Bateria Fatorial de Personalidade Carlos Henrique Nunes Estrutura do curso Conceitos centrais no modelo dos CGF Definições gerais dos fatores Apresentação da Bateria Fatorial e seus subfatores Estudos de validação da BFP Teoria de traços Pontos centrais na teoria de Allport • Reflexo condicionado • Hábito - esquemas • Traços - modos Personalidade • Coerência dos comportamentos, emoções e interpretações ao meio Os fatores de maior nível geralmente dominam os mais específicos. “A personalidade é a organização dinâmica, no indivíduo, dos sistemas psicofísicos que determinam seu comportamento e seu pensamento característicos”. Traços comuns: características marcantes em uma dada cultura, que todos reconhecem e nomeiam. Modelos Fatoriais Análise fatorial (Spearman, 1931): • procedimento estatístico: permite verificar as dimensões existentes em um conjunto de variáveis. É feita a partir do levantamento dos padrões de respostas observados (correlações). Exemplos: diferentes aspectos da inteligência, Fator N. • após a criação de muitos modelos concorrentes, os cinco fatores começaram a ser extraídos de forma independente por vários pesquisadores Cinco Grandes Fatores de Personalidade É uma versão moderna da Teoria de Traço. Representa um avanço conceitual e empírico no campo da personalidade, descrevendo dimensões humanas básicas de forma consistente e replicável. O Fator I: Extroversão. •Quantidade e intensidade das interações interpessoais preferidas •Nível de atividade •Necessidade de estimulação •Capacidade de alegrar-se, etc. Pessoas altas em Extroversão tendem a ser sociáveis, ativas, falantes, otimistas e afetuosas; pessoas que são baixas em Extroversão tendem a ser reservadas, sóbrias, indiferentes, independentes e quietas. A escala de extroversão apresenta componentes que descrevem uma pessoa sociável, amistosa, assertiva, calorosa, gregária e “festeira” (joy-seeking). O Fator II: Socialização. • Dimensão interpessoal que se refere aos tipos de interações • Contínuo: compaixão ao antagonismo. Pessoas altas em Socialização tendem a ser generosas, bondosas, afáveis, prestativas e altruístas. Tendem a ser responsivas e empáticas e acreditam que a maioria das outras pessoas querem fazer o mesmo e irão agir da mesma forma. Os componentes básicos deste fator são confiança, altruísmo, franqueza, tolerância, modéstia e ternura Cinco Grandes Fatores de Personalidade O Fator III: Realização. •Grau de organização •Persistência •Controle e motivação em alcançar objetivos. •Pessoas que são altas em Realização tendem a ser organizadas, confiáveis, trabalhadoras, decididas, pontuais, escrupulosas, ambiciosas e perseverantes; por outro lado, pessoas que são baixas em Realização tendem a não ter objetivos claros, não são confiáveis, são preguiçosas, descuidadas, negligentes e hedonistas. O Fator IV: Neuroticismo. •Nível crônico de ajustamento emocional e instabilidade. •Componente emocional da personalidade •Este fator apresenta escalas para avaliação de vulnerabilidade, desajustamento psicossocial, ansiedade e depressão. O fator V: Abertura. • Necessidade de comportamentos exploratórios • Reconhecimento da importância em ter novas experiências. •Indivíduos altos nesta dimensão são curiosos, imaginativos, criativos, divertem-se com novas idéias e com valores não convencionais; Experienciam uma ampla gama de emoções mais vividamente do que pessoas “fechadas”. •Pessoas que são baixas em Abertura tendem a ser convencionais nas suas crenças e atitudes, conservadoras nas suas preferências, dogmáticos e rígidos nas suas crenças; tendem também a serem menos responsivos emocionalmente *** Desenvolvimento das escalas brasileiras As escalas brasileiras para avaliação dos Cinco Grandes Fatores foram construídas na seguinte ordem: • Escala Fatorial de Neuroticismo (EFN): 2001 • Escala Fatorial de Socialização (EFS): 2007 • Escala Fatorial de Extroversão (EFEx): 2007 • Escala Fatorial de Abertura (EFA) * • Escala Fatorial de Realização (EFR) * • Bateria Fatorial de Personalidade (BFP): 2009 * Testes em fase de validação Construção das escalas