Eduardo Antônio Ribas Amaral Engº Agrônomo – FFA / MAPA Coordenador da CPOrg / SC ORGÂNICOS = MUITO MAIS DO QUE SEM AGROTÓXICOS Produtos isentos de contaminantes proteção do meio ambiente = manutenção e aumento da diversidade, uso sustentável do solo e da água respeita o trabalhador respeita os animais criados busca utilizar o mínimo de insumos externos não utilização de transgênicos POR QUE “ORGÂNICO” ? Organização Internacional dos Movimentos da Agricultura Orgânica = decisão por adotar o termo “orgânico” Europa = manteve a denominação produtos “biológicos” ou “BIO” Outros países = “orgânico” Legislação brasileira = “orgânico” LEGISLAÇÃO BRASILEIRA Lei 10.831 de 2003 Decreto 6.323 de 2006 Instruções Normativas Comissões da Produção Orgânica = IN 54 de 2008 Mecanismos de Garantia da Qualidade Orgânica Produção Vegetal e Animal Processamento Boas práticas de fabricação Extrativismo COMISSÕES DA PRODUÇÃO ORGÂNICA NAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO - CPOrg/UF Criadas a partir do ano de 2004 Presentes em 20 Unidades da Federação Criadas atravé através de portarias das Superintendências do MAPA nas Unidades da Federaç Federação e coordenadas por servidores do Ministé Ministério Regulamentadas com a ediç edição da Instruç Instrução Normativa nº 54/2008 ATRIBUIÇÕES DAS CPOrgs Assessorar o Sistema Brasileiro da Conformidade Orgânica; Emitir pareceres sobre pedidos de credenciamento de Organismos de Avaliação da Conformidade Orgânica (certificadoras , associações de certificação participativa); Emitir pareceres e propor regulamentos que tenham por finalidade o aperfeiçoamento da produção orgânica; Articular e fomentar a criação de fóruns setoriais e territoriais relacionados com a produção orgânica MECANISMOS DE GARANTIA E INFORMAÇÃO DA QUALIDADE ORGÂNICA PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE SISTEMA BRASILEIRO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE ORGÂNICA UNIDADE DE PRODUÇÃO ORGÂNICA ORGANISMO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE (CERTIFICADORA) ACREDITAÇÃO (INMETRO) CPOrg-UF CREDENCIAMENTO (MAPA) COAGRE COMPOSIÇÃO DAS CPOrg/UF Entidades Governamentais Secretaria da Educação Secretaria da Saúde / VISA Secretaria do Meio Ambiente / Órgão Ambiental Estadual Empresa de Extensão Rural Agência Estadual de Defesa Agropecuária Universidade Estadual Universidade Federal INCRA ANVISA IBAMA MDA MAPA EMBRAPA CONAB Banco do Brasil Banco Estadual SEBRAE INMETRO COMPOSIÇÃO DAS CPOrg/UF Entidades Não Governamentais Associações de Produtores Associações de Proteção Ambiental Federação dos Trabalhadores na Agricultura Federação de Apicultores Produtores individuais Empresários Orgânicos Certificadoras Cooperativas de produtores Entidades de defesa do consumidor Centros de apoio aos produtores rurais Institutos de pesquisa e difusão tecnológica PROCON COMISSÕES DA PRODUÇÃO ORGÂNICA NAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO - CPOrg/UF ACRE: Maria do Carmo Barboza (68) 3212-1326 [email protected] BAHIA : Vanuza Damiana Paiva (71) 3320-7432 [email protected] ESPÍRITO SANTO: Antônio Alfredo Guzella (27) 3137-2740 [email protected] GOIÁS: José Batista Neto (62) 3221 - 7305 [email protected] MARANHÃO : Altamiro Souza de Lima Ferraz Jr (98) 2106-1965 [email protected] MINAS GERAIS : Miriam Ester Soares (31) 