MANUAL DE PADRONIZAÇÃO DE MANOBRAS COSTA ESMERALDA ESCOLA DE AVIAÇÃO (LEITURA OBRIGATÓRIA AO ALUNO-PILOTO) Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação I - Apresentação à aeronave Ao apresentar-se à aeronave, o piloto-piloto-aluno deve examinar o diário de bordo da mesma, verificar se existe algum reporte da manutenção ou do piloto que realizou o voo anterior, caso haja algum reporte, o piloto-aluno comunica ao instrutor que por sua vez tomará as providências junto ao mecânico de voo. O pilotopiloto-aluno deve também verificar a presença dos check-lists: inspeção pré-voo, procedimentos normais e procedimentos de emergência. II – Manobras e Procedimentos Elementares 1. Inspeção Pré-voo Objetivo: É um procedimento necessário à verificação dos documentos e do estado da aeronave, bem como sua preparação para o voo. A inspeção deverá ser feita de acordo com o check-list da aeronave. Sequência da manobra: Ao chegar na aeronave, tomar nota do livro de bordo (onde encontramos qualquer pane que tenha sido reportada em voos anteriores, horas disponíveis para aquela aeronave antes de sua próxima inspeção, e também uma lista de itens pendentes) e analisar os reportes ali mencionados, respectivas respostas ou ações corretivas da manutenção (a resposta é obrigatória e impede que a aeronave saia para qualquer voo caso o item seja “No Go”). Caso o reporte represente o impedimento para a liberação da aeronave, o piloto-piloto-aluno (consultando seu instrutor) decidirá pelo cancelamento do voo até que o reparo aconteça. É responsabilidade do mecânico de voo disponibilizar a aeronave para o voo. Se o livro de bordo não contiver nada que impeça a realização do voo, o piloto-aluno deverá inspecionar a aeronave seguindo o check-list supervisionado pelo instrutor. Se, durante a leitura do check-list, for detectado qualquer anormalidade ou funcionamento impróprio de algum sistema, este deverá ser imediatamente comunicado ao instrutor do voo, para que reporte por escrito no livro de bordo, indisponibilizando a aeronave para o voo, caso julgue necessário. O para-brisa deve estar limpo. Quando no voo solo o piloto-piloto-aluno deve ter em mente que estará sob sua responsabilidade, todos os procedimentos e decisões. Assim sendo deverá seguir os ensinamentos recebidos na instrução e cumprir rigorosamente todas as normas e regulamentos para a realização de um voo seguro. 2. Antes da Partida do Motor Objetivo: Configurar a aeronave para o acionamento, e solicitar autorização do órgão de controle (caso aplicável). Sequência da manobra: 1. 2. 3. 4. Observar ter completado a inspeção Pré-voo; Ajustar e prender os cintos; Travar as portas; Checar os comandos livres; 2 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação 5. Ligar Master; 6. Ligar o Rádio, setar a frequência do Órgão de Controle; 7. Obter a autorização para o acionamento (quando aplicável); 8. Setar o altímetro conforme cópia; 9. Desligar o Rádio; 10. Checar se os fusíveis estão armados (breakers). Em locais desprovidos de Órgão de Controle coordenar na frequência livre 123.45 MHz. 3. Partida do Motor Objetivo: Acionar o motor da aeronave até sua estabilização em regime de marcha lenta especificado no Manual da Aeronave. Sequência da manobra: Após ter efetuado todos os procedimentos de inspeções interna e externa, e preparado à cabine para a partida, dar-se-á início ao acionamento do motor, de acordo com o check-list de Livre Acionamento: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Aplicar os freios; Ajustar a mistura de combustível; Aplicar um Primer se necessário; Ajustar a potência; Observar atentamente a área da hélice livre; Acionar o motor girando e empurrando a chave de ignição; Ligar a luz anti-colisão Não acionar o motor com a cauda da aeronave voltada para o hangar ou com aeronaves à sua retaguarda, pois o cascalho e/ou a poeira levantada pela hélice, poderão danificá-los. Mantenha a mão direita na manete de potência e a mão esquerda no starter; prosseguir o acionamento com tempo máximo de 10 segundos para o starter; caso não acione: intervalos de 05 a 10 segundos entre os ciclos para a nova partida. Aliviar imediatamente o starter quando ocorrer o acionamento executar o check pós-acionamento. Após a partida, examinar a pressão do óleo. Se dentro de 30 segundos não houver indicação no instrumento, cortar o motor imediatamente e reportar a pane ao mecânico. Consagrada à partida dentro dos parâmetros normais, aquecer o motor a 2000 RPM. Neste regime a bomba de óleo trabalha eficientemente e a hélice fornece uma correta refrigeração para os cilindros do motor. Se o motor trabalhar em alta rotação, antes de o óleo ter atingido a sua temperatura apropriada, o motor será danificado. Nunca deixe o motor em marcha lenta (acelerador fechado), a não ser durante pouco tempo, porque assim a hélice não fará circular o ar necessário para resfriar satisfatoriamente o motor. O motor poderá atingir uma temperatura perigosa nesta condição, antes que ela seja registrada no termômetro de óleo e chame sua atenção. Erros comuns do piloto-piloto-aluno: 3 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação No início, o piloto-piloto-aluno encontrará pequena dificuldade em dosar a correta aplicação de potência para a marcha lenta, podendo ocasionar tanto uma aceleração demasiada, como também abaixo da recomendada. O instrutor deverá mostrar a correta posição da manete. Outro contratempo que poderá ocorrer é o motor afogar. Percebe-se isso quando, ao acionar o motor de partida, a hélice gira várias vezes sem que o motor funcione. Para colocar o motor afogado em funcionamento, posiciona-se a manete de potência toda à frente, aciona-se o motor de partida observando o limite de 10 segundos - até que o motor funcione. Após, reduz-se de imediato a potência para a posição de marcha lenta. 4. Rolagem ou Táxi Objetivo: É a manobra de movimentar a aeronave utilizando seus meios próprios (motor), do estacionamento até o local desejado, a uma velocidade segura (aproximadamente a de uma pessoa andando rápido), observando a adequada separação de obstáculos ou outras aeronaves nas proximidades. Sequência da manobra: Acelerar suavemente a aeronave – entre 2000 e 3000 RPM - apenas para que seja quebrada a inércia. Iniciado o movimento, reduzir a potência entre 2000 a 2500 RPM (±10Km/h). Em pistas pavimentadas, onde houver a “faixa amarela”, deverá manter a roda do trem de nariz sobre a faixa (assento esquerdo: a coxa direita sobre a faixa), utilizando apenas os pedais. Para isto, mantenha o calcanhar no assoalho da aeronave. Com vento de proa ou cauda, os comandos de ailerons devem estar na posição neutro (nivelados). Com vento de través – proa ou cauda – comandar o manche (aileron) para o lado do vento. Ao executar uma curva, caso seja insuficiente à aplicação do pedal (somente nestes casos), utilizar o freio da roda interna da curva (se aplicável), para o auxílio da manobra. Para redução de velocidade ou parada da aeronave, deverá reduzir primeiramente a potência (RPM) do motor na quantia requerida e, após, aplicar os freios. Em condições extremas, frear e reduzir a RPM instantaneamente. Para as pistas de grama, saibro ou areia, a potência (RPM) será conforme o necessário. Durante o Táxi, o piloto deve checar o funcionamento dos freios, direcionamento de bequilha e “pau e bola” (Turn and Bank), conforme o check de táxi. Ao executar o táxi sobre terrenos irregulares ou acidentados recomenda-se manter o manche cabrado procurando aliviar o peso sobre a bequilha. Erros comuns do piloto-aluno: Tendência de aplicar comando de aileron para executar curvas, sendo que o mesmo é inoperante no solo; Romper inércia com potência demasiada; Utilizar velocidade excessiva no táxi; Não taxiar sobre a faixa de rolagem; Frear a aeronave sem reduzir a potência. ATENÇÃO: Sempre que houver aeronave acionada no pátio ou realizando teste de motores, passe pela frente da mesma para evitar as áreas de perigo como hélices, jato residual, etc. 5. Cheque no Ponto de Espera 4 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação O ponto de espera pode ser a “crítica dois” ou outro ponto da pista de táxi, conforme o aeródromo. Neste ponto a aeronave deverá estar a 45º com a pista de táxi, com a finalidade de, durante o cheque de motor, não jogar sujeira (poeira, areia, cascalho e etc.) nas aeronaves à retaguarda. Prestar atenção para não ultrapassar a linha limite. Neste ponto o piloto-aluno deve executar o check Pré-decolagem, observando com atenção os parâmetros e os mínimos exigidos. Sequência da manobra: 1. Checar a seletora de combustível aberta; 2. Aplicar 4.000 RPM de potência; 3. Checar os magnetos, observando a queda máxima de 300 RPM individualmente, e a diferença entre ambos magnetos no máximo de 100 RPM; 4. Checar o amperímetro, observando a indicação de carga positiva; 5. Checar os instrumentos do motor, que devem estar na faixa verde, indicando funcionamento normal; 6. Checar a marcha lenta do motor – entre 1400 a 1800 RPM; 7. Aplicar 2.000 RPM de potência; 8. Checar os instrumentos de voo (Velocímetro, Horizonte, Altímetro e Climb); 9. Briefing de decolagem: 1o) BRIEFING DE DECOLAGEM: A decolagem será feita pela cabeceira 14, com 1 dente de flap, roda com 90 km/h e sobe mantendo 120-130 km/h. Após a altitude de aceleração de 300ft, check pós-decolagem (bomba, farol, flaps) e ao atingir 500ft, check de área e livrar o eixo de decolagem. Após cruzar o ponto médio da pista, segue com proa para Tijucas em ascensão até 1500ft. Comentários das instruções do Órgão ATS Após a decolagem, ao cruzar 500 pés, será mantida a Proa, QDM, QDR, Radial, Curso, Curva, Restrições (proa, altitude, velocidade) etc. 5 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação 2o) BRIEFING DE EMERGÊNCIA: Em caso de mínimos não atingidos, obstáculo na pista ou perda de reta: abortar decolagem. Pane abaixo de 500ft: pouso em frente ou aos lados, com curvas de no máximo 45° com o eixo da pista. Pane acima de 500ft, retornar para a pista realizando curva para o lado do vento. Em caso de pane real: comandos com o instrutor, checklist e fonia com aluno. Em emergência os comandos ficam com o instrutor, e check-list/fonia com piloto-aluno. 