História da ciência e das universidades
MTA – aula 1
História da ciência e das universidades
Um universitário de hoje talvez imagine que a ciência sempre foi parte
integrante dessas instituições
a ciência chega relativamente tarde à comunidade universitária, vencendo
não raro grandes oposições.
A universidade antiga (medieval) tinha duas funções características:
 preparava os jovens – com o trivium e o quadrivium, para a formação
profissional ministrada em escolas
 preparava profissionais para três profissões distintas - teologia,
medicina e direito.
A base proporcionada pelo trivium e quadrivium era filosófica,
retórica e matemática - se ensinava pouco - um professor para todas
as matérias  formação liberal.
Nas escolas profissionais aprendia-se cada carreira, mas sem base
em investigação científica - o conhecimento adquirido era
reverenciado como patrimônio imutável.
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História da ciência e das universidades
Em certas escolas profissionais – medicina - criação de cadeiras
dedicadas a ciências básicas, como química
a tendência de permanecerem simples disciplinas, em que se repetia a lição
que vinha do passado, sem nenhum empenho em inovar.
Aulas, muitas aulas muitas, aulas
Enquanto as universidades habilitavam a ensinar e credenciavam para
certas restritas profissões, o mundo em torno delas se agitava.
Espíritos inquietos
fenômenos naturais,
traçavam hipóteses
procuravam submeter o teórico à verificação sistemática
 a ciência deitava raízes
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História da ciência e das universidades
A revolução no pensamento científico ocorreu no século XVII extramuros universitários
Kepler, Galileu, Boyle e Newton
revolução no pensamento humano
compreensão do universo
inteiramente fora das universidades, que se mantinham impermeáveis à
criação científica.
universidades resistiam à penetração da ciência  mas o mesmo não se
pode dizer do público .
A revolução no pensamento científico ocorreu no século XVII
extra-muros universitários
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História da ciência e das universidades
a ciência despertava a curiosidade das pessoas mais ou menos cultas
convivência dos cientistas em reuniões ou conferências, com demonstrações.
dificilmente se poderia distinguir o profissional do amador
fundavam-se sociedades muito ativas que difundiam a ciência.
mais tarde iriam ligar a técnica à ciência, impelindo até mesmo
“cientistas puros” a procurar resolver problemas de natureza técnica.
A ciência pode gabar-se de haver nascido da curiosidade dos homens
inteligentes, da coragem de desafiar o que se tem por verdade oficial.
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História da ciência e das universidades
França devemos - pesquisa organizada
Primeira Revolução Científica - onde primeiro se reconheceu a extensão da descoberta
de Newton e a necessidade de organizar a investigação científica.
Esse reconhecimento e essa incorporação se tornaram possíveis porque Luís XIV
(1671) deu à Academia de Paris fundos suficientes e a responsabilidade de
realizar pesquisas experimentais e difundir os resultados dessas investigações.
Luís XIV - administrador de escola - viu na ciência um papel de relevo para o
progresso nacional e cuidou de institucionalizá-la.
Galileu, numa de suas cartas: “para desenvolver a ciência o melhor era depender dos
poderosos, que exercessem de maneira absoluta os seus poderes - uma vez
compreendidos os objetivos, agiam como generosos mecenas”.
a ciência adiantou-se na França, onde se desenvolveram a pesquisa, a divulgação
e a aplicação técnica.
Em 1800 era uma atividade organizada, sem igual no mundo.
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História da ciência e das universidades
A lição da França
Alemanha antes da própria Inglaterra
Na Alemanha havia um robusto sistema universitário (Halle e Goettingen)
liberdade de ensino e de filosofia
as idéias francesas foram rapidamente absorvidas.
As universidades alemãs tornaram-se grandes centros de investigação
científica, embora a investigação tecnológica permanecesse fora.
depois dessa peregrinação voltou à Inglaterra a semente que ela mesma
produzira.
a ciência integrou-se nas universidades inglesas e em pouco tempo
floresceu e frutificou largamente.
