marlon
de Freitas Diretor Secretário: Fernando Luiz Gonçalves Rios Neto Diretora Administrativ
a: Érica Aparecida Pires Bessa Diretor FinanAdministrativa:
ceiro: Marco Túlio Machado dos Santos Diretora Cultural: Adriana
Goulart de Sena Diretor Social e Desportivo: Paulo Maurício Ribeiro
Pires Diretor de Comunicação Social: José Eduardo de Resende Chaves Júnior Diretor de Assuntos Jurídicos e Legislativos: Vander
Zambeli Vale Diretor de Juízes Aposentados e Pensionistas: José
Nassif Antunes Diretor de Juízes Substitutos: Jésser Gonçalves Pacheco
Conselho Fiscal: Adriana Campos de Souza Freire Pimenta, Clarice
Santos Castro, Denízia Vieira Braga Conselho Fiscal/suplência: Adriana
as:
Farnesi e Silva Conselho de Disciplina, Ética e Prerrogativ
Prerrogativas:
Alexandre Wagner de M. Albuquerque, Antônio Gomes de Vasconcelos,
Flávio Vilson da Silva Barbosa, Graça Maria Borges de Freitas, Lucas
as/suplências:
Vanucci Lins Conselho de Disciplina e Prerrogativ
Prerrogativas/suplências:
Fábio Eduardo Bonisson Paixão, Solange Barbosa de Castro Coura Coordenador do Departamento de Qualidade de Vida: Bruno Alves
Rodrigues Coordenador do Departamento de Convênios: João Eunápio
Borges Júnior Coordenador do Departamento de Informática: Fabiano de Abreu Pfeilticker Coordenadora do CEPE: Martha Halfeld
Furtado de Mendonça Schmidt.
CHAPA AMATRA UNIDA & FORTE:
Presidente: João Alberto de Almeida Vice-Presidente: Olívia
Figueiredo Pinto Coelho Diretora Secretária: Taísa Maria Macena de
Lima Diretor Administrativo: Erdman Ferreira da Cunha Diretor Financeiro: João Bosco Barcelos Coura Diretor Cultural: Vicente de
a: Wilméia da Costa
Paula Maciel Júnior Diretora Social e Desportiv
Desportiva:
Benevides Diretora de Comunicação Social: Maria Cecília Alves Pinto Diretor de Assuntos Jurídicos e Legislativos: Marcelo Furtado
a de Juízes Aposentados e Pensionistas: Lúcia da
Vidal Diretor
Diretora
Costa Matoso Diretor para Assuntos de Juízes Substitutos: Márcio
Roberto Tostes Franco Conselho Fiscal: Carlos Alberto Bonfim Prado,
Jessé Cláudio Franco de Alencar, Márcio José Zebende Conselho Fiscal – suplente: Leonardo Passos Ferreira Conselho de Disciplina,
Ética e Prerrogativ
as: Antônio Neves de Freitas, Hitler Eustásio MaPrerrogativas:
chado de Oliveira, Luciana Alves Viotti, Marcos César Leão, Orlando
Tadeu de Alcântara Conselho de Disciplina, Ética e Prerrogativas – suplentes: Flânio Antônio Campos Vieira, Gigli Cattabriga Júnior
Coordenador
a do Departamento de Qualidade de Vida: Kátia
Coordenadora
Fleury Costa Carvalho Coordenador do Departamento de Convênios:
Rinaldo Costa Lima Coordenador do Departamento de Informática: André Luiz Gonçalves Coimbra Coordenador
a do CEPE: Tânia
Coordenadora
Mara Guimarães Pena.
EDITORIAL
Associados da Amatra3 vão às
urnas no próximo dia 2
Uma rica história
Orlando T
adeu de Alcântara
Tadeu
Presidente da Amatra 3
Estamos fechando mais um ano e, com ele, a nossa gestão à frente da Amatra3.
Nesses quase três anos, linha de atuação da Diretoria
contribuiu para fazer da Amatra3 uma das mais importantes entidades regionais de magistrados. A marca principal foi a luta em
defesa das prerrogativas da magistratura, por vencimentos dignos e pela democratização e transparência do Poder Judiciário.