10. Observar se o circuito de tráfego está livre. 11. Informar a TWR que está “pronto” no ponto de espera, aguardando em seguida a liberação para o ingresso na pista (verificar manual de padronização de voo). O piloto-piloto-aluno deve estar ciente de que as aeronaves que estiverem pousando tem prioridade em relação aos que irão decolar, por isto, fazer um cheque de área em todas as direções, antes de ingressar na pista em uso. Quando pilotamos sempre o fazemos com auxílio de “referências”. As faixas de rolagem nas pistas de táxi, a linha central da pista de pouso e decolagem, as pontas das asas, pontos no nariz da aeronave. Pontos no solo como: edificações, antenas, estradas, lagoas, picos (montanha) e etc., são referências indispensáveis que, dependendo de cada piloto, são utilizadas para manterem os seus voos conforme planejados. É muito importante que desde o início o piloto-piloto-aluno adote suas próprias referências para cada fase do voo. Referências adotadas: Parte superior do painel de instrumentos (console). Capô do motor (próximo à hélice). 6. Decolagem Normal (melhor razão de subida) Após a liberação para decolagem, alinhar a aeronave com o eixo da pista aproveitando o máximo de pista e proceder da seguinte maneira, conforme o check de Livre Decolagem. Objetivo: Ultrapassar obstáculos distantes ou para alcançar em menos tempo o nível de voo proposto e ao mesmo tempo ter a melhor progressão sobre o terreno. 6 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação Sequência da manobra: Com a aeronave alinhada, checar: o vento, bússola, giro, de acordo com o alinhamento da pista, farol ligado e transponder em ALT. Determinar um ponto de referência no solo (prédio, antena, morro, árvore etc.) para manter a reta de decolagem. Liberar os freios e aplicar potência máxima, checando os instrumentos do motor (pressão e temperatura do óleo na faixa verde), tacômetro marcando o mínimo de 5.000 RPM. Iniciar a corrida de decolagem mantendo a reta (coxa direita sobre a faixa central) através dos pedais. Devido ao torque da hélice, a aeronave tenderá a sair para a esquerda. Aplique suavemente o pedal direito durante a corrida para neutralizar esta tendência e manter o alinhamento. Em caso de vento de través, comandar o manche (aileron) para o lado do vento, pois a aeronave tenderá a aproar o vento. Portanto se o vento vier da esquerda, se somará à tendência do torque da hélice, e a pressão no pedal direito terá que ser um pouco maior. Se vier da direita, reduz a tendência do torque. Em ambos os casos o aileron ajudará o pedal a manter o centro da pista. ATENÇÃO: Utilizando o manche para diminuir a influência do vento, ficar atento às variações do vento após a aeronave sair do solo e a manutenção da trajetória de decolagem. Checar o movimento do ponteiro do velocímetro, aguardar a VR (Velocidade de Rolagem = 90 Km/h), rodar e em seguida acelerar para a Velocidade de Melhor Razão de Subida = 120 Km/h, subindo e mantendo o eixo de decolagem. Ao atingir 300 pés do aeródromo, executar o check Pós-decolagem, acelerar para 130 Km/h, checar a manutenção da reta de decolagem com as referências. Ao atingir 500 pés acima do aeródromo, curvar à esquerda para a perna de través. NOTA: Em determinados aeródromos controlados, a saída do tráfego será feita conforme instrução da TWR, ou através da Carta de Aproximação Visual (VAC) ou a Carta de Aproximação para Pouso (VAL). Quando o vento for de través, a reta de decolagem deverá ser “caranguejada”, utilizando os pedais como requerido para o lado do vento com as asas niveladas, mantendo a trajetória. É possível que também se dê “asa para o vento”, dependendo da situação. Erros comuns do piloto-aluno: Convergir demasiadamente à atenção para o interior da nacele, perdendo o controle da atitude de arfagem; Atuar nos comandos de maneira que a aeronave saia do solo (decole) sem sustentação suficiente, ocasionado seu retorno à pista; Não manter-se sobre a faixa central da pista, durante a rolagem; Não corrigir o vento, perdendo a reta de decolagem; Utilizar demasiadamente os pedais, ocasionado desvios na reta de decolagem. 7. Decolagem Curta (melhor ângulo de subida) Esta decolagem tem como objetivo tirar a aeronave do solo o mais rápido possível, a fim de que ela não sofra esforços estruturais ou mesmo incidentes devido à condição de “pista contaminada” (fofa, alagada, grama alta e etc.). Após a liberação para decolagem, que será autorizada pela TWR no ponto de espera, alinhar a aeronave com o eixo da pista aproveitando o máximo de pista e proceder da seguinte maneira: 1. Frear a aeronave, posicionar o flap em 10° (1° posição) e aplicar gradativamente toda potência; 2. Checar o rumo da bússola, com o rumo da pista em uso; 7 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação 3. Acionar o transponder (SSR) da posição STBY para ALT (Modo “C”, código 2000, ou código passado pela TWR. 4. Checar todos os instrumentos do motor: Tacômetro (mínimo 5.000RPM); Temperatura do óleo (faixa verde); Manômetro de óleo e combustível (faixa verde). Checado os itens acima, liberar o freio e iniciar a corrida de decolagem, mantendo pressão sobre o pedal direito evitando dessa forma que a aeronave se desloque para esquerda do eixo da pista, devido ao torque do motor. Manter a corrida de decolagem sobre o eixo da pista e quando a aeronave atingir 80 km/h, puxar suavemente, tirando a aeronave do solo. No início de decolagem, manter uma pequena razão positiva, a fim de que a aeronave desenvolva a Velocidade de Melhor Desempenho de Subida – 120 Km/h. Mantendo a aeronave nesta atitude, estabilizar a aeronave através de uso do compensador. Ao livrar obstáculos, embalar a aeronave para 130 Km/h, recolhendo os flaps para 0º (verificar procedimentos de check pós-decolagem). 8. Decolagem com Vento de Través Proceder como em uma decolagem normal, porém, recomenda-se que a velocidade de rotação seja de aproximadamente 10% maior, ou seja, 100 Km/h. Ao tirar a aeronave do solo, o piloto deve avaliar o efeito do vento na aeronave, para em seguida, efetuar a correção necessária. A correção será feita girando a aeronave contra a direção do vento que está atuando sobre a mesma. Ao atingir 500 pés, efetuar os procedimentos descritos na Decolagem Normal (Melhor Razão de Subida). Erros comuns do piloto-aluno: Utilizar amplamente os pedais ocasionando desvios na reta de decolagem; “Arrancar” a aeronave do solo sem a sustentação suficiente, ocasionando seu retorno ao mesmo; Não manter a atitude de decolagem. 9. Saída do Tráfego/Subida para área de instrução Objetivo: É a manobra de abandono do circuito de tráfego, mantendo um afastamento seguro com relação às outras aeronaves operando no aeródromo. Se o local não possuir um traçado particular, deve-se seguir a determinação dos Órgãos de Controle ou no que estabelecido pela ICA 100-12. Sequência da manobra: Após abandonar o circuito de tráfego, interceptar a proa da rota ou da área, mantendo a trajetória e a altitude pré-estabelecida pelo órgão de tráfego aéreo local ou definida pela DEPV. A saída de tráfego do Costa Esmeralda para a área de instrução em Tijucas, é realizada segundo acordo operacional com o Controle Navegantes (APP-NF), com a finalidade de ordenar e manter seguro o tráfego de aeronaves de instrução, provenientes do aeródromo para aquela área, e vice-versa. Na decolagem da pista 14, após atingir a altitude de segurança, de 400 pés AGL, deverá ser executado o check Pós-Decolagem, em seguida ao atingir 500 pés, curva à esquerda para interceptação da perna do vento, objetivando posterior cruzamento do aeródromo em direção a área de instrução a 1.500 pés, mantendo a rodovia à esquerda. 