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FACULDADE MERIDIONAL – IMED
CENTRO DE ESTUDOS ODONTOLÓGICO MERIDIONAL - CEOM
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENDODONTIA
ANDIARA ALVES DA SILVA
DIFERENTES MATERIAIS EMPREGADOS NO SELAMENTO DE
PERFURAÇÕES DE FURCA
PASSO FUNDO
2012
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ANDIARA ALVES DA SILVA
DIFERENTES MATERIAIS EMPREGADOS NO SELAMENTO DE
PERFURAÇÕES DE FURCA
Monografia apresentada ao curso de Pósgraduação da Faculdade Meridional/IMED
de Passo Fundo-RS como requisito parcial
para obtenção do título de Especialista em
Endodontia.
Orientadorª: Prof.ª Ms.Flávia Baldissarelli
PASSO FUNDO
2012
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ANDIARA ALVES DA SILVA
DIFERENTES MATERIAIS EMPREGADOS NO SELAMENTO DE
PERFURAÇÕES DE FURCA
Monografia apresentada ao curso de Pósgraduação da Faculdade Meridional/IMED
de Passo Fundo-RS como requisito parcial
para obtenção do título de Especialista em
Endodontia.
Aprovada em ___/___/______.
BANCA EXAMINADORA:
________________________________________________
Prof.ª Ms. Flávia Baldissarelli - Orientadorª
________________________________________________
Prof. ª Ms. Caroline Zamin
________________________________________________
Prof. Ms. Volmir João Fornari
3
DEDICATÓRIA
A Deus,
que ilumina e abençoa os meus caminhos todos os dias.
Aos meus pais, Acilino e Lenir,
que são a minha fonte de vida e inspiração, que fazem de meus sonhos
os seus, pelos quais tenho um amor imensurável.
A minha querida irmã Mayra,
que é um exemplo constante em minha vida, que está ao meu lado,
torcendo por mim, a cada objetivo conquistado.
Ao meu namorado Júnior,
por ter me acompanhado com carinho e paciência. A tua presença foi
meu maior conforto nas horas difíceis.
4
AGRADECIMENTOS
A minha orientadora, Prof.ª Ms. Flávia Baldissarelli, por antes
de tudo ter acreditado na minha capacidade. Por toda dedicação, pelos
ensinamentos e incentivos. Obrigada, tenho por ti um carinho muito
especial.
Ao Prof. Ms. Volmir Fornari, por ter me incentivado a seguir este
caminho em um momento de dúvida, muito obrigada, seus conselhos
foram fundamentais.
Ao Prof. Dr. José Roberto Vanni, pelo qual tenho grande admiração e
respeito. Agradeço pelos ensinamentos, os quais levarei por toda a
vida.
Ao Prof. Ms. Matheus Hartmann, sua inteligência e dedicação foram
um estímulo nessa caminhada. Obrigada pelo apoio.
A Prof.ª Dra. Lilian Rigo, seus ensinamentos contribuíram do
princípio ao fim, na realização deste trabalho.
A minha turma, que me acompanhou durante toda essa trajetória,
compartilhando comigo momentos de estudo e aprendizado.
As minhas queridas colegas Isabel Kawski Porciunculla e Luciana
Lunardi Mousquer, que estiveram ao meu lado em todos os momentos,
agradeço pela cumplicidade. Levarei nossa amizade por todo o sempre.
5
Ao CEOM, e a cada funcionário desta instituição, pelos quais fui
acolhida de forma sincera e carinhosa.
Aos pacientes, agradeço principalmente pela confiança depositada em
mim.
A todos enfim, que de alguma forma participaram na concretização
deste trabalho, meus sinceros agradecimentos.
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“Mas as coisas findas
Muito mais que lindas,
Estas ficarão.”
Carlos Drummond de Andrade
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RESUMO
As perfurações de furca, ocasionadas por fatores como iatrogenias, cáries ou
reabsorções, são situações de grande dificuldade clínica e um dos principais fatores
relacionados aos insucessos do tratamento endodôntico a longo prazo. Para se
obter o sucesso no tratamento destas perfurações o selamento deve ser completo
em todo o trajeto ou área e, para que isto aconteça, deve-se escolher corretamente
o material a ser empregado, com os menores índices de infiltração possíveis e, além
disso, ser biocompatível. O objetivo desta pesquisa bibliográfica foi verificar os
diferentes materiais empregados no selamento de perfurações de furca, levando em
consideração o vedamento, além da ação antimicrobiana, facilidade de inserção e
de adaptação dos mesmos. Através desta revisão de literatura foi possível concluir
que ao analisar o melhor material no reparo de perfurações de furca, recomenda-se
o uso do MTA, por ser biocompatível e induzir osteogênese e cementogênese,
embora seja de difícil manipulação e exista a possibilidade de reabsorção do
material em ambiente ácido, em função de uma contaminação. Quando optar-se
pelo uso de materiais adesivos como o ionômero de vidro fotopolimerizável, é
importante o uso de uma matriz interna, para evitar extravasamento de material e
alcançar melhor selamento.
Palavras-chave: Endodontia. Materiais restauradores do canal radicular. Defeitos
de furca.
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ABSTRACT
The furcation perforations, caused by factors such as iatrogenic, resorptions or
caries, are clinical situations of difficulty and one of the main factors related to failure
of endodontic treatment in the long term. To achieve a successful treatment of these
perforations the sealing should be complete in all the way or area and, for this to
happen, it should be properly choosing the material to be used, with the lowest
possible leakage and in addition, be biocompatible. The purpose of this review of
literature was to verify the different materials used in sealing of furcation perforations,
considering the sealing, as well as antimicrobial activity, ease of insertion and adapt
them. Through this review of literature it was concluded that when considering the
best material for the repair of furcation perforations, it is recommended to use the
MTA, it is biocompatible, have good adaptation to the walls of the hole and induce
ontogenesis and cementogenesis, although it is difficult to handling and exists the
possibility of resorption of the material in an acid environment, due to a
contamination. When selecting by the use of adhesive materials such as glass
ionomer photopolymerizable, it is important to use an internal array, to prevent
leakage of material and achieving a better seal.
Key words: Endodontics. Root canal filling materials. Furcation defects.
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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS
BA – Bioaggregate
EBA- ácido etoxibenzóico
EDTA – ácido etilenodiamino tetra-acético
P.A. – pró análise
mm – milímetros
MTA- agregado trióxido mineral
WMTA- agregado trióxido mineral branco
GMTA- agregado trióxido mineral cinza
MBP-c- material à base de resina epóxica e hidróxido de cálcio
NaOCl- hipoclorito de sódio
pH- potencial hidrogeniônico
%- porcentagem
® - marca registrada
G - grupo
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 13
2.1 MATERIAIS MAIS EMPREGADOS NO SELAMENTO DE PERFURAÇÕES
DE FURCA............................................................................................................ 13
2.2 ESTUDOS SOBRE OS DIFERENTES MATERIAIS EMPREGADOS NO
SELAMENTO DE PERFURAÇÕES DE FURCA .................................................. 15
3 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 28
4 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 31
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 32
APÊNDICE ................................................................................................................ 35
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1 INTRODUÇÃO
Quando um dente encontra-se destruído e ocorre envolvimento pulpar, devese optar pelo tratamento endodôntico. Este, visa a completa limpeza e desinfecção
do sistema de canais radiculares, selamento hermético e posterior restauração
dentária para restabelecer a função deste elemento. Para que este propósito seja
cumprido, é importante que o operador tenha domínio da anatomia dental e das
variações que cada elemento pode apresentar, para que desta forma se obtenha
sucesso em cada um destes procedimentos, evitando assim, desvios apicais,
degraus ou até mesmo perfurações (ALHADAINY, 1994).
