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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
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AVM FACULDADE INTEGRADA
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STRESS E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
Por: Renata Seara Luz
Orientador
Profª. Fatima Mendes Carvalho Msc.
Rio de Janeiro
2013
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
STRESS E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão de Recursos
Humanos.
Por: Renata Seara Luz
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, aos meus pais e a
minha
Profª.
Orientadora
Mendes Carvalho.
Fatima
4
DEDICATÓRIA
Dedico aos meus pais que sempre
estiveram do meu lado me apoiando e me
incentivando.
5
EPÍGRAFE
“Vinde a mim todos vós que estais
cansados e fatigados sob o peso dos
vossos
fardos,
e
eu
vos
descanso”.
(Matheus, capítulo 11, versículo 2)
darei
6
RESUMO
O presente trabalho dissertativo pretende discutir a questão do stress
existente nas empresas, abordar os conceitos mais relevantes, destacando seu
histórico; suas etapas; seus sintomas (falta de concentração, desânimo,
tristeza, apatia, irritação, tensão muscular e queda no desempenho); suas
causas e consequências (muitas vezes, a causa está exatamente no ambiente
organizacional: prazos apertados, falta de treinamento para a função, locais
impróprios para o trabalho); os impactos na vida pessoal e profissional dos
funcionários
e
como
esses
funcionários
estressados
podem
gerar
consequencias negativas para a organização; oferecer melhores condições
para que os fatores estressantes diminuam e transformem o trabalho num lugar
mais agradável.
O stress merece atenção especial quando começa a interferir na
qualidade de vida do indivíduo e no desempenho das atividades que este
exerce. Os níveis de stress quando muito altos no trabalho, podem ocasionar
perdas no desempenho profissional e consequentemente queda na produção.
O stress quando dosado é importante para que o indivíduo tente conquistar
seus objetivos com mais garra e persistência. É abordada a Qualidade de Vida
como uma forma de proporcionar maior bem-estar e satisfação aos
funcionários tanto no âmbito pessoal quanto profissional.
7
METODOLOGIA
O método utilizado para a produção desta monografia foi a pesquisa
bibliográfica, realizada em livros, jornais, artigos de internet, como fonte para a
coleta de informações, a fim de aprofundar o conhecimento sobre o tema
relacionado com os demais conceitos englobados no projeto, com o objetivo de
extrair ao máximo o assunto exposto e enriquecer este documento.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
9
CAPÍTULO I
STRESS?
12
CAPÍTULO II
ETAPAS, CAUSAS, SINTOMAS DO STRESS
16
CAPITULO III
COMBATE, DIMINUIÇÃO, CONTROLE DO STRESS
31
CONCLUSÃO
37
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
41
9
INTRODUÇÃO
Hoje o termo stress é amplamente usado na linguagem atual e nos
meios de comunicação. Designa uma agressão, que leva ao desconforto, ou as
consequências desta agressão. É uma resposta a uma demanda, de modo
certo ou errado.
Nas últimas décadas, cada vez mais pessoas sofrem de stress. As
mudanças bruscas no estilo de vida e a exposição a um ambiente cada vez
mais complicado levam as pessoas a sentir um determinado tipo de angústia,
sentindo-se desprotegidas e envolvidas em situações traumatizantes. Os
mecanismos de defesa passam a não responder de uma forma eficaz,
aumentando assim a possibilidade de vir a sofrer de doenças, especialmente
do foro cardiovascular.
No mundo atual, a maior parte das pessoas tem de lidar com o ruído, a
poluição, o trânsito e outros marcos do progresso. Felizmente, minimizar os
efeitos desses fatores de stress sobre o corpo não é tão difícil como se possa
pensar. Uma alimentação mais cuidada, um aumento de aptidão física e um
melhor meio ambiente podem fazer maravilhas para reduzir os efeitos
prejudiciais de excesso de stress: é preciso aprender formas novas de relaxar
para limitar o stress a um nível mínimo. O objetivo desse comentário sobre o
stress é mostrar a relação dele com a depressão, porque o stress quando não
tratado adequadamente pode levar a uma depressão profunda. Ambos
caminham juntos, um leva ao outro.
O stress não é provocado apenas por situações negativas. A reação
biológica do organismo é a mesma, perante uma emoção desagradável e uma
emoção agradável. Ele surge quando se ultrapassa os próprios limites e se vai
além do que o organismo consegue suportar, desrespeitando as necessidades
físicas e psicológicas do corpo. Diante desse desequilíbrio, não tardam a
aparecer manifestações de alerta, cujo sinal mais evidente é a elevação do
nível de ansiedade, resultando em dificuldades de concentração, irritabilidade,
mau
humor,
problemas
de memória, impaciência,
medos irracionais,
insegurança e baixa autoestima. Além disso, o corpo reclama por meio de
10
sintomas físicos como taquicardia, tremores, suores, palpitações e falta de ar.
O perigo aumenta quando nada é feito. Se mantida nesse nível por um longo
período, essa ansiedade pode levar à síndrome do pânico e à depressão.
Em relação ao trabalho, há um duplo reconhecimento por parte de
estudiosos: por um lado, diversos aspectos do ambiente e da organização do
trabalho podem ser geradores de stress, e, sabe-se que um determinado tipo
de stress está associado ao rebaixamento da qualidade de vida dos
trabalhadores.
O stress possui várias fases podendo ser classificadas em: alerta,
resistência, quase-exaustão e exaustão, de acordo com o quadro sintomalógico
identificado.
Procura entender de que forma o profissional submetido a uma pressão
e solicitação constante pode apresentar o sofrimento psíquico, principalmente
quando se percebe “impotente” por não conseguir manter o ritmo e
desempenho esperado, na sua atividade profissional. Este sofrimento poderá
levá-lo ao stress.
O sofrimento psíquico dos trabalhadores parece estar relacionado a
uma carga excessiva de trabalho mental e de tarefas solicitadas ao profissional
nas diversas áreas.
Todos devem estar conscientes de que o clima de tensão que provoca
o stress não vai refletir apenas na pessoa afetada, mas em todas aquelas que
a rodeiam e partilham a sua vida.
Cada pessoa possui uma quantidade de energia física e psíquica para
gastar ao longo do dia. Por isso, não se deve ir além desse limite, nem
acumular energias sem as gastar.
Contemplam sintomas do stress a falta de alimentação adequada, uso
exagerado de força ou pressão, queda de produtividade, doenças frequentes,
cansaço, desânimo, impaciência, depressão, perda de rendimento. Não
importa em que área, empresa ou região, o fato é que estruturas mais enxutas,
pressões por prazos, metas, mercado instável, desemprego e ainda dificuldade
no relacionamento interpessoal estão levando as pessoas a adoecer, e,
segundo especialistas, pode levar até à morte.
11
Procurando situar as mudanças constantes que vivencia-se na
sociedade contemporânea as transformações que o processo de trabalho vem
apresentando e desta forma interferindo na saúde do trabalhador.
Ressalta como forma de prevenção manter um estilo de vida saudável,
atividades físicas regular, ter tempo reservado para o lazer, rir, viajar, namorar.
Destaca como resultado dessas práticas, trabalhadores mais dedicados,
comprometidos com as metas da empresa, trabalhadores com vontade de
progredir e produzir.
Viver uma vida livre de preocupações, sem stress e com inteligência
emocional é uma meta que praticamente todos desejam alcançar, conseguir
resolver os problemas geradores de stress ou os sintomas do stress são um
passo fundamental para alcançar um tão almejado equilíbrio físico e emocional
e é sem dúvida um bom ponto de partida para assumir o controle da sua vida.
12
CAPÍTULO I
STRESS?
O conceito de stress surgiu nos anos 30, graças a Hans Selye,
endocrinólogo canadense de origem austríaca. Segundo Selye (1995):
A palavra estresse vem do inglês stress. Este termo foi
usado inicialmente na física pra traduzir o grau de
deformidade sofrido por um material quando submetido a
um esforço ou tensão e transpôs este termo para a
medicina e biologia, significando esforço de adaptação do
organismo
para
enfrentar
situações
que
considere
ameaçadoras a sua vida e o seu equilíbrio interno (p.2).