Junto com a Anamatra, estivemos presentes em todos os fóruns
nacionais de formulação de políticas públicas ligadas às áreas
trabalhista e sindical. Atuamos junto aos poderes Executivo e
Legislativo, nas Reformas da Previdência e do Judiciário, apontando caminhos na busca de soluções que atendessem aos anseios
da sociedade e da magistratura em particular.
Sem dúvida, um dos principais momentos do nosso mandato, foi a aprovação, pelo Congresso Nacional, da lei que fixou
os novos subsídios da magistratura, o que só foi possível graças
ao exaustivo trabalho das associações junto ao Parlamento.
No âmbito interno, enfrentamos inúmeros desafios (ver páginas 3, 4 e 5), mas sempre tivemos equilíbrio e disposição
para o diálogo com o Tribunal e com os associados, o que facilitou a resolução de problemas, por vezes, complexos.
É preciso dizer, ainda, que deixamos a Amatra3 em situação
financeira invejãvel, graças à rigorosa fiscalização e racionalização de seus gastos.
Não temos dúvidas de que o sucesso desta gestão só foi possível graças à intensa participação do associado e a dedicação
dos integrantes da atual Diretoria. Sem a participação dos
associados, por certo não seria tão rica a história da AMATRA3.
Jantar de Fim-de-Ano
O esperado jantar de Fim-de-Ano da Amatra3 acontecerá no
dia 8 de dezembro, quinta-feira, à partir das 21 horas, no Imperador Recepções e Eventos (Av. do Contorno, 8.657). Além de
música de boa qualidade, excelente cardápio, organizado pelo
Buffet Flamb’ Art, e belíssima decoração, os juízes serão brindados com uma animada apresentação da Bateria Show Nota 10.
Atenção: cada juiz poderá levar, sem custos, um (01) acompanhante. Acima deste número, o juiz deverá adquirir o (s) convite
(s) na Amatra3, pelo preço de R$ 40,00.
Favor confirmar presença na Secretaria da Amatra3 - (31)
3272-0857
EXPEDIENTE
ELEIÇÕES
2
Jornal da Amatra 3 – Outubro/Novembro 2005 – Nº 51
Presidente: Orlando Tadeu de Alcântara Vice-Presidente: Maria Cecília Alves Pinto Diretora Secretária:
Ângela Castilho de Souza Rogedo Diretor Administrativo: Antônio Neves de Freitas Diretor Financeiro:
Ricardo Marcelo Silva Diretor Cultural: José Eduardo Resende Chaves Júnior Diretora Social e Desportiva:
Kátia Fleury Costa Carvalho Diretor de Comunicação Social: Mauro César Silva Diretora de Assuntos
Jurídicos e Legislativos: Maristela Íris da Silva Malheiros Diretor de Juízes Aposentados e Pensionistas:
José César de Oliveira Diretor de Juízes Substitutos: Erdman Ferreira da Cunha Conselho Fiscal: Flânio
Antônio Campos Vieira, João Bosco Pinto Lara, Clarice Santos Castro Conselho Fiscal/suplência: Paulo
Gustavo de Amarante Merçon Conselho de Disciplina e Prerrogativas: José Nilton Ferreira Pandelot, Érica
Aparecida Pires Bessa, Olívia Figueiredo Pinto Coelho, Graça Maria Borges de Freitas, Luciana Alves Viotti
Conselho de Disciplina e Prerrogativas/suplências: Ricardo Antônio Mohallen, Marcelo Segatto
Departamento de Qualidade de Vida: Sebastião Geraldo de Oliveira Departamento de Convênios: Márcio
Roberto Tostes Franco Departamento de Informática: Manoel Barbosa da Silva CEPE: Lucas Vanucci Lins
Jornal da Amatra - Tiragem: 3500 exemplares. Jornalista responsável: Fernanda Avelar MG09782JP Revisão:
Merrina Delgado - Diagramação: Carlos Domingos Reg. 6050/MG Impressão: Lanna Projetos Gráficos
AMATRA3 - R. Aimorés, 462 - 7 º andar - Funcionários - CEP 30140-070 - Belo Horizonte/MG - TeleFax:
(31) 3272-0857 - Obs. Sugestões de matérias e artigos para o JA podem ser enviadas via fax (da Amatra)
ou e-mail: [email protected] Anuncie no JA: contato (31) 3272-0857
Jornal da Amatra 3 – Outubro/Novembro 2005 – Nº 51
Diretores da Amatra3 avaliam gestão e
apontam desafios
VIRGÍNIA CASTRO- JORNALISTA
O presidente da Amatra3, Orlando Tadeu de Alcântara, a vice-presidente,
Maria Cecília Alves Pinto, e os diretores Antônio Neves (administrativo) e Mauro
César (Comunicação) falaram sobre os avanços e conquistas da atual gestão da
Amatra3 e sobre o desafio de conciliar a lutas nacionais com as demandas do
dia-a-dia dos magistrados.
