Bateria Fatorial de
Personalidade
Carlos Henrique Nunes
Estrutura do curso
Conceitos centrais no modelo dos CGF
Definições gerais dos fatores
Apresentação da Bateria Fatorial e seus
subfatores
Estudos de validação da BFP
Teoria de traços
Pontos centrais na teoria de Allport
•
Reflexo condicionado
•
Hábito - esquemas
•
Traços - modos
Personalidade
•
Coerência dos comportamentos,
emoções e interpretações ao meio
Os fatores de maior nível geralmente
dominam os mais específicos.
“A personalidade é a organização
dinâmica, no indivíduo, dos sistemas
psicofísicos que determinam seu
comportamento e seu pensamento
característicos”.
Traços comuns: características
marcantes em uma dada cultura, que
todos reconhecem e nomeiam.
Modelos Fatoriais
Análise fatorial (Spearman, 1931):
• procedimento estatístico: permite verificar as dimensões existentes em
um conjunto de variáveis. É feita a partir do levantamento dos padrões de
respostas observados (correlações).
Exemplos: diferentes aspectos da inteligência, Fator N.
• após a criação de muitos modelos concorrentes, os cinco fatores
começaram a ser extraídos de forma independente por vários
pesquisadores
Cinco Grandes Fatores de
Personalidade
É uma versão moderna da Teoria de Traço.
Representa um avanço conceitual e empírico no
campo
da
personalidade,
descrevendo
dimensões humanas básicas de forma
consistente e replicável.
O Fator I: Extroversão.
•Quantidade e intensidade das interações
interpessoais preferidas
•Nível de atividade
•Necessidade de estimulação
•Capacidade de alegrar-se, etc.
Pessoas altas em Extroversão tendem a ser
sociáveis, ativas, falantes, otimistas e afetuosas;
pessoas que são baixas em Extroversão tendem
a ser reservadas, sóbrias, indiferentes,
independentes e quietas.
A escala de extroversão apresenta
componentes que descrevem uma pessoa
sociável, amistosa, assertiva, calorosa,
gregária e “festeira” (joy-seeking).
O Fator II: Socialização.
• Dimensão interpessoal que se refere aos
tipos de interações
• Contínuo: compaixão ao antagonismo.
Pessoas altas em Socialização tendem a ser
generosas, bondosas, afáveis, prestativas e
altruístas. Tendem a ser responsivas e
empáticas e acreditam que a maioria das
outras pessoas querem fazer o mesmo e irão
agir da mesma forma.
Os componentes básicos deste fator são
confiança, altruísmo, franqueza, tolerância,
modéstia e ternura
Cinco Grandes Fatores de
Personalidade
O Fator III: Realização.
•Grau de organização
•Persistência
•Controle e motivação em alcançar objetivos.
•Pessoas que são altas em Realização tendem a
ser organizadas, confiáveis, trabalhadoras,
decididas, pontuais, escrupulosas, ambiciosas e
perseverantes; por outro lado, pessoas que são
baixas em Realização tendem a não ter objetivos
claros, não são confiáveis, são preguiçosas,
descuidadas, negligentes e hedonistas.
O Fator IV: Neuroticismo.
•Nível crônico de ajustamento emocional e
instabilidade.
•Componente emocional da personalidade
•Este fator apresenta escalas para avaliação de
vulnerabilidade, desajustamento psicossocial,
ansiedade e depressão.
O fator V: Abertura.
• Necessidade de comportamentos exploratórios
• Reconhecimento da importância em ter novas
experiências.
•Indivíduos altos nesta dimensão são curiosos,
imaginativos, criativos, divertem-se com novas
idéias e com valores não convencionais;
Experienciam uma ampla gama de emoções
mais vividamente do que pessoas “fechadas”.