3250-0439 [email protected] COMISSÕES DA PRODUÇÃO ORGÂNICA NAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO - CPOrg/UF MATO GROSSO DO SUL: Fabio Akio Mizota (67)3316-7100 [email protected] MATO GROSSO: José Silvino Moreira Filho (65) 3685-1911 [email protected] PARÁ: Martha Parry (91) 3214-8653 [email protected] PARAÍBA: Adriana Araújo Costa Truta (83) 3246-1235 [email protected] PERNAMBUCO: Vladimir Oliveira da Silva Guimarães (81)3236-8500 [email protected] PIAUÍ: Aline Soares Nunes (86) 3222-4545 [email protected] COMISSÕES DA PRODUÇÃO ORGÂNICA NAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO - CPOrg/UF RIO DE JANEIRO: Ailena Sudo Salgado (21) 2253-1519 [email protected] RONDÔNIA: Maria Gleide Araújo (69) 3901-5610 RORAIMA: Anastácio Levimar Pinho (95) 3623-3132 RIO GRANDE DO SUL: Angela Pernas Escosteguy (51) 32849623 [email protected] SÃO PAULO: Marcelo S. Laurino (19)3432-4361 [email protected] SANTA CATARINA: Eduardo Antônio Ribas Amaral (48)32619967 [email protected] SERGIPE: Max Leal de Oliveira (79) 3712-8035 [email protected] AÇÕES DAS CPOrgs Semana do Alimento Orgânico AÇÕES DAS CPOrgs Semana do Alimento Orgânico AÇÕES DAS CPOrgs Apoio a realização de feiras e exposições AÇÕES DAS CPOrgs Reuniões voltados ao planejamento do setor AÇÕES DAS CPOrgs Encontros para debater a cadeia produtiva AÇÕES DAS CPOrgs Bancos Comunitários de Sementes de Adubos Verdes Muito obrigado !! [email protected] (48) 3261-9967 - SFA/SC Coordenação de Agroecologia [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] (61) 3218-2318 REFERÊNCIA LEGAL Instrução Normativa Nº 07, de maio de 1999 Foi o 1º regulamento brasileiro; Estabelece os regulamentos técnicos de produção orgânica; Em vigor até a publicação da regulamentação. Lei 10.831, de 23 de dezembro de 2003 Principal marco legal da agricultura orgânica; Processo coletivo de construção; Certificação facultativa para a venda direta; Reconhecimento de todos os tipos de certificação existentes. DECRETO 6.323 de 2007 • Venda direta sem certificação; • O uso da marca do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica será permitido a partir do décimo terceiro mês. • Os insumos aprovados para uso na agricultura orgânica deverão ter seu registro priorizado e simplificado; • Prazo de dois anos para adequação às normas. REGULAMENTAÇÃO DA LEI 10.831 Processo aprovado e acompanhado pela Câmara Setorial de Agricultura Orgânica - CSAO Elaboração dos textos - Decreto e 8 Instruções Normativas Processo de construção participativa envolvendo mais de 120 representantes de diferentes setores, em 48 reuniões de grupos de trabalho CERTIFICAÇÃO Procedimento de verificação e confirmação de que os produtos foram produzidos, processados e comercializados de acordo com padrões estabelecidos (regulamentos técnicos e normas orgânicas) MECANISMOS DE GARANTIA E INFORMAÇÃO DA QUALIDADE ORGÂNICA Mecanismos de organização com controle social • Sem certificação (venda direta) PRODUTOR CONSUMIDOR • Sistema participativo conformidade de avaliação da PRODUTOR REDE (SELO) CONSUMIDOR Certificação por auditoria PRODUTOR CERTIFICADORA (SELO) CONSUMIDOR QUALIDADE ORGÂNICA COM CONTROLE SOCIAL EM VENDA DIRETA SEM CERTIFICAÇÃO Exclusiva para produtor familiar ligado a órgão de controle social (associação, cooperativa,etc) fiscalizado pelo MAPA