dos CGF Elaboração dos itens • marcadores de traço (avaliação de seus construtos) • DSM-IV Neuroticismo: Transtorno Dependente (+), Ansiedade (+), Depressão (+) Extroversão: Histriônica (+), esquizóide (-) e de esquiva (-) Socialização: Paranóide (-), antissocial (-), narcisista (-) e dependente (+) Realização: Obsessivo (+) e anti-social (-) Abertura: Esquizotípico (+) e histriônico (+) • International Personality Item Pool (http://ipip.ori.org/ipip/index.htm) Estudos de validade das escalas / bateria Três etapas, para verificar diferentes tipos de validade: • construção e avaliação psicométrica de escalas para avaliação dos fatores do Modelo. É realizada a avaliação da estrutura interna das escalas a partir de análises fatoriais (validade de construto); • aplicação simultânea das escalas produzidas com outros instrumentos psicológicos que avaliam variáveis psicológicas correspondentes ou correlatas (validade concorrente); • administração das escalas construídas em populações com características de personalidade diferenciadas e a sua comparação com a população geral (validade de critério). Bateria Fatorial de Personalidade: versão preliminar Os itens das escalas originais foram selecionados a partir de: • análise de conteúdo, visando itens com aplicabilidade na população geral e linguagem acessível. • verificação das propriedades psicométricas a partir do uso de uma análise por Rasch (Winsteps) • indicadores de resíduo (infit e outfit) • mapa de itens • correlação item-total • foram mantidos mais itens para avaliação de Realização e Abertura Neuroticismo N1 - Vulnerabilidade: indicadores de personalidade dependente e de esquiva estão agrupados neste componente. Este fator é composto por itens que descrevem medo a críticas, insegurança, dificuldades em tomar decisões, medo de abandono das pessoas mais próximas, etc. Exemplos de itens: Sinto-me muito mal quando recebo alguma crítica. Deixo de fazer as coisas que desejo por medo de ser criticado pelos outros. Tenho muita dificuldade em tomar decisões na minha vida. Sou uma pessoa insegura. Tenho muito medo que os meus amigos deixem de gostar de mim. Neuroticismo N2 – Instabilidade emocional: avalia o quanto as pessoas descrevem-se como irritáveis, nervosas, e com grandes variações de humor. Pessoas com altos escores nesta faceta indicam que tendem a agir impulsivamente quando sentem algum desconforto psicológico, tomando decisões precipitadas com relativa freqüência. Pessoas com esse perfil tendem a ter grandes oscilações de humor sem um motivo aparente e têm dificuldade para controlar seus sentimentos negativos e baixa tolerância à frustração Exemplos de itens: Com frequência, passo por períodos em que fico extremamente irritável, me incomodando com qualquer coisa. Sou uma pessoa nervosa. Meu humor varia constantemente. Ajo impulsivamente quando alguma coisa está me aborrecendo. Neuroticismo N3 - Passividade / Falta de Energia - Pessoas com altos escores nesta faceta tendem a apresentar um comportamento de procrastinação, tendo grande dificuldade para iniciar tarefas, mesmo que simples. Têm também dificuldade para manter a motivação em afazeres longos ou difíceis, tendendo a abandoná-los antes de sua conclusão. Pessoas com esse perfil necessitam de estímulo de outros para conseguirem levar adiante seus planos e, com freqüência, abstêm-se de tomar decisões sobre assuntos de seu interesse. Exemplos de itens: Tenho pouca paciência para terminar tarefas muito longas ou difíceis. Eu paro de fazer as coisas quando elas ficam muito difíceis. Preciso de estímulo para começar a fazer as coisas. Espero pela decisão dos outros. Neuroticismo N4 - Depressão: A escala de depressão avalia os padrões de interpretações que os indivíduos apresentam em relação aos eventos que ocorrem ao longo de suas vidas. Os respondentes que apresentam escores altos tendem a relatar baixa expectativa em relação ao seu futuro, indicam ter uma vida monótona e sem emoção. Além disso, tendem a sentir-se solitários, sem objetivos claros para suas vidas, consideram-se incapazes de lidar com as