18 DE NOVEMBRO DE 2015 – QUARTA-FEIRA – ANO 24 – Nº 4.770 Moradores de povoado e promotor dizem que Samarco não tinha plano emergencial Clarissa Barçante Primeira audiência pública da Comissão das Barragens reuniu deputados estaduais e federais Relatos de representantes do povoado de Bento Rodrigues, em Mariana (Região Central), marcaram ontem a primeira audiência pública da Comissão Extraordinária das Barragens. Eles explicaram detalhes da tragédia ocorrida no local, no dia 5 de novembro, com o rompimento da barragem de rejeitos minerários da Samarco e con- taram como os atingidos estão vivendo atualmente. Também apresentaram denúncias, entre as quais a de que não havia um plano de segurança da empresa em caso de acidente. Moradora de Bento Rodrigues, Rosilene Gonçalves da Silva disse que ninguém na comunidade foi avisado pela Samarco e foram os próprios moradores que alertaram uns aos outros. A partir do primeiro alerta, ela informou que foram apenas dez minutos até que a lama atingisse o povoado. “Se tivesse ocorrido à noite, todos teriam morrido. A barragem não destruiu só a comunidade, mas a cabeça e o coração de cada pessoa”, declarou. Coordenador regional de Meio Ambiente do Ministério Público, o promotor de Justiça Felipe Faria de Oliveira confirmou a inexistência de alerta para a comunidade, assim como de planos emergenciais. Ele explicou que o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre os Ministérios Públicos estadual e federal e a Samarco, no valor de R$ 1 bilhão, é um “acautelamento provisório, preliminar, para ações emergenciais”. A representante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Soniamara Maranho, disse que as multas são simbólicas, já que envolvem as maiores mineradoras do mundo em uma das piores tragédias ambientais do planeta (a Samarco é controlada por Vale e BHP Billiton). Ela defendeu que a negociação seja feita de forma coletiva. A ideia recebeu o apoio do padre Geraldo Martins Dias, da Arquidiocese de Mariana, da defensora pública Cleide Nepomuceno e do desembargador José Afrânio Vilela, entre outros. Parlamentares prometem unir esforços A primeira audiência da Comissão Extraordinária das Barragens teve as participações de diversos deputados estaduais e, também, dos deputados federais que vieram a Minas para acompanhar os desdobramentos da tragédia. O presidente e relator da Comissão Externa do Rompimento da Barragem de Mariana na Câmara dos Deputados, deputado Sarney Filho (PV-MA), disse que os trabalhos vão se debruçar sobre duas vertentes: emergencial; de reparação material; e responsabilização dos culpados. O presidente da Comissão Extraordinária das Barragens, deputado Agostinho Patrus Filho (PV), acredita que o trabalho dos parlamentares estaduais, em conjunto com os federais, apontará um novo caminho para a mineração do Brasil. O deputado Rogério Correia (PT), relator da Comissão das Barragens, lembrou de proposições de lei que tramitaram na ALMG e não che- garam a ser aprovadas, pela pressão das mineradoras. Iran Barbosa (PMDB) disse que somente na Comissão Extraordinária das Águas recebeu denúncias de quase 70 barragens instáveis, o que aponta para possíveis novos acidentes. Bonifácio Mourão (PSDB) cobrou a votação, em Brasília, do novo Marco Regulatório da Mineração. Celise Laviola (PMDB) disse que a população está de luto pela morte do Rio Doce e criticou a ausência de representantes da Samarco na audiência. O deputado Gustavo Corrêa (DEM) chamou a atenção para a precariedade da fiscalização das barragens no Estado. Também se manifestaram em favor das vítimas e pela apuração das responsabilidades os deputados Celinho do Sinttrocel (PCdoB), Felipe Attiê (PP), Carlos Pimenta (PDT), Dilzon Melo (PTB) e Noraldino Júnior (PSC), que também chamou a atenção para os animais vitimados pela tragédia. 2 • quarta-feira – Assembleia Informa COMISSÕES 18 de novembro de 2015 Polícias e Corpo de Bombeiros cobram ação educativa e rigor contra trotes Conciliar educação permanente com repressão rigorosa. Esse foi o caminho apontado pelos participantes de audiência da Comissão de Segurança Pública para reduzir os trotes dirigidos aos telefones de serviços de emergência, como o 190, da Polícia Militar, o 197, da Polícia Civil, e o 193, do Corpo de Bombeiros. A reunião foi realizada ontem, a requerimento do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB). Segundo o chefe do Centro Integrado de Comunicação Operacional (Cicop) da Polícia Militar, tenente-coronel Paulo Satrick, a falta de compromisso e respeito com as instituições, assim como a impunidade, agravam o