Gestão de Sistemas de Informação A maior parte das transparências deste curso foram retiradas do livro: Sistemas de Informação – o alinhamento da estratégia de TI com a estratégia corporativa. Objetivos do curso Fornecer ao aluno uma visão geral de como a informática se insere no contexto das organizações modernas e de qual deve ser a postura dos seus profissionais para que as empresas sejam bem sucedidas. A visão é a do administrador de recursos de informática (não a do analista ou programador). Permitir que os participantes adquiram uma percepção da informática como ferramenta estratégica, capaz de proporcionar vantagem competitiva para as empresas, e não apenas como apoio operacional. Fazer com que os participantes sejam capazes de colaborar com o processo de decisão de investimentos em informática com fins estratégicos. Alexandre R. Graeml 2 Objetivos (de forma simplificada) Destacar as principais questões relacionadas ao uso de sistemas de informação nas organizações e sua importância para a gestão empresarial e tomada de decisões Identificar usos potenciais da tecnologia da informação nas organizações, para melhorar o desempenho do negócio Alexandre R. Graeml 3 Objetivos de desempenho empresariais Fatores competitivos Preço baixo Qualidade alta Entrega rápida Entrega confiável Produtos e serviços inovadores Ampla gama de produtos e serviços Habilidade de mudar quantidade e prazo Objetivos de desempenho Custo Qualidade Velocidade (tempo) Confiabilidade Flexibilidade (produto/serviço) Flexibilidade (mix de produtos) Flexibilidade (volume) SLACK (capítulo 2) Alexandre R. Graeml 4 Ações que contribuem para o atingimento dos “objetivos de desempenho” Fazer certo as coisas Proporciona Vantagem em qualidade Fazer as coisas com rapidez Proporciona Vantagem em tempo (velocidade) Fazer as coisas em tempo Proporciona Vantagem em confiabilidade Mudar o que você faz Proporciona Vantagem em flexibilidade Fazer as coisas mais barato Proporciona Vantagem em custo SLACK (capítulo 2) Alexandre R. Graeml 5 Importância dos objetivos de desempenho empresariais Critérios ganhadores de pedidos Benefício Competitivos Desempenho Critérios qualificadores Benefícios Competitivos Desempenho Critérios pouco relevantes Benefícios Competitivos Desempenho SLACK (capítulo 3) Alexandre R. Graeml 6 O Ambiente de Negócios e o Ambiente de SI (o mundo já não é mais o mesmo!) Alexandre R. Graeml 7 Visão Gradualista do Mundo mundo amanhã mundo hoje mundo ontem Alexandre R. Graeml Visão Radicalista do Mundo mundo amanhã mundo hoje mundo ontem Alexandre R. Graeml 1900 1930 1950 1970 1990 ESTÁVEL REATIVA ANTECIPATIVA EXPLORATIVA CRIATIVA FAMILIARIDADE COM OS EVENTOS Alta familiaridade A extrapolação de experiências passadas é suficiente para enfrentar o futuro O futuro é descontínuo, mas relacionado com a experiência anterior O futuro é descontínuo e novo O futuro é descontínuo e novo RAPIDEZ DAS MUDANÇAS As mudanças são muito mais lentas que a capacidade de reação As mudanças são mais lentas que a capacidade de reação As mudanças são comparáveis à capacidade de reação As mudanças são mais rápidas que a capacidade de reação As mudanças são muito mais rápidas que a capacidade de reação VISIBILIDADE DO FUTURO O futuro é repetição do passado O futuro pode ser estimado por extrapolação do passado O futuro pode ser estimado por extrapolação do passado Prognósticos são possíveis, e os sinais das mudanças são fortes Prognósticos são difíceis pois os sinais das mudanças são fracos ATITUDE/ CULTURA DA EMPRESA Não abalar a estrutura; a estabilidade é altamente desejável Atenuar os impactos das mudanças Planejar com antecedência, antevendo as mudanças O mundo é o ambiente em que se vive globalização O novo deve ser buscado e criado ATITUDE FACE À MUDANÇA Recusar a mudança Aceitar a mudança, mas somente quando inevitável Buscar a mudança, mas com base no conhecido Buscar a mudança nas inovações geradas pela pesquisa Gerar a mudança, sendo o foco de inovação INFORMAÇÃO GERENCIAL Sobre o precedente Informações históricas Extrapolações Novos futuros Oportunidades latentes; fraca sinalização Ambiente de Negócios Turbulento O sucesso empresarial passa a depender, fundamentalmente: – da flexibilidade da organização para se adaptar a um ambiente de negócios em constante mutação – da capacidade da organização aproveitar as oportunidades de diferenciação que as novas tecnologias de informação oferecem e – da capacidade da organização administrar a sua base informacional Alexandre R. Graeml 11 Ambiente Tecnológico Turbulento As Tecnologias