•Pessoas que são baixas em Abertura tendem a
ser convencionais nas suas crenças e atitudes,
conservadoras
nas
suas
preferências,
dogmáticos e rígidos nas suas crenças; tendem
também a serem menos responsivos
emocionalmente
***
Desenvolvimento das
escalas brasileiras
As escalas brasileiras para avaliação dos Cinco Grandes Fatores
foram construídas na seguinte ordem:
• Escala Fatorial de Neuroticismo (EFN): 2001
• Escala Fatorial de Socialização (EFS): 2007
• Escala Fatorial de Extroversão (EFEx): 2007
• Escala Fatorial de Abertura (EFA) *
• Escala Fatorial de Realização (EFR) *
• Bateria Fatorial de Personalidade (BFP): 2009
* Testes em fase de validação
Construção das escalas dos CGF
Elaboração dos itens
• marcadores de traço (avaliação de seus construtos)
• DSM-IV
Neuroticismo: Transtorno Dependente (+), Ansiedade (+), Depressão (+)
Extroversão: Histriônica (+), esquizóide (-) e de esquiva (-)
Socialização: Paranóide (-), antissocial (-), narcisista (-) e dependente (+)
Realização: Obsessivo (+) e anti-social (-)
Abertura: Esquizotípico (+) e histriônico (+)
•
International Personality Item Pool (http://ipip.ori.org/ipip/index.htm)
Estudos de validade das escalas /
bateria
Três etapas, para verificar diferentes tipos de validade:
• construção e avaliação psicométrica de escalas para avaliação dos
fatores do Modelo. É realizada a avaliação da estrutura interna
das escalas a partir de análises fatoriais (validade de construto);
• aplicação simultânea das escalas produzidas com outros instrumentos
psicológicos
que
avaliam
variáveis
psicológicas
correspondentes ou correlatas (validade concorrente);
• administração das escalas construídas em populações com
características de personalidade diferenciadas e a sua
comparação com a população geral (validade de critério).
Bateria Fatorial de Personalidade: versão
preliminar
Os itens das escalas originais foram selecionados a partir de:
• análise de conteúdo, visando itens com aplicabilidade na população
geral e linguagem acessível.
• verificação das propriedades psicométricas a partir do uso de uma
análise por Rasch (Winsteps)
• indicadores de resíduo (infit e outfit)
• mapa de itens
• correlação item-total
• foram mantidos mais itens para avaliação de Realização e Abertura
Neuroticismo
N1 - Vulnerabilidade: indicadores de personalidade dependente e de esquiva
estão agrupados neste componente. Este fator é composto por itens que
descrevem medo a críticas, insegurança, dificuldades em tomar decisões,
medo de abandono das pessoas mais próximas, etc.
Exemplos de itens:
Sinto-me muito mal quando recebo alguma crítica.
Deixo de fazer as coisas que desejo por medo de ser criticado pelos outros.
Tenho muita dificuldade em tomar decisões na minha vida.
Sou uma pessoa insegura.
Tenho muito medo que os meus amigos deixem de gostar de mim.
Neuroticismo
N2 – Instabilidade emocional: avalia o quanto as pessoas descrevem-se
como irritáveis, nervosas, e com grandes variações de humor. Pessoas
com altos escores nesta faceta indicam que tendem a agir impulsivamente
quando sentem algum desconforto psicológico, tomando decisões
precipitadas com relativa freqüência. Pessoas com esse perfil tendem a ter
grandes oscilações de humor sem um motivo aparente e têm dificuldade
para controlar seus sentimentos negativos e baixa tolerância à frustração
Exemplos de itens:
Com frequência, passo por períodos em que fico extremamente irritável,
me incomodando com qualquer coisa.
Sou uma pessoa nervosa.
Meu humor varia constantemente.
Ajo impulsivamente quando alguma coisa está me aborrecendo.
Neuroticismo
N3 - Passividade / Falta de Energia - Pessoas com altos escores nesta
faceta tendem a apresentar um comportamento de procrastinação, tendo
grande dificuldade para iniciar tarefas, mesmo que simples. Têm também
dificuldade para manter a motivação em afazeres longos ou difíceis,
tendendo a abandoná-los antes de sua conclusão. Pessoas com esse
perfil necessitam de estímulo de outros para conseguirem levar adiante
seus planos e, com freqüência, abstêm-se de tomar decisões sobre
assuntos de seu interesse.
Exemplos de itens:
Tenho pouca paciência para terminar tarefas muito longas ou difíceis.
Eu paro de fazer as coisas quando elas ficam muito difíceis.
Preciso de estímulo para começar a fazer as coisas.
Espero pela decisão dos outros.
Neuroticismo
N4 - Depressão: A escala de depressão avalia os padrões de interpretações
que os indivíduos apresentam em relação aos eventos que ocorrem ao
longo de suas vidas. Os respondentes que apresentam escores altos
tendem a relatar baixa expectativa em relação ao seu futuro, indicam ter
uma vida monótona e sem emoção. Além disso, tendem a sentir-se
solitários, sem objetivos claros para suas vidas, consideram-se incapazes
de lidar com as dificuldades que surgem em suas vidas e relatam uma
expectativa negativa em relação ao seu futuro, o que caracteriza
desesperança
Exemplos de itens:
Estou cansado de viver.