Alguns fatores como atresia da câmara pulpar, nódulos, ou até mesmo a
inclinação do dente na arcada dentária dificultam a abertura coronária além, é claro,
da inexperiência de alguns profissionais podendo resultar em perfurações
radiculares. Estas são consideradas na maioria das vezes, como complicações e
acidentes no tratamento endodôntico. Nestes casos, a maior dificuldade está em
obter uma adequada reconstituição anatômica e funcional da área perfurada
(ALHADAINY, 1994).
As perfurações podem ser artificiais, de etiologia iatrogênica, ou também
causadas por condição patológica, processos de cárie e reabsorções. Resultam na
comunicação da cavidade pulpar com os tecidos periodontais e osso alveolar
(ALHADAINY, 1994).
As perfurações iatrogênicas, ocasionadas na maioria das vezes no assoalho
da câmara pulpar, podem ser classificadas em diretas ou em faixa. As diretas,
ocorrem na procura pelo orifício de entrada dos canais radiculares, geralmente
pequenas e de fácil acesso. Já as em faixa, localizam-se lateralmente a região de
furca, no interior dos canais radiculares são de difícil acesso e ocorrem em função
de um alargamento excessivo com brocas Gates- Glidden ou limas endodônticas
(RUIZ, 2003).
Para que se obtenha um bom selamento de uma perfuração é importante que
o reparo seja feito imediatamente e com um material que seja biocompatível. Outros
fatores como tamanho e localização da comunicação também influenciam o
prognóstico (HARDY et al., 2004).
O reparo de perfurações pode ser feito por via endodôntica convencional ou
através de uma abordagem cirúrgica. Em ambos os casos, é importante que haja um
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bom selamento entre o dente e o material de reparo, o que depende da localização e
tamanho da perfuração, assim como das características químicas e físicas do
material empregado (LEE; MONSEF; TORABINEJAD, 1993).
Muitos materiais têm sido utilizados com o propósito de selar estas
perfurações. É importante a escolha de um material que proporcione um vedamento
eficiente (que impeça a infiltração de fluidos e bactérias), limite-se as dimensões da
perfuração e seja biocompatível (SHIMABUKO, 2000).
Portanto, este trabalho tem como objetivo, através de uma revisão de
literatura, verificar os diferentes materiais empregados no selamento de perfurações
de furca, com relação ao vedamento e ainda, ação antimicrobiana, facilidade de
inserção e adaptação dos mesmos.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
As perfurações podem ter origem artificial, causadas por falhas durante os
procedimentos do tratamento endodôntico, ou também podem ser causadas por
cáries ou reabsorções. Ocorrem em até 12% dos dentes tratados endodonticamente
e quanto mais cedo forem tratadas, menores as chances de se estabelecer um
processo infeccioso no local, aumentando as taxas de sucesso (COGO et al., 2009).
Quando ocorre perda óssea na área da perfuração, se estabelece um
processo inflamatório onde o tecido de granulação pode invaginar para o interior do
dente. Este processo pode levar a perdas de tecidos de suporte e bolsa periodontal,
e se não tratado brevemente, ocasiona até mesmo a perda do elemento dentário.
Por outro lado, se realizado o tratamento correto em tempo hábil, o osso reabsorvido
pode se recuperar e o ligamento periodontal se restabelecer (RUIZ, 2003).
Em relação aos materiais utilizados para o selamento de perfurações, uma
das grandes preocupações é a capacidade destes de limitarem-se ao trajeto das
mesmas, o que torna-se um desafio pela falta de uma barreira durante a
condensação. Para agir como barreira mecânica e física, utiliza-se um material
prévio de preenchimento (Cavit®, hidróxido de cálcio P.A., sulfato de cálcio). Este,
limita o possível extravasamento do material utilizado como selante e seu contato
com os tecidos periodontais, permitindo uma condensação mais eficiente, evitando
assim a presença de umidade no local da perfuração (SHIMABUKO, 2000).
2.1 MATERIAIS MAIS EMPREGADOS NO SELAMENTO DE PERFURAÇÕES DE
FURCA
Há uma vasta quantidade de materiais relatados para o uso no tratamento de
perfurações de origem endodôntica, entre eles está o ionômero de vidro, o
Sealapex®, o Sealer 26®, o Super EBA, o amálgama de prata e o MTA (agregado
trióxido mineral) (TANOMARU FILHO; FALEIROS; TANOMARU, 2002).
O amálgama de prata quando utilizado em perfurações, possui capacidade
seladora satisfatória. No entanto, observam-se problemas relacionados ao
extravasamento deste material, os quais podem ser solucionados com uma
complementação cirúrgica onde se remove o excesso de material. Nestes casos,
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existem algumas limitações, como trauma a regiões anatômicas, ansiedade do
paciente e dificuldade operatória dependendo da localização da perfuração.
Histologicamente
observa-se
falta
de
reparação
dos
tecidos
de
suporte,
ocasionando inflamação e ausência de neoformação óssea. É composto por metais
pesados e tóxicos e como não há padronização nas concentrações destes metais,
não há consenso acerca do uso desta liga (SHIMABUKO, 2000).
O hidróxido de cálcio apresenta propriedades enzimáticas, inibindo enzimas
bacterianas, tendo efeito antimicrobiano, além de ativar as enzimas teciduais, como
a fosfatase alcalina, representando seu efeito biológico e mineralizador. Os cimentos
mais utilizados à base do hidróxido de cálcio são o Sealapex® e o Sealer 26®
(TANOMARU FILHO; FALEIROS; TANOMARU, 2004), se destacam pelas suas
propriedades biológicas. Para proporcionar maior resistência podem ser associados
ao óxido de zinco, apresentando desta forma, boa capacidade seladora
(TANOMARU FILHO; FALEIROS; TANOMARU, 2002).
O Super EBA é um cimento (pó + líquido) à base de óxido de zinco e eugenol,
reforçado por alumina, que tem as vantagens de ser de fácil manipulação e baixo
custo. Em função do eugenol, pode ser considerado citotóxico, porém, este efeito
pode ser reduzido ao se misturar o pó ao líquido. Outra desvantagem deste material
é que ele não é reabsorvível, por isso, deve-se evitar seu extravasamento (COGO et
al., 2009).
O ionômero de vidro fotopolimerizável apresenta boa adaptação a cavidade e
facilidade de inserção devido a sua capacidade de fluidez e escoamento
(SHIMABUKO, 2000). Ocorre uma ligação química entre este material e os íons
cálcio da dentina, proporcionando uma boa aderência as paredes dentinárias.
Porém, na presença de umidade, seu uso fica comprometido e nestes casos indicase o uso de matriz para evitar, por exemplo, uma hemorragia que comprometa o
selamento da perfuração ou também um possível extravasamento do material
(COGO et al., 2009).
Os materiais resinosos adesivos proporcionam um ótimo selamento pela sua
adesão à dentina. Porém, nos casos de perfurações, em função da umidade local,
este material não tem demonstrado bons resultados, além de ter potencial citotóxico
(HARDY et al., 2004).
O MTA foi desenvolvido por pesquisadores de Loma Linda , Califórnia- EUA,
no início da década de 90, e é composto por silicato tricálcio, alumina tricálcio e
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outros óxidos minerais que formam uma massa dura na presença de água, no
período de quatro horas. A ação antimicrobiana deste material é alcançada pela sua
mudança de pH, pela alcalinização do meio. Na presença de umidade o pH inicial do
MTA é de 10,2 aumentando para 12,5 três horas após a manipulação (PEREIRA et
al., 2009).
