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Revista Canavieiros - Agosto de 2010
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Revista Canavieiros - Agosto de 2010
Editorial
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Setor Sucroenergético
A
se reúne em Sertãozinho
Revista Canavieiros de Agosto
traz a programação completa de
tudo que vai acontecer durante a
realização das feiras Fenasucro e Agrocana, que serão realizadas de 31 de agosto a 3 de setembro, no Centro de Eventos
Zanini, em Sertãozinho.
Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred.
Mais de 200 produtores rurais lotaram
o auditório das instituições e ouviram a
palestra do deputado que fez um resumo dos principais pontos do relatório. A
proposta depende agora da aprovação no
plenário da Câmara e do Senado.
A entrevista é com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que defende a
construção de um consenso em torno da
reformulação do Código Florestal. Na
entrevista ele também fala sobre o potencial do agronegócio brasileiro e dos
desafios a serem enfrentados.
O leitor também encontrará nesta edição, as seguintes reportagens: Ponto de
Vista com o diretor adjunto da Canaoeste, José Mário Paro: “Nós e a política”;
Outro destaque deste mês é a visita do
deputado federal Aldo Rebelo (PCdoBSP), relator da proposta que reformula o
Código Florestal Brasileiro, ao sistema
Em Notícias Copercana: Reunião
de fechamento da safra 2008/2009 de
amendoim e perspectivas para o próximo
ciclo, escrito pelo gerente da Unidade de
Grãos da Copercana (UNAME), Augusto César Strini Paixão; Participação da
cooperativa na Forind 2010;
RC
Em Notícias Canaoeste: Consecana;
Reuniões técnicas para produtores de
cana;
Em assuntos Legais: DITR – declaração do Imposto sobre a propriedade
territorial rural, com o advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti;
Em Informações Setoriais: Chuvas de Julho e Prognósticos Climáticos; Condições Climáticas atuais e
Prognósticos Impactos e Precauções,
com o assessor técnico da Canaoeste,
Oswaldo Alonso.
Além dessas informações, confira o
artigo técnico, as dicas de português,
as novas tecnologias, lançamentos e o
classificados.
Boa leitura!
Conselho Editorial
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
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Ano V - Edição 50 - Agosto de 2010
Indices:
Capa - 20
Fenasucro & Agrocana 2010
reúnem o setor sucroenergético brasileiro e mundial
As feiras são pólos de atração e referência para os negócios, tecnologia e informação
do segmento
05 - Entrevista
Wagner Rossi
Ministro da Agricultura
“Quem melhor preserva os recursos
naturais são os produtores”
08 - Ponto de Vista
José Mario Paro*
Diretor Adjunto da Canaoeste
Nós e a política
10 - Notícias Copercana
- Reunião de fechamento da safra 2008/2009 de amendoim e perspectivas para o próximo ciclo
- Copercana participa da Forind 2010
12 - Notícias Canaoeste
- Rebelo fala sobre o Código Florestal aos associados da Canaoeste
- Canaoeste realiza reuniões técnicas para produtores
18 - Notícias Cocred
- Balancete Mensal
24 - Novas Tecnologias
- Tecnologia Plene: desenvolvida e comercializada
por brasileiros
Syngenta e Usina Guaíra assinam primeiro
contrato da nova tecnologia de cana-de-açúcar
Expediente:
Conselho Editorial:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
Oscar Bisson
Projeto gráfico e
Diagramação:
Rafael H. Mermejo
Equipe de redação e fotos:
Carla Rodrigues - MTb 55.115
Marília F. Palaveri
Rafael H. Mermejo
Editora:
Cristiane Barão – MTb 31.814
Comercial e Publicidade:
(16) 3946-3311 - Ramal: 2008
[email protected]
[email protected]
Jornalista Responsável:
Carla Rossini - MTb 39.788
Impressão:
São Francisco Gráfica e Editora Ltda
Tiragem:
13.000 exemplares
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
E mais:
Consecana - ATR
.................página 14
Assuntos Legais
.................página 16
Informações Setoriais
.................página 26
Artigo Técnico (Ferrugem Alaranjada)
.................página 30
Lançamento
.................página 36
Dia do Campo Limpo
.................página 36
Cultura
.................página 40
Classificados
.................página 42
ISSN:
1982-1530
A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente
aos cooperados, associados e fornecedores do
Sistema Copercana, Canaoeste e Cocred. As
matérias assinadas são de responsabilidade dos
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www.twitter.com/canavieiros
[email protected]
Foto: divulgação
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Entrevista com:
Wagner Rossi
Ministro da Agricultura
Carla Rodrigues
O ministro da Agricultura,
Wagner Rossi, defende a
construção de um consenso
em torno da reformulação do
Código Florestal. “O importante nesta questão é que o
debate não se resuma ao discurso vazio. As pessoas falam
sobre meio ambiente, mas às
vezes estão muito distantes
da realidade”, diz.
Nesta entrevista concedida à
Canavieiros, ele também fala
sobre o potencial do agronegócio brasileiro e dos desafios
a serem enfrentados.
“Quem
melhor
preserva
os recursos
naturais
são os
produtores”
Canavieiros - Como o senhor analisa
o agronegócio brasileiro e o setor sucroenergético?
Wagner Rossi: O agronegócio
brasileiro é um dos mais eficientes
do mundo e tem grande potencial de
crescimento. O mercado interno é expressivo para os produtos agrícolas e o
aumento do consumo de alimentos em
todos os continentes vem fortalecendo
o comércio nacional de vários segmentos. As exportações do agronegócio
em 2009 representaram 42,5% de tudo
que o Brasil vendeu para o exterior,
ou seja, foram US$ 64,7 bilhões do
“As pessoas falam
sobre meio ambiente,
mas às vezes estão
muito distantes da
realidade. Acho que
quem melhor mantém
a relação com o meio
ambiente, quem melhor trata e preserva
os recursos naturais
são os produtores”
total de US$ 152,2 bilhões. Esse percentual é o maior dos últimos 10 anos.
De julho de 2009 a junho de 2010, as
vendas externas do agronegócio atingiram a cifra impressionante de US$
68 bilhões. Deve-se destacar, ainda, a
importância deste setor na geração de
empregos. Estima-se que o agronegócio responda por cerca de 30% da mão-
de-obra empregada no país, o que é impulsionado, sem dúvida, pelo mercado
sucroenergético. Isso porque o Brasil
é o principal produtor e exportador de
açúcar no mundo, segundo maior produtor de etanol e o primeiro em termos
de exportação do combustível. O etanol
da cana-de-açúcar continua despertando
a atenção de muitos países, na medida
em que a frota de veículos flex aumenta. Empresas internacionais e de outros
setores econômicos têm participado ativamente desse crescimento. A entrada
da Petrobras no setor de produção de
etanol é um sinal claro de que a integração com o setor energético será cada
vez mais frequente. Há ainda um enorme potencial em termos de cogeração
de eletricidade que deverá ser desenvolvido. Não é à toa que a cana-de-açúcar
já é a segunda maior fonte de energia do
país. Enfim, o setor sucroenergético é
profissionalizado e moderno e tem tudo
para continuar desempenhando um papel essencial no agronegócio.
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
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Canavieiros - Quais são as expectativas
para as exportações agrícolas em 2010?
Rossi: No primeiro semestre, quase
todas as cadeias importantes registraram
aumento no valor exportado, com destaque para o açúcar, couros e derivados,
papel e celulose e carnes, sendo que nesse último o Brasil exportou mais de US$
6,4 bilhões no primeiro semestre deste
ano. No mesmo período, as exportações
de soja em grãos - principal item da pauta
exportadora do agronegócio - apresentaram redução de 6,6% em relação ao ano
passado. A previsão é de que as exportações de todos os produtos neste ano atinjam cerca de US$ 72 bilhões, superando
um pouco o recorde de 2008. O principal
destino de nossas vendas é a União Europeia, mas também nos destacamos na comercialização com o Irã, Rússia, Japão,
China e Estados Unidos.
Canavieiros - Como deverão se comportar os preços agrícolas nesta safra?
Rossi: É difícil antecipar comportamento de mercados. Todavia, as condições climáticas adversas em alguns países
que são importantes produtores vêm sinalizando uma melhoria na cotação internacional dos principais grãos, não configurando, no entanto, certeza de manutenção
em virtude da possibilidade de parcial
recuperação na produção. Porém, a firme
demanda para grãos nos países asiáticos,
principalmente China, garante um patamar de preços semelhante aos praticados
na comercialização deste ano.
Canavieiros - Quais são os maiores
desafios que os produtores agrícolas enfrentam atualmente?
Rossi - Um dos principais desafios da
agropecuária brasileira está focado nas
questões de infraestrutura, sobretudo no
transporte, que ainda representa uma dificuldade para a melhoria das condições
de comercialização. Outro desafio são
as recorrentes barreiras à importação
dos produtos brasileiros, acionadas por
grandes países consumidores, o que reduz a possibilidade de crescimento nas
exportações brasileiras. Veja que essas
barreiras são, no mais das vezes, manobras impróprias dos concorrentes.
Canavieiros - Como o senhor pretende trabalhar a questão da produção com
sustentabilidade?
Rossi: O atual Plano Agrícola e Pecu-
Entrevista
ário, lançado em julho deste ano, é uma
das políticas de apoio mais importantes do
governo ao homem do campo, que incentiva o plantio sem descuidar da questão ambiental. Exemplo disso é a destinação de
R$ 2 bilhões no chamado Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que tem
o objetivo de desenvolver uma agricultura
de baixa emissão de carbono, o que significa contribuir para a mitigação e adaptação
dos gases de efeito estufa. O programa visa
dar sustentabilidade à produção e, ao mesmo tempo, reduzir o efeito do aquecimento
global, e segue dois conceitos: um voltado
à agricultura mais competitiva, técnica e
econômica, com ganhos de produtividade
e renda e, o segundo, à sustentabilidade
social e ambiental. Ao todo, são quatro
programas envolvidos: recuperação de 15
milhões de áreas degradadas, oito milhões
de hectares de plantio direto na palha, 5,5
milhões de hectares de substituição do nitrogênio fóssil pela ficção biológica do nitrogênio, quatro milhões de hectares de sistemas integrados com agricultura, pecuária
e florestas e sistemas agro-florestais. Por
fim, está sendo desenvolvida proposta para
o plantio de mais três milhões de hectares
de florestas econômicas
Canavieiros - Qual sua opinião sobre as mudanças propostas da reforma
do Código Florestal?
Rossi: O Código Florestal, em apreciação no Congresso Nacional, deve ser
resultado de consenso. Devemos ter uma
visão clara de que o setor produtivo agrícola brasileiro está contribuindo de forma
extraordinária para o país, por meio do
aumento da produção de alimentos, de
commodities para exportação, que são
importantíssimas nas relações comerciais
do Brasil e que garantem o superávit da
balança comercial do agronegócio, altamente significativa no conjunto das relações econômicas do Brasil com o exterior. Devemos ter aquilo que outros países
talvez no passado não tenham tido, que
é uma visão de preservação dos recursos
naturais para as futuras gerações. Então,
essa compatibilização entre a necessidade do Brasil continuar sendo o grande
celeiro mundial de alimentos e expandir
a sua produção, mas de forma organizada, sustentável e respeitosa em relação
ao meio ambiente, é uma construção do
consenso, que se deve buscar sempre. O
importante nesta questão é que o debate
não se resuma ao discurso vazio. As pes-
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
soas falam sobre meio ambiente, mas às
vezes estão muito distantes da realidade.