Tudo o que posso ver à minha frente é mais desprazer do que prazer.
Acho que a minha vida é vazia e sem emoção.
Quase sempre me sinto desanimado, na fossa.
Por mais que me esforce, sei que não sou capaz de superar os obstáculos
que tenho que enfrentar no dia a dia.
Socialização
S1 - Amabilidade: descreve o quão atenciosas, compreensivas e empáticas
as pessoas procuram ser com as demais. Além disso, indica o quão
agradáveis as pessoas buscam ser com os outros, observando suas
opiniões, sendo educadas com elas e se importando com as suas
necessidades.
Exemplos de itens:
Respeito os sentimentos alheios.
Sou atencioso com as pessoas.
Sou uma pessoa sensível.
Demonstro minha gratidão aos outros.
Gosto de ajudar os que estão com dificuldades.
Esforço-me para tornar-me uma pessoa melhor.
Preocupo-me com aqueles que estão numa situação pior que a minha.
Preocupo-me com todos.
Gosto de ajudar as pessoas.
Sou generoso(a).
Socialização
S2 - Pró-sociabilidade: descreve comportamentos de risco, concordância ou
confronto com leis e regras sociais, moralidade, auto e heteroagressividade, padrões de consumo de bebidas alcoólicas, etc. Casos com
Transtorno de Personalidade Anti-social e Narcisista apresentam uma
grande identificação com essas características.
Exemplos de itens:
Faço coisas consideradas perigosas.
Participaria de alguma fraude para progredir na vida.
Divirto-me contrariando as pessoas.
Pressiono os outros para que façam o que quero.
Uso as pessoas para conseguir o que desejo.
Critico abertamente os outros.
Gosto de uma boa discussão.
Gosto de piadas que agridem as pessoas.
Socialização
S3 - Confiança (nas pessoas): descreve o quanto as pessoas confiam nas
pessoas e acham que elas não as prejudicarão. Casos com escores muito
baixos nessa escala frequentemente relatam uma constante percepção de
que as pessoas podem estar tentando prejudica-las em variados
contextos, tendem a ser muito ciumentas e têm uma acentuada dificuldade
desenvolver intimidade com outros
Exemplos de itens:
Desconfio de todos.
Confio no que as pessoas dizem.
Sou vingativo.
Acredito que as pessoas têm uma natureza ruim.
Acho que os outros podem tentar prejudicar-me.
Acho que os outros zombam de mim.
Acredito que as pessoas têm boas intenções.
Não confio completamente em ninguém.
Extroversão
E1 - Comunicação: descreve o quão comunicativas e expansivas as pessoas
acreditam que são. Pessoas com escores altos nessa escala usualmente
apresentam facilidade para falar em público, tendem a falar mais sobre si
mesmos e relatam ter facilidade de fazer novos conhecidos. Pessoas que
apresentam Transtorno da Personalidade Histriônica e Dependente
tendem a apresentar um nível de comunicação bem elevado, enquanto
que pessoas com Transtorno da Personalidade Esquizóide e Esquizotípico
apresentam tendência oposta. Exemplos de itens:
As pessoas dizem que falo pouco.
Sou comunicativo.
Tenho dificuldades em falar com desconhecidos.
Dificilmente falo de mim para os outros.
Tenho vergonha de falar em grupo.
Extroversão
E2 - Altivez: descreve pessoas com uma percepção grandiosa sobre a sua
capacidade e valor. Pessoas que apresentam Transtorno da Personalidade
Anti-social e Narcista tendem a identificar-se muito com esses itens,
enquanto que pessoas com Transtorno da Personalidade Dependente
apresentam tendência oposta.
Exemplos de itens:
Acho que sou muito mais inteligente do que as pessoas em geral.
O principal objetivo da minha vida é ter poder e fama.
Acredito que darei importantes contribuições para a humanidade.
Tento influenciar aos outros.
É comum terem inveja de mim.
Extroversão
E3 - Dinamismo: Essa faceta é composta por itens que indicam o quanto as
pessoas tomam a iniciativa em situações variadas, quão facilmente julgam
que colocam suas idéias em prática e seu nível de atividade. Pessoas com
altos escores nessa escala usualmente são mais dinâmicas, envolvem-se
em várias atividades simultaneamente e preferem, mesmo quando estão
em folga ou férias, manter-se ocupados com atividades variadas. Assim
como E1, Dinamismo apresenta correlação positiva com o tipo
Empreendedor (r=0,27; p<0,01), avaliado pelo SDS (Noronha, Nunes,
Ambiel, Barros, M. V. C., & Freitas, 2008).