8 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação Caso a decolagem seja executada da Pista 32, após atingir a altitude de segurança, de 400 pés AGL deverá ser executado o check pós-decolagem, ao atingir 500 pés AGL, executar curva à esquerda, em direção a área de instrução, a fim de aproar Tijucas. É importante verificar os exemplos de fonia para coordenação em frequência livre, constante no Manual de Padronização de Voo disponibilizado pela escola. O piloto-aluno deverá estar familiarizado com as peculiaridades das CTAS que envolvem seu voo, bem como de quaisquer outras áreas afim de garantir a segurança de sua operação. Erros comuns do piloto-aluno: Não manter velocidade de 130 Km/h na subida; Não realizar o check pós-decolagem a 400 pés; Iniciar curva para livrar a reta de decolagem antes de atingir 500 pés. 10. Voo Nivelado/Voo De Cruzeiro Objetivo: Voar nivelado significa naturalmente, que a aeronave está voando em posição horizontal com as asas em nível, isto é, com as pontas em distâncias iguais em relação à linha do horizonte. Com a prática dos voos o piloto-aluno perceberá a correta atitude e direção para o determinado voo. Sequência da manobra: Observar a posição do nariz da aeronave em relação ao horizonte. Geralmente é possível escolher um ponto de referência no nariz da aeronave que fique na mesma altura que o horizonte quando estiver voando horizontalmente. Observar que a extremidade da asa parece formar uma linha. Quando esta linha estiver paralela ao horizonte, a aeronave estará voando em linha horizontal e nivelado. Olhar para ambos os lados da aeronave e observar se a distância do horizonte em relação às pontas das asas é a mesma, indicando que se encontram em nível. Para manter o voo reto (na rota), o piloto-aluno deverá escolher dois pontos (no mínimo um) de referência no solo, separados entre si por uma distância observável, no alinhamento da rota, e voar em direção a eles. Próximo de atingir o primeiro ponto de referência deverá escolher outro mais adiante e assim sucessivamente. Para voar em linha reta e horizontal em ar calmo, pouca ou nenhuma pressão será necessária sobre os comandos. Usar o compensador para que não seja necessário exercer pressão sobre o manche. Não acionar os comandos bruscamente. Se uma rajada súbita de vento desviar a aeronave de sua posição normal, ele voltará à sua posição anterior por si mesmo. Contudo, pode-se comandar esta volta à posição normal por uma pressão suave e bem coordenada nos comandos. O piloto-aluno não deve afobar-se, porque a aeronave de qualquer modo tende sempre a endireitar-se por si mesmo. O piloto-aluno deve tomar cuidado para não deixar uma das asas mais baixa. Poderá desenvolver a tendência de voar com a asa direita mais baixa devido ao fato de estar segurando o manche com a mão direita, já que a mão direita deverá estar na manete de potência. Após todo procedimento de nivelamento executa-se o check de cruzeiro: 1) Checar o ajuste da potência; 2) Checar se os instrumentos do motor estão dentro dos parâmetros. 9 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação Erros comuns do piloto-aluno: Manter a atenção nos instrumentos de bordo, ao invés de observar as referências visuais de atitude da aeronave, ou seja, posição das asas e “nariz” da aeronave em voo reto e nivelado; Não manter as asas niveladas; Não manter referência (no solo), variando a proa; Variar altitude. 11. Mudança de Atitude (Subida / Nivelamento / Descida) Objetivo: Permitir ao piloto-aluno conhecer as características de voo da aeronave. O piloto-aluno sentirá a importância do uso dos comandos / potência / atitude, coordenados. Subida: Sequência da manobra: Antes de iniciar uma subida normal, o piloto-aluno dever fazer um cheque de área a fim de verificar a presença de outras aeronaves. Para começar uma subida normal, deve-se elevar o nariz da aeronave um pouco acima da posição normal para o voo em linha reta e horizontal. Ao mesmo tempo deve-se aplicar plena potência. Não elevar o nariz da aeronave bruscamente; acionar os comandos suavemente. Ao subir, o pilotoaluno verificará que o motor tende a reduzir a RPM, em consequência do maior esforço na subida, portanto deverá ficar atento a fim de manter potência máxima. O instrutor demonstrará ao piloto-aluno a atitude correta da aeronave em uma subida normal. Escolher um ponto de referência na aeronave, que se sobreponha ao horizonte numa subida normal. Este ponto de referência será futuramente de grande utilidade para verificar se a subida é normal. Há muitos fatores que afetam a subida. Com relação a uma subida normal, é importante lembrar que a performance de um avião depende do peso, estado do motor, temperatura do ar, altitude, etc. Em caso de dúvida, suba em um ângulo inferior ao de subida normal. Se o motor parecer sobrecarregado ou se estiver vibrando de uma maneira anormal, é sinal de que a subida é muito acentuada. O piloto-aluno deve ter em mente, que em uma subida o motor terá de trabalhar muito mais do que em voo horizontal e que quanto mais acentuado for o ângulo da subida, maior será o trabalho do motor. Para determinadas condições, existe um ângulo ótimo de subida no qual a aeronave ganha altura e livra os obstáculos mais rapidamente. Se o pilotoaluno exceder este ângulo ótimo, a aeronave embora subindo num ângulo acentuado, na realidade estará ganhando altura mais devagar. Continuando a subir num ângulo demasiadamente acentuado, a velocidade começa a diminuir até tornar-se insuficiente para a sustentação, e a aeronave estola. Em nossas aeronaves, de voo nivelado para o voo ascendente: aplicar potência, cabrando o manche para a atitude (referência) de subida (velocidade = 130 Km/h) e compensar. Nivelamento: Atingir um nível de voo ou altitude, coordenando mudança de altitude/potência de maneira suave. A manutenção do nível de voo ou altitude é um dos procedimentos de voo mais importantes, tanto na fase de instrução inicial, como para o restante da carreira do piloto. 10 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação Sequência da manobra: Ao passar pela altitude ou nível de voo pretendido, nivelar temporariamente 100 pés acima. Iniciar a redução gradativa da razão de subida, baixando o nariz da aeronave de forma suave e constante para a “atitude (referência) de voo nivelado” afim de que o nivelamento seja suave. Manter a potência de subida até atingir a velocidade de cruzeiro ± 150 Km/h, reduzir a potência para 4.700 RPM, compensar a aeronave para a nova atitude, descendo para altitude ou nível planejado. NOTA: O nivelamento de 100 pés acima – temporariamente – tem a finalidade de “desembarrigar” a aeronave. Erros comuns do piloto-aluno: Esquecer de nivelar a aeronave na atitude estabelecida; Convergir demasiadamente à atenção para o interior da nacele, descuidando-se do voo por referências externas; Compensar a aeronave antes de reduzir a potência; Reduzir a potência antes de 150 Km/h. Descida: Sequência da manobra: A primeira coisa a fazer, é reduzir a potência para um ajuste que proporcione a razão de descida pretendida. Se você quiser descer, numa razão de descida acentuada, puxe a manete toda para trás. Caso contrário ajuste-a de forma a perder aquelas centenas de pés por minuto que julgar conveniente, para atingir seu objetivo, numa descida mais lenta ou mais prolongada. Você notará que, nas reduções de potência maiores, a força da gravidade ajudará como fator adicional na tração da aeronave, e que ao invés de levar o manche para frente, fazendo baixar o nariz da aeronave, você vai achar-se trazendo-o para trás, procurando manter o nariz da aeronave na atitude de descida desejada e mantendo a razão de descida e velocidades pretendidas. Se a potência for toda reduzida estabeleça uma atitude de nariz que mantenha a velocidade de voo planado. Se o voo planado for por um período maior, o ar quente do carburador deve ser ligado. Para recuperar a aeronave do voo descendente e estabelecer novamente o voo reto horizontal, aplique potência até o requerido para a velocidade de cruzeiro, nivele a aeronave para a atitude de voo reto horizontal e estabilize-o. Resumo da manobra: Reduza o motor para a potência desejada, conforme a descida a ser empregada; Estabeleça uma atitude abaixo da linha do horizonte para manter a velocidade desejada; Estabilize a aeronave na atitude de descida; Nivele as asas; Verifique os instrumentos do motor; O altímetro indicará perda de altitude; O climb indicará razão de descida; Mantenha a proa pré-determinada. 12. Voo Planado 11 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação Objetivo: Mostrar ao piloto-aluno a capacidade da aeronave em alcançar determinada distância, dependendo da altitude, peso, configuração, velocidade e vento. O treinamento de voo planado é de grande importância, pois poderá ser empregado durante os pousos normais, sendo o único tipo de voo descendente disponível durante o treinamento ou na eventualidade real do pouso forçado sem potência. Sequência da manobra: Um voo planado normal é executado com um ângulo e velocidade tais que proporcionem um percurso horizontal máximo para uma determinada perda de altitude. É importante que o piloto-aluno se acostume a reconhecer a atitude (referência) e manter a velocidade do voo planado. Em todas as aproximações para pouso, o voo planado deve ser normal e constante. Se por exemplo, a velocidade do voo planado for “alta”, a aeronave voará acima do solo por mais tempo antes de perder o excesso de velocidade e poder tocar a pista. Se por outro lado, for mais baixa que a velocidade normal de voo planado a aeronave afunda mais depressa, encurtando a distância e o pouso se dará antes da área de toque planejada. Se a velocidade for diminuída ainda mais, haverá o perigo da aeronave estolar. Nas primeiras horas de treinamento, o piloto-aluno deve observar a manobra quando o instrutor estiver fazendo a demonstração. A observação consiste em memorizar a posição do nariz da aeronave (referência) em relação ao horizonte, o ângulo formado pela asa e a linha do horizonte, a pressão nos comandos e o ruído do ar. A atitude da aeronave (nariz/horizonte) é que vai lhe permitir manter a velocidade correta do voo planado. Uma vez familiarizado com a manobra, o piloto-aluno deverá sentir a atitude e a velocidade da aeronave. O velocímetro será o instrumento de conferência auxiliando o piloto no correto ângulo de descida. Para começar o voo planado, o piloto-aluno realizará o cheque de área, reduzirá a potência em idlle e baixará o nariz da aeronave lentamente para a posição (referência) que irá determinar a manutenção da melhor velocidade de planeio que é de 110 Km/h. Quando o nariz da aeronave estiver na posição apropriada, o que será demonstrado pelo instrutor, aliviar a pressão sobre o manche, ajustando o compensador para a nova atitude de voo. Resumo da manobra: Executar o check de área; Reduzir a potência para idlle; Estabelecer a atitude de descida; Manter 110 Km/h; Ajustar o compensador; De voo planado para o voo nivelado: Aplicar potência de cruzeiro, manter a atitude e altitude de voo nivelado, ajustar a RPM e compensar, verificando na sequência o indicador de pressão de combustível, marcando no arco verde. Erros comuns do piloto-aluno: Desconsiderar a inércia da aeronave; Utilizar o compensador para mudar atitudes; Não posicionar o “nariz” da aeronave na atitude correta; Não corrigir configuração de potência, para cada atitude. 