FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA – DME CAMPUS DE JI-PARANÁ ANA PAULA SANTOS CAMARGO Aprendizagem em Álgebra, uma Investigação no Oitavo Ano Ji-Paraná 2014 FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA – DME CAMPUS DE JI-PARANÁ ANA PAULA SANTOS CAMARGO Aprendizagem em Álgebra, uma Investigação no Oitavo Ano Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Departamento de Matemática e Estatística, da Universidade Federal de Rondônia, Campus de Ji-Paraná, como parte dos requisitos para obtenção do título de Licenciada em Matemática, sob a orientação do professor Ms. Lenilson Sergio Candido. Ji-Paraná 2014 2 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a todos aqueles que de alguma forma me auxiliaram durante toda a trajetória deste curso. Dedico em especial a meu esposo e minha família, que sempre me apoiaram e incentivaram nos estudos. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus que me deu forças para chegar à reta final, a todos os professores do curso de Matemática, que contribuíram com minha formação, em especial ao Professor Orientador Ms. Lenilson Sergio Candido pela paciência e dedicação no desenvolvimento deste trabalho, ao meu esposo e todos os meus familiares pelo apoio e incentivo durante esta caminhada. 6 RESUMO SANTOS CAMARGO, Ana Paula. Aprendizagem em Álgebra, uma Investigação no Oitavo Ano. 2014. 00f. Monografia (Licenciatura em Matemática) – Departamento de Matemática e Estatística, Universidade Federal de Rondônia, Ji-Paraná. Este trabalho apresenta uma pesquisa sobre as dificuldades identificadas na aprendizagem de Álgebra, pelos alunos do 8° ano do ensino fundamental de algumas escolas estaduais no município de Ji-Paraná-RO. Para o desenvolvimento da pesquisa foi observado à localização das escolas envolvidas, optou-se por um questionário investigativo a fim de identificar pontos que levam a essa dificuldade de aprendizagem e pesquisar qual o nível de conhecimento em álgebra dos alunos na série investigada. A pesquisa envolveu cinco escolas estaduais de JiParaná, e a amostra foi composta de 217 alunos, chegamos a este número utilizando o método estatístico inspirado em Spiegel (1974). As dificuldades de aprendizagem na matemática constituem preocupação para todos os indivíduos envolvidos neste sistema, seja a escola, o professor ou o aluno, a todos interessa estudar as possíveis dificuldades e falhas, para colaborar com a melhoria deste quadro. Esta pesquisa serviu para apontar alguns problemas existentes no processo de aprendizagem, a fim de contribuir para o sistema educacional. Palavras chaves: matemática, álgebra, dificuldade de aprendizagem. 7 ABSTRACT SANTOS CAMARGO, Ana Paula . Learning in Algebra , one research in the Eighth Year . 2014. 00f . Monograph ( Degree in Mathematics ) - Department of Mathematics and Statistics , Federal University of Rondônia , Ji -Paraná . This study presents a research about the difficulties presented in the learning of algebra, by the students of the 8th grade of elementary school at state schools in the city of Ji-Paraná-RO. To the development of the research it was observed the location of the schools involved in the research, it was chosen an investigative questionnaire to identify points that lead to this difficulty of learning and research which was the knowledge in algebra of the students to the level of their grade. The research involved five state schools in Ji-Paraná, and the sample consisted of 217 students, it arrived with these numbers using the statistical method inspired by Spiegel (1974). Learning difficulties in mathematics are a concern for all people involved in this system, the school, the teacher or the student, all of them are interested at studying the possible difficulties and failures, so that they can contribute to improve this situation. This research served to point out some problems in the learning process in order to contribute to improve this situation. Keywords: mathematics, algebra, learning difficult. 8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Afinidade dos alunos com os conteúdos matemáticos........................................... 21 Figura 2 – Alunos gostam ou não da disciplina de Matemática...............................................22 Figura 3 – Conteúdo que os alunos possuem maior dificuldade...............................................23 Figura 4 – O aprendizado em Matemática na percepção dos alunos nas séries anteriores.......24 Figura 5 – Resolução da equação 2 (x+2) = 4...........................................................................25 Figura 6 – Simplificação da expressão 2a + 2b + a + 2b – 1....................................................29 Figura 7 – Determinar a expressão simplificada que represente o perímetro de um determinado retângulo...............................................................................................................32 9 SUMÁRIO INTRODUÇÃO......................................................................................................................10 1 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................................12 1.1 – Considerações Iniciais sobre o Ensino de Álgebra............................. 12 1.2 – Alguns Aspectos da História da Álgebra.............................................13 1.2 – A Relação entre Álgebra e Aritmética.................................................14 1.3 – Ensino de Álgebra................................................................................15 2 – METODOLOGIA ............................................................................................................19 3 – DADOS OBTIDOS...........................................................................................................21 4 – ANÁLISE DOS DADOS APRESENTADOS.................................................................36 CONCLUSÕES.......................................................................................................................38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................40 ANEXOS..................................................................................................................................43 10 INTRODUÇÃO Este trabalho aponta algumas questões acerca das dificuldades existentes na aprendizagem de Álgebra no 8º ano do Ensino Fundamental em algumas escolas públicas da cidade de Ji-paraná. A Álgebra é o campo da matemática que dá a possibilidade de resolver problemas de maneira generalizada, representando quantidades por letras e símbolos, permitindo alcançar um grau maior que o alcançado pela aritmética. A mudança de conteúdos simplesmente aritméticos para conteúdos algébricos causam um grande desconforto na maioria dos alunos no ensino fundamental. Gil (2008, p.11) destaca que “um dos objetivos do estudo da Álgebra é que o aluno, tendo a compreensão dos seus conceitos, seja capaz de utilizá-los em outras situações. Enfim, que o aluno perceba a Álgebra como uma aliada na resolução de problemas em diferentes contextos”. De acordo com o estudo de Veloso e Ferreira (2010, p.01) “os alunos apresentam grande dificuldade no estudo da Álgebra e, em particular, na resolução de problemas que envolvem uma tradução da linguagem escrita corrente para a