Acho que quem melhor mantém a relação
com o meio ambiente, quem melhor trata
e preserva os recursos naturais são os produtores. Eles querem que tudo funcione
bem na sua fazenda. Por isso cuidam dos
mananciais, combatem o assoreamento,
preservam as matas ciliares.
Canavieiros - A oscilação no preço do
etanol é um problema que o setor sucroalcooleiro enfrenta. Como solucionar?
Rossi: Esta oscilação é uma consequência do fato de o etanol ter sua origem na
produção agrícola. Ou seja, como não é
produzido ao longo de todo o ano, mas somente durante a safra canavieira, é natural
que haja altos e baixos em termos de oferta. A solução mais simples para esse problema é a formação de estoques. Assim, o
governo tem incentivado o setor produtivo
a estocar o produto durante a safra. Para
isso, relançou o Programa de Estocagem
de Etanol Combustível, por meio do qual
o setor público disponibiliza recursos financeir os a juros atrativos. Esse estoque
deverá retornar ao mercado somente no
período de entressafra, minimizando, assim, a volatilidade de preços e riscos na
falta do produto.
Canavieiros - Como tornar o etanol
uma commodity?
Rossi: Essa não é uma tarefa fácil. O
Brasil vem se esforçado para isso há quatro anos. O presidente Lula é um grande
entusiasta da disseminação do uso dos biocombustíveis em suas viagens ao exterior,
principalmente do etanol brasileiro. Junto
ao setor privado nacional, tem atuado na
promoção do etanol como uma alternativa viável à gasolina. Para se tornar uma
commodity amplamente comercializada
é preciso que haja mais produtores e consumidores no mundo. Hoje isso está ainda
muito concentrado no Brasil e nos Estados
Unidos. O governo tem feito um grande
esforço para mostrar aos outros países o
embasamento técnico-científico de que
nosso etanol é sustentável. Também vem
realizando um trabalho extraordinário em
cooperações internacionais para fortalecer o etanol, a exemplo dos incentivos à
produção de cana na África. De qualquer
modo, pelas suas qualidades intrínsecas, o
etanol brasileiro vai ganhar mercados e o
produto vai transformar-se em commodity
nos próximos anos, estamos certos. RC
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Revista Canavieiros - Agosto de 2010
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Ponto de Vista
José Mario Paro*
Nós e a política
N
o final do mês de junho último,
ao voltar de uma visita que fizera ao Oeste da Bahia, região
de Luiz Eduardo Magalhães, quando
cruzava o Rio Grande, na divisa dos
Estados de Minas e São Paulo, sentido
Uberaba – Ribeirão Preto, lembrei-me
da primeira ponte construída sobre este
rio, na região.
Estava acompanhado de um amigo
paranaense, que se interessou em conhecê-la. É toda de ferro, como as clássicas pontes de estrutura metálica que
foram construídas mundo afora, antes
da utilização do concreto nestas obras.
Fica a poucos quilômetros rio acima da ponte atual, que acabáramos de
atravessar, no município de Igarapava/
SP. Está em precário estado de conservação, infelizmente. Ainda é utilizada
pelo tráfego local e por muito tempo
foi a única ligação rodoferroviária entre os dois Estados, na região. Era então estratégica.
Tão estratégica que foi palco de sangrenta batalha entre paulistas e mineiros, pelo seu domínio, na Revolução
Constitucionalista de 1932, batalha
esta vencida pelas forças de Minas Gerais, que então representavam o Governo Central.
A lembrança destes fatos trouxe-me
à mente que dali a poucos dias haveria
o feriado estadual de 9 de julho, alusivo à revolta dos paulistas, naquela
época. Fiquei atento ao noticiário por
aqueles dias, mas muito pouco se falou do assunto. O que não é novidade,
pois não são muitos os brasileiros que
se lembram das datas comemorativas
nacionais, estaduais e municipais e dos
fatos que as originaram.
Somos um povo sem memória, para
nossos valores e nossa história, o que
nos confere um sentido de patriotismo festivo, mas superficial e que,
como tal, afeta o nosso comportamento como cidadãos. Inclusive, e talvez
principalmente, afeta a qualidade de
nossa participação política nas esferas
municipal, estadual e federal, além, é
claro, da participação nas políticas de
classe, como acontece especialmente
com os agricultores.
Um fato que chama a atenção é que
poucos de nós estamos lembrados em
quem votamos para vereador, deputado estadual, deputado federal e senador nas últimas eleições. É, pois, um
voto descompromissado. Vota-se em
alguém, por um motivo ou outro, possivelmente até por ser a votação obrigatória, mas não nos sentimos representados pelos candidatos eleitos. Não
sabemos a quem cobrar.
“...o Estado brasileiro vem se intrometendo cada dia mais
na vida de cada um
de nós, dizendo-nos o
que devemos fazer e
como fazê-lo...”
Por outro lado, os eleitos, sabedores
desta situação, sentem-se igualmente
descompromissados em defender os
interesses de quem os elegeu. Utilizam então seus mandatos para cuidar
de seus próprios interesses, dos do seu
grupo político e dos daqueles que financiaram suas campanhas. Quando
muito, atendem aos pedidos paroquiais
de prefeitos e vereadores: uma pontezinha aqui, uma estradinha ali, uma escolinha acolá e por aí vamos.
É claro que toda regra tem exceções
e aqui temos algumas honrosas. Mas,
talvez por não serem muitos, estes legítimos representantes do povo não
conseguem fazer tudo aquilo que gostariam. A consequência direta deste estado de coisas é que no Brasil praticase muita politicagem e pouca política,
em especial nas épocas de eleições.
Política com P maiúsculo, aquela
que cuida dos interesses maiores da
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
nação e de seu povo, é exercitada por
estadistas, que ultimamente tem estado em falta.
Valorizássemos mais o nosso voto; fossemos mais exigentes ao analisar as qualidades e defeitos dos candidatos e, certamente, o resultado seria outro. Estaríamos
vivendo num país melhor, a começar pelo
respeito às pessoas e aos seus direitos.
O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do planeta; a máquina
governamental é pesada, corporativista
e inoperante. Tenho certeza que todos
nós já fomos a algum órgão público e o
funcionário que nos atendeu, cujo salário pagamos como contribuintes, aparentou grande esforço em nos atender,
como se estivesse nos prestando um
imenso favor.
De uns tempos para cá, o Estado brasileiro vem se intrometendo cada dia mais
na vida de cada um de nós, dizendo-nos
o que devemos fazer e como fazê-lo. Infraestrutura, educação, saúde, segurança,
pesquisa e desenvolvimento, tarefas básicas de qualquer governo sério, ficarão
sempre para o próximo governante eleito. E assim o círculo vicioso se fecha.
Mas não precisaria ser necessariamente desta maneira. Novas eleições
estão chegando. Cada eleição poderá
ser um tempo de mudança para melhor.
Oxalá acordemos.
Valorizemos nosso voto! Tudo começa por aí! RC
*Diretor Adjunto da Canaoeste
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Revista Canavieiros - Agosto de 2010
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Notícias Copercana
Reunião de fechamento da safra 2008/2009 de
amendoim e perspectivas para o próximo ciclo
Por Augusto César Strini Paixão
Gerente da Unidade de Grãos
N
os dias 27 e 29 de julho em Sertãozinho e em Herculândia, respectivamente, realizamos reuniões para apresentar aos produtores do
Projeto de Amendoim Copercana o fechamento da safra 2008/2009 e as perspectivas para o próximo ciclo.
No fechamento da safra abordamos os
custos, o rendimento do produto durante
o processamento e os preços obtidos com
as vendas, tanto para o mercado interno
como o externo. Com isso, pudemos explicar aos nossos produtores o porquê do
amendoim fechar ao preço médio de R$
16,70, um pouco abaixo do custo de produção da safra.
Na verdade, nesta safra de 2008/2009
fomos pegos pela crise mundial com uma
menor demanda do produto e um aumento nos custos dos insumos agrícolas de
uma maneira geral. Isso fez com que a
lucratividade dos nossos produtores ficasse prejudicada.
Para a safra 2009/2010 as perspectivas são bem mais otimistas. O custo de
produção diminuiu e os preços no mercado externo, onde a cooperativa realiza
70% de suas negociações, aumentaram
consideravelmente.
Em junho deste ano já foi adiantado
ao nosso produtor o valor de R$ 17,50
por saca de amendoim entregue e a
perspectiva é de, no final, chegar até R$
22,00 por saca. Com esses preços o produtor conseguirá uma boa margem de
lucratividade na cultura. Não podemos
esquecer que esta margem é para uma
produção de 175 sacas por hectare.
Para os próximos anos já estamos
em negociação com nossos parceiros no
exterior para fazer contratos onde o produtor terá garantia de um preço mínimo,
sem que se repita o que aconteceu na safra 2008/2009.
Temos plena certeza que isso é possível porque o amendoim vai estar em falta
no mercado externo devido ao fato dos
maiores produtores e exportadores como
China e Estados Unidos estarem passando a ser importadores. Essa é uma oportunidade para o Brasil, que possui muita
área a ser plantada com a cultura.
Reunião em Herculândia
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
Na nossa região estamos fazendo
um trabalho de incentivo ao plantio do
amendoim em rotação com a cana-deaçúcar porque há uma preferência mundial neste modelo de produção.
Estamos iniciando o planejamento do projeto para a safra 2010/2011
e vamos aumentar a área plantada em
Sertãozinho e região. Para quem tiver
interesse em participar do nosso projeto, entrar em contato com a Copercana Unidade de Grãos no telefone (16)
3946-4200 e falar com o Departamento
Técnico de Amendoim e Soja (Edgard,
Ditinho, Juliano). RC
Reunião em Sertãozinho
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Copercana participa da Forind 2010
Carla Rodrigues
A
Pela primeira vez cooperativa participa da feira com exposição de produtos e marca
Feira de Fornecedores Industriais
do Interior de São Paulo (ForInd)
foi realizada de 27 a 29 de julho
no Centro de Eventos Zanini em Sertãozinho. Na cerimônia de abertura estiveram o secretário do Desenvolvimento da
Produção, Armando Meziat, o presidente
do CEISE BR, Adézio Marques, o prefeito de Sertãozinho, Nério Costa, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Sertãozinho, Ulysses Grolla,
o gerente regional do SEBRAE, Rodrigo
Matos do Carmo, os diretores da Multiplus Feiras e Eventos, Augusto Balieiro e
Fernando Barbosa.
Foram 115 expositores nesta quarta edição do evento e pela primeira vez a Copercana participou com um estande preparado
para receber a visita de seus cooperados.
A Copercana expôs alguns de seus produtos e marcas disponíveis em suas lojas de
ferragens - Ipiranga, Coopertools, Dewalt,
Bateria Moura, Siva, entre outras.