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História da ciência e das universidades
A vida universitária moderna está ligada hoje indissoluvelmente a
ciência.
A universidade tornou-se uma indústria de conhecimento e de
transmissão de ciência.
 elemento de soberania
 busca da universidade pelo povo.
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Universidades no Brasil
A transferência da família real para o Brasil transformou o país em sede
da coroa portuguesa - implementação de medidas administrativas,
econômicas e culturais para estabelecimento da infra-estrutura
necessária ao funcionamento do império.
A criação dos primeiros estabelecimentos de ensino superior buscava
formar quadros profissionais para os serviços públicos e administração
do país.
As áreas: medicina, engenharia e direito.
1808, foram criados os primeiros estabelecimentos de ensino médicocirúrgico de Salvador e do Rio de Janeiro.
criação da Imprensa Régia, da Biblioteca Nacional e dos primeiros periódicos
científicos.
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Universidades no Brasil
estão presentes na cultura das universidades atuais, formas de pensar e
atuar que marcaram o tempo do império (Dom Pedro II)
viajava, se empolgava com o que via na Europa e trazia modelos e
profissionais para reformar as instituições brasileiras.
Adquiriu seu equipamento em março de 1840, alguns meses antes que
esses aparelhos fossem comercializados no Brasil.e deu início à coleção,
que ficou 110 anos guardada no arquivo da Biblioteca Nacional do Rio de
Janeiro.
– o Imperial Observatório, o Museu Nacional, o Arquivo Público, a Biblioteca
Nacional, o Laboratório do Estado, o Jardim Botânico e a Academia Imperial
de Belas Artes
necessidade de modernizar a ciência e tecnologia brasileira,
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Universidades no Brasil
século XX surge a primeira universidade brasileira
criada pelo governo federal brasileiro - Rio de Janeiro em 1920, que aglutinou
as Escolas Politécnica, de Medicina e de Direito já existentes.
Reunir escolas e/ou faculdades tornou-se uma marca do
desenvolvimento do sistema de ensino universitário brasileiro.
A criação de universidades foi amplamente discutida por grupos sociais
diversos no país
Três grupos atuantes no século XIX: a alta hierarquia do clero católico,
as lideranças civis liberais e os pensadores positivistas.
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Universidades no Brasil
 igreja católica -
a criação de uma universidade com hegemonia religiosa ajudaria a
aumentar os quadros intelectuais a serviço do projeto religioso privilegiaria disciplinas como: Filosofia, a Tomista (conciliar o
aristotelismo com o cristianismo); Teologia; Direito, com base na doutrina
social da igreja; Letras; Artes; e, quem sabe no futuro, alguns poucos
setores tecnológicos.
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Universidades no Brasil
 liberais: privilegiaram os setores jurídicos de estudo, as áreas
humanísticas e a medicina - projeto desvinculado de compromissos
religiosos - inspirado Revolução Francesa e Revolução Industrial.
 positivistas - defendiam que "o Brasil não precisava de
universidades, mas de ensino fundamental para as massas, sobretudo
no campo tecnológico" - a criação de escolas técnicas e científicas que
ensinassem as leis da natureza e os meios de aproveitá-las em favor da
humanidade.
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Universidades no Brasil
Ditadura imprime suas marcas via Reforma Universitária
A reforma universitária (1968) grande marco na história das
universidades brasileiras
 modernizar a universidade para um projeto econômico em
desenvolvimento, dentro das condições de 'segurança' que a ditadura
pretendia.
 direcionando a universidade para o mercado de trabalho, ampliando o
acesso da classe média ao ensino superior e cerceando a autonomia
universitária.
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Universidades no Brasil
Diversas medidas foram tomadas para alcançar tais metas,
entre elas:
a unificação do vestibular por região;
o ingresso por classificação;
o estabelecimento de limite no número de vagas por curso;
a criação do curso básico;
o oferecimento de cursos em um mesmo espaço, com menor
gasto de material e sem aumentar o número de professores;
a fragmentação e dispersão da graduação; o estabelecimento
de matrícula por disciplina.