linguagem algébrica”. Para Gil, O estudo algébrico envolve uma interpretação exigindo a tradução da linguagem escrita para a linguagem matemática, e muitas vezes as dificuldades apresentadas pelos alunos na tradução de situação da linguagem corrente para a linguagem formal residem na interpretação. Não sendo capaz de interpretar, o aluno não conseguirá representar formalmente a situação (GIL, 2008, p.04). Segundo Schneider (2007) no 8º ano o aluno chega ao ápice do estudo algébrico no ensino fundamental e muitas dificuldades são apresentadas nessa fase. Percebe-se que um problema no estudo da Álgebra são as dificuldades de aprendizagem encontradas pelos alunos. No estudo de Silva (2007) sobre como ensinar Álgebra, a autora afirma que os alunos demoram a aceitar que letras agora são números, ou seja, correspondem a quantidades, e isso por si só já causa certo bloqueio, também diz que o material mais utilizado pelos professores é o livro didático que, em sua maioria, introduz a Álgebra por meio de uma linguagem formal, falando de: equações, primeiro membro, segundo membro, operação inversa, enfim conceitos desprovidos de significados para o aluno. 11 Levando em consideração essas questões, após perceber os muitos problemas envolvendo o estudo da Álgebra durante os períodos de estágios nos ensinos fundamental e médio proporcionados pelo curso, consideramos importante investigar o que leva os alunos a terem tal dificuldade, e também, identificar qual o nível de aprendizado dos alunos para a série pesquisada. Escolhemos o 8º ano do Ensino Fundamental para realizarmos a pesquisa, pois notamos que nesta série o estudo da Álgebra torna-se mais intensificado e o processo de aprendizagem bem mais complexo que nas séries anteriores. Foram escolhidas cinco escolas estaduais de Ji-Paraná para participar do estudo. O desenvolvimento do trabalho foi estruturado basicamente em quatro capítulos, onde, o primeiro retrata a fundamentação teórica, iniciando com algumas considerações sobre o ensino da Álgebra, depois falando um pouco sobre a história da Álgebra, em seguida sobre a relação entre a Álgebra e a Aritmética e por último aborda as dificuldades de aprendizagem existentes neste conteúdo, falando do ensino da Álgebra. O segundo capítulo refere-se à metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa, o terceiro apresenta todos os resultados obtidos através do questionário aplicado e o quarto capítulo faz algumas análises dos dados apresentados, deixando evidente a existência da dificuldade de aprendizagem em Álgebra na série pesquisada, além de mostrar algumas causas que levam a essa dificuldade. 12 1 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.1 – Considerações Iniciais sobre o Ensino de Álgebra “A Matemática é a ciência do raciocínio lógico e abstrato, dos números e cálculos. Estuda medidas, quantidades, espaços, estruturas e variações” (CLARETO, 2013, p.01). Possui importante papel na sociedade e no desenvolvimento da civilização. Segundo D’Ambrósio (1999, p.97): As ideias matemáticas comparecem em toda a evolução da humanidade, definindo estratégias de ação para lidar com o ambiente, criando e desenhando instrumentos para esse fim, e buscando explicações sobre os fatos e fenômenos da natureza e para a própria existência. Em todos os momentos da história e em todas as civilizações, as ideias matemáticas estão presentes em todas as formas de fazer e de saber. Para Polcino (2007) pode-se dizer que há dois fatores que foram fundamentais para o desenvolvimento da álgebra: de um lado, a tendência a aperfeiçoar as notações, de modo a simplificar o trabalho com as operações (e equações), e o tornar mais rápido e o mais geral possível e, por outro lado, a necessidade de introduzir novos conjuntos de números, com o consequente esforço para compreender sua natureza e sua adequada formalização. Segundo os autores Ponte, Branco e Matos (2009), a Álgebra é um dos grandes temas da matemática que, são considerados fundamentais, ao longo dos três ciclos educacionais. Eles afirmam que o 1º ciclo apresenta diversos aspectos de caráter algébrico que são trabalhados logo nos primeiros anos: a exploração de sequências, o estabelecimento de relações entre números e operações e o estudo de propriedades geométricas. Já nos 2º e 3º ciclos, a Álgebra surge como um tema matemático individualizado, sendo o seu propósito principal de ensino o desenvolvimento do pensamento algébrico dos alunos. De acordo com Gil (2008, p.11) “entende-se a Álgebra como parte da matemática que trabalha a generalização e abstração, representando quantidades através de símbolos”. Para Rocha (2011) o conhecimento algébrico envolve resolução de problemas, em que apenas o uso de estratégias aritméticas não é suficiente, e os conhecimentos algébricos adquiridos nas séries iniciais são os alicerces para a formação de conceitos algébricos posteriores, e quando estes não são bem trabalhados, é provável que o déficit no ensino da Álgebra se prolongue constituindo um obstáculo à formação de outros conceitos no ensino da matemática. 13 A autora ainda destaca que um ponto complicado para o ensino conteúdo é o uso das letras para representar classes de números e tratar das equações de forma generalizada. Outro ponto é a dificuldade na compreensão quanto ao conceito de variáveis, que permitem a passagem de situações concretas, para algo comum a todas as situações. 1.2 - Alguns Aspectos da História do Ensino da Álgebra Segundo Vailati e Pacheco (2008, p.07) “tem-se a impressão que o conhecimento matemático é inato ao ser humano, contudo a evolução na capacidade de contar, de registrar informações e de abstrair deu-se mediante um longo processo de interação do homem com o meio em que vive”. Os autores ainda afirmam que “a tendência humana às generalizações expôs gradualmente a aritmética a novas configurações abstratas, surgindo então um novo ramo da matemática denominado de Álgebra”. De acordo com Lins e Gimenez no livro Perspectivas em Aritmética e Álgebra para o Século XXI (2001), o desenvolvimento da Álgebra se deu pelo seguinte percurso histórico: começou com os babilônios e os egípcios (cerca de 1700 a.C.), que desenvolveram regras para cálculos variados e para resolução de problemas, depois de quase 2 mil anos (por volta do ano 250) foi o grego Diofanto que introduziu um sinal especial para a incógnita em uma equação, deixando as equações com uma escrita que se parece com a que temos hoje. O próximo salto foi por volta do ano 1550, quando o francês Vieta sistematizou o uso de letras para representar valores em uma expressão algébrica. E os passos finais começaram por Galois (1811 – 1832) e Abel (1802 – 1829), até chegar a Bourbaki (1802 – 18029) quando entramos no domínio próprio do “cálculo com letras” num sentido bem mais sofisticado, um mundo enfim, completamente “abstrato”. Vailati e Pacheco (2008) também afirmam que o desenvolvimento da Álgebra pode ser dividido em duas fases: Álgebra Antiga – estudo das equações e método de resolvê-las e Álgebra Moderna – estudo das estruturas matemáticas como grupos, anéis, corpos, etc. Atualmente a Álgebra compreende um campo de estudos totalmente amplo. Schneider (2013) destaca a importância de salientar que a inserção da Álgebra no ensino de matemática deveu-se em grande parte, à Matemática Moderna, uma influência do movimento de reorientação curricular, nas décadas de 1960 e 1970, no intuito de permitir ao aluno de matemática pensar de maneira genérica. 