Filosofia
• A história do pensamento filosófico
pretende atingir pelos menos três níveis
além do simples “o que” disseram os
filósofos ( doxográfico ), buscando explicar
“por que” os filósofos disseram o que
disseram e, finalmente, indagando alguns
dos “efeitos” provocados pelas teorias
filosóficas.
UMA VIDA SEM BUSCA NÃO É DIGNA
DE SER VIVIDA.
Sócrates.
• O porque das afirmaçoes dos filósofos
não é algo simples, porquanto motivos
sociais, econômicos e culturais se
entrecruzam.
• Os filósofos são importantes não só pelo
que dizem, mas também pelas tradições
que geram e põem em movimento.
• Algumas das posições dos filósofos
favorecem o nascimento de algumas
idéias, mas, juntas, impedem o
nascimento de outras. Portanto, os
filósofos são importantes quer pelo que
dizem, quer pelo que evitam dizer.
A importância dos gregos
• Sob o impulso dos gregos, a civilização
ocidental tomou uma direção diferente da
oriental.
• A filosofia tornou possível a ciência e em certo
sentido a gerou. INVESTIGAÇÃO E
ESCLARECIMENTO.
• A sabedoria até então existente – orientais,
estava vinculada a convicções religiosas, mitos
teológicos, mas não uma ciência filosófica
baseada na razão pura – O LOGOS.
• Diferença na espiritualidade e na
racionalidade. ( oriente x ocidente ).
• Os poemas homéricos ( fundamentais ) já
se preocupavam com ‘harmonia’,
‘proporção’, ‘limite’, ‘medida’.
• O poeta não se limita a narrar uma série
de fatos, mas também pesquisa suas
causas e razões, ou seja, princípio e o
porque último das coisas.
• O poeta se preocupou em analisar de
forma ‘total’, ‘inteireza’
• No quesito religião, é interessante
destacar a INTERVENÇÃO e a
HUMANIZAÇÃO DOS DEUSES.
Os deuses são formas naturais
personificadas em formas humanas.
• A religião grega sempre fora naturalista.
Lembrar Nietzsche e Sartre.
• Sartre pretende que o homem enxergue
que, independente de Deus existir ou não,
este não é o ponto fundamental, é
necessário que o homem compreenda
que nada poderá livra-lo dele próprio, nem
mesmo a concretude de Deus.
• Nietzsche dirá, independente de Deus
existir ou não , somos humanos,
demasiadamente humanos.
Primeira preocupação grega
• Explicação da totalidade das coisas, ou
seja, toda a realidade.
• “Qual o princípio de todas as coisas ?”
• “Qual a origem constitutiva ?”
• Ora, mas por que o homem sentiu a
necessidade de filosofar ?
• ADMIRAÇÃO – os homens maravilhavamse.
Primeiro problema
COSMOLÓGICO
• Como surgiu o cosmos ? Quais as forças
originais deste processo ?
• Com os sofistas, o quadro mudou. O
centro da problemática passou a se
concentrar no homem.
• Com Platão, houve a diferença do
conhecimento sensível com o
conhecimento intelegível.
METAFÍSICA
• Coube a Aristóteles a distinção clássica
entre a realidade física e a realidade
supra-física.
• Os achados da biblioteca de Aristóteles.
• A metafísica não é um termo aristotélico.
• Coube a Andrônico de Rodes a tarefa de
organizar os livros de Aristóteles.
Tales , o iniciador
• Inédito, foi o primeiro a afirmar a
existência de um princípio originário único.
• O primeiro físico. Física e Filosofia.
• Segundo ele, a nutrição de todas as
coisas é úmida. As sementes e os germes
tem a natureza úmida, portanto a
secagem total é morte.
• Mas não se deve acreditar que a água de
Tale seja a água que bebemos.
• A água de Tales é a phisis líquida
originária
• ANAXIMANDRO – sustenta que a água é
algo derivado e que, ao contrário, o
princípio é o infinito. O termo utilizado por
este filósofo é APEIRON ( privado de
limites, ou seja, aquilo que é
INDETERMINADO.