Autoridades visitam o estande da Copercana
Adézio Marques, presidente do CEISE BR,
durante seu discurso de abertura
Autoridades abrem oficialmente a feira
A feira recebeu mais de 7 mil visitantes durante os três dias, sendo estes de 11
Estados brasileiros e países como Repú-
blica Tcheca e Guatemala, o que mostra
a força do setor industrial no Brasil e no
interior de São Paulo. RC
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
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Notícias Canaoeste
Rebelo fala sobre o Código Florestal aos
associados da Canaoeste
Carla Rossini
O
Mais de 200 produtores assistiram à palestra do deputado
deputado federal Aldo Rebelo
(PCdoB-SP), relator da proposta que reformula o Código
Florestal Brasileiro, visitou o sistema
Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred
na manhã do dia 29 de julho. Mais de
200 produtores rurais lotaram o auditório das instituições e ouviram a palestra do deputado que fez um resumo dos
principais pontos do relatório, aprovado no dia 6 de julho, na Comissão Especial que analisou o tema. A proposta
depende agora da aprovação no plenário da Câmara e do Senado.
Rebelo se mostrou confiante em relação à aprovação do texto. Ele acredita que a proposta terá o apoio da
maioria dos deputados. Para elaborar
o relatório, Rebelo e a comissão ouviram todas as partes envolvidas, desde
produtores, especialistas, ambientalistas e assentados. “É preciso proteger o
meio ambiente, mas é preciso também
proteger o desenvolvimento tanto do
pequeno, como do médio e do grande
agricultor”, defende.
Para o presidente da Canaoeste,
Manoel Ortolan, a conduta de Rebelo durante toda a discussão e votação
do relatório foi exemplar. “O seu posicionamento sempre foi em defesa do
Brasil e do seu povo. Ele teve muita
Autoridades de Sertãozinho e região prestigiaram o deputado
coragem ao denunciar a existência de
ONGs que defendem interesses externos”, disse. E completou: “agora é a
vez dos produtores rurais reagirem e
dar corpo a proposta do deputado”, finalizou.
Também participaram da reunião o
presidente da Copercana, Sicoob Cocred e Sindicato Rural de Sertãozinho,
Antonio Eduardo Tonielo, o prefeito de
Sertãozinho, Nério Costa, e o diretor
da Copercana, Pedro Esrael Bighetti.
Alguns vereadores da cidade prestigiaram a visita do deputado.
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
Em apenas dois dias, Aldo Rebelo
foi recebido por produtores rurais em
cinco municípios paulistas: São José
do Rio Pardo, Serrana, Bebedouro,
Ariranha e Sertãozinho. Após a reunião, o deputado falou com a redação
da Revista Canavieiros. Confira:
Revista Canavieiros: Qual a importância das modificações que o senhor está propondo para o Código Florestal Brasileiro?
Aldo Rebelo: A primeira é ampliar
a proteção da natureza e do meio ambiente, a moratória de desmatamento
vai garantir que se realize o zoneamento econômico-ecológico pelos cinco
anos e isso vai permitir uma ocupação
mais racional do território. O inventário de todas as áreas de reserva legal
nas propriedades também vai permitir
que o governo conheça o que existe
de vegetação remanescente. Por outro
lado, também ajuda a regularizar as
propriedades, a permitir que os agricultores sejam dispensados da recomposição embora tenham que proteger
as áreas de preservação permanente até
4 módulos, e a partir daí, que possam
somar reserva legal com APP, que possam fazer a reposição da sua reserva legal dentro do bioma. Eu acho que tudo
isso são conquistas importantes para o
meio ambiente e para os agricultores.
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Revista Canavieiros: Ambientalistas dizem que as mudanças propostas
pelo senhor são um retrocesso para a
política ambiental do país. Como o senhor analisa isso?
Rebelo: Eu acho que isso é uma parte de ambientalistas, alguns já reconhecem que há avanços, agora há aqueles
que são financiados por organizações
estrangeiras, por governos dos países
ricos e que não querem o progresso da
agricultura no Brasil e usam o meio
ambiente apenas como um pretexto
para fazer essa guerra comercial.
Revista Canavieiros: Qual a importância das áreas de Reserva Legal e Preservação Permanente para o Brasil?
Rebelo: A APP é destinada a proteção dos rios, das nascentes, das encostas, dos morros, do solo frágil, arenoso,
que pode sofrer a erosão por causa da
chuva, do efeito da gravidade. E a reserva legal é a área que protege de certa forma a reprodução da cadeia biológica, da flora, da fauna e onde se pode
fazer também o manejo para utilização
do proprietário.
Revista Canavieiros: Qual é o tamanho da área agrícola produtiva do
país? Atualmente quanto dessa área
está sendo usada? Qual o impacto que
essa legislação trará?
Rebelo: O Brasil tem 850 milhões
de hectares. 522 milhões constituem
ainda vegetação nativa (florestas, campos, cerrado), 68 milhões da agricultura e 190 milhões da pecuária, essa é
basicamente a distribuição da área do
território nacional. Eu acho que o impacto é consolidar as áreas que estão
em uso por um lado e garantir a preservação da vegetação remanescente.
Mais de 200 produtores rurais ouviram a palestra de Aldo Rebelo
“...alguns já reconhecem que há avanços,
agora há aqueles que
são financiados por
organizações estrangeiras, por governos dos
países ricos e que não
querem o progresso da
agricultura no Brasil e
usam o meio ambiente
apenas como um pretexto para fazer essa
guerra comercial.”
Revista Canavieiros: É possível um
equilíbrio entre a proteção ambiental,
a produção agrícola e o desenvolvimento sustentável?
Rebelo: Mais do que possível, é
necessário. O Brasil precisa do meio
ambiente e da agricultura produzindo
alimentos para o país e exportação.
Revista Canavieiros: Essa legislação que diz sobre a “APP” existe no
mundo inteiro ou apenas no Brasil?
Rebelo: Reserva Legal não existe
em outros países do mundo, reserva
legal existe no Brasil. APP existe com
exigências muito menores, por exemplo, na Austrália a proteção dos rios
varia de 5 até 20 metros, no Brasil ela
varia de 30 até 600 metros.
Revista Canavieiros: Qual a previsão de votação do projeto na câmara?
Rebelo: A parte mais demorada e
mais difícil era a da Comissão Especial que foi superada. Agora está pronto
para votar no plenário. O mais provável
é que se vote depois das eleições. RC
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
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Notícias Canaoeste
Consecana
A
CIRCULAR Nº 06/10
DATA: 30 de julho de 2010
Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo
seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante
o mês de JULHO de 2010. O preço médio do kg de ATR para o mês de JULHO, referente à Safra 2010/2011, é de R$
0,3477.
O preço de faturamento do açúcar no
mercado interno e externo e os preços do
etanol anidro e hidratado, destinados aos
mercados interno e externo, levantados
pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril
a julho e acumulados até JULHO, são
apresentados ao lado.
Os preços do Açúcar de Mercado
Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado,
carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e
ao mercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD).
Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril a julho e acumulados até JULHO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/10, são apresentados acima.
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
15
Canaoeste realiza reuniões técnicas
para produtores
Em parceria com a Basf e CTC, eventos aconteceram nas cidades de Viradouro e Pitangueiras
C
erca de 100 produtores estiveram presentes na reunião
técnica realizada no dia 11
de agosto na Câmara Municipal de
Viradouro. Em Pitangueiras o evento aconteceu no dia 12 de agosto, na
Loja Maçônica da cidade.
As palestras foram proferidas por
representantes da Basf e do CTC
(Centro de Tecnologia Canavieira),
que alertaram os produtores sobre pragas e doenças da cana-de-açúcar e uso
correto de produtos defensivos.
O principal assunto abordado foi a
praga Sphenophorus levis, mais conhecida como “bicudo da cana-deaçúcar”, que é uma das mais importantes pragas desta cultura e que pode
causar grandes prejuízos ao canavial.
Hoje seu foco encontra-se no Estado de São Paulo, próximo à região de
Piracicaba, e também em Minas Gerais, o que torna possível um aumento de sua dispersão de ano a ano. Seu
principal sintoma é o secamento da
folha de fora para dentro e sua perda
pode ser estimada em até 30 toneladas
cana/corte.
De acordo com Rodrigo de Almeida, representante do CTC, a principal
forma de infestação dessa praga é por
meio da muda.
Daniel Medeiros (BASF), Gustavo Nogueira (Canaoeste),
Rodrigo de Almeida (CTC), Diego Lopes (BASF) Fabrício Catissi (BASF)
A melhor prevenção contra essa
praga é impedir sua entrada e disseminação na área, que acontece principalmente por mudas infectadas. O
monitoramento dos viveiros pode ser
feito através da colocação de iscas
tóxicas. Já o controle pode ser feito
através de produtos químicos, iscas
tóxicas, sanidade de viveiros e cultural. Se for preciso remediar, é indicada a destruição mecânica da soqueira,
ou se ainda for possível, aplicação de
produtos químicos na cana soca.
calda na aplicação em pré-emergência
do herbicida Plateau e também sobre
o projeto MONITOR, uma metodologia que está sendo desenvolvida para
facilitar o levantamento e manejo do
bicudo da cana-de-açúcar. RC
Produtores presente em Viradouro
Os representantes da Basf, Fabrício
Catissi e Daniel Medeiros conversaram
com os produtores sobre os resultados
do projeto PROVAR realizado em parceria com o IAC (Instituto Agronômico), que trata da redução do volume de
RC
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
16
Assuntos Legais
DITR - declaração do imposto sobre a
propriedade territorial rural (ITR)
P
or meio da Instrução Normativa RFB nº 1.058, de 26 de julho
de 2010, a Secretária da Receita
Federal disciplina o prazo, a forma e
o procedimento para entrega da DITR
(Declaração do Imposto sobre a Propriedade Rural) do exercício 2010, requisito obrigatório para manter devidamente
regularizada a propriedade rural.
Está obrigada a entregar a DITR (Declaração do Imposto sobre a Propriedade
Rural) toda pessoa física e/ou jurídica
que, em relação ao imóvel a ser declarado seja, na data da efetiva entrega, proprietária ou possuidora, condômina, expropriada a partir de 1º janeiro de 2010,
inventariante, compossuidora etc., independente de estar imune ou isenta do ITR
(Imposto Territorial Rural). No caso de
morte do proprietário do imóvel, como
já dito, a declaração deverá ser feita pelo
inventariante, enquanto não terminada
a partilha ou, se ainda não foi nomeado
inventariante, está obrigado o cônjuge, o
companheiro ou o sucessor do imóvel a
qualquer título.
Cumpre informar que na referida
DITR está obrigada a apurar o ITR (Imposto Territorial Rural) toda pessoa física ou jurídica, desde que não seja imune
ou isenta, sendo certo que a DITR corresponde a cada imóvel rural e é composta dos seguintes documentos: DIAC
– Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR, mediante o qual
devem ser prestadas à Secretaria da Receita Federal as informações cadastrais
correspondentes a cada imóvel rural e
a seu titular (obrigatório para todos os
proprietários rurais); DIAT - Documento
de Informação e Apuração do ITR, onde
devem ser prestadas à Secretaria da Receita Federal as informações necessárias
ao cálculo do ITR e apurado o valor do
imposto correspondente a cada imóvel
(que se torna dispensável em caso de o
imóvel ser imune ou isento do ITR).
O valor do imposto é apurado aplicando-se sobre o Valor da Terra Nua Tributável (VTNt) uma alíquota (variável de
0,02% a 4,50%), levando-se em consideração a área total do imóvel e o grau de
utilização (GU) desta, não podendo ser o
valor nunca inferior a R$ 10,00.