14 1.3 - A Relação Entre Álgebra e Aritmética Gil (2008, p.35) sugere que é necessário fazer um estudo das rupturas e continuidades existentes entre a Álgebra e a Aritmética, para compreender melhor as dificuldades apresentadas na aprendizagem da Álgebra. A autora também afirma que, uma nova fase se inicia a partir da 6ª série1 do ensino fundamental, e se aprofunda na 7ª série que é quando o aluno se depara com uma realidade totalmente nova com procedimentos muitas vezes contraditórios aos da Aritmética aos quais estava acostumado, o que gera grandes dificuldades na aprendizagem da Álgebra. Segundo Silva (2007) atualmente aritmética e álgebra, no ensino fundamental, são ensinadas separadamente. Nas séries iniciais é ensinada somente a aritmética e apesar de saber que para o desenvolvimento do pensamento aritmético trabalham-se intuitivamente noções de álgebra, o ensino dessa última, em geral, é efetivado somente nas séries finais do ensino fundamental. O autor ainda afirma que “para favorecer o ensino da álgebra e da aritmética, poderia haver um esforço entre os educadores matemáticos para que ambas pudessem ser concebidas como complementares, uma ajudando no desenvolvimento da outra” (SILVA, 2007, p. 04). Segundo Gil (2008, p.36) "algumas barreiras se configuram na Álgebra pelo fato de o aluno trazer para o contexto algébrico dificuldades herdadas do aprendizado no contexto aritmético ou por estender para o estudo algébrico, procedimentos aritméticos que não procedem”. A autora destaca que uma das dificuldades herdadas do contexto aritmético que se estende para o algébrico é o uso de parênteses. Os alunos tendem a pensar que devem resolver as expressões na sequência em que estão escritas, como por exemplo, p × (a + b), geralmente resolvem primeiro a multiplicação p × a e depois a soma com b, no entanto, devem resolver primeiramente a soma entre parêntese e só depois multiplicar por p. Outro exemplo de procedimento aritmético que não procede no contexto algébrico é a justaposição que em Álgebra aponta uma multiplicação, como ab que indica à multiplicação a × b, não se aplica ao contexto numérico, pois, 12, por exemplo, não significa 1 × 2. 1 Lei 11.274 de 06 de fevereiro de 2006: Art. 3o O art. 32 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciandose aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão.” “Art. 5o Os Municípios, os Estados e o Distrito Federal terão prazo até 2010 para implementar a obrigatoriedade para o ensino fundamental disposto no art. 3o desta Lei e a abrangência da pré-escola de que trata o art. 2o desta Lei. 15 A aritmética apresenta em suas resoluções resultados numéricos, enquanto a Álgebra apresenta relações representadas de forma geral e simplificada. Na pesquisa de Gil (2008) ela aponta outro erro comum na resolução de expressões algébricas, o de simplificar uma expressão como 2a + 5b para 7ab. Percebe-se que o aluno não aceita 2a + 5b como resposta válida. Teles (2004, p.04) afirma que “na Matemática escolar é quase impossível colocar uma divisória ou estabelecer limites entre aritmética e álgebra, muito menos impor uma ordem estrita, primeiro aritmética, depois álgebra”. Assim, é importante proporcionar discussões e esclarecimentos a respeito desses assuntos para que fique claro aos alunos o uso correto de cada um e em diferentes contextos. 1.4 – Ensino de Álgebra O ensino da matemática tem sofrido transformações ao longo dos anos e constantemente surgem discussões sobre as metodologias utilizadas no ensino dessa disciplina. Existem diversas preocupações acerca das dificuldades existentes na aprendizagem da matemática em toda a carreira escolar. Tatto e Scapin (2004) afirmam que no convívio com os alunos, percebe-se, a rejeição que ocorre quando se deparam com a disciplina de matemática. Em todos os níveis de ensino, desde o aluno dos primeiros anos, até do ensino superior, existe esta rejeição na afirmação de que a matemática é difícil. Santos J., França e Santos L. (2007) destacam que apesar da notável importância da disciplina de matemática, existe uma conotação negativa que influencia os alunos, prejudicando seu percurso escolar. Eles sentem dificuldade no aprendizado sendo muitas vezes reprovados nesta disciplina, e mesmo que aprovados sentem dificuldade em utilizar o conhecimento adquirido. Na visão de Dias (2010) muitos alunos apresentam dificuldades para aprender a matemática da sala de aula, embora tenham facilidade para lidar com diversas situações que aparecem ao longo do dia, como por exemplo, dar um troco, medir a distância entre um ponto e outro para fazer uma “pipa”, entre outras situações do cotidiano, onde demonstram conhecimentos matemáticos. Na concepção de Rocha (2011) as dificuldades encontradas no processo de aprendizagem de Álgebra, por parte dos alunos do 7º e 8º anos do Ensino Fundamental se dá 16 pela negligência das aplicações dos conceitos algébricos na vida concreta. Um fator influente na apropriação do conceito algébrico está na sua relação com a Aritmética. Algumas barreiras se configuram no desconhecimento, por parte dos alunos, da importância prática dos assuntos abordados na ciência Matemática. Com base em tantas evidências da dificuldade que muitos alunos encontram na aprendizagem da matemática, cabe questionar: a matemática é realmente difícil? Silveira (2002), diz que há um conceito pré-formado, pelos alunos que alegam que a matemática é difícil, chata e misteriosa. Esta pode ser a causa, uma espécie de bloqueio no aluno ao ele querer dominar a linguagem matemática. As dificuldades encontradas na aprendizagem da matemática podem estar relacionadas também à aversão que a maioria dos alunos desenvolve em relação à disciplina. Souza (2010) diz que é difícil para qualquer pessoa, fazer algo que não gosta, ou que sente certa repugnância; e aversão é definida como sentir repugnância, antipatia, horror por alguma coisa ou por alguém. A maneira com que esta disciplina é apresentada ao aluno acaba refletindo em toda sua carreira escolar. De acordo com Valladão (2006) uma aprendizagem mecânica, que não vai além da simples retenção, não tem sentido para o aluno. Se o aluno conhece a matemática através de metodologias ineficazes pode, já nas séries iniciais, desenvolver um determinado “bloqueio” em relação à disciplina. Para Valladão (2006, p.21): Já se sabe que, para a maioria dos alunos, uma aula de Álgebra ou de Geometria, por exemplo, é uma tarefa desgastante e desmotivadora. Por isso, a didática utilizada pelo professor deve ser adequada às necessidades de seus alunos. Ela deve estar sempre focada no processo da aprendizagem. A autora também afirma que para que a aprendizagem ocorra, ela deve ser significativa e relevante. Logo, percebe-se que falta criar organismos que se ocupem de analisar os conteúdos e metodologias adequadas, introduzindo no ensino as novidades necessárias. Segundo Schneider (2013), quando se trata de lecionar matemática nas séries finais do ensino fundamental, 8° e 9° ano, percebe-se que os alunos conseguem compreender os conteúdos de aritmética ou geometria. Porém, ao se depararem com as letras no