quadro. Ele citou a popularização do celular e as restrições de acesso às informações sobre ligações telefônicas, que teriam sido impostas pela Agência Nacional de Telefonia (Anatel), como agravantes do problema. “Hoje, mesmo tendo os números dos telefones que fizeram o trote, a PM depende de ordem judicial para abordar os responsáveis”, disse. Segundo o sargento Ataliba Faria, encarregado-chefe da Seção de Análise, Inteligência e Controle de Qualidade do Cicop, o serviço fez 7 milhões de atendimentos no ano passado, sendo que 17% deles foram trotes e em 31% quem chamou ficou mudo do outro lado da linha. De acordo com ele, apesar das análises indicarem uma provável redução desses índices em 2015, o problema ainda é grave. Boa Ricardo Barbosa Comissão discutiu a ocorrência de trotes, que prejudicam os serviços telefônicos de emergência parte das ligações são atribuídas a crianças e adolescentes, com maior incidência nos horários de saída das escolas e nas férias escolares. O capitão do Corpo de Bombeiros Cristiano Magalhães Silva afirmou que um terço das ligações recebidas pela corporação são trotes, cerca de 12 mil por mês. O supervisor do Serviço 190, sargento Leonardo Moreira da Silva, falou sobre um projeto educativo desenvolvido para coibir os trotes e voltado para estudantes. O projeto foi elogiado pela superintendente adjunta de Informação e Inteligência Policial da Polícia Civil, Yukari Miyata, que cobrou políticas públicas dirigidas para a formação de uma consciência cidadã. O representante da Associação dos Oficiais da Po- lícia Militar e do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Aílton Cirilo da Silva, e o da Associação dos Praças, cabo Berlinque Cantelmo, também cobraram medidas para combater o problema. Reflexão – O deputado Dalmo Ribeiro Silva destacou um levantamento segundo o qual um quarto das chamadas nos serviços de emergência na Região Metropolitana são trotes. “Esse é um número significativo, que aponta para a necessidade de uma reflexão conjunta com a sociedade na formulação de sugestões para resolver o problema”, declarou o parlamentar. Na mesma linha, o deputado João Leite (PSDB) classificou os serviços de emergência como de utilidade pública, sendo necessária uma mobilização pa- ra garantir a qualidade do atendimento. O presidente da comissão, deputado Sargento Rodrigues (PDT), lembrou que já atuou, por quatro anos, no serviço 190 e classificou os trotes como “inadmissíveis”. “Cabe aos responsáveis desencadear ações pedagógicas em escolas, em um trabalho de conscientização de médio e longo prazo, com integração na área de comunicação, para termos algum resultado”, disse ele. Rodrigues mencionou, ainda, corte de recursos nas forças de segurança pública neste ano, o que tem contribuído, segundo ele, para o sucateamento da infraestrutura e a deterioração dos serviços. Ele responsabilizou o governador Fernando Pimentel pelos cortes. PL sobre obras inacabadas vai a 2º turno Está pronto para análise do Plenário, em 2° turno, o Projeto de Lei (PL) 265/15, do deputado Inácio Franco (PV), que proíbe a inauguração e a entrega de obras públicas estaduais incompletas ou que, embora concluídas, não estejam em condições de atender aos fins a que se destinam. A Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas aprovou ontem parecer favorável à matéria. O relator, deputado Anselmo José Domingos (PTC), opinou pela aprovação na forma do vencido. O texto aprovado em 1° turno proíbe a entrega apenas das obras estaduais. A proposição define como obras públicas todas as construções, reformas, recuperações ou ampliações custeadas pelo poder público estadual que servem ao uso direto ou indireto da população, tais como hospitais, unidades de pronto atendimento e unidades básicas de saúde, escolas, centros de educação infantil, restaurantes populares, rodovias e ferrovias. 18 de novembro de 2015 COMISSÕES quarta-feira – Assembleia Informa • 3 Projeto de unificação de cargos de escrivão e investigador divide opiniões A possibilidade de fusão dos cargos de escrivão e de investigador está longe de ser consenso na Polícia Civil. Representantes da corporação apresentaram ontem diferentes pontos de vista sobre os impactos da unificação das funções, em audiência da Comissão de Administração Pública. O principal ponto de conflito está na dúvida sobre a mudança trazer mais eficiência ao cotidiano dos policiais ou apenas os sobrecarregar. Tramita atualmente no Congresso Nacional o Projeto de Lei Federal 1.949/07, elaborado pelo Ministério da Justiça, o qual institui a Lei Geral da Polícia Civil. A matéria