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Universidades no Brasil
situação:
colaboração da reitoria da Usp com os órgãos repressivos x intensa
movimentação política :passeatas, assembléias, manifestos e
reivindicações.
A UnB surge mais democrática e com maior autonomia - ficou no projeto,
visto que a "universidade construída" durante o regime militar foi
bastante diferente
 tornou-se foco de resistência à ditadura.
por um lado as universidades foram consideradas focos de
subversão e a função da reforma era erradicar qualquer possibilidade
de contestação
por outro lado também ocorreu uma expansão das universidades e a
reforma deveria atender aos projetos estratégicos dos militares que
pretendiam transformar o Brasil em "potência".
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Universidades no Brasil
As universidades que tinham fortes vínculos com o governo passaram
por uma modernização
ênfase na pesquisa tecnológica
ligação com o setor produtivo.
A relação entre laboratórios de pesquisa, desenvolvimento e a segurança
nacional é ressaltada e a universidade torna-se responsável pelo
aumento do "capital humano".
Essa diretriz parece ter orientado a criação da Unicamp, ITA.
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Universidades no Brasil
O tempo passou... Constituição de 1988, nova Lei de Diretrizes e Bases
(LDB).
Década de 90 - revolução no que diz respeito às opções para os
cidadãos no campo acadêmico-universitário.
O cenário das universidades até então dominado pelas universidades
públicas e pelas de cunho confessional viu-se significativamente alterado com
a entrada de um novo ator: as universidades particulares.
São muitas as questões vinculadas à proliferação das universidades
particulares que devem ser aprofundadas:
a crise da universidade pública,
o redimensionamento do papel do Estado,
as funções, a qualidade e as formas de gestão das universidades privadas,
etc.
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Universidades no Brasil
Até 1968, o sistema universitário brasileiro estava dividido entre
universidades públicas financiadas pelo Estado (aproximadamente 31
universidades) e universidades privadas de caráter confessional.
O chamado setor privado era composto por aproximadamente 11
universidades de inspiração católica e uma universidade presbiteriana, a
Mackenzie - Universidade particular era sinônimo de universidade
confessional - cobrava pelos serviços educacionais não poderia ter fins
lucrativos.
a pressão social por vagas no ensino universitário era muito grande manifestações e mobilizações dos alunos que tinham conseguido entrar
na universidade mas não estudavam, pois não havia vagas "excedentes".
O problema dos excedentes foi contornado com autorizações para
abertura de novas escolas e permissão para as instituições já existentes
aumentarem suas vagas.
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Universidades no Brasil
Ao contrário dos demais países da América Latina, que diante da
demanda de democratização do ensino acabaram massificando as
universidades públicas (Uruguai), o regime militar optou pelo
investimento financeiro na formação de uma universidade pública
de elite, voltada para a pesquisa.
implantação de programas de pós-graduação,
institucionalização da pesquisa acadêmica
estímulos para obtenção de graus acadêmicos
manutenção de um número estável e restrito de alunos, impedindo desta
forma a sua massificação.
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Universidades no Brasil
São Paulo - década de 80
Universidades: PUC-SP, USP ou Mackenzie.
estabelecimentos isolados: Escola Paulista de Medicina, FGV e ESPM
Fora de São Paulo - Unesp, Unicamp, UFSCar, Puccamp.
as instituições privadas tornaram-se opção de estudo superior para um
número de alunos bastante elevado
liberando pontos de tensão existentes em um sistema elitista que não
conseguia atender à demanda.
As novas universidades surgiram no final da década de 80.
entre 1988 e 1997, dez universidades particulares e uma universidade
pública (a Escola Paulista de Medicina transformou-se na UNIFESP).
(UNIP – 1988).
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Universidades no Brasil
até 1997 houve um crescimento de 250% (15 universidades)
Em 2000, existia um total de dez universidades particulares e cinco
centros universitários (UNI).
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Universidades no Brasil
 São Paulo é reflexo do que vem acontecendo no Brasil - até 1985
existiam 20 universidades particulares em todo o Brasil.
de 1985 a 1990, - cinco anos = crescimento de 100%, a criação de mais 20
universidades particulares.