Selye diz que o stress é um processo vital e fundamental onde pode
ser dividido em dois tipos, ou seja, quando passamos por mudanças boas,
temos o stress positivo e quando atravessamos alguma fase negativa, estamos
vivenciando o stress negativo.
Corresponde a uma relação entre o indivíduo e o meio. Trata-se,
portanto, de uma agressão e reação, de uma interação entre a agressão e a
resposta. O stress fisiológico é uma adaptação normal; quando a resposta é
patológica, em indivíduo mal-adaptado, registra-se uma disfunção, que leva a
distúrbios transitórios ou a doenças graves, mas, no mínimo agrava as já
existentes e pode desencadear aquelas para as quais a pessoa é
geneticamente predisposta. Aí, torna-se um caso médico por excelência.
Nestas circunstâncias, desenvolve-se a famosa síndrome de adaptação, ou a
luta ou fuga (fight or flight).
É um mecanismo normal, necessário e benéfico ao organismo, pois faz
com que o ser humano fique mais atento e sensível diante de situações de
perigo ou de dificuldade. Mesmo situações consideradas positivas e benéficas,
por exemplo, promoções profissionais, casamentos desejados, nascimento de
filhos, entre outras, podem produzir stress.
13
O termo stress, agaste ou consumição, foi usado por Selye com um
sentido neutro, definindo-o como “reação não específica do corpo a qualquer
tipo de exigência” ou falta de esportes físicos. A partir dessa definição, Selye
diferencia dois tipos de stress: o eustress ou agaste, que indica a situação em
que o indivíduo possui meios físicos, psíquicos, entre outros, de lidar com a
situação; e o distress ou esgotamento, que indica a situação em que a
exigência é maior do que os meios para enfrentá-la, passando a ter o sentido
atual negativo de desgaste físico e emocional.
Chiavenato (2005), assim descreve o stress:
O estresse (do inglês stress = pressão, tensão, exercer
peso) é um conceito intimamente relacionado com a carga
de transtornos e aflições que certos eventos da
organização e do entorno provocam nas pessoas. É um
termo geralmente usado para descrever os sintomas
produzidos pelo organismo em resposta à tensão
provocada pelas pressões, situações e ações externas
que as pessoas enfrentam (p.390).
Stress é o resultado de uma reação que o nosso organismo tem
quando estimulado por fatores externos desfavoráveis. A primeira coisa que
acontece com o nosso organismo nestas circunstâncias é uma descarga de
adrenalina no nosso organismo, e os órgãos que mais sentem são o aparelho
circulatório e o respiratório.
É a resposta fisiológica, psicológica e comportamental de um indivíduo
que procura se adaptar e se ajustar às pressões internas e/ou externas. Essas
pressões, capazes de levar ao stress, são chamadas de Fatores Estressantes
ou Agentes Estressores.
Stress não é um diagnóstico, doença, ou síndrome; é um conjunto de
sintomas emocionais ou físicos, não específicos, que podem estar associados
ou não a uma doença ou síndrome.
14
Seja ele de natureza física, psicológica ou social, é composto de um
conjunto de reações fisiológicas que se exageradas em intensidade ou duração
podem levar a um desequilíbrio no organismo. A reação ao stress é uma
atitude biológica necessária para a adaptação à situações novas.
Segundo Pereira (2006), o estresse embora possa estar na origem da
doença física ou mental, não deverá ser considerado como sinônimo de
doença. Contudo vários estudos apontam para a relação entre o estresse e a
doença e reforçam a tese de que o estresse e as emoções inadaptadas ou
patológicas podem influenciar a progressão da doença, seja ela inofensiva,
aguda, crônica ou mesmo terminal.
Sua associação com uma determinada doença irá depender da
vulnerabilidade individual; da intensidade, natureza e duração do stress, além
da capacidade do indivíduo em se adaptar ou modificar os recursos disponíveis
em seu ambiente.
O stress pode ser dividido em dois tipos básicos: crônico e agudo. O
crônico é aquele que afeta a maioria das pessoas, sendo constante no dia a
dia, mas de uma forma mais suave. O agudo é mais intenso e curto, sendo
causado normalmente por situações traumáticas, mas passageiras, como a
depressão na morte de um parente.
Reconhece-se que o stress tem 3 (três) fases, que se sucedem quando
os agentes estressores continuam de forma não interrompida em sua ação:
Ø A fase aguda ou de alerta – nesta fase os estímulos estressores começam a
agir; o cérebro e os hormônios reagem rapidamente, podendo perceber os
seus efeitos, mas geralmente não nota-se o trabalho silencioso do stress
crônico nesta fase.
Ø A fase de resistência – nesta fase é que começam a aparecer as primeiras
consequências mentais, emocionais e físicas do stress crônico; perda de
concentração mental, instabilidade emocional, depressão, palpitações
cardíacas, suores frios, dores musculares ou dores de cabeça frequentes
são os sinais evidentes, mas muitas pessoas ainda não conseguem
relacioná-los ao stress, e a síndrome pode prosseguir até a sua fase final e
mais perigosa.
15
Ø A fase de exaustão – nesta fase o organismo capitula aos efeitos do stress,
levando à instalação de doenças físicas ou psíquicas.
O dicionário Aurélio nos diz que o stress, em bom português, é “o
conjunto de reações do organismo a agressões de ordem física, psíquica,
infecciosa, e outras capazes de perturbar a homeostase (equilíbrio)”.
O stress pode ser observado em pelo menos duas dimensões: como
processo e como estado. O stress como processo é a tensão diante de uma
situação de desafio por ameaça ou conquista; o stress como estado é o
resultado positivo (eustress) ou negativo (distress) do esforço gerado pela
tensão mobilizada pela pessoa.
Segundo (LIPP, 1996):
Stress é definido como uma reação do organismo, com
componentes físicos e ou psicológicos, causada pelas
alterações psicofisiológicas que ocorrem quando a pessoa
se confronta com uma situação que, de um modo ou
outro, a irrite, amedronte, excite ou confunda, ou mesmo
que a faça imensamente feliz (p.20).
Segundo Bohlander (2003, p. 14): “Estresse é qualquer exigência feita
ao indivíduo que o obrigue a lidar com um comportamento no limite”.
Segundo França e Rodrigues (1997), o termo stress vem da física e
neste campo de conhecimento tem o sentido do grau de deformidade que uma
estrutura sofre quando é submetida a um esforço. É definido como uma relação
particular entre uma pessoa, seu ambiente e as circunstâncias as quais está
submetido, que é avaliada pela pessoa como uma ameaça ou algo que exige
dela mais que suas próprias habilidades ou recursos e que põe em perigo o
seu bem-estar.
Para Serafim (1995), o estresse pode ser entendido como “o ponto em
que o indivíduo consegue controlar seus conflitos internos, gerando um
excesso de energia, originando, consequentemente, fadiga, cansaço, tristeza
ou euforia” (p. 125).
16
CAPÍTULO II
ETAPAS, CAUSAS, SINTOMAS DO STRESS
O stress pode ser causador e/ou agravador de uma série de doenças,
que vão da asma, às doenças dermatológicas, passando pelas alérgicas e
imunológicas.
No campo clínico, os distúrbios comuns são: sensação de fraqueza e
fadiga, tensão muscular elevada com cãibras e formação de fibralgias
musculares (nódulos dolorosos nos músculos dos ombros e das costas),
tremores, sudorese (suor intenso), dores de cabeça provocadas pela tensão
psíquica, enxaqueca, lombalgias e braquialgias (dores nas costas, nos ombros
e braços), hipertensão arterial, palpitações, distúrbios da absorção e da
contração do intestino grosso e até dores urinárias sem sinais de infecção.
Fator estressor é qualquer evento, acontecimento ou circunstâncias
que exerça influência física, emocional ou mental em um indivíduo.
Geralmente, os fatores estressores estão relacionados ao convívio social e
familiar, ambiente de trabalho, meio ambiente, condição de saúde e situação
socioeconômica do indivíduo, entre outros.