estudo da álgebra, essa compreensão se torna mais difícil. O autor ainda destaca que: O conhecimento algébrico envolve a resolução de problemas, para a qual somente o uso de estratégias que pertencem ao campo da aritmética se apresenta insuficiente. Os conceitos algébricos iniciais são as bases para a formação de diversos conceitos algébricos posteriores, e quando não são trabalhados o suficiente, é provável que o déficit no ensino da álgebra se prolongue, constituindo um fator importante na 17 dificuldade de aprendizagem de outros conceitos da matemática (SCHNEIDER, 2013, p.11). De acordo com Cajal (2007, p.03) “o aluno que chegar ao Ensino Médio sem ter realmente entendido as noções de álgebra ensinada no ensino fundamental, bem como a formalização dos conceitos de álgebra, terá grandes dificuldades em sua vida estudantil, no que se refere à Matemática”. Como citado por Cajal (2007, p.01), em estudos feitos por Loos, Falcão e AciolyRéginer, eles afirmam que as atitudes de alunos em relação à matemática tornam-se mais negativas, quando estes chegam às séries da passagem da aritmética para a formalização da álgebra no que se refere a símbolos algébricos, pois os alunos se expõem em uma nova aprendizagem. Schneider (2013, p.08) diz que “de modo geral, as orientações pedagógicas para o ensino de álgebra na Proposta Curricular têm como foco o domínio de operações com valores desconhecidos e de manipulações algébricas”. Segundo o autor, os alunos têm grande rejeição à ideia de que as respostas não sejam mais um número e sim uma expressão, e cabe ao professor trabalhar de maneira clara essas mudanças já no início do estudo da Álgebra. Para Gil (2008), uma forma bastante eficiente para o desenvolvimento de conceitos algébricos pelo aluno é a exploração de situações-problema. A partir de uma situaçãoproblema, o aluno pode obter ideias a fim de resolvê-lo ou explicá-lo. A autora defende que é interessante que estas problematizações sejam bastante diversificadas, com a investigação de padrões em sucessões numéricas ou geométricas; cálculo de áreas, volume e perímetros; preenchimento de planilhas; análise de gráficos. Fica claro que, para que os objetivos do ensino da Álgebra sejam alcançados, e todos os conteúdos matemáticos sejam compreendidos de maneira eficiente pelos alunos, é necessário que existam professores preparados para lecionar os conteúdos propostos em cada série. Segundo Santos (2006, p.08): Matemática é uma disciplina que faz parte dos componentes curriculares da educação básica, a qual contribui significativamente para a formação dos alunos. Embora seja uma disciplina obrigatória, são grandes os problemas vividos nesta relação professor-aluno e aulas de Matemática, os mesmos apresentam-se com falta de atenção, comportamentos desajustados, falta de afetividade, falta de compromisso com o processo de aprendizagem, muitas vezes estes problemas decorrem da postura do professor, dificultando a lógica do raciocínio e acarretando um desinteresse por parte dos alunos na participação das aulas de Matemática. Demo (2005) diz que o professor não deve apenas dar aulas, mas garantir a aprendizagem do aluno. O autor ainda afirma que a aprendizagem do aluno não é 18 responsabilidade apenas dele, mas também do docente, mesmo que este não tenha condições favoráveis para o ensino. Evidentemente, escola e governo devem oferecer condições necessárias para que o professor possa exercer sua profissão com qualidade e eficiência. Para que o processo de ensino-aprendizagem funcione de maneira eficiente, outros fatores são importantes, como a política educacional adotada, a formação oferecida aos professores, as condições de ensino e aprendizagem oferecidas pela escola entre outros. É certo que a falta desses recursos atrapalhe tal processo, prejudicando os alunos que estudam em regiões periféricas, onde tais recursos são ainda mais escassos. Oliveira fala sobre as dificuldades de ensinar crianças que estudam em escolas da periferia. Para a autora: O trabalho com crianças de periferia chama à atenção para uma problemática bem complexa e específica: Nessas escolas, o contexto social, econômico e político interferem no trabalho do professor e no processo de aprendizagem dos alunos. Nos professores, gera sentimentos de frustração, insatisfação e angústia, porque não conseguem desenvolver o que planejam, enfrentam situações imprevistas que desestabilizam o trabalho de sala de aula, entre outras coisas. Nos alunos, gera dificuldades para a sua vida escolar, pois desde cedo precisam trabalhar para ajudar no sustento da família (a criança apresenta desânimo, cansaço, apatia, dificuldades de atenção e concentração) (OLIVEIRA, 2011, p.01). Segundo a autora, problemas sociais e econômicos interferem negativamente no processo de aprendizagem dos alunos, caracterizando assim, mais um ponto negativo com relação à aprendizagem. Também de acordo com a pesquisa desenvolvida em uma determinada escola por Silva (2008, p.01) “por trás da problemática da repetência e evasão na escola pesquisada, há todo um contexto social, econômico e cultural que pouco favorece a construção da aprendizagem dos educandos”. 19 2 – METODOLOGIA Para desenvolver esta pesquisa foram escolhidas cinco escolas Estaduais de Ji-Paraná de acordo com mapa da cidade, envolvendo diferentes regiões e características socioeconômicas. Foram escolhidas duas escolas que representam regiões centrais da cidade, que serão chamadas pelos nomes genéricos “M” e “N”, com a maior parte dos alunos de classe média e três escolas localizadas em regiões periféricas da cidade, as escolas “O”, “P” e “Q” atendendo, em sua maioria, alunos de classe baixa. Foi feito o contato com todas as escolas através de ofício entregue à direção, solicitando autorização para realizar a pesquisa e todas autorizaram. Os alunos que participaram da pesquisa foram selecionados através de amostragem aleatória estratificada proporcional conforme Spiegel (1974), levando em conta um universo de 475 alunos, todos cursando o oitavo ano do ensino fundamental. Utilizou-se para isso uma margem de erro de 5%. Para determinar o número de alunos que seriam entrevistados (amostra), utilizou-se a equação: n0 = Onde: n0 1 e2 = variável que representa o número de questionários a serem aplicados; e = 0.05 (margem de erro). n= N .n0 N + n0 Onde: n = número total de questionários a serem aplicados; N = número total do universo de alunos; n0 = variável descoberta acima. Obteve-se assim, o número de 217 questionários a serem aplicados nas cinco escolas selecionadas. Os questionários foram distribuídos proporcionalmente entre os estratos, utilizando a equação: 20 ni = Ni ×n N Onde: ni = número de questionários a serem aplicados em cada escola; Ni = número total de alunos de cada escola; N = número total da população de alunos; n = número total de questionários a serem aplicados. A pesquisa foi desenvolvida através de um questionário investigativo (anexo) aplicado aos alunos dos 8º anos do ensino fundamental regular, das escolas escolhidas, a fim de investigar as dificuldades de aprendizagem em Álgebra que os mesmos apresentam. A faixa etária dos alunos para a série pesquisada é de 12 a 14 anos de idade. O questionário foi composto por 11 questões, que buscaram respostas sobre as afinidades e