Virgínia – O sr. poderia fazer um balanço da
sua gestão?
Orlando – A grande diferença, na nossa gestão, foram as novidades que surgiram nacionalmente. Convivemos com as reformas da Previdência, do Judiciário, com a luta pela aprovação da Lei
dos Subsídios, implantação do Conselho Nacional
de Justiça, enfim, com fatos de grande repercussão
na sociedade. O novo sempre traz algumas dúvidas, uma certa inquietação. Mas acredito que soubemos enfrentar tudo isso, dando suporte ao que a
Anamatra e outras entidades, como a Ajufe, propunham. Antes, as grandes questões nacionais envolvendo o Judiciário eram resolvidas pelas cúpulas
desse Poder. Hoje não é mais assim. Nada se passa
lá fora, seja relacionado a vencimentos, criação de
varas, orçamentos, que não tenha a participação
das entidades representativas da magistratura.
No plano local, tivemos várias demandas. A dos
juízes substitutos foi uma delas. Lutamos o tempo
todo pela proposta da regionalização que, mais na
frente, até por decisão dos colegas, foi substituída
pela proposta de fixação de dois juízes por vara.
Considero muito importante, também no âmbito local, a parceria com outras entidades – o encontro Amatra-Ministério Público e o seminário sobre ampliação da competência, em que levamos
juízes estaduais, federais, representantes do Ministério Público do Trabalho e do Ministério do
Trabalho.
De maneira geral, a avaliação que eu faço da
nossa gestão é positiva. Nós entregamos a Amatra,
do ponto de vista político, mais madura. E do ponto
de vista de estruturação, também avançamos: reformamos a sede, adquirimos novos equipamentos.
E com a vantagem de fechar a gestão com um saldo
financeiro invejável – R$ 1 milhão e 100 mil, em
caixa!
Maria Cecília – Na verdade, a atuação das
entidades nacionais e locais não passa só pela defesa de interesses corporativos. Hoje, inclusive,
questões ligadas à legislação do trabalho, processo do trabalho, processo civil, Direito Civil, tudo
o que diz respeito aos interesses do cidadão passa
pelo controle e pela atuação das entidades de cúpula, para preservar os direitos.
No caso da nossa Amatra, além de ter atuado
com firmeza nas questões nacionais, também fez
um grande trabalho local. Ressalto a presença da
Amatra no Fórum Estadual do Ministério do Trabalho, onde tivemos posição ativa, apresentando
propostas para as reformas trabalhista e sindical,
a participação na organização dos congressos da
Região Sudeste, sempre levando a maior bancada. Também destaco a realização do Seminário
conjunto com o Ministério Público, que foi extremamente exitoso, com grande participação dos
colegas.
Do ponto vista cultural, vários seminários foram realizados: preparatórios para os Conamats,
seminários de qualidade de vida, da ampliação da
competência da Justiça do Trabalho (este de extrema importância).
Do ponto de vista social, realizamos os happy
hours, os encontros temáticos.
Nosso trabalho foi pesado, enfrentamos inúmeras dificuldades, mas não nos dobramos diante delas.
Virgínia – Qual foi o marco nacional, na sua
gestão?