Os sintomas do stress podem variar de pessoa para pessoa,
apresentando-se na forma de sintomas psíquicos como: irritabilidade; redução
da concentração e memória; insônia; isolamento; desânimo; apatia. Muitas
vezes podem ser confundidas com depressão, ansiedade ou outras doenças,
por isto a avaliação médica é recomendada na presença de sintomas
persistentes.
Para algumas pessoas, o stress pode causar doenças ou contribuir
para uma deterioração da saúde física ou mental. Embora os estudos
científicos não tenham chegado a um consenso definitivo, o stress pode
contribuir para o desenvolvimento de graves doenças como o derrame
cerebral, infarto do coração, úlceras gástricas e até mesmo a síndrome do
intestino irritável. Tudo irá depender da vulnerabilidade de cada indivíduo frente
às situações de stress.
17
O stress envolve aspectos psicológicos (pensamentos, emoções e
alteração do próprio comportamento), é um estado de tensão que causa um
desequilíbrio do organismo, os sintomas físicos são: hipertensão, gastrite,
úlcera, ansiedade, irritabilidade, tensão muscular e dores no corpo, afetando o
sistema imunológico. Pode estar relacionado ao desenvolvimento de
transtornos de ansiedade, síndrome do pânico e depressão.
O stress pode afetar o organismo de diversas formas e os sintomas
podem variar de pessoa para pessoa, pois existe uma sensibilidade pessoal
que reage quando se enfrenta um problema. Saiba que todas as grandes
mudanças são situações difíceis e existe a necessidade de ajuste que deixa o
organismo preparado para lutar ou fugir e isso aumenta a pressão arterial e a
frequência cardíaca, contraindo os músculos e vasos sanguíneos, sendo
prejudicial para a saúde.
Os sintomas físicos do stress são: cansaço, taquicardia, azia, dores de
cabeça e musculares, palpitações, queda de cabelo, alergias, esgotamento
físico, indigestão, insônia e mudança de apetite, pois o stress pode dar início a
um processo de destruição do sistema imunológico, várias situações no dia a
dia deixam os músculos tensos e causam alterações emocionais, o corpo fica
cansado com pouco esforço e o coração dispara a toa, pode causar ainda
queda de cabelo, dores pelo corpo, problemas no coração e hipertensão.
Os fatores estressantes podem variar amplamente quanto à natureza,
abrangendo desde componentes emocionais, por exemplo, frustração,
ansiedade, até componentes de origem ambiental, biológica e física, como é o
caso do ruído excessivo, da poluição, variações extremas de temperatura,
problemas de nutrição, sobrecarga de trabalho, entre outros.
Quando o cérebro, independentemente de vontade, interpreta alguma
situação como ameaçadora (Fator Estressante), o organismo passa a
desenvolver uma série de alterações denominadas, em seu conjunto, de
Síndrome Geral da Adaptação ao Stress, que ocorre em três etapas:
a) Reação de Alarme - todas as respostas corporais entram em estado de
prontidão geral, ou seja, todo o organismo é mobilizado sem envolvimento
específico ou exclusivo de algum órgão em particular. É um estado de alerta
18
geral, tal como se fosse um susto. Têm-se os seguintes sintomas: mãos e/ou
pés frios; boca seca; dor no estômago; aumento de sudorese; tensão e dor
muscular, por exemplo, na região dos ombros; aperto na mandíbula; ranger
dos dentes; roer unhas ou pontas de caneta; diarreia passageira; insônia;
taquicardia; respiração ofegante; hipertensão súbita e passageira; mudança
de apetite; agitação; entusiasmo súbito.
b) Fase de Resistência – acontece quando a tensão se acumula. Nesta fase o
corpo começa a acostumar-se aos estímulos causadores do stress e entra
num estado de Resistência ou de Adaptação. Durante este estágio, o
organismo adapta suas reações e seu metabolismo para suportar o stress
por um período de tempo. Neste estado, a reação de stress pode ser
canalizada para um órgão específico ou para um determinado sistema, seja
o sistema cardiológico, a pele, sistema muscular, aparelho digestivo. Têm-se
os seguintes sintomas: problemas com a memória; mal-estar generalizado;
formigamento nas extremidades; sensação de desgaste físico constante;
mudança
de
apetite;
aparecimento
de
problemas
dermatológicos;
hipertensão arterial; cansaço constante; gastrite prolongada; tontura;
sensibilidade emotiva excessiva; obsessão com o agente estressor;
irritabilidade excessiva; desejo sexual diminuído.
c) Estado de Esgotamento – haverá queda acentuada da capacidade
adaptativa; é quando começam a falhar os mecanismos de adaptação e
déficit das reservas de energia. Essa fase é grave, levando à morte de
alguns organismos. A maioria dos sintomas somáticos e psicossomáticos
fica mais exuberante nessa fase. Neste estado a reação de stress pode ser
canalizada para um órgão específico ou para um determinado sistema, seja
o sistema cardiológico, a pele, sistema muscular, aparelho digestivo. Têm-se
os
seguintes
sintomas:
diarreias
frequentes;
dificuldades
sexuais;
formigamentos nas extremidades; insônia; tiques nervosos; hipertensão
arterial confirmada; problemas dermatológicos prolongados; mudança
extrema de apetite; taquicardia; tontura frequente; úlcera; impossibilidade de
trabalhar; pesadelos; apatia; cansaço excessivo; irritabilidade; angústia;
hipersensibilidade emotiva; perda do senso de humor.
19
Do ponto de vista pessoal, mudanças ocorrem na vida continuamente,
tendo sempre de estar se adaptando à elas. Nesses casos, o stress funciona
como um mecanismo de sobrevivência e adaptação, necessário para estimular
o organismo e melhorar sua atuação diante de circunstâncias novas.
Do ponto de vista social e cultural, as mudanças cotidianas, em si, não
são novidade na civilização humana, elas são, na realidade, a base da
evolução da espécie. O que, talvez, seja novo ao ser humano e perigoso à sua
saúde, é a velocidade sem precedentes com a qual essas mudanças e as
exigências que elas propiciam acontecem na vida moderna. Essas mudanças
estão em toda a parte; mudanças importantes na tecnologia, ciência, medicina,
ambiente de trabalho, nas estruturas organizacionais, nos valores e costumes
sociais, na filosofia e até mesmo na religião. Há, continuamente, uma enorme
solicitação de adaptação às pessoas em geral, tanto para os jovens como para
os mais velhos.
O aparecimento do stress pode estar relacionado a situações reais ou
imaginárias, e suas principais causas podem ser: excesso de atividade; má
distribuição do tempo; acúmulo de raiva e sentimentos negativos; problemas de
relacionamento; descontrole diante de situações críticas; preocupação
excessiva; falta de descanso e lazer; dificuldade de lidar com as perdas. Entre
as principais causas do stress devemos citar:
a) Mudanças: certa dose de mudança é necessária, entretanto, se as
mudanças forem violentas, podem ultrapassar a capacidade de adaptação.
b) Sobrecarga: a falta de tempo, o excesso de responsabilidade, a falta de
apoio e expectativas exageradas.
c) Alimentação incorreta: não é apenas importante o que se come, mas
também como se come.
d) Fumar: o cigarro libera nicotina que, na fase de menor concentração, já
provoca reações de stress leve, depois bloqueia as reações do organismo e
causa dependência psicológica.
e) Ruídos: coloca o ser humano sempre em alerta, provoca a irritação e a
perda de concentração, desencadeando reações de stress, que podem levar
até a exaustão.
20
f) Baixa autoestima: tende a se agravar o stress nestas pessoas.
g) Medo: o medo acentua nas pessoas a preocupação sem necessidade, uma
atitude pessimista em relação à vida ou lembranças de experiências
desagradáveis.
h) Trânsito: os congestionamentos, os semáforos, os assaltos aos motoristas e
a contaminação do ar podem desencadear o stress.
i) Alteração do ritmo habitual do organismo: provoca irritabilidade, problemas
digestivos, dores de cabeça e alterações no sono.
j) Progresso: a agitação do progresso técnico é acompanhada de aumento das
pressões e de sobrecarga de trabalho, aumentando os níveis de exigências,
qualitativas e quantitativas.
