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Revista Canavieiros - Março de 2014
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Revista Canavieiros - Março de 2014
Editorial
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Eventos sobre o setor sucroenergético marcam
os meses de fevereiro e março
N
ão é segredo para ninguém que
o setor sucroenergético tem
atravessado um momento de
crise que atinge todos os elos da cadeia
produtiva. Mediante essa situação, empresas e instituições se organizam para
realizarem eventos que possam de fato
contribuir com informações e discussões sobre o que fazer neste momento.
E foi com o objetivo de disseminar
conhecimentos e fomentar novas tecnologias e cultivares que, no dia 27 de
fevereiro, a Canaoeste em parceria com
a Copercana, reuniu no Cred Clube,
em Sertãozinho, mais de 250 pessoas
para participarem do Encontro Técnico sobre Variedades e Doenças da
Cana-de-açúcar. Dentre os presentes
estavam, produtores rurais, cooperados,
associados, agrônomos, centros de pesquisas, usinas, universidades, alunos
e empresas parceiras como a Arysta,
Basf, Bayer, Dow, Dupont, FMC, Ihara
e Syngenta, que compartilharam informações com excelentes palestrantes.
A Canaoeste também realizou em
parceria com a STAB (Sociedade dos
Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do
Brasil), o “Seminário de Florescimento
e Isoporização – Fisiologia, Aplicação e
Monitoramento Indutivo” sobre a cultura da cana-de-açúcar. O evento aconteceu no dia 26 de fevereiro, no auditório
da Canaoeste, em Sertãozinho, reunindo
pesquisadores, técnicos e estudantes.
Ainda falando sobre os eventos realizados recentemente, no dia 13 de
março, Ribeirão Preto sediou o Encontro Cana Substantivo Feminino, essa é
a terceira edição do evento organizado
pela Paiva & Baldin que reuniu cerca
de 250 mulheres de várias empresas
que atuam no setor sucroenergético
com o objetivo de debater a participação feminina no setor destacando
suas experiências e a importância dessas profissionais. Na programação
temas como Comunicação e marketing no agronegócio; A sustentabilidade transformando vidas; Mulheres
nas funções de direção e gerência de
empresas; As soluções para o sucesso da dobradinha agrícola-indústria:
inovações tecnológicas e a gestão de
pessoas e O cenário sucroenergético
em 2014 – ano de eleição. Temas que
possibilitaram uma interessante troca
de informações entre os mediadores,
panelistas e o público presente.
Ainda no mês de março foi lançado
oficialmente o maior evento do setor
sucroenergético do mundo, a Fenasucro, que está em sua 22ª edição. Na
ocasião, a Reed Exhibitions Alcântara
Machado, empresa responsável pela
organização da feira, em conjunto
com o CEISE Br (Centro Nacional
das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis), apresentaram as novidades e perspectivas
do evento mundialmente conhecido.
E também várias novidades sobre a
Agrishow 2014 foram reveladas a
imprensa e convidados em entrevista
coletiva realizada no dia 17 de março,
em Ribeirão Preto, evento que contou
com a presença da prefeita de Ribeirão, Darcy Vera, que ressaltou a importância da realização da Agrishow
para a cidade e região.
No dia 26 de fevereiro, o CEISE Br
e a ABIMAQ (Associação Brasileira
da Indústria de Máquinas e Equipamentos), reuniram empresários e fornecedores de toda a cadeia produtiva
da cana-de-açúcar no auditório do
Centro Empresarial em Sertãozinho,
para participarem de uma reunião sobre o Plano de Ação Conjunta PAISS
Agrícola. A iniciativa foi destinada as
coordenações das ações de fomento à
inovação e ao aprimoramento da integração dos instrumentos de apoio
disponibilizados pelo BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e pela Finep (Financiadora de Inovação e Pesquisa).
Além destes eventos, a equipe da
Revista Canavieiros também participou da apresentação das estimativas
de safra da Usina Batatais e da visita a
biofábrica da Syngenta em Itápolis. A
cobertura dos eventos é realizada com
transparência e repassada aos leitores
de forma clara e objetiva. Esse é o
nosso compromisso!
Boa leitura!
Conselho Editorial
RC
Expediente:
Conselho Editorial:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
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Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
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Editora:
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ISSN: 1982-1530
A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente
aos cooperados, associados e fornecedores do
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reprodução parcial desta revista é autorizada,
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Foto: Rafael Mermejo
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Ano VIII - Edição 93 - Março de 2014 - Circulação: Mensal
Índice:
Capa - 24
Canaoeste realiza encontro
técnico sobre variedades e doenças da cana-de-açúcar
Com palestrantes renomados e a
parceria de empresas de destaques
no mercado agrícola, o evento reuE
niu mais de 250 participantes
Pontos de Vista:
05 - Entrevista I
Diego Nykos
Economista do departamento de Biocombustíveis do BNDES
Planos de negócios para o setor sucroenergético
mais:
Luiz C. Corrêa Carvalho
.................página 10
Dr. Marcos Fava Neves
.................página 12
Coluna Caipirinha
.................página 14
Destaques:
Biofábrica Syngenta
.................página 28
07 - Entrevista II
Mônica Santos
Gerente de comunicação da Siamig
O importante papel da comunicação no setor
16 - Notícias Copercana
- Copercana inaugura loja de ferragens e magazine em Paulo de Faria
- Seguro Agrícola Copercana
19 - Notícias Canaoeste
- Canaoeste e Copercana realizam reunião técnica para associados e cooperados
- STAB e Canaoeste realizam Seminário de Florescimento e Isoporização
26 - Notícias Sicoob Cocred
- Balancete Mensal
36 - Evento
Agrishow reúne a imprensa para apresentar as
novidades da feira em 2014
Usina Batatais - Safra
14/15
.................página 29
PAISS Agrícola
.................página 30
Informações Setoriais
.................página 32
Eventos:
Cana Substantivo Feminino
.................página 34
Fenasucro
.................página 37
Assuntos Legais
.................página 38
Classificados
.................página 39
Agende-se
.................página 40
Cultura
.................página 42
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Entrevista I
Planos de negócios para o setor sucroenergético
“O futuro crescimento da produção de etanol não estará focado somente no aumento do consumo interno
do produto. É premente a necessidade de construir um mercado global e, por isso, os desafios para que o etanol
se transforme em commodity internacional precisam ser enfrentados”.
A afirmação acima foi feita pelo economista do departamento de Biocombustíveis do BNDES (Banco Nacional
do Desenvolvimento Econômico e Social), Diego Nykos, em entrevista exclusiva à Revista Canavieiros.
Durante a conversa, Nykos falou sobre a participação do BNDES no setor sucroenergético através de programas e apoio ao setor, linhas de crédito, commodities e planos de negócios. Confira!
Diego Nykos
Fernanda Clariano
Revista Canavieiros: Qual é a atuação do BNDES nos investimentos
com base no setor sucroenergético?
Diego Nykos: O BNDES vem pautando sua atuação no setor sucroenergético por cinco diretrizes principais,
quais sejam: ampliação da capacidade
de produção; incentivo à inovação e ao
desenvolvimento tecnológico; potencialização de externalidades positivas;
estímulo à sustentabilidade socioambiental e contribuição para formação de
um mercado internacional de bioetanol.
A primeira diretriz diz respeito à
atividade precípua do BNDES, que é a
de prover recursos de longo prazo para
ampliação do nível de produção da indústria brasileira. O investimento no
setor sucroenergético provoca relevantes impactos econômicos a jusante e a
montante da cadeia de produção, o que
justifica a prioridade que o Banco vem
dando ao tema.
No que se refere ao segundo ponto,
o apoio a investimentos em pesquisa e
desenvolvimento tecnológico do etanol vem recebendo atenção crescente.
Exemplo disso foi a criação do PAISS
(Programa Conjunto de Apoio à Inovação Tecnológica Industrial dos Setores
Sucroenergético e Sucroquímico), que
teve como objetivo fomentar projetos
de desenvolvimento, produção e comercialização de novas tecnologias industriais destinadas ao processamento
da biomassa de cana-de-açúcar, como o
etanol celulósico. Apesar de pioneiro, o
programa pode ser considerado bem sucedido. Seu resultado final contemplou
a seleção de 25 empresas, que submeteram 35 planos de negócios, os quais
poderão gerar investimentos em inova-
ção de cerca de R$ 3,8 bilhões. Entre as
escolhidas estão empresas start-ups de
base biotecnológica e grandes empresas
do setor sucroenergético.
O terceiro aspecto refere-se à orientação estratégica do BNDES de tentar,
na medida do possível, intensificar a geração de externalidades positivas. Além
do PAISS, que pode gerar desdobramentos de elevada importância para o Brasil
no longo prazo, outro exemplo importante dessa diretriz foi a manutenção,
por determinado período, de condições
mais favoráveis para o financiamento a
caldeiras de alta pressão. Também cabe
destaque para os investimentos sociais,
uma vez que, em boa parte dos projetos
financiados, vem sendo requerida a inclusão de subprojetos que tenham como
objetivo a construção de equipamentos
sociais de uso público, como creches,
escolas e alas de hospitais.
Além desses exemplos, e ante o mérito estratégico do setor para o País, foram estruturados programas específicos
e operações que visam ao aumento da
competitividade setorial.
Em primeiro lugar, sobressai o BNDES PASS (Programa de Apoio do
Setor Sucroalcooleiro), cuja finalidade
é financiar a estocagem de etanol para
garantir o abastecimento do País na entressafra. Em segundo lugar, destaca-se
a criação do BNDES Prorenova, programa que estimulou a renovação e a
ampliação dos canaviais brasileiros.
Igualmente é digno de nota o apoio
do BNDES para a implantação de um
sistema logístico de transporte de etanol. Esse sistema compreenderá uma
estrutura logística multimodal (in-
cluindo a construção do alcoolduto)
dedicada ao etanol, com capacidade de
transporte de 20,8 milhões de metros
cúbicos por ano.
Esse sistema logístico também contribuirá para aumentar o padrão de sustentabilidade do setor sucroenergético,
o que se enquadra no quarto princípio
defendido e executado pelo BNDES no
decorrer de sua história.
Contudo, os desafios socioambientais ganharam novos contornos com o
passar do tempo, mais diversificados
e complexos, o que exigiu que o Banco se adequasse ao novo contexto. Tal
processo culminou com a introdução
de diversas linhas de financiamento e
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Entrevista I
fundos específicos para apoiar projetos
ambientais e sociais e, principalmente,
com a criação, em meados de 2009, da
Área de Meio Ambiente.
Finalmente, cabe mencionar ainda
que o futuro crescimento da produção de
etanol não estará focado somente no aumento do consumo interno do produto. É
premente a necessidade de construir um
mercado global e, por isso, os desafios
para que o etanol se transforme em commodity internacional precisam ser enfrentados. Voltado para isso, o BNDES
coordenou a produção e participou da
extensa agenda de divulgação do chamado “Livro Verde” do bioetanol, que, em
parceria com o Ministério das Relações
Exteriores e o CGEE (Centro de Gestão
e Estudos Estratégicos), foi distribuído
em inúmeros países.
Além disso, também cabe destacar
que, para alguns, o fato de a capacidade
exportadora de etanol estar concentrada no Brasil vem inibindo a criação de
um mercado internacional, haja vista
que os potenciais países consumidores
teriam receio de eventuais interrupções
de fornecimento do produto.
Diante disso, o BNDES concedeu
apoio financeiro para a realização de
estudo técnico que avalia a viabilidade
da produção de biocombustíveis nos
países-membros da UEMOA (União
Econômica e Monetária do Oeste Africano). Ao mesmo tempo, o BNDES
procura oferecer financiamento para a
instalação de usinas no exterior, em especial na América Latina e na África.
Consequentemente, o conjunto dessas
iniciativas possibilitará que mais países
se tornem exportadores de etanol.
Revista Canavieiros: O setor sucroenergético tem solicitado o apoio do
BNDES através de financiamentos? O
que o produtor agrícola precisa fazer
para poder contar com esse apoio?
Nykos: O BNDES sempre vem sendo demandado pelo setor. Abaixo, segue
a série histórica com os nossos desembolsos para o setor nos últimos anos.
Para acessar as linhas e programas do
BNDES, as empresas podem entrar em
contato diretamente com o Banco ou,
indiretamente, entrar em contato com algum agente financeiro. Todas as informações estão disponíveis no site do BNDES.
Revista Canavieiros: Como os projetos de investimentos relacionados ao
setor sucroenergético são avaliados
pelo BNDES?
Nykos: Em todos os setores, empresas e projetos são avaliados da mesma
forma, o que contempla análises econômica-financeira, de crédito, sócio-ambiental, jurídica etc.
Revista Canavieiros: Os desembolsos do BNDES para o setor sucroenergético têm se concentrado mais em
qual Estado? O que atribui essa demanda neste Estado?
Nykos: Os desembolsos do BNDES
para o setor sucroenergético se concentram nos estados da região Centro-Sul,
especificamente São Paulo, o que reflete a distribuição geográfica da lavoura
de cana-de-açúcar no Brasil.
Revista Canavieiros: O que é o
PAISS Agrícola?
Nykos: O PAISS Agrícola é uma das
iniciativas previstas no Inova Empresa, plano do governo federal que abarca
diferentes setores e indústrias. O PAISS
Agrícola é destinado à coordenação das
ações de fomento à inovação e ao aprimoramento da integração dos instrumentos
de apoio disponibilizados pelo BNDES
e pela Finep (Financiadora de Estudos e
Projetos) com a finalidade de fomentar
tanto o desenvolvimento e a produção
pioneira de tecnologias agrícolas como a
adaptação de sistemas industriais, desde
que inseridos nas cadeias produtivas da
cana-de-açúcar e/ou de outras culturas
energéticas compatíveis, complementares
e/ou consorciáveis com o sistema agroindustrial da cana-de-açúcar.
O orçamento do PAISS Agrícola
prevê R$ 1,4 bilhão em financiamentos
reembolsáveis, que incluem todas as
linhas de crédito de BNDES e Finep,
além de instrumentos de renda variável
Revista Canavieiros - Março de 2014
de ambas as instituições. O programa
ainda disponibilizará R$ 80 milhões de
recursos não reembolsáveis, sendo R$
40 milhões por meio do BNDES/Funtec
(Fundo Tecnológico) e R$ 40 milhões
de subvenção econômica pela Finep.
A apresentação dos planos de negócios selecionados terá que ser feita até 16
de maio próximo. O resultado preliminar
da etapa única de seleção dos planos e a
indicação dos planos de suporte conjunto deverão sair no dia 20 de junho.