2.2 ESTUDOS SOBRE OS DIFERENTES MATERIAIS EMPREGADOS NO
SELAMENTO DE PERFURAÇÕES DE FURCA
Lee, Monsef e Torabinejad (1993) publicaram o primeiro trabalho referente ao
MTA. Utilizaram 50 molares superiores e inferiores extraídos, perfurados na
embocadura do canal radicular na raiz mesial, para comparar a capacidade de
selamento do MTA, amálgama e IRM. Após realizadas as perfurações, as mesmas
foram preenchidas com os materiais e então os dentes foram imersos em solução
corante de azul de metileno 1%, durante 48 horas, e mantidos em solução salina por
quatro semanas. Os dentes foram então seccionados e avaliados em microscópio
óptico. Os resultados demonstraram que o MTA apresentou menores índices de
infiltração e menor tendência de sobreobturações, já o IRM apresentou os maiores
índices de sobreobturações.
Chau et al. (1997) avaliaram a utilização do cimento de fosfato de cálcio em
perfurações de furca, de 40 molares humanos extraídos. Os espécimes foram
divididos em quatro grupos: grupo I, cimento de ionômero de vidro fotopolimerizável;
grupo II, cimento de fosfato de cálcio; grupo III, cimento de ionômero de vidro sobre
uma matriz de fosfato de cálcio; e grupo IV, controle positivo (perfurados, mas não
selados) e negativo (não perfurados). Os dentes foram então imersos em tinta
nanquin por 48 horas, e então seccionados e avaliados. Os resultados
demonstraram que não houve diferença entre os quatro grupos. Porém, os autores
afirmaram que a utilização do fosfato de cálcio aumenta a capacidade de selamento,
o potencial ósseo condutor e a biocompatibilidade, favorecendo o prognóstico de
dentes com perfurações em região de furca.
Gondim Júnior et al. (1999) relataram um caso clínico de tratamento de
perfuração de furca em molar inferior, utilizando como materiais o fosfato tricálcio,
como matriz interna, completando o espaço da perfuração Super EBA e resina
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composta com auxílio de microscópio operatório. Após três meses, a paciente
apresentava sinais clínicos de ausência de dor e de fístula, testes negativos para
palpação e percussão, determinando o sucesso do tratamento. Os autores
descreveram o microscópio operatório como elemento importante no sucesso do
caso, devido ao auxílio na iluminação e visualização exata das dimensões da
perfuração.
Shimabuko (2000) avaliou o uso de diferentes materiais no selamento de
perfurações de furca de molares. Foram utilizados 56 molares humanos extraídos,
nos quais foi realizada uma perfuração na região central do assoalho da câmara
pulpar. Os espécimes foram incluídos em silicona pesada com bolinhas de algodão
umedecidas entre as raízes dentárias. Após a secagem do interior da perfuração, 48
espécimes foram selecionados e divididos em quatro grupos experimentais: grupo I:
preenchimento da base da perfuração com Cavit® e o restante da perfuração
preenchida com amálgama de prata. Grupo II: preenchimento da base da perfuração
com Cavit® e o restante da perfuração com cimento de ionômero de vidro
fotopolimerizável; grupo III: preenchimento da base da perfuração com pasta de
hidróxido de cálcio P.A. e o espaço remanescente da cavidade perfurada com
amálgama de prata. Grupo IV: aplicou-se hidróxido de cálcio P.A. e o restante da
perfuração foi selada com ionômero de vidro fotopolimerizável. Os dentes foram
imersos em corante Rodhamina B 1% por 7 dias. Os resultados demostraram
menores médias de infiltração quando utilizada a associação de hidróxido de cálcio
e cimento de ionômero de vidro fotopolimerizável.
Daoudi e Saunders (2002) avaliaram in vitro o uso do microscópio operatório
no reparo de perfurações de furca utilizando o Vitrebond® ou o MTA. Os espécimes
foram divididos em um grupo controle e 4 grupos experimentais: grupo I:
Perfurações seladas com Vitrebond® com o auxílio do microscópio operatório.
Grupo II: perfurações seladas com MTA com o auxílio de microscópio operatório.
Grupo III: perfurações seladas com Vitrebond®, porém, sob visão direta. Grupo IV:
perfurações seladas com MTA, porém, sob visão direta. Grupo controle: 3 dentes
controle positivo, perfurações não seladas. Os grupos foram mantidos em ambiente
úmido e após 72 horas de imersão em tinta nanquin, foram avaliados. Os autores
concluíram através de uma análise estatística, que as perfurações seladas com MTA
tiveram menor infiltração que aquelas seladas com Vitrebond®, e que embora o uso
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do microscópio operatório facilite o procedimento de selamento, não foi observado
nenhum efeito no resultado final.
Tanomaru Filho, Faleiros; Tanomaru (2002) avaliaram a capacidade seladora
de alguns materiais (Sealapex® associado ao óxido de zinco, cimento de ionômero
de vidro, compômero e de dois tipos de materiais a base de agregado trióxido
mineral), quando empregado no selamento de perfurações radiculares laterais.
Utilizaram 50 dentes anteriores recém extraídos, unirradiculares, com perfurações
simuladas na face distal radicular, preenchidos com os tais materiais. As raízes
foram imersas em solução de azul de metileno 2% por 48 horas, após, foram
desgastadas longitudinalmente com disco de carburundum pela face vestibular até a
exposição da cavidade e material de preenchimento. Segundo os resultados obtidos,
não houve diferença significativa entre os materiais, sendo que todos apresentaram
capacidade seladora satisfatória. Concluíram que o sucesso do tratamento de
perfurações depende da boa adaptação do material às paredes da cavidade e de
suas propriedades biológicas.
Ruiz (2003) descreveu em uma revisão de literatura, o uso de materiais como:
amálgama, Cavit®, Hidróxido de Cálcio, Óxido de Zinco e Eugenol, guta- percha,
ionômero de vidro, hidroxiapatita no selamento de perfurações endodônticas.
Relatou também, que atualmente o MTA é o material que tem proporcionado os
resultados mais positivos no tratamento destas injúrias.
Silva Neto e Moraes (2003) avaliaram in vitro a capacidade seladora do MTA
Angelus®, MTA ProRoot®, Super EBA e MBP-c, quando utilizados para selar
perfurações na região de furca de 88 molares humanos extraídos; quando aplicados
isoladamente ou em associação com uma matriz de gesso Paris. Os elementos
foram divididos em 4 grupos de 20 molares cada, em função dos materiais seladores
utilizados, sendo que metade dos espécimes de cada grupo, àqueles que possuíam
o assoalho de câmara pulpar mais espesso receberam no fundo do trajeto da
perfuração, a aplicação de uma matriz de gesso Paris. Oito elementos foram
utilizados como controle, sendo 4 positivos e 4 negativos. Os autores concluíram
que quando o MBP-c foi comparado ao Super EBA e MTA (ProRoot® e Angelus®),
com ou sem matriz de sulfato de cálcio, apresentou os menores índices de
infiltração, possivelmente por ser um cimento resinoso e apresentar boa adesividade
e nenhuma contração. O Super EBA encontrou-se em situação intermediária a estes
materiais. Os autores também relataram que estes resultados foram observados
18
quando utilizou-se a rodhamina B como corante para verificar infiltração, no entanto,
este material infiltrou nas primeiras horas de imersão, antes da provável expansão
do MTA (necessita de uma certa umidade devido a suas características hidrofílicas).
Ferris e Baumgartner (2004) compararam a capacidade de 2 tipos de MTA
utilizados no reparo de perfurações de furca em 40 molares humanos extraídos,
através de um modelo de infiltração bacteriana. Os dentes tiveram uma perfuração
realizada na região de furca, as quais foram seladas utilizando-se o MTA cinza e o
MTA branco (ambos ProRoot®). Um modelo de infiltração bacteriana anaeróbica
(Fusobaccterium nucleatum)
foi utilizado nos testes. A avaliação da infiltração
ocorreu após 60 dias. Os resultados demonstraram que não houve diferença entre
os dois tipos de MTA na prevenção da infiltração bacteriana, pois esta ocorreu da
mesma forma em ambos os grupos.
