S
er passiva diante das inovações
tecnológicas não é saída para
nenhuma companhia. Isso também se enquadra no mercado
de seguros. Procurar maneiras de trazer
novidades que facilitem o processo de
gestão é crucial para diversas áreas,
desde as administrativas até aquelas que
conversam com o consumidor final.
Durante esse processo de desenvolvimento, o mercado de seguros tem
encontrado empresas aliadas que disponibilizam sistemas de ponta para cumprir
esse papel e, ao mesmo tempo, tem investido em suas próprias áreas de TI, pois ter
ferramentas que sejam únicas e adaptadas
ao modelo de negócio que possuem é uma
das estratégias para ganhar mercado e
estar à frente da concorrência.
Por ser uma seguradora multilinha,
a SulAmérica possui diferentes áreas de
atuação, como odontologia, automóveis
e ramos elementares, vida e previdência,
capitalização e investimentos. Dentro de
cada um desses negócios há especialistas
de sistemas, conforme afirma o diretor de
Tecnologia da Informação da companhia,
Cristiano Barbieri. Esses especialistas
cobrem áreas como a de relacionamento
com o corretor, onde seguros são cotados
e contratados, regulação de sinistros e
sistemas gerenciais. Ao todo, são cerca de
200 sistemas. “Em geral o que eu posso
classificar são sistemas de venda, contratação, emissão, faturamento, regulação de
sinistros, onde se apuram os números. A
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Cristiano Barbieri, da SulAmérica
plataforma que mais tem crescido é a de
internet de relacionamento com corretor,
que conta com diversos tipos de sistemas
e aplicativos”, conta o executivo.
Já a divisão de Benefícios da AON
é a principal beneficiada com os investimentos em tecnologia. Atualmente, a
divisão tem sistemas globais para apoiar
a administração de benefícios dos clientes, uma plataforma desenvolvida pela
própria corretora, que integra os clientes
da companhia com o mercado segurador,
cuidando de toda parte operacional das
apólices, como processamento, gestão
de movimentação cadastral, faturamento, reembolso, entre outras atividades.
“Esse sistema vem sendo desenvolvido
há dois anos e já recebemos feedback,
ele tem agregado valor e aumentado o
controle, rastreabilidade e segurança nos
processos, além do aumento de confidencialidade. Os padrões de criptografia
da IBM e Microsoft inclusive já foram
homologados”, conta Ciro Jacob, diretor
de operações da AON.
O Sistema de Administração de
Benefícios (SAB), principal plataforma
utilizada pela gestora de benefícios, é responsável por cerca de 200 empresas em
todo o Brasil. A plataforma funciona para
acompanhar planos de saúde, ondontológico, seguro de vida e previdência privada
dos colaboradores das empresas contratantes. “O software permite também a
integração com os sistemas relacionados
à folha de pagamento”, argumenta. Além
disso, outro diferencial é que todo o fluxo
de informação do sistema é monitorado e
validado eletronicamente, de forma que
sejam minimizados os riscos de perda de
cobertura pelos clientes.
Visando a modernização dos sistemas internos, a Seguros Unimed também
apresenta algumas soluções. A migração
para plataforma de armazenamento
oferecida pelo Google, por exemplo, foi
uma saída encontrada para a utilização
de uma interface amplamente conhecida que pudesse facilitar o dia-a-dia dos
colaboradores da companhia. “Nela, há a
possibilidade de videoconferência, compartilhamento de documentos e, ainda,
redução de custos com deslocamentos e
viagens” afirma Mauri Raphaelli, diretor
de Negócios da Seguros Unimed.
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Ciro Jacob, da AON
Os colaboradores dessas companhias parecem não ter enfrentado grandes dificuldades de adaptação com os
sistemas oferecidos. Barbieri acredita
que não há mais muito espaço para
resistência daqueles que já fazem parte
da equipe e que os novos colaboradores
que chegam estão cientes da realidade na
qual todas as empresas, independente do
seu ramo de atuação, estão plenamente
capacitadas a atuar no meio eletrônico.
Por isso, eles se preparam e também
investem na tecnologia como forma
de alavancar a carreira profissional.
Isso se aplica não só a quem trabalha
dentro da seguradora, mas também aos
corretores parceiros. “A resistência já
foi muito maior, hoje ela é pulverizada
e pequena. O mercado migrou para um
relacionamento eletrônico. O corretor
cota, contrata e se relaciona diariamente
com a SulAmérica de forma eletrônica.
Isso é realidade também para corretores
menores, já que a qualidade das redes
de internet banda larga permitem que a
nossa companhia atenda esses parceiros
24 horas por dia, durante os 7 dias da
semana”, enfatiza.
Além de desenvolverem seus próprios sistemas, as seguradoras também
são consumidoras de empresas de
tecnologia. A Delphos, por exemplo,
trabalha com oito dessas companhias e
oferece cinco sistemas próprios para a
realização de serviços, entre eles os que
a empresa destaca são o SIGAJ – Siste29
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