UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A MOTIVAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA A GESTÃO DE PESSOAS DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES Por: Larissa Arturi Alves Cabral Orientador Sérgio Majerowicz Rio de Janeiro 2010 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A MOTIVAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA A GESTÃO DE PESSOAS DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES Apresentação da monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Recursos Humanos. Por: Larissa Arturi Alves Cabral AGRADECIMENTOS Eu agradeço a Deus, aos meus amigos da pós Adaílton, Ana Mara, Célia e Heloísa por todos os momentos que compartilhamos e ao meu orientador Sérgio Majerowicz por todo apoio. DEDICATÓRIA Dedico com todo carinho a minha mãe Elisa, meu pai Nélio, minha irmã Letícia e minha avó Natalina pela força dada nessa trajetória em minha vida. RESUMO Motivação é uma força intrínseca, ou seja, a ação que parte de dentro para fora do indivíduo e não de fora para dentro. Quando ocorre o contrário, ou seja, de fora para dentro chamamos de estímulo ou incentivo. Quando o profissional é estimulado a seguir na direção apontada pela organização e que não necessariamente é aquela que ele deseja, o indivíduo poderá não prosseguir até o fim de um projeto, caso o estímulo deixe de existir ou não seja forte o suficiente. Isso certamente é ruim para a organização, visto que um profissional desestimulado pode produzir frequentemente trabalhos com resultado bem abaixo de um patamar mínimo, fazendo com que a organização ganhe mais um problema ao invés de uma solução. Neste caso é importante visar como as atividades estão sendo conduzidas e como elas deveriam ser, de fato. Talvez o profissional sinta-se motivado se tiver a liberdade de conduzir algum determinado projeto. Talvez ele se sinta motivado, caso ganhe uma premiação, um elogio ou novos desafios. O que importa é descobrir o que motiva o profissional, e nessa empreitada devem estar envolvidos o departamento de Recursos Humanos e a liderança daquele profissional - o primeiro em função da experiência em Gestão de Pessoas e o segundo em função do contato mais próximo com o profissional desmotivado. Descobrir os sonhos de outra pessoa pode parecer uma tarefa impossível, mas não é. Fazer algumas adaptações, conversar com o profissional pode ser uma alternativa para que possa haver uma excelente produtividade, trazendo assim ganhos significativos e uma relação amistosa dentro da organização. METODOLOGIA A metodologia de pesquisa usada neste trabalho foi a internet, tendo como foco a Biblioteca Nacional Digital e o Portal domínio Público. Foi utilizada também a pesquisa bibliográfica. O trabalho tem como proposta visar à importância da motivação como ferramenta na gestão de pessoas dentro das organizações. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPITULO I – MOTIVAÇÃO 09 1.1- CONCEITO DE MOTIVAÇÃO 1.2- FATORES QUE GERAM A MOTIVAÇÃO 10 1.3- A FORÇA MOTIVACIONAL 15 1.4- CICLO MOTIVACIONAL 17 CAPITULO II- TEORIAS MOTIVACIONAIS 19 2.1- Teoria da Hierarquia das Necessidades – Maslow 19 2.2- Teoria ERC – Alderfer 20 2.3- Teoria dos Dois Fatores – Herzberg 21 2.4- Teoria das Necessidades Adquiridas – McClelland 22 2.5- Teoria da Equidade – Stacy Adams 23 2.6- Teoria x e y- Mc Gregor 23 2.7- Teoria do Reforço – Skinner 24 2.8- Teoria da Expectativa- Vroom 25 CAPITULO III- 28 O PAPEL DA MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL 3.1 – O OBJETIVO DE SE TER PESSOAS MOTIVADAS NO TRABALHO 31 3.2- O CONTEXTO ORGANIZACIONAL 32 3.3- AS ORGANIZAÇÕES 33 3.4- FATORES MOTIVACIONAIS QUE CONTRIBUEM PARA O ALCANCE DE RESULTADOS 35 4 CONCLUSÃO 38 5 BIBLIOGRAFIA CITADA 39 8 INTRODUÇÃO Este trabalho teve por objetivo abordar o papel da motivação e a importância de se ter pessoas motivadas dentro do ambiente organizacional, tendo como foco o real significado da motivação, seus conceitos, o ciclo