UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO “A VEZ DO MESTRE” CURSO DE PSICOPEDAGOGIA EVASÃO ESCOLAR EM SÃO JOÃO DE MERITI MARINETE DE MESSIAS MOREIRA ORIENTADORA (A) PROFESSORA FABIANE MUNIZ RIO DE JANEIRO FEVEREIRO / 2003 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO “A VEZ DO MESTRE” CURSO DE PSICOPEDAGOGIA EVASÃO ESCOLAR EM SÃO JOÃO DE MERITI MARINETE DE MESSIAS MOREIRA ORIENTADORA (A) PROFESSORA FABIANE MUNIZ Trabalho Monográfico apresentado à Universidade Candido Mendes, como requisito parcial Psicopedagogia RIO DE JANEIRO FEVEREIRO / 2003 do Curso AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar ao meu Deus, por ter permitido realizar mais esse sonho, embora isso seja uma gota no meio do oceano, para mim é um sonho realizado, porque foi muito difícil chegar até aqui e se alguém me falasse que isso iria acontecer em minha vida eu não acreditaria. Por isso Louvo a Deus por mais um obstáculo vencido. Ao meu esposo por ter me incentivado nos dias de desânimo, aos meus dois filhos, que me amparam com muito carinho a realizar mais este ideal. iii SUMÁRIO I INTRODUÇÃO...............................................................................................01 CAPÍTULO I Alguns Fatores que Ocasionam a Evasão Escolar.......................................03 CAPÍTULO II Racismo a principal causa da Exclusão Escolar...........................................05 CAPÍTULO III Evasão Escolar em São João de Meriti e no País..........................................10 CAPÍTULO IV A Escola fazendo o seu Papel de Cidadã.......................................................16 CONCLUSÃO.....................................................................................................19 FONTES BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................21 ANEXOS.............................................................................................................22 I - INTRODUÇÃO A problemática na escola pública, mesmo passando por reformas é a evasão escolar, por isso o tema desta monografia é Evasão Escolar, principalmente em São João de Meriti, onde resido e vejo tantas crianças ociosas no meio da rua, nos horário em que deveriam estar nas escolas. O problema em questão será a reflexão, o estudo e a pesquisa sobre O que leva uma criança a Evadir? Justifica-se pelos altos índices de evasão e repetência escolar acontecendo, não só na Baixada Fluminense, mas também no Brasil, tornando-se necessário e relevante saber quais os motivos que levam a esses altos índices de abandono. A superação dos problemas no nosso país não é tarefa única e exclusiva de uma instituição social, mas de todos nós. A escola não pode tudo sozinha, embora seja a esperança de grande maioria da população que infelizmente é menosprezada pelos nossos governantes, e mesmo na expectativa do novo Presidente Lula em minimizar a desigualdade social, ele não conseguirá fazer algo extraordinário, porque ele não governa sozinho. Devido o país ser capitalista nos foi inserido historicamente que a desigualdade é um fato, que os negros, os nordestinos, dos deficientes e as mulheres são exclusos da sociedade por conseqüência da escravidão, da industrialização, da seca ou de uma gravidez mal sucedida e indesejada e por isso devemos de nos conformar, e desculpando-se que não poderá mudar uma fatalidade que vem ao longo da história. Entra e sai governantes e nada fazem, ou melhor conservam cada dia uma desigualdade, pois não tentam investir na educação e na saúde, porque não geram lucro para seus bolsos. Deus fez um único sol, por isso ele é para todos independente de sua estatura, cor ou cultura, nós somos irmãos de um pai que é Deus, sem distinção de etnia. O Brasil embora sendo rico não sabe como administrar o seu poder aquisitivo, pois a sua divisão constituem-se em poucos com muito e muitos com pouco. Por isso a cada trabalho específico a escola deve levar o aluno a compreender a realidade a que faz parte, situa-se, interpretá-la e contribuir para sua transformação. Portanto a escola é fundamental para a formação da cidadania, e para isso nenhuma criança poderá ficar ou se sentir excluída de seus benefícios. Os objetivos serão alcançados na medida que se procure elementos que ocasionam a evasão escolar, de como esses alunos vêem a escola, quais os fatores que dificultam o seu processo de aprendizagem, detectando quais as expectativas ao retorno a instituição e seus motivos. Há várias hipóteses sobre esse problema, porque o elemento problematizador nas escolas públicas é a repetência, a falta de interesse causando grande índice de evasão escolar. Entre os requisitos, estão o apelo formal e informal pelo mercado de trabalho, a rejeição por parte da família, onde elas são vítimas de espancamentos e assim refletindo na internalização de sua capacidade, que repercute na indiferença e desinteresse na sala de aula e consequentemente os professores não sabem como resolver estes problemas. A metodologia será Pesquisa de Campo