CINEMÁTICA – C0NCEITOS PREFIXOS DE GRANDEZAS MATEMÁTICAS Diminutivos Nome: Símbolo: Valor: Deci d 10-1 Centi c 10-2 Mili m 10-3 Micro µ 10-6 Nano n 10-9 Aumentativos Nome: Símbolo: Deca da Hecto H Quilo k Mega M Giga G Valor: 101 102 103 106 109 UNIDADE DAS GRANDEZAS DE MECÂNICA NO S.I. (Sistema Internacional) Referência: Nome: Símbolo: Comprimento Metro m Massa Quilograma kg Tempo Segundo s NOTAÇÃO CIENTÍFICA Para se escrever um numero N em notação cientifica este deve estar num intervalo tal que: 1 ≤ N < 10 e estar acompanhado de uma potência de dez. Exemplos: 75 → 7,5 . 101 910 → 9,10 .102 10 → 1,0 . 101 CINEMÁTICA – C0NCEITOS Grandezas Escalares Grandezas físicas perfeitamente definidas quando são especificados o seu módulo e sua unidade de medida. Temos, como exemplo, massa, tempo e distância. Seguem as operações algébricas usuais. Grandezas Vetoriais Grandezas das quais você precisa especificar, além do módulo e unidade de medida, a direção e o sentido. O módulo do vetor é dado pelo comprimento do segmento em uma escala adequada (d = 5 cm). A direção do vetor é dada pela reta suporte do segmento (30o com a horizontal). O sentido do vetor é dado pela seta colocada na extremidade do segmento. Como exemplo, podemos citar velocidade, aceleração, deslocamento e força. Possuem um padrão operacional diferente dos escalares, as operações vetoriais. Dentre elas, as mais importantes no momento são: Adição CINEMÁTICA – C0NCEITOS Decomposição Para determinar as componentes do vetor, adota-se um sistema de eixos cartesianos. As componentes do vetor d, segundo as direções x e y, são as projeções ortogonais do vetor nas duas direções. dx: componente do vetor d na direção x dy: componente do vetor d na direção y Os dois vetores componentes atuando nas direções x e y podem substituir o vetor d, produzindo o mesmo efeito. CINEMÁTICA – C0NCEITOS SISTEMA REFERENCIAL: Movimento e repouso: Movimento e repouso são conceitos relativos, pois dependem do referencial adotado. Um sistema referencial bem definido, com uma, duas ou três dimensões, é importante não apenas para se observar o movimento ou repouso de um corpo, mas principalmente para orientar e organizar as grandezas envolvidas. As grandezas são positivas quando apontam no sentido crescente do eixo referencial e negativas quando apontam no sentido oposto. Assim, temos movimento: Progressivo: v > 0 Retrógrado: v < 0 Acelerado: | v | aumenta Retardado: | v | diminui Trajetória: é o lugar geométrico das posições ocupadas pelo ponto no decorrer do tempo. A trajetória pode ser retilínea ou curvilínea, dependendo do referencial considerado. Posição ou Espaço (S): grandeza que define a posição de um ponto material sobre sua trajetória. A medida do espaço é realizada a partir da origem dos espaços. A origem do espaço é a origem do sistema de coordenadas (cartesiana), local ao qual se atribui o valor S = 0. Quando um ponto material, em um intervalo de tempo, muda sua posição, relativamente a um referencial, ocorre uma variação de espaço ou um deslocamento. A medida da variação de posição é, portanto, a diferença entre a posição final e a posição inicial d = ∆S = S – S0. CINEMÁTICA – C0NCEITOS Velocidade escalar média: é a variação de posição que o ponto material realiza em um intervalo de tempo definido. Vm = d/t, onde: d: variação de espaço t: intervalo de tempo Aceleração média: é a relação entre uma variação de velocidade (∆V) e o intervalo de tempo (t) no qual ocorreu esta variação. amédia = ∆V/t onde: ∆V: variação de velocidade t: intervalo de tempo CINEMÁTICA – MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME (M.R.U.) O movimento é retilíneo uniforme quando o móvel percorre uma trajetória retilínea e apresenta vetor velocidade constante. Como a velocidade é constante em qualquer instante ou intervalo de tempo no movimento uniforme, a velocidade escalar média é igual à instantânea: V = Vinst = Vmédia = d/t Podemos então deduzir as seguintes equações: d=v.t S = S0 + v . t CINEMÁTICA –MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO (M.R.U.V.) O movimento é retilíneo uniformemente variado quando o móvel percorre uma trajetória retilínea e apresenta módulo da velocidade variável, porém com aceleração constante. O movimento pode ser: M.R.U.Acelerado: | v | aumenta. Distâncias percorridas aumentam com o tempo. M.R.U.Retardado: | v | diminui. Distâncias percorridas diminuem com o tempo. Podemos deduzir as seguintes equações: V = V0 + a t d = V0 . t + a/2. t2 V2 = V0 2 + 2 . a . d CINEMÁTICA – GRÁFICOS M.U. E M.U.V CINEMÁTICA – QUEDA