Orlando – Para mim, o marco nacional foi a
aprovação da Lei de Subsídios. Não pelos valores
aprovados, mas por ser uma bandeira de 15, 20
anos atrás, que só foi concretizada agora. Esta é a
primeira vez que a magistratura federal tem uma
lei definindo o valor do vencimento, em parcela
única, aprovada pelo Congresso Nacional. Hoje,
nós não temos mais nenhum constrangimento em
mostrar o nosso contracheque, porque ele é fruto
de uma lei que a sociedade quis que fosse aprovada. Isso no plano nacional.
Virgínia – E quais as maiores dificuldades
que o sr. enfrentou?
Orlando – Não tenho dúvida em afirmar, com
a maior tranqüilidade, que foi a luta em defesa
das prerrogativas dos juízes, principalmente de
primeiro grau, e até mesmo de segundo grau.
Quando nós nos referimos às prerrogativas, não
estamos restritos apenas à questão de atuação do
Tribunal ou da Corregedoria. Tivemos inúmeros
casos envolvendo advogados, às vezes ofendendo
colegas, nos quais a Amatra atuou, tanto na capital quanto no interior.
Tivemos demandas também em relação à segurança do juiz. Houve casos de ameaças a juízes do
interior. Em tudo isso nós procuramos atuar, e tivemos êxito. Amargamos o abandono inicial dos órgãos de segurança em regiões de conflito – na região de Unaí, por exemplo. Mas fomos à cúpula da
Polícia Militar, à Secretaria de Segurança, e, finalmente, logramos êxito em nossas reivindicações.
Maria Cecília – Nesse aspecto eu queria reforçar a importância da decisão colegiada. Não
houve uma única atitude tomada sem ampla consulta à Diretoria e ao Conselho de Disciplina e
Prerrogativas da Amatra.
Além dessas questões importantes ligadas às
prerrogativas, outras, aparentemente menores, mas
tão importantes quanto elas, foram enfrentadas: o
encaminhamento conjunto para devolução do imposto de renda, envolvendo a questão do abono ou
3
BALANÇO
FOTOS: VIRGÍNIA CASTRO
Jornal da Amatra 3 – Outubro/Novembro 2005 – Nº 51
BALANÇO
4
antes do subsídio, a devolução da contribuição e boa reforma, sem acarretar problemas de orprevidenciária, indevidamente descontada, que dem financeira. O segundo ponto que destaco foi
também foi encaminhada coletivamente. A ques- a profissionalização da área contábil da Amatra, com
tão da isonomia de tratamento dos juízes de pri- a contratação de um escritório de contabilidade.
meiro grau em relação aos
FOTOS: VIRGÍNIA CASTRO
juízes de segundo grau, no
Virgínia - Quais os desaque diz respeito ao
fios para a próxima gesfracionamento de férias...
tão?
Hoje o juiz de primeiro grau
Orlando – O grande depode tirar férias de 20 dias,
safio é dosar a atuação extero que antes não era possível.
na, nas grandes questões naApenas o juiz do Tribunal
cionais, com as internas, que
tinha esse direito.
dizem respeito ao dia-a-dia do
Também lutamos pela inmagistrado – prerrogativas,
serção da gratificação FC 6
vencimentos, melhorias de
para as varas e pelo preencondições de trabalho... Esse
chimento do número de serfoi e será ainda o desafio de
vidores nas mesmas, levando
quem assumir a Amatra. Enti"O grande desafio é
o Tribunal, inclusive num
dade associativa que se preza
dosar a atuação externa,
momento crítico, a retirar sertem que ter denas grandes questões
vidores das varas de atuação
safios, demannacionais, com as internas,
meio, levando-os para varas
das, senão ela
que dizem respeito ao diamais deficitárias.
não estará rea-dia do magistrado..."
um prazo para que os tribunais estabeleçam uma
norma para definir esses critérios. Nós, de Minas
Gerais, convivemos há mais de 20 anos com o
critério de antigüidade para promoção dos juízes
substitutos. Isso é um fator de agregação e paz
entre os colegas. Mas se formos seguir à risca o
que determina o Conselho Nacional de Justiça,
esse critério poderá vir abaixo, o que será um risco muito grande. Isso não podemos permitir!