12 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação 13. Curvas Objetivo: Se, em um automóvel, executarmos uma curva demasiadamente rápida em uma estrada plana, o automóvel mostrará uma tendência para derrapar, para o lado de fora. Mesmo executando levemente uma curva fechada, esta tendência para derrapar será observada. Se, todavia, a estrada estiver inclinada no ângulo correto, esta tendência será eliminada. De modo recíproco, quando o automóvel executa uma curva com a estrada demasiadamente inclinada, o carro terá a tendência de derrapar para o lado interno da curva. Em vez de a aeronave voar ao longo de uma estrada inclinada lateralmente, é o piloto quem inclina a própria aeronave por meio de uma pressão lateral sobre o manche. Ao mesmo tempo, ele aplica pressão sobre um dos pedais do leme de direção, acompanhado de uma ligeira pressão no manche para trás. Assim, a derrapagem ou a glissagem da aeronave dependerão da coordenação destes comandos. Se esta coordenação for perfeita, a aeronave terá a inclinação correta de acordo com a curva. O termo coordenação dos comandos significa simplesmente que as pressões aplicadas sobre um ou mais comandos, sejam simultaneamente executadas numa sequência tal, que a aeronave obedeça exatamente à vontade do piloto. Esta coordenação é essencial em todas as manobras, mas, durante a instrução primária de voo, o pilotoaluno encontrará este termo mais frequentemente aplicado às curvas do que qualquer outra manobra, visto serem quase todas as manobras do treinamento primário, combinações de curvas. Uma perfeita coordenação dos comandos nas curvas significa que as pressões sobre o manche e o leme de direção, são exercidas de tal maneira que a aeronave não derrape nem glisse. Sendo a velocidade quase constante nas curvas, a perfeição da sua execução dependerá do perfeito ajuste entre o raio da curva e a inclinação lateral da aeronave. O piloto-aluno provavelmente desejará saber como é que se percebe quando uma aeronave derrapa ou glissa numa curva. A explicação é muito simples. Durante uma curva, as mesmas forças que agem sobre a aeronave e o fazem derrapar ou glissar, também agem sobre o piloto. Quando a aeronave derrapa, o piloto sente a tendência de escorregar no seu assento, para o lado externo da curva. Na glissada, o piloto sente a tendência de escorregar para o lado interno da curva. Numa curva perfeita não haverá nenhuma dessas tendências. O piloto terá apenas a sensação de ser empurrado mais firmemente sobre o assento. Isto resulta devido à força centrífuga desenvolvida. Deve estar sempre presente na mente do piloto-aluno, o fato importante de que as forças que agem sobre a aeronave, somente poderão agir também sobre o piloto quando o seu corpo acompanha perfeitamente todos os movimentos da aeronave, sem qualquer tensão muscular. O piloto-aluno que conservar os músculos contraídos, afastando o corpo do lado da inclinação ou tentando ficar com o corpo perpendicular ao horizonte, nunca poderá ter uma boa coordenação e sensibilidade na pilotagem. O piloto-aluno deverá relaxar os músculos, a fim de sentir as pressões acima citadas. Se o piloto-aluno não fizer corpo com a aeronave, não sentirá curvas nem derrapagens. O instrumento chamado “Pau e Bola” (turn & bank), montado no painel, constitui o meio mais adequado de indicar a atitude da aeronave durante uma curva. Consiste de uma esfera de metal, solta dentro de um tubo de vidro, levemente curvado e fechado em ambos lados, contendo álcool ou querosene. Quando a aeronave glissa ou derrapa, a esfera se desloca da sua posição central, para um dos lados, permitindo assim ao piloto também ver a derrapagem ou a glissada. Este instrumento é ainda mais sensível do que os sentidos de qualquer piloto, sendo por isto extremamente útil para aperfeiçoar o piloto na coordenação dos comandos. Entretanto, não se deve confiar unicamente neste instrumento, mas sim, procurar “sentir” a aeronave com a experiência acumulada. Sequência da manobra: Primeiramente o piloto-aluno deve ocupar-se com curvas de pequenas e médias inclinações. Uma curva de inclinação média é uma curva feita com um ângulo de inclinação lateral de 30º, numa curva de pequena inclinação o ângulo de inclinação lateral é de 15º. O instrutor demonstrará a posição das asas em relação ao 13 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação horizonte, para cada um dos casos acima. Antes de entrar numa curva, o piloto-aluno deve realizar o check de área, para verificar a presença ou não de outros aviões, especialmente na área para qual ele vai girar. Para efetuar uma curva, o piloto-aluno deve exercer pressões perfeitamente coordenadas, sobre o manche e o leme de direção. Se a pressão aplicada sobre o pedal do leme de direção for demasiada, o nariz da aeronave girará demasiadamente rápido em relação ao ângulo de inclinação e causará a derrapagem da aeronave. Se a pressão sobre o pedal do leme de direção for insuficiente, o nariz da aeronave não girará o bastante em relação ao ângulo de inclinação e causará uma glissada da aeronave. A perfeita coordenação das pressões sobre o leme de direção e o manche, é essencial. Qualquer derrapagem ou glissada será o resultado direto da falta de coordenação dos comandos por parte do piloto. Assim que a aeronave inicia a curva, o nariz do mesmo tende a baixar, exigindo, portanto, exercer leve pressão para trás, sobre o manche, a fim de manter o nariz em posição de voo horizontal e impedir perda de altitude. Uma vez atingidas a curva e a inclinação lateral desejada, o piloto-aluno deve suprimir a pressão sobre o leme de direção e os ailerons, levando estes comandos de novo à sua posição neutra, continuando a exercer uma pressão sobre o leme de profundidade, suficiente para manter o nariz da aeronave na posição de voo horizontal e impedir perda de altitude. Toda aeronave, numa curva, tem a tendência de aumentar a inclinação lateral, dado o fato da asa do lado exterior da curva deslocar-se com maior velocidade (o que dá mais sustentação) do que a asa do lado interior; em consequência, após iniciar a curva no ângulo de inclinação desejado, deve-se exercer um pouco de pressão sobre o manche para o lado contrário para qual está sendo executada a curva. Para sair da curva, aplicam-se simultaneamente o manche e o pedal do leme de direção para o lado contrário da curva, aliviando a pressão para trás, sobre o manche, à proporção que as asas se aproximam da posição horizontal. A pressão sobre o leme de direção e os ailerons deve ser bem coordenada e a pressão para trás sobre o manche aliviada, a fim de conservar o nariz da aeronave na horizontal. A saída da curva deve ser iniciada um pouco antes da aeronave entrar na nova direção desejada, isto que a aeronave ainda continua a girar durante as manobras. Sempre coordenar as pressões sobre o leme de direção, os ailerons e o leme de profundidade. O piloto deve deixar o seu corpo acompanhar os movimentos da aeronave, na curva, e não incliná-lo para o lado oposto. Uma vez atingidas a curva e a inclinação, o piloto deve aliviar a pressão sobre o leme de direção e os ailerons, usando daí por diante apenas as pressões necessárias para manter a inclinação e a altitude da aeronave. Não deixar o nariz da aeronave elevar-se demasiadamente numa curva, pois nessa manobra os aviões entram em perda a uma velocidade maior do que em voo normal. Em uma curva de grande inclinação, será empregado 45o de inclinação, e potência 100 RPM acima do cruzeiro normal. Acima de tudo manter a velocidade. Todas as curvas serão precedidas de respectivo cheque de área, e sempre será empregado o seguinte Call Out: “Direita, Frente, Esquerda Livres” (quando a curva for para a esquerda) “Esquerda, Frente, Direita Livres” (quando a curva for para a direita). Erros comuns do piloto-aluno: Não coordenar os comandos; Inclinar a asa a mais ou a menos do que a inclinação correta; Variar a altitude; Não antecipar a saída da curva; Perder a referência escolhida; Não realizar o check de área; 14 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação 14. Coordenação de 1º Tipo Objetivo: É a manobra que tem o objetivo de desenvolver uma maior coordenação dos comandos para que a aeronave responda fielmente à intenção do piloto. Além disto, é a manobra utilizada em caso de falha de comunicação, quando o procedimento é balançar as asas em torno do eixo longitudinal, mantendo a referência; nesta situação o piloto acionaria o código 7600 no transponder e prosseguiria para o pouso, ficando atento aos sinais luminosos emitidos pela TWR em caso de aeródromo controlado, para liberação do pouso. Sequência da manobra: Iniciar a manobra, com a aeronave nivelada a uma altura mínima de 1000 pés AGL (300m); Escolher uma referência no horizonte e fazer cheque de área; Aplicam-se aileron e pedal para o mesmo lado como se fosse executar uma curva; Ao atingir a média inclinação, comandar aileron e pedal para o lado oposto mantendo a referência, e assim sucessivamente. Uma pequena oscilação da “bolinha” é aceitável. A aeronave manter-se-á rolando em torno do seu eixo longitudinal sem, contudo, permitir o início da curva. Erros comuns do piloto-aluno: Não manter a aeronave nivelada; Usar aileron e pedal excessivamente; Perda da referência no nariz da aeronave; Tendência de olhar para os instrumentos. Dica: Aplicar o aileron isoladamente, analisando o comportamento da aeronave; ele fará curvas perdendo a referência; Aplicar o pedal isoladamente, analisando o comportamento da aeronave; ele guinará em torno do eixo vertical; Iniciar a manobra com a aeronave nivelada; Iniciar com pequena inclinação lateral para melhor domínio da manobra. 