de Informação hoje: – são complexas – são abrangentes – incluem uma imensa variedade de recursos As Tecnologias de Informação: – estão transformando os valores atuais muito mais profunda e rapidamente que qualquer outra transformação tecno-social na história – estão alterando drasticamente o perfil de toda a sociedade e de suas organizações Alexandre R. Graeml 12 A Conciliação de Informática e Telecomunicações (Viabilizando/Causando a Globalização) O futuro não precisa apenas ser imaginado, precisa ser construído. Hamel e Prahalad (não basta sonhar, é preciso planejar e agir!) Alexandre R. Graeml A Convergência da Informática com as Telecomunicações 2000 Sistematização Cliente/ Servidor Redes SI/SAD/SE 1990 Micros Processamento distribuído ULSI Processamento centralizado e uso geral 1980 Rede integrada de telecomunicações VLSI Vídeo 1970 LSI Computador com múltiplas funções Fibra óptica Circuito integrado Telefonia móvel FAX 1960 Computador c/ função única e simples 1950 Surgimento do computador Transmissão de dados Rede de transmissão digital Válvula ... 1950 Digitalização Transmissão digital Transmissão analógica Telefone 1900 Transistor 1960 1970 1980 1990 2000 Alexandre R. Graeml 14 Integração da organização Alexandre R. Graeml 15 Integração entre organizações Alexandre R. Graeml 16 Comunicação com qualquer lugar a qualquer tempo Alexandre R. Graeml 17 Comunicação com qualquer lugar a qualquer tempo INTERNET Milhões de pessoas interconectadas em todo o mundo Alexandre R. Graeml 18 Pode-se trabalhar em qualquer lugar Acesso a dados Teleconferência Chat e-mail Alexandre R. Graeml 19 Literalmente, em qualquer lugar... Alexandre R. Graeml 20 O Impacto da TI nas Empresas e no Mundo (A TI dando nova forma/novo impulso aos negócios e transformando a sociedade) Alexandre R. Graeml Impacto dos Sistemas de Informação nos Negócios aumento de produtividade melhoria da qualidade criação de vantagem competitiva suporte à estratégia da empresa reorganização e reengenharia apoio à tomada de decisões Alexandre R. Graeml 23 Impacto dos Sistemas de Informação nos Negócios (cont.) resposta rápida às necessidades dos clientes (quick response) resposta rápida a mudanças no negócio ou no ambiente de negócios (quick response) acesso a informações apoio à criatividade e à inovação Alexandre R. Graeml 24 A Tecnologia da Informação parece ser a panacéia para todos os nossos problemas! (vamos investir em TI !?!?) mas... Alexandre R. Graeml Gastos com TI x Retorno Obtido Lucratividade 80% 60% 40% 20% 09% -20% -40% $100 U$1000 U$10000 U$100000 Gastos com tecnologia da informação por empregado em 1994 Strassman (1997) Alexandre R. Graeml O Paradoxo da Produtividade “Vemos os computadores por toda a parte, exceto nas estatísticas de produtividade.” Robert Solow (Prêmio Nobel de Economia, 1987) Alexandre R. Graeml 27 Motivos p/ Investir em TI (Weill) obtenção de vantagem competitiva e aumento da participação no mercado (market share); obtenção de informações precisas e na hora certa para facilitar a tomada de decisão; redução dos custos de realização do negócio através da substituição do trabalho; obtenção de economias de escopo que ampliem a flexibilidade de modo que a empresa possa atender a uma gama abrangente de necessidades dos clientes sem aumento nos custos. Alexandre R. Graeml 28 Tipos de investimento em TI (Weill) Investimentos em TI estratégica - feitos para con- seguir vantagem competitiva ou melhorar a participação de mercado; Investimentos em TI informacional - para fornecer a infra-estrutura de informação para apoiar a gerência no controle, planejamento, comunicação, contabilidade e outras funções administrativas; Investimentos em TI transacional - para processar as transações da empresa, normalmente com o objetivo de cortar custos, através da eliminação de mão-de-obra. Alexandre R. Graeml 29 Benefícios Tangíveis x Intangíveis Podemos separar os benefícios proporcionados pela TI, com relação à facilidade de medição e avaliação, em: benefícios diretos, normalmente de curto prazo e facilmente mensuráveis, mas que apresentam menor impacto sobre a capacidade competitiva da empresa; e benefícios intangíveis, menos diretos, normalmente de longo prazo e intimamente associados à estratégia competitiva da empresa. Alexandre R. Graeml 30 Gastos com TI: Despesa ou Investimento? Despesa: gasto recorrente, de benefícios imediatos e vida curta Investimento: gasto menos freqüente, benefícios ligados à estratégia empresarial de longo prazo Alexandre R. Graeml 31 Empresas que consideram a TI como despesa ... se