Demais disso, a propriedade rural
localizada no Estado de São Paulo que
possuir área de até 30 hectares, estará
imune do ITR desde que o seu proprietário a explore só ou com sua família,
além deste não possuir outro imóvel
(urbano ou rural). Por seu turno, estão
isentos de ITR os imóveis rurais compreendidos em programa oficial de reforma agrária oficial, bem como o conjunto de imóveis rurais de um mesmo
proprietário, cuja área total não exceda
os 30 hectares e desde que o proprietário os explore só ou com sua família
(admitida ajuda eventual de terceiros) e
não possua imóvel urbano.
O prazo para a apresentação da DITR
de 2010 será de 1ºde setembro a 30 de
setembro de 2010, podendo ser feita de
três formas, conforme o seu tamanho e
localização: pela Internet, (www.receita.
fazenda.gov.br); por disquete a ser entregue nas agências do Banco do Brasil
e da Caixa Econômica Federal; ou, em
formulário próprio, a ser entregue nas
agências da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Se o imóvel
estiver localizado no Estado de São Paulo e tiver área superior a 200 hectares, a
declaração deverá ser feita pela internet
(http://www.receita.fazenda.gov.br), assim como se o proprietário for pessoa
jurídica.
Se a declaração for apresentada após o
prazo, o proprietário terá de pagar multa
de 1% do valor do imposto ao mês. Nos
casos de imóvel rural imune ou isento do
ITR, a multa será de R$50,00.
O pagamento do imposto (ITR) apurado poderá ser realizado em até 4 quotas, mensais e sucessivas, desde que: nenhuma quota possua valor inferior a R$
50,00; o imposto de valor inferior a R$
100,00 será pago de uma só vez; a primeira cota deverá ser paga até 30.09.2010 as
demais quotas serão pagas até o último
dia útil de cada mês, acrescidas de juros
com base na taxa Selic, calculada a partir
de outubro de 2010 até o mês anterior ao
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
Juliano Bortoloti - Advogado
Departamento Jurídico Canaoeste
do pagamento e, ainda, de 1% no mês do
pagamento.
Por fim, deve ainda o contribuinte
preencher e protocolizar o ADA (Ato Declaratório Ambiental) perante o IBAMA,
observando-se a legislação pertinente,
com a informação de áreas não-tributáveis, inclusive no caso de alienação de
área parcial.
Isto porque as áreas consideradas
como sendo de preservação permanente (mata ciliar) e de Reserva Florestal
Legal (20% da propriedade averbada
na matrícula do imóvel com vegetação
nativa) são isentas da tributação do ITR
(Imposto Territorial Rural), desde que
devidamente informadas no formulário
ADA (Ato Declaratório Ambiental),
que, a partir do exercício de 2007, é
obrigatoriamente enviado por meio eletrônico, via internet (ADAweb), através
do site www.ibama.gov.br/adaweb/.
Portanto, para efeito de obtenção do
benefício da isenção tributária do ITR
(Imposto Territorial Rural) em áreas
de preservação permanente e de reserva florestal legal, basta ao proprietário
rural preencher e enviar ao IBAMA o
formulário do ADA – Ato Declaratório
Ambiental, informando referidas áreas
de uso restrito.
Importante enaltecer, ainda, que visando um maior controle administrativo
das propriedades rurais, o IBAMA começou a cruzar suas informações com
a Receita Federal e o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária), responsáveis pelo controle e
recolhimento anual do ITR. RC
17
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
18
Notícias Cocred
Balancete Mensal
COOP.CRÉDITO PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO
INTERIOR PAULISTA - BALANCETE - Junho/2010
Valores em Reais
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
19
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
20
Fenasucro & Agrocana 2010
reúnem o setor sucroenergético brasileiro e mundial
Carla Rossini
D
As feiras são pólos de atração e referência para os negócios,
tecnologia e informação do segmento
e 31 de agosto a 3 de setembro
serão realizadas, no Centro de
Eventos Zanini, a Fenasucro
(XVIII Feira Internacional da Indústria
Sucroalcooleira) e Agrocana (VIII Feira
de Negócios e Tecnologia da Agricultura
da Cana-de-açúcar). Os números já evidenciam a importância conquistada pelas
feiras e do potencial do setor sucroenergético brasileiro: 420 expositores, com
previsão de receber 30 mil visitantes nos
quatro dias, grande parte estrangeiros, e
gerar negócios superiores a R$ 2,2 bilhões. As duas feiras cresceram ao longo dos anos e se consolidaram como o
maior encontro mundial do setor.
A promoção das feiras é possível graças a parcerias realizadas por empresas e
instituições renomadas no setor. A realização é de responsabilidade da Multiplus
Feiras e Eventos, do CEISE BR (Centro
Nacional das indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético) e do Sindicato
Rural de Sertãozinho. A Agrocana conta com o apoio de instituições como a
Copercana, Canaoeste, Sicoob Cocred e
UNESP – Jaboticabal.
Realizadas no período tradicionalmente marcado pelo momento de
planejamento de investimentos na entressafra das usinas do Centro-Sul, a
previsão é de que a demanda por serviços e produtos seja grande. “No final do
ano, as usinas da Região Centro-Sul realizam suas paradas para manutenção,
melhorias e ajustes. Na última safra,
ainda sob o reflexo da crise mundial,
muitas usinas não investiram tanto em
manutenção, o que se faz necessário
agora”, afirma Fernando Barbosa, diretor da Multiplus.
Focadas em negócios, as feiras são
grandes referências em tecnologia para
usinas, produtores rurais e profissionais
que atuam na área em 40 países diferentes. Durante os dias do evento, as
feiras são marcadas com o lançamento
de tecnologias, processos, máquinas e
equipamentos voltados à indústria e à
área agrícola – são 55 mil metros quadrados de área de exposição - e, também
se transformam num fórum de discussão
sobre o setor com a realização de eventos
paralelos de caráter político e técnico.
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
Na Fenasucro, estão presentes os
principais fornecedores de produtos ligados às áreas de utilidades, serviços,
automação e instrumentação, elétrica,
caldeiraria e mecânica pesada, química e
derivados, energia e outros. Já na Agrocana os destaques são os equipamentos e
insumos voltados para o preparo de solo,
plantio, tratos culturais e colheita da cana-de-açúcar.
“Entre os visitantes que as feiras recebem estão técnicos, profissionais e autoridades do setor, que possuem poder de
decisão de compra e são formadores de
opinião. Isso ajuda na hora de fechar negócios”, disse Antonio Eduardo Tonielo,
presidente da Agrocana.
A retomada de negócios do setor sucroenergético no primeiro semestre de
2010, demonstrando a força da cadeia
produtiva da cana-de-açúcar, apresenta
um cenário mais positivo para a realização da Fenasucro e Agrocana. Os industriais e também os produtores de cana
estão mais otimistas em relação à safra
2010/2011.
21
Reportagem de Capa
Novidades no estande da Copercana
Neste ano, a Copercana traz novidades para os cooperados que visitarem o seu estande que estará localizado na Agrocana, Rua C – Área 65.
Além da tradicional presença do espaço da Revista Canavieiros, a loja de
Ferragens Copercana terá espaço exclusivo para venda de chapéus, selas,
cutelaria e outras opções de produtos.
A carne de Cordeiro Copercana, marca de qualidade já reconhecida entre
os apreciadores dessa iguaria, vai ser
comercializada.
E como já é de costume, os agrônomos da Copercana e Canaoeste marcarão presença prestando assistência
técnica, mas, neste ano, com uma
diferença: os cooperados que desejarem comprar produtos agroquímicos
durante a Agrocana terão mais esse
serviço a sua disposição.
Interior do estande - imagem meramente ilustrativa
Presidente de honra da Fenasucro
Pela primeira vez, a Fenasucro terá
um presidente de honra. Durante reunião na sede da Cosan em São Paulo,
no dia 08 de junho, o presidente do
Conselho de Administração da Cosan,
Rubens Ometto, foi oficialmente intitulado o primeiro presidente de honra
da Feira, que está na sua décima oitava edição e acontece simultaneamente
à Agrocana, de 31 de agosto a 3 de setembro de 2010.
A intitulação foi conduzida pelo
empresário e presidente da Agrocana,
Antonio Eduardo Tonielo, pelo presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético (CEISE Br), Adézio Marques,
e pelos diretores da Multiplus Feiras e
Eventos, Fernando Barbosa e Augusto
Antonio Eduardo Tonielo Filho, Augusto Balieiro, Nério Costa,
Adézio Marques, Rubens Ometto e Fernando Seixas Barbosa
Balieiro. Também estiveram presentes
na reunião o prefeito de Sertãozinho,
Nério Costa, e o vice presidente da
CEISE Br, Antônio Eduardo Tonielo
Filho. Segundo Fernando Seixas Bar-
bosa, diretor da Multiplus, o apoio de
Rubens Ometto engrandece mais ainda a feira e agrega todo o conhecimento que o empresário tem sobre o setor
sucroenergético.
Encontro anual de produtores de cana-de-açúcar
A Canaoeste, Copercana e o Sindicato Rural de
Sertãozinho vão promover no dia 1º de setembro, a
partir das 10 horas, o Encontro Anual de Produtores
de Cana-de-açúcar, onde estarão presentes ilustres e
importantes autoridades ligadas ao setor sucroalcooleiro, debatendo as tendências e perspectivas para a
cana-de-açúcar, abrangendo ainda o tema “o cenário
político para o setor”.
Encontro de produtores realizado em 2009
O objetivo do evento é reunir os produtores de
cana de toda a região de Sertãozinho para, num
esforço conjugado, procurarem mecanismos estratégicos para o futuro da cana, do açúcar e também
do etanol, principais produtos básicos da economia
regional, com destaque da importância da conscientização e do espírito de união de todos os produtores para alavancar o setor sucroenergético brasileiro
para o bem comum.
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
22
Reportagem de Capa
Fórum Oficial de Abertura da Fenasucro &
Agrocana debate o futuro do Etanol
O XII Fórum Oficial de Abertura da Fenasucro &
Agrocana, será realizado no dia 30 de agosto, das 8
às 16 horas, no Teatro Municipal de Sertãozinho, e
receberá autoridades, empresários e técnicos do setor
para debater visões sobre o futuro do etanol.
Fórum de 2009
Na programação estão três diferentes painéis, os cenários contemporâneos e as perspectivas da produção,
consumo e propriedade do etanol, sob a ótica da internacionalização. “O tema do fórum é intitulado ‘Do
álcool para o etanol’ e será discutido em painéis que
vão apresentar as visões de empresários, pesquisadores
e autoridades políticas e setoriais”, afirma William Domingues de Souza, organizador do evento.
A abertura, antes do início dos painéis de debates, contará com a presença do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, além das apresentações dos
organizadores e realizadores da Fenasucro & Agrocana. A organização do
evento também convidou para o fórum os candidatos à presidência da
República. A candidata Marina Silva
já confirmou presença.