prevê apenas três funções dentro da corporação: delegado, perito e agente (fusão das atribuições de escrivão e de investigador). Os investigadores coletam indícios e provas para elucidar crimes. Já os escrivães são responsáveis pela elaboração, acompanhamento e manutenção dos arquivos produzidos na delegacia. Para o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado (Sindpol), Denílson Martins, a unificação aumentaria muito as funções desses profissionais, sem uma contrapartida financeira. “Seria um improviso. Um desperdício do acúmulo de experiências dos policiais em atividades específicas”, avaliou. Ainda segundo Denílson Martins, a categoria deveria se concentrar primeiro em questões como a implementação de uma carreira única, que consequentemente traria a equiparação salarial Raíla Melo Administração Pública ouviu representantes da Polícia Civil sobre o projeto de unificação com os peritos, uma antiga reivindicação, e a criação de uma polícia que fosse responsável por todas as atividades hoje divididas ente as Polícias Militar e Civil. Presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), Jânio Gandra também não acredita em possíveis benefícios da fusão. “A unificação dos cargos não vai resolver nada. Esse projeto é nefasto, preserva apenas a classe dos delegados”, afirmou. Compartilhamento – No entanto, na opinião do presidente do Sindicato de Escrivães de Polícia de Minas Gerais (Sindep), Bertone Tristão, o compartilhamento de atividades entre os profissionais na delegacia daria mais celeridade às investigações criminais, principalmente nesse momento em que o Estado enfrenta uma grave crise econômica e tem restrições orçamentárias para investir na recomposição do efetivo. Mas ele fez questão de ressaltar que o sindicato não defende a mera uniformização dos cargos de um sistema que ele classificou como falido. Tristão citou o exemplo de projetos em andamento no Rio de Janeiro e no Ceará para a revisão dos métodos de investigação, com o auxílio da tecnologia. Para Valério Schetino Valente, secretário-geral da Federação Interestadual dos Trabalhadores Policiais Civis da Região Sudeste (Feipol), além de a união entre escrivães e investigadores na mesma função trazer benefícios tangíveis ao andamento dos inquéritos, a medida é o primeiro passo para a almejada carreira única. Discussão – Sem tomar partido no debate, os deputados Cabo Júlio (PMDB), autor do requerimento de reunião, Sargento Rodrigues (PDT) e Cristina Corrêa (PT) ressaltaram a necessidade de discussão do projeto da Lei Geral da Polícia Civil, em especial nas mudanças de cargos que ele implicaria, para que ele realmente culmine em benefícios. “A base da Polícia Civil não pode ser fragmentada”, salientou Sargento Rodrigues, que ainda cobrou maior atenção do Governo do Estado com a segurança pública. Cabo Júlio destacou que, ouvindo todos os posicionamentos sobre a questão, será possível levar ao governo o sentimento majoritário da categoria. Anistia a policiais tem parecer favorável O Projeto de Lei (PL) 1.078/15, do deputado Sargento Rodrigues (PDT), que concede anistia aos praças da Polícia Militar de Minas Gerais excluídos da corporação em virtude do movimento reivindicatório de julho de 1997, recebeu ontem parecer pela aprovação, em 2º turno, da Comissão de Administração Pública. Além da anistia, a proposição as- segura aos policiais militares em questão todos os direitos legais decorrentes do efetivo exercício do cargo anterior à data de sua exclusão. A matéria foi relatada pelo deputado Gustavo Corrêa (DEM). Ele opinou pela aprovação do PL 1.078/15 na forma do vencido, ou seja, conforme passou na votação em Plenário, em 1º turno. 4 • quarta-feira – Assembleia Informa COMISSÕES 18 de novembro de 2015 Debatedores pedem revisão da lei sobre publicidade de bebida alcoólica Participantes de audiência pública realizada ontem na ALMG defenderam a revisão da Lei Federal 9.294, de 1996, que dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de bebidas alcoólicas. A reunião, da Comissão de Prevenção e Combate ao Uso de Crack e Outras Drogas, atendeu a requerimento de seu presidente, deputado Antônio Jorge (PPS). O parágrafo único do artigo 1º da Lei 9.294 diz: “consideram-se bebidas alcoólicas, para efeitos desta Lei, as bebidas potáveis com teor alcoólico superior a treze graus Gay Lussac”. Isso exclui, por causa da graduação alcoólica inferior, a cerveja e as chamadas ices. Sendo assim, a propaganda dessas bebidas não é tão afetada pelas restrições. Segundo o coordenador do Centro Regional de Referência em