concentram nos custos e não nos benefícios pretendidos priorizam o curto prazo valorizam resultados mensuráveis e imediatos não enxergam o potencial estratégico Alexandre R. Graeml 32 Empresas que consideram a TI como investimento ... procuram vincular a tecnologia aos objetivos do negócio priorizam o longo prazo valorizam também os benefícios intangíveis usam a TI como um ativo estratégico Alexandre R. Graeml 33 A TI traz diferencial competitivo sustentável? A questão é controversa. Só existe consenso sobre o fato de que, para gerar vantagem duradoura, a TI precisa estar alinhada com o negócio. Alexandre R. Graeml A LÓGICA PRÓPRIA DO MERCADO DE PRODUTOS DE INFORMAÇÃO Alexandre R. Graeml 35 Teoria dos retornos crescentes A escola neoclássica acredita no equilíbrio do mercado em função de retornos decrescentes Mecanismos de realimentação negativa (forças do livre mercado) garantiriam o equilíbrio, a harmonia e a estabilidade Isto não acontece nos mercados de produtos de informação, em que os retornos são crescentes Alexandre R. Graeml 36 Quem deve se preocupar com isso? Empresas que desenvolvem conhecimentos e novas tecnologias (vendedores) Empresas que utilizam esses conhecimentos e tecnologias (compradores) Todos são afetados e precisam compreender as particularidades destes mercados! Alexandre R. Graeml 37 Mercados de retorno crescente Nos mercados de retorno crescente, não são necessariamente os líderes que determinam se uma tecnologia vai ser bem sucedida no mercado. Em muitos casos, o sucesso se deve aos seguidores. Alexandre R. Graeml 38 Adoção cumulativa Quanto mais uma tecnologia é adotada, mais se aprende sobre ela e mais ela é desenvolvida e melhorada Outras tecnologias surgem para suportá-la A tecnologia mais adotada é melhor conhecida e compreendida pelos usuários Economia de escala Vantagem da “Maria vai com as outras”: rede de usuários Alexandre R. Graeml 39 Lei de Metcalfe “A utilidade de uma rede é igual ao quadrado do número de usuários que a rede possuir.” Alexandre R. Graeml 40 A volatilidade dos mercados de produtos de informação Tanto boatos positivos quanto negativos são altamente impactantes no mercado de novas tecnologias, quando comparados com as comunicações de marketing tradicionais e, em muitos casos, são incontroláveis. Alexandre R. Graeml 41 A volatilidade dos mercados de produtos de informação Se os clientes tiverem motivos para acreditar que o produto de uma determinada empresa vai se tornar popular, eles disparam um ciclo virtuoso que transformará a expectativa em realidade. Sucesso ou fracasso são definidos mais em função das expectativas dos clientes sobre o desempenho de um produto no mercado do que em decorrência das expectativas sobre o produto em si. Alexandre R. Graeml 42 A volatilidade dos mercados de produtos de informação Custos baixos de reprodução e distribuição podem ampliar ainda mais o gap entre ganhadores e perdedores, pois somente aqueles com grandes escalas de distribuição conseguem praticar preços baixos e ainda assim amortizar custos de desenvolvimento elevados. Produtos da informação são caros para produzir, mas baratos para reproduzir. Alexandre R. Graeml 43 Custos de troca Representam o esforço necessário para substituir o fornecedor de um determinado produto/serviço e estão relacionados com: Prospecção de novo fornecedor Riscos e custos de selecionar e se relacionar com novo fornecedor Custo de iniciar nova curva de aprendizado Alexandre R. Graeml 44 Custos de prospecção (busca) Com o advento da Internet, acreditou-se inicialmente que a fidelidade às marcas se fragilizaria, uma vez que o custo de busca por produtos alternativos se reduziria sensivelmente. Isto aconteceu? Alexandre R. Graeml 45 A marca continua importante Marcas reduzem o custo de busca Marcas comunicam qualidade Marcas constroem relações de confiança No caso específico da Internet, a marca pode atribuir a produtos vendidos através da web um pouco mais de tangibilidade. Alexandre R. Graeml 46 Custo de nova curva de aprendizado As empresas procuram transferir os benefícios do treinamento e habilidades com o seu produto anterior para o próximo, de forma a manter elevados os custos de troca e a garantir o aprisionamento do cliente. (teclado QWERTY) Alexandre R. Graeml 47 Aprisionamento de clientes O aprisionamento limita as opções futuras em função das decisões de investimentos atuais. Aprisionamento em função do hardware Aprisionamento em função do software Aprisionamento em função de serviços Alexandre R. Graeml 48 Considerações finais sobre aprisionamento