dificuldades que surgem em suas vidas e relatam uma expectativa negativa em relação ao seu futuro, o que caracteriza desesperança Exemplos de itens: Estou cansado de viver. Tudo o que posso ver à minha frente é mais desprazer do que prazer. Acho que a minha vida é vazia e sem emoção. Quase sempre me sinto desanimado, na fossa. Por mais que me esforce, sei que não sou capaz de superar os obstáculos que tenho que enfrentar no dia a dia. Socialização S1 - Amabilidade: descreve o quão atenciosas, compreensivas e empáticas as pessoas procuram ser com as demais. Além disso, indica o quão agradáveis as pessoas buscam ser com os outros, observando suas opiniões, sendo educadas com elas e se importando com as suas necessidades. Exemplos de itens: Respeito os sentimentos alheios. Sou atencioso com as pessoas. Sou uma pessoa sensível. Demonstro minha gratidão aos outros. Gosto de ajudar os que estão com dificuldades. Esforço-me para tornar-me uma pessoa melhor. Preocupo-me com aqueles que estão numa situação pior que a minha. Preocupo-me com todos. Gosto de ajudar as pessoas. Sou generoso(a). Socialização S2 - Pró-sociabilidade: descreve comportamentos de risco, concordância ou confronto com leis e regras sociais, moralidade, auto e heteroagressividade, padrões de consumo de bebidas alcoólicas, etc. Casos com Transtorno de Personalidade Anti-social e Narcisista apresentam uma grande identificação com essas características. Exemplos de itens: Faço coisas consideradas perigosas. Participaria de alguma fraude para progredir na vida. Divirto-me contrariando as pessoas. Pressiono os outros para que façam o que quero. Uso as pessoas para conseguir o que desejo. Critico abertamente os outros. Gosto de uma boa discussão. Gosto de piadas que agridem as pessoas. Socialização S3 - Confiança (nas pessoas): descreve o quanto as pessoas confiam nas pessoas e acham que elas não as prejudicarão. Casos com escores muito baixos nessa escala frequentemente relatam uma constante percepção de que as pessoas podem estar tentando prejudica-las em variados contextos, tendem a ser muito ciumentas e têm uma acentuada dificuldade desenvolver intimidade com outros Exemplos de itens: Desconfio de todos. Confio no que as pessoas dizem. Sou vingativo. Acredito que as pessoas têm uma natureza ruim. Acho que os outros podem tentar prejudicar-me. Acho que os outros zombam de mim. Acredito que as pessoas têm boas intenções. Não confio completamente em ninguém. Extroversão E1 - Comunicação: descreve o quão comunicativas e expansivas as pessoas acreditam que são. Pessoas com escores altos nessa escala usualmente apresentam facilidade para falar em público, tendem a falar mais sobre si mesmos e relatam ter facilidade de fazer novos conhecidos. Pessoas que apresentam Transtorno da Personalidade Histriônica e Dependente tendem a apresentar um nível de comunicação bem elevado, enquanto que pessoas com Transtorno da Personalidade Esquizóide e Esquizotípico apresentam tendência oposta. Exemplos de itens: As pessoas dizem que falo pouco. Sou comunicativo. Tenho dificuldades em falar com desconhecidos. Dificilmente falo de mim para os outros. Tenho vergonha de falar em grupo. Extroversão E2 - Altivez: descreve pessoas com uma percepção grandiosa sobre a sua capacidade e valor. Pessoas que apresentam Transtorno da Personalidade Anti-social e Narcista tendem a identificar-se muito com esses itens, enquanto que pessoas com Transtorno da Personalidade Dependente apresentam tendência oposta. Exemplos de itens: Acho que sou muito mais inteligente do que as pessoas em geral. O principal objetivo da minha vida é ter poder e fama. Acredito que darei importantes contribuições para a humanidade. Tento influenciar aos outros. É comum terem inveja de mim. Extroversão E3 - Dinamismo: Essa faceta é composta por itens que indicam o quanto as pessoas tomam a iniciativa em situações variadas, quão facilmente julgam que colocam suas idéias em prática e seu nível de atividade. Pessoas com altos escores nessa escala usualmente são mais dinâmicas, envolvem-se em várias atividades simultaneamente