Drogas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Frederico Duarte Garcia, estudos nacionais apontam o aumento do consumo de bebidas alcoólicas entre adolescentes de 15 a 18 anos, um dos alvos preferenciais da publicidade. Para Garcia, o consumo de álcool decorre de uma demanda forçada, e não espontânea. “Para arroz e feijão, não é preciso fazer tanta propaganda. As pessoas consomem e sabem que eles fazem bem”, disse. Segundo o coordenador, os efeitos são nefastos para a saúde dos jovens. O promotor de Justiça de São Bernardo do Campo (SP) Jairo Edward de Luca enfati- Sarah Torres Legislação federal sobre propaganda de bebidas recebeu críticas de participantes de audiência zou que restringir propaganda de bebida alcoólica é um mandamento constitucional. De acordo com ele, a Lei 9.294 teve como objetivo regulamentar a questão, mas, antes de ser aprovada, foi alterada sob pressão de fabricantes de cerveja. O promotor apresentou, na reunião, a campanha “Cerveja também é álcool”, uma iniciativa do Ministério Público de São Paulo, que busca mudar a lei federal. O objetivo, segundo ele, é reduzir de 13 para 0,5 grau o limite para restrição da propaganda. Durante a reunião, foi aprovado requerimento do deputado Antônio Jorge de adesão da comissão à campanha do Ministério Público de São Paulo. O presidente da comissão disse que a restrição do acesso e a revisão dos limites da propaganda são pilares para a diminuição do consumo de bebidas alcoólicas. “Existe o aumento expressivo do uso de álcool pelos jovens e isso ocorre cada vez mais cedo”, acrescentou. Antônio Jorge também criticou o fato de a propaganda atrelar o consumo de cerveja a práticas esportivas e à sexualidade, o que é proibido em relação às demais bebidas. Para o deputado Léo Portela (PR), o interesse econômico tem prevalecido. “Um lobby poderoso de empresas de bebidas alcoólicas fez com que a lei excluísse a cerveja”, declarou. A deputada Ione Pinheiro (DEM) também manifestou preocupação com o consumo de bebidas alcoólicas pelos jovens e enfatizou que deve haver uma campanha educativa nas escolas em relação a isso. Ela criticou a Lei 21.737, de 2015, que possibilita o consumo de álcool nos estádios de Minas Gerais até o fim do intervalo dos jogos de futebol. As restrições à propaganda de cerveja foram defendidas por outros convidados, como o presidente da Associação Médica de Minas Gerais, Lincoln Lopes Ferreira; o presidente da Associação Mineira de Psiquiatria, Maurício Leão; a secretária municipal de Políticas Sociais de Belo Horizonte, Luzia Ferreira; e o coordenador de Combate e Repressão ao Tráfico Ilícito de Entorpecentes do Ministério Público de Minas Gerais, promotor Jorge Tobias de Souza. Plano de Gastronomia pode ir a Plenário O Projeto de Lei (PL) 1.618/15, do deputado Agostinho Patrus Filho (PV), que dispõe sobre a Política Estadual de Desenvolvimento da Gastronomia, teve parecer de 2º turno aprovado, ontem, na Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo. O relator, deputado Roberto Andrade (PTN), opinou pela aprovação na forma do vencido. A matéria pode agora voltar para o Plenário, para votação definitiva. O projeto estabelece princípios e objetivos do Plano Estadual de Desenvolvi- mento da Gastronomia, voltado para a preservação das tradições gastronômicas e a participação social na formulação das políticas públicas para o setor. 18 de novembro de 2015 COMISSÕES quarta-feira – Assembleia Informa • 5 Prefeitura de Ouro Preto recebe críticas por gestão da saúde e situação de hospital Em audiência pública para discutir a situação da Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto (Região Central), ontem, deputados da Comissão de Saúde cobraram mais transparência e diálogo da prefeitura do município com entidades da sociedade civil. A secretária municipal de Saúde, Sandra Regina Guimarães, não compareceu à audiência pública e enviou carta justificando a ausência. A gestão municipal foi muito criticada pelos participantes da reunião, em especial no que se refere à Santa Casa, que está sob intervenção judicial. A intervenção foi determinada pela Justiça em 3 de junho deste ano, em decorrência de ação proposta pela prefeitura, após a Santa Casa ter interrompido o serviço de pronto atendimento. Com isso, a Irmandade de Sant’Ana, que sempre foi responsável pela gestão do hospital, foi substituída pela Fundação São Camilo. Para participantes da reunião, no entanto, a responsável pela má situação financeira da Santa Casa é a própria prefeitura. O diretor clínico e coordenador do Serviço de Neurologia da Santa Casa de Misericórdia, Leonardo Barreto, afirmou