Em alguns casos, pequenos custos de troca para o consumidor podem ser responsáveis por enormes barreiras de entrada a novos concorrentes no mercado. O aprisionamento baseado na informação tende a ser muito durável. Equipamentos se desgastam ocasionando redução no custo de troca, mas bancos de dados especializados, por exemplo, persistem e crescem. Alexandre R. Graeml 49 Considerações finais sobre aprisionamento Não nascemos aprisionados. Só o ficamos em função de nossas próprias escolhas. Mas “as decisões tomadas no passado são como fantasmas que assombram continuamente as escolhas atuais”. Pergunta para reflexão: os retornos crescentes determinam que, cada vez mais, vamos estar à mercê de alguns poucos? Alexandre R. Graeml 50 Estágios Clássicos da Informatização Empresa automatizada 6 Estágios de Diebold (1969) Suporte Integração Automação Racionaliz. (Manual) Mecaniz. Maturidade 4 Estágios de Nolan (1974) Crescimento Controle Administr. de dados Início 6 Estágios de Nolan (1979) Maturidade Integração Controle Contágio Início 100% Operacional 3 Estágios Essenciais 80% Operacional 20% Controle 50% Operacional 40% Controle 10% Estratégico Integração Automação Manual (racionalização/estruturação) Alexandre R. Graeml 51 Estágios da Informatização (Porter) 1. Manual é o sistema tradicional de contabilidade, processamento de pedidos etc. sem a utilização do computador 2. Automação é a programação dos passos tradicionais do processamento em um computador 3. Otimização é a utilização de computador para medir e controlar variáveis mais independentes para otimizar um resultado, tal como o custo ou a qualidade 4. Melhoria é a utilização de sistema que agrega valor, como produção flexível ou planejamento e controle da produção 5. Coordenação é a coordenação de atividades das diversas partes da empresa (depósitos, fábricas etc.) 6. Conexão é a criação de ligações entre as atividades da empresa, como vendas e P&D, projeto e produção. Também pode envolver ligações externas com fornecedores e clientes 7. Compartilhamento é a melhoria das "economias de escopo" através do compartilhamento de atividades similares entre diversos produtos 8. Reconfiguração é a utilização de sistemas que transformam completamente o processo e/ou o produto. Alexandre R. Graeml 52 Modelo de Maturação das Capacidades Nível 1 Nível 2 Relacionamento: TI x áreas de negócios Alinhamento: TI x negócios "Tomador de pedidos" "Conduzido pela área de negócios" a área de negócios se aproxima da TI com soluções pré-definidas a TI responde aos requisitos da área de negócios os profissionais de TI possuem pouca credibilidade os negócios não exploram as oportunidades criadas pela TI a área de negócios pode tentar excluir a TI "Consultor" "Início da criação de oportunidades" os profissionais de TI ganham credibilidade com as áreas de negócio predominantemente conduzidas pelas áreas de negócio a área de TI cria algumas oportunidades as áreas de negócio começam a solicitar a opinião da área de TI a área de negócios começa a explorar as oportunidades criadas Nível 3 "Colaborador" "Forte ligação" a TI passa a fazer parte da equipe sênior de negócios criação e aproveitamento de oportunidades a TI ganhou credibilidade com as áreas de negócio as áreas de negócios conseguem capitalizar sobre uma ampla gama de oportunidades proporcionadas pela TI Alexandre R. Graeml 53 Modelo de Maturação das Capacidades Parceria negócio/TI Ligação forte Estabelecida Início da criação de oportunidades Aumentando Inexistente Conduzido pelas áreas de negócios Tomador de pedidos Consultor Colaborador Alexandre R. Graeml 54 Evolução da TI dentro da Empresa Suporte do negócio Execução do negócio Mudança do negócio Alexandre R. Graeml 55 O Planejamento Estratégico da Empresa e o Apoio da TI (Definindo o que a empresa quer e como vai consegui-lo) Alexandre R. Graeml Planejamento Estratégico O planejamento estratégico diz respeito a implicações futuras de decisões presentes Peter Drucker Se você não fizer parte do rolo compressor, certamente fará parte da estrada. Alexandre R. Graeml 57 Necessidade da Compreensão Estratégica da Organização Sem a visão estratégica, qualquer resultado se justifica Sem a visão estratégica, os critérios para direcionamento do nível operacional se tornam fracos Um acerto estratégico até permite erros operacionais; mas não há acerto operacional capaz de manter uma direção estratégica errada Alexandre R. Graeml 58 Modelos para Estratégia Empresarial Abordagens relevantes: FORÇAS MOTRIZES (BENJAMIN TREGOE) (Final dos anos 1970) MICHAEL PORTER (Início dos anos 1980) TREACY & WIRSEMAN (1995) Alexandre R. Graeml 59 Forças Motrizes (Tregoe) Nove áreas estratégicas básicas: – Produtos oferecidos – Necessidades do mercado – Tecnologias – Capacidade de produção – Métodos de venda – Métodos de distribuição – Recursos naturais – Tamanho/crescimento – Retorno/lucro Alexandre R. Graeml 60 Estratégias Empresariais Genéricas propostas por Porter VANTAGEM ESTRATÉGICA Unicidade observada pelo cliente No âmbito de todo o setor DIFERENCIAÇÃO Baixo custo LIDERANÇA NO CUSTO TOTAL ALVO ESTRATÉGICO Segmento isolado ENFOQUE Alexandre R. Graeml 61 As 5 forças que determinam a lucratividade das empresas (Porter) Entrantes potenciais Concorrentes no setor Fornecedores Compradores Rivalidade entre as empresas existentes Substituto s Alexandre R. Graeml 62 Estratégias Empresariais na Visão de Treacy e Wirsema Ajuste Boutiques especializadas Nichos sob medida Intimidade com o cliente Preço Clones genéricos Excelência operacional Commodities Liderança de produto Inovadores Inovadores sobreviventes 1 2 3 Tecnologia Alexandre R. Graeml 63 Balanced Score Cards Perspectiva dos clientes retenção de clientes market share nível de satisfação relacionamento etc. Perspectiva financeira lucratividade ROI fluxo de caixa histórico de vendas etc. Perspectiva da inovação taxa de melhoria níveis de habilidade aproveit. da P&D % de novos produtos etc. Perspectiva interna tempos de ciclo índice da qualidade retrabalho produtividade etc. Alexandre R. Graeml 64 Preocupações Estratégicas A empresa inovadora A empresa flexível A empresa de qualidade A empresa eficiente Amadurecimento do mercado e exigências competitivas (BOLWIJN, 1990) Alexandre R. Graeml 65 Boston Square - Tipos de Sistemas Produção Estratégico Suporte Reviravolta Alexandre R. Graeml 67 Mapa de Valor 2ª prioridade Esquecer ? Alexandre R. Graeml 68 A Tecnologia de Informação, usada estrategicamente, pode: diferenciar produtos mudar as relações de poder e pressão no mercado criar ou destruir dependências entre organizações prender clientes a fornecedores Alexandre R. Graeml 70 A Tecnologia de Informação, usada estrategicamente, pode: (cont.) reduzir prazos para atividades essenciais da organização mudar drasticamente as estruturas de custos criar canais de comunicação com o mercado inimagináveis há alguns anos Alexandre R. Graeml 71 A Tecnologia de Informação e a Organização A TI: Muda a relação entre pessoas e intra/entre organizações Dinamiza e potencializa o trabalho coletivo ou em grupos (groupware) Está fazendo surgir a Organização Virtual É o mais poderoso instrumento de que a Reengenharia Empresarial pode se utilizar Alexandre R. Graeml 72 Ganhos de Competitividade Relacionados ao cliente: Informações rápidas ao cliente. Agilidade e precisão nas transações com o cliente. Relacionamento mais estreito com o cliente. Redução dos tempos de resposta em processos de atendimento ao cliente. Tempo de espera mais agradável para o cliente. Alexandre R. Graeml 73 Ganhos de Competitividade Relacionados ao cliente (cont.): “Memorização” do perfil do cliente, criando um ambiente de atendimento personalizado. Personalização no atendimento ao cliente. Flexibilização no atendimento ao cliente. Facilidades e comodidade para o cliente. Maior satisfação do cliente. Alexandre R. Graeml 74 Ganhos de Competitividade Relacionados ao Produto: Mudanças na estrutura e custos do produto, com aumento de competitividade por preço. Diferenciação do produto ou serviço, através de informações agregadas. Rastreamento do produto, da fabricação até o término de sua vida útil, melhorando a garantia e segurança para o cliente. Novos recursos e características em produtos relacionados ao uso de TI. Alexandre R. Graeml 75 Ganhos de Competitividade Relacionados aos Processos: Uso em situações impossíveis ou de grande dificuldade pelo ser humano. Mudanças radicais em processos operacionais com enormes ganhos de tempo e custos. Balanceamento de disponibilidades de recursos com demanda, contribuindo para melhor atendimento à demanda. Flexibilização/Customização. Alexandre R. Graeml 76 Ganhos de Competitividade Relacionados à Empresa e ao Ambiente: Criação de laços fortes com fornecedores, agentes comerciais ou clientes. Criação de barreiras à entrada ou expansão de concorrentes. Rapidez de resposta a novas demandas do mercado. Aproveitamento de capacidades sinérgicas entre empresas. Melhoria de imagem da empresa. Alexandre R. Graeml 77 Ganhos de Competitividade Relacionados à Tomada de Decisões: Conhecimento da concorrência. Maior poder de análise para situações de risco. Maior poder de análise para a identificação de oportunidades estratégicas. Aumento de confiabilidade em diagnósticos e prescrições de solução de problemas. Alexandre R. Graeml 78 A Comunicação dentro da Empresa e com os Clientes e Fornecedores (Cuidado especial com as interfaces!) A Falta de Comunicação nas Empresas O que o cliente esperava gap 1 O que foi percebido como necessidade do cliente pelo marketing gap 2 O que foi especificado pela engenharia gap 3 O que foi industrializado pela produção gap 4 O que foi comunicado ao cliente por vendas O que foi percebido pelo cliente gap 5 Por mais "sintonizados" que estejam a empresa e os seus clientes, existem diversas etapas ao longo da realização de um serviço nas quais podem ser inseridos "ruídos" que dificultam o pleno atendimento das expectativas do cliente. Alexandre R. Graeml 80 O Fluxo de Informações nas Empresas Informação Controle Executivo Base de dados Gerente 2 Gerente 1 Executivo Informação Processo Trabalhador Aconselhamento Trabalhador Processo Produto Fluxo de informações e de controle em empresa tradicional Produto Fluxo de informações e de aconselhamento em empresa informatizada Alexandre R. Graeml 81 Experiências prévias Comunicação boca-a-boca Imagem do produto/serviço Lacuna entre a qualidade real Expectativas dos e a imagem comunicada Percepções dos consumidores consumidores Qualidade com relação ao com relação ao percebida produto/serviço produto/serviço Lacuna entre as especificações do consumidor Produto/ e as Lacuna entre as especificações serviço especificações da operação Lacuna entre o conceito de qualidade e a qualidade real real e a especificação Domínio do consumidor Conceito do produto/serviço Especif. qualidade do produto/serviço e do processo Domínio da empresa Alexandre R. Graeml 82 A Cadeia de Valor e Sistemas de Informação possibilitando a integração Cadeia de Valor Infra-estrutura da empresa Administração de recursos humanos Atividades de apoio Desenvolvimento da tecnologia Compras Logística dos insumos Operações M a r g Logística Marketing Assistência e e dos técnica m produtos vendas Atividades primárias Fonte: PORTER, Michael E. Competitive advantage: creating and sustaining superior performance. Nova Iorque : Free Press, 1985. Alexandre R. Graeml 84 CLIENTES FORNECEDORES UNIDADE PRODUTIVA Gestão de Compras e Suprimentos Gestão de Distribuição Física Logística Gestão de Materiais Gestão da Cadeia de Valor Alexandre R. Graeml 85 Cadeia de Valor Expandida Fornecedor EMPRESA Projeto Compras Produção Vendas Serviços Cliente a) cadeia de valor limitada à fronteira convencional da organização Desenvolvimento de produto EMPRESA Produção e distribuição Serviço ao cliente b) cadeia de valor estendida, envolvendo clientes e fornecedores Fonte: MEIRELLES, Fernando de Souza. Informática, novas aplicações com microcomputadores. 2. edição. São Paulo : Makron Books, 1994. Alexandre R. Graeml 86 As Organizações e as Mudanças Organizacionais (A TI é possibilitadora e agente de mudança) Alexandre R. Graeml O Modelo de Scott-Morton para o Equilíbrio Organizacional Estrutura Estratégia Ambiente sócio-econômico externo Processos de gerenciamento Ambiente de tecnologia externo Tecnologia Papéis individuais Fronteira da organização Os benefícios da implantação da TI são apenas marginais se a mesma for imposta sobre as condições organizacionais existentes, principalmente a estratégia, a cultura, os processos e a estrutura. Alexandre R. Graeml 88 A Resistência à Mudança Três motivos para a resistência: as pessoas se sentem confortáveis com o status quo; elas não entendem o motivo da mudança; ou têm dúvida sobre a capacidade de conseguir a mudança. Alexandre R. Graeml 89 O Modelo de Levin-Schein Como a implantação de SIs nas empresas provoca grandes mudanças organizacionais, o ideal é que ela seja feita aos poucos, o que facilita o gerenciamento da mudança. Um modelo que tem sido bem aceito é o do "descongelamento" da empresa, efetivação da mudança e "recongelamento”. Alexandre R. Graeml 90 Modelo de Beckhard para a Mudança Organizacional Empurrão inicial Estado presente Estados futuros Ímã para manter o Visão comprometimento A visão de uma situação futura, interessante para a maioria dos stake-holders pode ser utilizada como um ímã concentrador de energias para manter o comprometimento. Alexandre R. Graeml 91 Como detectar focos de rejeição? Alexandre R. Graeml 92 Como ocorrem as melhorias? Melhoramentos podem ocorrer de forma revolucionária ou contínua (kaizen). Alexandre R. Graeml 