e preferem, mesmo quando estão em folga ou férias, manter-se ocupados com atividades variadas. Assim como E1, Dinamismo apresenta correlação positiva com o tipo Empreendedor (r=0,27; p<0,01), avaliado pelo SDS (Noronha, Nunes, Ambiel, Barros, M. V. C., & Freitas, 2008). Exemplos de itens: Consigo o que eu quero. Usualmente, tomo a iniciativa nas situações. Facilmente coloco as minhas idéias em prática. Faço muitas coisas durante as minhas horas de folga. Extroversão E4 - Interações sociais: descreve pessoas que buscam ativamente situações que permitam interações sociais como festas, atividades em grupo, etc. Pessoas com altos escores nessa escala tendem a ser gregárias e esforçam-se para manter contato com as pessoas conhecidas. Exemplos de itens: Adoro aventuras. Envolvo-me rapidamente com os outros. Gosto de ter uma vida social agitada. Não consigo viver só. Divirto-me quando estou entre muitas pessoas. Converso com muitas pessoas diferentes quando vou a festas. Sinto-me desanimado quando devo participar de alguma festa ou reunião social. Realização R1 - Competência. É composta por itens descrevem uma atitude ativa na busca dos objetivos e a consciência de que é preciso fazer alguns sacrifícios pessoais para se obter os resultados esperados. Também são descritas situações em que as pessoas possuem uma percepção favorável de si mesmas, acreditando na sua capacidade para realizar as ações consideradas difíceis e importantes. Exemplo de itens: Resolvo meus problemas com rapidez. Sou capaz de assumir tarefas importantes. Acho que faço bem as coisas. Posso lidar com muitas tarefas ao mesmo tempo. Sei o que quero para minha vida. Realização R2 - Ponderação / Prudência. é composta por itens que descrevem situações que envolvem o cuidado com a forma para expressar opiniões ou defender interesses, bem como a avaliação das possíveis conseqüências de ações. Pessoas que identificam-se com esses itens tendem a ser mais ponderadas quanto ao que dizem e fazem, tentando controlar sua impulsividade ao resolver problemas. Exemplos de itens Escolho as palavras com cuidado. Tomo cuidado com o que falo. Antes de agir, penso no que pode acontecer. Resolvo meus problemas sem pensar muito. Realização R3 - Empenho / Comprometimento. tendência ao detalhismo na realização de trabalhos e um alto nível de exigência pessoal com a qualidade das tarefas realizadas. Dedicação às atividades profissionais/acadêmicas e gostam de obter reconhecimento por seu esforço. Também descrevem uma tendência a querer planejar detalhadamente os passos para a realização de alguma tarefa. Exemplos de itens: As pessoas dizem que sou muito detalhista. Exijo muito de mim mesmo. Meus amigos dizem que eu trabalho/estudo demais. Gosto de programar detalhadamente as coisas que tenho para fazer. Dedico-me muito para fazer bem as coisas. Abertura A1 - Interesse por novas idéias. descrevem abertura para novos conceitos ou idéias, que podem incluir postura aberta para posições filosóficas, arte, fotografia, estilos musicais e diferentes expressões culturais. • Exemplos de itens: Tenho dificuldade para participar de atividades que exijam imaginação ou fantasia. Tenho pouco interesse por idéias abstratas. Evito discussões filosóficas. Sou uma pessoa com pouca imaginação. Tenho pouco interesse por exposições de arte. Abertura A2 - Liberalismo. tendência à abertura para novos valores morais e sociais. As pessoas que identificam-se com esses itens tendem a relativizar valores morais, tendo consciência de que os mesmos evoluem ao longo do tempo e que podem ser diferentes a depender da cultura local em questão. Os itens indicam a consciência de que os aspectos tidos como “verdades” tendem a mudar ao longo do tempo, do mesmo modo que as regras e costumes sociais. Exemplo de itens: Acho natural que os valores morais mudem ao longo do tempo. Acredito que a maioria dos valores morais são dependentes da época e do lugar. Acho que não existe uma verdade absoluta. Abertura A3 - Busca por novidades. Preferência por vivenciar novos eventos e ações. Pessoas que apresentam altos níveis