SÍNTESE DA DIBENZALACETONA VIA METODOLOGIAS EMPREGADAS EM AULAS DE UNIVERSIDADES NACIONAIS E DISPONIBILIZADAS NA INTERNET. AVALIAÇÃO DO FATOR DE PROTEÇÃO SOLAR IN VITRO Aluno: MARCOS VINÍCIUS MOTA MACHADO Colaboradores: LUCIANO FREITAS DO NASCIMENTO E RONALDO GUILHERME GOMES DA SILVA NETO Orientador: WHEI OH LIN Curso / Instituição de Ensino Superior: QUÍMICA - UNIGRANRIO Introdução O acelerado crescimento da ciência e tecnologia nos últimos anos vem sendo acompanhado pelo grande aumento de informações científicas disponíveis na internet. Santos e colaboradores ressaltam a importância da internet como fonte de informação bibliográfica em Química [1]. A reação de formação da dibenzalacetona (1,5-difenil-(E,E)-1,4-pentadien3-ona) através da condensação aldólica é um experimento de fácil aplicação e de grande contextualização, pois emprega inicialmente benzaldeído e acetona, ambos líquidos a temperatura ambiente, e fornece um produto sólido, facilmente cristalizado. Esse experimento está presente nas aulas práticas das disciplinas de Química Orgânica Experimental em diversos cursos de graduação, tais como Química e Farmácia. Todavia, apesar de apresentar certa simplicidade, esta prática é precursora no desenvolvimento de pesquisas mais avançadas e multidisciplinares, como no caso do trabalho de Murtinho e colaboradores que integra Química Orgânica, Química de Polímeros e Fotoquímica [2]. Objetivos Sintetizar a dibenzalacetona empregando métodos disponíveis na internet e utilizados em aulas experimentais de universidades nacionais, bem como a avaliação do FPS in vitro. Material e Métodos Pesquisa bibliográfica dos métodos de preparo da dibenzalacetona disponíveis na internet em sítios de universidades brasileiras; triagem para eliminar os métodos repetidos e similares, síntese e a avaliação do FPS in vitro [3] empregando a benzofenona como referência, haja vista que estas substâncias absorvem radiação na faixa do ultravioleta (200-400 nm) e que tais raios (UV) são os grandes responsáveis por inúmeros problemas de pele, como o câncer de pele, por exemplo [4]. O levantamento bibliográfico forneceu 21 experimentos de diferentes universidades nacionais, dentre os quais 14 foram selecionados por possuírem diferenças relevantes, tais como quantidades de reagentes, aquecimento, solventes e purificações. Resultados Os produtos obtidos pela reprodução fiel de cada método foram confirmados através do pf, CCD e CG, bem como pelos métodos espectroscópicos de FT-IR e UV. O método selecionado foi o da USP, por empregar menor quantidade de reagentes e apresentar um procedimento de fácil execução, além de fornecer o melhor rendimento de produto puro (86%). Além disso, 6 métodos apresentam impurezas nos produtos finais e 4 métodos forneceram rendimentos muito baixos (5-18%). Os espectros de UV mostraram uma absorbância máxima (λmáx) em 252 e 317 nm para a benzofenona e dibenzalacetona, respectivamente. Contudo, os ensaios de FPS in vitro, a 2μM em diclorometano, apontam uma fotoproteção UVB (290-320 nm) superior da dibenzalacetona (5,61) frente a benzofenona (0,15). Conclusões Este trabalho teve um contexto tecnológicoacadêmico interdisciplinar mostrando uma maior fotoproteção da dibenzalacetona frente ao filtro solar comercial. Referências Bibliográficas [1] Santos, A. R.; Firme, C. L.; Barros, J. C. Química Nova. v. 31(2), p. 445-451, 2008. [2] Murtinho, D. M. B.; Serra, M. E. S.; Pineiro, M. Química Nova. v. 33(8), p. 1805-1808, 2010. [3] Mansur, J. S.; Breder, M. N. R.; Mansur, M. C. A.; Azulay, R. D. Anais Brasileiro de Dermatologia. v. 61(3), p. 121-124, 1986. [4] World Health Organization, disponível em: http://www.who.int/, acesso em: 2013. Bolsa de Iniciação Científica (IC): O resumo deverá conter obrigatoriamente apenas 1(uma) página. PROPEP 2013