com alunos da Rede Pública de São João de Meriti, através de entrevistas com próprios alunos que foram evadidos e Pesquisas Bibliográficas. CAPÍTULO -I ALGUNS FATORES QUE OCASIONAM A EVASÃO ESCOLAR O Brasil por ser considerado um país de analfabetos, que segundo o censo de 1991 ocupa o quinto lugar da América Latina e também racista, pois mais da metade dos analfabetos são negros juntamente com os pardos. Os relatórios no Brasil 1 revelam que o sistema educacional é seletivo e discriminatório, porque excluem os negros, os mulatos, e os nordestinos e se além de preto for mulher a coisa piora ainda mais. Contudo esses indivíduos estão estereotipados como marginais, devido seus pais serem analfabetos ou quase isso, consequentemente seus trabalhos são desqualificados. Portanto esses fatores explicam o porque da evasão ou repetência na escola pública. Uma sociedade heterogênea como a nossa, deveria ter uma preparo, uma tolerância e considerar a diversidade não como obstáculo, mas sim como desafio, elaborando Currículos que vinculassem com cada realidade, por constatar que os negros encontram dificuldades ao acesso e permanência no sistema. Até mesmo algumas ciências naturais não estão agindo como antes, ou seja, a contribuição de seus resultados não estão sendo mais ideológicos, com a intenção de beneficiar apenas alguns privilegiados, mas socialmente adquirido, numa reflexão contínua, já que a humanidade na sua totalidade está mudando, reivindicando e questionando na sua especificidade real, juntamente com todo aparato tecnológicos Estudos demonstram que elas abandonam a escola por vergonha logicamente da sua cor entre outros fatores e começam a trabalhar, com sua mãode-obra barata. 1. De acordo com relatório do Desenvolvimento Humano no Brasil de 1996 mais de 35% dos negros e 33% dos pardos são analfabetos, contra 15% dos brancos. Criança menores de 14 anos trabalham em condições deploráveis de exploração, por causa do racismo ou por ser obrigada a ajudar seus pais economicamente e por isso evadem da escola. E assim sendo ela começa sua vida adulta bem antes do tempo, deixando para trás as brincadeiras e seus sonhos. Trata-se de uma mão-de-obra desprotegida, sem nenhum vínculo trabalhista, não podendo reivindicar, nem mesmo o apoio da família, pois ela depende de seu trabalho. Com jornada de tralho de até 11h/dia elas não freqüentam a escola. Crianças e adolescentes estão precocimente se mutilando fisicamente e psicologicamente, sendo obrigada a viver na miséria e na marginalidade. A principal causa do trabalho infanto-juvenil é devido a pobreza e o racismo, mas também por ser considerada inerente a sociedade. Nosso país é movido por poucos sobre os muitos, contudo o Brasil é discriminatório de modo geral, não poderia desvincular o sistema educacional do modelo econômico altamente excludente. A “democracia” racial vem como se fosse um “mito” anunciado a igualdade para todos até mesmo para os negros, mas eles são os principais que não conseguem emprego, formação profissional, suas atividades são inferiores e mal remuneradas. A democracia racial conserva um mito que interessa a classe dominante, porque seria uma estratégia de confundir o próprio negro sobre a sua discriminação e marginalização. Todos nós temos que lutar contra o racismo pois sua reprodução se dá através de formas ideológicas como a família e a escola e este problema continua sendo um dos fatore que ocasionam a Evasão Escolar em nossas escolas. CAPÍTULO - II RACISMO A PRINCIPAL CAUSA DA EXCLUSÃO ESCOLAR Mesmo estando no século xxI, o racismo ainda é um elemento presente em nossa sociedade e principalmente nas escolas públicas, onde o aluno é responsável pelo seu fracasso ou sucesso. E no entanto não deveria ser racista, porque a escola pública recebe a classe popular, que a maioria são negras. A escola por ser discriminatória e seletiva faz que os alunos assuma o fracasso escolar sozinha e com isso refletindo as várias repetência e consequentemente a evasão. O rendimento escolar insatisfatório, em especial no caso de um grande número de alunos do Ensino Fundamental, tem sido uma preocupação e um dos grandes desafios para educadores. A grande maioria tem apresentado dificuldade de diferentes tipos e rendimentos insuficiente em relação a padrões definidos pela escola. Constata-se com freqüência casos de alunos reprovados não apenas uma, mas mais vezes durante os primeiros anos do primeiro ciclo. As reprovações e o insucesso em sala de aula contribuem para desestimular os alunos e, muitas vezes, para que abandonem a escola antes mesmo de concluírem os primeiros anos do Ensino Fundamental (ainda que não sejam as reprovações as únicas causas da evasão escolar). No Ensino Particular, o rendimento escolar insatisfatório leva pais e professores a procurarem ajuda de profissionais na busca de diagnóstico e de auxílio. Em muitos casos, os alunos são encaminhados para especialistas de diferentes áreas, e, dentre outras, da área de educação, da área médica da psicologia