ou por entidade pública conveniada Livre acesso do consumidor à propriedade A Certificação é facultativa Comercialização direta ao consumidor MECANISMOS DE GARANTIA E INFORMAÇÃO DA QUALIDADE ORGÂNICA PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE VENDA DIRETA SEM CERTIFICAÇÃO MAPA FISCALIZAÇÃO ÓRGÃO FISCALIZADOR (Federal ou Estadual) cadastro PROCESSO PRÓPRIO DE ORGANIZAÇÃO COM CONTROLE SOCIAL PRODUTOR FAMILIAR COMÉRCIO EM VENDA DIRETA SISTEMAS PARTICIPATIVOS Produtor familiar ligado a uma organização, com mecanismo de controle social, credenciada pelo MAPA Garantia de Qualidade Orgânica é de responsabilidade coletiva Livre acesso do consumidor à propriedade Sistema decisório democrático de inclusão de membros e definição de prioridades MECANISMOS DE GARANTIA E INFORMAÇÃO DA QUALIDADE ORGÂNICA SISTEMAS PARTICIPATIVOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE ORGÂNICA MAPA FISCALIZAÇÃO ÓRGÃO FISCALIZADOR (Federal ou Estadual) cadastro REDE DE CERTIFICAÇÃO PARTICIPATIVA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES PRODUTOR FAMILIAR MECANISMOS DE GARANTIA E INFORMAÇÃO DA QUALIDADE ORGÂNICA CERTIFICAÇÃO POR AUDITORIA Tem como base a inspeção executada por um organismo de terceira parte A garantia da conformidade é dada por entidade certificadora acreditada junto ao INMETRO e credenciada pelo MAPA Atestam que os produtos foram produzidos, processados e comercializados de acordo com as normas orgânicas Utilizam selos como forma de identificação dos produtos certificados como orgânicos MECANISMOS DE GARANTIA E INFORMAÇÃO DA QUALIDADE ORGÂNICA PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE SISTEMA BRASILEIRO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE ORGÂNICA UNIDADE DE PRODUÇÃO ORGÂNICA ORGANISMO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE (CERTIFICADORA) ACREDITAÇÃO (INMETRO) CPOrg-UF CREDENCIAMENTO (MAPA) COAGRE MECANISMOS DE GARANTIA E INFORMAÇÃO DA QUALIDADE ORGÂNICA CERTIFICAÇÃO POR AUDITORIA MAPA FISCALIZAÇÃO ÓRGÃO FISCALIZADOR (Federal ou Estadual) cadastro CERTIFICADORA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES PRODUTOR MECANISMOS DE GARANTIA E INFORMAÇÃO DA QUALIDADE ORGÂNICA TIPOS ATUAÇÃO NO MERCADO GRUPOS DE PRODUTORES FACULTATIVA LOCAL REGIONAL NACIONAL EXTERNO PARTICIPATIVA POR AUDITORIA SELOS DE CERTIFICADORAS NACIONAIS IBD 1982 COOLMÉIA 1978 AAO 1989 ANC 1992 CMO 2000 APAN 1990 ABIO 1985 AORGÂNICA 1999 SELOS DE CERTIFICADORAS NACIONAIS CHÃO VIVO SAPUCAÍ ECOVIDA 1998 MINAS ORGÂNICA TECPAR CERT SELOS INTERNACIONAIS ECOCERT FVO BCS OIA IMO PRODUÇÃO ORGÂNICA ANIMAL E VEGETAL REQUISITOS GERAIS DOS SISTEMAS ORGÂNICOS DE PRODUÇÃO Período de conversão culturas anuais 12 meses culturas perenes 18 meses pastagens perenes 12 meses ou pousio carne e derivados ovinos, caprinos, suínos, aves, coelhos e outros pelo menos ¾ (três quartos) do período de vida em sistema de manejo orgânico, ou ⅔ (dois terços) no caso de bovinos, bubalinos e eqüinos leite e derivados pelo menos 120 dias ovos pelo menos 75 dias produção apícola pelo menos 120 dias Plano de manejo orgânico Características básicas dos sistemas ambientais, econômicas e sociais Registros PRODUÇÃO ORGÂNICA ANIMAL E VEGETAL Conversão parcial e Produção paralela culturas anuais e na implantação de culturas perenes deverão ser utilizadas espécies