• ANAXÍMENES pensa que o princípio deve
ser infinito, sim, mas que deve ser
pensado como ar infinito. Escreve ele:
‘exatamente como nossa alma que é ar,
se sustenta e se governa, assim também
o sopro e o ar abarcam o cosmos inteiro’.
E ainda, o ar está próximo ao incorpóreo,
pois não tem forma, nem limites e é
invisível.
• ‘O homem deixa sair da boca , o frio e o
quente, com efeito, a respiração esfria se
for comprimida pelos lábios cerrados,
mas, ao contrário, torna-se quente pela
dilatação se sair da boca aberta’ .
( Anaxímenes).
Heráclito, o obscuro.
• Tudo se move. “Não se pode descer duas vezes
o mesmo rio e não se pode tocar duas vezes
uma substância mortal no mesmo estado. Nós
somos e não somos”.
• “Para ser aquilo que somos em um determinado
momento, devemos não ser mais aquilo que
éramos no momento anterior, do mesmo modo
que , para continuarmos a ser, devemos
continuamente não ser mais aquilo que somos
em cada momento”. EITA HERÁCLITO ...
• Harmonia de contrários. “A doença torna
doce a saúde, a fome torna doce a
saciedade e o cansaço torna doce o
repouso. (...) Não se conheceria sequer o
nome da justiça, se ela não fosse
ofendida”.
• O FOGO. Chama viva, sempre em
movimento, simbolizará o nascimento da
dialética.
Pitágoras e o número.
• ‘Via que as notas e os acordes musicais
consistiam em números; e por fim, como
todas as coisas, em toda a realidade,
parecia-lhe que fossem feitas à imagem
dos números.
• Segundo Pitágoras são leis numéricas
que determinam os anos, as estações, os
meses, os dias e assim por diante.
• E mais, são leis numéricas que regulam os
tempos da incubação do feto nos animais, os
ciclos do desenvolvimento biológico e vários
fenômenos da vida.
• Segundo os pitagóricos, o caráter de persitência
e imobilidade, a inteligência e a ciência eram
feitas coincidir com o número 1, ao passo que a
móvel opinião , que oscila em direções opostas,
era identificada pelo número 2 e assim por
diante.
• Todas as coisas derivam dos números.
Entretanto, os números não são o primum
absoluto, mas eles mesmos derivam de
outros elementos. Com efeito, os números
são uma quantidade que pouco a pouco
se determina ou delimita ao infinito.Assim,
dois elementos constituem o número: um
indeterminado ou ilimitado e outro
determinante ou limitante.
Parmênides
• O ser é imutável e imóvel, porque tanto a
mobilidade quanto a mudança
pressupõem um não ser para o qual
deriva se mover ou no qual deveria se
transformar.
• O ser é e não pode não ser; o não ser não
é e não pode ser de modo algum.
• Grande adversário das idéias de Heráclito.
Um suposto nascimento da lógica:
monismo X mobilismo
• Necessidade de um esclarecimento.
• Entre o ser em movimento e o ser uno é
preciso definir com clareza a lógica das
coisas.
Demócrito e o conceito de átomo
• Os atomistas reafirmam a impossibilidade do
não ser, sustentando que o nascer nada mais é
do que um ‘agregar-se de coisas que já existem’
e o morrer ‘um desagregar-se’, ou melhor, um
separar-se das coisas.
• Trata-se de um infinito número de corpos,
invisíveis pela pequenez e o volume. Tais
corpos são indivisíveis, sendo por isso á-tomos
( o não divisível ).
A sofística e a mudança do eixo
DO COSMOLÓGICO AO ANTROPOLÓGICO
Sofista é um termo que significa sábio e
especialista do saber.
Os ‘socráticos’ sustentavam que o saber dos
sofistas era aparente e não efetivo e que ,
ademais, não era professado tendo em vista a
busca desinteressada da verdade, mas sim com
objetivos de lucro.