Exemplos de itens:
Consigo o que eu quero.
Usualmente, tomo a iniciativa nas situações.
Facilmente coloco as minhas idéias em prática.
Faço muitas coisas durante as minhas horas de folga.
Extroversão
E4 - Interações sociais: descreve pessoas que buscam ativamente situações
que permitam interações sociais como festas, atividades em grupo, etc.
Pessoas com altos escores nessa escala tendem a ser gregárias e
esforçam-se para manter contato com as pessoas conhecidas.
Exemplos de itens:
Adoro aventuras.
Envolvo-me rapidamente com os outros.
Gosto de ter uma vida social agitada.
Não consigo viver só.
Divirto-me quando estou entre muitas pessoas.
Converso com muitas pessoas diferentes quando vou a festas.
Sinto-me desanimado quando devo participar de alguma festa ou reunião social.
Realização
R1 - Competência. É composta por itens descrevem uma
atitude ativa na busca dos objetivos e a consciência de
que é preciso fazer alguns sacrifícios pessoais para se
obter os resultados esperados. Também são descritas
situações em que as pessoas possuem uma percepção
favorável de si mesmas, acreditando na sua capacidade
para realizar as ações consideradas difíceis e importantes.
Exemplo de itens:
Resolvo meus problemas com rapidez.
Sou capaz de assumir tarefas importantes.
Acho que faço bem as coisas.
Posso lidar com muitas tarefas ao mesmo tempo.
Sei o que quero para minha vida.
Realização
R2 - Ponderação / Prudência. é composta por itens que
descrevem situações que envolvem o cuidado com a
forma para expressar opiniões ou defender interesses,
bem como a avaliação das possíveis conseqüências de
ações. Pessoas que identificam-se com esses itens tendem
a ser mais ponderadas quanto ao que dizem e fazem,
tentando controlar sua impulsividade ao resolver
problemas.
Exemplos de itens
Escolho as palavras com cuidado.
Tomo cuidado com o que falo.
Antes de agir, penso no que pode acontecer.
Resolvo meus problemas sem pensar muito.
Realização
R3 - Empenho / Comprometimento. tendência ao detalhismo
na realização de trabalhos e um alto nível de exigência
pessoal com a qualidade das tarefas realizadas. Dedicação
às atividades profissionais/acadêmicas e gostam de obter
reconhecimento por seu esforço. Também descrevem
uma tendência a querer planejar detalhadamente os
passos para a realização de alguma tarefa.
Exemplos de itens:
As pessoas dizem que sou muito detalhista.
Exijo muito de mim mesmo.
Meus amigos dizem que eu trabalho/estudo demais.
Gosto de programar detalhadamente as coisas que
tenho para fazer.
Dedico-me muito para fazer bem as coisas.
Abertura
A1 - Interesse por novas idéias. descrevem abertura
para novos conceitos ou idéias, que podem incluir
postura aberta para posições filosóficas, arte,
fotografia, estilos musicais e diferentes
expressões culturais.
• Exemplos de itens:
Tenho dificuldade para participar de atividades que
exijam imaginação ou fantasia.
Tenho pouco interesse por idéias abstratas.
Evito discussões filosóficas.
Sou uma pessoa com pouca imaginação.
Tenho pouco interesse por exposições de arte.
Abertura
A2 - Liberalismo. tendência à abertura para novos valores
morais e sociais. As pessoas que identificam-se com esses
itens tendem a relativizar valores morais, tendo
consciência de que os mesmos evoluem ao longo do
tempo e que podem ser diferentes a depender da cultura
local em questão. Os itens indicam a consciência de que
os aspectos tidos como “verdades” tendem a mudar ao
longo do tempo, do mesmo modo que as regras e
costumes sociais.
Exemplo de itens:
Acho natural que os valores morais mudem ao longo
do tempo.
Acredito que a maioria dos valores morais são
dependentes da época e do lugar.
Acho que não existe uma verdade absoluta.
Abertura
A3 - Busca por novidades. Preferência por vivenciar novos
eventos e ações. Pessoas que apresentam altos níveis
nesta faceta relatam não gostar de rotinas fixas em
contextos variados, indicando que têm pouca motivação
para realizar tarefas repetitivas, facilmente ficando
entediados quando não podem vivenciar eventos novos.