15. Coordenação de 2o Tipo Objetivo: É a manobra que tem o objetivo de desenvolver uma maior habilidade na coordenação dos controles de voo e que a aeronave responda de maneira suave e precisa aos comandos do piloto. Além disto, é a manobra utilizada em caso de operação radar onde a aeronave passa a figurar como um alvo primário. Nesta situação, executando curvas alternadas de 90º, estaríamos nos identificando ao controlador que confirmaria o deslocamento na tela radar. 15 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação Sequência da manobra: Iniciar a manobra com a aeronave nivelada a uma altura de 1000 pés AGL (300m), escolher uma referência no horizonte e fazer cheque de área. Iniciar uma curva de no máximo média inclinação lateral à direita ou à esquerda até alcançar uma outra referência a 45º da referência original, comandar aileron e pedal para o lado oposto, iniciando uma outra curva de média inclinação lateral (sem parada), passando pela referência original até 45º do outro lado da referência. Desta forma, após os 45º iniciais, teremos uma série de curvas alternadas de 90º de arco. Para finalizar a manobra mantendo-se nivelado, estando em qualquer um dos lados da curva, finalize a mesma na referência original. Erros comuns do piloto-aluno: Não manter a aeronave nivelada; Usar aileron e pedal excessivamente; Perda da referência no nariz da aeronave; Glissar ou derrapar; Não curvar 45o à direita ou esquerda da referência. Dica: Compensar a aeronave antes de iniciar a manobra. 16. CAP (Coordenação/Atitude/Potência) Objetivo: Dentro do programa de treinamento de um piloto, serão realizadas manobras que englobem as características de maneabilidade e comportamento geral aerodinâmico da aeronave de instrução, frente à ação dos comandos. A prática de tais manobras visa desenvolver no piloto-aluno piloto a sensibilidade de voo e a percepção dos fenômenos aerodinâmicos, em função das atuações sobre os controles. A finalidade principal do treinamento do CAP será a de aprender, sentir e dominar a relação entre POTÊNCIA e controle de ATITUDE, assim como controle de profundor (tangagem ou arfagem) em relação à velocidade aerodinâmica. Sequência da manobra: Reduzir potência de 800 a 1.000 RPM; Aumente a tração sobre o manche para diminuir a velocidade; Continue segurando o manche, até atingir a velocidade e manter a altitude do voo reto horizontal que vinha sendo seguida; Se a tração do manche for muito brusca, a aeronave tenderá a subir (errado). A aeronave não deverá ganhar nem perder altitude. Se a ampliação do profundor (manche) for muito retardada, a aeronave tenderá a afundar e perder altitude (errado). À medida que for estabelecida a atitude do nariz para o CAP, o piloto-aluno deverá estabilizar a aeronave. Quando atingida a atitude mínima de controle, a altitude terá que ser mantida, por pequenos aumentos de potência. Será necessário aplicar o pedal direito (leme), para boa coordenação e controle direcional, pois, com ângulo de ataque aumentado, à baixa velocidade, será aumentado o torque que tende a desviar o nariz da aeronave para esquerda. Iniciar o exercício sem o uso do flap com a redução de 16 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação velocidade para 110 Km/h. Com o uso do flap, reduzir a velocidade para 90 Km/h, usando as seguintes velocidades: Aplicar o flap 10º, mantendo a velocidade 110 Km/h. Aplicar o flap 30o, mantendo a velocidade 90 Km/h. Reforçar o treino da manobra do CAP com o uso do flap 10º e velocidade de 110 Km/h, devido esta configuração ser usada quando preparamos a aeronave para pouso no circuito de tráfego na perna do vento, no 3/3 da pista. Erros comuns do piloto-aluno: Reduzir a velocidade na potência sem variar a atitude, iniciando uma descida; Aumentar a velocidade na potência sem variar a atitude, iniciando uma subida; Manter a altitude no manche sem variar a potência, variando a velocidade; Não utilizar o compensador corretamente. 17. Glissadas 1) Glissada Frontal: Objetivo: Essa manobra visa ensinar ao piloto a capacidade de realizar um incremento acentuado na razão de descida, sem aumentar a velocidade, o que possibilitará corrigir uma aproximação excessivamente alta numa curta distância. A glissada é de particular vantagem nos pousos forçados, o que torna possível aproximar-se por cima de obstáculos (árvores, linhas de transmissões e etc.) e a seguir perder a altura e pousar num campo pequeno. Sequência da manobra: Para iniciar a manobra, reduzir a potência até a configuração de um voo planado normal. Se a manete de potência não for recuada, o motor vibrará excessivamente, porque o ar bate contra as pás da hélice, em ângulos diferentes. Em atitude de voo planado, baixar uma das asas para o lado do vento e aplicar pressão no pedal para o lado contrário ao da asa abaixada. Manter a velocidade pela atitude do nariz e o eixo de voo pela inclinação da asa. Na sequência, recuperar o planeio normal, no mínimo, a 500 Pés de altura, nivelando as asas simultaneamente com a centralização dos pedais. A glissada deve ser iniciada e terminada com comandos suaves e simultâneos do manche e pedal. O que causa o aumento da razão de descida é a inclinação da asa que provoca uma perda de sustentação da aeronave. Resumo da manobra: Procedimento inicial, antes de qualquer glissada: Escolher uma referência no solo; Aplicar pedal para o lado escolhido da guinada, desviando o nariz da aeronave para o lado, cerca de 30º de sua trajetória; Tão logo o nariz esteja desviando, pela ação do pedal, abaixar a asa oposta, girando o manche; 17 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação Manter atitude de voo descendente planado e controlar a velocidade de voo planado pelo profundor; Manter a referência predeterminada; Saída de Glissada: Gire o manche para nivelar as asas e alivie a pressão sobre o pedal, suave e coordenadamente; Mantenha a atitude de voo planado; Aplique potência para voo de cruzeiro ou de subida; Estabeleça a atitude de voo de cruzeiro ou de subida; Aguarde velocidade desejada; Estabilize a aeronave; Ajuste a mistura, se for o caso. Erros comuns do piloto-aluno: Deixar de levantar o nariz, resultando uma glissada com o nariz baixo e consequentemente aumentando a velocidade; Ceder cedo demais a pressão sobre o leme de direção; Aplicação insuficiente do leme de direção, alterando a direção de voo e transformando a manobra em glissada lateral; Levantar demasiadamente o nariz da aeronave, fazendo a aeronave entrar em perda; Iniciar manobra sem reduzir potência. 2) Glissada Lateral: Objetivo: Essa manobra visa ensinar ao Piloto a ter capacidade de realizar um incremento acentuado na razão de descida, sem aumentar a velocidade, o que possibilitará corrigir uma aproximação excessivamente alta numa curta distância. A glissada é de particular vantagem nos pousos forçados, o que torna possível aproximar-se por cima de obstáculos (árvores, linhas de transmissões, etc.) e a seguir perder a altura e pousar num campo pequeno. Sequência da manobra: A diferença básica entre a glissada lateral da glissada frontal é a trajetória seguida pela aeronave. Abaixar uma das asas (do lado que se pretende derivar) – aproximadamente 30º de inclinação lateral – aplicando o leme direcional de maneira a manter o nariz da aeronave na direção original. O nariz deverá ser elevado ligeiramente acima da posição normal do voo planado. A aeronave descreverá uma trajetória obliqua em relação ao solo. Nesta manobra utiliza-se menos leme direcional em relação a glissada frontal. A recuperação é similar a glissada frontal, numa altura não inferior a 500 pés. Deixar de levantar o nariz da aeronave ou levantálo em excesso, ocasiona respectivamente, aumento de velocidade ou uma perda (estol); nesta situação, o velocímetro não é confiável, devido ao ângulo entre o tubo de pitot e o vento relativo. Nunca execute uma glissada com flaps baixados, pois em caso de assimetria dos flaps, a aeronave entrará em atitude anormal. 18 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação Resumo da manobra: Procedimento inicial, antes de qualquer glissada: Escolher uma referencia no solo; Abaixar a asa para o lado escolhido, ou contra o vento e simultaneamente aplicar pedal oposto (proporcionalmente), impedindo a aeronave de entrar em curva; A aeronave não deverá entrar em curva e nem guinar o nariz para o lado contrário à asa abaixada; Se não houver vento soprando do lado da asa abaixada a aeronave descerá deslizando para frente e para o lado da asa inclinada; Manter a atitude de voo descendente e velocidade de voo planado; Manter referência no solo para sentir o comportamento da aeronave; Saída de Glissada Gire o manche para nivelar as asas e alivie a pressão sobre o pedal, suave e coordenadamente; Mantenha a atitude de voo planado; Aplique potência para voo de cruzeiro ou de subida; Estabeleça a atitude de voo de cruzeiro ou de subida; Aguarde velocidade desejada; Estabilize a aeronave; Erros comuns do piloto-aluno: Exercer maior ou menor pressão no manche do que o necessário; Oscilar velocidade, deixando a mesma diminuir ou aumentar; Iniciar a manobra sem reduzir a potência. 