à fonoaudiologia, no sentido de esclarecer possíveis causas do mau rendimento escolar e de se definirem procedimentos a serem tomados. No Brasil o fracasso escolar logo na 1ª série, onde em 1940 e 1950 a concepção era inatista, pois as crianças já iniciariam com dons ou não. Na época também a psicologia diferenciava o maior ou menor sucesso pela raça e pelo sexo. No início da década de 1960 o problema do fracasso escolar foi substituído por carência alimentar, cultura ou afetiva a “educação compensatória” (Collares e Moysés 1992), que foi entendido em 1970 e 1980 como uma “compensação de faltas”, que a criança carregava e, consequentemente, gerou a criação das classes especiais ou de reforço. Na década de 1980 deu-se a forma da teoria reprodutivista, identificada por “não dotada” ou “geneticamente” pouco inteligente. Entendendo essas variadas buscas sobre o fracasso escolar, conclui-se uma relação com as classes sociais, uma vez que a escola como sendo “aparelho ideológico do estado” (Althusser1985) e servindo para escamotear os desejos daqueles que detém o poder. E o discurso passou a ser de que as crianças das classes populares tem saberes diferentes, mas não inferiores ou deficitários. Segundo Cury (2000) a Lei n.º 7.716 de 05/01/89 e a n.º 9.459 de 13/05/97 regulam os crimes resultantes de preconceitos de raça ou cor. Já a Lei n.º 8.081 de 21/09/1990 estabelece os crimes e as penas aplicáveis aos atos discriminatórios ou de preconceitos de raça, cor, religião, etnia ou procedência nacional praticados pelos meios de comunicação ou por publicação de qualquer natureza. Mas a lei não é para todos cumprirem, na medida que no interior do processo educacional a desigual apropriação das oportunidades educacionais de brancos e negros produzindo efeitos cumulativos que vão se agravando ao longo da escolarização. Não se pode mais cometer erros e injustiças, quanto a transferencia de qualquer culpa ao aluno por algum insucesso escolar, e deixar de analisar cada situação de maneira criteriosa e abrangente, considerando-se a dimensão política e filosófica da educação, a situação da escola e as responsabilidades dos profissionais. Não devemos negar que é conhecimento de todos as insuficiência de verbas para a educação, as precárias condições administrativas, estruturais e pedagógicas das escolas públicas, a desvalorização da carreira docente, as deficiências de formação de professores. O quadro da educação faz se necessário uma avaliação e reformas de nível político e estrutural. No entanto enquanto essas modificações não acontecem, porque querendo ou não requer sempre grande espaço e tempo, não se pode destacar a responsabilidade que tem cada educador em relação a cada aluno (ou com seus alunos), e o apoio e atendimento a professores quando se apresentam situações de rendimento insatisfatório e casos específicos. Possivelmente que os alunos defrontem-se com dificuldades e sejam prejudicados em determinado período escolar. Quaisquer que sejam os motivos, os educandos podem ser prejudicados em relação ao melhor aproveitamento de oportunidades de acesso ao saber socialmente acumulado, valorizado e do desenvolvimento de habilidades e hábitos relacionados ao processo de construção de conhecimento. Estudos tem discutido sobre investir em atendimento clínico ou institucional ao aluno, em casos de notas baixas e reprovação, pode parecer uma forma de culpar a vítima, ocultar os problemas e significar um deslocamento incerto de atenção dos reais problemas desencadeados. Não se pode destacar esta hipótese, ma por outro lado, no entanto, mesmo quando se sabe que o rendimento insatisfatório não é culpa do aluno e nem decorre de fatores relacionados a ele, especificamente, e quando se deve investigar as condições da escola e qualidade do trabalho docente, como negar, ao mesmo tempo, o atendimento ao aluno? Determinados alunos podem precisar de apoio específico, para enfrentar determinada situação que se modifica pelo prazo pequeno. Será justo que esses alunos esperem até que a situação seja modificada? Esses alunos poderão esperar até que sejam definidas outras políticas públicas para que possam ver suas dificuldades pelo menos consideradas? Que se pode esperar que aconteça com um aluno que espera que seja transformada a situação didático – pedagógica de uma escola? Ou para se ver revertida a situação de precariedade da escola pública, ou ainda a formação deficiente de professores? Está comprovado que o maior índice de reprovação e exclusão escolar ocorrem entre alunos com nível baixo, que é o caso da maioria da população e esses reprovados são os menos atraídos pelo sistema educacional e portanto mais cedo excluídos. Constata-se que a discriminação racial é mais forte do que a diferença sócioeconômico. A relação dos índices de aprovação/reprovação e permanência/evasão escolar, entre as crianças brancas e negras podem ser analisadas pela caminhada da vida acadêmica (Pmad 1982 Hasenbalg e Silva 1990). E os estudos sobre a relação racial