que a administração municipal deixou de repassar ao hospital, entre 2013 e 2015, R$ 1,2 milhão, relativo à contrapartida contratual de internações além do pactuado. Representantes da Federação das Associações de Moradores de Ouro Preto (Famop) apresentaram uma Guilherme Dardanhan Deputados manifestaram preocupação com dívida da Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto lista de questionamentos à prefeitura, com relação à gestão da saúde. Uma das principais críticas é quanto ao gasto considerado excessivo com transporte médico. Os dados apresentados por eles indicam que a empresa Minas Brasil recebeu R$ 3 milhões anuais para esse fim, ainda que a prefeitura tenha frota própria de ambulâncias. O diretor da Escola de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Márcio Galvão, afirmou que essa despesa excessiva com transporte médico é um problema recorrente na cidade. “Quando assumi a Secretaria de Saúde, em 2001, 45% do orçamento de saúde era comprometido com transporte. É uma máquina de trazer pacientes para Belo Horizonte”, afirmou. Ele disse que houve resistência, na época, quando reduziu o gasto. “Isso desagradou alguns políticos que queriam continuar trazendo pacientes para BH”, afirmou. Dívida – O presidente da Comissão de Saúde, deputado Arlen Santiago (PTB), afirmou que a dívida das Santas Casas em Minas Gerais já chega a R$ 20 bilhões. Ele cobrou mais apoio do Estado e da União a essas instituições. O deputado também criticou a ausência da prefeitura no debate e o gasto excessivo com transporte médico, mas leu a carta encaminhada pela secretária de Saúde, Sandra Guimarães. No documento, ela afirma que o atendimento de urgência e emergência foi restabelecido após a intervenção. A secretária acrescenta que está sendo realizada uma perícia para verificar a situação financeira da instituição. Os dois autores do requerimento de audiência, deputados Glaycon Franco (PTN) e João Alberto (PMDB), também criticaram a ausência da prefeitura. “Vários repasses deixaram de ser feitos da prefeitura para a Santa Casa”, afirmou João Alberto, atribuindo a isso a precarização dos serviços do hospital. O deputado Glaycon Franco afirmou que a crise da Santa Casa não se deve apenas à falta de financiamento, mas também à má gestão. Parecer sobre Sisema tem análise adiada O parecer de 1º turno da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável sobre o Projeto de Lei (PL) 2.946/15, do governador Fernando Pimentel, que trata do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema), foi distri- buído ontem em avulso. A proposição, que tramitava em regime de urgência, estava na pauta de reunião conjunta das Comissões de Meio Ambiente e de Administração Pública, convocada novamente para hoje e amanhã. O relator e presidente da comissão, deputado Cássio Soares (PSD), recomendou a aprovação do projeto na forma do substitutivo nº 2, que apresentou, com a rejeição do substitutivo nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O projeto faz alterações na estrutura do Sisema e dispõe sobre procedimentos relativos ao licenciamento ambiental. O substitutivo nº 2, entre outras coisas, define de maneira mais precisa as atribuições do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). 6 • quarta-feira – Assembleia Informa COMISSÕES 18 de novembro de 2015 Secretário informa que novo terminal do Move em Neves fica pronto em fevereiro Guilherme Bergamini Presidente da Comissão de Participação visitou obras do Move e conversou com moradores O secretário de Estado de Transporte e Obras Públicas, Murilo Valadares, anunciou que o novo terminal de passageiros do Move em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), será concluído em fevereiro de 2016. A informação foi dada à prefeita do município, Daniela Corrêa, e a representantes de moradores, ontem, durante visita da Comissão de Participação Popular às obras do terminal. A atividade atendeu a requerimento da presidente da comissão, deputada Marília Campos (PT). Segundo o secretário, a construção do novo terminal teve início em janeiro de 2014, foi paralisada em novembro do mesmo ano e retomada em julho de 2015, após audiência pública realizada na ALMG. “A obra, que está orçada em R$ 24 milhões, atenderá à demanda da cidade até 2045 e beneficiará 100 mil pessoas em sua capacidade máxima”, disse Murilo Valadares. Ele informou que 66% da obra foi executada. Uma das representantes dos moradores, Fátima Cezário, afirmou que a obra vai desafogar o transporte de passageiros da região, mas criticou a infraestrutura do terminal provisório que vem sendo