São desses estressores que surgem os principais tipos de stress que
abrangem: stress de trabalho; stress decorrentes de doenças cardíacas e do
câncer; stress na infância; stress de envelhecimento.
O tipo de stress mais marcante no cotidiano é o stress do trabalho. O
mundo do trabalho mudou com o avanço das tecnologias. Hoje, o profissional
vive sob contínua tensão, pois, além de suas habituais responsabilidades, a
alta competitividade das empresas exige dele aprendizado constante e
enfrentamento de novos desafios, o que faz com que, muitas vezes, supere
seus próprios limites, podendo levá-lo ao stress.
O
tipo
de
desgaste
à
que
as
pessoas
estão
submetidas
permanentemente nos ambientes e as relações com o trabalho são fatores
determinantes de doenças. Os agentes estressores psicossociais são tão
potentes quanto os micro-organismos e a insalubridade no desencadeamento
de doenças. Tanto o operário, como o executivo, podem apresentar alterações
diante dos agentes estressores psicossociais.
A ansiedade, decorrente das preocupações, pode gerar insônia, comer
demasiadamente, ou o contrário, comer pouco demais. Duas formas de
preocupações se destacam: uma cognitiva, com ideias preocupantes, e outra
somática, como sintoma de suor, coração disparado, tensão muscular, entre
outros.
21
O stress surge quando a pessoa julga não estar sendo capaz de
cumprir as exigências sociais, sentindo que seu papel social está ameaçado.
Então, o organismo reage de modo a dominar as exigências que lhe são
impostas. Entretanto, no mundo moderno, não é socialmente aceitável que o
stress cumpra sua função natural de preparar o indivíduo para a fuga ou para a
luta. Tal reação seria considerada inadequada do ponto de vista da adaptação
dos seres humanos ante um mundo cheio de conflitos e de pseudo-harmonia.
Assim, o homem, ao confrontar-se com um estímulo estressor no trabalho é
impedido de manifestar reação, ficando prisioneiro da agressão ou do medo, e
é obrigado a aparentar um comportamento emocional ou motor incongruente
com sua real situação neuroendócrina. Se durar tempo suficiente essa situação
de discrepância entre a reação apresentada e o estado fisiológico real, ocorrerá
um elevado desgaste do organismo, o que pode conduzir às doenças.
Alguns estímulos foram classificados, segundo o tempo necessário
para produzirem stress, em estressores de curto prazo e de longo prazo. Entre
os estressores de curto prazo temos o fracasso; a carga de trabalho; a pressão
de tempo; ameaça; indução do medo, entre outros. Entre os estressores de
longo prazo temos as situações de competição; serviços em zonas de perigo;
trabalho monótono, entre outros.
O desgaste a que as pessoas são submetidas nos ambientes e nas
relações com o trabalho é fator dos mais significativos na determinação de
doenças. Este trabalho não escapa ao conhecimento médico, mas também é
fato que o espaço dedicado na anamnese à investigação destes aspectos é
pequeno em relação à sua importância.
O stress pode afetar o organismo de diversas formas e seus sintomas
podem variar de pessoa para pessoa. Existe uma sensibilidade pessoal que
reage quando se enfrenta um problema, e essa particularidade explica como
lidar com situações desafiadoras, decidindo enfrentá-las ou não.
Não são só situações ruins que nos deixam estressados. Todas as
grandes mudanças que se passa na vida são situações estressantes, mesmo
se elas forem boas.
22
A necessidade de ajuste deixa o organismo preparado para “lutar ou
fugir”, aumentando a pressão arterial e a frequência cardíaca, e contraindo
músculos e vasos sanguíneos. Na natureza esta adaptação é necessária visto
que o animal precisa tomar uma decisão rápida de defesa ou ataque, mas em
se tratando dos seres humanos que convivem com diversas situações
estressantes, esta reação pode ser prejudicial.
O excesso de stress pode causar desde dores pelo corpo e queda de
cabelo até sintomas sérios como hipertensão e problemas no coração.
O fato de um evento emocional como o stress afetar o organismo se
deve ao íntimo relacionamento entre o sistema imunológico (defesa), sistema
nervoso (controle) e sistema endócrino (hormonal). Por isso um stress intenso
pode afetar qualquer um desses sistemas levando à diversidade dos sintomas
do stress. Sintomas gerais do stress:
a) Físico: dores de cabeça; indigestão; dores musculares; insônia; indigestão;
taquicardia; alergias; queda de cabelo; mudança de apetite; gastrite;
dermatoses; esgotamento físico.
b) Psicológicos: apatia; memória fraca; tiques nervosos; isolamento e
introspecção; sentimentos de perseguição; desmotivação; autoritarismo;
irritabilidade; emotividade acentuada; ansiedade.
Os sintomas físicos do stress muitas vezes podem ser idênticos aos
sintomas de outras doenças, como úlceras, problemas de coluna, asma e
distúrbios cardiovasculares. No entanto, não se devem fazer suposições. Se
não tiver a certeza da causa dos sintomas, deve-se procurar o aconselhamento
de um Terapeuta (terapias alternativas como Medicina Quântica, Medicina
Tradicional Chinesa ou outra terapia credível).
Os seguintes sintomas físicos podem ser o resultado de, ou pelo
menos, agravado pelo stress: distúrbio do sono; coração com batimentos
cardíacos acelerados; dores nas costas, nos ombros ou no pescoço; tensão;
dores de cabeça ou enxaquecas; erupções cutâneas; indigestão; cólicas; azia;
síndrome do intestino irritável; constipação; diarreia; náusea; ganho ou perda
de peso; distúrbios alimentares; perda de cabelo; tensão muscular; sensação
de aperto ou um “nó” no estômago; fadiga; pressão arterial elevada; batimento
23
cardíaco irregular; palpitações; asma ou falta de ar; apneia; insônia;
inquietação; dormir demais; dor torácica; palmas das mãos suadas ou mãos e
/ou pés frios; doenças de pele; doença periodontal; dor na mandíbula;
problemas reprodutivos; supressão do sistema imune (resfriados frequentes,
gripes ou infecções); inibição do crescimento; dor crônica.
Os sintomas emocionais do stress e depressão ligados ao foro
emocional podem afetar o desempenho no trabalho, nas relações sociais, e na
apreciação das atividades diárias.
Os sintomas do stress resumem-se a: alterações de humor;
nervosismo; ansiedade; depressão; comportamento abrasivo; dificuldade de
concentração; problemas para pensar claramente; medo ou fobias excessivas;
falta de controle sobre as emoções; perda de senso de humor; irritabilidade;
frustração; dificuldade para lembrar coisas; hostilidade.
O stress e a pressão dos desafios do quotidiano podem levar as
pessoas a comportarem-se de forma irregular. Podem andar envolvidos em
nuvens de julgamentos e críticas o que pode tornar muito difícil para pessoas
que sofrem de gerir o ambiente de trabalho, as tarefas e responsabilidades
diárias.
Alguns dos sintomas comportamentais do stress são: esquecimento;
desorganização; confusão; apatia; perspectiva negativa; baixa autoestima.
Mecanismos de manifestação do stress fazem as pessoas reagirem de
maneiras diferentes relativamente à sua cura. Os métodos de “libertação” ou
fuga que algumas pessoas escolhem, podem ser desde o abuso das
substâncias tóxicas, dependências que pode deteriorar a saúde da pessoa, a
estabilidade financeira, os relacionamentos com a família, amigos, colegas de
trabalho.
Uma pessoa sob stress pode manifestar os seguintes comportamentos
destrutivos: agressividade excessiva ou argumentando; violência; mudança de
emprego com frequência; conflitos com os empregadores ou colegas de
trabalho; reações excessivas; abuso de drogas ou álcool.