As linhas temáticas são:
• Linha 1: Novas variedades, sobretudo: aquelas voltadas aos ambientes de
produção das regiões de fronteira; mais
adequadas à mecanização agrícola; e/ou
com maiores quantidades de biomassa
e/ou ATR, com ênfase na utilização de
melhoramento transgênico;
• Linha 2: Máquinas e implementos
para plantio e/ou colheita, bem como
para coleta de palha e/ou resíduos, com
ênfase na ampliação do uso de técnicas
de agricultura de precisão;
• Linha 3: Sistemas integrados de
manejo, planejamento e controle da
produção;
• Linha 4: Técnicas mais ágeis e eficientes de propagação de mudas e dispositivos biotecnológicos inovadores
para o plantio e;
• Linha 5: Adaptação de sistemas industriais para culturas energéticas compatíveis, complementares e/ou consorciáveis
com o sistema agroindustrial do etanol
produzido a partir da cana-de-açúcar.
Todas as informações estão disponíveis no site do BNDES.
Revista Canavieiros: Ao todo o
BNDES irá disponibilizar quanto em
linhas de crédito para o setor sucroenergético neste ano de 2014?
Nykos: Em 2014, o BNDES espera
desembolsar cerca de R$ 6 bilhões para
o setor sucroenergético. RC
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Entrevista II
O importante papel da comunicação no setor
A gerente de comunicação da Siamig (Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais), Mônica Santos, esteve em Ribeirão Preto para participar do III Encontro Cana Substantivo Feminino como painelista no painel Comunicação e marketing no agronegócio. Na oportunidade, concedeu entrevista à Revista
Canavieiros. Confira!
Mônica Santos
Fernanda Clariano
Revista Canavieiros: Qual a importância da comunicação para a
Siamig, quais as ações desenvolvidas na empresa e quais os desafios?
Mônica: Sempre existiu por parte
da presidência da Siamig uma preocupação muito grande em comunicar
o que o setor faz, em atender a imprensa e a atender também os anseios
dos nossos associados. Então procuramos buscar na comunicação, uma
série de ferramentas para ampliar o
conhecimento.
Desenvolvemos um site como se
fosse um portal tanto de notícias
quanto de serviços para os associados, contamos com um boletim, uma
newsletter que já tem 11 anos de
existência onde divulgamos todos
os trabalhos realizados pelas usinas
e também as reportagens que saem
na mídia.
Participamos de eventos muitas
vezes com estandes, produzimos materiais institucionais, temos uma cartilha chamada “Os mitos do setor”,
nela, tentamos desvelar mitos e tantas coisas que são criadas em cima
do setor que sabemos que não faz
mais sentido porque o setor evoluiu
demais nos últimos anos.
Procuramos divulgar tudo o que o
setor tem de bom ambientalmente e
socialmente. Essas são algumas das
razões da comunicação na Siamig.
Os desafios sempre irão existir, na
comunicação, se você disser que está
bom você estagnou. Eu acredito que
temos uma comunicação muito ampliada nacional, macro, mas precisamos realizar uma comunicação mais
micro, diretamente nas regiões onde
as usinas estão inseridas.
Até em pouco tempo, as usinas
eram muito fechadas em relação à
comunicação. De uns cinco, seis anos
para cá, houve uma evolução dentro
das usinas com relação à comunicação. Elas começaram a sentir a necessidade de se abrirem, principalmente
para a comunidade, mas há o desafio
também de se ampliar essa comunicação investindo em marketing.
Revista Canavieiros: Como você
vê a questão da comunicação entre
o setor e o governo federal? As entidades estão mobilizadas para levar
os pleitos do setor ao governo?
Mônica: Eu acredito que as entidades se mobilizam sim, mas há necessidade de um diálogo mais homogêneo, onde as associações, sindicatos e
lideranças, sejam de fato respeitadas.
Que elas possam levar a linguagem
do setor ao governo, melhorando esse
relacionamento com o governo e parlamentares, ou seja, com o congresso
nacional de forma geral.
Geralmente os parlamentares
são de regiões produtoras de cana-de-açúcar e vivem os problemas,
tomam conhecimento dos acontecimentos, sabem quando uma usina
fecha ou que está demitindo funcionários, e muitas vezes podem e
contribuem com o setor por estarem
mais próximos do governo.
A criação das frentes parlamentares em apoio ao setor sucroenergético
foi um grande passo, uma importante
iniciativa das entidades. Foram criadas frentes parlamentares em Brasília, São Paulo e em Minas Gerais.
Agora é preciso que haja um discurso mais homogêneo e as lideranças
de fato representem as empresas,
porque tudo tem que ser discutido,
mas é preciso que haja um interesse em comum, o que muitas vezes é
Revista Canavieiros - Março de 2014
difícil. Existe um interesse de todos
por mais representatividade junto ao
governo e sabemos que precisamos
de incentivos, o setor sabe da sua
importância, mas precisa se mostrar
mais, mas para isso, todos precisam
falar a mesma língua.
Revista Canavieiros: Estamos
vivenciando um momento difícil
para o setor e este é um ano eleitoreiro. Quais são as expectativas da
Siamig?
Mônica: Eu acredito que essa é
uma oportunidade de se buscar caminhos e aprofundar os relacionamentos, pois este ano teremos eleições
para presidente e congresso nacional,
então, essa é a oportunidade de mostrar o que o setor precisa. Temos que
fazer com que as propostas cheguem
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até o governo, é o momento do setor
se mobilizar e encontrar canais para
apresentarem os seus pleitos.
Revista Canavieiros: O que pode
ser feito para que uma nova história
seja criada e o setor volte a ser visto
com bons olhos?
Mônica: Precisamos valorizar
o que temos, nós brasileiros, valorizamos muito o que é de fora e às
vezes deixamos de valorizar o que
temos perto da gente. Um exemplo
é a energia elétrica feita a partir do
bagaço da cana. Não sei se precisamos fazer algo para uma nova história, mas sei que precisamos passar a
enxergar o que a gente tem de bom
e principalmente no nosso setor. O
que precisamos é de políticas públicas, porque com uma política onde
o governo subsidia a gasolina, tira a
CIDE (Contribuições de Intervenção
no Domínio Econômico) da gasolina e o etanol fica a deriva sem ter
como concorrer, fica complicado.
“A criação das frentes
parlamentares
em apoio ao setor
sucroenergético foi
um grande passo, uma
importante iniciativa
das entidades. Foram
criadas frentes
parlamentares em
Brasília, São Paulo
e em Minas Gerais.
Agora é preciso que
haja um discurso
mais homogêneo
e as lideranças de
fato representem as
empresas.”
Como criar uma nova história com
essas condições? É preciso valorizar
a energia renovável no País e de fato
definir o papel do etanol na nossa
matriz energética, não só do etanol,
mas da bioeletricidade também, da
nossa matriz energética. Vamos valorizar a energia renovável no País ou
vamos manter essa política de subsídio e de privilégio ao combustível
fóssil, a gasolina? O novo para mim
é a valorização e o que a gente quer
do País, continuar com um combustível fóssil, com o pré-sal que ajudou muito de certa forma o etanol
ficar a deriva? É isso que a gente
quer para o nosso País, é manter o
combustível fóssil e desvalorizar o
etanol, a bioeletricidade? O novo seria a valorização, o reconhecimento
da cadeia produtiva do setor não só
como combustível, mas tudo o que
ele representa em termos de energia
renovável, geração de emprego, desenvolvimento no interior, isso sim
seria o novo. RC
Revista Canavieiros - Março de 2014
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Ponto de Vista
A volta ao caminho do etanol
O
“Costumo voltar atrás, sim.
Não tenho compromisso com o erro”
Juscelino Kubitschek
agronegócio canavieiro, sustentável do ponto de vista socioambiental, tem sofrido de forma
absurda pela falta de visão do Governo
Brasileiro sobre o efeito das cadeias produtivas, tornando-se um setor não sustentável do ponto de vista econômico.
Essa visão que veio desvirtuando as políticas públicas criadas em 2002, principalmente a criação da CIDE¹, esvaziada
pela ação do segundo mandato do Governo Lula e no Governo da Presidente
Dilma Rousseff, tornou o setor insustentável economicamente.
Com as políticas públicas implantadas no segundo mandato do Governo
Fernando Henrique Cardoso, em 2002,
somando-se ao lançamento do carro
flexível em 2003 e a elevação mundial
dos preços de energia, o uso do etanol
e a oferta de energia do bagaço da cana
criaram uma revolução no setor, com
intensa chegada de capital externo e um
crescimento de 10% ao ano em oferta
do produto no Brasil. Após a crise global de crédito, em 2008, o setor reduziu
em 1% ao ano a oferta até 2013.
Da euforia etílica entre 2004 a 2008 à
depressão pós 2009, o sobre-investimento deu lugar ao sub-investimento, relembrando os ciclos intensos em momentos
anteriores. Relativamente poucos anos
atrás, o consumidor brasileiro preferia
o etanol. Hoje, o consumo rapidamente
crescente é o da gasolina, com sensível
piora nas emissões de gases locais e regionais (poluição) e piora no balanço das
emissões de CO2 (efeito estufa).
Quem, em perfeita sanidade, imaginou que ocorreria uma crise de oferta
ao invés de demanda, em dez anos? O
peso da crise atual talvez seja maior do
que a do início dos anos 2000, pois há
que se enfrentar uma dose alta complementar de ideologia, o que, por si, traz
limitações gravíssimas de raciocínio.
Talvez a última grande ação no Brasil
veio entre os anos 60 e 70, iniciada com
Juscelino Kubitschek e continuada pelos
governos militares, visando modernizar
a agropecuária e apoiar sua expansão no
Centro-Oeste e Norte do Brasil .
Sem margens, por anos seguidos, o
produtor de cana tem muitas dificuldades
em investir; sem investimentos, não há o
aumento da oferta; sem oferta adicional
de etanol, em contínuo e acelerado crescimento da sua demanda potencial, o consumo da gasolina cresce; sem produção
de gasolina no Brasil, as importações são
aceleradas de forma absolutamente inadequada. É caótica a situação.
Agora, inflação alta impede a correção dos preços da gasolina, que faz a Petrobrás sofrer com o Real desvalorizado
face ao crescimento das suas importações, que, portanto, tira a competitividade da Petrobrás, do etanol e afunda o
Brasil! E não se fala a respeito! E isso
vem acontecendo desde 2006.
Essa situação encontra-se com um setor produtivo que acreditou que não seria
simplesmente mais um ciclo, com risco
de retorno a mediocridade. Para crescer
10% ao ano, em cinco anos, com crédito
disponível, o endividamento veio acompanhado da falta de margens, em regiões
de expansão e de menor conhecimento
agroindustrial, além da novidade, ou o que
se chama de curva de aprendizado, com a
mecanização do plantio e da colheita. As
taxas de crescimento foram desajustadas,
as renovações de canavial (replantios)
foram adiadas, envelhecendo as áreas de
produção e derrubando a produtividade.
Luiz Carlos Corrêa Carvalho*
Em 2014 com a CIDE (alíquota sobre a gasolina) zerada, endividamento elevado e sendo muito mais fácil
aos Agentes Financeiros financiarem
o Governo Brasileiro no seu “buraco
sistêmico”, o crédito deverá ser muito
seletivo. Com a taxa de juros subindo
e o controle continuado dos preços da
gasolina, como ficariam os preços do
etanol? Quais os caminhos possíveis de
políticas públicas?
Para que os investimentos voltem na
velocidade necessária, o etanol precisa
gerar margens ao produtor. A forma de
realizar isso dependerá do comportamento do governo, com vistas ao problema da inflação e para quais pessoas seria
dirigida a ação. Ela pode, via retorno da
CIDE, atingir o consumidor de combustível (gasolina), ou, via prêmio ao etanol
(subsídio), atingir todos os brasileiros.
Também fundamental será a redução
do ICMS (Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Prestação de Serviços)
pelos Estados, pois, hoje, o etanol paga o
mesmo tributo que a gasolina na enorme
maioria deles. Afinal as externalidades
negativas do combustível fóssil deverão
ser cobradas de quem as usa.
• Presidente da ABAG – Associação
Brasileira do Agronegócio. RC
¹ CIDE: Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico, com alíquota sobre a gasolina e o diesel, cobrando as suas externalidades negativas
(emissões) sobre o meio ambiente, tinha em 2002 alíquota de 14% sobre a gasolina e zero sobre o etanol e foi o mecanismo que permitiu a desregulamentação
do setor canavieiro para mercado.
² Barros, Geraldo S. de C., CEPEA-USP, Agronegócio Brasileiro, julho/2006.
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Ponto de Vista
No Carnaval da Petrobras faltou o etanol
Por: Prof. Dr. Marcos Fava Neves
A
Petrobras, que congrega subsidiárias, veio a público hoje, logo
após a nossa quarta-feira de Cinzas, com um relatório geral sobre a empresa e suas atividades, ocupando uma
página dos principais jornais. Estes relatórios são importantes peças de comunicação usadas pelas empresas, e mostram,
na essência, o que fazem e pensam, quase
que um resumo do seu plano.
É dividido em quatro partes: a) gestão com foco na eficiência, produtividade e disciplina de capital; b) resultados
operacionais; c) o plano estratégico
2030; e d) o plano de negócios para
2014-2018. São 26 parágrafos, com os
destaques nessas quatro áreas. Li com
atenção de cientista, primeiro por ter
criticado bastante a ingerência na empresa nos últimos anos, e depois para
ver o que ela propõe, principalmente na
política de preços de combustíveis, um
dos fatores que prejudicou a indústria
da cana, da qual me considero cientista.
Nesta primeira parte do texto, analiso
2013. A Petrobras apresenta diversos números dignos de elogios, como o crescimento do lucro operacional em 6%, atingindo R$ 34,4 bilhões, e do lucro líquido
em 11%, atingindo R$ 23 bilhões (quando comparados a 2012). Programas estruturantes, como o de otimização de
custos operacionais, reduziram as despesas em R$ 6,6 bilhões, e o programa de
desinvestimentos trouxe R$ 8,5 bilhões
de contribuições ao caixa.
Segundo a empresa, programas de
aumento de eficiência operacional foram importantes também, com resultados efetivos. Outro esforço louvável foi
o de transferências internas de pessoal,
que evitou novas contratações, e também foi sucesso o plano de desligamento voluntário.
