FILOSOFIA GREGA
Xenófanes
Demócrito
Parménides
Zenão
Anaxágoras
Pitágoras
Sócrates
Platão
Aristóteles
Empédocles
TERMINAR
Heraclito
Tales
Anaximandro
Anaxímenes
TALES
É
considerado
o
primeiro
pensador racional, isto é, o
primeiro a explicar os acontecimentos recorrendo à razão e
não a causas sobrenaturais.
Nasceu em Mileto, na Jónia,
por volta de 624-23 aC.
A sua doutrina fundamental reside
na identificação da substância
universal com a água. A água
é, para Tales, a causa material
do mundo; aquilo que subjaz a
toda a mudança.
«(…) Tudo é água e, por consequência, a
terra está sobra a água»
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ANAXIMANDRO
Concidadão e contemporâneo de Tales,
nasceu em Mileto por volta de
610-09 aC.
No campo da filosofia substituiu a
“água” de Tales pelo 
(apeiron) (infinito ou indefinido). A
causa material do mundo seria
algo invisível tal como é, na
medida em que se nos mostra
sempre na forma de 1 dos 4
elementos: terra; ar; água e fogo.A
mudança do mundo consistiria na
alteração do elemento com que o
apeiron se nos mostra.
«O principio de todas as coisas é o apeiron e
dele provêm os céus e o mundo neles
contidos»
ANAXÍMENES
Discípulo de Anaxímenos, nasceu
em Mileto por volta de 546-45
aC.
Substituiu a agua e o indefinido de
Tales e Anaximando pelo ar.
«O ar é um deus, é gerado e imenso e
infinito e está sempre em movimento»
HERACLITO
Último dos pensadores jónios,
nasceu na cidade de Éfeso e
foi contemporâneo de Parménides – floresceram por alturas
de 504-01 aC.
Para Heraclito, um dos pensadores
que mais influência teve na
filosofia, a mudança, ou devir
de todas as coisas, caracteriza
o mundo. Este é um fluxo
constante em que nada se
detém. O fogo é para Heraclito
o elemento que melhor representa a permanente mudança.
«A doença torna a saúde agradável e boa,
a fome a saciedade, a fadiga o
descanso»
«Não podemos banhar-nos duas vezes nas
águas de um rio porque outras são as
águas que por ele correm»
«Tudo flúi»
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PITÁGORAS
Nasceu na ilha de Samos provavelmente em 571-70 aC. Nessa data a ilha era governada por um tirano
sem escrúpulos, Polícrates, cuja governação desagradava a Pitágoras. Por isso, ou porque parte
da Jónia fora submetida pelo Grande rei da Pérsia, resolveu deixar Samos. Julga-se que passou
pelo Egipto, onde aprendeu muito do seu saber, e fixou-se na Magna Grécia (Sul de Itália) cerca de
532 aC.
Fundou uma religião baseada na transmigração das almas e no pecado de comer favas. Alguns
preceitos da ordem pitagórica eram os seguintes: 1. Abster-se de favas; 2. Não apanhar o que caiu;
3. Não tocar num galo branco; 4. Não partir pão; 5. Não passar sobre uma tranca; 6. Não avivar o
lume com ferro; 7. Não comer um pão inteiro; 8. Não despedaçar uma grinalda; 9. Não se sentar
numa quartola; 10. Não comer o coração; 11. Não passear em estradas; 12. Não deixar andorinhas
aninhar no telhado; 13. Ao tirar a panela do lume não deixar a marca nas cinzas mas agitá-las; 14.
Não se ver ao espelho junto a uma luz; 15. Ao despir a roupa da cama enrolá-la e desfazer as
impressões do corpo.
A doutrina fundamental de Pitágoras é que a substancia das coisas é o número sendo a figura sagrada
a tetraktis: a representação triangular do número 10 como o resultado da soma 1+2+3+4 e em
cujos lados está representado o 4.
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XENÓFANES
Iniciador da corrente eleática deve
ter nascido em Colofón e mantido estadias regulares em
Eleia.