dificuldades dos alunos em matemática, o aproveitamento na disciplina nas séries anteriores, além de pesquisar os conhecimentos algébricos desses alunos para o nível da série estudada. Foram aplicados: 66 questionários na escola “M”, 28 na escola “N”, 32 na escola “O”, 39 na escola “P” e 52 na escola “Q”. Também foram utilizados para esta pesquisa consultas à biblioteca da UNIR, acervos particulares e artigos confiáveis obtidos na internet. O questionário elaborado foi aplicado em sua totalidade nas escolas mencionadas, no período entre os meses de setembro e outubro de 2014. Após a coleta dos dados, estes foram armazenados e analisados separadamente por escola utilizando planilhas do Excel. As respostas de todos os alunos foram lançadas, em seguida foi utilizada fórmula do Excel (CONT.SE), para calcular o número de respostas em um intervalo correspondente a cada critério Dessa forma foi encontrado o número de respostas em cada questão do questionário, em seguida esses valores foram transformados em percentual, e então, houve a união dos dados de cada escola chegando a um resultado geral. Após chegar aos resultados finais, alguns gráficos foram construídos para melhor analisá-los, com a análise dos mesmos algumas questões ficaram em destaque, levando às conclusões deste trabalho. 21 3 – DADOS OBTIDOS O questionário possibilitou traçarmos um perfil dos alunos pesquisados com relação a alguns pontos que nos permite conhecer melhor a realidade das escolas, em especial pontos sobre o ensino de álgebra. Com relação ao gênero dos participantes da pesquisa, 57,15% são do sexo feminino e 42,85% do sexo masculino. Os alunos foram questionados quanto à afinidade que possuem em relação a três conteúdos matemáticos: aritmética, álgebra e geometria. Atribuíram nota de 1 a 5 para cada um deles, sendo 1 para o conteúdo de menor afinidade e 5 para o conteúdo de maior afinidade. Figura 1: Afinidade dos alunos com os conteúdos Matemáticos. Fonte: dados coletados pela autora da pesquisa, com 217 alunos em escolas estaduais de Ji-Paraná no período do mês 09 e 10/2014. Percebe-se através dos dados coletados que a grande maioria dos alunos pesquisados, 75,6%, tem mais afinidade com a aritmética e apenas 9,2% tem afinidade com a álgebra, deixando este conteúdo em último lugar no que se refere à afinidade dos alunos. 22 Quando responderam sobre gostar ou não da disciplina de matemática, 61,25% dos alunos afirmaram que sim e 38,25% que não, como demonstra a figura 2. Figura 2: Alunos gostam ou não da disciplina de Matemática. Fonte: dados coletados pela autora da pesquisa, com 217 alunos em escolas estaduais de Ji-Paraná no período do mês 09 e 10/2014. Os alunos justificaram porque gostam, ou porque não gostam da disciplina de matemática. Os que responderam sim tinham as seguintes opções para marcar e justificar sua resposta: tem facilidade em aprender, acha útil no dia a dia, pela maneira que o professor ensina e o material didático é bom. Dos alunos que responderam sim, 58,20% afirmam gostar porque acham a Matemática útil no dia a dia, 32,10% porque tem facilidade em aprender, 9,70% acham o material utilizado nas aulas bom e 45,50% gostam da maneira que o professor ensina. Nesta questão os alunos podiam marcar mais de uma alternativa. Em relação aos alunos que afirmaram não gostar de Matemática, as opções para justificar o motivo eram: dificuldade em aprender, acha inútil no dia a dia, pela maneira que o professor ensina e o material didático é ruim. Os resultados apontados foram: 86,75% tem dificuldade em aprender, 8,43% acha inútil para no dia a dia, 21,70% não gosta da maneira que o professor ensina e 14,45% acha ruim o material didático. Os alunos podiam escolher mais de um motivo que justificassem não gostar de matemática. 23 No que diz respeito às dificuldades que os alunos pesquisados encontram em aprender os conteúdos matemáticos, fica evidente, através da análise dos dados, que o conteúdo considerado mais difícil é a álgebra, em seguida geometria e por último a aritmética conforme a figura 3. Figura 3: Conteúdo que os alunos possuem maior dificuldade. Fonte: dados coletados pela autora da pesquisa, com 217 alunos em escolas estaduais de Ji-Paraná no período do mês 09 e 10/2014. Nota-se que a maior dificuldade dos alunos pesquisados está na aprendizagem da álgebra, ou seja, questões genéricas, com a presença de incógnitas nas expressões. Os alunos também responderam como foi o aprendizado em Matemática nas séries anteriores, se tiveram um aproveitamento fraco, razoável, bom ou ótimo. Os resultados desta pergunta podem ser observados na figura 4. 24 Figura 4: O aprendizado em Matemática na percepção dos alunos nas séries anteriores. Fonte: dados coletados pela autora da pesquisa, com 217 alunos em escolas estaduais de Ji-Paraná no período do mês 09 e 10/2014. De acordo com os dados referentes da figura 4, 49,75% dos alunos consideram que tiveram um bom aprendizado em matemática nas séries anteriores, 26,70% consideram razoável, 7,40% fraco e 16,15% consideram ótimo o aprendizado nas séries anteriores, no entanto, apesar do alto índice de escolha pela resposta bom aprendizado nas séries anteriores, a maioria dos alunos apresentou diversas deficiências para resolver as questões propostas no questionário. A pesquisa também aponta que a metodologia mais utilizada nas aulas de Matemática ainda é o quadro branco, 99% dos alunos marcaram esta opção. Em segundo lugar como a metodologia mais utilizada, fica o uso de livro didático, 84,80% afirmaram que o professor utiliza o livro em sala de aula. Pelo resultado exposto, nota-se que a maioria dos professores usa apenas o quadro e o livro como métodos de ensino, apesar de existirem outros métodos que seriam de suma importância para melhor compreensão da matéria, como os colocados no questionário, laboratório, monitoria, tecnologias (informática) e apostilas, no entanto esses métodos atingiram um percentual de utilização bastante baixo na pesquisa. Para esta questão os alunos podiam marcar mais de uma alternativa. Na última etapa do questionário, os alunos responderam três questões de álgebra, envolvendo conhecimentos básicos deste conteúdo, a fim de analisar os conhecimentos algébricos para o nível da série investigada. 25 A questão nove do questionário pedia que resolvessem a equação 2 (x+2) = 4. Para resolver esta questão corretamente, os alunos precisariam ter conhecimentos básicos, como a utilização correta dos parênteses, o trabalho com os sinais e suas transformações, utilizar a propriedade distributiva da multiplicação para simplificar a equação e encontrar o valor da incógnita (x). Esta é uma questão considerada simples para a série em questão, no entanto, apenas 20,25% dos alunos responderam corretamente, enquanto 52% erraram, 9,75 % responderam de maneira incompleta e 18% não souberam responder, conforme demonstrado na figura 5. Figura 5: Resolução da equação 2 (x+2) = 4. Fonte: dados coletados pela autora da pesquisa, com 217 alunos em escolas estaduais de Ji-Paraná no período do mês 09 e 10/2014. 