apontam um “natural” encaminhamento de crianças negras para escolas mais pobres situadas em periferias, com condição precária, com cursos de menos qualidades e com professores de baixo estímulos (Beskin 1994; Hasenbalg 1987; Rosemberg 1987; Glazer e Creedon 1970). Esse sistema educacional faz com que negros e pobres sejam homogêneos. Escola que adota esse princípio está legitimando a ideologia das desigualdades sociais e ética, confirmando o “mito” de que crianças pobres não aprendem se for negra muito menos!. As crianças negras apresentam maiores índices de repetência na 1ª série do Ensino Fundamental, com menos escolaridade, são poucas que fazem a préescola e concluem menos o Ensino Médio, quando comparadas com crianças brancas (Pinto, 1992) 2. A escola prioriza a igualdade, mas não respeita a diversidade. Toda a população deseja uma igualdade que deverá ser mantida e respeitada as diferenças, porque a cidadania de poucos não poderá ser construída em cima da exclusão de muitos! Nessa perspectiva é que a escola não poderá trabalhar de forma homogênea, num único padrão de atividade, num único Currículo, pois a reprovação de crianças negras vem reafirmar que nossa sociedade é excludente de uma perversa seletividade social. Que aqueles que não obtém um padrão cultural não poderá ter um emprego ou mesmo ser cidadão. Embora a escola não prepare o indivíduo para exercer seu papel para o trabalho real, ela é recomendada para a maioria da população como uma “boa conduta”. 2. Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (Pnad) São Paulo (1987) E é ela que gera conseqüências perversas para a maioria, excluindo os mais pobres e os negros. Efetivando-se na exclusão em comportamentos nas técnicas e nos pedagógicos. CAPÍTULO - III EVASÃO ESCOLAR EM SÃO JOÃO DE MERITI E NO PAÍS A compreensão do sucesso e fracasso escolar, dos processo de desenvolvimento e de aprendizagem, de dificuldade de alunos, bem como das responsabilidades do educador, exige uma análise criteriosa e contextualizada. Estudos revelam que as crianças querem ir a escola aprender a ler e a escrever por uma simples razão de ter um lápis, um caderno, não importando se esse querer fosse o desejo de acompanhar os outros, mas por que muitas vezes perdem essa vontade quando entram nas escolas? Nem todas choram, mas seus comportamento são diferentes dos da rua, de casa. Uns mais agressivos, outros retraídos , parecendo um inevitável trauma que as crianças tem de passar ao iniciarem sua vida acadêmica e infelizmente dura por vários anos. Estatísticas da Secretaria de Educação revelam e na escola isso é constatado diariamente que os índices de desistência escolar continuam muito altos. Não somente no primeiro ciclo, mas também no segundo ciclo, quando já foram foram superados as dificuldades da alfabetização. Geralmente a escola não se preocupa em analisar o porque são evadidas, parecendo um fato natural e por isso aceitável por todos. Não gostar da escola não é privilégio da classe popular, onde elas se emancipam mais cedo da autoridade e dos conselhos dos pais, mas também de crianças e adolescentes de todas as classes sociais. Foi constatado vários motivos do por que não gostam de escola: Por causa do uniforme, da forma do horário, ou seja, da rotina. Muitos profissionais atribuem as normas como valor educativo, outros acham que a pontualidade, as regras, ou repressão as vontades dos alunos fazem com que passem a obedecer e consequentemente serão civilizados. As regras e as norma já estão em nosso convívio queira gostamos ou não, o que os educandos questionam e rejeitam são as atitudes dos educadores que muitas vezes não conduzem com seus discursos. Devido a isto as crianças e os adolescentes refletem o que a escola e os adultos dizem não são verdades, que a instituição é mascarada de promessas que não pode totalmente cumpridas. Portanto a sociedade exige padrão para ser cidadão, que é ter títulos nas mãos, e por isso aquela criança que não a escola é considerada marginal e podendo apanhar da polícia. E meio a tanta confusão que a sociedade provoca as crianças, é o único caminho que resta a essa mesma criança é a escola e esta não as prepara para exercer uma autonomia muito menos prepara para um trabalho cidadão., emancipado e crítico, pois partindo do princípio de que a escola não modifica a sociedade, mas pode contribuir para a mudança se desempenhar o seu papel de cidadania e com isso reconhecendo que as crianças são pessoas ativas que fazem parte de todo o processo dentro da sociedade como um todo, A questão das crianças com menos escolarização torna a escrita um apedra no meio do caminho, elas não sabem e talvez nunca saberão, que os professores. A escola e todo o sistema de ensino estão sempre sendo avaliados. Faz-se uma percentagem de quantas crianças conseguiram ser alfabetizada ,em qual prazo, pois a sociedade exige conhecimento, conceito num determinado tempo. Mas se esquecem que cada criança tem cada ritmo, curiosidade, interesse e expectativa. A