• Aspecto positivo dos sofistas: o
deslocamento do eixo da física e do
cosmos para o homem, utilizando como
temas predominantes a ética, a política, a
retórica, a arte, a língua, a religião e a
educação, ou seja, aquilo que chamamos
de cultura do homem.
• É correto compreender o nascimento do
humanismo.
• Mito de Protágoras – o homem é a medida
de todas as coisas.
• Artificialismo ou naturalismo ?
• Verdade parcial ou verdade absoluta ?
• A participação dos sofistas é
essencialmente humanística e
gnosiológica
• Argumentação X retórica.
• a força do melhor argumento ( Habermas
..
• A força do melhor vocabulário ... , a força
da melhor linguagem ....( Rorty)
• Ou o argumento que funciona melhor para
uma dada audiência .... ( Rorty )
• Os sofistas ensinavam a habilidade
necessária para impor em um regime
democrático. Os valores, diziam eles, são
os homens que criam.
• Segundo Protágoras, o homem interpreta
os dados dos sentidos a seu modo e de
acordo com seus interesses.
• Lembrar a Pós-Modernidade de hoje.
• O sofista, usando a persuasão, consegue fazer com que
apareçam como melhores não as opiniões mais
chegada à verdade, mas as mais vantajosas.
• A técnica argumentativa de Protágoras se encontra
sobretudo em seu tratado antilogia, em que desenvolve
a antilógica como tentativa de argumentação pró e
contra determinada posição, sendo ambas igualmente
verdadeiras e defensáveis. ( debate - argumento de
autoridade - argumentos duplos.
• Górgias – mestre da retórica – mais importante do que o
verdadeiro é o que pode ser provado ou defendido.
Sócrates e algumas pérolas.
• O oráculo de Delfos, o mais sábio é o que
tem consciência de sua própria
ignorância.
• A vocação socrática – ensinar a verdade
aos homens.
• Seus escritos – outras fontes. ( Xenofonte,
Platão e Aristóteles ).
• Método da ironia – uma espécie de
simulação que tem por finalidade por a
descoberto a vaidade, de desmascarar a
impostura e de seguir a verdade.
Atacando a vaidade, as reputações
enraizadas e os canônes oficiais, a ironia
socrática tem às vezes uma aparência
negativa e revolucionária.
• Irreverência socrática se aproxima da
autenticidade.Trata-se de um método de análise
crítica.
• Com suas perguntas Sócrates deixa
embaraçado e perplexo aquele que se julga
seguro.
• Maiêutica – médico que ajuda nos partos do
espírito.Servem para por o interrogado no
caminho da solução. O diálogo é o lugar da
gestação do conhecimento.
Ensinamentos Socráticos
• “Não é das riquezas que nasce a virtude, mas da virtude
que nasce as riquezas e todas as outras coisas que são
bens para os homens”.
• “Ninguém peca voluntariamente: quem faz o mal, fá-lo
por ignorância do bem, de modo a considerar impossível
conhecer o bem e não fazê-lo. Quando faz o mal, na
realidade não o faz porque se trate do mal, mas porque
daí espera extrair um bem”.
• “O homem verdadeiramente livre é aquele que sabe
dominar seus instintos, o verdadeiro homem escravo é
aquele que , não sabendo dominar seus instintos, tornase vítima deles”.
• Distinção de opinião e verdade.
• Geralmente os conhecimentos que temos
das coisas falam de nossos interesses.
Não falam as coisas no seu sentido
nascente-originário. O que você entende
por sentido nascente-originário ?
• O ser verdadeiro está no que aparece. Mas o
brilho da aparência o esconde e o deixa
retraído. Para chegar a ele, importa que nossa
sensibilidade ande pelos caminhos da
aparência. Mas não basta. É preciso o salto do
pensamento. E o salto deve ser dado naquele
lugar onde a sensibilidade encontra mais apoio.
A sensibilidade se apóia no que aparece ( dóxa)
. Para alcançar o ser verdadeiro ( alétheia ) ,
deve-se mergulhar na aparência.
