distribuição de seguros por Manuel Matos* Cresceremos ainda mais com diálogo e união de forças Temos o privilégio de atuar em um mercado pujante que sempre oferece novas oportunidades a todos nós. O setor de seguros tem alcançado novos brasileiros que, com a situação mais estável do País, descobriram a importância de apólices que garantem a proteção de bens que foram recentemente adquiridos e de planejar o futuro. De acordo com a Susep, o faturamento do setor ultrapassou R$ 88, 7 milhões no primeiro semestre de 2013, o que representa 19,2% a mais que no mesmo período no ano passado. A participação dos seguros no PIB está em 5,7%, e o índice está em ascensão – o setor ganha um ponto percentual por ano desde 2007. Também historicamente, o mercado de seguros brasileiro tem crescido cerca de 3% ao ano, em média, acima do PIB. No Brasil, nos últimos anos, houve o surgimento de novos canais de distribuição dos produtos das seguradoras: assessorias, lojas de varejo para produtos massificados, redes por afinidades, venda direta por call center e, com destaque, a utilização da Internet. O canal de vendas de seguros mais importante do mercado continua a ser o de corretores independentes, com uma representação estimada de 80% a 85% da receita desse setor. Os corretores precisam caminhar unidos para conseguir força e voz para reivindicar o melhor para a atividade. As lideranças dos corretores de seguros, presentes nas diversas entidades representativas, precisam trabalhar de forma colaborativa, em prol do desenvolvimento deste importante setor para a economia brasileira. Temos muitos competentes corretores, devemos nos unir para novas ideias e conhecimentos, pois a democracia, gestão participativa e, consequentemente, renovação do poder, é fundamental para a evolução do setor. Sou defensor das redes de relacionamento e do diálogo, a favor do debate de ideias e liberdade de expressão, principalmente por acreditar que são necessárias inovações para viabilizar o futuro do corretor de seguros. Se pudermos trabalhar alinhados e fortalecidos, teremos aproximação com o poder público, autoridades municipais e em especial com o legislativo, para fomentar a receptividade das demandas que atendam interesses dos corretores e do mercado. O mercado vem crescendo e é o momento de um entendimento, um acordo de todas as forças. Vamos trabalhar num movimento de coalisão para enfrentarmos os riscos comuns a corretores e seguradores. Nosso mercado precisa estar coeso para enfrentar seus riscos, marchar unido para discutir marcos regulatórios e soluções pra continuar com o crescimento da economia conquistado até agora. Transpa rência e gestão pa r ticipativa nas entidades associativas do setor são os requisitos necessários para união da categoria em torno de um projeto de desenvolvimento da corretagem de seguros no Brasil. * Manuel Matos é corretor de seguros desde 1977 e presidente da Via Internet, empresa gestora da Rede ICP Seguros. É membro do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e membro titular do Comitê Gestor da ICP Brasil, por nomeação da Presidência da República. 65