avaliação por meio de provas, no entanto, pode mostrar que o aluno tem condições de aprender, indicar ao professor que é preciso analisar com cuidado diferentes situações, identificar outras causas do rendimento insatisfatório. Segundo Vinh-Bang (IN Fermino 1996) os educadores sempre se questionam sobre as razões dos resultados escolares insatisfatórios. Assinala que não é suficiente constatar e identificar resultados insatisfatórios, mas é preciso diagnosticar a insuficiência e determinar os contigentes que ocorreram para produzi-la. Cabendo analisar com atenção os erros dos alunos em lugar de apenas registrá-los em relação aos acertos, pois os erros dos alunos Vinh-Bang (IN Fermino 1996), deveria levar aos professores a refletirem sobre suas próprias práticas, porque as respostas dos alunos dependem das solicitações dos professores, do desempenho docente e dos conteúdos passados. As solicitações passadas para os alunos foram razoáveis? Foram compreensíveis e compreendidas por eles? As solicitações e os conteúdos têm significados e utilidades para os alunos? Porque tradicionalmente as escolas tendem a valorizar os acertos do que para os erros e para os conteúdos do que os mecanismos de construção de conhecimento. Do porque os alunos erraram e pelos quais motivos os levaram estes erros! É relevante que o professor organize os trabalhos de diferentes áreas em função dos problemas apresentados, pois deverá lançar mãos dos conhecimentos das suas disciplinas diárias, na busca da compreensão e de soluções para questões reais. Essas crianças não possuem em suas casa jogos pedagógicos que ensinam brincando, nem muito menos alguma Enciclopédias ou Atlas que além de atrair com ilustrações alimentam a curiosidade e a vontade de entender sempre um pouco mais o que vem escrito nos livros. Os alunos se interessam quando a professora para um pouco a sua aula no meio, seja qual for e inicia a contar ou a ler uma história, mas isso não acontece com freqüência nas escolas. Novas gerações que vem do século xx e começo do xxI começam a observar os professores de cada disciplina e se perguntando, que tudo que eles aprenderam eles colocam em prática, se na sua geração eles também sentiam sufocados com tantas matérias sem significado ou utilidade. Professores não raramente tem discurso político em favor daqueles menos favorecidos, que prega a transformação da realidade social, mas no cotidiano da prática docente agem, mesmo sem perceber, pela manutenção e a adaptação de uma realidade que deveria ser transformadora. Fica marcante a contradição quando se preocupam em preparar os alunos para a competição do mundo capitalista ou para o vestibular, transmitindo conteúdo inútil, deixando de lado questões que até julgam importante. E nesse sentido, é até compreensível que alunos só se preocupem com as notas. A autora de diversos livros didáticos. Magda Soares, defende o aprendizado de Língua Portuguesa através de textos, ela defende a atualização contínua do profissional de ensino, visando acompanhar as mudanças políticas e ideológica, defende o educar socializado, percebendo que a ideologia do momento perpassa pelos interesse da ideologia da classe dominante e esta se reflete na ideologia do sistema educativo. Cabe então ao professor, contribuir, em si e nos seus alunos, uma consciência crítica de seu papel ( se é transformador ou reprodutor dos valores dominantes ). No seu ponto de vista, o professor deve se utilizar da diversidade de textos e dos vários portadores de textos, buscando a contextualização com prática e a realidade. O professor costuma dizer que os alunos são conseguem se interessar pelo estudo através do livro, porque não sabem ainda ler direito, que não estão preparados. O profissional, como o educador e agente transformador e mediador desta sociedade, precisa perceber-se importante no seu papel e trabalhar no sentido de capitar o homem, para apropria-se das conquistas científica – tecnológicas em seu benefício, mas com ênfase no resgate da consciência, ética, da solidariedade, da fraternidade e da criatividade, possibilitando então que os benefícios do progresso sejam aproveitados qualitativamente individualmente e coletivamente. É possível observar a busca acelerada das pessoas por um novo homem para um novo mundo, vivendo em ritmo acelerado. Sendo assim, faz-se necessário uma revisão dos valores culturais na sociedade atual. Percebe-se que a escola hoje, não corresponde as expectativa de diversos setores da sociedade em geral. A principal regra é nas atividades expositivas de conteúdos poucos significativos e utilitários e fora do contexto, gerando passividade, rotina, memorização e consequentemente causando o fracasso, impossibilitando que o aluno desenvolva a capacidade de investigar, explorar, descobrir, elaborar opções, de prender por si mesmo, tornando-se incompetente em diversos domínio do saber. O resultado é que os alunos se decepcionam e acabam evadindo da escola, pois a mesma não mantém relação com a vida, a