A empresa justifica a queda na produção de petróleo e gás em 2013, de 2%
em relação a 2012, comparando-se a algumas empresas mundiais que também
tiveram quedas no período. É uma comparação difícil de entender, pois não se
sabe se essas empresas tiveram acesso
a novos campos de exploração no período ou se suas condições foram as
mesmas da Petrobras. A capacidade de
refino em 2013 aumentou em 6%, outro
importante número face ao crescente
consumo interno de diesel e gasolina.
Apesar da queda da produção verificada em 2013, a companhia promete
que a produção crescerá neste ano 7,5%
com novas unidades produtivas, o que
é uma boa notícia aos brasileiros, afinal
nosso consumo de gasolina cresceu 56%
de 2009 a 2013, segundo a Bioagência,
atingindo quase 42 bilhões de litros.
A empresa coloca como destaque o
leilão do Campo de Libra, o primeiro sob
o regime de partilha de produção. Leilão
vencido pela própria Petrobras, em conjunto com Shell, Total, CNPC e CNOOC,
sem dúvida parceiros de destaque, mas
intriga o fato de não ter existido competição nesse leilão e a alta participação de
recursos públicos brasileiros na oferta.
Um aspecto de extrema importância
em relatórios e comunicados à sociedade
refere-se ao valor das ações da empresa
e sua evolução no período analisado, justificando ao acionista seu comportamento. O valor da ação da Petrobras sofreu
forte queda nos últimos anos, refletindo
no valor total da empresa. Não há referências no comunicado – ou justificativas – a essa queda, nem ao plano de re-
Revista Canavieiros - Março de 2014
versão que se espera da gestão.
O relatório também coloca como
destaque o programa de desinvestimentos da empresa, que se inicia em 2012 e
já conta com R$ 23,4 bilhões em vendas de ativos. Também neste momento
o comunicado relaciona a Petrobras a
algumas de suas congêneres mundiais,
dizendo que estas também fizeram
grandes vendas de ativos.
Porém, de certa forma foram omitidas informações sobre a qualidade da
venda desses ativos, que eram patrimônio da sociedade brasileira. Pesam contra a empresa rumores de que alguns
desses investimentos e consequentes
desinvestimentos foram supostamente
lesivos à sociedade em diversos aspectos. Esta entrada de recursos também
afetou favoravelmente o lucro da empresa, mas não aparece relacionada na
justificativa para o lucro maior obtido.
Também é louvável conhecer que a
empresa tem um programa de prevenção à corrupção desde 2013, que ressalta “o compromisso da empresa com a
ética e a transparência”. Resta esperar
pelo aprimoramento deste programa em
2014, com a incorporação de itens que
vetem patrocínios a movimentos ilegais
e a atos de vandalismo, como os R$ 650
mil descobertos recentemente pela mídia aplicados pela empresa em um lamentável evento ocorrido em Brasília,
que foi danoso à sua imagem nacional
e internacional.
13
Na segunda parte deste texto, analiso as informações sobre o futuro da
Petrobras. Dentro do plano estratégico
2030, o principal indicador que aparece é que a empresa pretende produzir
4 milhões de barris por dia entre 2020
e 2030, ficando entre as cinco maiores
do mundo. O comunicado não oferece,
e fica como sugestão, um importante
dado em planejamento estratégico que
é a estimativa de tamanho do mercado mundial, mas principalmente do
mercado brasileiro de combustíveis,
decorrente do tamanho de frotas e outros usos, e como a empresa prevê seu
abastecimento. Seria interessante ao
grande público saber se esse patamar
de produção permite ao Brasil ser independente em combustíveis fósseis.
Segundo a empresa, ficam estabelecidas arrojadas metas de desenvolvimento, com aplicação de US$ 283,6
bilhões, sendo US$ 220,6 bilhões pela
empresa e o restante por parceiros, tanto em refinarias como em exploração e
produção. Para este investimento, usará sua geração operacional de caixa. A
empresa acredita que o Brasil se tornará exportador líquido de petróleo. Não
restam dúvidas de que são grandes investimentos que possibilitarão o desenvolvimento do Brasil.
Em relação a como financiar seu
crescimento – o que tem relação com o
crucial assunto da paridade dos preços
dos combustíveis, algo criticado por
dez entre dez cientistas brasileiros – são
dois parágrafos, que não permitem uma
visão clara. Trazem dois cenários opostos, sendo um com preços maiores de
petróleo e real desvalorizado, o que melhora a situação da empresa. Mas no parágrafo seguinte, dá-se a entender que o
cenário dominante é o de preços de petróleo menores e real mais valorizado,
que traria “condições mais rigorosas de
financiabilidade”, pois a Petrobras acredita que será grande exportadora.
Interessante é que o relatório diz
que para 2014-2018 a desvalorização
cambial vai melhorar o resultado da
empresa, mesmo no caso onde não
houver paridade de preços dos combustíveis com os preços internacio-
nais. Minha visão é justamente a contrária, ou seja, com o consumo interno
crescente de combustíveis no Brasil
– graças ao crescimento da frota e aos
preços controlados, aliados à safra menor de cana devido à seca e ao maior
volume de gasolina que precisará ser
importado este ano – e com este real
mais fraco que está sendo observado,
a saúde financeira da empresa seria
ainda mais prejudicada, pois importa
gasolina em dólar e vende em real.
Para o plano estratégico de 2030, é
reafirmada a missão de “atuar na indústria de petróleo e gás de forma ética, segura e rentável, com responsabilidade
social e ambiental, fornecendo produtos
adequados às necessidades dos clientes
e contribuindo para o desenvolvimento
do Brasil e dos países onde atua”. Em
outro momento do relatório, a empresa
reafirma o plano de expansão da capacidade de refino e atuação na exploração
de petróleo e gás na América Latina,
África e EUA.
Mesmo conhecendo que existe uma
subsidiária chamada Petrobras Biocombustível e que no plano estratégico da
matriz, disponível para consulta no site
da Petrobras, existem as projeções –
ainda que tímidas – para o consumo e
os investimentos em biocombustíveis,
é decepcionante saber que na missão
da corporação, que é mãe da subsidiária, não aparecem os combustíveis renováveis; mais ainda, neste importante
relatório que resume o pensamento de
momento da empresa, as palavras ‘etanol’ e ‘biodiesel’ não apareceram uma
vez sequer. Etanol não combina com
direção, mas combina com Carnaval.
Faltou o etanol neste carnaval.
Na última parte deste texto, concluo relatando que leio o suprassumo
do pensamento da Petrobras na mesma
semana em que leio outros três artigos.
Um sobre declarações do Premiê da
China, ressaltando que o País vai “declarar guerra contra a poluição... que se
tornou um problema social e que pode
ameaçar a estabilidade do País”, em
parte causada pelos automóveis movidos a gasolina e diesel. Um segundo de
uma renomada universidade americana,
dizendo que crescem as chances de os
EUA continuarem com as metas originais de etanol e não reformarem a lei de
biocombustíveis. E o terceiro sobre os
limites da revolução do gás de xisto nos
EUA, mostrando a exaustão precoce de
poços e que existe um valor mínimo do
preço do barril para que a produção seja
rentável – e este preço não é baixo.
Ou seja, na semana do Carnaval, formou-se um samba com diversas notas
na minha cabeça:
- Primeira nota: China dá sinais de
que a sustentabilidade passa a valer e
terá um custo ao País, o que significa
investimento em energias renováveis.
- Segunda nota: o petróleo tem consumo crescente e um limite mínimo futuro de preços.
- Terceira nota: o Brasil tem o programa mais respeitado mundialmente
de substituição de combustíveis fósseis,
o etanol de cana.
- Quarta nota: os EUA podem continuar crescendo em etanol na velocidade
prevista anteriormente.
- Quinta nota: o etanol se encontra
na situação atual de ser quase uma ação
social de seus empreendedores (hoje
mais um grupo pede recuperação judicial, com prejuízo milionário em 2013),
principalmente porque o governo interfere na Petrobras, danificando seus
preços e a rentabilidade da empresa – e,
consequentemente, do etanol.
- Sexta nota: pelo fato de o etanol
deixar de ser rentável, a Petrobras perde seu importante ímpeto investidor no
setor e até o ignora no comunicado que
é a essência de seu pensamento... jogando mais um balde de água fria.
Com estas notas, o samba que se
forma na minha cabeça não poderia
ter outro nome a não ser “o samba do
crioulo doido”.
* Marcos Fava Neves é Professor Titular da FEA/USP, Campus de
Ribeirão Preto. Em 2013 foi Professor
Visitante Internacional da Purdue
University (EUA)
Publicado originalmente no site
NovaCana.com, em 06/03/14 RC
Revista Canavieiros - Março de 2014
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Coluna Caipirinha
O campo salva a cidade II...
M a c ro e c o n o mia e Consumo:
Vai mal nossa balança comercial.
Fevereiro apresentou o pior resultado
desde 1993. O déficit foi de US$ 2,12
bilhões. Acumulando janeiro, já estamos
com déficit de US$ 6,18 bilhões. Contribui com este problema uma alta de 8%
na importação de combustíveis e lubrificantes. Em relação a 2012, gastamos
US$ 370 milhões a mais nesta conta.
O índice FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) de inflação de alimentos subiu
2,6% de janeiro a fevereiro, reflexo de
temores sobre a crise da Ucrânia, o já
conhecido aumento da demanda, e problemas climáticos na produção. Entre
todos os produtos, a maior variação foi
a do açúcar, com 6,2%.
Cálculos de analistas mostram perdas de mais de R$ 10 bilhões com a
seca no Centro-Sul e excesso de chuvas
no Centro-Oeste. Houve revisão para
baixo, devido às secas, da estimativa de
safra da Conab (Companhia Nacional
de Abastecimento), agora ao redor de
190 milhões de toneladas.
Cana: Segundo a MBF, algo que adiantamos aqui, desde 2008 são 56 pedidos de
recuperação judicial no setor, e apenas neste ano, desde janeiro, são seis usinas.
A Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar) acredita em antecipação
da moagem em pelo menos 40 usinas
ainda em março, graças aos preços
atrativos do etanol, o que pode ser bom
para interferir no preço do açúcar.
Ainda difícil de estimar, mas as notícias não são boas em relação a produção
de cana. Podemos ter quebra maior que
a estimada, e com o consumo maior de
etanol, podem surgir problemas de abastecimento ao longo da safra e principalmente, alteração no preço do açúcar.
Etanol: Exportações de fevereiro
foram de 65,7 milhões de litros (quase
70% a menos que fevereiro de 2012).
Apenas cerca de US$ 40 milhões em
receitas. No acumulado do ano estamos
quase 54% a menos que em 2013.
A Graanbio anunciou que seguem
firmes os investimentos de US$ 1 bilhão em projetos de etanol de segunda
geração. A primeira usina em Alagoas
está entrando em operação e com custo
de produção de R$ 1/litro.
Fechados os números de consumo de
combustíveis no Brasil em 2013. O total
foi de 136,3 bilhões de litros, 5% maior
que em 2012. O consumo de diesel foi
de 58,5 bilhões, alta de 4,6%. Biodiesel
representou 2,6 bilhões, alta de quase
6%. O consumo de hidratado aumento
9,5%, atingindo 10,8 bilhões de litros.
As vendas de gasolina cresceram 4%,
para 41,4 bilhões, e com o aumento da
mistura para 25% em maio, o consumo
de anidro em 2013 foi 30,2% maior.
Somando-se anidro e hidratado, o consumo foi de 21,12 bilhões de litros.
O consumo de hidratado pelas associadas do SINDICOM (Sindicato
Nacional das Empresas Distribuidoras
de Combustíveis e de Lubrificantes)
(representam 60% do mercado) em fevereiro de 2014 foi 27% maior que o
mesmo mês de 2013. Este é o número
mais importante a ser acompanhado,
uma vez que teremos menos cana.
Açúcar: Exportações de fevereiro foram de 1,8 milhões de toneladas. Representa 1% a mais que 2012. Já a receita,
de US$ 702,3 milhões, foi quase 20%
menor que no ano anterior. No acumulado do ano (3,93 mi t e US$ 1,55 bi) estamos quase 3,5% a menos em volume e
21,3% menores em receita, quando comparados com o mesmo período de 2013.
Neste fevereiro o açúcar valorizou
18% na bolsa de NY. Previsão de produção na Índia caiu 5%, devido a evento contrário ao observado nos canaviais
brasileiros: chuva intensa. As previsões
que eram de 25 mi. t. vieram para 23,8
mi. t. A Índia vem tomando mercados
tradicionais do açúcar brasileiro, como o
Irã, Bangladesh e Malásia, graças a subsídios de exportação, dado pelo governo.
São esperadas oscilações mais fortes
no mercado de açúcar no segundo semestre. Segundo a Archer, a média em
reais de outubro a novembro de 2013
foi de R$ 942 por tonelada, e neste ano
a média está em R$ 865, portanto, acredita em aumento. O que pode impedir
aumento em NY seria uma desvalorização do real. Será uma safra mais alcooleira devido ao fato do etanol anidro
apresentar a melhor remuneração.
Mesmo com o incêndio que atingiu
os terminais da Copersucar ano passado,
as exportações na safra 2013/14, que se
encerram em 31 de março, serão 11%
maiores que no ciclo anterior. A empresa
Revista Canavieiros - Março de 2014
Marcos Fava Neves
deve comercializar 8,5 milhões de toneladas, sendo 6,8 milhões para exportação. A empresa garante que até o início
de 2015 toda a estrutura em Santos estará recuperada e o terminal principal pode
movimentar 10 milhões de toneladas.
Homenageado do Mês: O homenageado do mês é o Dib Nunes, diretor do
grupo IDEA. Um dos craques do setor
de cana no Brasil, com excelente contribuição visando o crescimento e desenvolvimento do setor.
Haja Limão: O limão do mês é o
valor do subsídio que a sociedade brasileira dará graças aos sequenciais erros
de política pública em energia, seja eletricidade, sejam nos combustíveis. Estimada em R$ 63 bilhões. Um medida
populista. E por falar em populismo,
Rodrigo Constantino, em seu artigo na
Veja, como se diz no campo, “matou a
pau”. Tomo a liberdade de compartilhar
sua frase para encerrar nosso texto deste mês. É o que penso de nosso governo
e dos governos da Argentina, Venezuela, Equador, entre outros.
“Governos populistas hipotecam o futuro, plantam as sementes de tragédias e
focam apenas o aqui e agora das pesquisas
de opinião. Pensam nas próximas eleições,
e as próximas gerações que se lixem. Alimentam o monstro que vai nos devorar
amanhã. Sacrificam o destino de nossos filhos e netos para garantir sua permanência
no poder”. (Revista Veja, 19/03/14).