Essência
• a contribuição de Sócrates acerca da essência do ser
humano e manifeste-se . Sócrates vai tentar responder ,
o que é a essência do homem ? A resposta é precisa e
inequívoca: o homem é a sua alma, enquanto é
precisamente a sua alma que o distingue
especificamente de qualquer outra coisa. É evidente
que, se a essência do homem é a alma, cuidar de si
mesmo significa cuidar da própria alma mais do que do
corpo. Um dos raciocínios fundamentais feitor por
Sócrates para provar essa tese é o seguinte: uma coisa
é o instrumento que se usa e outra é sujeito que usa o
instrumento.
• Um atributo essencial é essencial porque
é aquilo que está numa coisa que é, que,
se não estivesse , a coisa não seria. O
que é por si mesmo, ou seja, o que é
primeiro numa substância , não podendo
ser tirado desta sem que o ser perca o
ser.
• JULGAMENTO DE SÓCRATES.
Platão
• O encontro com Sócrates mudou sua vida
e sua personalidade. ( Encontro marcado).
• Várias obras – Diálogos socráticos (
expõe a doutrina de Sócrates);
• Apologia de Sócrates ( auto-defesa).
• Críton ( obrigação de obedecer as Leis).
• Lísias ( sobre a amizade)
• Diálogos polêmicos – combate os sofistas.
• Obra – Protágoras – virtude e
conhecimento são a mesma coisa.
• Górgias – sobre a retórica.
• Crátilo – sobre a linguagem.
• Mênon sobre a virtude.
• Hípias maior – sobre a beleza.
•
•
•
•
Diálogos da maturidade:
Banquete – sobre o amor;
Fédon – sobre a imortalidade da alma.
República – sobre o Estado ideal.
• Diálogos da velhice: o autor faz uma
revisão crítica da doutrina das idéias e do
Estado.
• As principais são Teeteto – sobre o
conhecimento;
• Parmênides – sobre a defesa da teoria
das idéias;
• Política – o verdadeiro estadista é o
filósofo.
• Timeu – sobre cosmologia e o Demiurgo.
• Leis – a legislação do Estado ideal.
• A INTUIÇÃO FUNDAMENTAL DE
PLATÃO: uma coisa é bela porque
participa da idéia de beleza.
• O sensível e o intelegível.
Três argumentos para o mundo
das Idéias
• A) Argumento da reminiscência - temos a idéia
de verdade. Ora, esta idéia nós não a tiramos
da experiência. Logo o conhecimento atual é
recordação de uma intuição que se deu em
outra vida.
• B) Argumento do verdadeiro conhecimento –
não existe ciência a não ser do verdadeiro; ora
a verdade exige correspondência entre o
conhecimento e a realidade, mas o único
conhecimento humano que merece o nome de
ciência é o que diz respeito aos conhecimentos
universais.
• C) Argumento da contingência - deve
existir a idéia necessária e estática para
que se explique o nascer e o perecer das
coisas: uma coisa bela é bela não por
certa combinação de cores, mas porque é
uma aparição terrena de belo em si.
Propriedades das idéias
• Incorpóreas, imateriais, não sensíveis,
incorruptíveis, eternas, divinas, imutáveis,
auto-suficientes, transcendentes.
• A origem do mundo sensível. ( Timeu).
• Platão afirma que no princípio existiam,
além das idéias, o CAOS e o Demiurgo.
Este contemplando as idéias ( tornandoas modelo) plasma a matéria e assim
produz o mundo material.
Reforço da Reminiscência
• Nosso conhecer é recordar. A vista das
coisas belas faz despertar na alma a
recordação das idéias.
• Política – filosofia como seu instrumento.
• O indivíduo não basta a si mesmo.
• Classes ideais: trabalhadores , guerreiros
e magistrados.
• A importância do filósofo rei. ( Aristocracia
do saber ...
04 tipos de maus governos
•
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Timocracia - ambiciosos;
Oligarquia – ricos;
Democracia – turbulência.
Tirania – déspostas.
Concepções Platônicas:
•
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•
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•
Opinião X Verdade
Desejo X Razão
Interesse particular X interesse universal
Senso comum X Filosofia
As obras de Platão podem ser entendidas
como uma longa reflexão sobre a
decadência da democracia ateniense.
