Sistema Extrapiramidal
e PIRAMIDAL
PROFESSOR MARCHIOLI
FAMEMA – 4º ANO
Núcleos motores
Corpo Estriado (núcleo caudado e putâmen), globo pálido,
núcleo subtalâmico, núcleo rubro e núcleo negro.
Núcleos Integradores
Núcleos talâmicos (centromediano), Núcleos Vestibulares,
Formação Reticular e o Cerebelo ("telencéfalo" das vias
extrapiramidais).
Estes núcleos (integradores) programam as respostas motoras
do tipo automáticas e do tipo associadas aos movimentos
voluntários.
As principais unidades anatômicas dos
gânglios basais são:



Núcleo caudado
Putâmen
Globo pálido
 Claustrum
 Núcleo
subtalâmico
NÚCLEO
LENTIFORME OU
LENTICULAR
CORPO
ESTRIADO

As maiores divisões dos gânglios basais são:
corpo estriado - constituído pelo neoestriado
(caudado + putâmen) e paleoestriado (globo
pálido) - o qual está relacionado com funções
primariamente motoras.
 complexo nuclear amigdalóide, funcionalmente
relacionado ao hipotálamo e admitido com parte
integrante do sistema límbico.
CORPO ESTRIADO
Núcleo Caudado (sua cabeça) - uma massa nuclear alongada na forma de um C,
constituindo-se de cabeça, corpo e cauda. O caudado (cauda), é separado do
tálamo e núcleo lentiforme pela massa de fibra da cápsula interna. A cabeça do
caudado repousa anteriormente ao tálamo e forma uma saliência dentro do
ventrículo lateral. O corpo, por sua vez, se torna mais atenuado para formar a
cauda, que segue seu curso ao longo do teto do corno temporal do ventrículo,
e termina no núcleo amigdalóide.
Putâmen - É a parte mais larga do estriado, compõe a porção externa do
núcleo lenticular e é separado do córtex situado mais lateralmente. O putâmen
é continuo com a cabeça do caudado rostralmente.
Seus neurotransmissores incluem:
Acetilcolina
Dopamina
Serotonina
Ácido gama amino-butírico(GABA)
Tratos convergindo impulsos do globo pálido e estriado à substância negra
contém GABA, enquanto tratos carreando impulsos da subsbtância negra ao
caudado e putâmen armazenam dopamina em seus terminais. Isto representa o
mais importante recurso de dopamaina no estriado. Falhas na síntese de
dopamina na substância negra provoca uma depleção progressiva desta
substância química no caudado e putâmen, com o consequente
desenvolvimento da Doença de Parkinson.
NÚCLEO LENTIFORME
Globo pálido - O globo pálido está situado medialmente ao putâmen e está
separado dele por uma fina lâmina de fibras mielinizada chamadas lâmina
medualr externa. O globo pálido parece pálido e homogêneo por causa de suas
fibras mielinizadas.
GLOBO PÁLIDO + PUTAMEN =
O termo núcleo "lenticular" ou "lentiforme" é aplicado ao putâmen e globo
pálido juntos por causa de seu formato de lente nas secções cerebrais.
O globo pálido poderá ser dividido em duas partes: o globo pálido medial
(GPm) e o globo pálido lateral (GPl).
Ambos recebem eferências do caudado e putâmen, e ambos estão em
comunicação com os núcleos subtalâmicos.
É o GPm, contudo, que envia a maior aferência inibitória dos gânglios basais
de volta ao tálamo.
O GPl também envia poucas projeções ao mesencéfalo, presumivelmente para
assistir no controle postural.
SUBSTÂNCIA NEGRA
Ainda que seja um componente do tronco encefálico, a substância negra
está integrada com os gânglios basais por causa de suas coneções
recíprocas e é funcionalmente relacionada aos gânglios basais.
Dividida em duas partes: a substância negra, parte compacta (SNpc) e a
substância negra, parte reticulata (SNpr).
A SNpc recebe inputs do caudado e putâmen, e envia informações de volta.
A SNpr também recebe eferências do caudado e putâmen, mas envia-as
para o lado de fora dos gânglios basais para controlar os movimentos da
cabeça e dos olhos.
A SNpc é a que produz dopamina, que é crítica para o movimento normal.
Ela degenera na Doença de Parkinson, mas a condição pode ser tratada
por administrar precursor oral de dopamina.