Os sintomas do stress podem ser muitos variados, cada pessoa pode
desenvolver um sintoma diferente e com tipos e intensidades de estressores
24
diferentes. Com o tempo, o stress pode levar ao aumento de doenças
infecciosas, devido à secreção crônica de corticoides.
Também diminui a
resposta dos mecanismos de defesa no corpo, facilitando o surgimento de
doenças, principalmente cardiovasculares.
Problemas de distração, diminuição do rendimento, falhas de memória,
cansaço, ganho ou perda de peso, dor de cabeça, dores musculares, são
geralmente os primeiros sintomas. Outros sintomas estão relacionados abaixo:
a) Problemas digestivos: úlceras, náuseas e vômitos.
b) Irritabilidade (a pessoa se irrita facilmente).
c) Bruxismo (ranger dos dentes durante o sono).
d) Problemas cardíacos (aceleração do ritmo cardíaco), aumento da pressão
arterial (hipertensão), colesterol alto, diabetes.
e) Diversos problemas do sono (insônia).
f) Distúrbios psíquicos: nervosismo, ira excessiva e não habitual, crise de
angústia, medos excessivos (fobias), depressão, ansiedade.
g) Distúrbios da menstruação, na mulher.
h) Aparecimento de caspa (sobretudo nos homens).
i) Queda de cabelos (pode ocorrer até 3 meses após um episódio
estressante).
j) Problemas de concentração (por exemplo: na escola).
k) Desenvolvimento ou reaparecimento de doenças infecciosas como a herpes
labial, herpes genital, dores de garganta, resfriados.
l) Mau hálito (devido a uma desidratação da boca, causada pelo stress).
m)Problemas na gravidez: no início da gravidez o stress aumenta o risco de
aborto espontâneo, já no fim da gravidez aumenta o índice de prematuros.
Os fetos do sexo masculino sofrem maior influência, uma das explicações se
baseia no tamanho dos fetos, os masculinos são maiores requerem mais
esforço da mãe.
n) Problemas sexuais: distúrbios eréteis, perda de desejo (problema de libido),
problemas no tratamento de esterilidade.
o) Problemas de pele devido ao aumento da oleosidade causada pelo
“Hormônio do stress”, o cortisol. O stress pode piorar a recuperação de
25
lesões na pele, além de ser um desengatilhador de muitas doenças que
afetam a pele, como psoríase e dermatite seborréica.
p) Problemas de comportamento, como: arranhar a pele, puxar cabelos ou
esfregar partes do corpo.
q) As unhas podem apresentar sinais diferentes de stress. Algumas pessoas
mordem as unhas, outras esfregam os dedos sobre sua unha do polegar (o
que pode criar um sulco em toda a unha) e outras apresentam unhas
quebradiças ou descascadas.
As respostas possíveis do organismo podem classificar-se em níveis
diferentes, mesmo que algumas delas sejam estereotipadas:
a) Doenças psicossomáticas, como as dores de cabeça ou cefaleias, as
sensações de vertigem, a prisão de ventre ou diarreia, as taquicardias, as
contrações musculares. Há que salientar que estes sintomas também
refletem outras doenças, e não unicamente o stress.
b) Disfunções do sistema endócrino e hormonal.
c) Estados de irritabilidade, nervosismo, repentinas alterações de humor,
impaciência e insatisfação pessoal, atitudes irascíveis, agressividade,
abatimento e falta de incentivo.
d) Cansaço físico, do qual não se recupera mesmo depois de uma noite de
sono, fadiga permanente, dificuldade na conciliação do sono, esgotamento,
podem ser sintomas de stress, no entanto, consulte o seu médico para
verificar se esses sintomas não correspondem a nenhuma doença orgânica.
São os grandes problemas da vida que, de modo agudo, ou crônico,
nos lançam no stress. A mudança é um dos mais efetivos agentes estressores.
Assim, qualquer mudança na vida tem o potencial de causar stress, tanto as
boas quanto as más. O stress ocorre, então, de forma variável, dependendo da
intensidade do evento de mudança, que pode ir desde a morte do conjugue, o
índice máximo na escala de stress, até pequenas infrações de trânsito ou
mesmo a saída para as tão merecidas férias.
O stress provoca um desequilíbrio entre o corpo e a mente, afetando os
mecanismos de defesa. Os sintomas manifestam-se com a combinação de
vários fatores. Para os médicos, o stress é o causador de muitas doenças;
26
contribui também para complicar ou atrasar a recuperação de uma doença
prolongada ou aumentar o seu período incapacitante. O stress pode originar
perturbações mentais, erupções da pele, alterações do aparelho digestivo,
alteração de certas glândulas internas (tireoide), perturbações menstruais,
impotência, desinteresse pela atividade sexual, entre outras.
Os estressores, dependendo do grau de sua nocividade e do tempo
necessário para o processo de adaptação, dividem-se em:
a) Acontecimentos biográficos críticos (ing. life events): são acontecimentos
localizáveis no tempo e no espaço; que exigem uma reestruturação profunda
da situação de vida; provocam reações afetivo-emocionais de longa
duração. Esses acontecimentos podem ser positivos e negativos e ter
diferentes graus de normatividade, ou seja, de exigência social. Exemplos:
casamento; nascimento de um filho; morte súbita de uma pessoa; acidente.
b) Estressores traumáticos: são um tipo especial de acontecimentos biográficos
críticos que possuem uma intensidade muito grande e que ultrapassam a
capacidade adaptativa do indivíduo.
c) Estressores
quotidianos
(ing.
daily
hassels):
são
acontecimentos
desgastantes do dia a dia, que interferem no bem-estar do indivíduo e que
veem essas experiências como ameaçadoras, magoantes, frustrantes ou
como perdas. Exemplos: problemas com o peso ou com a aparência;
problemas de saúde de parentes próximos que exigem cuidados;
aborrecimentos com acontecimentos diários (cuidados com a casa; aumento
de preços; preocupações financeiras).
d) Estressores crônicos (ing. chronic strain): são situações ou condições que se
estendem por um período relativamente longo e trazem consigo experiências
repetidas e crônicas de stress (excesso de trabalho; desemprego); situações
pontuais (ou seja, com começo e fim definidos) que trazem consigo
consequências duradouras (stress causado por problemas decorrentes do
divórcio).
Exemplos de estressores: desprezo amoroso; dor e mágoa; luz forte;
níveis altos de som; eventos: nascimentos, mortes, guerras, reuniões,
casamentos, divórcios, mudanças, doenças crônicas, desemprego, amnésia;
27
responsabilidades: dívidas não pagas e falta de dinheiro; trabalho/estudo:
intimidação (bullying), provas, tráfego lento, prazos pequenos para projetos;
relacionamento pessoal: conflito e decepção; estilo de vida: comidas não
saudáveis, fumo, alcoolismo, insônia; exposição de stress permanente na
infância (abuso sexual infantil).
A causa do stress geralmente envolve algum tipo de mudança ou
alteração na sua vida. Enfrentar um divórcio ou período de luta, transferência
de cidade ou de departamento no trabalho, até mesmo uma promoção;
problemas de relação familiar, insatisfação na carreira, preparar-se para o
vestibular ou para um teste importante, são todas situações estressantes que,
caso não sejam lidadas de forma adequada, podem afetar sua saúde
temporariamente (e ter efeitos a longo prazo).
O stress pode ser originado de fontes externas e internas. As fontes
internas estão relacionadas com a maneira de ser do indivíduo, tipo de
personalidade e seu modo típico de reagir à vida. Muitas vezes, não é o
acontecimento em si que possa ser estressante, mas a maneira como é
interpretado pela pessoa. Os estressores externos podem estar relacionados
com as exigências do dia a dia do indivíduo como os problemas de trabalho,
familiares, sociais, morte ou doenças de um filho, perda de uma posição na
empresa, não concessão de um objetivo de trabalho, perda de dinheiro ou
dificuldades econômicas, notícias ameaçadoras, assaltos e violências das
grandes cidades. Muito frequentemente, o stress ocorre em função da
ocupação que a pessoa exerce.