Aristóteles ...
• Vamos apelidá-lo ... ARI DOS TÉLES.
• Tal como seu mestre Platão, Aristóteles
também pretende alcançar a
inteligibilidade do mundo, isto é,
estabelecer as condições de um
conhecimento racional que vá além das
aparências ou do contato imediato com as
coisas.
• Mas, diferentemente de Platão, Aristóteles
não busca atingir esse objetivo por meio
da separação entre aparências sensíveis
e idéias inteligíveis, existências
contingentes e essências absolutas; opta
por um outro caminho que é o de tentar
encontrar o que há de essencial e de
inteligível no próprio âmbito da realidade
que nos é dada.
• Podemos dizer, simplificando bastante,
que Platão busca a verdade em um
mundo transcendente (o mundo das
idéias, distinto do mundo sensível) e
Aristóteles a procura em uma ordem
imanente ao mundo percebido.
• Aristóteles, ao abordar as suas obras
esotéricas, deixa de lado o componente místicoreligioso-escatológico muito evidente às obras
de Platão. Esta vereda platônica tem um pé nos
ritos órficos, ou seja, prende-se mais ao sentido
religioso e transcendente do que, puramente
racional (ou o do Logos). Com isso, Aristóteles
pretendeu, sem dúvida alguma, “proceder a
uma rigorização do discurso filosófico”.
Afinidades
• ambos consideram que há uma nítida
distinção entre o conhecimento sensível e
o intelectual, e que o segundo é
hierarquicamente superior ao primeiro.
Mérito de Aristóteles
• é possível transformar a experiência
imediata em compreensão teórica
mediada por categorias e princípios que
nos permitem saber não apenas que as
coisas existem, mas também como e por
que elas são tais como se apresentam
aos nossos sentidos e ao nosso intelecto.
A importância da causalidade
• Segundo Aristóteles quando entendemos
que a gênese e a estrutura de tudo que
existe depende de causas, atingimos um
patamar de ordem e de articulação em
que todos os elementos das coisas
tornam-se explicáveis.
Ciência
• Entendemos que algo existe porque é feito de
uma determinada matéria; que obedece a uma
certa forma; que o fato de algo vir a existir
depende de uma ação e de um agente e que se
destina a alguma finalidade. Assim podemos
articular a imensa variedade do real com a
unidade intelectual de uma noção que nos
permite compreender a pluralidade e a
composição pela unidade e pela simplicidade.
• Destaque para a lógica, para as
constituições, para a ética ( a Nicômaco )
e a Metafísica.
• Defende o real ... as categorias ...
Substância, qualidade, quantidade,
relação, tempo, lugar, posição , dentre
outras.
Escritos
• Concebe-se os escritos de Aristóteles como
sendo em dois troncos:
• Escritos exotéricos, ou seja, escritos de fora.
Constituíam-se em escritos feitos em forma de
diálogo (contribuição socrático-platônica),
destinados ao grande público de fora da escola;
• Escritos esotéricos, ou seja, aqueles que se
destinavam ao ensinamento didático dos alunos
do Liceu, constituídos ao mesmo tempo e fruto
do pensamento aristotélico. Seriam escritos
particulares aos alunos, de forma alguma
“vazavam” ao grande público.
Teoria do Movimento
• Movimento ou mutação em geral é
precisamente a passagem do ser em potência
para o ser em ato (o movimento é o “ato” ou a
transformação em ato daquilo que é potência
enquanto tal”, diz-nos Aristóteles). Para sermos
mais enfáticos, o movimento não pressupõe –
em absoluto – o não-ser como nada, mas sim o
não-ser como potência, que é uma forma de ser
e, assim, se desenvolve no âmbito do ser, sendo
passagem do ser (potencial) para ser (atuado).
O DEVIR
• “Nada do que foi será de novo do jeito
que já foi um dia... tudo passa, tudo
passará”.
