HISTÓRIAS DA AJUDARIS’11 EXPOSIÇÃO DAS ILUSTRAÇÕES EDIÇ ED IÇ Ã O2 00 ÃO 2 010 9 EDIÇÃ O 2011 Era uma vez um Castelo onde o tempo se perdia na solidão da fantasia e na alegria da recordação. Este Castelo, feito de pedrinhas cansadas, esgotadas pela agitação, vivia cheio de tudo para depressa não ser nada. E uma criança, todos os dias, ao Castelo voltava, para as mãos por ele passar, os olhos nele sorrir, o corpo nele cariciar e a inocência nele repousar. E, num desabafo sincero, a criança ao Castelo segredava como com ela as algas nadavam, como uma gaivota na mão lhe pousava e como as pocinhas, quentes e brilantes, os pezinhos dela beijavam. O Castelo, de forma terna e meiga, enlevado pelo encanto dos segredos e encorajado pelo murmúrio do vento, soprava carícias pintadas de imaginação e poeiras desfeitas em penedos de ilusão. E, criança e Castelo, unidos pela emoção, todos os dias se viam nascer para um mundo de fantasia, em que olhares, sons, cheiros e tudo o que pudessem abraçar, nada mais passaria de um momento de encantar. Até que a água chegaria, para que as pedrinhas do Castelo, cansadas e esgotadas, aos peixinhos fossem falar de uma bela criança que um dia a honra tiveram de encontrar. Se tivermos a sabedoria das pedrinhas juntar, construiremos um Castelo para a vida morar. Carlos Pedro de Vasconcelos Ajudaris Letra a letra as palavras vão sendo onstruídas, o pensamento decifrado e a vontade de crescer amplia-se, como onda encarpada em mar bravio. E as histórias continuam a crescer, inundadas de ideias e repletas de intenções, que se misturam na mais intrépida aventura, que mais não são do que o dar um pouco de si, um pouco de nós, um pouco de vida. Cada história acrescenta momentos á vida, em que se vence o espaço, abraça-se o fogo, finta-se o medo e descansa-se no futuro, como nuvens que choram o mundo longe de nós. Cada história deve ser lida e escutada no silêncio profundo das vozes que dominam as sensações, mergulhando as emoções nos mares suaves das fantasias e sonhos. E quando a noite chegar, por meio de artes mágicas, que as histórias se transformem na luz do tempo que não existe e no amanhã que ainda não há. Que cada um consiga imaginar as suas histórias, como um barco sem vela num vento escondido de serenidade. Bem haja a AJUDARIS que nos transporta para o paraíso dos sonhos. PROJECTO “Histórias da Ajudaris” Exposição “Histórias da Ajudaris 2011” Histórias de encantar escritas por crianças Design/concepção dos expositores para a exposição e folheto informativo: Escola Artística Soares dos Reis “Histórias da Ajudaris” é um projeto pioneiro e inovador de incentivo á leitura e á escrita, realizado com crianças dos 3 aos 12 anos de idade. Este projeto está a ser acompanhado por uma equipa técnica, resultado de um conjunto de sinergias estabelecidas com várias entidades juntas de freguesia, estabelecimento de ensino solidários, escola artística soares dos reis, universidade aberta, faculdade de letras, parceiros sociais, artistas conceituados, grupos de professores, pais e alunos. Dado o sucesso alcançado com o livro de 2009, prosseguido e ampliado em 2010, foi decidido criar uma coleção de livros infantis escritos por crianças, aberta a toda a comunidade lusófona, com várias atividades de animação artísticas associadas. Sendo a ideia original deste projecto desenvolvida pela Ajudaris, a sua implementação passou pelo contacto direto com os estabelecimentos de ensino e com um grupo de ilustradores profissionais, tendo alguns deles já colaborado com a associação ao nível dos projetos de intervenção social desenvolvidos “SOS Fome” e “Idade d’ouro”. Os livros “Histórias da Ajudaris” são livros cujos conteúdos são significativos e certamente um fator de estímulo para a leitura e escrita. Cremos que poderá ser o elemento despoletador para a criança considerar o livro um amigo, com ele viajar e descobrir mundos novos, principalmente nas faixas etárias onde a leitura não faz parte do seu quotidiano. Paralelamente, a criança cria o seu próprio inventário moral, através dos personagens vence obstáculos e desta forma abre o leque das suas vivências para lidar com segurança com os sucessos e frustrações. Outro aspeto positivo foi o de juntar crianças de diferentes estratos sociais. Na escola todos os meninos sabem que existem crianças mais e menos abastados, mas que todas são crianças e que todas devem ter as mesmas oportunidades e direitos. O livro permite valorizar qualquer criança independentemente do seu estrato social. Actividades paralelas associadas á exposição: Prof. Doutor Amílcar Martins - Universidade Aberta, Ajudaris e parceiros locais Foi muito fecundo e enriquecedor partilhar do entusiasmo e da motivação de todos os envolvidos.Os estabelecimentos de