Exemplos de itens:
Sinto-me entediado quando tenho que fazer as
mesmas coisas.
Gosto de fazer coisas que nunca fiz antes.
Sempre que posso, mudo os trajetos nos meus
percursos diários.
Gosto de manter a rotina.
Bateria Fatorial de Personalidade
Estudos empíricos
Bateria Fatorial de Personalidade:
montagem da base de dados
Em uma base de dados geral, foram incluídas as respostas das pessoas aos itens que
responderam e que foram mantidos na versão preliminar da BFP.
Bateria Fatorial de Personalidade: estudos
de validade
Amostra: 6.599 pessoas, com idade média de 23 anos (DP=7,6),
sendo que 65,9% eram do sexo feminino.
Estado
1 BA
2 RS
3 MG
4 SC
5 SP
6 PB
7 PE
8 RJ
9 SE
10 PR
11 GO
Total
System
Freqüência
1804
1431
139
268
1347
263
47
15
53
211
757
6335
264
Percentual
27.3
21.7
2.1
4.1
20.4
4
0.7
0.2
0.8
3.2
11.5
96
4
Bateria Fatorial de Personalidade: estudo da
dimensionalidade
Foi realizada uma análise fatorial (rotação varimax),
e pairwise
Fator
Neuroticis
mo
Extroversão
Eigenval
ue
%
variância
explicad
a
10,04
7,97
No de
itens
Alpha de
Cronbach
N listwise
29
0,89
1754
N com
90% de
respostas
válidas
3291
7,57
6,01
25
0,84
1767
2959
Socializaçã
o
Realização
7,10
5,63
28
0,85
1755
3328
6,12
4,86
21
0,83
1772
2353
Abertura
4,59
3,65
23
0,74
1763
1995
Bateria Fatorial de Personalidade: estudo da
dimensionalidade
Para cada fator, foi realizada uma análise fatorial para identificar seus componentes
(rotação oblimin e pairwise). Foram identificados 17 facetas.
Posteriormente, análise fatorial com os escores nas facetas:
Evidências de validade pela relação com
outras variáveis
Estudos:
• Evidências de validade convergente e discriminante
com alunos do Ensino Médio que participaram de
processo de Orientação Profissional
• Evidências de validade convergente em amostra no
contexto hospitalar
• Relação entre bem-estar subjetivo e personalidade
• Evidência de validade de critério para fator
Socialização
• Evidência de validade convergente e discriminante para
a escala de Neuroticismo
• Estudos em andamento
Evidências de validade convergente e discriminante em
uma amostra composta por estudantes do ensino médio
•O grupo foi composto por 211 adolescentes, com idades
variando entre 16 e 18 anos, sendo que 58,3% eram do sexo
feminino (Noronha & cols., 2008).
•O estudo foi realizado no contexto da orientação
profissional/vocacional e, além da BFP, foram aplicadas a BPR-5
(inteligência), SDS (interesses vocacionais), IDDP (dificuldades
de escolha da profissão) e EAP (interesses vocacionais).
Correlações entre a BFP e BPR-5
Correlações entre a BFP e EAP
Correlações entre a BFP e SDS
Correlações entre a BFP e Inventário de Dificuldades de
Decisão Profissional
Evidências de validade convergente em uma amostra no
contexto hospitalar
•O estudo realizado por Dias (2008) em um grupo clínico, composto
por pessoas com um tipo específico de doença inflamatória intestinal,
denominada Doença de Crohn e por um grupo não clínico.
•A doença de Crohn (DC), tem etiologia desconhecida, possui como
sintomas gerais diarréia, dores abdominais, náuseas, entre outras.
•A amostra foi composta por 200 pessoas, sendo metade pessoas
com DC e a outra metade, um grupo não clínico. A amostra teve uma
idade média de 35,8 anos (DP=10,7), sendo 52,0% de mulheres.
•Qualidade de vida foi mensurada com o uso do IBDQ. Foi
mensurada a percepção de suporte familiar com o IPSF e o nível
de depressão foi avaliado com uso do EDEP.