Eventos simultâneos à Fenasucro & Agrocana 2010
têm foco técnico, em negócios e no relacionamento
A Fenasucro & Agrocana 2010, contam com uma ampla e diversificada
programação de eventos simultâneos. A
cada ano, as feiras integram à agenda novos parceiros e iniciativas para oferecer
aos visitantes e expositores opções para a
troca de experiências profissionais e contatos comerciais.
de 400 reuniões com 50 empresas nacionais do setor sucroenergético filiadas ao
Projeto APLA /APEX. Os números de
participantes – de usinas e empresas do
setor - são maiores em relação à primeira edição. O evento acontece nos quatro
dias de Feira no pavilhão 1 da Fenasucro
em um estande especialmente projetado.
Projeto APLA/APEX
Pelo segundo ano consecutivo, o
Projeto APLA/APEX participa das Feiras. Com promoção do APLA (Arranjo
Produtivo Local do Álcool) e apoio da
APEX Brasil (Agência de Promoção de
Exportações e Investimentos), do governo federal, o projeto vai trazer 20 compradores de usinas do exterior para mais
Brasil Cana Show 2010
O Brasil Cana Show, programa de visitas e palestras para técnicos brasileiros
e estrangeiros do setor sucroenergético,
promovido pela Stab (Sociedade dos
Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do
Brasil), chega à sua décima edição em
2010. Um dos mais importantes eventos
da programação simultânea das feiras,
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
o Brasil Cana Show terá sua agenda de
atividades integrada às ações do projeto
APLA/APEX.
Seminário Gegis
As tradicionais palestras do Seminário
do Gegis (Grupo de Estudos em Gestão
Industrial do Setor Sucroalcooleiro) serão realizadas no dia 02 de setembro, das
8h30 às 12 horas, no Auditório do Centro Empresarial Zanini. Serão três palestras com os seguintes temas: “Previsão
Futuras de preço no mercado interno e
externo de açúcar e etanol”, “O Desafio
de produzir com qualidade num mercado
que compra por preço” e “Como aproveitar e melhorar a imagem da indústria
canavieira com tanto assédio da mídia”.
23
Gerhai e Senai
O Gerhai (Grupo de Estudos em Recursos Humanos na Agroindústria) vai
realizar sua reunião mensal durante as
feiras, no dia 31 de agosto, das 08 às 14
horas, no Auditório do Centro Empresarial Zanini. O grupo reúne profissionais
de recursos humanos do setor sucroenergético brasileiro. Promove a troca de informações e experiências em todos os assuntos relacionados a recursos humanos,
buscando atualização e desenvolvimento
do trabalho para as empresas envolvidas.
Na reunião especial, agendada para as
feiras, também contará com a participação do SENAI, que vai apresentar os
projetos que desenvolve para o setor sucroenergético.
Usina & Automação
No dia 03 de setembro, a Mutiplus
Feiras e Eventos, em parceria com a
Campus Web, promove uma das novidades da programação simultânea da Fenasucro & Agrocana 2010: o encontro Usina & Automação. O evento terá em sua
programação palestras e apresentações
de cases de empresas do setor. O objetivo é aproximar as empresas de automação instaladas na região dos profissionais
que utilizam a tecnologia oferecida por
elas. Serão duas palestras e a apresentação de cinco cases.
Espaço Agrocana de Convivência e
Negócios
O visitante e o expositor da Agrocana 2010 terão uma área especialmente
projetada e estruturada para receber com
conforto diversos formatos de eventos: o
Espaço Agrocana de Convivência e Negócios. Planejado como uma área para
estimular o relacionamento entre os visitantes, o Espaço Agrocana terá toda a infraestrutura para abrigar até 400 pessoas
em eventos de lançamento de produtos,
palestras, apresentação de cases ou qualquer outro tipo de evento que envolva os
expositores, empresas, instituições e entidades participantes da feira.
Com completo serviço de gastronomia, o Espaço Agrocana de Convivência
e Negócios terá varanda gourmet, almo-
ços, happy hour, coffee e decoração feita
pelo buffet Renato Aguiar.
A programação social vai contar com
happy hour com música ao vivo, do sertanejo ao samba, e também show de humor. Já estão confirmadas as presenças
dos artistas Roberto Edson, Chico Lorota
e Murillo & Mateus no dia 31 de agosto,
das duplas Jorge Henrique e Cristiano
e João Lucas e Mateus no dia 1 de setembro e do grupo Sambô no dia 02 de
setembro.
Workshop Agrocana
Com realização da Multiplus Feiras e
Eventos, em parceria com a Copercana
e a Canaoeste, o Espaço Agrocana de
Convivência e Negócios vai receber, no
dia 03 de setembro, das 9h às 13h30, o
I Workshop Agrocana Fitotécnico e de
Motomecanização. As palestras e apresentações de cases serão conduzidas
pelo IAC (Instituto Agronômico) e pelo
Gmec (Grupo de Motomecanização). O
evento é destinado aos produtores agrícolas e profissionais do setor. RC
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
24
Novas Tecnologias
Tecnologia Plene: desenvolvida e comercializada
por brasileiros
Syngenta e Usina Guaíra assinam primeiro contrato da nova tecnologia de cana-de-açúcar
A
Syngenta e a Usina Açucareira Guaíra anunciaram, no dia 6 de agosto,
o acordo do primeiro contrato de
Plene. Com esta formalização, a Guaíra
tornou-se a primeira usina a adquirir a tecnologia Plene em escala comercial.
A tecnologia Plene foi desenvolvida e é comercializada exclusivamente
pela multinacional Syngenta. Essa tecnologia proporciona à cana-de-açúcar
gemas tratadas, que possuem cerca de
quatro centímetros, (e não 40 cm como
as tradicionais) contra as pragas e doenças, garantindo um canavial saudável,
além de diminuir custos de plantio em
aproximadamente 15% por hectare.
As variedades que o Plene contempla
são aquelas disponíveis com a Syngenta,
ou seja, em parceria com IAC (Instituto
Agronômico) e Ridesa (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do
Setor Sucroalcooleiro), que são mudas
com garantia de pureza varietal.
De acordo com o gerente geral do pro-
jeto, Márcio Farah, para chegar a esse
resultado foram necessários três anos de
pesquisa interna e depois mais dois anos
de validação nas usinas – mais 17 grupos
sucroalcooleiros já estão em fase de negociação final para adquirir esta tecnologia. Investimentos em fábricas e produtos químicos também foram realizados.
Em 2008, quando a tecnologia Plene
foi lançada, a multinacional tinha uma
perspectiva de renda anual no valor de
US$ 300 milhões, mas acredita que esse
valor será maior ainda este ano devido
ao grande interesse de outros países.
Vale ressaltar que somente com as negociações da tecnologia Plene com os
18 grupos sucroalcooleiros o volume de
negócios chegou a US$ 200 milhões.
Para Eduardo Junqueira, sócio-diretor
da Usina Guaíra, esta inovação da Syngenta vai realmente revolucionar o setor
canavieiro no Brasil e no mundo, pois os
benefícios que ela apresenta são extremamente diferenciados. “Empresas como a
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
Syngenta tem condições melhores de fazer uma muda sadia, então por que não
tentar? Acredito que essa tecnologia vai
substituir tudo o que houve até hoje”.
Uma das vantagens que as usinas
têm com o modo Plene é a redução de
custos com máquinas e equipamentos,
por exemplo, com as mudas menores, é
necessária a utilização de apenas uma
plantadeira de cana de pequeno porte,
desenvolvida em parceira com a John
Deere, com lançamento previsto para
abril de 2011. “É uma máquina mais
leve e mais flexível, o que torna o serviço menos cansativo e não prejudica o
solo”, explicou Junqueira.
Para Junqueira, a principal vantagem da tecnologia Plene é a segurança
de produção, graças a sua eficiência. “
Com esse método nós sabemos que podemos até plantar menos, mas temos
a garantia de que vamos ter a mesma
quantidade de produção, pois a perda é
muito menor”.
25
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
26
Informações Setoriais
CHUVAS DE JULHO
e Prognósticos Climáticos
No quadro a seguir, são apresentadas as chuvas do mês de JULHO de 2010.
A
Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Assessor Técnico Canaoeste
média das observações de chuvas
ocorridas durante o mês de JULHO “ficou” bem abaixo (40%)
da média das normalidades climáticas de
todos os locais informados. Apenas no
CENTROCANA IAC, Usinas Da Pedra/
Ibirá e São Simão-IAC/Ciiagro é que as
chuvas anotadas “ficaram” próximas ou
ligeiramente acima das respectivas médias históricas.
O Mapa 1, abaixo, mostra que, no período de 15 a 18 de JULHO,
o índice de Água Disponível no Solo apresentava-se como médio e
até crítico na faixa centro-norte do Estado de São Paulo.
Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 15 a 18 de JULHO de 2010.
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
O índice de Disponibilidades Atuais
de Água no Solo, ao final de JULHO de
2010 (Mapa 3), já se mostrava baixo ou
crítico em quase toda área sucroenergética do Estado, salvo as regiões de Campinas, Piracicaba, Sorocaba e próximas de
Ourinhos. Enquanto que, ao final de 2009,
Mapa 2:- Água Disponível no S
27
as condições hídricas do solo
mostravam-se bem diferentes das
deste ano, permitindo imaginar
uma linha dividindo Norte - Sul
do Estado de São Paulo.
Mapa 4:- Prognóstico de Consenso entre
INMET e INPE para o trimestre agosto a outubro.
Adaptado pela CANAOESTE.
Para subsidiar planejamentos
de atividades futuras, a CANAOESTE resume o prognóstico
climático de consenso entre
INMET (Instituto Nacional de
Meteorologia) e INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para os meses de agosto a
outubro.
• Preveem-se que as temperaturas médias sejam ligeiramente
acima das normais climáticas
em (quase) todas áreas sucroenergéticas da Região Centro-Sul
do Brasil;
• Quanto às chuvas, para os meses de
agosto a outubro, poderão, também, “ficar” próximas às médias históricas em
(quase) toda áreas sucroenergética da
Região Centro-Sul (vide Mapa 4);
• Como referência, as normais climáticas de chuvas para Ribeirão Preto e
municípios vizinhos, pelo CentroCana e
Solo ao final de JULHO de 2009.
Apta-IAC, são de 20mm em agosto, de
50mm em setembro e de 125mm em outubro.
A SOMAR Meteorologia, a exemplo
do INPE e INMET, também prevê que
as chuvas ficarão entre próximas das
respectivas médias climáticas nos meses
de agosto a outubro, em toda região de
abrangência CANAOESTE. Entretan-
to, como o fenômeno La Niña
(contrário de El Niño) está se
manifestando, a SOMAR assinala que se observa mais incertezas climáticas que em período
de ocorrência de El Niño e prevê,
ainda, prognóstico semelhante
para o mês de novembro, ou seja,
não diferente da normalidade climática.
Quanto às condições climáticas para estes meses de moagem
- agosto a outubro/novembro, a
CANAOESTE sugere aos produtores de cana que primem em operações de colheita e aproveitem ao
máximo os dias e tempos disponíveis; bem como, que efetuem os
necessários e aprimorados tratos
culturais, com vistas às crescentes
demandas por matéria-prima nas
próximas duas safras.
Estes prognósticos serão revistos a
cada edição da Revista Canavieiros e fatos ou prognósticos climáticos relevantes
serão noticiados em nosso site:
www.canaoeste.com.br .
Persistindo dúvidas, consultem os técnicos mais próximos ou por meio do Fale
RC
Conosco CANAOESTE.