Mauro – Num plano mais geral, vejo como grande desafio a continuidade da luta pela democratização do Poder Judiciário. Acho que os tribunais ainda
concentram muito poder face aos juízes de primeira
instância, não permitindo que se discutam certas
questões que dizem respeito àquele Poder. Então esta
é uma bandeira que deve ser assumida.
Orlando – Dentro disso que você falou, as
eleições diretas para o
Tribunal também devem
ser um desafio a enfrentar. Esta é uma demanda
antiga. Por razões outras
ela não foi adiante, mas
temos colegas no Tribunal que já tiveram essa
iniciativa e, provavelmente, no ano que vem,
o assunto novamente estará na ordem do dia.
presentando.
Orlando – Gostaria de lembrar que nossa atu- Estamos vivendo um momento de
ação também foi forte no interior. Eu e alguns mudança. Se antes eu me referia à
diretores da Amatra estivemos presentes em to- Reforma da Previdência e à Refordas as varas do interior. Nós a visitamos para ver ma do Poder Judiciário, temos agode perto as condições de trabalho do colega, suas ra o momento da execução dessas
angústias, etc.
medidas – a instalação do Conselho Nacional de Justiça, a discusMaria Cecília – Também temos que ressal- são de uma nova Lomam... enfim,
tar o papel da Amatra na questão do prédio do estamos vivendo um momento de
Maria Cecília – Fa"Fizemos uma ampla e boa
Foro de Belo Horizonte. Tivemos uma atuação transferência de poder, no âmbito
zer
com que todas essas
reforma na sede, sem
intensa, promovendo inúmedo Judiciário.
realizações das associaacarretar problemas de
ras reuniões, contatos com o
Antes este poções que fugiram do camordem financeira."
Tribunal. Criamos uma comisder estava vinpo corporativo e que tesão em conjunto com o diretor
culado aos tribunais. Hoje, nham como objetivo a valorização do Poder Judido Foro. A situação das varas
nós temos um órgão de con- ciário sejam transmitidos para o cidadão é outro
do Foro de Belo Horizonte é
trole administrativo, que é o desafio. Nisso, a comunicação social tem um pacalamitosa: o prédio não tem
Conselho Nacional de Justi- pel de extrema relevância.
elevadores que comportam caça. Agora, até onde vai a atudeiras de roda, os banheiros
ação desse Conselho? O que
VIrgínia – Falando em comunicação, talvez a
são inadequados para pessoas
ele pode ou não pode fazer? sua gestão tenha sido uma das que enfrentou maior
portadoras de deficiência, conEste é um desafio para as en- dificuldade, com relação à imagem do juiz, no que
dições de trabalho ruins... isso
tidades – ser o contrapeso se refere a fatos nacionais, tais como a reforma da
aí foi enfrentado e houve uma
desses órgãos. É fundamen- previdência, a aprovação da Lei de Subsídios. Sem
sensibilização do Tribunal. Eu
tal também priorizar, nas pró- contar a repercussão dada à famosa expressão cu"Não houve uma única
acho que demos o chute iniciximas gestões, o restabeleci- nhada pelo presidente Lula, sobre a necessidade
atitude tomada, sem ampla
al para melhorar a situação.
mento do adicional por tem- de abertura da “caixa preta do Judiciário”. Houve
consulta à Diretoria e ao
Existe um projeto aprovado e
po de serviço, observando-se ainda casos como o da Operação Anaconda, o asConselho de Disciplina e
tudo indica que daqui a pouco
inclusive o que a Constitui- sassinato do vigia por um juiz do Ceará, e por aí
Prerrogativas da Amatra."
teremos um prédio novo para
ção estabelece (o teto). Temos vai. Como o sr. lidou com essa questão da imagem e
abrigar as varas da capital.
que lutar pela perenização de como foi a sua relação com a mídia, nesse período?
uma legislação de vencimentos, para que a gente
Virgínia - E na área administrativa, quais não tenha que ficar todo ano discutindo com o
Orlando – Em termos de aproximação com a
foram as principais realizações?