18. Panes Objetivo: Familiarizar e doutrinar o piloto-aluno com relação aos procedimentos padrões, de acordo com o equipamento voado, para que numa emergência o piloto-aluno seja capaz de, com calma realizar os procedimentos de pane, tentar uma nova partida caso tenha altura suficiente e, caso negativo, pousar com o máximo de segurança possível. Sequência da Manobra: Se a pane for parcial, utilizar o restante de potência, voando em direção a um lugar seguro para pouso. Se com pane total, deve-se rapidamente passar para um voo planado normal e estabelecer a velocidade de 110 Km/h, compensado para esta atitude, e escolher um campo de apoio, de preferência com vento de proa. Não se ater ao vento de proa, pois é uma emergência. Tendo tempo hábil, tentar iniciar a partida do motor em voo ou preparar a aeronave para um pouso forçado. Em qualquer das situações deve-se executar o check de emergência. 19 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação Dica: Planeje o pouso de maneira a realizar uma aproximação final normal, com a configuração da aeronave correta e altura adequada. Ter em mente os procedimentos de emergência descritos no check para melhorar a agilidade durante o treinamento. Erros comuns do piloto-aluno: Não manter atitude e velocidade de planeio previstas; Não planejar adequadamente o pouso, chegando alto ou baixo; Perder de vista o campo de pouso escolhido; Ater-se muito ao check interno, esquecendo de “voar” a aeronave; Não escolher um bom local para pouso. 19. Reconhecimento do terreno para pouso Esta manobra é empregada para que o piloto possa estudar um campo de pouso estranho, no qual pretende pousar. Ela é particularmente útil quando a gasolina estiver acabando ou quando o piloto for forçado a pousar num campo que não lhe seja conhecido, devido à aproximação de mau tempo, ou quando estiver perdido. O reconhecimento de uma área consiste em sobrevoar o campo, ao lado da área na qual pretende pousar, em altura suficiente para poder determinar a extensão do campo em relação às características de pouso de sua aeronave, estado da superfície do campo, bem como, a presença de obstáculos sobre a trajetória de pouso e que não são visíveis de uma altura superior. Uma vez escolhido o campo em que pretende pousar, contorna-lo a uma altura de 500 pés. Durante este circuito, dedicar atenção especial ao tamanho do campo, aos seus contornos, aproximações, estado da superfície e a direção do vento. Planejar a aproximação de maneira a ter disponível a maior extensão do campo para a rolagem após o pouso, tomando em devida consideração o vento e outros fatores. A seguir, proceder a uma inspeção mais cuidadosa da área na qual pretende pousar. Aproximar-se do campo, com vento de proa e num voo planado com motor. Sendo o voo planado com motor, menos inclinado, aproximação deverá ser iniciada a uma distância maior do campo ou a uma altura menor do que numa aproximação normal. Sobrevoar o campo com vento de proa, e ao lado da área na qual pretende pousar, numa altura de 50 pés, mantendo a velocidade bem acima da velocidade de perda da aeronave. Examinar cuidadosamente a área de pouso, olhando atentamente para ver se existem troncos de árvores, buracos ou lugares pantanosos no campo, ou ainda outras obstruções, especialmente para ver se o campo tem algum declive. Repetir esta manobra quantas vezes necessário, até certificar-se de que o campo seja adequado para o pouso. Ter cuidado para que a altura seja suficiente para passar acima de obstáculos eventualmente existentes na extremidade do campo, tais como, árvores, edifícios, etc. Se o campo for inclinado, é melhor geralmente pousar com vento de cauda e morro acima do que com o vento de proa e morro abaixo, a não ser que o vento seja muito forte. Em geral planejar a aproximação, de maneira que tenha a maior extensão do campo disponível para a rolagem, posterior ao pouso, levando em consideração o vento e outros fatores. Antes de efetuar o pouso definitivo, executar várias tentativas de aproximações. Esta manobra será demonstrada ao piloto-aluno pelo instrutor, e não se exigirá do piloto-aluno a sua execução, sozinho. É necessário, entretanto, estudá-la atentamente, porque ele poderá ter a oportunidade de pô-la em prática algum dia. 20 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação 20. Estóis 1) Estol com Motor Objetivo: É a manobra que tem por finalidade familiarizar o piloto com a situação de perda de sustentação da aeronave, bem como ensiná-lo a sair da mesma, com a correta atuação nos comandos de voo e motor da aeronave. Sequência da manobra: Iniciar a manobra, com a aeronave nivelada a uma altura mínima de 2500 pés AGL, escolher uma referência e fazer cheque de área. Trazer a potência para 3.000 RPM, cabrar a aeronave para um ângulo de 15° inicialmente, mantendo as asas niveladas e a direção constante até conseguir uma sensível perda de sustentação. Usar o compensador somente para o estabelecimento inicial da atitude. Após, deverá usar, no manche, a força necessária a cada instante. Calçar o pedal direito devido ao torque do motor. Após a perda de sustentação (ocorrência do estol), deverá o piloto-aluno iniciar a recuperação, cedendo o manche a frente, continuamente, até passar a linha do horizonte, levando simultaneamente a manete, de modo suave e constante, toda à frente. Após se verificar um incremento de velocidade até 150 Km/h, iniciar simultaneamente o nivelamento da aeronave e a redução do motor para 4.700 RPM. Erros comuns do piloto-aluno: Não manter as asas niveladas durante a manobra; Utilizar aileron na recuperação de queda da asa; Picar ou cabrar o manche bruscamente; Não cabrar totalmente o manche, fazendo com que a aeronave não “estole” por completo. 2) Estol Sem Motor: Objetivo: É a manobra que tem por finalidade capacitar o piloto- a reconhecer e evitar uma situação crítica (velocidade de perda) durante uma aproximação final para pouso, e ensiná-lo a sair da mesma, com a correta atuação nos comandos de voo e motor da aeronave. Sequência da manobra: Iniciar a manobra, com a aeronave nivelada a uma altura mínima de 2500 pés AGL. Escolher uma referência e fazer cheque de área. Estabelecer um rumo para o início da manobra. Executando o check pré-pouso, estabelecer o CAP para 110 Km/h com 10º de flap, após reduzir toda potência, estabelecendo um voo com 30º Flape-90 Km/h. Usar o compensador somente para o estabelecimento inicial da atitude. Após, deverá usar, no manche, a força necessária a cada instante. Após a definição do planeio, levantar o nariz da aeronave para estabelecer uma atitude de pouso, até a ocorrência de perda de sustentação. Após a perda de sustentação (ocorrência do estol), deverá o piloto iniciar a recuperação, cedendo o manche a frente, continuamente, até que a aeronave atinja uma atitude de voo picado, e, simultaneamente, levando a manete de modo contínuo toda à frente. Verificar o incremento de velocidade, recolher flap ao cruzar 110 Kt. 21 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação Após verificar um incremento de velocidade até 150 Km/h, iniciar simultaneamente o nivelamento da aeronave e a redução do motor para 4.700 RPM. Erros comuns do piloto-aluno: Não manter asas niveladas durante a manobra; Não manter as velocidades durante a descida; Utilizar aileron na recuperação de queda da asa; Picar ou cabrar o manche bruscamente; Não cabrar totalmente o manche, fazendo com que a aeronave não estole por completo. 21. “S” Sobre Estrada Objetivo: Esta manobra tem como finalidade fazer o piloto-aluno identificar a direção e intensidade do vento sobre a aeronave em relação a uma referência constante no solo, ensinando a compensá-lo, e ao mesmo tempo dividindo sua atenção entre o que se passa dentro e fora da aeronave. Sequência da manobra: Esta manobra consiste em uma série de curvas alternadas de 180º, executadas acima de uma estrada ou de uma linha reta no solo, tal com uma cerca, ou uma linha férrea. Qualquer que seja a linha de referência escolhida, ela deverá fica perpendicular à direção do vento e suficientemente afastada do tráfego aéreo normal, a fim de não atrapalhá-lo. Esta manobra é executada numa altura de 700 pés aproximadamente, e com velocidade de cruzeiro. É iniciada com um voo em linha reta e horizontal, cortando a estrada a 90º. Um giro de 180º é iniciado imediatamente após tê-la atravessado. As curvas com vento de proa devem ser iniciadas com pouca inclinação lateral aumentando-se esta, todavia, logo que a distância percorrida seja suficiente para permitir completar a curva de 180º. As curvas de pequena inclinação lateral requerem um raio de curva maior, o que aumenta a duração das mesmas, compensando assim, a ação contrária do vento de proa. As curvas com vento de cauda devem ser iniciadas com grande inclinação lateral, a qual será reduzida logo que a distância percorrida seja suficiente para permitir completar a curva de 180o. Uma grande inclinação lateral permite executar curvas de raio menor, permitindo assim o controle de deriva. Erros comuns do piloto-aluno: Não corrigir o vento, esquecendo-se de aumentar ou diminuir inclinação das asas quando necessário; Não cruzar a estrada, com aeronave perpendicular à mesma, e asas niveladas; Variar altitude; Realizar a manobra fora da altitude correta (700 pés). 