LIVRE O movimento de queda livre é o movimento vertical descrito por objetos em situação de atrito desprezível. A massa não interfere no movimento de queda. Como os objetos caem com a mesma aceleração (constante), podemos analisar esse movimento como um M.R.U.V.: Lançamento Vertical: Etapa de subida do objeto. M.R.U. Retardado. Queda Livre: Etapa de queda do objeto. M.R.U. Acelerado. Na Terra, adotaremos (salvo se dito o contrário): g = 10 m/s2 Esse tipo de movimento apresenta as seguintes propriedades: A velocidade do corpo no ponto mais alto da trajetória (altura máxima) é zero, instantâneamente. O tempo gasto na subida é igual ao na descida (desde que ele saia de um ponto e retorne ao mesmo ponto). A velocidade, num dado ponto da trajetória, tem os mesmos valores, em módulo, na subida e na descida. CINEMÁTICA – LANÇAMENTOS HORIZONTAL E OBLÍQUO São movimentos descritos por objetos lançados horizontalmente (L.H.) acima do solo, ou obliquamente (L.O.) em relação à superfície terrestre. O objeto descreverá uma trajetória que pode ser interpretada como resultante de dois movimentos independentes, a saber: Um movimento retilíneo e uniforme (M.R.U.), de velocidade Vo, que se desenvolve por inércia, na direção do eixo X. Um movimento retilíneo uniformemente variado (M.R.U.V.), devido à aceleração da gravidade, na direção do eixo Y. Logo, interpretamos esses lançamentos como combinações simultâneas desses dois movimentos, dos quais já sabemos as equações. CINEMÁTICA – MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME (M.C.U.) Um móvel está em movimento circular uniforme quando a sua trajetória é circular e o módulo de sua velocidade permanece constante. Principais características: • trajetória circular • velocidade vetorial constante em módulo e variável na direção e sentido • velocidade escalar constante • o móvel percorre distâncias iguais em tempos iguais • aceleração tangencial nula (não altera o módulo da velocidade) • aceleração centrípeta diferente de zero (altera a direção do movimento) O movimento circular uniforme é um movimento periódico porque é um movimento que se repete em intervalos de tempos iguais. Logo, podemos definir: Período ( T ): É o intervalo de tempo que o móvel gasta para realizar uma volta completa na circunferência. No Sistema Internacional a unidade de período é: Segundo ( s ). Freqüência (f) : É o número de voltas (n) que o móvel realiza na unidade de tempo. No Sistema Internacional a unidade de frequência é : 1/segundo ou rotações / segundo (rps). Esta unidade recebeu o nome de hertz e se abrevia por hz. CINEMÁTICA – M.C.U. Quando uma partícula descreve um movimento circular podemos determinar a rapidez com que ela se move de duas maneiras diferentes: · considerando a variação de posição medida sobre a trajetória (velocidade tangencial). · considerando a variação de ângulo que a partícula descreve em relação ao centro da circunferência (velocidade angular). Velocidade tangencial (escalar, linear) vT : É a razão entre a variação de posição ( arco percorrido , distância percorrida ) e o intervalo de tempo em que esta variação ocorreu. Como o movimento é uniforme , a partícula percorre distâncias iguais em tempos iguais , então a velocidade escalar é constante. Aplicando a equação de M.U. para uma volta completa na circunferência fica: A unidade de velocidade angular no Sistema Internacional é: m / s. Velocidade angular (w): É a razão entre o ângulo descrito em relação ao centro da circunferência e o intervalo de tempo gasto em descrevê-lo. Como o movimento é uniforme a partícula descreve ângulos iguais em tempos iguais, então a velocidade angular w é constante. Aplicando a definição para uma volta completa na circunferência fica: A unidade de velocidade angular no Sistema Internacional é: rad / s. “2π” é o ângulo em radianos correspondente a uma volta completa ( equivalente a 360º ) CINEMÁTICA – M.C.U. Relação entre a velocidade escalar e a velocidade angular: Vimos que: e . Logo: Aceleração Centrípeta (ac): No movimento circular uniforme, o vetor velocidade é constante em módulo mas é variável em direção a cada ponto da trajetória. Lógicamente, não existe aceleração tangencial , mas há aceleração centrípeta que tem por função variar a direção da velocidade, mantendo o móvel sobre a circunferência, produzindo o movimento circular. Em cada posição do móvel o vetor é perpendicular ao vetor e dirigido para o centro da circunferência. O módulo da aceleração centrípeta é constante e dado por: Onde “ v” é a velocidade escalar e “ R” é o raio da circunferência.