Congresso Nacional, ou mesmo com o Executivo, sociedade, tivemos um grande salto que foi o fato
Antônio – Sem dúvida, a reforma da sede foi os reajustes dos nossos vencimentos. Um desafio de a Amatra ter se tornado uma referência para os
a principal delas. Nossa sede tinha vários proble- importante, no plano local, é a definição de crité- veículos de comunicação, quando o assunto dizia
mas, inclusive de infiltração. Fizemos uma ampla rios para a promoção de juízes. O CNJ estabelece respeito ao Poder Judiciário, ao mundo do Direito
Jornal da Amatra 3 – Outubro/Novembro 2005 – Nº 51
do trabalho. Nós invertemos uma lógica. Antes, nós
íamos atrás do meio de comunicação. Hoje, os jorFOTOS: VIRGÍNIA CASTRO
Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho - Amatra III
BALANCETE PATRIMONIAL REALIZADO EM 31 DE OUTUBRO DE 2005
A T I V O
DISPONIBILIDADES
Caixa Geral
2.264,60
Bancos c/ Movimento
7.882,94
Aplicações Financeiras
1.127.358,08
REALIZÁVEL A CURTO PRAZO
Empréstimos a Associados
1.137.505,62
7.830,00
Adiantamento Salarial
125,00
7.955,00
ATIVO PERMANENTE
IMOBILIZADO
"Hoje, somos mais vistos e
mais ouvidos."
nais, as tevês e as rádios nos acionam. A Amatra
está legitimada a falar nos meios de comunicação, em nome do magistrado. A referência passou
a ser a entidade e não este ou aquele juiz, de
forma personificada. Quanto aos fatos polêmicos
envolvendo magistrados, sempre explicamos que
eram casos isolados que, inclusive, mereciam punição. Na questão dos vencimentos, em momento
nenhum nos escondemos da imprensa. Enfrentamos velhos tabus, com naturalidade, mostrando
para a sociedade a importância de termos vencimentos dignos.
Mauro – Eu diria, resumidamente, que a
Amatra fez-se ouvir. Ela é uma voz onde ressoa o
que dizem os juízes e a sociedade. Antes de assumir essa gestão, visitamos vários veículos de comunicação para mostrar a face da Amatra. Nós
nos mostramos através do comparecimento a esses órgãos, por meio de eventos e por meio da
mídia que produzimos aqui. Hoje, somos mais
vistos e mais ouvidos.
Imobilizado Técnico
524.598,22
Depreciações Acumuladas
-51.035,18
473.563,04
CONTAS DE RESULTADO
DESPESAS DO EXERCÍCIO
Despesas Administrativas
121.637,66
Despesas Manutenção Geral
427.440,65
Despesas Tributárias
13.784,29
Despesas Financeiras
9.823,70
572.686,30
2.191.709,96
PAS S I V O
PASSIVO CIRCULANTE
EXIGIBILIDADES
Obrigações Sociais e Trabalhistas
Credores em Consignação
3.343,35
167.847,00
171.190,35
PATRIMÔNIO LÍQÜIDO
CAPITAL E RESERVAS
Patrimônio Social
690.814,50
Superávits Acumulados
569.140,93
1.259.955,43
CONTAS DE RESULTADO
RECEITAS DO EXERCÍCIO
Receitas de Manutenção
Outras Receitas e Reembolsos
Receitas Financeiras
638.821,32
13.139,12
107.638,74
Receitas n/ Operacionais
965,00
760.564,18
2.191.709,96
Belo Horizonte, 31 de outubro de 2005
WELLINGTON RIBEIRO DE SOUSA- CONTADOR CRC 46.315/MG
Juízes do último concurso visitam Amatra3
Os juízes trabalhistas aprovados no concurso de 2004, empossados no dia 10 de outu-
Direito de Guarulhos (SP), é o veterano, com
51 anos.
bro último, visitaram a sede da Amatra3, no
A mais jovem juíza é a mineira de Itabira,
dia 11 de outubro, acompanhados pelo diretor
Carla Santuchi, 26 anos, formada pela UFMG
da Escola Judicial do TRT 3 Região, juiz José
em 2001. Os demais são, pela ordem de idade:
Murilo de Morais.