22. “8” Sobre Marcos Objetivo: 22 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação Habituar o piloto-aluno a manejar a aeronave com precisão, em posições que ainda não lhe são familiares. Todas estas posições exigem domínio de ação dos comandos, domínio próprio, avaliação correta das reações da aeronave, e manobras executadas corretamente. Sequência da manobra: O “8” sobre marcos é uma manobra na qual a aeronave descreve curvas em “8” em torno de dois marcos escolhidos no terreno, de tal modo que durante as curvas o piloto-aluno possa sempre conservar uma determinada parte da aeronave, tal como, a ponta da asa inferior alinhada entre o seu olho e o marco. A linha constituída por esses três pontos, deve ser paralela ao eixo transversal da aeronave. Esta manobra difere do “8” ao redor de marcos em duas coisas. No oito ao redor de marcos, à distância entre a aeronave e o marco é constante, enquanto que nos oito sobre marco esta distância varia em função do vento. A segunda é que a inclinação lateral varia de uma maneira diferente, sendo ela aumentada à medida que a distância do marco diminui, e diminuída à medida que esta distância aumenta. Execução: escolher dois marcos situados de tal maneira, que uma linha imaginária ligando os dois esteja perpendicular ao vento. Conduzir a aeronave paralelamente a esta linha imaginária, a uma altura previamente determinada (700 pés), convenientemente para a velocidade a ser usada nas curvas, e suficientemente afastadas dos marcos para permitir uma execução perfeita das curvas sobre eles. Ao chegar aproximadamente a uma posição em que o segundo marco parece ficar no prolongamento da asa, iniciar a curva a barlavento, fazendo o ponto de referência escolhido na aeronave (a ponta da asa), ficar sobre o marco. Contornar o marco fazendo pião sobre o mesmo, isto é, mantendo constantemente alinhados, o olho do piloto, o ponto de referência e o marco, até atingir o ponto de saída da curva. Nivelar as asas e, considerando a deriva, dirigir a aeronave para o ponto apropriado para contornar o segundo marco. Erros comuns do piloto-aluno: Não manter a altura; Começar a curva com atraso ou prematuramente; Concentrar atenção excessiva sobre o marco e negligenciar a posição do nariz da aeronave; Não manter referências. 23. “8” Ao Redor de Marcos Objetivo: Oito ao redor de marcos é uma manobra que consiste em fazer a aeronave percorrer uma trajetória em forma de “8”, entre dois marcos de referência, sendo ambos os laços do “8” centrados e feitos a distâncias iguais e constantes dos marcos. É de extrema utilidade em missões de busca e salvamento, em voos panorâmicos ou voos de foto. Sequência da manobra: Verificar a direção do vento; iniciar a manobra a 700 pés de altura; quando no través dos dois marcos, iniciar uma curva de pequena inclinação para a direita ou esquerda; durante a curva, controlar o efeito do vento com maior ou menor inclinação das asas, a fim de cruzar sempre o mesmo ponto de intersecção entre os marcos; prosseguir em curva idêntica para o lado contrário e repetir o procedimento. Durante a manobra, o piloto deve fazer, em função do vento, curvas de pequena, média e grande inclinação. Com vento de proa, as curvas devem 23 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação ser de pequena inclinação. Com vento de través, de média e com vento de cauda, devem ser de grande inclinação. Erros comuns do piloto-aluno: Não manter a altitude; Começar a curva com atraso ou prematuramente; Concentrar atenção excessiva sobre o marco e negligenciar a posição do nariz da aeronave; Não manter referências; Não compensar o vento nas curvas e na reta. 24. Voo em Retângulo Objetivo: Familiarizar o piloto-aluno com um tráfego em torno de um aeródromo, obrigando-o a manter a trajetória retilínea ao solo, mantendo um afastamento constante, corrigindo o vento. Sequência da Manobra: Tomar como referência uma pista ou um terreno retangular de dimensões definidas. As curvas no circuito não deverão exceder à inclinação lateral média. O instrutor irá mencionar os nomes das posições no tráfego, à medida que a aeronave for se deslocando no circuito (perna do vento, perna base, perna contra o vento e perna de través). Manter-se no circuito a uma altitude de 1000 pés AGL, a uma distância constante da pista e ingressar na próxima perna com abertura de 45º. Erros comuns do piloto-aluno: Convergir com a referência ou divergir dela por não corrigir o vento; Variar a altitude; Realizar curvas com grande inclinação. 25. Ingresso no Circuito de Tráfego Descer para a altitude de tráfego aéreo local, ou de acordo com a instrução do ATC; interceptar num ângulo de 45º na perna em que estiver ingressando, exceto para aproximações diretas. Antes de ingressar no circuito, executar o check de descida e aproximação: Executar o briefing de aproximação e preparação após ter entrado em contato com a TWR do aeródromo destino, cotejar pista em uso, altímetro e o tipo de procedimento para ingresso no circuito; Observar a altitude mínima de segurança para o determinado aeródromo; Ajustar a potência; Checar os cintos; Ajustar o altímetro; Fazer a chamada inicial na frequência do órgão ATS ou na coordenação livre informando a presente posição (consultar manual de padronização de voo). Ingressar no circuito de tráfego aéreo na altitude pré-estabelecida ou de acordo com a instrução do CTA. O piloto-aluno deve ficar atento para manter as velocidades e altitudes 24 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação específicas do tráfego, corrigindo possíveis desvios provocados pelo vento, o que será explicado pelo instrutor ao longo da instrução prática de voo. 26. Toque e Arremetida Tenha em mente o briefing de emergência, cheque de cabeceira e de decolagem. Manter o eixo da pista e a reta de decolagem até atingir 500 pés do aeródromo. Ao atingir 500 pés do aeródromo, curvar à esquerda para a perna de través, subindo para a altitude de tráfego local e ingressar na perna do vento a uma distância regulamentar. Iniciar o pré-pouso no terceiro terço da perna do vento ou na marca de toque de 1000 pés. Iniciar com o CAP com uso do flap a 10º, reduzir para a velocidade de aproximação final de 110 Km/h, mantendo a altitude de tráfego. Ao atingir a abertura de 45º a partir do través da cabeceira em uso, iniciar a curva para a perna base e também a descida na razão padrão constante; ingressar na reta final a uma altitude de 450 pés a 500 pés AGL, interceptando a rampa ideal. Deixar a aeronave descer gradativamente até próximo do solo onde se inicia o arredondamento, mantendo o nariz em cima fazendo com que o mesmo toque primeiro com o trem principal, para em seguida, após ter reduzido a velocidade, aliviar o trem de nariz com suavidade. Arremeter imediatamente, aplicando toda a potência ou prosseguir para o pouso completo. Caso utilize flaps com regulagem 30º, o mesmo deverá ser todo recolhido durante a corrida depois de aplicada toda a potência, a não ser que outra configuração seja necessária (como livrar obstáculos). Antes do voo solo, o piloto-aluno terá noções de pousos com o uso do flap a 10º e 30º. O uso dos flaps deverá seguir as seguintes ordens em circuito padrão normal: 10º na perna do vento com Vref de 110 Km/h, e 30º na reta final com Vref de 100 Km/h. O pouso com flap 30o está restrito à operação com vento calmo. Com vento de través, durante a corrida, deverá defletir o aileron para o lado do vento, fora do solo o voo deverá ser caranguejado em todo o circuito como necessário para o lado do vento, mantendo-se no circuito de tráfego. A técnica para o pouso com vento de través deverá ser: ao cruzar a cabeceira da pista, aplicar a asa para o lado do vento e o pedal oposto, na mesma proporção, até corrigir a deriva do vento. Obs.: evite que a aeronave toque em diagonal. Em caso de circuito de tráfego alongado, interceptar a reta final na rampa de planeio adequada. Perfis diferentes como: manter reta de decolagem, livrar a mesma antes de atingir 500 pés do aeródromo, alongar a perna do vento, curva 360º pela direita ou esquerda, circuito completo, arremetida no ar, velocidades maiores ou menores com ou sem o uso dos flaps etc., poderão ocorrer em virtude de instrução do ATC, ou a critério do instrutor, de acordo com a necessidade para a adequação no circuito de tráfego. Em condições meteorológicas desfavoráveis ou em outras condições não citadas, ficarão a critério do instrutor as configurações do uso do flap e das velocidades nas aproximações. Para o pouso em dias turbulentos ou com ventos de rajadas, aproximar-se acima da rampa normal, com Vref + 20 Km/h e flap 0o, com potência requerida (julgamento de acordo com a situação). Erros comuns do piloto-aluno: Não manter a altitude de tráfego; Afastar-se ou aproximar-se da pista, esquecendo correção de vento; Esquecer a aplicação do check-list; Arredondar baixo ou alto; Variar a velocidade na aproximação; Não manter alinhamento da pista; Pousar na diagonal; 25 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação Flutuar demasiadamente na pista. 