Hardy et al. (2004) através da análise de infiltração de fluido, investigaram a
capacidade seladora de 4 materiais: MTA, sistema adesivo, MTA com sistema
adesivo e MTA com Super EBA. Foram utilizados 40 dentes humanos extraídos, que
tiveram as coroas dentárias removidas acima do assoalho pulpar e as raízes
removidas abaixo da área de furca. Os dentes foram perfurados na região de furca e
então selados com os materiais. A integridade do selamento foi avaliada através da
infiltração de fluido nos espécimes. Após um mês, não houve diferença estatística na
qualidade de selamento dos materiais testados, exceto no grupo selado com MTA +
Super EBA, que apresentou a menor capacidade seladora.
Main et al. (2004) em um programa de residência em Endodontia, analisaram
16 casos com acompanhamento a longo prazo (de no mínimo um ano), que
demonstraram respostas dos tecidos perirradiculares ao uso do MTA como material
de reparo de perfurações radiculares. Foram analisadas 3 tomadas radiográficas,
por 3 examinadores diferentes de forma duplo-cego, sendo a primeira pré
tratamento, a segunda imediatamente após tratamento e a terceira de proservação
(no mínimo um ano). Os resultados demonstraram que o MTA é um excelente
material de reparo de perfurações em diferentes níveis radiculares, pois dentes com
lesões pré existentes tiveram resolução destas e dentes sem lesões pré existentes
continuaram sem novas lesões.
Tanomaru Filho; Faleiros; Tanomaru (2004) avaliaram a capacidade seladora
e adaptação de materiais utilizados nas perfurações de furca. Para tal, foram
empregados 52 molares humanos extraídos, seccionandas suas raízes no terço
19
médio e divididos em dois grupos controle (sem material) e quatro experimentais,
preenchendo-se as perfurações com Sealer 26®, Sealapex® acrescido de Óxido de
Zinco, MTA ProRoot® ou MTA Angelus®, inseridos empregando-se curetas e
condensadores verticais. Em seguida, foram imersos em solução de azul de
metileno a 2%. Após 48 horas, lavaram-se as porções e seccionaram-se os
espécimes no sentido vestíbulo-lingual, expondo a área central da cavidade e o
material de preenchimento. A avaliação da infiltração foi realizada através do
emprego de um projetor com o aumento de 20 vezes, observando-se a penetração
da solução corante desde a interface entre a superfície externa da cavidade da
perfuração e material de preenchimento até a penetração máxima do corante na
câmara pulpar. Os resultados demonstraram que o grupo sem material apresentou
valores máximos de infiltração, o grupo com MTA Angelus® demonstrou
impermeabilização total, não apresentando infiltração ao corante. Entre o Sealer 26®
e o Sealapex®, o primeiro apresentou menor infiltração e, assim, os autores
consideraram que o Sealapex® acrescido de Óxido de Zinco apresenta maior
infiltração marginal e o Sealer 26®, melhor selamento. O Sealer 26® apresentou
maior extravasamento que os demais grupos, possivelmente em função de sua
consistência mais densa. E os materiais à base de MTA mostraram resultados
intermediários. Os autores sugeriram que o emprego de materiais com boa
adaptação às paredes da cavidade e boas propriedades biológicas apresentam
melhor capacidade seladora, promovendo o sucesso do tratamento das perfurações
radiculares.
Bargholz (2005) descreveu dois casos de reparo de perfurações radiculares
laterais ocasionadas acidentalmente durante o preparo para retentor intrarradicular.
O MTA foi utilizado para selar as perfurações e pequenos fragmentos de colágeno
foram utilizadas anteriormente como matriz interna (empurrando o tecido de
granulação para fora da perfuração). Foi utilizado o microscópio operatório como
auxíliio durante os procedimentos. Após 1 ano, através do controle radiográfico,
pode-se observar a completa cicatrização da área perfurada com neoformação
óssea. Em 5 anos, foi observada excelente cicatrização com visível continuidade do
espaço do ligamento periodontal.
Menezes et al. (2005) descreveram um caso de uma perfuração iatrogênica
no terço cervical que foi selada com MTA. Um material radiopaco podia ser
observado na região distal da raiz dentária, recobrindo uma perfuração radicular na
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cervical. Também observaram uma radioluscência apical indicando necrose pulpar.
Um novo acesso foi feito e com uma lima endodôntica apenas um canal radicular
grande no centro da raiz dentária foi encontrado. A perfuração tinha sido
previamente selada com um cimento branco, provavelmente Óxido de Zinco e
Eugenol, que foi removido com brocas e curetas, demonstrando uma grande
perfuração na cervical, na região distal da raiz. A hemorragia foi controlada com
irrigação abundante com hipoclorito de sódio a 1%. Um algodão embebido em
solução salina estéril foi colocado no canal radicular e a perfuração foi selada com
MTA. Depois de dois dias, o comprimento da raiz foi determinado, o canal radicular
foi limpo, preparado e modelado utilizando Profile®, com irrigação constante de
hipoclorito de sódio a 5,25% e então obturado com guta-percha e Sealer 26®, com a
técnica de condensação lateral e subsequente uso de condensador de McSpadden.
Após a primeira revisão, um mês depois, o paciente relatou que o dente estava
assintomático, sem edema e sem sensibilidade a percussão. Após 6 meses, o dente
permaneceu assintomático, não foi observada bolsa periodontal e com grau de
mobilidade normal. Quinze meses depois, as radiografias mostraram vedação
adequada e reparação da área radiolúcida. Os autores relataram que os resultados
foram satisfatórios para o profissional e o paciente.
De Deus et al. (2006) compararam o MTA com o cimento Portland como
material de reparação de perfurações de furca em um estudo de laboratório, usando
um modelo de infiltração polimicrobiana. As perfurações foram criadas no centro do
assoalho da câmara pulpar. Trinta dentes foram divididos em dois grupos, cada um
com 15 elementos e um grupo controle com 6 elementos, três dentes perfurados,
mas não corrigidos serviram como controle positivo e outros três dentes que não
foram perfurados serviram como controles negativos. No grupo 1, foi utilizado o
MTA, enquanto que no grupo 2, o cimento Portland. Os resultados demonstraram
que oito (53%) das 15 amostras do grupo MTA (G1) e nove (60%) das 15 amostras
do grupo cimento Portland (G2) foram totalmente contaminadas em 50 dias. Não
houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos, concluindo que o
cimento Portland e MTA demonstraram uma capacidade similar para selar
perfurações de furca.
Gancedo- Caravia e Garcia- Barbero (2006) realizaram um estudo analisando
a influência da presença de água na melhora da presa do MTA, através da
determinação da força de deslocamento de obturações de MTA que tomaram presa
21
em condição seca ou úmida, e utilizando diferentes tempos de presa. Foram obtidas
180 fatias de dentina de dentes extraídos, onde foram realizadas perfurações de 1,4
mm de diâmetro. As perfurações foram seladas com MTA cinza, os espécimes foram
divididos em 2 grupos: grupo W (presa com umidade) e grupo D (presa em ambiente
seco). Ambos os grupos foram divididos em subgrupos de 20 espécimes cada,
correspondendo a diferentes tempos de presa:1 a 28 dias (espécimes na presença
de umidade), 1 a 21 dias (espécimes em ambiente seco). Pode-se concluir que a
umidade e o aumento de tempo de presa de 1 para 3 dias aumentam a força de
deslocamento do material. Os autores sugeriram que haja presença de água nas
situações clínicas em que a melhor retenção do MTA é requerida, em um período de
pelo menos 3 dias antes de obturar-se o dente.