utilizado. O terminal do Move a ser concluído em fevereiro resolve a situação de Justinópolis, mas o bairro Veneza e a região central de Ribeirão das Neves continuarão sem atendimen- to, segundo a prefeita Daniela Corrêa. Ela disse que os moradores das demais regiões ainda terão de fazer a baldeação em Justinópolis, o que atrasará a viagem para Belo Horizonte em até uma hora. “O Estado precisa construir mais dois terminais e melhorar a alimentação das linhas de ônibus”, reivindicou. Outra representante dos moradores, Nágela Ribeiro, também pediu uma nova estação que contemple a região central. O secretário Murilo Valadares comprometeu-se a realizar estudos de viabilidade, tanto da construção de novos terminais, quanto da melhoria da alimentação das linhas que atendem a cidade. Ao final, a deputada Marília Campos afirmou que é preciso celebrar o retorno das obras e a previsão de entrega completa do novo terminal em fevereiro. “Verificamos um avanço importante no atendimento a Ribeirão das Neves, mas devemos aprofundar os debates e avançar nas demais necessidades da população”, destacou. PLENÁRIO Governador pede retirada de tramitação de projeto sobre licenciamento ambiental O Plenário recebeu ontem, na Reunião Ordinária, a Mensagem 94/15, encaminhada pelo governador Fernando Pimentel e por meio da qual ele pede a retirada de tramitação do Projeto de Lei (PL) 2.352/15. De autoria do próprio governador, o projeto dispõe sobre a delegação de competência aos municípios mineiros para o licenciamento e a fiscalização ambientais das atividades e empreendimentos poluidores. Segundo a justificativa que acompanha a mensagem, o PL 2.352/15 deve deixar de tramitar por ter perdido seu objeto. O conteúdo da matéria, de acordo com Pimentel, foi incorporado pelo artigo 17 da Lei 21.735, de agosto de 2015. Essa lei é oriunda do PL 1.915/15, também do governador, que dispõe sobre a constituição de crédito estadual não tributário, fixa critérios para sua atualização, regula seu parcelamento, institui remissão e anistia e dá outras providências. Pollyanna Maliniak Pedido de retirada foi lido na Reunião Ordinária 18 de novembro de 2015 ORADORES quarta-feira – Assembleia Informa • 7 Barragens 1 O tema principal do pronunciamento do deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT) foi o rompimento de barragem da mineradora Samarco, no dia 5 de novembro, o qual devastou um subdistrito de Mariana e atingiu a bacia do Rio Doce, provocando mortes e destruição ambiental. Segundo o parlamentar, é pre- ciso aperfeiçoar a fiscalização das mineradoras que atuam no Estado, a fim de evitar a repetição de tragédias. Alencar da Silveira Jr. também manifestou preocupação com a reparação dos danos dos atingidos pelo rompimento da barragem. Ele lembrou o desabamento do Pavilhão de Exposições da Gameleira, em Belo Horizonte, há 44 anos, e disse que as vítimas ainda não foram indenizadas. “Isso vai acontecer com os moradores atingidos pelas barragens de Mariana: a empresa já está fazendo acordo com as vítimas”, denunciou. Em outro momento, o deputado defendeu a liberação do jogo no Brasil, assunto abordado em debate público na ALMG, na semana passada. Barragens 2 O deputado Antônio Carlos Arantes (PSDB) também abordou o tema do rompimento da barragem da Samarco, em Mariana. O parlamentar afirmou que faltam estrutura e recursos para fiscalização. Para ele, dificilmente o meio ambiente será recuperado na região atingida. Antônio Carlos Arantes também reclamou da segurança pública no Estado. Para ele, o Governo de Minas está com dificuldades nessa área. “O modelo atual está falido, os criminosos estão à vontade e matam à luz do dia”, disse. Arantes cobrou uma ação positiva das polícias. O deputado criticou, ainda, os aumentos de impostos e do preço da energia elétri- ca. Em aparte, o deputado João Leite (PSDB) afirmou que a base do governo está impedindo a atuação da Comissão de Segurança Pública, como se os problemas dessa área estivessem resolvidos. Em outro aparte, o deputado Inácio Franco (PV) manifestou preocupação com a segurança das propriedades rurais do Estado. Barragens 3 A poluição do Rio Doce, em virtude do rompimento da barragem da Samarco, foi abordada pela deputada Celise Laviola (PMDB). Ela disse que o rio está morto, pois está sem oxigênio. Também afirmou que a assistência básica está chegando, e o que mais a preocupa é como os ribeirinhos viverão no fu- turo. “A nossa preocupação é se será possível recuperar o rio e reviver nossa história”, disse. Ela criticou a Samarco por não ter enviado representante à reunião da Comissão