Mapa 3:- Água Disponível no Solo, 50 cm de profundidade, ao final de JULHO de 2010. Revista Canavieiros - Agosto de 2010
28
Informações Setoriais
Condições Climáticas Atuais e
Prognósticos Impactos & Precauções
Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Assessor Técnico Canaoeste
O
s mapas de Capacidade Hídrica do Solo e da consequente Estiagem Agrícola,
elaborados pela SOMAR Meteorologia em meados de agosto, deixam
bem evidentes a severidade climática que afeta quase toda área sucroenergética do Estado de São Paulo,
destacando-se nos anéis brancos as
regiões de abrangência da ABAGRP e CANAOESTE; excetua-se,
embora com média Capacidade Hídrica, a região abaixo da linha imaginária entre Assis a Campinas. Nos
demais estados da Região Centro Sul
a climatologia de chuvas mostra-se
igualmente severa, com menores intensidades nas faixas sucroenergéticas do Estado do Paraná, extremo
sul de Mato Grosso do Sul (mas que
tem sofrido impactos de frios intensos nos últimos dias) e nas regiões
canavieiras dos estados do Rio de
Janeiro e Espírito Santo.
Infelizmente, tem-se que assinalar que as previsões climáticas, pela
SOMAR Meteorologia, para as regiões de abrangências da ABAG RP
e CANAOESTE são de baixa probabilidade de chuvas significativas
para este final de agosto e abaixo
da média histórica para o mês de
setembro que é de 50 a 60mm. Condições estas que, somadas às elevações das temperaturas acima das
médias, irão acentuar ainda mais a
severidade climática.
Abaixo, o mapa de Estiagem Agrícola mostra que, das faixas centrais dos
Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul em direção ao norte da Região
Centro Sul, não ocorrem chuvas significativas a mais de três meses (e até
cinco meses na área arroxeada)
IMPACTOS:
Desconforto pela poeira suspensa
e a baixa Umidade Relativa do ar.
Dificuldades e doenças respiratórias
que, acreditem, nada ou pouco tem
a ver com queimadas de cana, pois
estão ocorrendo com as mesmas intensidades em todos os municípios
com níveis semelhantes de estiagem,
mesmo naqueles que não tem (e situam-se longe da) cultura da canade-açúcar.
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
29
Esta condição é excelente para
operações de colheita da cana que,
nesta região de abrangência da
ABAG RP e CANAOESTE que, pelo
menos, 70% da área estão sendo efetuadas sem queima.
operações de tratos culturais mecânicos de soqueiras. Sendo, pois, totalmente dispensáveis escarificações
dos solos (que acentuam as perdas
d’água) e as incorporações de fertilizantes em profundidade.
Estão ocorrendo, sim, queimadas
durante o dia. Creiam, nenhum produtor de cana orientados pelas Associações de Classe, Unidades Produtoras e
em sã consciência, estariam efetuando
estas queimas. Eles estão perfeitamente cientes e conscientes dos cuidados
Ambientais, até porque sabem dos
pesos das penalizações, não só pelas
multas e processos, mas, também pelas significativas (e até total) perdas
de produção na safra.
PRECAUÇÕES:
Eminentes riscos de incêndios em
canaviais, um vez que grande percentual de folhas e bainhas encontram-se murchas a muito secas. As
queimadas, quando permitidas, já
devem ser efetuadas na madrugada,
em observação à Umidade Relativa
do Ar e evitando queima excessiva
da cana a ser colhida. Em áreas colhidas mecanicamente, são prudentes
e preventivos efetuarem aleiramentos com objetivo de estabelecer aceiros próximos de quaisquer rodovias
ou estradas, proximidades de áreas
urbanas e matas.
Condição climática desfavorável para as operações de preparo do
solo, pelo sistema convencional. Solos secos, mesmo sem adensamentos, apresentam grande resistência a
revolvimentos. Desfavorável, também, desde o início da safra, para as
Em hipótese alguma se utilizem
do fogo para limpeza de pastagem e
de restos culturais e lixos em fazen-
das. Os redemoinhos de vento não
marcam hora para acontecer. Os acidentes podem ser muito danosos.
Rotações de culturas - pelos prognósticos climáticos futuros, constantes na Revista Canavieiros e site Canaoeste, recomenda-se que a técnica
de plantio direto sobre a palhada remanescente da cana mostra ser a mais
segura para se obter melhor estande
de germinação e ao desenvolvimento
das culturas em rotação nesta próxima primavera. No caso da cultura do
amendoim, diferentemente da soja
(por exemplo), este sistema promove
melhor desenvolvimento e produção
de massa; entretanto, durante as operações de arranquio e colheita ocorrem
maiores perdas de vagens e grãos.
Plantio de cana de ano – prevê-se
ser pouco provável efetuar plantios de
cana, sem irrigação e solos sem os devidos preparos, antes de meados de outubro. Some-se a isso as condições de
estressamento das “mudas” de cana. RC
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
30
Artigo Técnico
Seminário estratégico em
Ferrugem Alaranjada
1
- INTRODUÇÃO – Em dezembro de 2009 surgiram as primeiras notícias que a ferrugem alaranjada havia chegado ao Brasil. Em
28/01/2010 o CTC realizou o seminário
para esclarecimentos sobre a doença e
definição das diretrizes na pesquisa e
procedimentos nas áreas comerciais
das associadas.
panhada para comparação com as expectativas levantadas no seminário.
2 – CONTEÚDO RESUMIDO - Iremos relembrar os temas discutidos no seminário
que também pode ser revisto pelo acesso ao Portal de Treinamento do CTC (figura 1).
Estiveram presentes quase 200 participantes de associadas, sendo 13 associações de fornecedores, além de mais de
300 transmissões à distância (ao vivo),
inclusive com associações de fornecedores fazendo a apresentação para grupos
de fornecedores e técnicos, ficando claro
o interesse pelo assunto.
No próximo verão a ferrugem provavelmente reaparecerá e precisa ser acom-
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
Figura 1 – Portal de Treinamento do CTC.
31
2.1 - ABERTURA DO SEMINÁRIO – Willian Lee Burnquist
O objetivo do seminário é atualizar os
participantes sobre essa nova doença no
Brasil que foi constatada recentemente
em dezembro de 2009. O assunto é dinâmico e apresentaremos o que temos
atualmente sobre o tema.
2.2 - HISTÓRICO DA FERRUGEM ALARANJADA – Enrico de
Beni Arrigoni
As equipes do CTC (Brasil), Panamá e
Costa Rica estão envolvidas nos trabalhos
que serão apresentados. Foram enviados
variedades e clones para esses países em
anos anteriores para avaliação quanto à
susceptibilidade à ferrugem alaranjada.
O agente causal é um fungo - Puccinia
Kuehnii, descrito pela primeira vez em
Java (1890) e posteriormente na Austrália em 1893. É uma doença bastante antiga. Em 2000, na Austrália, a variedade
Q124 sofreu grande infecção com prejuízos estimados em 24% na produção de
açúcar/ha. A variedade já era bastante
plantada, chegando a 80% da área, em
certas regiões, e o prejuízo foi grande
com a severidade de ataque da doença,
em anos em que o clima favoreceu o desenvolvimento do fungo.
Em 2007 a ferrugem alaranjada
chegou aos EUA, migrando rapidamente para os países da América Central já em 2008. No Brasil foi constatada pela primeira vez recentemente
em 07/12/2009, no município de Rincão/SP e já foi observada em vários
outros municípios do Estado de São
Paulo e de outros estados também.
Como não tínhamos a doença no Brasil, foi adotada a estratégia de envio de
variedades e clones ao exterior, para avaliação da resistência à Ferrugem Alaranjada. Inicialmente mandamos materiais
para a Austrália em 2000. Todas as SP
enviadas inicialmente eram resistentes.
As CTC1 a CTC9 foram enviadas em
2006 para testes serem realizados somente em 2010, devido à quarentena
exigida naquele país.
Com o aparecimento da doença no
continente americano, em 2008, enviamos materiais para o Panamá e Costa
Rica para serem avaliados. Junto com
as CTCs, foram enviadas também
nove variedades SP, seis variedades
RB representando 72% da área com
cana no centro-sul pelo censo do CTC
e finalmente 83 clones CT, de onde
sairão as futuras variedades CTC. As
variedades RB72-454 e SP89-1115 se
mostraram susceptíveis. No Brasil, a
SP84-2025 apresentou Ferrugem Alaranjada, sendo também classificada
como suscetível à doença. A SP792233 foi suscetível na América Central, porém mostrou-se resistente na
Austrália, anteriormente
Pelo jeito que a ferrugem se espalhou
rapidamente no Brasil, mostra ser uma
disseminação clássica por correntes de
ventos. Informações recentes mostram
que a germinação dos esporos se dá em
temperaturas entre 20 a 25ºC e necessita
de umidade na folha por, no mínimo, oito
horas seguidas para que ocorra a germinação dos esporos.
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
32
A CTC9 teve nota um pouco maior
nas folhas mais velhas o que não é preocupante. A CTC3 também apresentou
alguns sintomas em folhas novas, colocando-se como intermediária.
Para a identificação da doença devemse observar todas as folhas. As lesões são
em forma de pústulas com esporulação
na parte inferior das folhas. As pústulas são salientes e circundadas por cor
amarelada. Os esporos são alaranjados.
Ocorrem pústulas também próximas à
bainha. A Ferrugem Alaranjada não deve
ser confundida com mancha anelar ou
mancha parda.
Os próximos passos a serem tomados é o de treinamento de equipes, vistorias de áreas, mapeamento, definição
de áreas de riscos (clima mais propício),
substituição de variedades, testes com
fungicidas, determinação das perdas
ocasionadas, liberação emergencial de
produtos e acompanhamento da evolução da doença.
2.3 - SINTOMAS E IDENTIFICAÇÃO – Adhair Ricci Junior
Os sintomas da ferrugem alaranjada manifestam-se nas folhas e têm início com pequenas manchas amareladas,
circulares ou elípticas, recobertas com a
película da folha. São mais visíveis na
parte inferior das folhas. Com o desenvolvimento da doença, estas manchas
aumentam de tamanho e rompem a cutícula, expondo uma massa de uredósporos (esporos) produzido pelo fungo, formando lesões denominadas de pústulas,
Figura 2: Sintomas de ferrugem
laranja perto da bainha.
Artigo Técnico
com coloração amarelada
ou alaranjada quando novas
e mais escuras quando mais
velhas. As pústulas apresentam-se salientes em relação
à superfície foliar, podendo
ocorrer a junção de pústulas
e secamento de grande área
das folhas, quando a doença ocorre de forma severa,
principalmente em variedades suscetíveis.
A visualização dos sintomas para identificação da
doença é mais fácil em lesões
ou pústulas mais novas, onde
há a presença de uredósporos. Lesões mais velhas onde
pode haver ocorrido a lavagem de esporos pela chuva, tornam difícil
a identificação.
A ferrugem alaranjada embora ocorra
em toda a superfície foliar, pode expressar-se com maior intensidade na parte
basal da folha, perto da junção com a
bainha (figura 2), fato que não é comum
na ferrugem marrom. Também se apresenta com coloração mais clara em relação à ferrugem marrom.
A identificação desta doença é importante principalmente para 2 finalidades:
1) para constatação da ocorrência da
doença em canaviais; 2) para a classificação do comportamento da variedade
quanto à resistência ou suscetibilidade a
esta doença.