Hamad, Tordik e Mcclanaban (2006) realizaram, in vitro, um estudo avaliando
a capacidade seladora do MTA cinza e MTA branco no selamento de perfurações de
furca em molares inferiores, utilizando corantes. Dividiram aleatoriamente, em quatro
grupos experimentais, 64 molares inferiores. As perfurações dos grupos 1 e 2 foram
reparadas com MTA branco e os grupos 3 e 4 com MTA cinza. Seis dentes com
perfurações foram utilizados como controles positivos e seis dentes sem perfurações
foram utilizados como controle negativo. Corante azul de metileno foi adicionado ao
acesso nas câmaras pulpares dos grupos 1 e 3. Os grupos 2 e 4 foram imersos com
corante até a junção amelo-cementária. As amostras foram armazenadas em azul
de metileno por 48 horas. Após remoção do corante, os dentes foram lavados com
água corrente por 30 minutos. Os resultados não apresentaram diferenças
estatisticamente significativas entre a absorção dos corantes pelo MTA cinza e
branco.
Tsesis et al. (2006) realizaram uma revisão dos aspectos endodônticos e
periodontais sobre o prognóstico, diagnóstico, prevenção e tratamento de perfuração
radicular causada por iatrogenia. As perfurações recentes, tratadas imediatamente
ou logo após a ocorrência apresentam um bom prognóstico, enquanto que as
perfurações antigas têm a probabilidade maior de apresentarem infecção bacteriana
e não têm um bom prognóstico. As perfurações menores causam danos mínimos ao
tecido e o selamento é mais fácil, possuindo um bom prognóstico, enquanto que as
perfurações de grande porte podem causar uma lesão tecidual significativa e
dificuldade em fazer um selamento adequado, com probabilidade de ocorrer
contaminação salivar, tendo um prognóstico ruim. Já perfuração à nível da crista
22
óssea e inserção epitelial apresenta danos mínimos para os tecidos de suporte,
além de fácil acesso, com um bom prognóstico. A perfuração à nível médio
apresenta o prognóstico mais questionável e a perfuração à nível apical à crista
óssea e inserção epitelial apresentam um bom prognóstico. Para os autores, a
eficácia de um material para um selamento satisfatório depende principalmente da
biocompatibilidade e capacidade para estimular a osteogênese e cementogênese.
Além disso, é importante que o material seja relativamente barato, radiopaco e
bacteriostático.
Existem numerosos relatos de casos na literatura mostrando resultados
excelentes com o uso do MTA, para o reparo de perfurações radiculares sendo este
microscopicamente idêntico e quimicamente similar ao cimento Portland. Os autores
relataram que o sucesso do tratamento depende principalmente do diagnóstico
correto e imediato selamento da perfuração para eliminar o risco de infecção
(TSESIS et al., 2006).
Em relação ao tipo de tratamento, é indicado que seja realizada abordagem
cirúrgica quando ocorrerem perfurações grandes, como resultados de reabsorções,
quando houver falha na técnica não cirúrgica, ou até mesmo, quando as perfurações
forem inacessíveis via canal, com o objetivo de conseguir um perfeito selamento,
impedindo a penetração de bactérias e seus subprodutos nos canais radiculares e
nos tecidos perirradiculares (TSESIS et al., 2006).
De Deus et al. (2007) verificaram a capacidade seladora do cimento de
Portland, MTA branco Angelus® e MTA Bio® nas perfurações de furca em 55 dentes
molares inferiores extraídos. As raízes foram seccionadas horizontalmente no terço
médio e a resina composta foi utilizada preenchendo os orifícios dos canais
radiculares e os ápices das raízes. As perfurações foram realizadas no centro do
assoalho da câmara pulpar. Como controle negativo, 5 dentes não foram acessados
e 10 dentes adicionais serviram como controle, sendo 5 preparados e não reparados
(controle positivo). Os dentes foram divididos em 3 grupos, com 15 elementos cada.
As perfurações do grupo 1 foram reparadas com MTA Angelus®, do grupo 2 com
MTA Bio® e do grupo 3 com cimento de Portland. Segundo os resultados, os 3
cimentos apresentaram capacidade seladora semelhante, pois não houve diferenças
significativas entre os grupos. Segundo os autores, MTA Bio® é qualitativamente
superior e mais rápido quando comparado ao MTA Angelus® e ao cimento de
Portland.
23
Thomé (2007) através de uma revisão de literatura sobre perfurações dentais
iatrogênicas ocorridas na região de furca, concluíu que o MTA é um material
eficiente no tratamento de perfurações, por ser biocompatível, por apresentar bom
selamento marginal, ter boa adaptação às paredes da perfuração e induzir
osteogênese e cementogênese. Enfatizou o uso de matriz interna nos casos em que
se utiliza o ionômero de vidro fotopolimerizável, por evitar extravasamento de
material e melhorar a capacidade de selamento.
Zou et al. (2007) realizaram um estudo verificando o efeito do selamento do
sulfato de cálcio utilizado abaixo da resina composta, no reparo de perfurações de
furca de diferentes diâmetros. Foram realizadas perfurações entre 1 mm e 1, 5 mm
de diâmetro, em 68 molares humanos extraídos. Os dentes foram divididos em 4
grupos experimentais e 1 grupo controle. Os resultados demonstraram que o uso do
sulfato de cálcio como barreira melhorou a capacidade seladora nas perfurações
menores, porém, nas perfurações maiores, não houve melhora na qualidade do
selamento.
Ibarrola et al. (2008) descreveram um caso de uma grande perfuração de
furca no primeiro molar superior. A maior parte do assoalho da câmara pulpar estava
destruída e a raiz mesio – vestibular estava danificada. No local da perfuração
causada por iatrogenia foi colocado Gelfoam, controlando o sangramento e
fornecendo uma matriz. O defeito foi reparado com MTA cinza. Subsequentemente o
tratamento endodôntico foi realizado. O dente foi restaurado e usado como pilar de
prótese parcial fixa. Após 55 meses, não houve evidência de destruição periodontal,
nem mesmo sintomas, além de completa reparação da lesão. Os autores concluíram
que o MTA é um material biocompatível, pois seu extravasamento e contato com
tecidos periodontais causaram danos mínimos.
Pace et al. (2008) relataram dez casos de perfurações de furca, todas
irrigadas com hipoclorito de sódio, EDTA, e pontas ultrassônicas, após seladas com
MTA, sem matriz. Os dentes foram, então, tratados endodonticamente e
restaurados. Realizaram acompanhamento clínico e radiográfico de 6 meses, 1 ano,
2 anos e 5 anos. Após 5 anos, observaram a ausência de lesão perirradicular, dor ou
edema, além disso os dentes apresentavam estabilidade dimensional, indicando
sucesso nas vedações das perfurações em 9 dos 10 dentes. Um paciente
abandonou o estudo. Os resultados confirmaram que o uso de MTA sem matriz
24
promoveu um selamento efetivo de perfurações radiculares e a saúde dos tecidos
periodontais.
Altundasar e Demir (2009) avaliaram a utilização de MTA em perfuração
radicular. Trataram uma perfuração no terço médio, em um incisivo lateral, causada
por reabsorção radicular inflamatória interna. O canal foi preparado com limas
endodônticas manuais e irrigado com hipoclorito de sódio a 1,3%. hidróxido de cálcio
foi usado como curativo temporário por 10 dias. Na segunda sessão, se realizou a
compactação vertical com guta – percha e a restauração com resina composta. Foi
realizado um retalho cirúrgico para selar a perfuração, com MTA cinza. O defeito
ósseo adjacente a perfuração foi preenchido com Unigraf. Após 48 meses os
resultados clínicos e radiográficos foram satisfatórios. Os autores concluíram que é
possível obter sucesso com o uso de MTA nos casos de perfuração radicular e que
este material é biocompatível, já que estimula fibroblastos e possui atividade
antimicrobiana. Os autores ainda ralataram que o MTA cinza provocou coloração
anormal na gengiva marginal, que neste caso regrediu após 48 meses, por isso seria
preferível o uso de MTA branco.