Extraordinária das Barragens, em que se discutiu a tragédia. Celise Laviola parabenizou o Sistema Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Governador Valadares, por ter conseguido fazer o tratamento da água do rio e regularizar o abastecimento local. Ela acrescentou que a devastação ambiental causada pela lama dos rejeitos de minério é um problema de todo o Brasil, não somente do Estado. Em apartes, os deputados Professor Neivaldo (PT) e Fábio Cherem (PSD) pediram a punição dos responsáveis. Saúde O deputado Arnaldo Silva (PR) criticou o funcionamento do hospital municipal de Uberlândia. Segundo o parlamentar, foram fechados leitos no estabelecimento, que teria uma dívida de R$ 23 milhões. Arnaldo Silva acrescentou que a União estaria bancando 50% dos recursos para custeio, e o Estado, 25%. “Muitas Santas Casas não contam com esse financiamento e prestam serviço de melhor qualidade”, afirmou. O deputado também abordou o início dos trabalhos da Comissão Extraordinária das Barragens. Para ele, a mineração precisa ser tratada de forma ampla, “com a grandeza que o assunto merece”. O parlamentar lembrou vários problemas ambientais causados pelas mineradoras e reclamou que o assunto não vinha sendo debatido. Arnaldo Silva também parabenizou o deputado federal Odelmo Leão (PP-MG) pelo trabalho na Câmara dos Deputados, citando especificamente o projeto que permite cooperação entre União, estados e municípios na gestão de resíduos sólidos. ORDEM DO DIA Reunião Ordinária (14 horas) PL 361/15 Do deputado Inácio Franco. Institui a Semana Estadual de Prevenção do Câncer de Próstata. Discussão em turno único PL 265/15 Do deputado Inácio Franco. Proíbe a inauguração e a entrega de obras públicas incompletas. Discussão em 2º turno PL 919/15 Do deputado Paulo Guedes. Autoriza o Executivo a doar trecho de rodovia a Janaúba. Discussão em 2º turno PL 1.095/15 Do deputado Bráulio Braz. Autoriza o Executivo a fazer reverter imóvel a Dores do Indaiá. Discussão em 2º turno PL 1.606/15 Do deputado Durval Ângelo. Autoriza o Executivo a doar terreno a Visconde do Rio Branco. Discussão em 2º turno PL 1.618/15 Do deputado Agostinho Patrus Filho. Institui a Política Estadual de Desenvolvimento da Gastronomia. Discussão em 2º turno PL 1.628/15 Do deputado Duarte Bechir. Autoriza o Executivo a doar imóvel a São Sebastião da Bela Vista. Discussão em 2º turno 8 • quarta-feira – Assembleia Informa ACONTECE HOJE 9 horas • Comissão de Participação Popular (Teatro) – debater, com a presença de convidados, o funcionamento de barragem da Companhia Siderúrgica Nacional, em Congonhas. Requerimento: deputada Marília Campos • Comissão de Direitos Humanos (Auditório) – discutir e votar proposições da comissão • Comissão de Saúde (Plenarinho III) – ouvir o prefeito de Sete Lagoas sobre o programa Mexa-se – Hábitos de Vida Saudável. Requerimento: deputado Arlen Santiago • Visitas Orientadas (ALMG) – alunos do Colégio Rui Barbosa (unidade Pampulha), de Belo Horizonte 9h30 • Comissões de Administração Pública e de Meio Ambiente (Plenarinho I) – discutir e votar parecer sobre o PL 2.946/15 (1º turno), do governador, que dispõe sobre o Sistema Estadual do Meio Ambiente • Reunião preparatória do fórum técnico sobre o Plano Estadual de Cultura (Sala de Reuniões da GPI) 9h45 • Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária ampliada (Plenarinho IV) – discutir e votar parecer sobre o PL 3.005/15 (turno único), do governador Fernando Pimentel, que autoriza a abertura de crédito suplementar em favor de ALMG, TCE, TJMG e Ministério Público 10 horas • Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (Plenarinho IV) – discutir e votar proposições da comissão • Solenidade de instalação da Cipe Rio Doce (Salão Nobre) – discutir consequências do rompimento das barragens da Samarco, em Mariana • Comissão Extraordinária das Barragens (Auditório) – discutir e votar proposições da comissão 10h15 • Comissão de Educação (Plenarinho IV) – discutir e votar proposições que dispensam Plenário 10h30 • Comissão de Meio Ambiente (Plenarinho I) – discutir e votar proposições da comissão • Comissão de Constituição e Justiça (Plenarinho II) – discutir e votar pareceres sobre 25 proposições sujeitas ao Plenário, entre as quais o PL 2.999/15 (1º turno), da deputada Marília Campos, que cria a Área de Proteção Ambiental do Parque Fernão Dias 13 horas • Comissão Extraordinária das Barragens (Mariana) – visita ao Centro Pastoral da Arquidiocese para participar de mesa de conciliação entre Samarco, Governo do Estado, Ministério Público e desabrigados. Requerimento: deputado