52% dos alunos que resolveram esta questão cometeram algum erro na resolução, como mostra a figura 5. Os alunos apresentaram algumas dificuldades para desenvolver a questão corretamente. Vejamos alguns exemplos escolhidos ao acaso que demonstram os erros mais comuns nas resoluções: 26 1º caso – No primeiro caso, o aluno executou corretamente a multiplicação utilizando a propriedade distributiva, no entanto não atribuiu corretamente a lei da compensação, admitindo assim um sinal incorreto que alterou os resultados da equação, levando-o a uma solução que não satisfaz. 2º caso – No segundo caso, percebe-se que o aluno não conseguiu desenvolver a multiplicação corretamente, não utilizou a propriedade distributiva, comprometendo desenvolvimento da resolução e chegando a um resultado incorreto. todo o 27 3º caso – No terceiro caso, o aluno iniciou corretamente a resolução, no entanto, não conseguiu efetuar a operação de subtração corretamente, fazendo 4 - 4 = -1 e consequentemente encontrou um valor inadequado como resposta para questão. 4º caso – No quarto e último caso desta questão, o aluno efetuou erroneamente a multiplicação, mostrando dificuldade para aplicar a propriedade distributiva e trabalhar com as manipulações algébricas. 28 Entre os 20,25% que resolveram corretamente a questão, estão os alunos “A” e “B”. Os alunos desenvolveram perfeitamente a equação, mostraram ter conhecimentos em álgebra suficientes para considerar e respeitar a posição dos parênteses, executar a multiplicação corretamente através da propriedade distributiva, dominar a manipulação da incógnita, além de trabalhar corretamente com os sinais, utilizando a lei da compensação, encontrando assim o valor correto que representa x, conforme resoluções abaixo. Aluno “A” Aluno “B” A questão dez pedia que os alunos simplificassem a expressão 2a + 2b + a + 2b - 1. Para a simplificação da expressão, os alunos teriam que compreender as manipulações algébricas e aritméticas, respeitando os sinais para efetuar a soma de monômios e considerar as semelhanças entre os termos. A questão é considerada com um grau de dificuldade baixo. A figura 6 montra o desempenho dos alunos nesta questão, onde o percentual de erros se destaca, mesmo com um percentual de 29,50 de acertos. 29 Figura 6: Simplificação da expressão 2a + 2b + a + 2b - 1. Fonte: dados coletados pela autora da pesquisa, com 217 alunos em escolas estaduais de Ji-Paraná no período do mês 09 e 10/2014. Analisando o gráfico é possível verificar que 29,50% acertaram, 44,70% erraram, 3,20% deixou incompleta e 22,60% não responderam. De acordo com os resultados obtidos, a maioria dos alunos não teve sucesso na resolução desta questão, apresentando erros nas resoluções. Seguem alguns casos de erros mais frequentes nas resoluções dos alunos: 1º caso – 30 No primeiro caso o aluno não efetuou corretamente a soma de monômios, não considerou a semelhança entre os termos, fazendo 3a + 4b = 7ab e em seguida 7ab – 1 = 6ab, que são resoluções incorretas. 2º caso – No segundo caso, percebe-se que houve várias falhas na resolução do aluno, ele não conseguiu efetuar as somas corretamente e não respeitou a regra dos termos semelhantes, o que o impediu de chegar à expressão simplificada. 3º caso – 31 Notamos no terceiro caso de resolução incorreta, que o aluno não tem o conhecimento necessário para simplificar a expressão. Ele comete o primeiro erro quando tenta reduzir os termos do polinômio efetuando as somas de monômios incorretamente, em seguida persiste no erro trabalhando com a potenciação inadequadamente. 4º caso – No quarto caso de erro, o aluno também falhou na soma de monômios, não considerando os termos semelhantes, amém de aplicar indevidamente a potenciação na simplificação da expressão. Dos alunos resolveram corretamente a questão, os alunos “C” e “D” demonstraram conhecer os conteúdos necessários para desenvolver a simplificação corretamente. Organizaram a equação considerando os termos semelhantes, em seguida efetuaram as adições necessárias para reduzir os termos e ainda mostraram compreender que nesse caso a solução seria uma equação e não um número como em questões aritméticas. 32 Aluno “C” Aluno “D” Na última questão os alunos teriam que determinar a expressão simplificada que representasse o perímetro de um retângulo cujo dois lados eram representados por uma expressão algébrica. Nesta atividade os alunos tinham que demonstrar conhecimento em conceitos básicos de geometria, como o perímetro de figuras para depois desenvolver as operações algébricas, o desempenho dos alunos na resolução está demonstrado na figura 7. Figura 7: Determinar a expressão simplificada que represente o perímetro de um determinado retângulo. Fonte: dados coletados pela autora da pesquisa, com 217 alunos em escolas estaduais de Ji-Paraná no período do mês 09 e 10/2014. 33 Esta questão obteve o menor número de acertos, apenas 12% dos alunos acertaram, podemos notar os erros mais frequentes nas resoluções em alguns casos escolhidos aleatoriamente: 1º caso – Nesta resolução o aluno apresentou dificuldades nas manipulações algébricas e não compreendeu o que pedia o enunciado da questão, pois ele deveria encontrar a expressão que representasse o perímetro da figura e não um valor numérico como apresentou. 2º caso – No segundo caso o aluno não conseguiu efetuar corretamente a adição de monômio atribuindo x2 ao invés de 2x para a operação x + x. Dessa forma não conseguiu encontrar a expressão correta. 34 3º caso – No terceiro caso de resolução incorreta da questão 11, notamos falha na interpretação do enunciado da questão, o aluno não percebe a necessidade de utilizar o conceito de perímetro para efetuar a soma de todos os lados do retângulo. Segue na resolução demonstrando dificuldades nas manipulações algébricas e não encontra a expressão pedida na questão. 4º caso – Neste último caso o aluno não conseguiu realizar a soma dos lados do retângulo corretamente, também falhou ao efetuar as operações algébricas, e consequentemente não encontrou a expressão correta que representa o perímetro da figura. 35 Apesar do elevado índice de erros na resolução desta questão, os alunos “E” e “F” mostraram conhecer o conceito de perímetro, conteúdo estudado em geometria, quando entenderam ser necessário somar todos os lados do retângulo para encontrar a expressão pedida. Mostraram também habilidade na manipulação de expressões algébricas, trabalhando corretamente com os termos semelhantes encontrando a expressão simplificada que representa o perímetro do retângulo mencionado na questão, conforme as resoluções abaixo: Aluno “E” Aluno “F” 36 4 - ANÁLISE DOS DADOS APRESENTADOS A pesquisa apontou através dos dados coletados algumas características do processo de aprendizagem na série pesquisada e algumas ficaram bem evidentes. Pode-se notar através dos dados obtidos que a maioria dos alunos afirmou que gosta de matemática, e a maior parte dos que disseram gostar da disciplina, justificaram sua resposta dizendo que gostam porque acham útil no seu dia a dia. Esse resultado contraria um pouco a afirmação de Silveira (2002), quando diz que há um conceito pré-formado, pelos alunos que alegam que a Matemática é difícil, chata e misteriosa. Outro fato evidente em nossa pesquisa é a escolha da Álgebra como o conteúdo mais difícil, 59% dos alunos pesquisados escolheram este conteúdo, que concorreu com Geometria, que ficou em segundo lugar, e Aritmética em último, confirmando as palavras de Schneider (2013), pois ele afirma que quando se trata de lecionar