participação social, contextual e do mundo. A ESCOLA NA VISÃO DO ALUNO EM SÃO JOÃO DE MERITI O abandono do aluno para o mercado de trabalho é um dos fatores que levam a evasão escolar e que está ligada ao sistema de reprovação do sistema educacional que reforça nos estudantes o sentimentos de fracasso e inaptidão para o aprendizado, desestimulado a prosseguirem nos estudos. A relação entre a escola e a inserção no mundo do trabalho, numa sociedade onde a produção e os serviços são organizados segundo a lógica capitalista. O fato de que na escola nada tem a ver com o trabalho e na maioria dos casos, a posse dos conhecimentos escolares só servem para justificar se assim interessa ao sistema, uma hierarquização de postos ou função. A necessidade que muitas crianças e jovens tem de trabalhar é vista como de defeito que atrapalha o rendimento escolar e explica o fracasso, como vimos esse problema da evasão escolar nas escolas públicas da Baixada Fluminense afeta de forma direta e indireta a atitude, o comportamento e o sentimento desses alunos. A evasão de alunos da Baixada Fluminense, especialmente em São João de Meriti, é maior no 2º ciclo ( 5ª a 8ª série) do que no 1º ciclo ( 1ª a 4ª série), de acordo com estatística 3 o número de evasão quase dobrou de 1998 para 1999. 3.Gráficos Estatísticos de São João de Meriti Anos: 1997 1998 1999 2000 EVASÃO EM ESCOLAS MUNICIPAIS EVASÃO 1998 1999 C.A: 1ª a 4ª série 600 (3%) 1.385 (6,8%) incluindo C.A 5ª A 8ª série 363 (7,3%) 801 (13,3%) Fonte: Secretaria Municipal de Educação, 1997, 1998, 1999, 2000 O mercado de trabalho que aguarda a grande maioria das novas gerações, vem se colocando como motivo de discussão de vários professores, alunos e políticos, logicamente cada uma como seus interesses. Hoje a maioria das escolas públicas atende interesses econômicos e as pessoas que trabalham nela, não parecem demonstrar o mínimo de preocupação pela questão do trabalho ou da produção. A escola desconhece, ou não sabe como utilizar, ou incorporar na sua rotina diária os instrumento que afinal de contas ainda são básicos, para a produção dos objetivos usados pela população. Lembramos quanto ao posicionamento geral definido a respeito do que se espera da escola, a respeito do seu papel, ou seja, uma instituição que está encarregada da formação intelectual das novas gerações. De fato, este é o papel incorporado pelo que identificam como escola participativa e democrática, com direção e professores e que aquilo que imaginam e esperam todos aqueles que dela se utilizam, como alunos de pais. E desta forma o papel da escola é tão importante que no seu trabalho na formação intelectual das crianças, não haverá preocupação como a prática do dia-a-dia,, aquelas atividades pelas quais elas se identificam, entretanto a cultura em nossa sociedade em geral parece que não tem vínculo com a mão-de-obra. CAPÍTULO - IV A ESCOLA FAZENDO O SEU PAPEL DE CIDADÃ A escola precisa ter clareza da sua função e do homem que se quer formar, para realizar um prática pedagógica real, social e comprometida, particularmente num país de contrastes como o nosso, onde convivem grandes desigualdades econômicas, sociais e culturais. Formar o cidadão não é tarefa apenas da escola como foi dito. No entanto, como local privilegiado de trabalho como o conhecimento, a escola tem responsabilidade nessa formação, recebe crianças e jovens por um certo número de horas todos os dias, durante anos de suas vidas, possibilitando-lhe construir saberes indispensáveis para sua inserção social. No entanto excluem-se da escola os que não conseguem aprender, excluem-se do mercado de trabalho os que tem capacidade técnica, porque antes não aprenderam a ler, escrever e contar, excluem-se finalmente do exercício da cidadania esses mesmos cidadãos, porque não conhecem os valores morais e políticos que constrói a vida de uma sociedade livre democrática e participativa. Os seres humanos, são diferentes uns dos outros do ponto de vista. A escola foi criada para homogeneizar, transmitir modelos sociais definitivos, para adaptar as crianças a um modelo social dominante, para selecionar a população. Não é de estranhar que a diversidade seja vista como um obstáculo, como um problema e que se busquem mil e uma fórmulas para segregar e homogeneizar classes de apoio separadas, grupos por níveis de conhecimentos, avaliações em termos de acertos e erros. Cabe a escola ensinar, isto é, garantir a aprendizagem de certas habilidades e conteúdos que são necessários para a vida em sociedade. Nesse sentido, ela pode contribuir no processo de inserção social das gerações, oferecendo instrumentos de compreensão da realidade local, e também favorecendo a participação do educando em relações sociais, diversificadas e cada vez mais amplas. A vida escolar possibilita exercer diferentes papeis em grupos variados, facilitando a integração dos jovens no contexto maior. Nesse raciocínio as crianças não poderá ser tratadas como cidadãos em formação. Elas já fazem parte do corpo