Evidências de validade convergente em uma amostra no
contexto hospitalar
Correlações entre BES, Extroversão e Socialização
(N=100)
Correlações entre BES e Neuroticismo
Evidências de validade de critério da escala para
mensuração de Socialização
•Nunes, Nunes, Cunha e Hutz (2006): associações entre adicção a
substâncias psicoativas e características da personalidade
• Para a realização desse estudo, a amostra foi composta por dois grupos:
•Um grupo formado por 54 clientes de uma clínica para tratamento de
dependência química com idade variando entre 17 e 66 anos (média de
31,0; desvio padrão de 12,36)
• Universitários (9 homens e 26 mulheres) que participaram
voluntariamente da pesquisa respondendo às escalas e posteriormente
a uma entrevista com o objetivo de aprofundar aspectos de suas
histórias de vida. A idade média desse grupo foi de 21,7 anos com
desvio padrão de 2,5.
•Para a realização de análises adicionais, foram utilizados os resultados dos
estudos de normatização da Escala Fatorial de Socialização (Nunes, 2005),
cuja amostra foi composta por 1.100 pessoas.
Evidências de validade de critério da escala
para mensuração de Socialização
Evidências de validade de critério da escala
para mensuração de Socialização
Evidências de validade de critério da escala
para mensuração de Socialização
Evidências de validade para mensuração de
Socialização
•Bartholomeu, Nunes e Machado (2008) investigaram
a associação entre habilidades sociais e o fator
Socialização, medido segundo a perspectiva do CGF.
•As habilidades sociais foram medidas pelo IHS, que
possui cinco fatores avaliando enfrentamento com
risco, Auto-afirmação na expressão de afeto positivo,
Conversação e desenvoltura social, Auto-exposição a
desconhecidos ou a situações novas e Autocontrole da
agressividade em situações aversivas.
• Participaram do estudo 126 estudantes
universitários do curso de Educação Física.
Evidências de validade para mensuração de
Socialização
Evidências de validade para mensuração de
Neuroticismo
•Participaram deste estudo 437 estudantes universitários de
ambos os sexos (65% de mulheres e 35% de homens).
•A idade dos participantes variou entre 16 e 52 anos (com
média de 22,03 e desvio padrão de 5,33).
•Os testes foram aplicados aos pares, sendo que todos os
participantes responderam à medida de Neuroticismo.
•O EPQ foi respondido por 69 pessoas; o BAI foi respondido por
53; o BDI por 53 e a escala de auto-estima de Rosenberg por 91
participantes. Os instrumentos são detalhados a seguir.
Correlações entre a EFN e BFP e o EPQ, BAI, BDI
e Rosenberg
Estudos em desenvolvimento para a verificação
de evidências de validade da BFP
Verificação da validade convergente da BFP com o NEOPI-R
• Um estudo para a verificação da validade convergente da
BFP com a versão brasileira do NEO-PI-R (Costa, & McCrae,
1992) está sendo realizado por Borine (comunicação
pessoal).
•Uma análise preliminar foi realizada com dados coletados
em um grupo de 38 estudantes de psicologia de uma
universidade do interior do Estado de São Paulo, com
idade média de 23,4 anos (DP=6,9), sendo que 6
estudantes eram do sexo masculino (20%).
Verificação da validade convergente da BFP
com o NEO-PI-R
Verificação da validade convergente da BFP
com o NEO-PI-R
Verificação da validade convergente da BFP
com o NEO-PI-R
Verificação da validade convergente da BFP com o NEO-PI-R
Verificação da validade convergente da BFP com o NEO-PI-R
Verificação da validade convergente da BFP com o NEO-PI-R
Sistemas interpretativos
• Baseados na norma: percentis e escores Z
• Com referência ao item
Levantamento informatizado da
BFP
• Realiza os cálculos necessários para EB, PP
e escore Z
• Apresenta textos resumidos sobre os
resultados encontrados:
•
S1 muito baixo. João apresentou um nível muito baixo em Amabilidade. Pessoas com
resultados semelhantes tendem a ser pouco atenciosas, compreensivas e empáticas
com os demais. Tendem a expor suas opiniões sem a preocupação de que estas
poderão ofender ou agredir às demais pessoas. Indivíduos com resultados semelhantes
raramente estão disponíveis para ouvir e ajudar a resolver os problemas dos outros.
São auto-centrados e indiferentes para com as necessidades alheias. Apresentam
pouca preocupação em promover o bem-estar das demais pessoas, podendo dirigir-se
a elas de forma pouco cuidadosa, tratando de assuntos delicados de forma insensível,
chegando a ser hostis. É importante verificar se as relações interpessoais de João estão
sendo prejudicadas pelo seu nível muito baixo em Amabilidade.
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CursoBFP - Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica