Gestão em Saúde Relato de Pesquisa ISSN 2176-9095 2176-9095 ISSN Science in Health 2010 jan-abr; 1(1): 77-82 COMPARAÇÃO DE CUSTOS PARA O TRATAMENTO DAS LESÕES PRECURSORAS DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO NO SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE Comparision of costs to treat cervical câncer precursors lesions at public health service Ana Claudia Guedes*, ** Rita Elaine Francesca Curi** Sylvia Michelina Fernandes Brenna*, ** RESUMO ABSTRACT A questão do uso racional de leitos hospitalares e o controle de custos em saúde têm sido enfatizados desde a década de 70. Este estudo aleatório comparou três estratégias para tratamento de lesões precursoras do câncer de colo do útero, no Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Foram incluídas 19 internadas, submetidas à conização a frio; 18 internadas submetidas à cirurgia de alta frequência (CAF) e 19 externas, submetidas à CAF ambulatorial. O custo médio do procedimento foi de R$ 66,23, R$ 66,10 e R$ 5,36, para as mulheres submetidas à conização, CAF hospitalar e CAF ambulatorial respectivamente. A razão entre o maior e o menor custo foi de 12 vezes. A dor leve foi relatada em 3 casos (15,7%), 3 (16,6%) e 3 (15,7) pelas mulheres no primeiro, segundo e terceiro grupo, respectivamente. A hemorragia operatória foi observada em 6 (31,5%), 2 casos (11,1%) e 2 (10,5%), respectivamente. Baseado nesses dados, o tratamento das lesões precursoras do câncer de colo de útero em regime ambulatorial deve ser considerado, pois o custo é menor do que o procedimento em regime hospitalar, com resultados similares. The subject of the rational use of hospital beds and the control of health costs has been emphasized since the 70’s years. This randomized study compared three strategies for treatment of precursor’s lesions of the cervix cancer in women at the Leonor Mendes de Barros Maternity Hospital, State Secretariat of Health, São Paulo. For this study were 19 inpatients submitted to cold-knife conization, 18 inpatients submitted to loop electrosurgical excision procedure (LEEP) and 19 outpatients submitted to LEEP for ambulatory surgical procedure. The average costs of the procedures were: R$ 66.23, R$ 66.10 and R$ 5.36, for coldknife conization, LEEP inpatients, and LEEP outpatients, respectively. The proportion between the largest and the smallest cost was about 12 times. A soft pain was referred in 3 cases each for the first, second and third groups, representing 15.7%, 16.6% and 15.7%, respectively. The operative hemorrhage was observed in 6 cases (31.5%) in the first group, and 2 (11.1%) and 2 (10.5%) for the next two in that order. Based on these data, the treatment of precursor’s lesions of the cervix cancer for outpatients should be considered, because the cost is smaller than the procedures as inpatient regimen with similar results. DESCRITORES: Cirurgia ambulatorial. Custos hospitalares. Cus- DESCRIPTORS: A mbulatory surgical procedures. Hospital to de cuidados de saúde. costs. Health care costs *Curso de Medicina da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) **Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo 77 Gestão em Saúde Relato de Pesquisa Guedes AC, Curi REF, Brenna SMF. Comparação de custos para o tratamento das lesões precursoras do câncer de colo do útero no serviço público de saúde • São Paulo • Science in Health • 2010 jan-abr 1(1): 77-82 ISSN 2176-9095 Barros, Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, entre 2004 e 2006. O primeiro grupo, submetido à conização clássica, se internou antes e recebeu alta 24h após o procedimento. Recebeu anestesia de bloqueio tipo raqui para o assoalho pélvico, considerada padrão para o serviço de saúde onde foi realizado este estudo. O segundo grupo, submetido à CAF, também recebeu o mesmo regime de internação hospitalar e anestesia do grupo anterior. Não foi considerado o regime de hospital-dia, no qual a paciente deveria ser internada pela manhã e receberia alta hospitalar no mesmo dia, após o procedimento. O terceiro grupo foi submetido à CAF ambulatorial sob anestesia local, com 1,8ml de cloridrato de xylocaina a 2% sem vasoconstritor, aplicada no colo do útero com seringa carpule de cabo longo e agulha gengival as 2, 4, 8 e 10h. As pacientes não receberam nenhum tipo de sedação. O procedimento foi realizado sob visão colposcópica nas salas de atendimento ambulatorial. As mulheres foram liberadas uma hora após o procedimento, desde que não houvesse nenhum sangramento ou outra queixa relevante. Nos grupos submetidos a CAF, utilizou-se pasta hemostática com sulfeto férrico (Hemogin®) após o procedimento. Foram considerados apenas os custos diretos, como: drogas anestésicas, medicamentos, compressas de gaze, fios de sutura e custos de internação e alimentação. Não foram considerados os custos indiretos relacionados ao material permanente ou à mãode-obra especializada. Os custos basearam-se na tabela da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição (processo 010/03) e as mulheres leram e assinaram o consentimento livre e esclarecido. Os resultados foram analisados no programas Excel e Epi Info, considerou-se o nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95% para cálculo do risco relativo (RR). O p valor foi calculado pelo teste exato de Fisher. Os custos médios foram comparados entre si, tendo-se como referência a conização clássica. A comparação de custos foi feita através da fração entre o custo de referência (conização clássica) dividido pelo custo de cada procedimento. INTRODUÇÃO A gestão de custos em saúde ressalta a importância de se minimizar os custos e maximizar os benefícios, para os usuários e para as instituições. A racionalização e priorização dos cuidados da saúde são uma realidade e uma necessidade, todavia o controle de custos e a distribuição dos recursos devem iniciar, preferencialmente, na redução do desperdício (Veiga20 2008). A questão do uso racional de leitos hospitalares ganhou ênfase na década de 70, quando alguns serviços de saúde passaram a comparar os custos de procedimentos simples e eletivos, sob diferentes regimes: internação hospitalar, hospital-dia e ambulatorial (Craig4 1970, Martin e Rust12 1974, O’Donovan13 1979). Desde a criação do Sistema Único de Saúde, tem havido alguns descompassos administrativos, que ameaçam a sua estratégia e eficiência. Há pressões, cada vez maiores, por uma reforma que minimize os custos, entretanto, um dos grandes problemas para que isso ocorra é a resistência interna ao modelo, ou seja, está nas formas operacionais do sistema, no modelo de gestão e no fluxo de recursos (Trevisan e Junqueira17 2007). Ainda parece existir resistência por parte de alguns gestores do sistema público de saúde em revisar e modificar o fluxo de procedimentos clássicos, que vem sendo realizados há muitos anos, sem preocupação com os custos. O objetivo deste estudo foi comparar três procedimentos utilizados para o tratamento das lesões precursoras do câncer de colo do útero, principalmente com relação aos custos e complicações. MÉTODOS Este estudo foi aleatorizado e comparou três estratégias para tratamento das lesões precursoras do câncer de colo de útero em mulheres: 19 internadas em regime hospitalar, submetidas à conização a frio; 18 também internadas, submetidas à cirurgia de alta frequência (CAF) ou cirurgia com alça de alta frequência (CAAF) e 19 externas, submetidas à CAF ambulatorial. A CAF é realizada com aparelho específico, o qual gera um circuito elétrico com frequência de 3,8 megahertz, que corta e coagula os tecidos. Elas foram admitidas no serviço de Patologia do Trato Genital Inferior do Hospital Maternidade Leonor Mendes de RESULTADOS A média de idade das mulheres foi 39,8 anos (DP 78 Gestão em Saúde Relato de Pesquisa Guedes AC, Curi REF, Brenna SMF. Comparação de custos para o tratamento das lesões precursoras do câncer de colo do útero no serviço público de saúde • São Paulo • Science in Health • 2010 jan-abr 1(1): 77-82 ISSN 2176-9095 cas efetivas de controle do câncer em muitos países em desenvolvimento. O tratamento clássico para as lesões precursoras do câncer de colo de útero ou neoplasias intraepiteliais cervicais (NIC) grau 2/3 e padronizado na maioria dos hospitais públicos especializados tem sido a conização a frio. Ela deve ser realizada em regime de internação hospitalar, com anestesia de bloqueio (tipo raqui ou peridural) ou geral. Alguns serviços públicos realizam a exérese da lesão pré-neoplásica com CAF, cuja grande vantagem é a de poder ser realizada em regime de hospital-dia ou ambulatorial, sob anestesia local, de forma a minimizar custos. Todavia, esse procedimento ainda não é considerado padrão nos hospitais públicos. Os resultados do presente estudo estão em conformidade com o consenso estabelecido por outros autores, desde a década de 90, em vários países: Estados Unidos (Krebs et al.11 1993, Saidi et al.15 1994, Eduardo et al.6 1996, Duggan et al.5 1999, Kleinherg et al.10 2003), Irlanda (Turner et al.18 1992), Polônia (Pawel Sielierski et al.14 1999), Alemanha (Hillemanns et al.8 2000), Servia (Bozanovic et al.2 2008), Canadá (Ferenczy et al.7 1996), França (Brun et al.3 2002), Holanda (Abrahamsson e Nellemann1 1998) e Cuba (Torriente Hernandez e Valdés Alvarez16 2003). Todos os autores abordaram a questão de minimizar custos no serviço de saúde, da facilidade de execução do procedimento CAF e da possibilidade de realizá-lo em 12,7) para conização, 36,3 (DP 13,2) para CAF hospitalar e 37 (DP 11) para CAF ambulatorial. O tempo de internação variou de 2,2 dias para conização, 2 dias para CAF internada e nenhum dia para CAF ambulatorial. O custo médio do procedimento foi de R$ 66,23, R$ 66,10 e R$ 5,36, para as mulheres submetidas à conização, CAF hospitalar e CAF ambulatorial respectivamente (Figura 1). (COLOQUE A FIGURA A Tabela 1 mostra o risco de complicações dos procedimentos. A dor leve ou incômodo pélvico foi relatado em 3 casos (15,7%), 3 (16,6%) e 3 (15,7) pelas mulheres com conização, CAF internada e CAF ambulatorial, respectivamente. O sangramento leve ou moderado foi observado em 6 casos (31,5%), 2 (11,5%) e 2 (10,5%) respectivamente para conização, CAF internada e CAF ambulatorial. O risco relativo foi calculado para dor e sangramento. Quando se comparou a conização com a CAF internado e com a CAF ambulatorial, a diferença entre os grupos não foi significativa: RR 0,9 (IC 0,2-4,1), p 0,64 para CAF internada e RR 1,0 (IC 0,3-4,3), p 0,67 para CAF ambulatorial. A diferença também não foi significativa para sangramento: RR 2,8 (IC 0,6-12,3), p 0,13 para CAF internado e RR 3,0 (0,6-13,3), p 0,11 para CAF ambulatorial. Os casos de dor foram, tratados com analgésicos e os casos com sangramento foram submetidos à hemostasia e observação. DISCUSSÃO Considerando-se apenas os custos diretos, podese dizer que eles variaram conforme o regime de internação hospitalar, ou seja, não se associaram ao tipo de procedimento. Tanto o custo da conização quanto da CAF foi similar, quando a paciente foi internada, todavia foi 12 vezes maior do que o procedimento ambulatorial. Os efeitos colaterais não foram significativos e puderam ser bem administrados tanto nas pacientes internadas quanto naquelas externas ou ambulatoriais. Esses resultados são muito importantes em termos de custo-benefício, do ponto de vista de saúde pública, principalmente em países em desenvolvimento, onde o câncer de colo de útero apresenta altas taxas de incidência (INCA, 2008) e é muito importante tratar as lesões precursoras adequadamente, com métodos baratos, simples e com poucos riscos e efeitos colaterais. Problemas financeiros, técnicos e logísticos têm impedido o estabelecimento de políti- Figura 1. Custos diretos, em real, dos procedimentos, segundo a tabela da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo R$ 70,00 R$ 60,00 R$ 50,00 R$ 40,00 R$ 30,00 R$ 20,00 R$ 10,00 R$ 0,00 CAF – cirurgia de alta frequência 79 Conização CAF internada CAF am bulatorial Gestão em Saúde Relato de Pesquisa Guedes AC, Curi REF, Brenna SMF. Comparação de custos para o tratamento das lesões precursoras do câncer de colo do útero no serviço público de saúde • São Paulo • Science in Health • 2010 jan-abr 1(1): 77-82 mais que os da economia em geral, talvez por causa da demanda crescente, perante uma oferta que não consegue acompanhar o crescimento (Vecina Neto e Malik19 2007). Alguns autores acreditam que, em regra geral, o custo das atividades, na rede hospitalar publica brasileira, é desconhecido e a gestão existente é do regime de caixa. Quando há pacientes internados, a tecnologia disponível em termos de drogas terapêuticas, anestesia, procedimentos cirúrgicos e diagnósticos menos invasivos, permitem reduzir a permanência hospitalar. Assim, o número de leitos calculados como necessários pode estar superestimado e a tendência seria reduzir tanto o número de leitos quanto de pequenos hospitais. Isso ajudaria a criar escalas econômicas mais adequadas para serviços de maior complexidade. Essa discussão tem profundas implicações econômicas, na medida em que se estima que 70% dos gastos do SUS são destinados a hospitais. Consequências da assistência prestada sem necessidade em hospitais é o desperdício de recursos, já escassos, e a perda de qualidade (Vecina Neto e Malik19 2007). Existem cada vez mais possibilidades para substituir ou complementar o regime de internação hospitalar. No sentido de promover a desospitalização, a tendência atual é optar por assistência domiciliar e hospital-dia, também chamados de home car e day hospital, respectivamente. Se for verdade que o SUS necessita de reformas e, entre elas, admite-se a necessidade de minimizar custos (Trevisan e Junqueira17 2007), seria um contrassenso supor que procedimentos de baixo custo e alta efetividade, utilizados por mais de uma década em outros países, não sejam incentivados e utilizados em larga escala como padrão nos hospitais da rede pública. O tratamento das lesões precursoras do câncer de colo do útero em regime ambulatorial deve ser Tabela 1. Razão entre os custos dos procedimentos, segundo a tabela da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Custo (R$) Conização 66,23 CAF internada 66,10 CAF ambulatorial 5,36 ISSN 2176-9095 Razão Ref 1,0 12, 3 CAF – cirurgia de alta frequência pacientes não internadas, ou seja, em consultórios, clinicas ou salas de pequenas cirurgias. Esses estudos também abordaram a questão de custo-efetividade do procedimento para o tratamento das lesões precursoras do câncer de colo, pois relacionam a simplicidade do método, com poucos efeitos colaterais, bons resultados e baixo custo. O problema de racionalização e priorização dos recursos não é exclusivo do setor de saúde, e independentemente do grau de desenvolvimento dos países, a procura de cuidados na saúde excede a oferta, sejam eles pagos pelo sistema privado ou pelo público. Parece que a distribuição dos cuidados de saúde em geral é feita pela capacidade de pagar ou pela necessidade. Alguns países, como os Estados Unidos, usam o primeiro e outros países, principalmente na Europa, com sistemas nacionais de saúde, continuam a basearse na necessidade (Vecina Neto e Malik19 2007). Baseando-se nesse modelo, pode-se dizer que, no Brasil, a preocupação com custos ainda é incipiente. Ela ficou mais evidente há poucas décadas, após a difusão dos seguros-saúdes e do aparecimento de novas e cada vez mais caras tecnologias médicas. A despeito de todos os insumos diretos e indiretos envolvidos na assistência impactarem em custos, ainda existe uma inflação intrínseca do setor. O fenômeno é bastante reconhecido, pois os preços do setor saúde crescem Tabela 2. Risco de complicações nas mulheres submetidas aos procedimentos Conização CAF internada CAF ambulatorial n (%) 3 (15,7) 3 (16,6) Dor RR (IC95%) Ref 0,9 (0,2-4,1) 3 (15,7) 1,0 (0,3-4,3) 0,64 n (%) 6 (31.5) 2 (11,1) Sangramento RR (IC95%) Ref 2,8 (0,6-12,3) 0,67 2 (10,5) 3,0 (0,6-13,3) p valor* CAF – cirurgia de alta frequência *p valor por teste exato de Fisher 80 p valor* 0,13 0,11 Gestão em Saúde Relato de Pesquisa Guedes AC, Curi REF, Brenna SMF. Comparação de custos para o tratamento das lesões precursoras do câncer de colo do útero no serviço público de saúde • São Paulo • Science in Health • 2010 jan-abr 1(1): 77-82 considerado nos serviços públicos de saúde, pois o custo é bem menor do que as cirurgias em regime de internação hospitalar. Ao critério do serviço e para maior comodidade da paciente, a anestesia local pode ser associada à sedação, em sala de pequena cirurgia em regime de hospital–dia. Empiricamente, pode-se dizer que essa associação não aumentaria consideravelmente os custos, uma vez que o procedimento ISSN 2176-9095 continuaria a ser realizado sem o regime de internação hospitalar clássico, ou seja, a paciente seria internada e receberia alta no mesmo dia. Todavia, futuros estudos serão necessários para demonstrá-lo. Agradecimentos: Este estudo foi parcialmente financiado pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de são Paulo (FAPESP), processo. 03/08180-6. REFERÊNCIAS 1. brahamsson LO, Nellemann G. Electrosurgical loop procedures in ambulatory gyneA cology. Ugeskr Laeger. 1998 Sep; 160(40): 5767-71. 2. ozanovic T, Ljubic A, Momcilov P, Milicevic S, Mostic T, Atanackovic J. Cold-knife B conization versus the loop electrosurgical excision procedure for treatment of cervical dysplasia. Eur J Gynaecol Oncol. 2008; 29(1): 83-5. 3. run Jl, Youbi A, Hocke C. Complication, sequellae and outcome of cervical conizaB tions: evaluation of three surgical technics. 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