social e por isso, devem ser projetos em relação ao conjunto da sociedade. É preciso que a escola traga para dentro de seus espaços o mundo real, do qual essas crianças e seus professores fazem parte. Ela não pode fazer de conta que o mundo é harmonioso, que não existem a devastação do meio ambiente, as guerras, a fome, a violência, a globalização, porque tudo está presente e traz conseqüências para o momento em que vivemos e para os momentos futuros, logicamente na sua especificidade. Compreender a assumir o tempo presente, com seus problemas e necessidade é uma forma de gerar alternativas humanizadoras para o mundo. Hoje se exige da escola que avance para a integração e para uma cultura da diversidade, que viva as diferenças como uma riqueza, e não como um obstáculo. Isso supõe mudanças profundas em toda a instituição escolar e no pensamento coletivo dos professores, supõe transformar a organização escolar de acordo com novos critérios, supõe também mudar a concepção diária da atividade escolar, até torná-la capaz de conseguir que todos trabalhem e aprendam a partir de suas próprias possibilidades. O objetivo não é que todas aprendam igualmente, isso seria utópico de mais. O objetivo é que possam trabalhar reflexivamente e construa um pensamento coletivo. Que ninguém se chateie, que ninguém se sinta fracassado nem marginalizado, afinal de contas se todos trabalharem com democracia e participação as responsabilidades do fracasso e do sucesso será de todos, por isso que ninguém se sentirá frustrados. Para que a escola cumpra sua função social é preciso considerar as práticas de nossa sociedade, sejam elas de natureza econômica, políticas, socais, culturais, éticas ou morais. Tem que considerar também as relações diretas ou indiretas dessas práticas com s problemas específicos da comunidade local a que presta serviço. Por isso é fundamental conhecer as expectativas dessa comunidade suas necessidades, formas de sobrevivência, valores, costumes e manifestações culturais e artísticas. É através desse conhecimento que a escola pode atender a comunidade e auxiliá-la a ampliar seu instrumental de compreensão e transformação do mundo. Apesar de inúmeras variadas discussões, há um certo consentimento em relação à necessidade de se formarem cidadãos que participem ativamente da vida econômica e social do país, contribuindo para a transformação da sociedade brasileira numa sociedade mais justa, com melhore condições de vida para todos, Para isto os conhecimento e habilidades cognitivas que possibilitem as pessoas situar-se no mundo de hoje, ler e interpretar a grande quantidade de informações existentes, conhecer e compreender tecnologia disponível, bem como continuar seu processo de aprendizagem de forma autônoma. A escola pública brasileira não consegue sequer atender aos mecanismos constitucionais que garantem escolaridade à população inserida no ensino básico. Ainda hoje, há muitas crianças e jovens que não tem acesso a ela, e uma grande parte dos que conseguem entrar são excluídos, depois de sucessivas reprovações. A escola é responsável de manter esses mecanismos de seletividade e também ao passar uma visão de mundo sem malícia e permeada de preconceitos, a escola revela sua face cruel, confirmando a desigualdade social. Nesse caso, não se compromete realmente com a aprendizagem de todos os alunos e não realiza sua função social. É preciso e possível reverter essa situação. Através de cada trabalho específico a escola deve levar o aluno a compreender a realidade de que faz parte, situar-se, nela, interpretá-la e contribuir para sua transformação. Então a escola é fundamental para formação da cidadania e por isso nenhuma criança pode ficar excluída de seus benefícios. Todas tem o direito a uma sólida formação escolar, a sonhar e perseguir seus sonhos. CONCLUSÃO Depois de muitas pesquisas já mencionadas e estudos constatou-se que educadores comprometidos ou aqueles com vontade de mudar o quadro que ao longo da história manteve-se omisso ou porque teve medo do novo ou medo de destruir aquilo que julgava ser o certo. É fundamental agora discutir, refletir sobre o que e como estão ensinando e sobre a importância desses conteúdos e formas de atuação para compreensão de mundo para seus alunos. Só assim nós professores poderemos planejar a ação na sala de aula, com clareza do começo a fim. Não será fácil mesmo para os mais compromissados que são poucos, tomarem o rumo da escola nas mãos e rever os conteúdos, mas só os educadores poderão concretizar um trabalho conciliável com que se espera da educação escolar. Na verdade essa prática não é muito comum de ver nas escolas, ainda mis nas escolas públicas, pois costumam receber e seguir condutas, programas prontos, feitos pela administração ou pelos autores de livros didáticos e assim não interagindo o binômio refletir e agir com isso abrindo oportunidade para a mecanização e reprodução de ações, que acabam por ser tornar contrária com tudo que está em nossa volta nos dias de hoje. Isso