MARCOS FAVA NEVES é professor
titular de planejamento e estratégia na
FEA/USP Campus Ribeirão Preto e coordenador científico do Markestrat.RC
15
Revista Canavieiros - Março de 2014
16
Notícias Copercana
Copercana inaugura loja de ferragens e
magazine em Paulo de Faria
16ª loja da rede vai atender cooperados e clientes da cidade e região
Carla Rossini
N
a manhã do dia 20 de março,
Paulo de Faria recebeu a mais
nova loja de ferragens e magazine da rede Copercana. A inauguração
reuniu autoridades, cooperados, clientes e
diretores da cooperativa para um a café da
manhã nas dependências da loja. Cerca
de 150 pessoas prestigiaram a cerimônia.
O diretor da Copercana, Pedro Esrael
Bighetti fez a abertura do ato inaugural.
“Atendendo a pedidos de cooperados
que possuem propriedades nesta região,
trazemos uma filial da cooperativa para
cá e esperamos que os cooperados retribuam esse esforço da diretoria, prestigiando a loja e adquirindo seus produtos aqui”, lembrou Lelo Bighetti.
A loja de ferragem e magazine da Copercana em Paulo de Faria fica localizada na Rua
Bom Jesus, 779 - Centro - Telefone: (17) 9.9651-8975
Em nome dos cooperados de Sertãozinho que possuem propriedades em Paulo
de Faria, fez uso da palavra Rodolfo Savegnago. “Temos que agradecer a diretoria da Copercana por nos dar de presente esta loja porque a cooperativa é uma
parceria do agricultor. É através dela que
conseguimos comprar os produtos que
utilizamos na lavoura com preços e prazos melhores. Fiquei muito feliz em saber
que Paulo de Faria foi escolhido pela Copercana”, disse Savegnago.
Joaquim Ademar Quim Gago Marques, agricultor de Paulo de Faria, representou os cooperados da cidade. “Estamos muito agradecidos por recebermos
em nossa cidade uma loja completa como
essa. A Copercana é nossa parceira em
momentos como o que estamos vivendo
agora, de crise no setor. É através dela que
os pequenos e médios produtores rurais
sobrevivem. Onde a Copercana está presente há pujança e aqui em Paulo de Faria
também será assim”, falou Quim Gago.
A vice-presidente da Câmara Municipal de Paulo de Faria, Amélia
Maria Borges de Oliveira, também
fez uso da palavra e falou sobre
união de esforços. “Acredito que a
Copercana chegou em nossa cidade
para somar. Estamos empenhados em
melhorar Paulo de Faria e vamos nos
unir a cooperativa para alcançarmos
o melhor”, disse Amélia. O vereador
Willian Munhoz também prestigiou a
inauguração.
Antonio Eduardo Tonielo,
presidente da Copercana
Pedro Esrael Bighetti,
diretor da Copercana
Herley Torres Rossi,
prefeito de Paulo de Faria
Revista Canavieiros - Março de 2014
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Rodolfo Savegnago,
cooperado de Sertãozinho
Descerramento da placa inaugural
Colaboradores da filial de Paulo de Faria com diretores e gerentes de Sertãozinho
Padre Manuel Brito Pedreira
da Paróquia Senhor Bom Jesus
Em seu discurso, o prefeito de Paulo de Faria, Herley Torres Rossi, falou
sobre a satisfação de receber a Copercana na cidade. “Estou agradecido e
orgulhoso em receber uma filial dessa
cooperativa em nossa cidade. Quando
uma instituição escolhe uma cidade
para implantar uma filial, significa que
o município vai gerar mais emprego e
melhorar seu comércio, ou seja, desenvolvimento. É dessa forma que eu vejo
a vinda da cooperativa para a cidade”,
afirmou o prefeito.
Antes dos diretores descerrarem a
placa inaugural, o presidente da Copercana, Antonio Eduardo Tonielo, fez
o discurso de encerramento. “A vinda
da Copercana para Paulo de Faria significa que acreditamos nessa região.
Mas para a loja permanecer na cidade
tem que haver a cumplicidade com os
cooperados. Então minha expectativa
é que os produtores desta região prestigiem a Copercana efetuando suas compras aqui. É assim que funciona o cooperativismo, a cooperativa está vindo
até vocês e por ouro lado precisamos
da confiança e do prestígio de cada cooperado. A cooperativa é nossa e cabe
a cada um de nós administrá-la fazendo a nossa parte”, finalizou Tonielo.
Joaquim Ademar Quim Gago Marques,
agricultor de Paulo de Faria
O padre Manuel Brito Pedreira, da
Paróquia Senhor Bom Jesus deu as
bênçãos nas dependências da loja que
abriu as portas e iniciou às vendas à
partir das 14:00 horas. RC
Revista Canavieiros - Março de 2014
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Notícias Copercana
Seguro Agrícola Copercana
Mais um produto oferecido pela Copercana Seguros destinado a todos os produtores rurais
Carla Rodrigues
V
ocê cuida da sua lavoura para
minimizar eventuais problemas e garantir uma boa colheita. No entanto, existem riscos naturais
que podem prejudicar, em poucas horas, o trabalho de um ano inteiro.
Pensando na cultura do seu campo,
a Copercana Seguros oferece aos produtores rurais sejam eles, cooperados
ou não, o Seguro Agrícola para vários
tipos de culturas como: soja, milho,
amendoim, cana-de-açúcar, café, floresta (eucalipto e pinos), entre outros,
sendo uma das poucas a oferecer este
tipo de seguro, para a tranquilidade do
produtor na hora de sua colheita.
Além do Seguro Agrícola, a Copercana Seguros, ainda, oferece o seguro
Multirisco Rural, destinado à propriedades como (sítios, chácaras e fazendas), cobrindo danos causados por incêndio, furto e danos elétricos.
Revista Canavieiros - Março de 2014
Para maiores informações, procure
ainda hoje a Copercana Seguros nas
agências da Sicoob Cocred ou na própria Copercana. RC
Notícias Canaoeste
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Canaoeste e Copercana realizam reunião
técnica para associados e cooperados
Carla Rodrigues
A
Canaoeste e a Copercana em
parceria com as empresas LL
Cultivar e Omex realizaram
uma reunião técnica para seus associados, cooperados e técnicos, que contou
com a palestra do professor Dr. Godofredo Vitti, sobre “Adubação em cana-de-açúcar e a importância da agricultura de precisão”. O encontro aconteceu
no dia 11 de março, na Associação
Barretense de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia de Barretos e reuniu aproximadamente 30 pessoas.
Henrique Paro (LL Cultivar), Rodrigo Sverzut (Copercana), Matheus Conceição (Copercana),
Fernando Muzetti (LL Cultivar), Eduardo Moro (Omex), Ricardo Parisoto (Canaoeste), Professor
Dr. Godofredo Vitti (palestrante), Leonardo Lopez (LL Cultivar), Jorge Silveira ( Omex),
Francisco Muzetti Neto (fornecedor) e Carlos Augusto Toledo (Omex)
Revista Canavieiros - Março de 2014
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Notícias Canaoeste
STAB e Canaoeste realizam Seminário de
Florescimento e Isoporização
Evento abordou temas importantes para as áreas industrial e agrícola
Carla Rodrigues
A
STAB (Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros
do Brasil) em parceria com a
Canaoeste realizaram o “Seminário de
Florescimento e Isoporização – Fisiologia, Aplicação e Monitoramento Indutivo” sobre a cultura da cana-de-açúcar.
O evento aconteceu no dia 26 de fevereiro, no auditório da Canaoeste, em
Sertãozinho, reunindo pesquisadores,
técnicos e estudantes.
Compuseram a mesa de abertura o presidente da Canaoeste e Orplana, Manoel
Ortolan, a diretora e Secretária Tesoureira
da Stab, Rafaella Rosseto e a professora e diretora da Stab, Márcia Mutton.
Para Ortolan, a realização de eventos
como este é de grande importância para
atualizar os profissionais da área e difundir tecnologias. “Sabemos que o nosso
quadro de técnicos do setor tem passado
por uma renovação, sempre há pessoas
novas entrando e é por isso que devemos
promover estes seminários, para trazer
pessoas que têm muito conhecimento,
que participam da área de pesquisa e que
têm capacidade de transmitir para todos
as novidades e também nos preparar para
as diferentes etapas do setor”.
A diretora da Stab Márcia Mutton, agradeceu todas as entidades que
de alguma maneira se relacionam com
o setor produtivo da cana-de-açúcar e,
principalmente, a colaboração de todos
os técnicos de diferentes níveis de funcionalidade com relação à geração de
informações, através do qual a pesquisa
tem caminhado e desta maneira conseguir construir o conhecimento. “Este
momento é muito interessante, embora
com todas as dificuldades que o setor
passa, entendemos que a cana-de-açúcar, sendo essa cultura importante para
cada um e que nos une em torno deste
assunto, apresenta esta particularidade
com relação ao processo fisiológico
de formação da flor,
de indução, de desenvolvimento e também
as consequências negativas que ela pode
apresentar para o setor
produtivo, que sem dúvida motivaram este
evento. Infelizmente a
fisiologia acontece, ela
não espera e a cana é
assim”, disse Mutton.
Os especialistas da
Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste e Orplana fez a abertura do
área, Marcos Landell e evento ao lado da professora e diretora da Stab, Márcia Mutton e da
Maria Letícia Guindadiretora e Secretária Tesoureira da Stab, Rafaella Rosseto.
lini Melloni, do Centro
de Cana IAC (Instituto Agronômico),
O Programa Cana avalia os clones
Oswaldo Alonso, da Canaoeste e Már- que serão liberados como variedades
cia Mutton, da Unesp (Universidade quanto ao florescimento. Para estas avaEstadual Paulista “Júlio de Mesquita liações, o IAC mantém estes materiais
Filho”) Jaboticabal, apresentaram pa- em regiões indutivas espalhadas pelo
lestras de extrema qualidade e conheci- País, que possuem condições climátimento técnico.
cas que induzam a florescência da cana:
temperatura, umidade, radiação solar,
Com o tema “Características varie- altitude (em regiões de maior altitude,
tais em florescimento e isoporização maior será a indução) e fotoperíodo.
– atualização”, o pesquisador do IAC,
de Campinas, da Secretaria de AgriculO consultor Oswaldo Alonso falou
tura e Abastecimento do Estado de São sobre “Regiões Indutivas e ClimatoloPaulo, Marcos Landell discorreu sobre gia”. Em sua apresentação, ele destacou
o quanto o florescimento é indesejado que os dias indutivos são dias acima de
para a produção e sua importância para 18 graus, não excedendo temperatura
originar novas variedades produtivas. acima de 31 graus. O solo precisa ter
“Com a presença da flor de cana é pos- água disponível e o fotoperíodo tem
sível gerar combinações para novas va- que ser menor que 12 horas e meia.
riedades. Na hora da coleta das flores
para os cruzamentos, anteras são coleA professora Márcia Mutton abordou
tadas e analisadas. Por meio desta, no- o tema “Florescimento e isoporização –
tas para indicar se o material tem ou não implicações agroindustriais”. De acordo
grão-de-pólen viável são dadas para com ela, a cana-de-açúcar possui alta eficada cana coletada e a partir daí se faz ciência na produção, transporte, divisão e
a sexagem dos genótipos, classificando acúmulo dos produtos fotossintetizados.
estes em genitor masculino e femini- Mutton também defende que o florescino”, explicou Landell. Os cruzamentos mento é uma característica desejável para
são realizados no Estado da Bahia, na o melhorista e indesejável para a produestação de hibridizaçao do Programa ção. “O florescimento da cana-de-açúcar
Cana-IAC.
são alterações morfofisiológicas por meio
Revista Canavieiros - Março de 2014
21
O tema “Fisiologia
do Florescimento sob
Condições Controladas”
foi apresentado pela pesquisadora do IAC, de
Campinas, da Secretaria
de Agricultura e Abastecimento do Estado de
São Paulo, Maria Letícia
Guindalini Melloni, onde
O Consultor Oswaldo Alonso, e os especialistas na área
falou sobre as vantagens
Maria Letícia Guindalini Melloni e Marcos Landell do Centro
de se ter uma câmara de
de Cana IAC apresentaram palestras de grande importância
fotoperíodo. “A câmada participação ativa de hormônios vege- ra de fotoperíodo proporciona o clima
tais, alterando bioquimicamente e morfo- adequado para a floração da cana, que
logicamente a ápice caulinar”, explicou.
é importante para o desenvolvimento
de novas variedades. Isto porque, com
Mutton também falou sobre as impli- este equipamento conseguimos realizar
cações agroindustriais que a cana sofre cruzamentos de variedades que floresquando a cana isoporiza, isto é, quando cem em épocas diferentes do ano, fazer
ocorre a desidratação dos colmos, geran- o sincronismo de diferentes espécies de
do perda de peso, aumento do teor de cana (busca de biomassa), obter qualifibras e diminuição no volume do caldo dade das flores e viabilidade do pólen,
extraído, impermeabilização da fibra, estudar a fisiologia do florescimento e
dificultando a embebição e um bagaço ter florescimento de genótipos relutancom baixa densidade, dificultando a ali- tes, mas para isso é importante que o
mentação da moenda.
número de variedades estudadas na câ-
mara e sementes produzidas não sejam
limitadas”, explanou a pesquisadora.
Após as palestras, foi apresentado
cases por Unidade Produtora da área
industrial e da área agrícola, entre elas
participaram o Grupo Jalles Machado,
Bayer CropScience, Bunge, Usina São
José da Estiva e Raízen.
Para o gerente Industrial Corporativo
do Grupo Jalles Machado, Ricardo Steckelberg, a interação entre áreas agrícola e
industrial é importante para que a indústria
entenda como é realizada a matéria-prima
e a área agrícola entenda quais efeitos que
isso faz na indústria. “É fundamental a
área industrial conhecer os procedimentos
realizados para se obter uma matéria-prima de qualidade e a área agrícola entender
como é essencial um produto de qualidade para a indústria. Depois de assistir as
palestras, com certeza irei levar para casa
informações valiosas sobre a área agrícola,
os conteúdos discutidos foram muito bem
abordados por todos, tornando este seminário muito importante e proveitoso”. RC
Revista Canavieiros - Março de 2014
22
Matéria de Capa
Canaoeste realiza encontro técnico sobre
variedades e doenças da cana-de-açúcar
Com palestrantes renomados e a parceria de empresas de destaques no mercado agrícola,
o evento reuniu mais de 250 participantes
Fernanda Clariano
C
om o objetivo de disseminar conhecimentos e fomentar novas
tecnologias e cultivares, no dia
27 de fevereiro, a Canaoeste em parceria
com a Copercana, reuniu no Cred Clube,
em Sertãozinho, mais de 250 pessoas para
participarem do Encontro Técnico sobre
Variedades e Doenças da Cana-de-açúcar.