Matemática no 8° e 9° ano, percebe-se que os alunos conseguem compreender os conteúdos de aritmética ou geometria. Porém, ao se depararem com as letras no estudo da álgebra, essa compreensão se torna mais difícil. Em relação ao material utilizado nas aulas de matemática, 99% dos alunos marcaram o quadro branco como sendo o material mais usado, em seguida veio o livro didático, deixando claro que as aulas são ministradas da maneira mais tradicional e metódica, fazendonos considerar a opinião de Demo (2005) quando afirma que o professor não deve apenas dar aulas, mas garantir a aprendizagem do aluno, mesmo que ele não tenha condições favoráveis para o ensino. No desenvolvimento das três questões algébricas os alunos apresentaram grande dificuldade para resolver, além de demonstrarem um nível de aprendizado baixo para a série que estão cursando. Nas três questões o número de acertos foi mínimo, enquanto a maioria dos alunos errou, ou respondeu incompleto ou não soube responder. Em todas elas os alunos demonstraram pouco conhecimento em regras básicas da Álgebra como o uso dos parênteses, a multiplicação das incógnitas ou a simplificação de uma expressão, muitos deles resolveram como se estivessem resolvendo questões puramente aritméticas. Essas ocorrências confirmam as palavras Rocha (2011) que afirma que o conhecimento algébrico envolve resolução de problemas, em que apenas o uso de estratégias aritméticas não é suficiente, e os conhecimentos algébricos adquiridos nas séries iniciais são os alicerces para a formação de 37 conceitos algébricos posteriores, e quando estes não são bem trabalhados, é provável que o déficit no ensino da álgebra se prolongue constituindo um obstáculo à formação de outros conceitos no ensino da Matemática. Sabemos que resolver esse problema seria muito difícil e complexo, pois muitos fatores estão envolvidos, no entanto, através da pesquisa percebemos que algumas mudanças no sistema educacional podem minimizá-lo, mudanças como: introduzir a Álgebra mais cedo no ensino fundamental, logo nas séries iniciais; professores se dedicarem mais no ensino deste assunto, investindo nas aulas; melhorar a atenção aos professores das séries iniciais em relação à formação continuada em matemática e diminuir os atrasos nos conteúdos lecionados em sala de aula para que os alunos não percam pré-requisitos para as próximas séries. 38 CONCLUSÕES A construção desta pesquisa teve como objetivo identificar alguns pontos que levam os alunos do oitavo ano a ter dificuldade de aprendizagem em Álgebra e pesquisar qual o conhecimento dos alunos nesse conteúdo para o nível da série pesquisada. Podemos notar que realmente existem muitos problemas presente no processo de aprendizagem não apenas deste conteúdo, mas da Matemática como um todo e que podem ser muitas as causas. De acordo com os dados obtidos, a maior parte dos alunos afirmou gostar de matemática, contrariando muitas opiniões que justificam o baixo desempenho dos alunos na disciplina pela rejeição que sentem em relação à mesma. Podemos notar através desta pesquisa que o baixo desempenho em matemática está mais relacionado à dificuldade de aprendizagem, do que ao simples fato dos alunos não gostarem da disciplina, pois muitos alunos afirmaram ter dificuldade em aprender matemática apesar de assegurarem gostar da disciplina e considerá-la útil para o dia a dia. A grande maioria dos alunos pesquisados que disseram não gostar da disciplina justificou sua resposta afirmando que tem dificuldade no aprendizado. Os alunos que disseram gostar de matemática também não demonstraram ter facilidade em aprender, pelo contrário, justificaram a resposta utilizando as outras opções do questionário, apenas 32,10% justificaram gostar porque tem facilidade em aprender matemática. Dessa forma, fica evidente a importância do papel da escola e principalmente dos professores, que tem contato direto com o processo de aprendizagem dos alunos, em facilitarem esse processo, através de uma metodologia de ensino mais eficiente e motivadora. No que diz respeito às dificuldades de aprendizagem em relação aos conteúdos de Álgebra, Aritmética e Geometria, a Álgebra foi escolhida por mais da metade dos alunos como sendo o conteúdo mais difícil. O aproveitamento dos alunos na resolução das questões algébricas baixo, deixando evidente essa deficiência no aprendizado de Álgebra. De acordo com os questionários, os alunos de todas as escolas envolvidas na pesquisa mostraram não ter domínio suficiente das regras básicas do conteúdo. Demonstraram dificuldade na utilização dos parênteses, na prática de propriedades algébricas, na simplificação das expressões e em aceitar uma equação algébrica como resposta para questão, sempre tentando encontrar números como resposta, apresentaram um nível baixo de conhecimento para o oitavo ano. 39 As escolas “M” e “N”, localizadas em regiões centrais da cidade tiveram o maior percentual de acertos e também o menor percentual de erros na resolução das questões algébricas, enquanto as escolas “O”, “P” e “Q” localizadas em regiões periféricas, tiveram o menor percentual em acertos e o maior em erros. Isso possibilita uma reflexão sobre as diferenças socioeconômicas que envolvem as escolas pesquisadas e o quanto isso influencia no processo de aprendizagem desses alunos, já que as escolas consideradas com melhor localização e melhor situação econômica apresentaram maiores rendimento no questionário. A pesquisa também revelou que nas cinco escolas investigadas os principais materiais didáticos mais utilizados nas aulas de Matemática são o quadro branco e o livro, o que pode estar deixando essa aula limitada e metódica. Essas aulas poderiam se tornar mais atrativas e interessantes com a utilização de outros métodos de ensino, como laboratórios, tecnologias, monitorias e jogos, no entanto a pesquisa apontou que estes métodos são pouco utilizados. Outro fato relevante em nossa pesquisa é que 34,10% dos alunos afirmaram ter tido um aprendizado fraco ou razoável em matemática nas séries anteriores, um percentual considerável quando se trata da qualidade do aprendizado dos alunos, e apesar da maioria considerar que teve um bom aprendizado nas séries anteriores, quase todos demonstraram várias dificuldades na resolução de questões simples de Álgebra presentes no questionário, o que nos leva a uma reflexão a respeito da qualidade do aprendizado que estes alunos estão levando de cada série estudada. Nota-se que são muitos os pontos que devem ser avaliados sobre os problemas existentes no ensino de Álgebra nos dias atuais. Um dos maiores desafios nesse processo é introduzir os novos conceitos algébricos para o aluno do Ensino Fundamental de maneira clara e eficiente, para que esse aluno não fique com déficit de aprendizagem sendo prejudicados nas séries posteriores, além de capacitar os professores de matemática com formação continuada para que os mesmos tenham condições de desenvolver um bom trabalho em sala de aula. Dessa forma, essa pesquisa nos possibilitou fazer uma análise sobre as dificuldades que envolvem a aprendizagem em Álgebra no oitavo ano do ensino fundamental e apontar alguns fatores que podem melhorar essa realidade. 40 BIBLIOGRAFIAS CAJAL, Lídia Carla. Ensino da Álgebra no Ensino Fundamental e suas consequências no processo ensino-aprendizagem de matemática. 