O ponto de partida de Xenófanes é
a crítica ao antropomorfismo
religioso para afirmar a unidade
e imutabilidade do universo,
ideias caras aos eleatas.
«Os etíopes dizem que os seus deses são
negros e de nariz achatado, os
Trácios que os seus têm os olhos
azuis e o cabelo ruivo»
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ZENÃO
Discípulo de Parménides e feroz
defensor das suas teorias,
nasceu em 489 aC, na cidade
de Eleia.
Ficou conhecido pelas aporias,
argumentos com os quais
pretende demonstrar o absurdo
da experiência sensorial.
«Numa corrida, o corredor mais rápido
nunca pode alcançar o corredor mais
lento, uma vez que o perseguidor
deve primeiro atingir o ponto donde
partiu o perseguido, pelo que o mais
lento deve ter sempre a dianteira»
PARMÉNIDES
Parménides é o fundador da filosofia eleática que teve grande impacto na filosofia de Platão e, através
deste, na filosofia ocidental. Nasceu em Eleia em 540-39.
Sabe-se que escreveu várias obras mas até nós apenas nos chegou boa parte do conhecido “Poema de
Parménides”. O “poema” contém o essencial da filosofia parmenidiana: a valorização da verdade
() e a desvalorização da opinião ().
A doutrina da verdade defende a existência de dois caminhos possíveis para a verdade: a do ser e a do
não ser. No entanto o caminho do não ser é impossível pois o não ser é o que não é e o que não é
não pode ser pensado. O que é, é o que pode ser pensado. Esta identificação do ser com a
existência leva-o a conclusões audaciosas como a recusa da mudança, do tempo e do movimento,
transformando-se o que existe num eterno agora.
«O que se pode dizer e pensar é forçoso que seja; pois lhe é possível ser, e não ao que nada é»
A doutrina da opinião é a daqueles que para manterem o tempo e a mudança acreditam que o que é, é e
não é, o que é absurdo e indigno de confiança.
«(…) Bicéfalos; pois a incapacidade lhes guia no peito a mente errante; eles são levados, surdos e cegos a
um tempo, totalmente confundidos – multidões sem discernimento, persuadidas de que ser e não ser
são a mesma coisa…»
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EMPÉDOCLES
Empédocles nasceu em Agrigento
cerca de 492 aC.
A sua
filosofia procurou superar o
impasse criado pela filosofia
eleática para a qual o mundo
sensível não passava de uma
ilusão. Empédocles concebeu
o mundo como sendo constituído por quatro elementos: terra,
água, ar e fogo. Nenhum deles
se perde nem se cria: o mundo
resulta da união destes pelo
Amor e da sua desunião pela
Discórdia.
«(…) com a terra vemos a terra, com a
água a água, com o ar o ar brilhante,
com o fogo o fogo consumidor; como
o Amor vemos o Amor, a Discórdia
com a Discórdia terrível»
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ANAXÁGORAS
Anaxágoras nasceu em 499-98 aC em
Clazómenes e diz-se que introduziu
a filosofia em Atenas.
Anaxágoras pensa que a realidade é
constituída por pequenas partículas
a que chama sementes. Estas
caracterizam-se pela sua infinita
divisibilidade e agregabilidade sem
que nunca formem um todo
máximo ou um elemento indivisível.
Da sua união e desunião resulta o
mundo.
«(…) Os gregos estão errados ao admitir o
nascimento e a morte; pois nada nasce ou
morre, mas tudo se une e se separa, a
partir das coisas que existem. Por isso
andariam melhor se chamassem ao nascer
composição e ao morrer dissolução»
DEMÓCRITO
Demócrito que nasceu em Abdera e é contemporâneo de Platão, é o mais conhecido dos
“Atomistas”.
As explicações de Demócrito para o funcionamento do mundo são as melhor sucedidas
entre os pré-socráticos porque conciliam harmoniosamente os princípios da filosofia
eleática com a física dos jónios. Demócrito admite que o mundo é constituído por ser
e não ser, o que seria impensável para Parménides. Identifica o ser com a multiplicidade de partículas indivisíveis (eternamente as mesmas) – os átomos -- e o não ser
com o espaço vazio entre partículas -- o nada. Os átomos são animados de um
movimento espontâneo pelo qual chocam, resultando daqui a formação e a
dissolução dos corpos e dos mundos.