Dentre os presentes estavam, produtores rurais, cooperados, associados,
agrônomos, centros de pesquisas, usinas, universidades, alunos e empresas
parceiras como a Arysta, Basf, Bayer,
Dow, Dupont, FMC, Ihara e Syngenta,
que compartilharam informações com
excelentes palestrantes.
Na abertura, o superintendente da
Canaoeste e conselheiro da Copercana
e Sicoob Cocred, Luiz Carlos Tasso Júnior, atentou a todos sobre a importância de trocar ideias e aprimorar conhecimentos com o intuito de se fortalecer
e superar momentos de dificuldades.
“Este é um evento de muita relevância,
pois, a maioria das unidades industriais
se faz presente. Por isso, é muito importante que todos aproveitem trocando
informações, experiências, aproveitando as dicas e procurando assim, adquirir
ainda mais conhecimentos para se fortalecerem num momento de dificuldade
no setor. Precisamos buscar alternativas, e não ficar só esperando respostas
do governo com os braços cruzados.
Nós somos agricultores e como todos os
agricultores, somos idealistas e não vamos nos entregar. Vamos superar todas
as dificuldades, sejam elas comerciais,
climáticas e as restrições de mercado”,
falou com entusiasmo Tasso Junior.
O engenheiro agrônomo e consultor
do IDEA, Dib Nunes, em sua apresentação, falou sobre: Variedades de Cana-de-açúcar sob a ótica do fornecedor. Durante um bate-papo com os participantes,
Dib articulou como o produtor deve pensar a cana-de-açúcar hoje com a colheita
mecanizada e como conseguir maior lucratividade em detrimento a inserção da
mecanização. Ele ainda fez a comparação
entre as diferenças de se entregar a unidade industrial uma cana limpa e rica versus
uma cana com alto teor de impureza ve-
getal e pobre e mostrou que nem sempre
levar peso, quer dizer resultar em dinheiro. “O fornecedor de cana hoje sofre com
o problema de preço, mas podemos fazer
a nossa parte cultivando bem as nossas
áreas, trabalhando para conseguir colher
a variedade no seu máximo e, principalmente, trabalhar na colheita mecanizada.
Hoje, há uma falsa ilusão de que o for-
Luiz Carlos Tasso Júnior,
superintendente da Canaoeste
Dib Nunes, engenheiro agrônomo e
consultor do IDEA
Revista Canavieiros - Março de 2014
23
necedor está ganhando dinheiro porque
está entrando na usina a impureza vegetal
como se fosse cana e está sendo remunerado por ela, mas está reduzindo o teor de
sacarose. É preciso tomar muito cuidado
e dar a cana condições para se desenvolver para que possamos tirar o máximo de
sacarose dela”, disse Dib.
O diretor da ASAS - Assessoria, Planejamento e Consultoria Ltda, Dr. Álvaro
Sanguino, abordou o tema: Mudas Sadias:
Base Essencial para a Implantação do seu
Canavial. Em sua apresentação, Sanguino
explanou sobre as qualidades das mudas
e alertou a respeito da importância de se
ter um canavial sadio. “É muito importante que os produtores saibam quais os
cuidados que precisam ter para obter mudas livres de problemas, que dê uma boa
germinação e que responda com produtividade nos canaviais plantados, que não
é o que está acontecendo hoje. As pessoas estão plantando cana normal, cana
de moagem achando que estão fazendo
um grande serviço. Simplesmente ela (a
Dr. Álvaro Sanguino,
diretor da ASAS
Dr. Modesto Barreto,
professor da Unesp de Jaboticabal
cana) não tem qualidade e produz um
canavial de baixa produtividade desde
o primeiro corte, o canavial dura menos
porque a própria mecanização já limitou
a sua vida útil e passa a produzir menos
ainda”, alertou Dr. Sanguino.
Já o professor da Unesp de Jaboticabal, Dr. Modesto Barreto, proferiu
palestra sobre as “Principais Doenças
de Cana-de-açúcar: Importância e Controle”. Com a mudança para a colheita
mecânica, aumentou-se o número de doenças em que os canaviais estão sofrendo
influências, desde a ferrugem marrom,
ferrugem alaranjada, podridões, estrias e
isso diminui ou prejudica muito, tanto o
acúmulo de ATR quanto a produtividade
desse canavial. O professor falou sobre as
principais, entre elas, a podridão abacaxi
e a estria vermelha e deu ênfase nas ferrugens, que são os maiores problemas que o
produtor vem enfrentando, mas também
lembrou de algumas doenças que andavam esquecidas e estão voltando como o
mosaico, o carvão e a ferrugem marrom.
Revista Canavieiros - Março de 2014
24
Matéria de Capa
Empresas Parceiras
Consultor técnico da Arysta LifeScience - Carlos Silvio Corrêa Junior
“Sem dúvidas, é com muito prazer
que a Arysta participa deste evento com
tamanha importância. As usinas dependem muito da produção que os fornecedores têm a lhes oferecer e estamos aqui
para apoiar esses produtores e auxiliá-los nas recomendações de plantio, para
garantir uma maior produtividade e rentabilidade. Apresentamos o Biozyme,
um bioestimulante com várias características que faz com que a germinação
da cana acelere e como consequência
tem um maior perfilhamento, aumento
de raiz e maior produtividade”.
ções, sempre tem finalidade de promover novos conhecimentos e melhorar o
conceito dos temas abordados, que são
de relevância para o setor sucroalcooleiro, além de contar com a presença
de inúmeros cooperados, produtores
rurais, agrônomos e pessoas ligadas
ao negócio. A Bayer demonstrou no
evento, suas tecnologias para melhorar
e fortalecer o canavial, visando sempre
o incremento de produtividade da cana-de-açúcar, que dentre elas destacamos
a utilização do produto Ethrel, que é
usado para maturação e/ou inibição de
florescimento e melhor brotação e vigor
do canavial”.
Luis Carlos Martins Amorim - Representante técnico de vendas /distribuição da Basf
“Para a Basf é importante participar
desse evento porque estamos em contato com os produtores da região, desde
os pequenos até os grandes produtores
e usinas também, onde trocamos informações para que eles possam ter mais
lucratividade. Trouxemos o nosso port-fólio, mas o foco principal foi a nossa
nova tecnologia que é o AgMusa™ que
são as mudas sadias da Basf”.
Promotora técnica de vendas da
Dow AgroSciences - Camila Mossin
“Participar de eventos como este é
uma boa maneira de apresentar técnicas
e inovações aos produtores, como os
herbicidas que a Dow traz que são indispensáveis para evitar a matocompetição no canavial. A inovação da Dow
neste momento é o Coact, um herbicida
de pré emergência para as plantas daninhas como complexo de folha larga.
Ele é um latifolicida de pré emergência
e o seu principal efeito é a seletividade, que pode ser jogado em qualquer
estágio da planta, brotada ou não. Ele
também causa efeitos em algumas gramíneas como o capim colchão e marmelada. Essa é uma inovação da Dow
que estamos trazendo para o canavial”.
Ricardo Eleotério - Promotor de
vendas da Bayer
“É muito importante para a Bayer estar presente neste evento, pois, além de
consolidar a parceria entre as institui-
Jedir Fiorelli - Coordenador de
Marketing Cana-Norte da Dupont
“Para a Dupont é um orgulho, uma
oportunidade muito boa poder participar de um evento como esse, que traz
tecnologia, conhecimento e informação
para os fornecedores e para nós como
produtores de tecnologias é importante
Revista Canavieiros - Março de 2014
poder compartilhar e trazer essas tecnologias aos produtores. Gostaria de
agradecer os organizadores pela oportunidade que nos deram. Dado o tema
do encontro, que é sobre variedades e
doenças da cana-de-açúcar, a Dupont
tem um fungicida de primeira linha no
controle da ferrugem alaranjada que é
o Aproach Prima. Ele é top de linha,
tem o melhor triazol para o controle de
ferrugens e tem também estrobilurina
que é um dos ativos presentes na sua
composição. Esses dois ativos são os
melhores para o controle das ferrugens,
não só na cultura de cana-de-açúcar,
mas em todas as culturas. Então isso se
soma ao evento e trazer informação e
tecnologia para ao produtor é sempre
um grande prazer para a Dupont”.
José Renato França - Representante técnico comercial da FMC
“A FMC como empresa de defensivos químicos não poderia ficar fora
deste evento. Temos ferramentas que
envolvem um conjunto na tomada de
decisões para se instalar um canavial
com muito sucesso. Atuamos nos controles de pragas, nematicidas, temos
inseticidas e também uma linha de herbicidas, um portfólio completo para o
controle de várias ervas, com potencial
de controle muito bom no mercado.
Apresentamos o Talisman, um produto com dois princípios ativos, que faz
o controle de pragas de solo e o controle de sphenophorus levis (bicudo da
cana), e trouxemos também o nematicida Rugby, que serve para usar durante o
ano todo, um produto microcapsulado
que vem atender as necessidades do
mercado. Temos um conjunto para um
futuro promissor para o produtor”.
Luciano Pizzuti – Consultor de desenvolvimento de mercado de Ihara
“Para a Ihara é de grande importância participar do Encontro Técnico
25
sobre Variedades e Doenças da Cana-de-açúcar, tendo em vista a presença
de fornecedores de cana, parceiros e
usinas. A Ihara vem realizando grandes
investimentos e tem apresentado inovações ao setor sucroalcooleiro. Os produtos apresentados no evento foram: o
herbicida Flumyzin, o novo nematicida
Pottente e o maturador Riper. Essas
inovações irão ajudar o produtor a aumentar a produtividade agrícola bem
como a qualidade desta matéria-prima”.
Diego Rossini - Assistente técnico
de vendas da Syngenta
“A Syngenta enxerga a cultura da
cana como um ciclo, onde deve haver
uma solução integrada do plantio à
colheita da cana planta e da cana soca
e para isso, contamos com fungicida,
inseticida de plantio, herbicida para
cana, enfim, defensivos para toda
fase da cultura da cana-de-açúcar. O
que a Syngenta trouxe para esse encontro técnico, foram as mudas de
cana, o Plene PB que é a muda pré
brotada feita a partir de tolete e são
usadas para fazer viveiros primários,
secundários e também para cobrir
falhas de plantio ou de cana soca. O
Plene Evolve, é a muda de meristema
e indicada a ser usada na formação
de viveiros primários, são mudas de
excelente sanidade, pois passam por
diversos testes para garantir a pureza
varietal. Para a Syngenta é muito importante poder participar desse evento
para difundir a nossa tecnologia que
está ganhando cada vez mais espaço
e quebrar determinados paradigmas
e mitos que alguns produtores ainda
têm sobre plantar mudas. Estamos
aqui apresentando o nosso produto e
orientando sobre a sua eficiência e os
cuidados que os produtores precisam
ter com essa nova tecnologia”. RC
Revista Canavieiros - Março de 2014
26
Notícias Sicoob Cocred
Balancete Mensal - (prazos segregados)
Cooperativa De Crédito Dos Produtores Rurais e Empresários do
Interior Paulista - Balancete Mensal (Prazos Segregados)
- Fevereiro/2014 - “valores em milhares de reais”
Sertãozinho/SP, 28 de Fevereiro de 2014.
Revista Canavieiros - Março de 2014
27
Revista Canavieiros - Março de 2014
28
Destaque I
Revista Canavieiros visita a biofábrica da Syngenta
em Itápolis
A Syngenta anuncia parceria com os principais centros de pesquisas: IAC, RIDESA E CTC
Fernanda Clariano com informações da Assessoria de imprensa da Syngenta
A
Syngenta realizou no dia 20 de
fevereiro, na sua biofábrica na
cidade de Itápolis, uma coletiva de imprensa. Na ocasião, reuniu
jornalistas das principais mídias e empresários do setor sucroenergético com
o objetivo de anunciar a expansão de
suas parcerias com os principais centros de pesquisas e tecnologia do setor
para a comercialização de variedades
de cana-de-açúcar. A inclusão de um
acordo com o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), e a continuação dos
acordos com a Ridesa (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do
Setor Sucroenergético) e com o IAC
(Instituto Agronômico), tornarão disponíveis os bancos genéticos dessas
instituições para toda a base de clientes
da empresa.
As variedades serão utilizadas dentro
da plataforma de tecnologia de plantio
PLENE para os produtos Plene Evolve (mudas desenvolvidas para viveiros
pré-primários) e Plene PB (mudas pré-germinadas).
A Syngenta planeja quadruplicar seu
faturamento com a cana-de-açúcar no
Brasil dentro de cinco anos, saltando
dos US$ 250 milhões anuais de receita,
em 2013, para US$ 1 bilhão, em 2018,
segundo projeções da companhia suíça.
O crescimento deve vir com a operação
comercial na venda de mudas e tecnologia de plantio de variedades oriundas da
biofábrica da Syngenta.
As principais lideranças da área
de cana-de-açúcar da Syngenta e de
seus parceiros, além de responderem
aos questionamentos dos jornalistas,
também explanaram sobre as características dos novos produtos. O diretor
global de Marketing da Syngenta em
cana-de-açúcar, Adriano Vilas Boas
falou sobre a importância de se investir em tecnologia e parcerias. “A
cana-de-açúcar fica muito suscetível
ano após ano ao ambiente agronômico. É preciso investir em tecnologia,
é preciso na verdade investir na adoção de tecnologia e fomentar a adoção dessa tecnologia no setor para
que tenhamos curva de crescimento
de produtividade na cana-de-açúcar
que expresse um potencial. Temos
material potencial no campo, temos
manejo e precisamos fazer com que
Revista Canavieiros - Março de 2014
isso cresça e para isso, temos mais de
100 consultores técnicos no campo
dialogando e propondo soluções para
o setor. Temos também o processo de
solução integrada que é recomendação agronômica, manejo agronômico
no campo e obviamente com os nossos defensivos. O que compõem essa
estratégia é a plataforma Plene que é
basicamente a plataforma de genética
que a Syngenta tem para aceleração de
viveiros, expansão de viveiros que é o
início de tudo. E para termos um material de altíssima qualidade, precisamos
das parcerias com as principais instituições de melhoramento e desenvolvimento de variedades do setor para
que nos dê a possibilidade de trabalhar
com as melhores variedades existentes
no mercado desde o seu momento inicial”, afirmou Vilas Boas. RC
29
Destaque II
Usina Batatais inicia safra com expectativa de moer cerca de
3,9 milhões de toneladas de cana na safra 2014/2015
Revista Canavieiros participou da coletiva de imprensa promovida pela unidade industrial
Fernanda Clariano
N
o dia 11 de março, a Usina
Batatais reuniu a imprensa de
toda a região para anunciar as
estimativas para a safra 2014/2015 e a
Revista Canavieiros esteve presente.