CLAUSTRUM
Derivado da palavra latina "barreira", é uma fina massa de matéria cinzenta. É
localizado medialmente ao córtex insular sobrepondo a superfície lateral do
putâmen.
Parece ter amplas conexões recíprocas com áreas sensoriais,
particularmente a área visual e a somatossensorial do córtex cerebral via
fascículo de associação na cápsula extrema. Também recebe eferências do
hipotálamo (lateral), tálamo (núcleo centromediano) e do locus ceruleus.
Fibras de numerosas áreas corticais terminam em zonas distintas com o
claustrum.
Então, o Claustrum contém discretas zonas somestésicas, visuais e
auditivas.
O Claustrum não tem projeções subcorticais.
VIAS EXTRAPIRAMIDAIS
F. Reticuloespinal Medial
F. Reticuloespinal Lateral
F. Rubroespinal
F. Vestibuloespinal Lateral
F. Vestibuloespinal Medial
F. Tectoespinall
*** F= FASCÍCULO/TRATO
Trato Tectoespinhal – essa via surge de neurônios situados no colículo
superior do mesencéfalo, decussam descendo contralateralmente
terminando sobre os neurônios motores alpha e gamma da medula
espinhal associados a movimentos da cabeça e do pescoço.
Esta via esta relacionada a reflexos que ajustam a trajetória visual bem
como posicionando a cabeça adequadamente
Trato Tectoespinhal – responsável pelo controle da musculatura
do pescoço e posicionamento da cabeça
TRATO RUBROESPINAL
É a principal vía motora do mesencéfalo.
Se considera como un Trato Corticoespinhal Indireto.
Se origina nos neurônios da parte caudal do Núcleo Rubro
Cruza na Decussação Tegmental Ventral do Mesencéfalo.
Ocupa una posição no cordão lateral da Medula Espinhal próximo ao
Trato Corticoespinhal Lateral
Envía a maior parte de suas eferências a Oliva Inferior.
Sua funcão é facilitar os Motoneurônios Flexores e inibir os Extensores
Trato Rubroespinhal – ativadora dos músculos flexores e inibidora dos músculos
extensores.
TRATO VESTIBULO-ESPINAL LATERAL
Desce ipsolateral na ponte, bulbo e Medula Espinhal.
Termina nos Interneurônios das lâminas VII e VIII de Rexed.
Sua função é facilitar os Motoneurônios Extensores e inibir os Flexores.
TRATO VESTIBULO-ESPINAL MEDIAL
Suas fibras se unem ao Fascículo Longitudinal Medial, ipso e contralateralmente.
Termina nos Neurônios das lâminas VII e VIII de Rexed.
Participa do controle da posicão da cabeça.
Sua função é facilitar os Motoneurônios Extensores e inibir os Flexores.
Trato Vestíbuloespinhal – responsável pela ativação dos músculos
extensores e inibição dos músculos flexores
MESMA AÇÃO DO PIRAMIDAL
TRATO RETICULO-ESPINAL MEDIAL
Se origina no grupo medial dos núcleos reticulares pontinos.
Ocupa una posicão nomcordão anterior da medula espinhal.
Sua funcão é estimular os Motoneurônios Extensores e inibir os Flexoras.
( = Vestíbulo Espinhal- Piramidal)
TRATO RETICULO-ESPINAL LATERAL
Se origina no grupo lateral dos núcleos reticulares do bulbo.
A maioría de suas fibras descem en forma ipsolateral.
Se localiza no Cordão Lateral da medula.
Sua função é estimular os Motoneurônios Flexoras e inibir os Extensores
(= Rubroespinhal)
VIA PIRAMIDAL
VIAS RETICULOESPINHAL MEDIAL
VESTIBULOESPINHAL
EXTENSÃO DOS MÚSCULOS
VIA RUBROESPINHAL
RETICULOESPINHAL LATERAL
FLEXÃO DOS MÚSCULOS
VIA TECTOESPINHAL
VIA RUBROESPINHAL
VIA VESTIBULOESPINHAL
VIA RETICULOESPINHAL
Sistema Piramidal
Via Corticoespinhal
- Trata-se de uma via dita piramidal.
-Surge no interior do giro pré-central (área motora – área de Broadmann 4).
Constituído pelo córtex motor primário, área motora suplementar (área de
Broadmann 6), córtex pré-motor (área de Broadmann 8) e córtex de
associação pré-frontal.