ensino participantes tiveram a liberdade de escolher a metodologia para incentivar a imaginação e a criatividade. Consideramos que este projeto contribui para uma cidadania mais ativa, para o desenvolvimento da oralidade e das práticas da escrita com as quais as crianças se identificam. O facto das crianças e da comunidade educativa estar amplamente envolvidos no processo de criação de histórias pode ser considerado um fator de sucesso para Ainda mais enriquecedor foi receber feedback de vários estabelecimentos de ensino que usaram o livro como ferramenta e como inspiração para a criação de outras atividades: Colégio Internacional de Vilamoura que desenvolveu com os seus alunos as “caixas com alma” e os “youngstorytellers”, promovendo uma recolha de fundos enquanto que alunos da universidade aberta realizaram uma tertúlia online que culminou em belas sonoplastias. Esta exposição é o resultado de um desafio, que acreditamos estimulante, a trinta e cinco estabelecimentos de ensino solidários de vários pontos do país. Juntou 5000 crianças e 70 artistas de Norte a Sul, os quais aceitaram dar cor aos textos produzidos pelas mesmas. O talento e o empenho demonstrados nestas obras evidenciam que valeu a pena acreditar nesta ideia. Contribuiu em larga medida para um diálogo fecundo e enternecedor com o texto, despertando nos mais jovens o gosto pela leitura e pela escrita. O projeto “Histórias da Ajudaris” alia a vertente pedagógica e artística à solidária, pois as verbas arrecadadas com a venda do livro, custo unitário 5€, revertem em prol de projetos de intervenção social devidamente comprovados pela rede social. Com sua colaboração, vamos dar um final feliz a todas estas estórias! ITINERÂNCIA PREVISTA PARA AS EXPOSIÇÕES Ficha técnica Júri Revisão de textos Embaixadores Padrinhos Ana da Palma André Rubim Rangel Mizé Barros Sandra Duarte Sónia Lobo Silva Ana Isabel Gouveia Moura Sónia Araújo Jorge Gabriel Marisa Cruz Amílcar Martins Estabelecimento de ensino solidários Ilustradores Agrupamento de Escolas do Amial, Agrupamento de Escolas António Nobre, Agrupamento de Escolas Dr. Augusto César Pires de Lima, Agrupamento de Escolas Eugénio de Andrade, Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique, Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos, Agrupamento de Escolas de Pedrouços, Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas, Agrupamento de Escolas Viso, Agrupamento Padre Abílio Mendes, Agrupamento Vertical Augusto Gil, Agrupamento Vertical das Antas, Agrupamento Vertical de Coronado e Covelas, Agrupamento Vertical de Escolas Irene Lisboa, Agrupamento Vertical de Escolas Leça da Palmeira / Santa Cruz do Bispo, Agrupamento Vertical de Santa Marinha, Agrupamento Vertical Professora Diamantina Negrão, Colégio de Ermesinde, Colégio Ellen Key, Colégio Internacional de Vilamoura, Colégio Luso Francês, Colégio Nossa Senhora da Paz, Colégio Nossa Senhora do Rosário, Colégio “O Aprendiz”, Colégio “O Ramalhete”, Escola Engenheiro Humberto Duarte Fonseca - Cabo Verde, Externato Sol Nascente, Grande Colégio de Paredes, Infantário “João e Maria”, Jardim Escola João de Deus – Porto, Jardim de Infância “Navegar no Saber”, Jardim “O Popas”, OSMOPE , Solidariedarte - Açores Abigail Ascenso, Agostinho Santos, Aires Melo, Alain Gonçalves, Alfredo Martins, Álvaro Pecegueiro, Ana da Palma Kennerly, Ana Fermento, André da Loba, André Letria, Andreia Bastos Nascimento, Bernardo Costa, Bruno Balegas, Carla Nazareth, Célia Fernandes, César Manuel Évora, César Figueiredo, Claúdia Pinhão, Cristina Valadas, Diogo Goês, Elsa Lé, Elsa Navarro, Emílio Remelhe, Fábio Silva, Fátima Afonso, Fedra Santos, Gémeo Luís, Gastão Travado, Helena Sá Costa, Isabel Barbas, Isabel Mourão Alves, Inês Amaro, Inês do Carmo, Joana Teixeira, Maria Inês Teixeira, João Caetano, João Fazenda, João Graça, José da Piedade de Lancastre e Távora, Júlio Vanzeler, Luís Paulo Martins, Marc, Maria Alice Oliveira, Mariana Craveiro, Mariana Bento, Marina Vale Guedes, Mário Gonçalves Guedes, Marina Fátima, Margarida Botelho, Margarida Mira, Mafalda Milhões, Marta Madureira, Marta Torrão, Miguel Gbariel, Natalina Cóias, Otília Santos, Patrícia Alves, Paulo Galindro, Paulo Villas Boas, Pedro Pires, Pedro Serapicos, Rachel Caiano, Raquel Pinheiro, Sandra Abafa, Sónia Cantara, Teresa Alexandrino, Teresa Costa, Teresa Lima, Tiago Albuquerque, Yara Kono Agradecimentos ORGANIZAÇÃO PARCEIROS PATROCINADORES APOIOS Conselho de Veteranos da Universidade Lusíada, Junta de Freguesia de Bonfim, Junta de Freguesia de Paranhos, Junta de Freguesia de Santo Ildefonso, Lactogal, Paula França, Parque Infantil das Fontainhas, Teatro Sá da Bandeira, Sandra Duarte, Sónia Cruzeiro, Voluntários e Utentes. Design e concepção André Gonçalves