diferentes ou variedades que apresentem diferenças visuais em áreas distintas e demarcadas; culturas perenes preexistentes de mesma espécie ou de variedades sem diferenças visuais em áreas distintas e demarcadas, e no máximo por cinco anos. A partir deste período só será permitida a conversão parcial ou produção paralela com o uso de espécies diferentes ou variedades com diferenças visuais em áreas distintas e demarcadas criações de animais de mesma espécie nas unidades de produção com conversão parcial ou produção paralela serão permitidas apenas em áreas distintas e demarcadas. PRODUÇÃO ORGÂNICA ANIMAL E VEGETAL REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE SISTEMAS ORGÂNICOS DE PRODUÇÃO ANIMAL Sistemas e práticas de manejo orgânico Permitido corte dos dentes, castração, mochamento e marcações Iluminação artificial 8 horas de escuro por dia Permitida inseminação artificial Nutrição Permitido alimentos convencionais na proporção da ingestão diária de até 15% para ruminantes e 20% para não ruminantes Proibido compostos nitrogenados não protéicos e N sintético Na impossibilidade do aleitamento natural, será permitido alimentação artificial preferencialmente com leite da mesma espécie animal PRODUÇÃO ORGÂNICA ANIMAL E VEGETAL LISTAS DE INSUMOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO ANIMAL E VEGETAL Sanitização de instalações e equipamentos, prevenção e tratamento de enfermidades nos animais, alimentação animal, manejo animal e desinfecção, higienização e controle de pragas das colméias, fertilizantes, condicionadores e corretivos de solos, substâncias e métodos de controle de pragas. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO E ALTERAÇÃO DE LISTAS DE SUBSTÂNCIAS PROCESSAMENTO DE PRODUTOS ORGÂNICOS Obrigatório BPF e do Sistema APPCC Plano de rastreabilidade de ingredientes, matériasprimas, embalagens e do produto final. Permitida unidade processadora de produtos orgânicos e convencionais, desde que o processamento dos produtos orgânicos seja realizado de forma totalmente isolada dos produtos convencionais no espaço ou no tempo. PROCESSAMENTO DE PRODUTOS ORGÂNICOS Em caso de indisponibilidade de ingredientes obtidos em sistemas orgânicos de produção, poderá ser utilizada matéria-prima de origem não orgânica em quantidade não superior a 5% em peso. Não será permitida a utilização do mesmo ingrediente de origem orgânica e não orgânica. HISTÓRICO Modernização e intensificação da agricultura = séc. XVIII (1708) – primeira máquina de semear puxada a cavalo Revolução Industrial Revolução Verde Grande aumento na produtividade Contaminação ambiental Resíduos de pesticidas no leite materno Conferências sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Agricultura = maior fonte de poluição Necessidade de uma nova agricultura HISTÓRICO Europa = a partir da década de 1970, busca por alternativas 1980 = selos verdes na indústria e agricultura 1990 = regulamentação dos produtos biológicos na comunidade européia / surge a ISO 14.000 na área industrial Estados Unidos = a partir de 1970 - maior preocupação ambiental CORRENTES DA AGRICULTURA ALTERNATIVA Agricultura Biodinâmica (1924) Agricultura Orgânica (1932) Agricultura Biológica (década de 1950) Agricultura Natural (década de 1970) Permacultura (década de 1970) Agroecologia (década de 1980)