nesta faceta relatam não gostar de rotinas fixas em contextos variados, indicando que têm pouca motivação para realizar tarefas repetitivas, facilmente ficando entediados quando não podem vivenciar eventos novos. Exemplos de itens: Sinto-me entediado quando tenho que fazer as mesmas coisas. Gosto de fazer coisas que nunca fiz antes. Sempre que posso, mudo os trajetos nos meus percursos diários. Gosto de manter a rotina. Bateria Fatorial de Personalidade Estudos empíricos Bateria Fatorial de Personalidade: montagem da base de dados Em uma base de dados geral, foram incluídas as respostas das pessoas aos itens que responderam e que foram mantidos na versão preliminar da BFP. Bateria Fatorial de Personalidade: estudos de validade Amostra: 6.599 pessoas, com idade média de 23 anos (DP=7,6), sendo que 65,9% eram do sexo feminino. Estado 1 BA 2 RS 3 MG 4 SC 5 SP 6 PB 7 PE 8 RJ 9 SE 10 PR 11 GO Total System Freqüência 1804 1431 139 268 1347 263 47 15 53 211 757 6335 264 Percentual 27.3 21.7 2.1 4.1 20.4 4 0.7 0.2 0.8 3.2 11.5 96 4 Bateria Fatorial de Personalidade: estudo da dimensionalidade Foi realizada uma análise fatorial (rotação varimax), e pairwise Fator Neuroticis mo Extroversão Eigenval ue % variância explicad a 10,04 7,97 No de itens Alpha de Cronbach N listwise 29 0,89 1754 N com 90% de respostas válidas 3291 7,57 6,01 25 0,84 1767 2959 Socializaçã o Realização 7,10 5,63 28 0,85 1755 3328 6,12 4,86 21 0,83 1772 2353 Abertura 4,59 3,65 23 0,74 1763 1995 Bateria Fatorial de Personalidade: estudo da dimensionalidade Para cada fator, foi realizada uma análise fatorial para identificar seus componentes (rotação oblimin e pairwise). Foram identificados 17 facetas. Posteriormente, análise fatorial com os escores nas facetas: Evidências de validade pela relação com outras variáveis Estudos: • Evidências de validade convergente e discriminante com alunos do Ensino Médio que participaram de processo de Orientação Profissional • Evidências de validade convergente em amostra no contexto hospitalar • Relação entre bem-estar subjetivo e personalidade • Evidência de validade de critério para fator Socialização • Evidência de validade convergente e discriminante para a escala de Neuroticismo • Estudos em andamento Evidências de validade convergente e discriminante em uma amostra composta por estudantes do ensino médio •O grupo foi composto por 211 adolescentes, com idades variando entre 16 e 18 anos, sendo que 58,3% eram do sexo feminino (Noronha & cols., 2008). •O estudo foi realizado no contexto da orientação profissional/vocacional e, além da BFP, foram aplicadas a BPR-5 (inteligência), SDS (interesses vocacionais), IDDP (dificuldades de escolha da profissão) e EAP (interesses vocacionais). Correlações entre a BFP e BPR-5 Correlações entre a BFP e EAP Correlações entre a BFP e SDS Correlações entre a BFP e Inventário de Dificuldades de Decisão Profissional Evidências de validade convergente em uma amostra no contexto hospitalar •O estudo realizado por Dias (2008) em um grupo clínico, composto por pessoas com um tipo específico de doença inflamatória intestinal, denominada Doença de Crohn e por um grupo não clínico. •A doença de Crohn (DC), tem etiologia desconhecida, possui como sintomas gerais diarréia, dores abdominais, náuseas, entre outras. •A amostra foi composta por 200 pessoas, sendo metade pessoas com DC e a outra metade, um grupo não clínico. A amostra teve uma idade média de 35,8 anos (DP=10,7), sendo 52,0% de mulheres. •Qualidade de vida foi mensurada com o uso do IBDQ. Foi mensurada a percepção de suporte familiar com o IPSF e o nível de depressão foi avaliado com uso do EDEP. Evidências de validade convergente em uma amostra no contexto hospitalar Correlações entre BES, Extroversão e Socialização (N=100) Correlações entre BES e Neuroticismo Evidências de validade de critério da escala para mensuração de Socialização •Nunes, Nunes, Cunha e Hutz (2006): associações entre adicção a substâncias psicoativas e características da personalidade • Para a realização desse estudo, a amostra foi composta por dois grupos: •Um grupo formado por 54 clientes de uma clínica para tratamento de dependência química com idade variando entre 17 e 66 anos (média de 31,0; desvio padrão de 12,36) • Universitários (9 homens e 26 mulheres) que participaram voluntariamente da pesquisa respondendo às escalas e posteriormente a uma entrevista com o objetivo de aprofundar aspectos de suas histórias de vida. A idade média desse grupo foi de 21,7 anos com desvio padrão de 2,5. •Para a realização de análises adicionais, foram utilizados os resultados dos estudos de normatização da Escala Fatorial de Socialização (Nunes, 2005), cuja amostra foi composta por 1.100 pessoas. Evidências de validade de critério da escala para mensuração de Socialização Evidências de validade de critério da escala para mensuração de Socialização Evidências de validade de critério da escala para mensuração de Socialização Evidências de validade para mensuração de Socialização •Bartholomeu, Nunes e Machado (2008) investigaram a associação entre habilidades sociais e o fator Socialização, medido segundo a perspectiva do CGF. •As habilidades sociais foram medidas pelo IHS, que possui cinco fatores avaliando enfrentamento com risco, Auto-afirmação na expressão de afeto positivo, Conversação e desenvoltura social, Auto-exposição a desconhecidos ou a situações novas e Autocontrole da agressividade em situações aversivas. • Participaram do estudo 126 estudantes universitários do curso de Educação Física. Evidências de validade para mensuração de Socialização Evidências de validade para mensuração de Neuroticismo •Participaram deste estudo 437 estudantes universitários de ambos os sexos (65% de mulheres e 35% de homens). •A idade dos participantes variou entre 16 e 52 anos (com média de 22,03 e desvio padrão de 5,33). •Os testes foram aplicados aos pares, sendo que todos os participantes responderam à medida de Neuroticismo. •O EPQ foi respondido por 69 pessoas; o BAI foi respondido por 53; o BDI por 53 e a escala de auto-estima de Rosenberg por 91 participantes. Os instrumentos são detalhados a seguir. Correlações entre a EFN e BFP e o EPQ, BAI, BDI e Rosenberg Estudos em desenvolvimento para a verificação de evidências de validade da BFP Verificação da validade convergente da BFP com o NEOPI-R • Um estudo para a verificação da validade convergente da BFP com a versão brasileira do NEO-PI-R (Costa, & McCrae, 1992) está sendo realizado por Borine (comunicação pessoal). •Uma análise preliminar foi realizada com dados coletados em um grupo de 38 estudantes de psicologia de uma universidade do interior do Estado de São Paulo, com idade média de 23,4 anos (DP=6,9), sendo que 6 estudantes eram do sexo masculino (20%). Verificação da validade convergente da BFP com o NEO-PI-R Verificação da validade convergente da BFP com o NEO-PI-R Verificação da validade convergente da BFP com o NEO-PI-R Verificação da validade convergente da BFP com o NEO-PI-R Verificação da validade convergente da BFP com o NEO-PI-R Verificação da validade convergente da BFP com o NEO-PI-R Sistemas interpretativos • Baseados na norma: percentis e escores Z • Com referência ao item Levantamento informatizado da BFP • Realiza os cálculos necessários para EB, PP e escore Z • Apresenta textos resumidos sobre os resultados encontrados: • S1 muito baixo. João apresentou um nível muito baixo em Amabilidade. Pessoas com resultados semelhantes tendem a ser pouco atenciosas, compreensivas e empáticas com os demais. Tendem a expor suas opiniões sem a preocupação de que estas poderão ofender ou agredir às demais pessoas. Indivíduos com resultados semelhantes raramente estão disponíveis para ouvir e ajudar a resolver os problemas dos outros. São auto-centrados e indiferentes para com as necessidades alheias. Apresentam pouca preocupação em promover o bem-estar das demais pessoas, podendo dirigir-se a elas de forma pouco cuidadosa, tratando de assuntos delicados de forma insensível, chegando a ser hostis. É importante verificar se as relações interpessoais de João estão sendo prejudicadas pelo seu nível muito baixo em Amabilidade.