«Ser é cheio e sólido, não ser é vazio e denso. Visto que o vazio existe em não menor grau que o corpo,
segue-se que o não ser não existe menos do que o ser. Os dois juntos são as causas materiais das
coisas existentes»
«Tudo acontece segundo a necessidade; pois a causa do nascimento de todas as coisas é o redemoinho»
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SÓCRATES
Sócrates, cidadão de Atenas, é por muitos considerado o pai da filosofia. Não se conhece a
data do seu nascimento mas sabe-se que era de origem humilde: o pai era escultor e a mãe
parteira.
´ Sócrates nada escreveu. O que hoje sabemos dele deve-se sobretudo a Platão razão pela qual
é difícil determinar onde acaba o Sócrates real e começa o Sócrates platónico.
Ao que tudo indica, as preocupações de Sócrates prendiam-se com os problemas morais tendo
feito da sua vida uma investigação sobre as virtudes. Esta investigação tinha um
pressuposto: o reconhecimento da ignorância e a crença na verdade, pelo que a ignorância
devia constantemente ser superada – nisto se distingue dos sofistas. Tinha como máxima
sua a máxima de Apolo “Conhece-te a ti próprio” dando-lhe um sentido não religioso: vê
como és ignorante, reconhece a tua ignorância!
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PLATÃO
Platão nasceu em Atenas em 428 aC. Provinha de uma família da antiga nobreza ateniense e foi
um dos seguidores de Sócrates. Quando este foi condenado à morte decidiu abandonar a
carreira política e dedicar-se à filosofia. A sua influência na filosofia foi e continua a ser muito
importante.
Grande parte da sua vasta obra literária chegou até nós, o que não aconteceu com nenhum
pensador anterior a Platão. Para os que se iniciam no pensamento de Platão existem
diversas obras introdutórias.
Em traços gerais, as teorias que melhor caracterizam a filosofia de Platão são a teoria das ideias,
a reminiscência, a dualidade dos mundos e a imortalidade da alma. Com estas teorias Platão
defende a existência de um mundo sensível e de um mundo inteligível, sendo o primeiro uma
cópia do segundo. Assim, a forma substitui a matéria como principal objectivo da
investigação filosófica. Cada homem, enquanto ser inteligível, é imortal e tem em si o
conhecimento de todas as verdades que, pela dialéctica, podem ser recordadas.
Principais obras: Apologia de Sócrates, República, Fédon, Banquete, Teeteto, Timeu…
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ARISTÓTELES
Aristóteles nasceu em Estagira em 484-83. Com 17 anos ingressa na Academia de Platão
onde permaneceu vinte anos, até à morte deste. Foi preceptor do príncipe Alexandre,
futuro Alexandre Magno. Quando este subiu ao trono regressou a Atenas onde
fundou o Liceu. Aristóteles era originário da burguesia intelectual e teve sempre uma
visão mais prática dos problemas da filosofia do que o seu mestre.
O ponto de partida da filosofia aristotélica é idêntico ao de Platão: a superioridade das
formas relativamente à matéria. Diferem na medida em que para Aristóteles aquilo
que faz com que as coisas sejam o que são não está fora delas, mas nelas. A
reflexão sobre a substância motivou as suas obra sobre Metafísica, Física, Lógica e
Psicologia. Mas a actividade de Aristóteles foi além da filosofia, a que chamava
primeira sabedoria, tendo-se dedicado, por exemplo, à Medicina, Zoologia, Botânica.
A influência de Aristóteles na filosofia é bastante apreciável embora a apropriação que a
Escolástica fez das suas ideias tenha feito com que o Renascimento fosse, muitas
vezes, anti-aristotélico.
As suas principais obras são: Categorias, Metafísica, Ética Nicomaqueia.
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