Figura 3: Tabela de notas para avaliação de
clones e exemplo de classificação.
A distinção da ferrugem alaranjada,
causada pelo fungo Puccinia kuehnii,
da ferrugem marrom (Puccinia melanocephala), pode ser feita examinando-se
seus uredósporos sob microscópio, e
observando-se a espessura da parede
dos esporos, que são mais espessas
no caso da ferrugem alaranjada (figura 5). Em caso de persistirem dúvidas,
o mais seguro é a realização de testes
moleculares (PCR – Polimerase Chain
Reaction), para a distinção segura entre os dois tipos de ferrugens da canade-açúcar.
Figura 4: Indicação da folha +3,
que apresenta o 3º “dew-lap” visível.
Para constatação da ocorrência da
doença é preciso observar toda a planta,
considerando-se folhas novas e velhas.
Para a classificação do comportamento de variedades utiliza-se uma escala de
notas de 1 a 9, sendo a nota 1 aplicada a
variedades onde não se observa a doença, e
nota 9 em variedades que apresentam 50%
ou mais de área foliar afetada pela doença
(figura 3). A intensidade de ocorrência de
pústulas nas folhas indica o comportamento de resistência ou suscetibilidade de uma
variedade. Quanto maior a ocorrência,
maior o grau de suscetibilidade.
No caso de classificação do comportamento de variedades somente a folha +3
deve ser considerada (figura 4).
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
Continua na página 34
33
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
34
Artigo Técnico
Figura 5: Esporos de ferrugem marrom (esquerda) e ferrugem alaranjada (direita).
Existem outras doenças de cana-deaçúcar que causam manchas foliares e podem confundir e dificultar a identificação
da ferrugem. As mais comuns são a mancha parda e a mancha anelar (figura 6), que
podem ser diferenciadas por não apresentarem relevo em suas manhas, que é uma
característica das pústulas de ferrugem, e
podem ser constatadas passando-se o dedo
na parte inferior das folhas atacadas.
Figura 6: Outras doenças foliares da cana.
2.4 - COLETA DE AMOSTRAS
PARA IDENTIFICAÇÃO – Cassiara
Gonçalves
A observação e a coleta de material
para identificação da doença podem ser
feitas nas bordas do talhão e deve-se
observar a planta como um todo. Normalmente a ferrugem alaranjada está
aparecendo mais em folhas mais velhas,
principalmente quando a variedade é menos susceptível. Após a coleta da folha
problema, cortá-la em pedaços de 20 cm
e colocar em saquinho apropriado. Não
ultrapassar cinco dias desde a coleta até
a análise no laboratório do CTC.
São três os tipos de avaliações: visual,
laboratorial com avaliação por microscopia e visualização molecular. A ferrugem
laranja apresenta coloração mais clara e no
microscópio verifica-se o engrossamento
da membrana. O laudo resultante não é
quantitativo, apenas confirmando ou não
a presença da ferrugem alaranjada.
Ao contrário da ferrugem marrom, que
ocorre com maior intensidade na época
fria do ano, a ferrugem alaranjada encontra as melhores condições para desenvolvimento em temperaturas médias de 25º
C, e regimes de umidade que proporcionem 8 a 9 horas de molhamento foliar.
Estas condições, comum em nosso país
no período de setembro a abril, foram extremamente favoráveis para a ocorrência
da doença em variedades suscetíveis.
2.5 - O PROGRAMA DE MELHORAMENTO DO CTC – Arnaldo José
Raizer
A substituição gradativa de variedades suscetíveis que ocorreu com o apare-
Figura 8 – Variabilidade e resistência no material
genético do CTC.
cimento da ferrugem marrom na década
de 80 (figura 7) também ocorrerá no caso
da ferrugem alaranjada, com a vantagem
do maior número de variedades disponíveis atualmente.
No programa de melhoramento atualmente desenvolvido pelo CTC, 80% dos
clones são resistentes à ferrugem alaranjada com notas 1 e 2. Para exemplificar,
tem que procurar bastante para se certificar da presença da doença quando a
variedade apresenta nota 2.
Os materiais suscetíveis citados anteriormente (RB72-454, SP89-1115 e
SP84-2025) representam menos de 2%
na participação dos cruzamentos realizados nos últimos 10 anos pelo programa
de melhoramento do CTC (figura 8). Isso
é importante, pois a ferrugem apresenta
herdabilidade alta.
2.6 - PLANO DE AÇÃO DA
EQUIPE MUDA SADIA – Marcos
V. Casagrande
O aparecimento da ferrugem alaranjada não é uma novidade e já era esperado. Estamos no início de uma epidemia
e o momento é de cautela e de trabalhar
em conjunto com as associadas para
avaliar o status da doença.
Figura 7 – Substituição varietal devido à ferrugem marrom.
Plantas doentes têm seu processo fotossintético afetado tanto pela retirada de nutrientes promovida pelo fungo como pela
destruição da área foliar, decorrente da formação de pústulas. Em plantas suscetíveis
que apresentem notas 6 a 7, estimam-se
perdas de 20 a 30% na produtividade.
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
Ação preventiva é a
diversificação de variedades. Ação corretiva será a
substituição das variedades susceptíveis (Tabela
1). Tomar cuidado nessa
substituição varietal para
não ocorrer a concentração de variedades.
35
Ações da equipe Muda Sadia
- Avaliação da reação de clones e
variedades do CTC nas associadas
juntamente com os técnicos das associadas. Auxílio na tomada de decisões
e seleção de futuras variedades.
atuais em algumas associadas;
o procedimento realizado no
caso da ferrugem da soja; considerações sobre o uso de fungicidas e informações do Ministério da Agricultura.
- Capacitação dos funcionários das
associadas para identificação e classificação da susceptibilidade à doença
(figura 9), com início em fevereiro de
2010. Atenção especial será dada para
as equipes de roguing.
Conforme programado, após
a realização desse seminário, a
equipe do Muda Sadia do CTC
realizou vistorias para constatação da doença, treinamento
para identificação e classificação das variedades e clones
promissores quanto à susceptibilidade; em todas as unidades
associadas do CTC.
- Planejamento de viveiros com
ajuda do Software Muda sadia objetivando minimizar o possível efeito de
falta de mudas.
- Desenvolvimento de estratégias
para acelerar a multiplicação de variedade resistente através da Biofábrica
e de procedimentos como o quebraquebra que pode até quadruplicar a
multiplicação de uma variedade.
Figura 9 - A RB855156 é um sinal amarelo.
Espera-se para o final deste ano
novo surto da doença e atenção especial deve ser dada principalmente às
variedades consideradas susceptíveis,
evitando a sua multiplicação (plantio)
para diminuir o potencial de inóculo
da doença. Consulte o agrônomo da
sua associação para maiores esclarecimentos e orientações sobre a ferrugem
alaranjada.RC
Tabela 1 – Escala de notas de infestação de ferrugem.
As tabelas de recomendações de variedades apresentadas geralmente são
genéricas e o profissional do Muda
Sadia deve ser consultado na orientação específica de cada associada sobre
qual material multiplicar.
Estamos com uma grande opção de
variedades para plantio. Um pólo de
desenvolvimento varietal em cada associada é bom para um momento igual
a este que estamos enfrentando.
3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para colaborar com o seminário, foram apresentadas também as situações
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
36
Lançamento
Santal completa 50 anos e apresenta edição
comemorativa de suas máquinas
Colhedora Santal Tandem SII, carregadoras e transbordos terão versão exclusiva
nas cores dourada e preta, em alusão ao cinquentenário da empresa
Santal Equipamentos, completa 30%). Outros pontos fortes da máquina, estas realizadas sem a necessidade de ca50 anos em 2010 e apresenta na comprovados em campo, foram: aumen- minhão prancha. Outra vantagem é seu
A
Fenasucro/Agrocana, edição comemorativa de suas máquinas. Ao todo
foram produzidas uma colhedora de cana
Santal Tandem SII, duas carregadoras de
cana e dois transbordos, que originalmente são laranja ou verde, nas cores
dourada e preta. Alguns destes equipamentos estarão expostos no estande da
empresa na feira.
Outro destaque da empresa no evento
será o excelente resultado que a colhedora de cana-de-açúcar Santal Tandem
SII apresentou em campo desde que foi
lançada, há um ano, na Agrocana 2009.
A máquina, com projeto inovador e capacidade de colheita em todo tipo de
canavial, tem vários diferenciais como:
cabine segura e confortável, frentes intercambiáveis, caixa principal com 5 saídas e motor diesel 12 litros 1800rpm.
O motor, desenvolvido para atender
as mais severas e diversas aplicações, é
uma exclusividade da Santal Tandem SII
no mercado e proporciona o ponto ideal
de consumo e torque com rotação de trabalho de 1800rpm. “Este motor garantiu
alta performance com baixo custo operacional para nossos clientes, com consumo de combustível muito menor do que
o da concorrência (aproximadamente
to da capacidade de produção, menor
dano às gemas e durabilidade até cinco
vezes maior do que os outros equipamentos disponíveis no mercado”, afirma
Arnaldo Adams Ribeiro Pinto, presidente da empresa.
A Tandem SII também é a primeira
máquina do mercado projetada para atender colheitas em todos os espaçamentos
existentes (1,40m, 1,50m, 1,0m e 1,10m
através das frentes intercambiáveis). Sua
cabine oferece muito mais conforto, visibilidade, ergonomia e ainda menores
índices de ruído. Os comandos são todos
próximos do operador, o design garante
total ângulo de visão de operação e ainda
conta com assento auxiliar que favorece,
inclusive, o treinamento de novos operadores.
Outra característica exclusiva desta
máquina é o sistema tandem de tração
(6 x 4). Este sistema proporciona maior
estabilidade na colheita, com capacidade
de copiar o solo e os pneus de alta flutuação, garantem baixa compactação na
área e baixos danos nas soqueiras – 50%
menor que o sistema de pneu convencional. O sistema tandem permite ao equipamento um deslocamento de até 26 km/h,
inclusive em asfalto, e tráfego em rampa
de até 15% de inclinação, locomoções
baixo custo de manutenção, e excelente
estabilidade.
Colheita de Mudas – A colhedora oferece um opcional específico para a colheita de mudas: o kit mudas. Através de
fácil substituição, é possível transformar
o equipamento para colheita de muda ou
colheita industrial. O kit mudas é um sistema patenteado no qual todos os pontos
de contato da cana com a máquina são
protegidos por borracha, minimizando
o atrito e aumentando a proteção às gemas.
A Santal é a única empresa a oferecer
um sistema completo de mecanização
agrícola para as lavouras de cana-deaçúcar. O sistema de mecanização Santal
inclui Plantadora de Cana Picada (PCP2L), Colhedora Santal Tandem SII (Industrial e Mudas) e os Veículos de Transbordo (de 6 a 13 toneladas de carga), que
têm como grande diferencial o menor
peso e a maior resistência do mercado.