Cogo et al. (2009) através de uma revisão de literatura, avaliaram diferentes
materiais utilizados em perfurações, comparando-os com os resultados obtidos. De
acordo com os autores, o MTA pode ser utilizado nas perfurações endodônticas,
mas apresenta algumas limitações como dificuldade de manipulação e em casos de
contaminação, quando uma possível reabsorção do material pode ocorrer antes do
reparo. Quando o material é utilizado em casos de contaminação, o ambiente ácido
pode provocar reabsorção do material antes da ocorrência do reparo. Em relação
aos materiais adesivos, quando utilizados na presença de umidade, os autores
recomendam o uso de uma matriz abaixo do material selador que poderá agir no
controle da hemorragia e extravasamento do material. Os autores também relataram
que quanto menor o tempo entre a ocorrência da perfuração e seu selamento,
melhor o prognóstico.
Pereira et al. (2009) realizaram um estudo avaliando a influência de
diferentes soluções irrigadoras na capacidade seladora do MTA em perfurações de
furca de trinta molares humanos extraídos. Os espécimes foram perfurados na
região de furca e divididos em três grupos de acordo com a solução irrigadora
utilizada: grupo I – soro fisiológico, grupo II – hipoclorito de sódio 1 % e grupo III –
EDTA 17%. As perfurações foram preenchidas com MTA, seladas provisoriamente e
25
então mantidas em corante nanquim por 72 horas. Os resultados demonstraram que
a solução de EDTA 17% permitiu menor infiltração, sendo estatisticamente diferente
do NaOCl a 1 % e do soro fisiológico. Os autores concluíram que o uso prévio do
EDTA 17 % por ter demonstrado menor infiltração, garantiu melhor adapatação do
MTA na perfuração de furca.
Shahi et al. (2009) compararam a capacidade de selamento do MTA cinza
(GMTA), MTA branco (WMTA), do cimento de Portland branco e do cimento de
Portland cinza como materiais utilizados para a reparação de perfuração de furca.
Utilizaram, para tal, 120 primeiros molares inferiores humanos extraídos. Após a
obturação dos canais radiculares foram feitas perfurações de furca e os espécimes
foram aleatoriamente divididos em quatro grupos de 25 dentes cada. Nos grupos A,
B, C, D as perfurações de furca foram preenchidas com MTA branco, MTA cinza,
cimento Portland branco, e cimento Portland cinza, respectivamente. Dez dentes
foram utilizados como grupo de controle positivo, sem preencher as perfurações com
nenhum material e 10 dentes como grupo de controle negativo. Foi encontrada
infiltração em todas as amostras dos grupos experimentais. Não houve diferenças
estatisticamente significativas entre GMTA e WMTA ou cimento de Portland branco e
cinza, mas houve diferenças significativas entre os grupos com cimento MTA e os
grupos com cimento de Portland. Concluíram que o cimento de Portland tem melhor
selamento que o MTA, e pode ser recomendado para o reparo de perfuração de
furca, embora haja a necessidade de adicionar bismuto e remover o arsênio do
cimento de Portland, para a reparação da perfuração de furca.
Mente et al. (2010) avaliaram o uso de materiais biocompatíveis, como o
MTA, em perfurações radiculares. Para isto, foram avaliados 21 dentes de
pacientes, nos quais foi utilizado MTA para a reparação das perfurações. Em 4
dentes havia perfuração na região de furca, 7 no terço cervical, 5 no terço médio e 5
no terço apical. Após 12 a 65 meses do tratamento, os 21 dentes foram examinados
clínica e radiograficamente, observando a presença de sinais e sintomas clínicos,
resposta ao teste de frio, mobilidade dentária, tipo e qualidade da restauração,
sondagem de bolsa periodontal e perda de inserção, presença de lesão de furca
e/ou fístula, presença ou ausência de alterações patológicas adjacentes ao local da
perfuração, localização e tamanho da perfuração e obturações preexistentes. Foram
classificados 18 como curados, quando não houve nenhuma indicação de
periodontite apical, não apresentou radiolucidez adjacente ao local da perfuração,
26
não houve continuação da reabsorção radicular, além de estar sem sinais e
sintomas clínicos e sem perda de função. Concluíram que o MTA proporciona uma
vedação efetiva a longo prazo em diferentes locais de perfurações.
Unal et al. (2010) relataram o tratamento de duas perfurações de furca com
MTA em dentes molares. As perfurações foram limpas com hipoclorito de sódio a 1%
e soro fisiológico e seladas com MTA. Os dentes foram então tratados
endodonticamente e suas coroas foram restauradas uma com resina composta e
outra, com coroa de cerâmica. Após dois anos, a ausência de lesões radiolúcidas
perirradiculares, dor e edema, juntamente com a estabilidade funcional do dente
indicaram um resultado positivo de vedação nos dois casos. Com isso, os autores
concluíram que o MTA tem potencial como um material para a reparação de
perfuração de furca.
Vanni et al. (2011) avaliaram radiograficamente o reparo de perfurações de
furca, selados com MTA, AH Plus®, Vitremer® e guta- percha. Foram utilizados 48
dentes de cães, perfurados na região de furca. No remanescente pulpar foi colocado
hidróxido de cálcio P.A. e as perfurações foram seladas com os materiais em teste.
Após 90 dias, os autores observaram que não houve diferença estatisticamente
significante entre os materiais, pois nenhum foi capaz de preservar a integridade dos
tecidos periodontais na região de furca, e que o MTA foi o material que provocou o
menor número de lesões.
Hasbem e Amin (2012) realizaram um estudo comparativo in vitro, analisando
o efeito da acidez na resistência de deslocamento de dois materiais: MTA e BA
(Bioaggregate®, material composto por nanopartículas de biocerâmica), quando
utilizados no reparo de perfurações de furca. Foram utilizados 80 molares humanos
inferiores, onde perfurações foram feitas na região de furca e os espécimes de
ambos materiais foram divididos em grupos de acordo com o tempo de
armazenamento. Grupo A (MTA/BA)_ PBS (fosfato salino tamponado, pH= 7,4) por 4
dias, grupo B (MTA/BA)_ ácido acético (pH= 5,4) por 4 dias, grupo C (MTA/BA)_
PBS por 34 dias e grupo D (MTA/BA)_ ácido acético por 4 dias, seguido de
exposição ao PBS por 30 dias. A mensuração da resistência de deslocamento foi
feita através de uma máquina de testes universal, e as perfurações dos espécimes
nas paredes dentinárias foram analisadas através do microscópio eletrônico de
varredura. Os resultados demonstraram que a resistência de deslocamento do MTA
é maior que a do BA após 4 dias de armazenamento em ambiente básico. Esta
27
resistência é significativamente reduzida quando o MTA é exposto ao ácido acético,
enquanto que o BA não é afetado neste caso. Os autores concluíram que o MTA é
mais influenciado pelo pH ácido do que o BA, e que quando o MTA é exposto a um
ambiente básico em um período de 30 dias, após exposição a um ambiente ácido,
pode haver uma reversão na diminuição da resistência.
O resumo dos estudos encontra-se no quadro 1, no apêndice.
28
3 DISCUSSÃO
O presente trabalho foi de relevante importância para elucidar questões
relacionadas ao material mais empregado, em pesquisas com melhor prognóstico no
selamento de perfurações de furca, de acordo com diversos autores.
Desta forma, os trabalhos pesquisados nesta revisão de literatura,
considerando
os
casos
clínicos,
demonstraram
que
a
perfuração
mais
frequentemente encontrada é a nível de furca como visto por alguns autores
(GONDIM JÚNIOR et al., 1999; IBARROLA et al., 2008; PACE et al., 2008; UNAL et
al., 2010).