Entre 1990 e 1998 foram criadas mais 36 universidades particulares
Consequências
a existência de mecanismos públicos de avaliação possibilita a manutenção e
a hierarquização das universidades, pois existem indicadores que permitem
colocar as universidades em uma hierarquia a partir de critérios de avaliação
de qualidade instituídos pelo Estado.
Mestres e doutores
Grupos de Pesquisa
Pós Graduação Strictu Sensu (mestrado e doutorado)
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UNIP
Grupos de Pesquisa - UNIP
CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CLININFEC - Clínica de Doenças Infecciosas Veterinárias
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Toxicologia do Sistema Nervoso Central
CIÊNCIAS EXATAS E TERRA
Automação Inteligente
Ciência dos Materiais
Desenvolvimento de Biossensores para Detecção de Espécies de Interesse Biológico, Farmacêutico e Ambiental
Físico-Química Teórica e Aplicada
Fotoquímica e Ressonância Magnética Nuclear
Lógica Paraconsistente e Inteligência Artificial
CIÊNCIAS HUMANAS
Inteligência e Criação: Práticas Educativas para Portadores de Altas Habilidades
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Aplicação de Laser em Odontologia
Biocompatibilidade e Propriedades Físicas de Materiais Odontológicos
Diagnóstico e Terapia em Endodontia
Esquemas Terapêuticos Preventivos e Curativos Propostos e Preconizados no Tratamento das Doenças Bucais
Estudos Aplicados à Ortodontia – Ortopedia Facial
Estudos Experimentais e Clínicos em Relação aos Compostos Fluorados e Anestésicos Locais
Imaginologia Aplicada à Odontologia
Triagem de Plantas Brasileiras com Atividade Antitumoral
CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
Comunicação, Criatividade e Cidadania
Comunicação, Cultura e Memória
Cultura de Massas e os Meios de Comunicação do Século XXI
Cultura Midiática e Turismo
Direito e Cidadania
Forma, Imagem e Corpo
Garantias Processuais à Cidadania
Mídia e Cultura
Moda, Comunicação e Cultura
Influências Ambientais Sobre as Organizações
Organizações: Teoria, Comportamento e Gestão
Redes de Negócios – Novos Conceitos para Novas Formas de Administrar
ENGENHARIAS
Cadeias Agroindustriais
Cadeia Carne-Couro-Calçados: Uma Abordagem da Competitividade Sob a Ótica de Cadeias de Fornecimento
Caráter Evolucionário do Planejamento e Controle da Produção e as Novas Formas de Organização do Trabalho
Gestão Ambiental Apoiada em Sistemas de Informação Geográfica
Indicadores Estratégicos na Gestão de Informação de Instituições de Ensino Superior Privado (IESP)
Redes de Empresas e Cadeias Produtivas - REDEPRO
Total de Grupos Cadastrados no CNPq: 35
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UNIP
Cursos de Pós Graduação Strictu Sensu - UNIP
Administração
Comunicação
Direito
Medicina Veterinária
Odontologia
Engenharia de Produção - Mestrado e Doutorado
Linhas de Pesquisa
Planejamento e Controle da Produção
Esta linha privilegia os inúmeros desafios devido as mudanças profundas que vem
acontecendo na produção com inserção de novas tecnologias, processo de gestão, sistemas
de comunicação e controle.
Produção Mais Limpa e Ecologia Industrial
A linha de pesquisa aborda a interface meio ambiente/setor produtivo e
sua influência na competitividade das empresas brasileiras. São
analisados e desenvolvidos conceitos, ferramentas e técnicas sob a ótica
da Produção Mais Limpa e da Ecologia Industrial.
Produção de Software
Esta linha abrange temas referentes à organização e estruturação da informação nas
empresas, Visando estudar tecnologias e métodos para o desenvolvimento, e implementação
do sistema da informação, bem como o alinhamento estratégico do mesmo.
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