A Qualidade de Vida pode ser medida em função da capacidade que
cada indivíduo tem de gerar bem-estar, com base nas diferentes formas de
manifestação de seus estresses. Ao conceituar Qualidade de Vida desta forma,
atribui-se valor à capacidade do indivíduo de se auto-regular, no que se refere
ao monitoramento e gerência de suas situações estressantes. Esse conceito
também evidencia a multiplicidade de efeitos que os fatores estressantes
trazem para os indivíduos, Outro fator importante desta conceituação de
qualidade de vida é a capacidade que o indivíduo tem de gerar bem-estar, se
seus estresses, obviamente, forem monitorados a contento.
28
Os sintomas do stress são indefinidos e ao mesmo tempo abrangentes,
podem ir desde uma dor de cabeça, distúrbios do sono, irritabilidade, cansaço,
dificuldade de concentração ou tensão muscular à dificuldades respiratórias,
dificuldade de memória, problemas digestivos, pressão alta, problemas
cardíacos e até mesmo distúrbios psíquicos como síndromes, depressão e
pânico.
Entre inúmeras causas emocionais do stress no ambiente de trabalho e
na vida pessoal, podemos citar basicamente três principais: alto padrão de
exigência pessoal, medo e frustração.
Divididos entre obrigações e vida pessoal, muitos profissionais se
ressentem de não ter tempo para a família, lazer e saúde, e se “apavoram”
quando começam a perceber e sentir os sinais de stress em seu corpo,
decorrente da agitação, pressões, cobranças.
Os profissionais vivem hoje sob contínua pressão, sendo o tempo todo
cobrado não só no trabalho como também na vida de uma maneira geral.
Os sintomas físicos do stress mais comuns são: fadiga, dores de
cabeça, insônia, dores no corpo, palpitações, alterações intestinais, náusea,
tremores e resfriados constantes.
Outros sintomas são apresentados através do pensamento que podem
ser representados de forma compulsiva e obsessiva, levando em consideração
a angústia e a sensibilidade emocional, tornando o sujeito agressivo e violento.
No entanto, os fatores que geram os sintomas depressivos podem estar
relacionados ao stress. Os fatores são: ruído, alterações do sono, sobrecarga,
falta de estímulos, mudanças determinadas pela empresa e mudanças devido
a novas tecnologias.
a) Ruído: o ruído excessivo pode levar ao stress, provocando irritações,
reduzindo o poder de concentração, principalmente nas atividades que
apresentam certo grau de complexidade, o que afetará o desempenho do
indivíduo, levando a fadiga física, podendo também alterar suas funções
fisiológicas, como o sistema cardiovascular.
b) Alterações do sono: ocorre através dos trabalhos que são realizados em
turnos alterados. Fazendo com que aumente o desgaste do trabalhador,
29
afetando seu desempenho, pois a sensação de cansaço e sono é maior
quando estão acordados, provocando reações no corpo, fazendo alterações
tanto na vida familiar e social do indivíduo. Vale ressaltar que o bruxismo e o
sonambulismo também estão ligados ao distúrbio do sono, devido ao stress
que sofrem no trabalho.
c) Sobrecarga: a sobrecarga de tarefas no trabalho é considerada como um
dos motivos que leva ao stress no ambiente de trabalho. Isso ocorre devido
às exigências que são impostas no ambiente e que sempre ultrapassam o
limite de capacidade de adaptação. Os quatro fatores que resultam na
sobrecarga no trabalho são urgência no tempo; responsabilidade excessiva;
falta de apoio; expectativas contínuas de nós mesmos e daqueles que estão
a nossa volta.
d) Falta de estímulos: a falta de estímulos no trabalho poderá ocorrer quando
as tarefas se tornam repetitivas, não tendo certo grau de importância,
resultando em um profissional altamente estressado e desmotivado com o
seu trabalho. Com relação às doenças, o profissional poderá sofrer ataques
cardíacos.
São muitas as causas do estresse no local de trabalho. Pesadas
cargas de trabalho, pressões excessivas, demissões e reestruturação
organizacional, além das condições econômicas, entretanto, são identificadas
como fatores básicos do estresse do funcionário. Desentendimentos com
gerentes ou colegas de trabalho são causa comum de distresse, juntamente
com pouca ou nenhuma informação sobre como um cargo esta sendo
desempenhado, falta de comunicação no trabalho e falta de reconhecimento
por um trabalho bem feito. Mesmo pequenas irritações, como a falta de
privacidade, música desagradável, barulho excessivo, entre outras condições,
podem ser estressantes a uma ou outra pessoa.
O esgotamento é o estágio mais grave do estresse. Na carreira, ocorre
em geral quando uma pessoa começa a questionar os próprios valores. Em
termos simples, o indivíduo não sente mais que está fazendo algo importante.
A depressão, a frustração e a perda de produtividade são sintomas de
esgotamento. O esgotamento deve-se à falta de realização pessoal no trabalho
30
ou á falta de feedback positivo sobre o desempenho. Aqueles que trabalham
excessivamente sentem-se esgotados quando se propõem metas de trabalhos
não realistas e, portanto, inatingíveis.
31
CAPÍTULO III
COMBATE, DIMINUIÇÃO, CONTROLE DO STRESS
A primeira medida a ter em conta, perante uma situação de stress, é
fazer todo o possível para não se entregar ao problema. Não se trata de levar
uma vida de renúncia; está comprovado que a repressão sistemática provoca
stress e leva a situações de depressão.
Se alguém deseja ser o primeiro no emprego e sofre de stress, a
solução não está em trabalhar menos ou deixar de lutar pelos seus objetivos,
isso ainda iria provocar mais stress. Deve racionalizar a sua atitude em função
dos seus desejos. Nunca vai conseguir ser o primeiro, se as suas ansiedades o
fazem pagar um preço excessivamente alto, ficando com uma saúde deficiente,
que o impede de conseguir realizar os seus propósitos.
É imprescindível descarregar a tensão diária que se vai acumulando.
Não se trata de gritar ou dar murros nas paredes. O ideal é descarregar as
tensões de forma racional, através de desporto, do esforço físico progressivo e
regular. De fato, um exercício muito simples, mas muito eficaz, é passear,
distrai e exercita os músculos, libertando tensões acumuladas.
É fundamental que o indivíduo tenha sonhos na vida, que marque
objetivos, tanto a nível pessoas como profissional. Mas há que ter em conta
que, para alcançá-los, não tem de levar à sua frente tudo o que lhe impede o
caminho, deve considerar que existe a possibilidade de alcançar os objetivos
com ordem e tirar deles satisfação pessoal, que não envolve necessariamente
a satisfação material. Uma pessoa tem de ser capaz de criar novas ilusões e
aproveitar de forma diferente os elementos com que pode contar.
Praticando um desporto que exija esforço físico, regular (pelo menos
trinta minutos, três vezes por semana). Isso vai ajudar a descarregar as
tensões acumuladas e o corpo poderá voltar a equilibrar-se.
Existem diversas maneiras de tratar, aliviar ou administrar o stress,
dentre as principais, podemos citar:
a) Terapias cognitivas e comportamentais: trata-se de um trabalho feito por
psicólogos que visa orientar o indivíduo sobre a melhor maneira de
32
administrar o stress e os fatores estressores, administrar conflitos e resolver
problemas.
b) Técnicas de relaxamento, como a meditação, por exemplo.
c) Práticas de atividades físicas regulares.
d) Ter uma alimentação saudável.
e) Oficinas de stress para o ambiente de trabalho.
f) Em alguns casos, por determinado período, o uso de medicamentos pode
ser necessário. Nesses casos, o médico deve ser sempre procurado.