Em relação aos materiais empregados, embora não se tenha ainda, um
material ideal, com todas as características desejáveis, a maior parte da literatura
pesquisada demonstrou que o MTA é o material mais eficiente no tratamento de
perfurações de furca devido a sua capacidade antimicrobiana, biocompatibilidade e
excelente capacidade de selamento, além de promover a produção de matriz para a
formação de cemento (TANOMARU FILHO; FALEIROS; TANOMARU, 2002; RUIZ,
2003; DE DEUS et al., 2007; IBARROLA et al., 2008).
Alguns autores demonstraram que o cimento de Portland e o MTA
apresentaram a mesma capacidade de selamento, por serem similares química e
microscopicamente, o que justifica o uso do cimento de Portland como futuramente
uma opção de menor custo no tratamento de perfurações (DE DEUS et al., 2006;
TSESIS et al., 2006; DE DEUS et al., 2007). Shahi et al. (2009), relatam entretanto,
a superioridade de selamento do cimento de Portland quando comparado ao MTA,
enfatizando que para seu uso clínico, haveria a necessidade de remoção do arsênio
e da adição do bismuto como radiopacificador. Outra opção de material, que
segundo De Deus et al. (2007) foi qualitativamente superior ao MTA convencional,
foi o MTA BIO®. Este material, por ser sintetizado e purificado em laboratório, seria
livre de contaminação.
Em relação a marcas ProRoot® e Angelus®, a maioria dos estudos
demonstrou que não há diferença na capacidade seladora dos materiais. Assim
sendo, utilizando-se a marca nacional Angelus® os mesmos resultados e um menor
custo podem ser obtidos no tratamento (TANOMARU FILHO; FALEIROS;
TANOMARU,
2002;
SILVA
NETO;
MORAES,
2003;
TANOMARU
FILHO;
FALEIORS; TANOMARU, 2004). Tratando-se de tipos de MTA (branco ou cinza),
29
alguns autores afirmaram que não houve diferença na capacidade seladora dos
mesmos (FERRIS; BAUMGARTNER, 2004; HAMAD; TORDIK; MCCLANABAN,
2006; SHAHI et al., 2009). Porém, Altundasar e Demir (2009) recomendam que nos
casos de perfurações na região cervical, o MTA branco seja o material de escolha
para que se possa evitar um possível manchamento gengival.
Embora a maior parte da literatura demonstre a superioridade do MTA quando
comparado a outros materiais, Silva Neto e Moraes (2003) relataram que o MBP-c
apresentou os menores índices de infiltração e melhor selamento. Além disso, os
autores enfatizaram a necessidade de umidade para o endurecimento e expansão
do MTA, sendo que no experimento avaliado o corante pode ter infiltrado antes da
provável presa do material.
Cogo et al. (2009) descreveram algumas vantagens relacionadas ao ionômero
de vidro fotopolimerizável, como sua boa aderência à dentina devido a uma ligação
química que ocorre entre os mesmos, justificando seu emprego em perfurações de
furca. Sendo esta, uma desvantagem do MTA, o qual, diferentemente deste material,
não apresenta boa aderência à dentina. Os autores descreveram ainda, que a boa
fluidez do ionômero de vidro fotopolimerizável auxilia no selamento obtido.
Cogo et al. (2009) relataram que o MTA apresenta dificuldade de
manipulação, bem como a possibilidade de reabsorção antes de haver o reparo,
principalmente
nos
casos
em
que
a
contaminação
torna
o
ambiente
demasiadamente ácido, característica esta, que Hasbem e Amin (2012) também
demonstram como uma desvantagem do material, onde o pH ácido do meio diminui
a resistência do MTA.
A importância do uso de uma matriz interna junto a base da perfuração, antes
da inserção do material de reparo, foi também enfatizada com o propósito de evitar
que este material entre em contato com os tecidos perirradiculares (SHIMABUKO,
2000; SILVA NETO; MORAES, 2003). Estando de acordo, Zou et al. (2007)
relataram, ainda, que em perfurações menores, o material utilizado como barreira
melhora a capacidade seladora do material de reparo. Já Cogo et al. (2009)
recomendaram o uso de uma matriz, quando o material selador utilizado for adesivo,
para evitar a presença de umidade local.
Ainda em relação com o uso da matriz interna, Pace et al. (2008) tratando do
MTA como material selador, consideraram desnecessário o uso desta, pois sozinho,
o material é capaz de promover um efetivo selamento de perfurações e a saúde
30
periodontal. Gancedo-Caravia e Garcia-Barbero (2006) enfatizaram ainda, que nas
situações em que uma melhor retenção do MTA é requerida, a presença de umidade
é essencial, pelo menos nos primeiros 3 dias após o selamento da perfuração,
sendo desnecessário o uso de matriz.
Relatos a respeito da influência da solução irrigante no reparo de perfurações
de furca, também foram encontrados. Para Pereira et al. (2009) o EDTA 17%, se
comparado ao NaOCl 1%, apresentou os melhores resultados, influenciando na
capacidade seladora do MTA, por melhorar sua adaptação na perfuração. Porém, a
maioria dos autores opta pelo hipoclorito de sódio como melhor solução irrigante,
nas diferentes concentrações (MENEZES et al., 2005; ALTUNDASAR; DEMIR,
2009; UNAL et al., 2010).
Quanto ao melhor prognóstico, os autores concordam que quanto menor for o
tamanho do defeito e da contaminação da área, assim como quanto antes a
perfuração for tratada, melhor será o prognóstico. Além de ser imprescindível a
capacidade de selamento e biocompatibilidade do material reparador (TANOMARU
FILHO; FALEROS; TANOMARU, 2002; COGO et al., 2009).
Quando o local da perfuração não pode ser alcançado a partir da cavidade de
acesso ou, quando há falha após a técnica não cirúrgica ou, ainda, quando um
tratamento concomitante do periodonto for necessário, é indicado o tratamento
cirúrgico. O intuito deste tratamento é proteger o local da perfuração de bactérias e
seus subprodutos, através de uma barreira permanente. Outra vantagem é a
regeneração tecidual guiada, que impede a migração de tecido de granulação que
poderia invaginar para o interior da perfuração (TSESIS et al., 2006; UNAL et al.,
2010).
31
4 CONCLUSÃO
Em relação aos diferentes materiais empregados no selamento de
perfurações de furca, tendo em vista a literatura pequisada e analisada no presente
estudo, pode-se afirmar que:
1.
Ao analisar o melhor material no reparo de perfurações de furca,
recomenda-se o uso do MTA, por ser biocompatível e induzir osteogênese
e cementogênese, embora seja de difícil manipulação e exista a
possibilidade de reabsorção do material em ambiente ácido, em função de
uma contaminação.
2.
Quando optar-se pelo uso de materiais adesivos como o ionômero de vidro
fotopolimerizável, é importante o uso de uma matriz interna, para evitar
extravasamento de material e alcançar melhor selamento.
32
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34
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35
APÊNDICE
AUTOR, ANO
AMOSTRA
PROPRIEDADE
ANALISADA; TIPO DE
ESTUDO
LOCAL
DA
PERFURAÇÃO
MATERIAL
EMPREGADO
CONCLUSÃO
LEE;
MONSEF;
TORABINEJAD,
1993
CHAU et al.,
1997
50 DENTES
SELAMENTO; ESTUDO
IN VITRO
TERÇO
CERVICAL
MTA; AMÁLGAMA; IRM
MTA apresentou os
menores índices de
infiltração.