Helen Mable Carreço Almeida Ramos, 27 anos,
a
Na Amatra, eles foram recebidos pelo pre-
natural de Vitória (ES), formada pela UFES;
sidente, Orlando Tadeu de Alcântara, pelo juiz
Maria Gabriela Nuti, 28 anos, carioca da capi-
aposentado José César de Oliveira e pela juíza
tal, formada pela PUC RJ; Felipe Clímaco
Érica Bessa, membro do Conselho de Discipli-
Heineck, 30 anos, mineiro de Belo Horizonte,
na, Ética e Prerrogativas da Amatra3.
formado pela UFMG; Fabiana Alves Marra, 30
Dos sete novos juízes que tomaram posse,
anos, mineira de Belo Horizonte, formada pela
seis têm idades que variam de 26 a 31 anos, e
UFMG; Viviane Célia Ferreira Ramos Corrêa,
cinco são mulheres. O paulista João Dionísio
31 anos, natural de Belo Horizonte, formada
Viveiros Teixeira, formado pela Faculdade de
pela Faculdade Milton Campos.
5
BALANÇO
ATIVO CIRCULANTE
Da esq. p/ dir.: Viviane, Carla, Maria
Gabriela e Fabiana
Da esq. p/ dir.: João Dionísio, Felipe,
Helen, Viviane e Carla
7o Emat leva 130 juízes a Caeté
Num clima de descontração, cerca de 150 pessoas, sendo 98 juízes e os demais, familiares, se
reuniram dos dias 6 a 8 de outubro, no Hotel Tauá,
em Caeté, para mais um Encontro de Qualidade de
Vida – o 7º Emat que, desta vez, não tratou de
assuntos da área jurídica. O tema do evento foi “O
Poder Humanizador da Poesia”, desfiado, com
maestria, pela escritora e poeta mineira Adélia Prado, na abertura do Encontro.
No segundo dia, o professor e biólogo Júlio Machado, através de vivências com grupos de juízes,
estimulou o autoconhecimento e a interatividade.
E, na despedida, o diretor de Qualidade de Vida
da Amatra3, juiz Sebastião Geraldo, falou sobre
qualidade de vida e sobre a importância da aproximação entre os colegas.
Além de atividades culturais, aí incluído um
city tour por Caeté e Serra da Piedade, acompanhado pelo prefeito da cidade, Ademir de Carvalho, com direito à degustação do famoso bolinho de
feijão de Caeté, os juízes também desfrutaram de
uma estimulante programação de lazer – jantar
dançante, churrasco ao som da banda Lombinho
com Cachaça, aulas de dança com bailarinos profissionais e sessão de cinema. O Jornal da Amatra3
apurou, à “boca pequena”, que este foi o mais
descontraído dos Emats. O 7º EMAT contou com o
patrocínio da Caixa Econômica Federal.
FOTOS: CARLOS AVELIN
7º EMAT
6
Jornal da Amatra 3 – Outubro/Novembro 2005 – Nº 51
Workshop e
estimulou
autoconhecimento
Se a escritora Adélia Prado conseguiu despertar nos juízes o sentimento “humanizador da
poesia”, o biólogo e professor da UFMG Júlio
Machado estimulou nos magistrados e familiares
que participaram de seu workshop o autoconhecimento, também criando formas de aguçar seus
sentidos. As vivências tiveram, ainda, o objetivo
de descontrair os presentes e de criar um clima
de coleguismo e fraternidade
VIRGÍNIA CASTRO
Da dir. p/ esq. professor Júlio Machado e
juízes, num grupo de trabalho sobre
autoconhecimento.
Na mesa de abertura do 7º Emat, da esq. p/ dir.: Cláudio Gonçalves Marques (advogado da Caixa
Econômica Federal), juízes José Nilton Pandelot (pres. da Anamatra), Orlando Tadeu de Alcântara
(pres. da Amatra 3) e Márcio Ribeiro do Vale (pres. do TRT 3ª Região), seguidos de Ademir de Carvalho
(prefeito de Caeté) e Adélia Prado.