motivacional, os fatores motivacionais e o objetivo de se ter pessoas motivadas no trabalho. Visto que é importante ter um conhecimento sobre os ciclos motivacionais, inserimos neste trabalho a Teorias de Maslow, Herzberg,Teoria de McClelland Teoria de Vroom,Teoria ERC, Teoria do Reforço,Teoria da Equidade e Teoria X e Y. Considerando que a motivação é um conjunto de fatores psicológicos, consciente e inconsciente de ordens intelectual, fisiológicas e afetivas que determinam a conduta do individuo, agindo entre si direcionando seus interesses e a vontade de realização de determinada tarefa, objetivou-se demonstrar que o interesse do individuo dentro do âmbito organizacional é uma questão bastante complicada, visto que a produtividade está cada vez mais associadas às habilidades de relacionamento interpessoal e a satisfação de seus colaboradores, não desconsiderando que as diferenças individuais dificultam o estabelecimento de respostas que unificam o comportamento humano em diversas situações no cotidiano do ser humano. Levando em consideração que as pessoas têm inúmeras necessidades ao mesmo tempo, apresentaram-se as teorias que foram criadas a fim de explicar os motivos que o individuo tem em certos comportamentos em diversas situações, visando que a motivação é um determinante fundamental no desempenho humano no trabalho. 9 CAPÍTULO I - A MOTIVAÇÃO 1.1- Conceito de Motivação É difícil definir exatamente o conceito de motivação, uma vez que este tem sido utilizado com diferentes sentidos. De modo geral, motivação é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma ou, pelo menos, que dá origem a uma propensão a um comportamento específico, podendo este impulso à ação ser provocado por um estímulo externo ou também ser gerado internamente nos processos mentais do indivíduo (CHIAVENATO, 1999). A definição de motivação é algo interessante e abrangente, possuindo muitas conotações. Ela deriva do latim motivus, movere, que significa mover-se, deslocarse. É o processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta e cumpra certos objetivos. De acordo com o campo da psicologia o termo “motivação” é direcionado ao estudo do comportamento humano, sendo como fator principal quando se diz respeito à compreensão dos motivos ou fatores que levam aos diferentes tipos de comportamento. Segundo Bergamini (1997), a motivação humana é constante, infinita, flutuante e complexa”. Ora acreditava-se que as pessoas buscavam sequencialmente determinados objetivos - isto é, tão logo tivessem atingido alguns deles, partiriam necessariamente à busca de outros, também já previsíveis - ora descobria-se que há objetivos que não são propriamente perseguidos, mas são condições que asseguram a insatisfação das pessoas num grau de desconforto mínimo, e que outros são realmente perseguidos e, quando encontrados, de fato trazem muita satisfação ao indivíduo. Pode-se assim notar a motivação por diversos modos, onde vale observar se a equipe vai mostra-se otimista, estando apta a novas oportunidades. Um grupo que, cada integrante se preocupa com os interesses dos demais costuma ser uma fonte de motivação, é importante notar as atitudes no trabalho. 10 Existem três fatores fundamentais que serve para a compreensão das razões determinantes do comportamento do indivíduo. São elas de acordo com Rodrigues(1994): • Mecanismo de defesa: é um processo de comportamento adicional, que mantem a constância e o equilíbrio relativamente ao autoconceito dos individuos. • Percepção: é a maneira da pessoa experimentar ou sentir o Universo.