Assim como no ano passado, o
grupo está iniciando a moagem mais
cedo, as unidades de Batatais e a filial de Lins, começaram a moer no
início de março. Oficialmente, a safra
2014/2015 inicia em abril.
“Começamos a safra mais cedo porque temos um método de trabalho um
pouco diferente da maioria das usinas.
Geralmente deixamos cana bisada de um
ano para o outro para poder ter matéria-prima em condições satisfatórias agora
nessa época do ano”, disse o presidente
da Usina Batatais, Bernardo Biagi.
A estimativa é de aumentar em 8% a
quantidade de cana moída nesta safra,
num total de 3,9 milhões de toneladas.
Bernardo Biagi,
presidente da Usina Batatais
“Vamos moer 8% a mais, mas estamos
estimando 8% de quebra em relação ao
que seria”, afirmou Biagi.
Se incluída a moagem da filial da
usina de Lins, a quantidade estimada
de moagem pelo grupo sucroenergético
sobe para 6,1 milhões de toneladas, o
que representa alta de 4%.
Para esta safra, o mix de produção
da usina Batatais e de Lins, serão de
50% para açúcar e 50% para etanol.
Somente em Batatais, a expectativa é
de que sejam produzidos 55% de açúcar e 45% de etanol. RC
Revista Canavieiros - Março de 2014
30
Destaque III
CEISE BR e ABIMAQ realizam reunião sobre o
PAISS Agrícola
Fernanda Clariano
N
o dia 26 de fevereiro, o CEISE
Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis) e a ABIMAQ
(Associação Brasileira da Indústria de
Máquinas e Equipamentos), reuniram
empresários e fornecedores de toda a
cadeia produtiva da cana-de-açúcar no
auditório do Centro Empresarial em
Sertãozinho, para participarem de uma
reunião sobre o Plano de Ação Conjunta PAISS Agrícola.
A iniciativa foi destinada às coordenações das ações de fomento à inovação e ao aprimoramento da integração
dos instrumentos de apoio disponibilizados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social) e pela Finep (Financiadora de
Inovação e Pesquisa).
Pensando no bem estar de seus associados, a
Canaoeste agora oferece também convênio
odontológico. Confira!
O BNDES e a Finep
se fizeram presentes
através de seus representantes, pelo BNDES – o
gerente Setorial Arthur
Milanez e o economista
Diego Nyko, do Departamento de Biocombustíveis, e pela Finep – o
chefe e o coordenador
Técnico do Departamento de Energia e Tecnologias Limpas, Caio Mazzi
e Newton Hamatsu, que
vieram para detalhar e
esclarecer dúvidas sobre o PAISS Agrícola. A
iniciativa conjunta das
duas entidades foi lançada oficialmente no dia 17
de fevereiro, na sede da
UNICA (União da Indústria de Cana-de-açúcar).
O orçamento prevê
R$1,4 bilhão em financiamento
reembolsáveis, em que se incluem
todas as linhas de crédito do BNDES e da Finep, além de instrumentos de renda variável de
ambas as instituições.
O PAISS Agrícola ain-
Revista Canavieiros - Março de 2014
Sebastião Macedo Pereira (Ceise Br),
Manoel Ortolan (Canaoeste) e
Antônio E. Tonielo Filho (Ceise Br)
da disponibilizará R$ 80 milhões de
recursos não reembolsáveis, sendo
R$ 40 milhões por meio do Fundo
Tecnológico – BNDES Funtec e R$
40 milhões de subvenção econômico
pela Finep.
“O Ceise Br, tem o maior prazer
em poder reunir os empresários para
apresentar esse programa de financiamento que tem aproximadamente R$
1,5 bilhões em recursos com juros baixos e fácil para pagar, pois são mais de
8 anos. Sabemos que muitos empresários investem em tecnologia, investem
em competitividade e inovação para
vender o seu produto melhor, mas não
sabiam que podiam contar com esse
apoio. O empresário está preocupado
em pagar imposto, vender, pagar salários e muitas vezes não sabem que
tem esses incentivos do governo. Essa
reunião foi para apresentar e abrir esse
leque ao empresariado”, disse o presidente do CEISE Br, Antônio Eduardo
Tonielo Filho. RC
31
Revista Canavieiros - Março de 2014
32
Informações Setoriais
Chuvas de fevereiro e previsões
climáticas para março a maio de 2014
Quadro 1:- Chuvas observadas durante o mês de fevereiro de 2014.
Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Consultor
O
Mapa 1 mostra que, em meados de fevereiro na área sucroenergética do Estado, a DAAS
(Disponibilidade de Água no Solo)
apresentava-se entre média a alta na região de Franca, faixa Norte do Estado e
no “triângulo” Catanduva-Araraquara-Itapetininga. Nas demais áreas, as condições de umidade do solo eram críticas.
O Mapa 2, ao final de fevereiro de
2013, mostra que a DAAS encontrava-
-se muito baixa a crítica nas áreas sucroenergéticas de Limeira-Piracicaba
(pequeno círculo) e todo Centro Oeste
do Estado; enquanto que nas demais regiões, a DAAS encontrava-se em nível
médio e, até, alta na faixa Leste a Nordeste do Estado. Entretanto, ao final de
fevereiro de 2014, Mapa 3, os índices
de DAAS, mantiveram-se muito baixos a críticos em larga faixa Barretos-Bauru-Ourinhos, persistia-se entre São
João da Boa Vista e Piracicaba e nas
Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 13 a 16 de fevereiro de 2014
Revista Canavieiros - Março de 2014
A média das chuvas de fevereiro de 2014
(104mm) foi metade da média histórica deste mês
dos locais observados e da de fevereiro de 2013 204mm. Acima das respectivas normais, apenas
nas Unidades BIOSEV MB e Jardest. Na “faixa
imaginária” Serrana - Ribeirão Preto - Usina São
Francisco - Pitangueiras - Bebedouro - Jaboticabal - Ituverava, exceto Uname - Copercana e Santa Elisa, as chuvas foram 33 a 25% das respectivas
médias. Felizmente, para a região de abrangência
Canaoeste, as chuvas de dezembro foram próximas das normais climáticas desta região, bem diferentes das outras regiões do Estado.
regiões de Franca e extremo noroeste
do Estado, acentuando a severa estiagem deste janeiro. Como referência das
adversidades destes meses de janeiro e
fevereiro, em Ribeirão Preto IAC (Centro de Cana), em 78 anos de registros
de chuvas, apenas em cinco ocasiões
ficaram abaixo de 105mm (janeiro) e
55mm (fevereiro).
Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao final de fevereiro 2013
33
Quadro 2:- Somas e normais climáticas das chuvas de fevereiro
OBS:- Normais (ou médias)
de 2013 e 2014, anotadas e fornecidas pelos Escritórios
climáticas dos locais assinalaRegionais e condensadas em Viradouro.
dos entre parêntesis (1 a 8) e
3
Os artigos mensais de Informações
Setoriais tem contado com o trabalho
diário de anotações de chuvas de todos
Escritórios Regionais e que são condensados em Viradouro. Estes dados
têm sido publicados diariamente no
site da Canaoeste e as médias mensais
(Quadro 2) estão também sendo mostradas neste artigo.
mais a do Centro de Cana- Apta
IAC - Ribeirão Preto.
Os dados do Quadro 2 mostram, também, expressivas diferenças entre janeiro e fevereiro
de 2014 e 2013.
Para planejamentos próximo-futuros, a Canaoeste resume
o prognóstico de consenso entre
INMET-Instituto Nacional de
Meteorologia e INPE-Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais para o final de março e os
meses de abril e maio, como
ilustrado no Mapa 4 ao lado.
• Para estes meses, as temperaturas tendem a ser próximas a acima das respectivas médias históricas para as Regiões Centro-Oeste
e Sudeste. Para a Região Sul do
Brasil, poderão “ficar” próximas
das normais climáticas;
• O consenso INMET-INPE
prevê que as chuvas poderão ocorrer
com iguais probabilidades para as três
categorias (acima, próxima e abaixo
das respectivas normais climáticas) na
Região Centro-Sul do Brasil. Exceto na
área amarela, onde as chuvas podem ficar abaixo das respectivas médias;
• Tomando-se como referência o Centro de Cana-IAC, a média histórica das
Mapa 3:- Água Disponível no Solo ao final de fevereiro 2014.
Mapa 4:- Elaboração Canaoeste ao Prognóstico
de Consenso entre INMET-INPE para final de
março, e durante os meses de abril e maio.
chuvas em Ribeirão Preto e municípios
bem próximos é de 170mm março, de
70mm em abril e 55mm em maio.
O prognóstico climático pela SOMAR
Meteorologia mostra que, especificamente para a região de abrangência da Canaoeste, as chuvas serão: a) bom volume
de chuvas nos dias finais de março; b) o
Outono - meses de abril a junho não serão secos, havendo possibilidade, até, de
serem semelhantes ao mesmo período de
2013; e, infelizmente, com episódios de
baixas temperaturas desde maio.
A Canaoeste recomenda especial atenção aos produtores de cana que, nas (obri-gatórias) áreas colhidas sem queimas
prévias, os efeitos das baixas temperaturas
acentuam-se com palhiço sobre as soqueiras. Consultem os Técnicos Canaoeste.
Apesar da temperatura da água do
Pacífico Equatorial apresentar elevação
de temperatura superficial, os Institutos Meteorológicos mantém a previsão
de neutralidade entre os fenômenos El
Niño e La Niña até o final do semestre
e, pesquisam se será ao longo de 2014.
Estes prognósticos serão revisados nas
seguintes edições da Revista Canavieiros. Fatos climáticos relevantes serão
noticiados em www.canaoeste.com.br e
www.revistacanavieros.com.br.
Persistindo dúvidas, consultem os
Técnicos mais próximos ou através do
Fale Conosco Canaoeste. RC
Revista Canavieiros - Março de 2014
34
Evento
Presidente da Canaoeste participa do III Encontro
Cana Substantivo Feminino
O evento reuniu mulheres representantes de vários segmentos do setor sucroenergético
Fernanda Clariano
N
o dia 13 de março, Ribeirão
Preto sediou o Encontro Cana
Substantivo Feminino, essa é
a terceira edição do evento organizado
pela Paiva & Baldin que reuniu cerca
de 250 mulheres de várias empresas que
atuam no setor sucroenergético com o
objetivo de debater a participação feminina no setor destacando suas experiências e a importância dessas profissionais.
Na programação temas como Comunicação e marketing no agronegócio; A
sustentabilidade transformando vidas;
Mulheres nas funções de direção e gerência de empresas; As soluções para o
sucesso da dobradinha agrícola-indústria: inovações tecnológicas e a gestão
de pessoas e O cenário sucroenergético
em 2014 – ano de eleição. Temas que
possibilitaram uma interessante troca
de informações entre os mediadores,
panelistas e o público presente.
Entre as mulheres participantes estavam: a presidente da Biocana, Leila
Monteiro de Souza; a gerente de Comunicação da Siamig, Mônica Santos;
a coordenadora de Comunicação e Marketing da Noble Brasil e coordenadora
do comitê de Comunicação da Udop,
Grécia dos Santos; a gerente de departamento de Marketing Especialidades
da BASF, Graciela Mognol e a gerente
de Marketing e Promoção da John Deere para a América Latina, Gislene Pessin; a consultora de Responsabilidade
Social da UNICA (União da Indústria
de Cana-de-açúcar), Maria Luiza Barbosa; a diretora de sustentabilidade da
Odebrecht Agroindustrial, Carla Pires;
a consultora em Gênero da International Finance Corporation (IFC), do
Banco Mundial, Carmen Niethammer;
a gerente de Responsabilidade Social
da Raízen, Lúcia Telles; a diretora de
RH e Sustentabilidade do Grupo São
Martinho, Márcia Cubas; a diretora
Operacional da Alliaz Seguros, Rosely Boer Corino da Fonseca; a gerente
de Comunicação da FMC Agricultural
Solutions, Fernanda Teixeira; a gerente
Administrativa Regional na Raízen SA,
Marie Egashira; a professora-doutora
da Unesp de Jaboticabal, Márcia Rossini Mutton; a especialista em Recursos
Humanos - Coerhência Consultoria,
Beatriz Resende; a engenheira química
e gerente de Projetos da Prosugar, Cristiane Maria de Souza Oliveira; a coordenadora de Irrigação da Usina Coruripe, Sandra Maria da Silva; a presidente
da UNICA, Elizabeth Farina e a Secretária de Agricultura e Abastecimento de
São Paulo, Mônika Bergamaschi.
Representando o público masculino
estavam: o coordenador de Comunicação da Udop, Rogério Mian; o presidente da Biosul (Associação dos Produtores
de Bioenergia de Mato Grosso do Sul),
Roberto Hollanda Filho; o presidente do
grupo IDEA, Dib Nunes; o engenheiro
agrônomo e professor do setor sucroenergético da UfScar Octávio Valsechi; o
presidente da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio) e diretor da Consultoria Canaplan, Luiz Carlos Carvalho;
o presidente da Sifaeg e do Fórum Nacional Sucroenergético, André Rocha;
o presidente-executivo da Udop (União
dos Produtores de Bioenergia), Antonio
Cesar Salibe; o presidente do CEISE Br
(Centro Nacional das Indústrias do Setor
Sucroenergético e Biocombustíveis, Antonio Eduardo Tonielo Filho; o presidente da Orplana (Organização dos Plantadores de Cana da região Centro-Sul e da
Canaoeste (Associação dos Plantadores
de Cana do Oeste do Estado de São Paulo), Manoel Ortolan e o vice-presidente
de açúcar, etanol e energia da Raízen,
Pedro Mizutani.
Na oportunidade, o presidente da
Reed Exhibitions Alcântara Machado,
Juan Pablo de Vera, apresentou as inovações da 22ª Fenasucro, falou sobre a
importância das mulheres na maior feira de tecnologia do mundo e aproveitou
para reforçar o convite a todas presentes.