Adélia Prado revela poder
humanizador da poesia
O que sou, de onde vim, para onde vou? beleza (considerando-se “beleza” diferente de
E agora que existo, que tenho saúde, bens, “bonito”). “A poesia me tira da brutalidade da
vida”, filosofou.
profissão, status? E
Ao falar do sentiagora, José?
do, e da arte como insParodiando Carlos
tância de significado,
Drumond de Andrade, a
Adélia, assim como
escritora e poeta mineioutros literatos mineira Adélia Prado, em sua
ros, enaltece o simpalestra sobre o Poder
ples, o cotidiano, a
Humanizador da Poesia,
“vida vidinha”, a vida
proferida na abertura do
o
comum, como fonte de
7 Emat, falou sobre a
necessidade que o ser
extração do significahumano tem de fazer
do ao qual se refere.
perguntas e de dar sen“Eu preciso da signitido à sua vida, assinaficação da vida colando que a arte e a remum. É a vida comum
ligião são as principais
que nos interessa. É
instâncias para a busca
no ordinário que
desse sentido. “A necesachamos o supremo
sidade de significação é
significado da vida”,
fundamental. Preciso de
filosofa a escritora.
um sentido para eu pou- Adélia Prado enalteceu a arte como fonte
Muito aplaudida,
sar minha existência. A de significado para a vida: “A arte não é
Adélia Prado, após
suada.
É
gratuita.
Cai
como
uma
salvadora
depressão profunda é a
sua palestra, responno seu colo.”
ausência total de sentideu a perguntas do
do. Nela, pedra é pedra, cadeira é cadeira. Se público. Um dos juízes indagou: “Como a sra.
tirarem de nós a vida simbólica, nós voltamos à vê a crise política e de valores pela qual nosbarbárie”, profetizou Adélia.
so país está passando?” A resposta foi simples
Para a escritora, a arte “revela o ser das coi- e profunda como Adélia: “O Brasil está precisas”. É ela que desperta a sensibilidade para a sando de vida simbólica.”
7
Jornal da Amatra 3 – Outubro/Novembro 2005 – Nº 51
Descontração marcou o 7o Emat
Da esq. p/ dir
affaeli), juízes Sebastião
dir.. Maria José (esposa do juiz Michelângelo R
Raffaeli),
alle, presidente do TR
T 3a R
egião, A
délia PPrado
rado e esposo,
Valle,
TRT
Região,
Adélia
Geraldo e Márcio Ribeiro do V
juiz Orlando TTadeu
adeu de Alcântara.
EM
Com uma intensa
programação, o 7 o
Emat, mais uma vez,
cumpriu seu objetivo:
promover a
integração entre os
colegas e refletir
sobre a importância
de se buscar
buscar,, sempre,
uma melhor qualidade de vida.
FOCO
FOTOS: CARLOS AVELIN
Equipe da Caixa Econômica Federal com o
juiz Orlando TTadeu
adeu de Alcântara.
Da esq. p/ dir
.: juiz
dir.:
Hudson TTeixeira
eixeira PPinto
into e
esposa, juízas Gisele
Macedo, Natalícia TTorres,
orres,
Diva Dorothy e Maria
Cecília Alves Pinto.
Juiz Nelson Henrique, juiz Luis Carlos Araújo
e esposa, juiz Bruno Rodrigues e namorada.
VIRGÍNIA CASTRO
VIRGÍNIA CASTRO
No churrasco de
confraternização, o juiz
Antônio Neves dá uma
“canja” ao violão.
VIRGÍNIA CASTRO
Na Casa de João Pinheiro,
juízes degustam deliciosos
bolinhos de feijão fritos,
receita típica de Caeté.
Visita de juízes e familiares à Casa de João Pinheiro (Caeté).
Da esq. p/ dir
.: juízas Sônia V
ergara,
dir.:
Vergara,
Cleyonara Campos, Kátia Fleury
Fleury,,
Natalícia TTorres
orres e Denísia V
ieira, no
Vieira,
Museu de Caeté.
Juízes Sebastião Geraldo e Jairo Viana,
juíza R
osângela PPaiva
aiva e esposo.
Rosângela
Juíza Camila Zeidler e família.
8
Jornal da Amatra 3 – Maio/Junho/Julho 2005 – Nº 50
Download

Jornal da Amatra 3