93 Reengenharia dos Processos é uma mudança fundamental nos processos do negócio, com reorganização estrutural, normalmente eliminando hierarquias, a partir da instituição de equipes multifuncionais; tem foco nos clientes (internos e externos); compreende o repensar dos processos da organização, visando a melhoria em termos de produtividade e ciclo dos produtos/serviços; novos sistemas de informação e medição, com tecnologia de ponta, melhorando o compartilhamento de informações e o processo de decisão. Alexandre R. Graeml 94 Qualidade x Reengenharia de Processos Qualidade Reengenharia (melhoramento contínuo) (melhoramento revolucionário) Longo prazo, longa duração Curto prazo, mas dramático Bons, a princípio Inadequados, a princípio Incremental (passo a passo) Geral e radical (passos grandes) Contínua e incremental Pontual e não incremental Processos existentes Do zero De todos De cima para baixo, seleciona alguns “campeões” Por consenso, esforços de grupo Por imposição, idéias e esforços individuais know-how tradicional e estado da arte Inovação tecnológica, novas invenções, novas teorias Foco Um processo por vez Todos ao mesmo tempo Risco Baixos e dispersos (muitos projetos simultâneos) Altos e concentrados (todos os ovos em uma cesta) Pessoas Tecnologia Cultural - abrupta Estrutural/Cultural - gradual Ocasional Chave Melhores processos Lucratividade Efeito Processos atuais Estratégia de mudança Freqüência mudança Ponto de partida Participação Estilo Estímulos Orientação de esforços Tipo de mudança Papel da TI Critérios de avaliação Alexandre R. Graeml 96 Os “Atores” Organizacionais e Seus Papéis na Mudança A identificação de todos os stake holders e o envolvimento de cada um deles com a mudança desejada representam uma questão crítica relacionada à aplicação eficaz de TI para a obtenção de benefícios para a organização. comprometimento stake mudança benefício resistência capacidade disponibili- nível ações dade (baixa, nenhum deixa ajuda a faz recomenholder necessária percebido percebida (baixa, média, alta) média, alta) acontecer acontecer acontecer dadas Alexandre R. Graeml 97 Apoio e Comprometimento da Alta Administração A alta administração precisa acreditar na necessidade do sistema de informação e estar determinada a garantir a sua implantação. O administrador de TI deve possuir os argumentos necessários para sensibilizar a alta administração, convencendo-a de que os benefícios resultantes da implantação da TI superam os esforços necessários para atingi-los. Alexandre R. Graeml 98 Apoio e Comprometimento da Alta Administração Se a alta administração não estiver plenamente convencida da absoluta necessidade de implantação do sistema de informação, a probabilidade de fracasso é muito grande, pois sua atuação é fundamental, não só no financiamento do projeto, como também no gerenciamento das mudanças nos processos, na estrutura e na cultura da organização, que normalmente acompanham a introdução da TI, além da dissipação dos focos de resistência. Alexandre R. Graeml 99 O Efeito de “Manada” À medida em que as empresas percebem a extraordinária capacidade que a TI dispõe de gerar diferenciais competitivos a favor daqueles que a utilizam para agregar valor para seus clientes, parece surgir uma certa angústia entre os tomadores de decisão que, inseguros sobre a definição da estratégia a ser adotada, optam por seguir os passos dos concorrentes, na esperança de conseguir ao menos neutralizar os efeitos do seu sucesso, caso sua estratégia seja mais acertada. Alexandre R. Graeml 100 A Intimidade Virtual com o Cliente A TI ajuda a manter o foco no cliente através de: automação flexível da linha de produção, que pode receber informações a partir de bancos de dados ou em tempo real sobre os produtos a serem produzidos, alterando a configuração do produto e adequando-o às necessidades do cliente (escopo em substituição à escala); redução do tempo até a aceitação pelo mercado, através da integração do marketing com o desenvolvimento de produtos, com a fábrica e com os próprios clientes. Alexandre R. Graeml 101 Tempo até a Aceitação pelo Mercado (tradicional) Tempo de desenvolvimento + Tempo de produção + Tempo de aceitação Tempo até o mercado Tempo até a aceitação Alexandre R. Graeml 102 Tempo até a Aceitação (com envolvimento precoce do cliente) Tempo de desenvolvimento + Tempo de produção Tempo de aceitação Tempo até o mercado = Tempo até a aceitação Alexandre R. Graeml 103 Os Riscos Associados à TI Riscos financeiros Riscos técnicos e de projeto Riscos de funcionalidade Riscos