Rogério Correia 18 de novembro de 2015 14 horas • Reunião Ordinária (Plenário) 14h30 • Comissão do Trabalho (Plenarinho I) – discutir e votar proposições que dispensam Plenário • Comissão de Redação (Plenarinho II) – discutir e votar pareceres de redação final • Comissão de Segurança Pública (Plenarinho III) – fazer a entrega dos diplomas de manifestação de aplauso aos policiais civis lotados no Grupo de Combate a Organizações Criminosas, no 9º Departamento de Polícia Civil de Uberlândia e na 2ª Delegacia de Polícia Civil de Venda Nova. Requerimento: deputado Sargento Rodrigues 15 horas • Comissão de Política Agropecuária (Auditório) – debater, com a presença de convidados, a política estadual da apicultura. Requerimento: deputado Fabiano Tolentino • Comissão de Saúde (Plenarinho IV) – debater, com a presença de convidados, o apoio do Estado à formação de consórcios intermunicipais de saúde. Requerimento: deputados Arlen Santiago, Glaycon Franco, Ricardo Faria, Doutor Jean Freire, Carlos Pimenta, Antônio Jorge, Dalmo Ribeiro Silva e Ulysses Gomes 15h30 • Comissão de Educação (Plenarinho I) – promover a integração do Fórum Estadual de Educação com a comissão organizadora do Fórum Técnico do Plano Estadual de Educação. Requerimento: deputado Paulo Lamac 16 horas • Comissão de Cultura (Teatro) – debater, com a presença de convidados, a importância do Dia do Barroco. Requerimento: deputado Bosco • Comissão Extraordinária do Idoso (Plenarinho II) – discutir e votar proposições da comissão • Comissão Extraordinária das Barragens (Plenarinho III) – discutir e votar proposições da comissão • Comissão de Participação Popular (Plenarinho III) – discutir e votar proposições que dispensam Plenário 17 horas • Comissões de Administração Pública e de Meio Ambiente (Plenarinho II) – mesma pauta da reunião das 9h30 19 horas • Comissão de Educação (Belo Horizonte) – visita à Escola Estadual Ordem e Progresso, no bairro Nova Gameleira, para verificar a infraestrutura do local. Requerimento: deputados Sargento Rodrigues, Paulo Lamac e Douglas Melo • Posse da Academia de Letras da 1ª Região de Minas Gerais (Teatro) – cessão de espaço TV ASSEMBLEIA 0h 1h 1h30 2h 2h30 4h05 6h 6h30 7h30 8h 8h30 9h 12h Plenário (continuação) Panorama – Conferência da RMBH Assembleia Notícia Estado de Direito – Programa da Associação Mineira do Ministério Público Comissão do Meio Ambiente 14/10 – Situação do Parque Fernão Dias Formação política para educadores – Letramento e letramento político, com Rildo Cosson TV Escola: Mobilidade Urbana – Teleaula 3 (Transporte público) Horário da Câmara Municipal de Belo Horizonte/Interior: Zás/Parlamento Brasil Brasil Eleitor Mundo Político Panorama (inédito) – Pedofilia Assembleia Notícia – Comissões (ao vivo) Memória e Poder – Filósofo e educador Carlos Jamil Cury 13h Mundo Político 13h30 TV Escola: Mobilidade Urbana – Teleaula 3 (Transporte público) 13h45 Assembleia Notícia (ao vivo) 14h Plenário (ao vivo) – Reunião Ordinária, com os pronunciamentos, discussão e votação de proposições 18h Horário da Câmara Municipal de Belo Horizonte/Interior: Zás/Parlamento Brasil 19h Assembleia Notícia (ao vivo) 19h30 Panorama – Pedofilia 20h Comissão Especial de Indicação para Diretor-Geral da Arsae 4/10 – Arguição de Gustavo Gorgozinho 21h Assembleia Debate – Prevenção às drogas 22h Assembleia Notícia 22h30 Mundo Político (inédito) – Entrevistas, comentários e notas sobre a movimentação política no País 23h Plenário (reprise) * programação sujeita a alterações Correção: diferentemente do que informa matéria da página 4 da edição de ontem, a Proposta de Ação Legislativa (PLE) 1/15, analisada pela Comissão de Participação Popular, não é oriunda da revisão do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG). MESA DA ASSEMBLEIA Deputado Braulio Braz 3º-vice-presidente Deputado Adalclever Lopes Deputado Ulysses Gomes Presidente 1º-secretário Deputado Hely Tarqüínio Deputado Alencar da Silveira Jr. 1º-vice-presidente 2º-secretário Deputado Lafayette de Andrada Deputado Doutor Wilson Batista 2º-vice-presidente 3º-secretário SECRETARIA Cristiano Felix dos Santos Diretor-geral Carlos Navarro Secretário-geral da Mesa ASSEMBLEIA INFORMA Editado pela Diretoria de Comunicação Institucional da ALMG Diretor: Rodrigo Lucena Gerente-geral de Imprensa e Divulgação: Cristiane Pereira Edição: Ricardo Bandeira (editor-geral) Revisão: Leonardo Mordente Diagramação: Mylène Marques End.: R. Martim de Carvalho, 94 – 7º andar – BH – CEP: 30190-090 Tel.: (31) 2108-7715 Impresso pela Gerência-Geral de Suporte Logístico (ramal 7763) www.almg.gov.br