No painel “O cenário sucroenergético
em 2014 – ano de eleição”, o qual o presidente da Canaoeste participou o que não
Anuncie na Revista Canavieiros. Ligue (16) 3946-3300 - Ramal 2208
www.revistacanavieiros.com.br
www.facebook.com/RevistaCanavieiros
Revista Canavieiros - Março de 2014
35
faltou foi desabafos da maioria dos panelistas em relação às tomadas de decisões
do governo e a crise que vem afetando o
setor. “Estou há mais de trinta safras no
setor e não me lembro de uma crise de
ausência ou de má vontade de governo
como essa que estamos vivendo, um momento de tensão e de vazio. A falta de visão do que significa este setor tem trazido
uma não sustentabilidade a um trabalho
de tantos anos”, comentou o mediador do
painel, Luiz Carlos Carvalho.
A perda de competividade que o etanol vem enfrentando, bem como a falta
de políticas públicas, foram argumentadas pela presidente da UNICA. “Há
tempos a indústria da cana clama pela
atenção do governo, e a cada ação incerta, o setor fica cada vez mais descontente e sem acreditar em uma possível
retomada no crescimento” disse Farina
O presidente da Orplana e Canaoeste
citou alguns aspectos que caracterizam
o caos do setor, mas se disse otimista
visto que este é um ano de eleição e a
história pode ser mudada. “Estamos
vendo usinas fechando e muitos produtores deixando o setor, arrendando ou
vendendo suas terras e até mudando de
cultura. Mas, não é apenas o setor que
está mal com este governo, eu acredito
que o País está caindo muito em todos
os segmentos, seja na educação, saúde
e segurança, tudo isso está piorando dia
a dia. Esse é um ano de eleição e precisamos trabalhar firmes para que o cenário mude, só não podemos desanimar.
Temos que arregaçar as mangas e fazer
o possível para buscar soluções. É hora
de mudança de postura, mudança de
atitude, mas acima de tudo, de assumirmos a nossa responsabilidade e darmos
a nossa contribuição para que de alguma forma isso tudo que estamos vivendo comece a mudar”, finalizou Ortolan.
No encerramento do evento, Pedro
Mizutani convidou todos para cantar
a música do cantor e compositor Roberto Carlos “Como é grande o meu
amor por você”. RC
Revista Canavieiros - Março de 2014
36
Evento II
Agrishow reúne a imprensa para apresentar as
novidades da feira em 2014
Além de máquinas e equipamentos, os visitantes encontrarão agricultura de precisão, aviões,
pneus, armazenagem, ferramentas, veículos e soluções para irrigação, com a vantagem de
negociar diretamente com os fabricantes
Da redação com informações da assessoria de imprensa da Agrishow
V
árias novidades sobre a Agrishow
2014 foram reveladas a imprensa
e convidados em entrevista coletiva realizada no dia 17 de março, em
Ribeirão Preto, evento que contou com a
presença da prefeita de Ribeirão, Darcy
Vera, que ressaltou a importância da realização da Agrishow para a cidade e região.
Considerada hoje uma das maiores
e mais completas feiras de tecnologia
agrícola do mundo, a Agrishow 2014
passa a contar com uma nova realizadora, a FAESP (Federação da Agricultura
e Pecuária do Estado de São Paulo), que
foi uma das fundadoras da feira, volta
e se junta às demais idealizadoras do
evento: ABAG – Associação Brasileira
do Agronegócio, ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas
e Equipamentos), ANDA (Associação
Nacional para Difusão de Adubos) e
SRB (Sociedade Rural Brasileira).
A feira que oferece tudo o que o produtor rural necessita, reunirá empresas
e prestadores de serviços de uma infinidade de segmentos. Nos 440 mil m²
de área de exposição, o visitante encontrará desde aviões, até sofisticadas
soluções para agricultura de precisão,
passando por ferramentas, montadoras
de veículos, fabricante de pneus, entre
outros produtos. A edição deste ano da
Agrishow contará com a volta do programa de caravanas, que deve permitir a visitação de um grupo de 20.000
agricultores de todo o Brasil, apenas
considerando o grupo organizado pela
Faesp. Outra grande novidade da
Agrishow 2014 será o lançamento do
Prêmio Brasil Agrociência, uma iniciativa dos organizadores da feira que prevê uma premiação inicial de R$ 150 mil
para pesquisadores que desenvolveram
estudos que contribuem ou contribuirão
para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro.
Segundo os organizadores da feira,
esse valor de R$ 150 mil de premiação
pode crescer ainda mais, pois está sendo articulado um sistema que prevê a
contribuição de expositores, de maneira
que a premiação para os cientistas brasileiros da área agrícola alcance a marca de até R$ 500 mil.
bertura asfáltica, que deve favorecer a
circulação de expositores e visitantes
pelo espaço. Além disso, está sendo
promovida uma ampla reforma da praça central da feira, assim como uma
revitalização completa dos canteiros da
avenida D, a principal da exposição. As
praças de alimentação serão igualmente
ampliadas para garantir mais conforto
aos expositores e visitantes. Uma alteração no sistema de transporte interno
dos visitantes que integram caravanas
também deve propiciar mais conforto.
Neste ano, quem for visitar a Agrishow
2014 em caravanas poderá, com o apoio
de um monitor designado pela direção
da feira, acessar, com o próprio ônibus
que o trouxe, a portaria mais próxima
do estande da empresa que o convidou.
Ao deixar o evento, o visitante poderá
utilizar tanto a saída norte quanto a saída sul para pegar o transporte da feira
em direção ao local onde seu ônibus ficará estacionado.
Outra melhoria significativa para a
edição de 2014 será a unificação dos
pavilhões cobertos, área que foi ampliada e contará com uma nova e moderna
cobertura, totalizando 9.000 m² de área.
A localização também mudou e agora
ficará mais próxima a entrada da feira.
O pavilhão contará ainda com uma co-
Também em relação à estrutura da
sala de imprensa, os organizadores
preparam melhorias. O Centro de Mídia, por exemplo, onde ficam instalados os jornalistas, será ampliado e está
sendo construída uma nova sala para
entrevistas coletivas, que será mais espaçosa e confortável. RC
Revista Canavieiros - Março de 2014
37
Evento III
Presidente da Canaoeste participa do evento de
lançamento da 22ª edição da Fenasucro
Karen Conceição
N
o lançamento oficial do maior
evento do setor sucroenergético do mundo, a Fenasucro em
sua 22ª edição, foram apresentadas as
novidades e perspectivas a cerca desse evento mundialmente conhecido. O
lançamento aconteceu dia 12 de março, em Ribeirão Preto pela Reed Exhibitions Ancantara Machado, empresa
responsável pela organização da feira,
em conjunto com o CEISE Br (Centro
Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis).
A Fenasucro é dividida em quatro setores: Agrocana (setor agrícola), Forind
(fornecedores industriais), Indústria (processos industriais) e Transporte e Logística correspondente a todo o transporte
de produtos e subprodutos da cana-de-açúcar e tem como expectativa receber
mais de 35 mil visitantes, 550 expositores
e gerar 2,2 bilhões de negócios.
“A região de Ribeirão Preto e Sertãozinho sem dúvida merece um calendário
de feiras de cargo importante e estamos
começando a construir esse calendário”,
disse Juan Pablo De Vera, Presidente da
Reed Exhibitions Alcantara Machado.
Gabriel Godoy (diretor da Fenasucro), Antônio Eduardo
Tonielo Filho (presidente do Ceise BR), Manoel Ortolan (presidente da Canaoeste) e
Juan Pablo (presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado
na prateleira mundial das maiores feiras
de negócio ligadas ao setor da energia”.
Durante o lançamento, Juan citou
a relevância das feiras de negócios
em todo o mundo, e como elas movimentam diversos setores da economia,
inclusive a dos países que acabam ganhando destaque mundial e desenvolvendo-se economicamente através das
feiras, que além de expor novas tecnologias e soluções para os participantes,
é algo que reúne em um único local,
mercados, pessoas interessadas, produtos certos, serviços, novidades do setor
e tecnologia, as feiras são uma extensão
do relacionamento que acontece nas
mídias sociais.
Na ocasião foi apresentado o Diretor
da Fenasucro, Gabriel Godoy, que falou
das expectativas e as novidades que a
feira trará em 2014. “Nós estamos tentando fazer o melhor evento da história
da Fenasucro, tudo tem melhorado ano
a ano, temos ferramentas e itens novos,
congressos e vários elementos agregados a feira, a expectativa é que continuemos a dar oportunidades de crescimento ao setor, apesar de estarmos
passando por um período turbulento
nós temos que contribuir com o setor”.
Juan Pablo ainda falou da importância da Fenasucro para o setor energético
e para o mundo. “Sem dúvida temos a
grande satisfação de vermos a Fenasucro, a cidade de Sertãozinho, a região
onde a feira atua, incluindo os produtores, usuários e profissionais de todo o
Brasil, ocupando um lugar de destaque
Foto: Arquivo Fenasucro
O presidente da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste
do Estado de São Paulo) e Orplana (Organização de Plantadores e Cana da Região Centro-Sul do País), Manoel Ortolan, esteve presente no lançamento da
Fenasucro, como um dos fortes representantes do setor, entre os destaques da
22ª edição da feira, está o Encontro de
Produtores Canaoeste/Orplana.
A 22ª edição da Fenasucro contará
com várias novidades, entre seminários e
congressos que foram divulgadas durante
o lançamento, como: o Congresso ATALAC; Conferência Datagro; Encontro de
Produtores Canaoeste/Orplana; Rodada
de Negócios Internacional Apla/Apex;
Rodada de Negócios organizada pelo
FIESP e SEBRAE; Prêmio Master Cana;
reunião Gerhai e Seminário Agroindustrial GEGIS, 2° Congresso de Automação
e Inovação Tecnológica Sucroenergética.
A 22ª edição da Fenasucro acontecerá de 26 a 29 de agosto na cidade de Sertãozinho/SP no Centro de
Eventos Zanini.RC
Revista Canavieiros - Março de 2014
38
Assuntos Legais
QUEIMA DE CANA – Procedimentos a serem
adotados em caso de incêndio de origem desconhecida.
E
stimados produtores de cana-de-açúcar, inobstante as autorizações de queima de palha a serem obtidas junto à Secretaria do Meio
Ambiente, no Estado de São Paulo, os
produtores de cana-de-açúcar podem
sofrer autuações administrativas decorrentes de incêndios descontrolados, originados por terceiras e desautorizadas
pessoas, que atingem os seus canaviais.
Apraz esclarecer que o requerimento deve ser feito por todo produtor rural, independente de utilizar-se do fogo,
pois o órgão ambiental assim exige.
Quando ocorrer este evento (fogo)
a que não deu causa, poderá solicitar
autorização à CETESB (Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo),
em CARATER EXTRAORDINÁRIO, para possibilitar que a colheita
se dê de forma legal.
Digo isto porque o novo Código Florestal (Lei n. 12.651/2012), vigente desde 28 de maio de 2012, disciplinou em
seu artigo 38, § 3º, que “na apuração da
responsabilidade pelo uso irregular do
fogo em terras públicas ou particulares, a
autoridade competente para fiscalização
e autuação deverá comprovar o nexo de
causalidade entre a ação do proprietário
ou qualquer preposto e o dano efetivamente causado” e, no parágrafo 4º do
mesmo artigo que é “necessário o estabelecimento de nexo causal na verificação
das responsabilidades por infração pelo
uso irregular do fogo em terras públicas
ou particulares”, significando isso que o
agente fiscalizador deve encontrar o real
infrator, e não apenas multar o proprietário ou possuidor do imóvel pelo fogo
criminoso ali ocorrido.
Porém, por precaução e para conseguir pleitear eventual autorização EXTRAORDINÁRIA junto à CETESB,
deve o produtor de cana-de-açúcar buscar produzir o maior número possível de
provas negativas, ou seja, àquelas capazes de demonstrar que não teve intenção
de utilizar-se do fogo na lavoura atingida
criminosamente pelo incêndio. Provas
essas que servirão em prováveis defesas
administrativas e judiciais.
Mais uma vez, venho enumerar alguns exemplos de provas que o produtor DEVE fazer para tanto:
1. Sempre fazer o requerimento de
eliminação de queima até 02 de abril
de cada ano, independente se não for
utilizar-se do fogo – neste caso informar que não procederá ao uso do fogo;
2. Fazer o Boletim de Ocorrências
acerca do incêndio;
3. Fazer análise da cana queimada
para poder constatar que o rendimento
industrial, medido em quilos de ATR,
não está no ponto ideal, ou seja, a cana
queimada não estava no seu nível de
maturação máximo para ser colhida,
não sendo justificável, portanto, o uso
do fogo como auxiliar da colheita;
4. Pedir declaração da unidade industrial e ou prestadora de serviços que
enviou o caminhão tanque (bombeiro),
onde conste que o produtor assim solicitou para apagar um incêndio de origem
desconhecida ocorrido em seu canavial;
5. Tirar fotos dos aceiros existentes
na propriedade, bem como do não plantio em áreas proibidas de serem exploradas (abaixo das linhas de transmissão
de energia elétrica, por exemplo), demonstrando com isso obediência à legislação pertinente;
6. Caso possua autorização, informar
ao agente autuador, caso esse apareça,
que não estava programada a queima,
tanto que sequer efetuou as comunicações aos confrontantes e à Secretaria do
Meio Ambiente;
7. Caso não possua autorização, informar ao agente autuante que não possuía interesse em utilizar-se do fogo em
sua lavoura, tanto que sequer buscou
referida autorização;
8. Demonstrar, através de fotos, testemunhas e laudo pericial, que a área queimada estava preparada para o corte mecânico, não justificando, portanto, o seu
interesse em utilizar-se do fogo, assim
como a correta área atingida pelo fogo.
Revista Canavieiros - Março de 2014
Juliano Bortoloti
Advogado da Canaoeste
9. Demonstração de que a queima
na área ocorreu em um período inferior
a 12 meses. Isso pode ser feito através
de documento que comprove a data da
colheita da área queimada na safra anterior, inclusive por meio da comunicação de queima feita à secretaria do
meio ambiente.
10. Apresentação de laudo técnico,
assinado por profissional habilitado, demonstrando a origem desconhecida do
fogo ou a origem provocada por terceiros que poderá ser solicitado pelo Escritório Regional da CATI (Coordenadoria
de Assistência Técnica Integral) - casa
da agricultura, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento Estadual.
11. Apresentar o histórico da colheita mecanizada e/ou evolução desta nas
última três safras.