sistêmicos Riscos políticos e de administração da resistência Riscos do líder e do seguidor Risco de se perder a oportunidade Risco de mudança de valor ao longo do projeto Riscos associados ao problema dos "agentes" Riscos do contrato Alexandre R. Graeml 104 Considerações Como não surgiram métodos novos de uso generalizado para a avaliação dos benefícios menos tangíveis da era da informação, muitos executivos mais conservadores preferem não se arriscar e seguir as regras consagradas pelo mercado, independentemente do fato de elas terem sido criadas para a realidade da era industrial e não se ajustarem bem à nova situação. Errar conservadoramente ainda parece ser melhor para a carreira do executivo do que acertar de forma pouco convencional. MAS... Alexandre R. Graeml 105 Considerações A tendência é de que este tipo de atitude ceda lugar a formas mais dinâmicas de gestão empresarial, pela própria seleção natural das empresas e executivos mais competentes na condução dos negócios, o que ocorre de forma acelerada em tempos de rápidas mudanças. O momento atual não é de manter o que se conquistou no passado, seguindo "regras bem definidas para o jogo", mas de encontrar formas de ser competitivo no futuro, o que provavelmente decorrerá da ruptura com as práticas anteriores. Alexandre R. Graeml 106 Considerações Dentro deste panorama, a TI pode se tornar um importante ativo para alavancar as atividades empresariais, proporcionando vantagem competitiva e diferenciação, principalmente no caso de aplicações estratégicas. Como a definição das estratégias e a garantia da sua execução envolvem a consideração da empresa como um todo, elas devem ser realizadas pelo mais alto escalão da organização, em uma primeira instância, através do enunciado da missão da empresa e determinação dos seus objetivos mais gerais. A partir daí, todos os demais integrantes da empresa são capazes de definir, ou ter definidos, seus próprios objetivos, alinhados às metas maiores da empresa. Alexandre R. Graeml 107 Considerações Melhorias de custos e de qualidade decorriam, na maioria dos casos, de ações isoladas sobre processos. A soma de todas as economias de custo na empresa, assim como a garantia de qualidade em cada um dos processos independentemente, determinavam a competitividade da empresa. Tempo de resposta e flexibilidade funcionam de forma diversa, pois não podem ser obtidos isoladamente, exigindo visão sistêmica integrada e elevado grau de automação de processos. É o caso em que o todo pode ser maior que a soma das partes. Flexibilidade e Tempo de Resposta exigem integração. Alexandre R. Graeml 108 Considerações Para empresas que realizaram grandes investimentos na reengenharia de processos e em sua automatização, com vistas a reduzir custos (eficiência operacional) e melhorar a qualidade, a boa notícia é que 80% do esforço já foi realizado. A próxima etapa, de integração, envolve os restantes 20% de esforço, mas concentra 80% dos benefícios. Manual (racionaliz./estruturação) Automação 80% do esforço Integração 80% dos benefícios Alexandre R. Graeml 109 ERP – fluxo de integração do software de gestão Gestão XXI Fonte: Site: www.abcconsult.com.br Alexandre R. Graeml 110 A Responsabilidade dos Gerentes de Linha Embora seja de se esperar que o departamento de informática esteja cada vez mais ligado à consecução dos objetivos do negócio, as discussões estratégicas que justificam, ou justificarão, os novos sistemas não são discussões técnicas e precisam ser realizadas por pessoas de negócios, capazes de perceber como a informática é capaz de agregar valor para os clientes, aos produtos e serviços da empresa. Alexandre R. Graeml 111 Ciclo do Negócio x Ciclo de Desenvolvimento dos Sistemas Tempo em anos 1 Ciclo do negócio 15 anos atrás atualmente Ciclo da tecnologia 15 anos atrás atualmente Ciclo prometido para o desenvolvimento de sistemas 15 anos atrás atualmente Ciclo real do desenvolvimento de sistemas 15 anos atrás atualmente 2 3 4 5 Alexandre R. Graeml 112 Habilidades do Administrador de TI Domínio da tecnologia atual Conhecimento do negócio Familiaridade com novas tecnologias Alexandre R. Graeml 113 Alexandre R. Graeml 114 Minicurrículo do professor Prof. Alexandre Reis Graeml - Engenheiro Eletricista (Eletrônica e Telecomunicações) – CEFET-PR - Mestre e doutor em Administração de Sistemas de Informação / Produção – FGV-EAESP - Pesquisador do Fisher Center for the Strategic Use of Information Technology (Universidade da Califórnia, em Berkeley) - Autor de dezenas de artigos em revistas acadêmicas e de negócios.