2007. Disponível em: <http://www.ucb.br/sites/100/103/TCC/12007/LidiaCarlaCajal.pdf>. Acesso em: 25 out. 2010. CLARETO, Sônia Maria. Matemática como acontecimento na sala de aula. Goiânia. Out. 2013. Disponível em: <http://36reuniao.anped.org.br/pdfs_trabalhos_aprovados/gt19_trabalhos_pdfs/gt19_3248_tex to.pdf >. Acesso em: 20 set. 2014. D’AMBRÓSIO, Ubiratan. A História da Matemática: Questões historiográficas e políticas e reflexos na educação matemática. Pesquisa em Educação Matemática: Concepções & Perspectivas, org. Maria Aparecida Viggiani Bicudo, Editora UNESP, São Paulo, 1999; p. 97-115. Disponível em: <http://cattai.mat.br/site/files/ensino/uneb/pfreire/docs/HistoriaDaMatematica/Ubiratan_DAm brosio_doisTextos.pdf>. Acesso em 30 de out. 2014. DEMO, Pedro. Aprendizagem no Brasil: ainda muito por fazer. Porto Alegre: Mediação, 2005. DIAS, Vanessa Rebouças. Uma Análise do Fracasso da Matemática no Último Ano do Ensino Fundamental de uma Escola. 2010. 29 p. Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Dourados. Disponível em: <http://www.uems.br/portal/biblioteca/repositorio/2012-02-01_10-25-14.pdf>. Acesso em: 01 out. 2014. GIL, Katia Henn. Reflexões sobre as dificuldades dos alunos na aprendizagem de Álgebra. Porto Alegre. 2008. 120 p. Dissertação – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Disponível em: < http://repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/2962/1/000401324-Texto%2BCompleto0.pdf>. Acesso em: 09 set. 2014. LINS, Romulo campos; GIMENEZ, Joaquim. Perspectivas em Aritmética e Álgebra para o Século XXI. 4ª edição. São Paulo: Papirus Editora, 2001. OLIVEIRA, R. A. Martins de. O desafio de ensinar a crianças de periferia. 2011. Disponível em: <http://www.webartigos.com/artigos/o-desafio-de-ensinar-a-criancas-deperiferia/75476/>. Acesso em: 03 nov. 2014. POLCINO MILIES, César. Breve história da álgebra abstrata. Salvador: Sociedade Brasileira de Matemática, 2004. Disponível em: <www.bienasbm.ufba.br/M.18.pdf>. Acesso em 13 out. 2014. PONTE, J. Pedro; BRANCO, Neusa; MATOS, Ana. Álgebra no Ensino Básico. 2009. Ministério da Educação. 181 p. 41 <http://www.esev.ipv.pt/mat1ciclo/textos/003_Brochura_Algebra_NPMEB_%28Set2009%29 .pdf >. Acesso em 25 nov. 2014. ROCHA, Eliana Almeida Reis. Dificuldade no ensino e aprendizagem de Aritmética e Álgebra nas escolas públicas. 2011. Disponível em: < http://www.uesb.br/eventos/seemat/anais/documentos/DIFICULDADES-NO-ENSINO-EAPRENDIZAGEM.pdf>. Acesso em: 07 ago. 2014. SANTOS, Josiel Almeida; FRANÇA, Kleber Vieira; SANTOS, Lúcia Silveira Brum. Dificuldades na aprendizagem de Matemática. 2007. 41 p. Centro Universitário Adventista de São Paulo. São Paulo. SANTOS, Jorge Batista dos. A Matemática: dificuldades no processo de ensinoaprendizagem no Ensino Médio do colégio Dr. Jessé Santos. 2006. Disponível em: <http://monografias.brasilescola.com/matematica/a-matematica-dificuldades-no-processoensino-aprendizagem.htm>. Acesso em: 26 out. 2014. SCHNEIDER, Alexsandro. A aprendizagem da álgebra nos anos finais do Ensino Fundamental. 2013. 68 p. Monografia – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Disponível em: <file:///C:/Users/ANA%20PAULA/Downloads/TCC%20%20Alexsandro%20Schneider%20-%20Final.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2014. SILVA, Fabio Pereira. Comunidade e Escola: as relações entre o contexto social e a problemática da repetência e evasão escolar. 2008. Disponível em: < http://alb.com.br/arquivo.morto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem13/COLE_1053. pdf>. Acesso em 30 nov. 2014. SILVA, Rondinele Nunes. Álgebra e a Aritmética no ensino Fundamental: um estudo de como ensiná-las de forma integrada e com base em significados. 2007. Disponível em: <http://www.ucb.br/sites/100/103/TCC/22007/RondineleNunesdaSilva.pdf>. Acesso em 15 out. 2014. SILVEIRA, Marisa Rosâni Abreu. “Matemática é difícil”: Um sentido pré-construído evidenciado na fala dos alunos. 2004. Disponível em: < http://www.ufrrj.br/emanped/paginas/conteudo_producoes/docs_25/matematica.pdf>. Acesso em: 30 out. 2014. SOUZA, José Alvir. Aversão à matemática, matemática do cotidiano um estudo de caso. 2010. Disponível em: <//www.webartigos.com/artigos/aversao-a-matematica-matematica-docotidiano-um-estudo-de-caso/52348/>. Acesso em 10 nov. 2014. TATTO, Franciele; SCAPIN, Ivone José. Matemática: Por que o nível elevado de rejeição? 2004. Disponível em: < file:///C:/Users/ANA%20PAULA/Downloads/245-1147-1PB.pdf> Acesso em: 15 nov. de 2014. TELES, Rosinalda Aurora de Melo. A Aritmética e Álgebra na matemática escolar. Recife. 2004. Disponível em: <http://www.sbem.com.br/files/viii/pdf/02/MC58937242400.pdf>. Acesso em: 02 nov. 2014. 42 VAILATI, Janete de Souza; PACHECO, Edilson Roberto. Usando a história da matemática no ensino da Álgebra. 2008. <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/702-4.pdf>. Acesso em: 14 nov. 2014. VALLADÃO, Lígia Carla Guimarães. Dificuldade de aprendizagem em matemática: a didática e a discalculia. 2006. 49 p. Monografia – Universidade Candido Mendes. Disponível em: <http://www.avm.edu.br/monopdf/6/L%C3%8DGIA%20CARLA%20GUIMAR%C3%83ES %20VALLAD%C3%83O.pdf>. Acesso em: 26 out. 2014. VELOSO, Débora Silva; FERREIRA, Ana Cristina. Uma reflexão sobre as dificuldades dos alunos que iniciam o estudo da Álgebra. 2011. Disponível em: <http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/1292/1/EVENTO_Reflex%C3%A3oDi ficuldadesAlunos.pdf >. Acesso em: 20 nov. 2014. 43 ANEXOS 44 QUESTIONÁRIO: 1- Sexo: Masculino ( ) Feminino ( ) 2- Dê uma nota de 1 a 5 para os conteúdos matemáticos abaixo, marcando com x, de acordo com sua afinidade: Aritmética (contas operações) Álgebra Geometria e (uso de letras em (cálculo de figuras) expressões) 1 2 3 4 5 3- Você gota da disciplina de matemática? Sim_____ não____ Se sua resposta for sim responda a questão número 4, se for não responda a questão de número 5. 4- Porque você gosta da matemática? ____Facilidade na aprendizagem do conteúdo. ____Acha a matemática útil no dia a dia. ____pela maneira que o seu professor ensina. ____Acha bom o material didático usado pelo professor. ____Outra, Qual?________________________________ 5- Porque você não gosta da matemática? ____Dificuldade na aprendizagem do conteúdo. ____Acha a matemática inútil no dia a dia. ____ pela maneira que o seu professor ensina. ____Acha péssimo o material didático usado pelo professor. ____Outra. Qual?__________________________________ 6- Onde está sua maior dificuldade? ____Aritmética (o uso de contas e operações). ____ Álgebra (o uso de incógnitas em expressões). ____Geometria (cálculo de figuras). 7- Nas séries anteriores você teve um aprendizado em matemática: ( )Fraco ( )Razoável ( )Bom ( )Ótimo 8- Marque os métodos que o professor mais utiliza para dar aula de matemática: ____Trabalhos em grupo. ____Aulas de laboratório. ____Aulas no quadro branco. ____Aulas com monitoria. ____Aulas com informática. ( exemplo: calculadora,celular, computador). ____Aulas com apostilas. ____Aulas com livro. ____Outra. Qual?__________________________________ 45 9 – Resolva a equação: 2 (x+2) = 4 10 – Simplifique a equação: 2a+2b+a+2b-1 11 – Determine a expressão que representa o perímetro da figura abaixo? X+2 3 3 X+2 46 47 48 49 50