É o processo mediante o qual o individuo interpreta experiências a sua volta. • Atitudes: nesse tópico observamos uma íntima relação de opiniões e valores, podendo ser percebida como forma de conjunto mental. Sendo assim, a motivação deve servir de estímulo à pessoa, a fim de sanar suas necessidades e desejos, provocando comportamentos que promova a realização de seus objetivos. A realização de objetivos pessoais dos funcionários reflete diretamente no seu desempenho dentro da organização, e consequentemente na concretização dos objetivos da organização. Fatores que geram a motivação 1.2- Vários fatores devem ser analisados pela figura do líder dentro das empresas ou das organizações, que inspirado nos preceitos de Teoria Geral da Administração (TGA) e que são elencados e discutidos por alguns teóricos do presente tema, como o professor Chiavenato (2000), dentre outros, que em suma, os citam da seguinte forma: • Trabalho interessante. Desafio, autonomia e variedade de tarefas. A cada novo projeto os colaboradores devem elaborar pelo menos um "desenho" que eles nunca fizeram e que tenha um grau de dificuldade maior do que aqueles já elaborados anteriormente. Com isto eles 11 exercitam o ato de liderar, funcionando também como um treinamento para aqueles que desejam, e tem potencial, para assumir o posto de coordenador de projetos. • Auto-Realização. Sendo este um sentimento que brota de dentro das pessoas quando elas reconhecem a utilidade e os resultados do próprio trabalho, cabe aos líderes a função de mostrar ao colaborador que o trabalho foi realizado a contento. Para suprir esta necessidade, sugere-se ao final de um projeto um relatório de encerramento para que todos possam ver, em números, a qualidade do projeto. • Reconhecimento. Este é um dos pontos de maior importância, muito valorizado pelos colaboradores. O pleno reconhecimento do trabalho realizado é difícil de alcançar. Mesmo quando se está satisfeito com o trabalho realizado por uma pessoa, há que se ter sabedoria para transmitir adequadamente esta informação. • Segurança. A falta de estabilidade no emprego é um fator motivador nos dias de hoje. Costuma-se dizer às pessoas que lá trabalham que sempre há lugar para profissionais competentes e que devemos buscar a excelência em nossas atividades para que, com o recebimento de novos pedidos, mantenhamos nosso emprego. • Diálogo de Desenvolvimento. O "feedback", principalmente o positivo, é um grande impulsionador de motivação. • Desenvolvimento Pessoal e Treinamento. A oportunidade de adquirir conhecimentos e habilidades associadas ao cargo também é muito valorizada, na medida em que elevando a capacitação técnica e administrativa das pessoas, elas consideram-se mais capazes para exercer a função, aumentando a autoestima. Além disto, por terem sido convocadas para um treinamento, acreditam que a empresa está investindo nelas por serem competentes ou por pelo fato de se ter potencial, despertando assim a motivação. 12 Esta competência também pode ser vista, como uma forma de manter um bom currículo, o que significa aumentar a empregabilidade interna ou no mercado. O treinamento é com certeza o ponto forte da política de recursos humanos de qualquer empresa que queira motivar seus funcionários. A chefia direta tem por obrigação identificar as necessidades de treinamento de seus funcionários e planejar os recursos necessários. • Remuneração. Uma boa remuneração (salário) não desperta normalmente motivação nos colaboradores por um longo período. Porém um salário abaixo da média do mercado ou, pior ainda, abaixo dos colegas da empresa que exercem funções semelhantes sem diferenças gritantes de desempenho, é um dos principais fatores desmotivadores. Para evitar isto, como instrumento de apoio, a empresas devem desenvolver pesquisa de mercado para acompanhar a gestão de remuneração, procurando, com isto, manter a empresa competitiva. Os segmentos pesquisados deve referir-se às empresas do mesmo ramo de atividade, porte e localização geográfica. • Promoção e crescimento na organização. Com a política de redução de níveis hierárquicos adotada por praticamente todas as grandes e médias empresas de qualquer ramo de atividade, ficou ainda mais difícil oferecer promoções ou crescimento dentro das organizações como uma retenção de talentos ou um fator motivador. Para contornar este problema é necessário que a