40 DENTES
FURCA
GONDIM
JÚNIOR et al.,
1999
1 DENTE
SELAMENTO;
BIOCOMPATIBILIDADE;
ESTUDO IN VITRO
BIOCOMPATIBILIDADE;
SELAMENTO; ESTUDO
IN VIVO
FOSFATO DE CÁLCIO;
IONÔMERO DE VIDRO
FOTOPOLIMERIZÁVEL
FOSFATO TRICÁLCIO +
SUPER EBA
SHIMABUKO,
2000
56 DENTES
SELAMENTO; ESTUDO
IN VITRO
FURCA
Matriz de fosfato de cálcio
melhora selamento e
biocompatibilidade.
Após 3 meses não
houveram sinais clínicos
de dor ou fístula, testes
negativos para
percussão: sucesso no
tratamento.
Houve menor infiltração
no grupo hidróxido de
cálcio P.A. + ionômero de
vidro fotopolimerizável.
FURCA
CAVIT + AMÁLGAMA;
CAVIT + IONÔMERO DE
VIDRO
FOTOPOLIMERIZÁVEL;
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO
P.A. + AMÁLGAMA;
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO
P.A. + IONÔMERO DE
VIDRO
FOTOPOLIMERIZÁVEL
36
DAOUDI;
SAUNDERS,
2002
TANOMARU
FILHO;
FALEIROS;
TANOMARU,
2002
46 DENTES
SELAMENTO; ESTUDO IN
VITRO
FURCA
50 DENTES
SELAMENTO; ESTUDO IN
VITRO
LATERAL
SILVA NETO;
MORAES,
2003
88 DENTES
SELAMENTO; ESTUDO IN
VITRO
FURCA
FERRIS;
BAUMGARTNER,
2004
40 DENTES
SELAMENTO; ESTUDO IN
VITRO
FURCA
IONÔMERO DE VIDRO
FOTOPOLIMERIZÁVEL;
MTA
SEALAPEX® + ÓXIDO DE
ZINCO; IONÔMERO DE
VIDRO
FOTOPOLIMERIZÁVEL;
RESINA
FOTOPOLIMERIZÁVEL;
PRO ROOT® MTA; MTA
ÂNGELUS®
MTA ÂNGELUS®; PRO
ROOT® MTA; SUPER
EBA; MBPC; TODOS OS
GRUPOS COM E SEM
MATRIZ DE SULFATO DE
CÁLCIO
MTA CINZA E MTA
BRANCO
MTA apresentou menor
infiltração, no entanto,
melhor selamento.
Não houve diferença na
capacidade de selamento
dos materiais, todos
apresentaram bom
selamento.
O MBPc (com e sem
matriz) demonstrou
melhores resultados,
seguido do Super EBA e
pelos dois MTA’s.
Não houve diferença na
capacidade de selamento
dos dois tipos de MTA.
37
HARDY et al.,
2004
50 DENTES
SELAMENTO; ESTUDO IN
VITRO
FURCA
MTA; ONE UP®; MTA +
ONE UP®; MTA + SUPER
EBA
MAIN et al.,
2004
16 DENTES
SELAMENTO; ESTUDO IN
VIVO
DIFERENTES
NÍVEIS RADICULARES
MTA
TANOMARU
FILHO;
FALEIROS;
TANOMARU,
2004
52 DENTES
SELAMENTO;
ADAPTAÇÃO;ESTUDO IN
VITRO
FURCA
SEALER 26®,
SEALAPEX® + ÓXIDO DE
ZINCO; PRO ROOT®
MTA; MTA ÂNGELUS®
BARGHOLZ,
2005
2 DENTES
SELAMENTO; ESTUDO IN
VIVO
LATERAL
MTA + MATRIZ DE
COLÁGENO
MENEZES et
al., 2005
DE- DEUS et
al., 2006
1 DENTE
SELAMENTO; ESTUDO IN
VIVO
SELAMENTO; ESTUDO IN
VITRO
TERÇO
CERVICAL
FURCA
MTA
GANCEDOCARAVIA;
GARCIABARBERO,
2006
180
ESPÉCIMES
RESISTÊNCIA; ESTUDO
IN VITRO
_________
MTA
36 DENTES
CIMENTO DE
PORTLAND; MTA
O uso de OneUp® e
super EBA + MTA,
promoveram selamento
imediato, equivalente ao
MTA puro, após presa
final.
Lesões pré existentes
tiveram resolução, dentes
sem lesões continuaram
desta forma, MTA
promoveu excelente
reparo.
Sealer 26® apresentou
melhor selamento, porém
maior extravasamento
que os outros grupos. Os
MTA’s apresentaram
resultados intermediários.
MTA + matriz de
colágeno promoveu
excelente selamento.
MTA apresentou
resultados satisfatórios.
Os materiais têm
capacidade seladora
similar.
A umidade melhora a
presa do MTA, sendo
necessária durante pelo
menos 3 dias antes de
obturar-se o dente.
38
HAMAD;
TORDIK;
MCCLANABAN,
2006
DE- DEUS et
al., 2007
76 DENTES
SELAMENTO; ESTUDO IN
VITRO
FURCA
PRO ROOT® MTA
BRANCO E CINZA
Os materiais apresentam
capacidade seladora
similar.
55 DENTES
SELAMENTO; ESTUDO IN
VITRO
FURCA
ZOU et al., 2007
68 DENTES
SELAMENTO; ESTUDO IN
VITRO
FURCA
CIMENTO DE
PORTLAND; MTA
BRANCO ÂNGELUS®;
MTA BIO®
RESINA COMPOSTA;
SULFATO DE CÁLCIO +
RESINA COMPOSTA
IBARROLA et
al., 2008
PACE et al.,
2008
1 DENTE
BIOCOMPATIBILIDADE;
ESTUDO IN VIVO
SELAMENTO; ESTUDO IN
VIVO
FURCA
MTA CINZA
FURCA
MTA
ALTUNDSAR;
DEMIR, 2009
1 DENTE
BIOCOMPATIBILIDADE;
ESTUDO IN VIVO
TERÇO
MÉDIO
MTA CINZA
MTA Bio® é
qualitativamente superior
e mais rápido que os
outros materiais.
A matriz de sulfato de
cálcio melhorou o
selamento somente em
perfurações menores.
MTA é um material
biocompatível.
O uso do MTA sem matriz
promove selamento
efetivo.
MTA é biocompatível e
possui atividade
antimicrobiana.
10 DENTES
39
SHAHI et al.,
2009
120 DENTES
SELAMENTO; ESTUDO IN
VITRO
FURCA
MTA CINZA E BRANCO;
CIMENTO DE PORTLAND
CINZA E BRANCO
MENTE et al.,
2010
21 DENTES
SELAMENTO; ESTUDO IN
VITRO
MTA
UNAL et al.,
2010
2 DENTES
SELAMENTO; ESTUDO IN
VITRO
4 FURCA;
7 TERÇO
CERVICAL;
5 TERÇIO
MEDIO;
5 TERÇO
APICAL
FURCA
VANNI et al.,
2011
48 DENTES
SELAMENTO; ESTUDO IN
VITRO
FURCA
MTA; AH PLUS®;
ViITREMER®; GUTAPERCHA
HASBEN;
AMIN, 2012
80 DENTES
RESISTÊNCIA; ESTUDO
IN VITRO
FURCA
MTA; BIOAGGREGATE®
MTA
Quadro 1: artigos científicos sobre materiais empregados nas perfurações endodônticas.
Não houve diferença
entre os MTA’s e cimento
de Portland cinza ou
branco, porém o cimento
de Portland apresentou
melhor selamento que o
MTA.
MTA proporcionou
selamento efetivo em
diferentes locais de
perfurações.
MTA tem potencial para o
reparo de perfurações de
furca.
MTA proporcionou melhor
selamento das
perfurações, resultando
no menor número de
lesões.
A resistênicia do MTA é
mais influenciada pelo pH
ácido do que a do
Bioagreggate®.
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Diferentes Materiais Empregados no Selamento de