Tratamentos convencionais
a) Remédios: somente um profissional poderá indicar o melhor remédio para
cada caso, porém os mais utilizados são: calmantes, antidepressivos entre
outros.
b) Alimentação: durante o processo de stress, o organismo perde muitas
vitaminas e nutrientes, portanto para repor essa perda é recomendado
comer muitas verduras e frutas, pois são ricas em vitaminas do complexo B,
vitamina C, magnésio e manganês. Brócolis, chicória, acelga e alface são
ricos nesses nutrientes. O cálcio pode ser reposto com leite e seus
derivados.
c) Atividade física: qualquer atividade física proporciona benefícios ao
organismo melhorando as funções cardiovasculares e respiratórias,
queimando calorias, ajudando no condicionamento físico e induzindo a
produção de substâncias com caráter relaxante e analgésico, como a
endorfina. A atividade física mais eficaz é a natação, pois além de obter
todos os benefícios do esporte, tem menores riscos de lesão.
Tratamentos não convencionais
Medicina alternativa consiste em tratamentos não convencionais, ou
seja, não há uso de remédios ou cirurgia. Entre estes tratamentos alternativos
podem ser citados: fitoterapia, acupuntura, cromoterapia, reike, entre outros.
Alguns deles não são aceitos na comunidade científica ou por médicos. Apesar
disto, em algumas pessoas estes tratamentos podem ter um efeito placebo.
Esse efeito consiste em uma modulação psíquica do sistema imunológico.
33
a) Fitoterapia: é um tratamento feito com plantas. Apesar de natural,
dependendo
da
dose,
pode
causar
intoxicação.
Algumas
plantas
recomendadas para o combate ao stress são: melissa, rosa branca,
valeriana, maracujá.
b) Acupuntura: técnica chinesa que consiste em aplicações de agulhas em
locais específicos do corpo estimulando neurônios que ativam vários
sistemas, como endócrino e o imunológico. Isto tem como resultado uma
melhora geral do corpo.
c) Reike: técnica japonesa que consiste em reequilibrar a energia do corpo. As
trocas de energias são feitas entre as mãos e pontos energéticos específicos
(xácaras).
d) Massagem: há várias técnicas de massagem, dentre elas podem ser citadas
shiatsu, quick massage, dentre outras. Todas as técnicas de massagem
tentam promover um equilíbrio físico, mental e energético.
e) Dança Bioenergética: através de movimentos de expressão corporal, cria-se
um processo de harmonia com o corpo, mente e espírito.
f) Aromaterapia: tratamento feito a base de odores. Alguns doces causam
prazer ajudando a restabelecer a saúde.
g) Cromoterapia: tratamento feito com cores. As ondas eletromagnéticas que
as cores emitem, ativam a imaginação, trazendo uma reação positiva ao
organismo. As cores indicadas para o stress são: verde, violeta e azul.
Ficou provado que a vida profissional é um grande estímulo para
muitas pessoas, mas não deve ser o único objetivo ou razão de viver. Todas as
pessoas devem ter muitas metas, sem se limitarem às que giram em redor da
sua vida profissional (no caso do trabalhador, o trabalho; no caso do estudante,
os estudos; no caso da dona de casa, os seus filhos e a casa). Resumindo em
poucas palavras: tem de se fazer tudo para ser feliz, diversificando as nossas
atividades, complementando-as.
É imprescindível a comunicação com aqueles que estão ao redor,
despojar os problemas e tensões do dia a dia e, ao mesmo tempo, partilhar os
bons e os maus momentos.
34
As pessoas necessitam de libertar tensões e recarregar as pilhas.
Aproveite o tempo livre. Utilize-o da melhor maneira e não pense que a solução
está em dormir, para recuperar energias e enfrentar uma nova semana de
trabalho.
O ideal é que a pessoa ache algum tipo de relaxamento para tentar
amenizar a situação. Isso inclui passeios de final de semana, conversar com
amigos, viajar por um período, dormir à mais no domingo, comer algo que
esteja com vontade. Esse é o tratamento superficial para o stress, por tentar
distrair a pessoa daquilo que a está deixando nervosa, podendo passar logo
após a resolução do problema.
Só se torna algo patológico realmente quando afeta para além do
superficial a vida do indivíduo. Isso inclui, por exemplo, não conseguir ir ao
trabalho devido a uma dor muscular ou afastar-se das pessoas, evitando
contato social. Nesse caso, é preciso acompanhamento médico para descobrir
as razões do stress e resolvê-la aos poucos, ao mesmo tempo em que tratando
as manifestações corporais.
Alguns hábitos que devem ser evitados na hora do stress: fumar, beber
ou comer em excesso; usar remédios supostamente relaxantes; adiar as
tarefas que precisam ser feitas; dormir em excesso; transferir seu stress para
pessoas ao seu redor (com explosões comportamentais e ataques de raiva, por
exemplo). Tudo isso pode parecer que ajuda no momento, mas apenas
prejudica a longo prazo, e não evita confrontar o problema eventualmente.
Algumas atividades que podem diminuir o seu stress, bem como
melhorar sua qualidade de vida: praticar regularmente esportes, fazer yoga ou
pilates; arranjar um hobby (fotografia, artesanato, leitura matinal, jogar cartas);
fazer novas amizades (participar de um grupo, como clube do livro,
participação em entidades de caridade, entre outros).
Existem quatro formas de se tentar acabar com o stress antes que ele
surja (diga não, evite ao máximo ficar perto de pessoas estressantes, tenha
controle sobre o seu trabalho), alterar a situação estressante (através de uma
conversa aberta e sincera com o restante dos envolvidos, organize o seu
tempo), adapta-se ao que está te estressando (ajuste seus padrões de
35
exigência ou perfeccionismo, foque-se no positivo das situações) e aceite que
não pode mudar algumas coisas (pare de tentar obter o controle sobre tudo e
todos, pois isso é impossível, siga em frente mesmo que a situação te
incomode).
É importante tentar evitar o stress. Se isto não for possível, é
necessário interromper sua sequência mudando alguns de seus hábitos, como:
alimentar-se de maneira saudável e em períodos regulares; reavaliar suas
atividades e modo de pensar; não fazer uso de tranquilizantes sem orientação
médica; evitar o fumo, café e bebidas alcoólicas; manter, pelo menos, uma
atividade física periódica, com orientação médica; administrar seu tempo
realizando uma atividade por vez; programar e tirar férias anuais; criar e manter
atividades de lazer; dormir o suficiente para o seu descanso; resolver os
problemas de forma racional, encarando-os positivamente; delegar atividades e
aprender a trabalhar em grupo; procurar ser mais compreensível e menos
exigente; manter a mente alerta e o corpo relaxado; desenvolver um bom
relacionamento interpessoal; procurar conhecer seu organismo e respeitá-lo,
não ultrapassando seus limites; buscar sua paz interior; melhorar a qualidade
de sua vida.
Uma das principais atitudes de combate é “saber lidar com as
diferenças de personalidade” no ambiente de trabalho. Muitas pessoas têm
medo de ensinar o serviço para o colega de trabalho, temendo perder espaço
na empresa. Porém, a melhor atitude neste caso é procurar “somar
competências”, buscando manter-se constantemente atualizado dentro de sua
área, podendo assim superar esta insegurança.
O combate ao stress pode também estar na prática de diversas formas
de relaxamento e terapias, como ioga e acupuntura, como também, adotar o
hábito de praticar alguns hobbies.
Outro fator que o executivo deve também se ater na busca de uma
melhor qualidade de vida não só no trabalho, como fora dele, é sempre
procurar ter atitudes preventivas. Perceber o mundo de forma positiva. Criar
uma atmosfera de entusiasmo e harmonia. Mudar para melhor. Ter paixão pelo
que se faz. Repensar as prioridades da vida. Aproveitar a empresa para
36
crescer. Equilibrar razão e emoção. Fazer mais concessões para si. Ter maior
flexibilidade para lidar com as diferenças. Ter um bom relacionamento familiar
e com os amigos. Planejar desde já o seu projeto de vida.
Segundo Lipp (2005), para controlar o estresse o indivíduo deve seguir
algumas recomendações:
a) Ter uma boa alimentação repondo energias, vitaminas e nutrientes nos
momentos de maior estresse.
b) Atividade física regular: deve ser feita de forma a se tornar um hábito.