Outro produto Santal em exposição na
Agrocana será carregadora de cana-deaçúcar CMP Master Santal, que é líder
mundial na categoria. O equipamento
tem como função carregar a cana cortada
manualmente e colocá-la nos caminhões
e reboques canavieiros.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Santal
18 de agosto: Dia Nacional do Campo Limpo
81 centrais de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos abriram suas portas para a comunidade
P
ara a realização da sexta edição do
Dia Nacional do Campo Limpo,
que aconteceu no dia 18 de agosto, o inpEV contou com a participação
de 104 centrais de recebimento em 23
Estados na realização de atividades de
educação ambiental, que compunham a
programação da data.
Destas 104 unidades, 81 realizaram o
dia de Portas Abertas, para receber a visita da comunidade local que conheceu de
perto o trabalho realizado pelas centrais
de recebimento, processo que faz parte
da logística reversa das embalagens vazias de defensivos agrícolas, considera-
da referência mundial ao retirar do meio
ambiente mais de 95% das embalagens
plásticas colocadas no mercado.
As ações envolveram mais de 120 mil
pessoas em todo o país e se estenderam
durante o mês de agosto nas escolas participantes do projeto Ciclo de Vida das
Embalagens, desenvolvido como parte
das comemorações do Dia Nacional do
Campo Limpo, que tem como objetivo
contribuir com conteúdos para a educação ambiental dos alunos do 4º a 7º ano
do Ensino Fundamental. Este projeto
educacional é uma iniciativa do inpEV,
realizado em parceria com a Editora Ho-
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
rizonte, responsável pela produção do
material didático que será utilizado nas
salas de aula e tem a coordenação das
centrais de recebimento de embalagens
vazias de agrotóxicos.
Sobre o inpEV:
O instituto foi fundado em 14 de dezembro de 2001 e entrou em funcionamento em março de 2002. Atualmente,
possui 84 empresas e sete entidades de
classe do setor agrícola como associadas.
Mais informações sobre o inpEV e o
sistema de destinação de embalagens vazias estão disponíveis no site:
www.inpev.org.br.
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“General Álvaro
Tavares Carmo”
Derivativos de Agronegócios
Gestão de riscos de mercado
Wilson Motta Miceli
Cultivando
a Língua Portuguesa
Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer
algumas dúvidas a respeito do português.
“O sofrimento é passageiro; desistir é para
sempre” Lance Armstrong
1) - “Pára”, Pedro!
Prezado amigo leitor, com a nova regra, para parar: usar sem
acento.
Os acentos diferenciais (tópico gramatical) estão abolidos (existem outras regras).
Antes - Verbo Parar: Pára (verbo e com preposição) e Para (preposição)
Agora, com o Novo Acordo Ortográfico, o correto: PARA (verbo e sem acento) e PARA
(preposição)
Correto: PARA, Pedro!
Este livro trata dos principais conceitos e das
modalidades operacionais dos mercados futuros
e de opções agropecuárias, além de sua utilização e de seu desenvolvimento no âmbito do mercado brasileiro.
É dirigido aos profissionais que atuam na negociação de commodities agropecuárias, técnicos das cooperativas agrícolas, processadores de
carne bovina, exportadores de produtos agropecuários, profissionais das indústrias de insumos
e produtores em geral.
Além desse público, atende a estudantes e
professores das graduações em economia, administração e engenharia agronômica, bem como
de cursos de especialização em comercialização
do setor agropecuário e, finalmente, aos gestores
de fundos de investimentos, em especial aos que
administram os fundos multimercados.
Por meio de exemplos que caracterizam as
operações comerciais realizadas pelos agentes
do agronegócio, o leitor perceberá, no decorrer
do livro, que sua atividade profissional tem consonância com as estratégias utilizadas aqui.
O propósito desta obra é contribuir com o
leitor que deseja obter noções sobre o mercado de derivativos agropecuários. O usuário que
desconhece o tema “derivativos” pode permanecer tranquilo, pois a abordagem preliminar dá
condições-suficienes para conduzir o leitor até
o final do livro, sem que se sinta desconfortável
com os diversos assuntos abordados.
*texto retirado da sinopse do livro
Os interessados em conhecer as sugestões de
leitura da Revista Canavieiros podem procurar a
Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini,
nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone :
(16)3946-3300 - Ramal 2016
[email protected]
2) Pedro gosta de jogar “pólo”.
Dizem que é campeão.
Quanto ao Português, está fora do jogo!
Prezado amigo leitor, conforme a Nova Regra Ortográfica: os acentos diferenciais estão
abolidos.
Antes: Pólo (substantivo: extremidades do eixo da Terra e um tipo de jogo)
Pólo (combinação antiga de por e lo)
Agora, formas corretas: POLO e POLO (ambos sem acento)
3) No mês passado, Maria “pôde” comprar o carro novo!
Parabéns duplamente: escrita correta e aquisição do carro novo!
Prezado amigo leitor, didaticamente:
1) Tem a regra geral sobre os acentos diferenciais e as exceções;
2) Com o Novo Acordo Ortográfico houve mudança na regra geral sobre os acentos diferenciais (Ex.: verbo PARAR);
3) Com o Novo Acordo Ortográfico precisamos comentar sobre as exceções:
Verbo PODER:
PÔDE (verbo usado no passado) e PODE (verbo usado no presente): mantém o acento
diferencial: o circunflexo.
Ambos corretos.
P.S.: existem outras exceções no tópico acentos diferenciais… foi mostrado o
Verbo Poder.
PARA VOCÊ PENSAR:
A Lista
Oswaldo Montenegro
Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas mentiras você condenava
Quantas você teve que cometer
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você
Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você
Dicas e sugestões, entre em contato: [email protected]
* Advogada,Profa. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua
Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de vários
livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.
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ARRENDA-SE
- Fazenda de 500 hectares, plana, em
Minas Gerais. Fotos disponíveis no site
www.fazendaplana.com.br.
Tratar pelo telefone: (34) 99747500.
VENDEM-SE
- 01 Triturador marca Penha TH-3.500,
Motor 15 AP, com chave triangulo;
- 01 Bomba de Alta Pressão de 3’’,
saída de 2’’;
- 02 Rolos Compactadores para adaptar em escarificadores (sem uso);
- 01 Moto Bomba elétrico de 15HP Valor R$ 800,00;
- 01 Carroceria de ferro de 8m para
plantio de cana;
- 01 Carroceria de ferro para cana interna, marca FACHINI com cabos de aço
e cambão, ano 2000;
- 04 Cambão para descarga de cana inteira de 7 e 10m, com e sem cabo de aço;
- 01 Cultivador de cana, marca DMB
de 2 linhas completo, valor R$ 1000,00;
- 01 Cobridor de cana DMB 2 linhas
completo (semi-novo), valor R$ 3000,00;
- 01 Carregadeira de cana;
- Trator Valtra 885, Valor 40,000.00;
- 01 Enceleiradeira semi-nova. Penha 500;
- Lascas de aroeira e esticadores.
- Aluga-se Pasto para 50 cabeças;
Tratar com Marcus ou Nelson Vergamini pelos telefones: (17) 32815120 ou
(17) 3279-8520 - Olímpia/SP
VENDE-SE
- VALMET 880, turbinado, ano 90,
pneu 70% em ótimo estado.
Tratar com Claudinei Fernandes Balieiro pelo telefone: (17) 97299730 – Viradouro/SP.
VENDEM-SE
- 01 Caixa d’água modelo australiana
para 50.000 lts;
- 01 Caixa d’água modelo australiana
para 5.000 lts;
- 01 Transformador de 15 KVA;
- 01 Transformador de 45 KVA;
- 01 Transformador de 75 KVA;
- Lascas, palanques e mourões de aroeira;
- 01 Sulcador de 2 linhas DMB;
- Coxos de cimento;
- Porteiras.
Tratar com Wilson pelo telefone: (17)
97392000 – Viradouro/SP
VENDE-SE
- 01 Esteira para carregamento de caminhões de laranja ou cama de frango,
sendo tratorizada ou elétrica (mono faísca) modelo RECO-RECO.
Tratar com Raul pelo telefone: (17)
81245281 - Colina - SP.
VENDE-SE
- Fazenda 510 hectares, Triângulo Mineiro, divisa com canavial, montada para
pecuária, várias benfeitorias.
Tratar pelo telefone: (34) 99747500, vejam fotos no site www.fazendaplana.com.br
VENDE-SE
- 01 Carroceria de madeira pronta para
puxar amendoim ou soja a granel. Comprimento: 8m, Largura: 2,60m e Altura: 3,20m.
Tratar com Agnaldo pelo telefone:
(16) 39456018.
batata, documentação 100%, formada
braquiara, região de Araxá-MG, armazém
e adubo perto, terra vermelha, altitude
1.100m, ótimas chuvas (1.800mm), 10km
asfalto, água nas divisas e nascente dentro.
Valor: R$ 6.200,00/ha. (CRECI 84540-F);
- Varredura de adubos NPK, ideal para
cobertura de culturas como cana, laranja,
eucalipto, milho, reforma de pastagens.
Valor: R$ 380,00/ton+Frete;
- Sítio na região de Santa Rita do Passa Quatro-SP, 02 alqueires, casa sede boa,
sobrado de 04 quartos, sendo 02 suítes, mobiliado, piscina, churrasqueira, casa de empregado, granja para 10.000 frangos - Preço
R$ 300.000,00 em 60 pagamentos de R$
5.000,00 mensais (CRECI 84540-F).
Tratar com José Paulo Prado pelos telefones: (19) 35415318 ou (19) 91548674.
VENDE-SE
- 219,16 ha em Uberaba próximo a
Usina, área com cana plantada e parte lavoura, com sede e casa de funcionário.
Tratar pelo telefone: (34) 99357184.
VENDE-SE
- 02 colhedeiras de amendoim MIAC
DOUBLE MASTER I, ano 2000 e 2002.
Tratar com Claudinei pelo telefone:
(16) 91170937.
VENDE-SE
- Trator Valtra BH 140, ano 2002, com
cabina.
Tratar pelos telefones: (34) 99723073
ou (34) 33320525.
VENDEM-SE
- Trator Massey Fergunson 680, 4x4,
ano 2006 com 6750 horas, super conservado. Equipado com kit freio pneumático e cabina climatizada;
- Caminhonete D20 custon, cabine
dupla com ar e direção hidráulica, branca, ano 2001;
Tratar com Walter pelos telefones:
(17) 91412290 e (17) 33921066.
VENDE-SE
- Pick-up Strada Adventure, cor prata,
ano 05, completa e sem detalhes.
Tratar com Milton pelo telefone: (16)
91749650.
VENDEM-SE
- 70 alq. na região de Casa Branca-SP,
plana, toda irrigável por Pivô Central. Valor: R$ 100.000,00/alq (CRECI 84540-F);
- 10 alq. na beira do Anhanguera, região
de Araras-SP, para loteamentos industriais. Busca-se parceiro para investimento. Temos também áreas para loteamentos
residenciais. (CRECI 84540-F);
- Fazenda de 400 ha para café, grãos,
Revista Canavieiros - Agosto de 2010
COMPRA-SE
- Tubos de irrigação de todos os diâmetros, motobombas, rolão autopropelido, pivot, etc. Pagamento á vista.
Tratar com Carlos pelo telefone: (19)
91661710 ou pelo e-mail: cyutakam@
hotmail.com
PROCURA-SE
- Mineradoras/áreas de areia cava para
compra/arrendamento, com documentação em ordem, no estado de SP.
Tratar com José Paulo Prado pelos telefones: (19) 35415318 ou (19)
91548674.
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