poderá mudar a partir do momento que olhe em volta e reflita sobre o que está feito, buscando significado e utilidade dos conteúdos de ensino e das práticas que são desenvolvidas na sala de aula. Não precisa começará começar tudo de novo e tão pouco reivindicar programas, trata-se de olhar com outros olhos o que já foram adotados e daí fazendo gradativamente os ajustes, os aparos necessário, sendo na direção que pretende alcançar, ou seja, compreensão do mundo real. Sempre contínuo, sem aparar, porque o mundo não para. As mudanças são rápidas e muitas, seja na atmosfera ou humana. Não será fácil, mas com boa vontade os professores terão de assumir uma prática de confiança, que poderá ser estrategicamente lúdica, pois as crianças as fazem espontaneamente, que as vezes nós adultos não compreendemos que elas aprendem brincando e vice-versa. FONTES BIBLIOGRÁFICAS · ANA, Maria Pita de Melo e Roberto Evan Verhine. Educação em Debate. Evasão, Repetência Idade-Série. Bahia, p. 109-130. Jun/dez. 1987. · ANETE, Abromowicz. et all. Para além do fracasso escolar. Magistério Formação e Trabalho Pedagógico. São Paulo: Papiros. 1997 · AZOILDA, L da Trindade. et all. Multiculturalismo. Mil faces da Escola. Rio de Janeiro: DP&A. p. 139-147.2000. · CURY, Carlos Roberto. Legislação Educacional Brasileira. Rio de Janeiro: DP&A. p. 70-71. 2000. · FERMINO, Ferandes Sisto. et all. Atuação Psicopedagógica e Aprendizagem Escolar. Rio de Janeiro: Vozes, 1996. · OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópoles: Vozes, 1986. · SOARES, Magda. Linguagem e Escola. Para além do discurso. São Paulo: Ática. p. 5-17. Maio / abr. 1995. ANEXOS ENTREVISTAS COLETIVAS Perguntas e Respostas: 1) Para você, o que é a Escola? § A escola é um lugar onde se aprende muitas coisa como: ler, escrever e contar Suelen § É muito importante, mas às vezes, irrita. O uniforme é insuportável, mas é boa a escola. Nadyane § Escola, para mim, é um lugar em que as pessoas aprendem a ler, Ter educação e quando for adulto Ter um trabalho honesto e não precisar roubar nem matar. Francisca § Um lugar que pode garantir um futuro bem melhor. Daniel § É vida, educação, eu sei que educação vem de casa, mas sempre tem um uma professora ensinando a gente o jeito de falar, de tratar nossos colegas... Mariana 2) Por que e para que você vem à Escola? § Eu venho para escola estudar, não venho para fazer bagunça. Porque eu quero ser alguém na vida § Para estudar e merendar, Venho porque eu quero, para ser inteligente. § Eu venho à escola para aprender e ter educação e para aprender a respeitar as pessoas mais velhas. Eu venho pra a escola porque eu quero e pela minha própria vontade, porque eu me interesso muito em aprender. § Para estudar e aprender. Porque eu gosto de estudar, para um dia ser secretária ou médica. 3) DEPOIMENTOS: § Fabrício, 14 anos, 5ª série, reprovado quatro anos, 2ª, 3ª 3ª e 4ª. Eu tenho seis irmãos, uma com 18 anos, outra com 16 anos, eu com 14, outra com 13, outro com 11 anos, outro com 3 anos e um bebê de seis meses. Não gosto de estudar, mas gosto da escola porque na escola faço muita bagunça. Todos os professora são bons, eu é que não presto, não consigo ficar quieto e não consigo aprender nada. § Rafaela, 11 anos, 5ª série, reprovada na 3ª série. Eu tenho um irmão que não sei, nem a idade, pois ele vive com a mãe. Eu não tenho pai, ele morreu antes do meu nascimento, a minha mãe queria me vender, aí a mãe do meu pai me pegou para cuidar de mim. Não gosto da escola, porque existe muitas injustiça. Professores aumentam o que falamos, só trata com carinho as crianças que eles gostam. RESUMO O objetivo desta monografia, cujo tema é Evasão Escolar, foi detectar o por quê as crianças evadem da escola. Que segundo Fonte do Município de São João de Meriti, Secretaria Municipal de Educação e Estatísticas o número de evasão escolar quase dobrou de 1998 para 1999, no Ensino Fundamental. No presente estudo procurou-se investigar e analisar a evasão, com entrevistas e depoimentos, para que pudesse coletar dados, onde percebeu como nossa sociedade é excludente e seletiva, mostrando que o Brasil é considerado um país de analfabetos e ao mesmo tempo encontramos muito racismo, onde mais da metade dos analfabetos são negros. Neste estudo e no dia-a-dia é comprovado, como a classe dominante reflete sua ideologia no sistema educacional, por vivermos num país capitalista. Cabe ao profissional da educação contribuir em si e nos alunos uma consciência de seu papel de cidadão, fazendo sua inserção na sociedade como autônomo e crítico. Dando várias oportunidade para que haja vários pontos de partida, com a finalidade que todos cheguem junto ao ponto de chegada, numa visão consciente do seu contexto. Uma Sociedade Heterogêneo como a nossa deveria ter um preparo, uma tolerância e considerar a diversidade não como obstáculo, mas como desafio, elaborando Currículo que vinculasse com cada realidade, para que minimize um pouco com a desigualdade, porque acabá-la seria utópico.