27. Aproximação 180° na Lateral Para realizar esta manobra o piloto-aluno deverá voar paralelo a pista no sentido contrário ao pouso a 1.000 pés de altura, ou seja, na perna do vento. No través da cabeceira da pista (a 180º com a mesma) executar o check pré-pouso e reduzir a potência. Usar o flap no momento em que julgar que o pouso se encontra assegurado, o que normalmente ocorre a partir do ponto onde se enquadrou na aproximação final. Ajustar para a velocidade de melhor razão de planeio, 110 Km/h compensando a aeronave. Ao mesmo tempo, o piloto deve buscar enquadrar-se na pista executando curvas à direita ou à esquerda, de acordo com o circuito de tráfego do aeródromo. Neste momento, estabelecer o ponto de toque na pista. A aeronave é dirigida em voo planado com vento de cauda, executando em seguida uma curva de 90º de maneira que se voe diretamente com o vento de través. Em seguida far-se-á outra curva de 90º (que é a curva de entrada no campo) descendo a aeronave para o pouso normal. Esta forma de aproximação é muito útil, pois é frequentemente usada nos pousos forçados. A trajetória da aeronave ou traçado sobre o solo depende da altura e do vento. Quanto maior a altura, maior será a extensão do voo planado. Quanto mais forte for o vento, tanto mais curto será o percurso da aeronave sobre o solo com o vento de proa, e tanto mais comprido com o vento de cauda. Considerando que a aeronave esteja na perna base, em função da altura, o piloto deve avaliar a necessidade de efetuar glissadas laterais ou frontais para assegurar uma melhor condição de enquadrar-se na rampa de planeio. NOTA 1: A aproximação exige que o piloto mantenha uma margem de altura suficiente para que a aeronave alcance a pista. Por outro lado, caso esteja com altura excessiva, o piloto-aluno pode efetuar inicialmente uma glissada frontal ou lateral, caso haja necessidade, antes da aplicação do flap. NOTA 2: Na curta final, com ponto de toque já estabelecido, o piloto deve desfazer a glissada como também avaliar a necessidade ou não do uso do flap. ATENÇÃO: Não fazer uso simultâneo da glissada e do flap, numa aproximação para pouso, por causar grandes esforços estruturais na aeronave. Erros comuns do piloto-aluno Executar a perna do vento muito próximo à pista; Não observar a direção e velocidade do vento acarretando um “embarrigamento”; Julgar inadequadamente o uso do flap ocasionado aproximação com maior ou menor ângulo de planeio; Descuidar da manutenção da velocidade de planeio; Esquecer-se de executar o check pré-pouso; Prejudicar o pouso no sentido de obrigar a aeronave tocar no ponto desejado; Tendência de demora ao entrar em curva, tão logo reduza a potência no ponto 180º na cabeceira da pista, acarretando perda desnecessária de altura. 26 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação 28. Aproximação 180° na Vertical A aproximação 180º na vertical é uma manobra na qual a aeronave é levada para uma posição chave, para um pouso de precisão, num ponto designado de um campo de pouso auxiliar. Esta manobra é de particular valor, em caso de pouso forçado, quando a aeronave se encontra com vento de cauda, diretamente acima do lugar onde se pretende pousar. Para realizar esta manobra, o piloto-aluno deverá voar sobre o eixo da pista no sentido contrário ao pouso, a 1.000 pés de altura. A 1/3 do término da pista em uso, com uma referência lateral previamente escolhida, executar o check pré-pouso. Ajustar para velocidade de melhor razão de planeio, 110 Km/h, compensando a aeronave. Ao mesmo tempo o piloto deve executar uma curva de 45º para a direita ou esquerda, dependendo do circuito de tráfego do aeródromo, de forma a ajustar-se no eixo da pista, num tempo aproximado de 10 segundos. Em seguida, efetuar uma curva de reversão de 135º, a fim de interceptar a aproximação final, já estabelecendo o ponto de toque da pista. Neste momento, o piloto deve avaliar a necessidade de efetuar glissadas laterais ou frontais para assegurar uma melhor condição de enquadrar-se na rampa de planeio. Usar o flap no momento em que julgar que o pouso se encontra assegurado, o que normalmente ocorre a partir do ponto em que se enquadrou na aproximação final. NOTA 1: A aproximação exige que o piloto mantenha uma margem de altura suficiente para que a aeronave alcance a pista. Por outro lado, caso esteja com altura excessiva, o piloto pode efetuar inicialmente uma glissada frontal ou lateral, caso haja necessidade, antes da aplicação do flap. NOTA 2: Na curta final, com ponto de toque já estabelecido o piloto deve desfazer a glissada como também avaliar a necessidade ou não do uso do flap. CUIDADO: Não fazer uso simultâneo da glissada e do flap, numa aproximação para pouso, por causar grandes esforços estruturais na aeronave. Erros comuns do piloto-aluno Executar a perna do vento muito próximo à pista; Não observar a direção e velocidade do vento acarretando um “embarrigamento”; Julgar inadequadamente o uso do flap ocasionado aproximação com maior ou menor ângulo de planeio; Descuidar da manutenção da velocidade de planeio; Esquecer-se de executar o check pré-pouso; Prejudicar o pouso no sentido de obrigar a aeronave tocar no ponto desejado; Tendência de demora a entrar em curva, tão logo reduza a potência no ponto 180º na cabeceira da pista, acarretando perda desnecessária de altura. 29. Aproximação 360° na Vertical A aproximação a 360º na vertical é uma manobra em que, a aeronave voando na direção de pouso, é levado a perna base, para efetuar um pouso de precisão sobre o ponto indicado no campo de pouso, fazendo uma volta completa de 360º. A manobra apresenta utilidade, principalmente no caso de um pouso forçado quando a aeronave está voando com vento de proa e exatamente sobre o ponto indicado para pousar. Para realizar esta manobra, o piloto-aluno deverá voar sobre o eixo da pista no sentido do pouso a 1.000 pés de altura. Na vertical da pista em uso, com uma referência lateral previamente escolhida, executar o check pré-pouso. Ajustar para velocidade de melhor razão de planeio, 110 Km/h, compensando a aeronave. Ao mesmo tempo o piloto-aluno deve iniciar 360º de curva, para a direita ou esquerda, dependendo do circuito de tráfego do 27 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação aeródromo, a fim de interceptar a aproximação final. Quando a aeronave estiver 90º com o eixo longitudinal da pista, deve estabelecer seu ponto de toque. Neste momento, o piloto deve avaliar a necessidade de efetuar glissadas laterais ou frontais para assegurar uma melhor condição de enquadrar-se na rampa de planeio. Usar o flap no momento em que julgar que o pouso se encontra assegurado, o que normalmente ocorre a partir do ponto em que se enquadrou na aproximação final. NOTA 1: A aproximação exige que o piloto mantenha uma margem de altura suficiente para que a aeronave alcance a pista. Por outro lado, caso esteja com altura excessiva, o piloto pode efetuar inicialmente uma glissada frontal ou lateral, caso haja necessidade, antes da aplicação do flap. NOTA 2: Na curta final, com ponto de toque já estabelecido o piloto deve desfazer a glissada como também avaliar a necessidade ou não do uso do flap. CUIDADO: Não fazer uso simultâneo da glissada e do flap, numa aproximação para pouso, por causar grandes esforços estruturais na aeronave. Erros comuns do piloto-aluno Executar a perna do vento muito próximo à pista; Não observar a direção e velocidade do vento acarretando um “embarrigamento”; Julgar inadequadamente o uso do flap ocasionado aproximação com maior ou menor ângulo de planeio; Descuidar da manutenção da velocidade de planeio; Esquecer-se de executar o check pré-pouso; Prejudicar o pouso no sentido de obrigar a aeronave tocar no ponto desejado; Tendência de demora a entrar em curva, tão logo reduza a potência no ponto 180º na cabeceira da pista, acarretando perda desnecessária de altura. 30. Navegações Navegações (Roteiro Padronizado) Ao final da fase de Navegação, piloto-aluno deve estar em condição de conduzir a aeronave, através de uma rota pré-estabelecida com noção real de direção, utilizando os meios de orientação, comparando os pontos de referência no solo e suas representações em cartas e mapas. Material Necessário Para o planejamento de voo, cálculos de navegação, assim como para eventuais cálculos durante o próprio voo, o piloto deve utilizar: a) b) c) d) e) f) Carta WAC, carta CNVM ou ONC; Cartas de corredores visuais; Fichas de navegação; ROTAER; Computador de voo; Transferidor Aeronáutico; 28 Manual de Padronização de Voo – Costa Esmeralda Escola de Aviação g) Lápis; h) Borracha; i) Régua; Nota: O plotador substitui a régua e o transferidor. Além dos itens normais da Inspeção Pré-voo, o piloto-aluno piloto deve: a) Completar o abastecimento da aeronave (autonomia máxima); b) Levar um litro de óleo reserva; c) Levar um calço e duas estacas com as respectivas cordas; Observações a serem seguidas: a) Calcular todas as distâncias em milhas náuticas; b) Plotar a navegação sempre de pista para pista, calculando o ponto ideal de descida (TOD), do nível de cruzeiro para a altitude de tráfego; c) Escolher, sempre que possível como referência: cidades, estradas, ferrovias, rios, lagos, represas, etc.; NOTA 1: O tempo ideal para a escolha das referências, não deve ser inferior a 10 minutos e nem superior a 20 minutos. NOTA 2: As referências laterais não devem estar afastadas do eixo da rota em mais de 11NM. d) Solicitar, na sala AIS, aporte meteorológico (METAR-TAF), assim como NOTAM; das áreas e aeródromos envolvidos na navegação, para devida análise; NOTA: Mesmo considerando que o planejamento seja de um voo visual, o piloto-aluno-piloto deve consultar na sala AIS, carta ERC ou ARC (Carta de Rota ou Carta de Área), para verificar se a rota planejada não interfere com nenhum espaço aéreo condicionado ou o voo eventualmente, não irá cruzar com alguma aerovia, ou mesmo na vertical de algum auxílio-rádio. e) Efetuar o preenchimento do plano de voo e entregar à sala AIS; NOTA 1: O piloto-aluno-piloto deve iniciar a navegação, sempre que possível, no período matutino, para maior segurança, por ser menor a probabilidade de condições meteorológicas adversas. Recalcular a VS e hora estimada de passagem durante o voo, caso haja uma defasagem em mais de três minutos. NOTA 2: A cada pouso um instrutor deve comentar a etapa realizada e executar um “briefing” ao piloto-aluno, para a próxima etapa da Navegação, assim como, verificar autonomia para a próxima etapa. 29