Quando a pessoa se exercita por 30 minutos ou mais o organismo produz
uma substância chamada “beta endorfina” que produz uma sensação de
tranqüilidade e bem estar.
c) Relaxamento: quando as pessoas estão tensas precisam de momentos de
descanso para a recuperação do organismo. O relaxamento ajuda a eliminar
o excesso de adrenalina produzida e restabelece a homeostase interna do
organismo.
d) Estabilidade emocional: é importante manter uma atitude positiva perante a
vida, procurando ver sempre o lado bom das coisas.
e) Qualidade de vida: por qualidade de vida entende-se o viver que é bom e
compensador em pelo menos quatro áreas: social, afetiva, profissional e a
que se refere à saúde. Para que a pessoa possa ser considerada como
tendo uma boa qualidade de vida, torna-se necessário que ela tenha
sucesso em todos esses quadrantes.
37
CONCLUSÃO
O estudo buscou investigar o quanto o gerenciamento do stress pode
influenciar positivamente na promoção da saúde dos empregados, melhorando
a qualidade de vida no trabalho, e assim gerando maior produtividade ou o
quanto o gerenciamento do stress não influencia a promoção da saúde dos
empregados, não melhora a qualidade de vida no trabalho e não contribui para
o aumento da produtividade.
Baseado em alguns autores, conclui-se que, o Stress é desencadeado
por diversos fatores tais como: irritabilidade, cansaço, baixa auto-estima, menor
produtividade, entre outros. As organizações precisam prestar atenção nestes
sintomas em seus funcionários para que possa tratá-los de forma adequada,
prevenindo assim maiores consequências, tanto para o colaborador quanto
para o desempenho da organização. É importante ressaltar que pode ser feito
um trabalho de prevenção, através de consultas médicas, psicológicas,
periódicas, pois o problema pode ser tanto físico, quanto psicológico,
recomendar exames e ter um acompanhamento familiar faz-se necessário.
Desta forma têm-se trabalhadores mais dedicados, felizes com o trabalho, com
maior desenvolvimento, interação com os colegas, diminuição dos conflitos, e
obtêm-se mais resultados eficazes e satisfatórios para todos.
Não existe qualidade de vida no trabalho se as condições em que se
trabalha não permitem viver em nível tolerável de stress.
Se, atualmente, é impossível evitar fatores estressantes, pois eles
fazem parte da modernidade, do progresso, é possível aprender e/ou
desenvolver formas adequadas para lidar com esses fatores, evitando as
doenças do stress.
A principal atitude ainda é um alerta ao modo de viver e de trabalhar
com as vivências e com as emoções que a vida proporciona. Deve-se
reformular a vida, procurando reduzir as áreas geradoras de stress e
providenciando as necessárias mudanças no modo de viver.
O controle dos agentes estressores é condição primordial para o bom
desempenho profissional, bem como para a melhoria da qualidade de vida.
38
Não existe uma receita pronta para lidar com o stress, ele pode se
manifestar de várias formas nas pessoas, portanto, depende de cada um de
nós desenvolvermos formas e alternativas que possam gerar o autocontrole,
autoconfiança e conscientização, isso requer esforço e dedicação depois de
desenvolvidos esses requisitos, os mesmos servirão como mecanismo de
defesa do próprio organismo.
As cobranças constantes que ocorrem no ambiente de trabalho, faz
com que o trabalhador apresente o stress quando seu desempenho profissional
passa a ser insuficiente, levando-o a insatisfação com a sua atividade.
Atualmente o stress não é visto apenas como prejudicial ao
trabalhador, mas principalmente à organização que despendem altos custos
em absenteísmo, acidentes, doenças, conflitos, abandono e desinteresse,
verificado em todos os níveis de trabalho.
A ocorrência do stress está associada à presença de dois
componentes básicos: exigência e capacidade. Exigências condicionadas ao
meio externo e exigências internas relacionando-se com metas, valores
individuais e expectativas de estilo de vida.
O stress é vivido no trabalho a partir da capacidade de resolver ou não
as situações conflitantes. Há necessidade do estabelecimento de um equilíbrio
a ser obtido entre as exigências profissionais e a capacidade do indivíduo em
cumpri-las.
O stress talvez represente a melhor medida do estado de bem-estar
obtido ou não pelo indivíduo. A qualidade de vida no trabalho aparece expressa
em cada indivíduo, mediante suas diferentes manifestações de stress. Quando
o equilíbrio existir, estará presente também o bem-estar e a satisfação.
Combater o stress não é uma tarefa fácil. Muitas vezes iremos precisar
da ajuda de familiares, amigos e colegas de trabalho, principalmente quando a
resolução de um fator estressor depende do envolvimento de várias pessoas.
Diante disto, a melhor forma de lidarmos com tais situações de stress é
adotarmos hábitos de vida saudáveis com uma boa dieta e a prática de
atividades físicas regulares, de forma a preparar melhor nosso organismo para
os desafios do dia-a-dia.
39
Diante de tantas obrigações do dia-a-dia, fica difícil encontrar tempo
para prestar atenção
na
saúde.
O resultado desse amontoado de
compromissos é um só: o stress, que em decorrência desse tipo de trabalho
pode impactar na maneira como o indivíduo se comporta socialmente, podendo
torná-lo agressivo.
O stress no trabalho provoca sérias consequências para a empresa e
para o trabalhador. Entre essas consequências, estão a ansiedade, depressão,
angústia e consequências físicas como doenças gástricas e cardiovasculares,
dores de cabeça, nervosismo e acidentes de trabalho. E para a empresa o
stress afeta atingindo negativamente na quantidade e qualidade do trabalho, na
rotatividade e predisposição a queixas, reclamações e até greves.
O stress não é uma doença individual e não afeta apenas a vida
privada das pessoas, porém sua prevenção e seu tratamento devem estar em
uma escala de suficiente importância, a fim de solucionar um problema que
caracteriza nossa era.
Reconhecer que as frustrações e as tensões cotidianas são inevitáveis
em nossa vida é um dos primeiros princípios para dominar o stress. Algumas
pessoas acreditam que eliminando o stress de sua vida, se sentirão mais
felizes e relaxadas, entretanto, esta ideia não é realista.
Desenvolver habilidades para interpretar de forma positiva as situações
que levam o stress é uma das condições básicas para gerenciar o nível de
stress. O objetivo do controle do stress é possibilitar ao indivíduo um
desempenho
máximo,
sem
efeitos
colaterais,
como
problemas
cardiovasculares, musculares e emocionais.
O bem-estar do indivíduo é de fundamental importância para a sua vida
particular e para a sua capacidade em realizar o seu trabalho. O ambiente de
trabalho, bem como o trabalho em si, deve ser realizado em condições que
ajudem a promover a saúde, o equilíbrio físico e psíquico, evitando acidentes,
doenças ocupacionais, monotonia e stress.
A qualidade de vida pode ser medida em função da capacidade que
cada indivíduo tem de gerar bem-estar, com base nas diferentes formas de
manifestações de seus estresses. Ao conceituar qualidade de vida desta forma,
40
atribui-se valor à capacidade do indivíduo de se auto-regular, no que se refere
ao monitoramento e gerência de suas situações estressantes. Esse conceito
também evidencia a multiplicidade de efeitos que os fatores estressantes
trazem para os indivíduos. Outro fator importante desta conceituação de
qualidade de vida é a capacidade que o indivíduo tem de gerar bem-estar, se
seus estresses, obviamente, forem monitorados a contento.
A qualidade de vida no trabalho é uma compreensão abrangente e
comprometida das condições de vida no trabalho, que inclui aspectos de bemestar, garantia da saúde e segurança física, mental e social, e capacitação para
realizar tarefas com segurança e bom uso de energia pessoal. Não depende só
de uma parte, ou seja, depende simultaneamente do indivíduo e da
organização, e é este o desafio que abrange o indivíduo e a organização.
Ter ambiente saudável, empregados felizes e um bom clima entre as
pessoas, programas para redução do stress e melhoria da qualidade de vida do
empregado, faz com que os impactos que o stress produz nos indivíduos seja
reduzido, aumentado sua satisfação pessoal e profissional, trazendo ganhos
tanto para o trabalhador quanto para organização.
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