• (“Como uma onda” – Lulu Santos/Nélson
Motta)
Ato e potência
• Discurso de ato e potência ...
• Há uma grande diferença entre o cego e quem
tem os olhos sadios, mas os mantém fechados:
o primeiro não é vidente; o segundo é, mas em
potência e não em ato, pois só quando abre os
olhos é em ato. Do mesmo modo dizemos que
uma plantinha de trigo é trigo em potência , ao
passo que a espiga madura é trigo em ato.
Essência e acidente
• Essência, aquilo que faz com que a coisa
seja o que é; já ‘acidente’ é a
característica mutável e variável da coisa,
que explica portanto a mudança, sem que
isto afete sua natureza essencial.
Metafísica
As quatro definições
• Aristóteles enumerou como sendo quatro as definições
plausíveis do termo os quais:
•
. Indaga as causas e os princípios primeiros ou
supremos (lembram-se dos pré-socráticos?);
•
. Indaga o ser enquanto ser (busca a fonte na
escola eleática);
•
. Indaga a substância (uma própria definição
aristotélica);
•
. Indaga Deus e a substância supra-sensível (dá-lhe
Aristóteles).
As causas ....
• Causa formal: trata-se da forma ou modelo, que
faz com que a coisa seja o que é. Ex. O que é x
?
• Causa material: é o elemento constituinte da
coisa, a matéria do que é feita. Ex. De que é
feito x ?
• Causa eficiente: consiste na fonte primária da
mudança, o agente de transformação da coisa.
Por que x é x ???
• Causa final: Trata-se do propósito, da finalidade.
Ex. Para que x ??
ALMAS
• Vegetativa: a alma vegetativa preside a
“reprodução”, que é o objetivo de toda forma de
vida finita no tempo.
• Sensitiva:A sua primeira função é a da
sensação, que, em certo sentido, é a mais
importante e certamente a mais característica
dentre as funções acima distintas. Alguns de
seus antecessores haviam explicado a
sensação como transformação, paixão ou
alteração que o semelhante sofre por obra do
semelhante
• Intelectiva: por si mesma, a inteligência é
capacidade e potência de conhecer as
formas puras
Ética a Nicômaco
• Nem só de razão vive o homem, mas também
de afeto e emoções. O problema é que os
impulsos, as paixões e os sentimentos tendem
ao excesso ou à falta (ao muito ou ao muito
pouco); intervindo, a razão deve impor a “justa
medida”, que é o “meio caminho” ou a
“mediania” entre os dois excessos. A coragem,
por exemplo, é o meio caminho entre a
temeridade e a vileza, ao passo que a
liberalidade é o justo meio entre a prodigalidade
e a avareza.
Filosofia na UFPR
• As questões versarão sobre temas e
problemas de diferentes áreas da filosofia
(lógica, ética, estética, epistemologia,
metafísica e filosofia política, entre outras)
e serão formuladas a partir de textos
clássicos da história da filosofia, de
diferentes épocas e orientações teóricas.
Modelo de questão objetiva
1. Escolha a única alternativa correta
Segundo Sartre, "A existência precede a essência"; pode
ser interpretado como:
a)O homem se define pelo caminho que vai trilhando em
sua existência e não pelo significado do conceito de
homem.
b)A existência humana depende do plano que Deus
determina a cada criatura.
c)O materialismo define a vida e o espírito não existe.
d)O entendimento que se tem de "natureza humana" é o
que vai direcionar a existência humana.
e)A liberdade não participa do contexto da existência do
homem.
Modelo de questão subjetiva
• “Leni Riefenstahl destacou-se nos anos 20 e 30
como cineasta, dirigindo, entre outros,
documentários encomendados pelo líder da
propaganda nazista, Joseph Goebbels. Com os
filmes “Triunfo da Vontade” (1935), sobre o culto
ao “Führer” Adolf Hitler, e “Olímpia” (1938), um
exemplo da devoção nacional-socialista em
torno do corpo e da beleza, Riefenstahl ganhou
fama em todo o mundo. Mas também a estampa
de ideóloga nazista.” ( Indústria Cultural ).