1. Córtex Motor Primário – trata-se da primeira circunvolução do lobo
frontal a partir do sulco central (anterior ao sulco central). Mapeada por
Penfield, é conhecida como Homúnculo Motor de Penfield.
2. Córtex Pré-Motor – Anterior às porções laterais do córtex motor
primário. Faz contato direto com a área motora suplementar. Responsável
por movimentos específicos como posicionamento de ombros e braços.
3. Área Motora Suplementar – necessitam de estímulos mais intensos
para serem ativadas. São responsáveis por movimentos do tipo preensão
bilateral das mãos, rotação das olhos, das mãos, do tronco, movimentos
posturais.
Áreas Especializadas no Controle Motor
- Área de Broca: área de Broadmann 44 – situada na porção triangular e
opercular do giro frontal inferior. Responsável pela articulação da
musculatura da fala. Quando lesionada causa incoerências ao pronunciar as
palavras.
- Área de Movimentos Oculares: controla os movimentos das pálpebras e
dos olhos. Responsável pelo piscar.
- Área de Rotação da Cabeça: responsável pelo direcionamento da cabeça.
- Área para Habilidades Manuais: quando lesionadas causam situações que
denominamos apraxias.
Transmissão de Sinais – Córtex para Músculos –
- Via principal de transmissão motora é a via corticoespinhal
(via piramidal):
- 30% das fibras dessa via originam-se no córtex motor primário;
- 30% das fibras dessa via originam-se do córtex pré-motor e área
motora suplementar;
-40% das fibras dessa via originam-se das áreas sensoriais
somáticas.
*** O córtex motor também recebe fibras dos núcleos da base, fibras
talâmicas e cerebelares
VIA CORTICONUCLEAR
Via Corticonuclear se distribue ipsilateralmente e contralateralmente para os
núcleos dos nervos cranianos motores, exceção para o VII par – Nervo Facial)
– surge principalmente da porção lateral do córtex motor primário
(Broadmann 4).
Axônios projetam-se pelo joelho da cápsula interna para o pedúnculo
cerebral, para base da ponte e para as pirâmides bulbares ipsilateralmente.
Lesões neste trato corticobulbar resultam em comprometimento contralateral
inferior da face – paresia para movimentos voluntários.
Vias Alternativas para Transmissão Motora
- Além da via corticoespinhal o sistema nervoso dispõem de algumas vias
“alternativas” na transmissão eferente.
-Via Corticorrubro: a porção magnocelular do núcleo rubro (mesencéfalo) possui
uma representação somatográfica de toda a musculatura, porém com menor
precisão comparada ao homúnculo sensorial e motor de Pendield.
Esta via funciona como uma espécie de via alternativa para o caso de lesões na via
corticoespinhal.
-A via corticoespinhal lateral, a via rubroespinhal (considerada extrapiramidal) e a
via reticuloespinhal lateral compõem o sistema motor lateral da medula espinhal.
- A via corticoespinhal anterior, a via vestibulorreticuloespinhal e a via
retículoespinhal medial compõem o sistema motor medial da medula espinhal.
Controle Motor pelo Tronco Cerebral
- O tronco encefálico realiza movimentos involuntários como o controle
respiratório (freqüência e amplitude do movimento), controle da freqüência
cardíaca, controle dos movimentos do trato gastrointestinais, movimentos
estereotipados, controle do equilíbrio e movimentação reflexa dos olhos com
ajustes da pupila, por exemplo.
- Trata-se de uma estação de retransmissão de sinal provenientes do córtex.
- Há diversos núcleos presentes no tronco cerebral tais como núcleos
reticulares e vestibulares que sustentam o corpo, e núcleos relacionados aos
nervos cranianos (III par ao XII par).
- Os núcleos motores do tronco sofrem influência do trato corticoespinhal
(corticonuclear).
- Os núcleos vestibulares: associados aos núcleos reticulares pontinos para
ajuste da musculatura antigravitacional. Os núcleos vestibulares ajustam e
estabilizam os olhos durante movimentos bruscos da cabeça – realizam
movimentos contrários ao sentido da rotação –
“Manobra dos Olhos de Boneca”.
- Os núcleos reticulares bulbares e pontinos trabalham antagonicamente
como que se ajustando para o controle do tônus muscular.
TRONCO ENCEFÁLICO
ANATOMIA DO TRONCO
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Piramidal e Extrapiramidal