Portanto, estes são alguns exemplos
de provas que o produtor rural deverá
produzir em caso de incêndio acidental ou criminoso em sua propriedade,
para possibilitar, inclusive, o pedido
EXTRAORDINÁRIO de colheita
perante a CETESB devendo, ainda,
caso receba a visita de um Policial
Ambiental ou agente ambiental, informar esses fatos para que sejam apostos no respectivo Boletim de Ocorrências ou Auto de Infração, além de
procurar orientação jurídica adequada
IMEDIATAMENTE, onde o Departamento Jurídico da Canaoeste estará
à inteira disposição do associado para
defendê-lo nestes casos. RC
39
VENDEM-SE
- 01 colheitadeira Case A7700, ano
2009, esteira, motor Cummins M11,
material rodante meia vida, com despontador e divisor de linha externos,
máquina utilizada na última safra. Valor: R$ 150.000,00;
- 01 colheitadeira Case A8800, ano
2011, rolos preenchidos, máquina em
perfeito uso. Valor: R$ 330.000,00. Tratar pelos telefones: (16) 9 8104-8104 /
9 9239-2664.
VENDE-SE
- Cama de frango
Tratar com Luiz Martins pelo telefone: (16) 9 9967-7153 ou José Jovino
Borges pelo telefone: (16) 3839-5350 Ituverava/SP.
COMPRAM-SE
- Tubos de irrigação de todos os diâmetros, motobombas, rolão autopropelido, pivot, etc. Pagamento à vista.
Tratar com Carlos pelos telefones: (19)
9166-1710/ (19) 8128-0290 ou pelo e-mail: [email protected]
VENDEM-SE
- Duas casas, no mesmo terreno, com
três cômodos cada, localizada à Rua.
Pedro Biagi, 789 em Sertãozinho-SP.
Valor: R$ 250.000,00;
- 01 estabelecimento comercial,
montado com base para academia, em
um terreno de 200m², contendo uma
casa de laje com dois quartos, sala, cozinha, copa e banheiro e, ainda, uma
sala comercial para escritório. O estabelecimento fica localizado à Rua. Ângelo Pignata, 23 em Sertãozinho-SP.
Valor: R$ 340.000,00.
- 01 casa de aproximadamente 500m²
com seis cômodos e dois salões comerciais com banheiro, separado da casa,
localizada à Rua. Augusto Zanini, 1056
Sertãozinho-SP. Preço a combinar.
Tratar com João Sacai Sato pelo telefone (16) 3610-1634.
VENDEM-SE
- 01 transformador de 45 KVA. Valor: R$ 1.500,00;
- Arame farpado usado;
- Apartamento no Guarujá, localizado na praia de Astúrias. Possui quatro
suítes, três salas, copa, cozinha, quarto de empregada, piscina na sacada do
apartamento e quatro vagas na garagem,
área comum com piscina aquecida, salão de jogos e festa, churrasqueira, quadra e sauna. Valor: R$ 1.980.000,00;
- 01 moinho Nogueira DPM4 completo
com motor semi-novo. Valor: R$ 1.500,00;
- 01 moinho Penha de 10cv. Valor:
R$ 1.500,00;
- 01 tanque de 2 mil litros para óleo
diesel. Valor: R$ 2.000,00;
- 01 subsolador de hidráulico de cinco hastes. Valor: R$ 2.000,00.
Tratar com Wilson pelo telefone (17)
9 9739-2000 – Viradouro/SP.
VENDEM-SE OU TROCAM-SE
- 01 carroceria de ferro de oito metros para planta de cana;
- 01 carroceria de ferro de oito metros para cana inteira, marca Facchini
com cabo de aço e cambão;
- 01 carroceria de ferro de oito metros para plantio e transporte de cana
inteira, marca Galego, ano 2008;
- 01 bomba alta pressão 3”, saída de
dois, adaptada com carrinho e motor
acoplado;
- 01 moto bomba elétrica de 15 HP.
Valor: R$ 500,00;
- 02 pneus trator Valmet 1780 24-532, 12 lonas com câmaras de ar;
- 01 grade Baldan de 20 ou 36 discos, 28”, de controle remoto;
- 02 balcões de cinco metros com 20
gavetas reforçadas de 20X40, fino acabamento;
-01 balcão de cinco metros com portas de correr em ótimo estado;
- 01 carreta de duas rodas;
- 02 rolos compactadores para adaptar em escalificador (sem uso);
- 04 cambão para descarga de cana
inteira de sete e dez metros, com e sem
cabo de aço;
- Vários pneus e câmara de ar e protetor para caminhão.
Tratar com Nelson pelo telefone:
(17) 9 8158-0999; com Marcus pelo telefone: (17) 9 8158-1010 ou no escritório pelo telefone: (17) 3281-5120.
VENDEM-SE
- 01 colhedeira Case 7700, ano 1999,
com kit de muda;
- 01 colhedeira Case 7700, ano 2001,
com kit de muda;
- 04 plantadeiras de cana picada Sermag, modelo SMI 10000, ano 2008;
- 02 tratores John Deere 7815, ano
2007;
- 01 trator Massey Ferguson 6360,
ano 2007;
- 02 caminhões transbordo VW
26260, ano 2007;
- 01 caminhão transbordo VW
31370, ano 2008;
- 01 caminhão transbordo VW
26310, ano 2002;
- 01 caminhão transbordo Scania
124 360, ano 2001;
- 01 caminhão oficina Mercedes
1519, ano 1977, com grupo gerador independente completo;
- 01 caminhão pipa de 12 mil litros,
Scania 111, ano 1979, toco;
- 01 caminhão munk Ford, 1979;
- 01 van Iveco, ano 2001, branca, revisada, para 17 pessoas;
- 04 transbordos de 10 toneladas para
tratores;
- 01 cavalo VW 18310, ano 2002;
- 01 cavalo Fiat, ano 1982, mecânica, Scania HW;
- 01 prancha pescoço removível, ano
1997, com 3,20 de largura.
Tratar com Luiz Antonio pelo telefone: (18) 9 9795 5151.
- 04 linhas de bebedouro japonês
nipo de 120 metros cada;
- 01 silo de 17 toneladas;
-01 fornalha para 25.000 aves;
- 24 ventiladores tipo tufão;
VENDE-SE
Uma área de 23,5 alqueires em Ituverava, ideal para reserva. Tratar com
Paulo Pínola, telefone: (16) 3839-7506
VENDE-SE
- Container de 10, 20, 40 pés, de 3,
6, 12 metros. Temos tudo em container
refrigerados, escritório, alojamentos,
banheiros, guarda volumes, arquivo
morto. Tratar com Paulo pelo telefone:
(19) 9 97098108.
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Revista Canavieiros - Março de 2014
40
Eventos de abril de 2014
26º Leilão Especial Leilopec
Vilmar Pereira Pires e Convidados
Empresa Promotora: Vilmar Pereira Pires e Convidados
Tipo de Evento: Leilão / Remate
Início do Evento: 05/04/2014
Fim do Evento: 05/04/2014
Estado: MG
Cidade: Uberaba
Localização do Evento: Chácara Leilopec
Informações com: Leilopec
Site: www.leilopec.com.br/
Telefone: (34) 3326.5000/7812.6587
Liquidação Total Rebanho Girolando
Reg. (1/2 - 3/4 - 7/8) Faz. e Haras Eldorado
Empresa Promotora: Fazenda Eldorado
Tipo de Evento: Leilão / Remate
Início do Evento: 06/04/2014
Fim do Evento: 06/04/2014
Estado: MG
Cidade: Passos
Localização do Evento: Estradas dos Campos Km 7, Estrada velha de Passos a Altinópolis
Informações com: Embral Leilões
Site: www.embral.com.br
Telefone: (11) 3864.5533
E-mail: [email protected]
IV Seminário de Agricultura de Precisão
- Revisando os Rumos de Agricultura de
Precisão no Brasil
Empresa Promotora: FEALQ
Tipo de Evento: Seminário / Jornada
Início do Evento: 11/04/2014
Fim do Evento: 11/04/2014
Estado: SP
Cidade: Piracicaba
Localização do Evento: Anfiteatro do Departamento de
Engenharia, na ESALQ/USP, na Av.Pádua Dias, 11, em Piracicaba, SP
Informações com: FEALQ
Site: www.fealq.org.br
Telefone: (19) 3417 6600
E-mail: [email protected]
Tecnoshow Comigo 2014
Empresa Promotora: COMIGO
Tipo de Evento: Exposição / Feira
Início do Evento: 07/04/2014
Fim do Evento: 11/04/2014
Estado: GO
Cidade: Rio Verde
Localização do Evento: Centro Tecnológico COMIGO (CTC)
Informações com: Secretaria Geral
Site: www.tecnoshowcomigo.com.br
Telefone: (64) 3611-1525
E-mail: [email protected]
Revista Canavieiros - Março de 2014
Curso Teórico-Prático
Classificação de Solos
Empresa Promotora: Infobibos
Tipo de Evento: Curso
Início do Evento: 16/04/2014
Fim do Evento: 17/04/2014
Estado: SP
Cidade: Piracicaba
Localização do Evento: Sala de Evento do Arco Hotel
Express
Informações com: Cooperativa Regional Itaipu
Site: www.infobibos.com/solos
20ª Fenasoja - Feira Nacional da Soja
Empresa Promotora: Feira Nacional da Soja
Tipo de Evento: Exposição / Feira
Início do Evento: 25/04/2014
Fim do Evento: 04/05/2014
Estado: RS
Cidade: Santa Rosa
Localização do Evento: Parque de Exposições
Informações com: Cleo
Site: www.fenasoja.com.br
Telefone: (55) 3512.6866
E-mail: [email protected]
AGRISHOW 2014 - 21ª Feira Internacional de
Tecnologia em Ação
Empresa Promotora: ABIMAQ, ABAG, SRB e ANDA
Tipo de Evento: Exposição / Feira
Início do Evento: 28/04/2014
Fim do Evento: 02/05/2014
Estado: SP
Cidade: Ribeirão Preto
Localização do Evento: Pólo de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Centro - Leste Anel Viário
Km 321
Informações com: BTS
Site: www.agrishow.com.br
Telefone: (11) 3598-7810/ 3017-6807
E-mail: [email protected] .
Agrobrasília 2014
Empresa Promotora: Coopa-DF
Tipo de Evento: Exposição / Feira
Início do Evento: 13/05/2014
Fim do Evento: 17/05/2014
Estado: DF
Cidade: Brasília
Localização do Evento: Parque Ivaldo Cenci, PAD-DF.
BR-251, Km 5, Brasília-DF, sentido Brasília-Unaí (MG).
Informações com: Organizadores
Site: www.agrobrasilia.com.br/
Telefone: (61) 3339.6516
E-mail: [email protected]
41
Revista Canavieiros - Março de 2014
Biblioteca
“General Álvaro
42
Tavares Carmo”
A arte de imitar
Cultivando
a Língua Portuguesa
Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer
algumas dúvidas a respeito do português.
“Não há adeus
no idioma das aves.” Mia Couto
Renata Sborgia
1) Aqui está um “calorzão”! Vai pegar fogo!
...com a grafia incorreta, vai pegar fogo mesmo no Português!
O correto é: calorão (mais usado no Brasil)
Obs.: calor possui outro aumentativo: carrícula—aumentativo sintético regular
Obs.: O VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) não registra o vocábulo “calorzão”.
“Alguns dos pensadores mais criativos da
história e as mentes mais brilhantes do mundo empresarial de hoje têm sido acusados de
plagiar e roubar ideias. De acordo com o ex-cientista aeroespacial David Kord Murray,
isso não chega a ser uma surpresa, pois tomar
emprestado não é roubo intelectual: é a base
do pensamento técnico e criativo. Não existe
isso de uma ideia verdadeiramente original.
Houve uma época em que as ideias criativas representavam um território dos empreendedores, do departamento de marketing ou
das agências de publicidade; agora elas são
de responsabilidade de cada empregado. Está
surgindo uma nova área nos negócios: nos
dias de hoje, a “inovação” corresponde a um
departamento em muitas companhias criativas, e tem como tarefa gerar novas ideias.
Em Arte de imitar, Murray nos mostra que a
criatividade não resulta de uma intervenção
divina; é algo que pode ser aprendido e que
está facilmente a seu alcance.”
(Trecho extraído da “orelha” do livro)
Referência:
MURRAY, David Kord. A arte de imitar:
seis passos para inovar em seus negócios
copiando as ideias dos outros. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
2)Maria quebrou o braço.
Precisa usar “ tipóia”.
...torcemos para a recuperação de Maria e para a aprendizagem da Nova Grafia
correta!
O correto é: tipoia - sem acento
Regra fácil: Segundo o Novo Acordo Ortográfico, palavras paroxítonas que têm
suas sílabas tônicas em ditongos abertos formados por “ei” e “oi” deixam de ser acentuadas em todos os casos. Também perdem o acento palavras paroxítonas com as letras
“i” e “u” tônicas quando precedidas ou formando ditongos (duas vogais em sequência).
Assim, vocábulos como “tipóia”, “hemorróidas”, “idéia”, “viúva” e “feiúra” não serão
mais acentuados. Note que “heróico” perde o acento, mas não “herói”, pois o acento
nesta está na última sílaba (oxítona), e portanto não é uma paroxítona.
3) Pedro jogou “pólo” no polo norte”’!
...será?
O correto é : polo - sem acento.
Regra fácil: Segundo o Novo Acordo Ortográfico,
cai o acento diferencial das palavras “pára/para”, “pêlo/pelo”, “péla/pela”, “pólo/
polo”, e “pêra/pera”. {Nota: Dessa regra podem ocasionar frases estranhas como:
“Puxei meu cachorro pelo pelo” ou “joguei polo no polo norte”}.
Exceção: “fôrma/forma”, que pode ser escrito dos dois jeitos quando for necessário
para eliminar ambiguidades ou ocorrências estranhas como as exemplificadas acima.
“Essa fôrma tem forma oval”. Caso contrário não deve-se usar o acento.
PARA VOCÊ PENSAR:
“Um dia tudo muda. Toda beleza se vai. O dinheiro já não tem o mesmo valor...
Amigos ficam escassos. Tudo aquilo que conquistamos na juventude já não existe
mais. Porém, se conquistou pessoas verdadeiras com amor... Essas permanecerão
para sempre e todo o resto valerá a pena.”(Kelly Gomes)
Os interessados em conhecer as sugestões
de leitura da Revista Canavieiros podem
procurar a Biblioteca da Canaoeste.
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Fone: (16) 3524-2453
Rua Frederico Ozanan, nº842
Revista Canavieiros
- Março de 2014
Sertãozinho-SP
Coluna mensal
* Advogada, Profa. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua
Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de
vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.
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