empresa adote uma carreira Y. • Condições de trabalho. Uma boa condição de trabalho é um ponto indiscutível para gerar motivação. A empresa deve organizar seu ambiente de acordo com a atividade desempenhada de maneira a oferecer a seus colaboradores o melhor ambiente. • Colegas. Serem colegas amistosos e colaboradores não é algo que o coordenador possa exigir dos membros de sua equipe, mas o tema deve ser sempre abordado nas reuniões mensais e, até mesmo, no recrutamento de novos colaboradores, este é um quesito considerado. A empresa não pode obrigar pessoas a serem amigas, mas deve 13 promover um ambiente saudável e disponibilizar áreas de lazer para que estas amizades sejam cultivadas e aprofundadas. • Benefícios: É também, a exemplo da remuneração - pois não deixa de ser um salário indireto, um fator de desmotivação se não estiver equiparado às funções equivalentes dentro ou fora da empresa. • Status: Símbolos que deixam claro a importância do cargo ocupado. As pessoas que valorizam este tipo de benefício são, neste departamento, cada vez mais raras. Mesmo dentre aquelas que valorizam este não foi apontado como um fator alavancador de motivação. • Sugestões para melhoramento: Programas participativos. A opinião do funcionário é importante e as suas sugestões para melhoria devem ser realmente consideradas e premiadas. A iniciativa deve ser valorizada através de um sistema de envio de sugestões para melhoramento. • Estimular o estrategismo: Sempre que se tenta influenciar o comportamento de outras pessoas, envolve-se em um ato de liderança. Portanto, liderança é um ato de influência. Caso tenha-se interesse em desenvolver os recursos humanos e criar um ambiente motivador, que resulte em altos níveis de produtividade e traga satisfação às pessoas a curto e longo prazo, então se precisa pensar no estilo de liderança, priorizando as atividades e atitudes que induzem um comportamento positivo nos colaboradores. Abaixo alguns exemplos praticados de como despertar a motivação nas pessoas através da liderança. • Estabelecer objetivos claros: Todos devem ter clareza de entendimento do que seja o trabalho da equipe, e porque ele é importante. Os objetivos devem ser desafiadores, porém atingíveis, mutuamente acordados, e ter relação direta com a visão da equipe. Cada membro deve compreender o seu papel nesta realização. 14 • Empoderamento: Criar confiança dos membros na capacidade da equipe de superar obstáculos e atingir os objetivos. O mútuo respeito faz com que todos compartilhem as responsabilidades, ajudando-se mutuamente, tomando a iniciativa para ir de encontro aos desafios. As políticas, regulamentos e processos devem permitir aos membros executar suas tarefas com facilidade. Os colaboradores devem ter a oportunidade de desenvolver e aprender novas habilidades. Faz-se também necessária uma sensação de poder individual e coletivo. • Relacionamento e Comunicação: Deve-se manter aberta a comunicação, e os membros da equipe expressarem suas opiniões, pensamentos e sentimentos sem receio das consequências. Saber ouvir deve ser considerado tão importante quanto falar. As diferenças de opinião e perspectiva devem ser devidamente valorizadas. Através de "feedback" sincero, demonstrativo de interesse genuíno, os colaboradores conscientizam-se de suas forças e fraquezas. Propiciar uma atmosfera de confiança e integração é fundamental no processo da motivação. • Reconhecimento e Apreço: As realizações individuais e as da equipe devem ser reconhecidas frequentemente pelo líder, celebrando as etapas, realizações e eventos. Os colaboradores devem sentir-se altamente prestigiados dentro da equipe, ficando imbuídos de um senso de realização pessoal em relação à equipe e pelas próprias tarefas. • Moral: O líder deve ser entusiasta em relação ao trabalho da equipe, e deve transmitir aos outros o orgulho de ser um membro da mesma. Deve ainda manter a confiança e o empenho, sendo otimista em relação ao futuro. Estas atitudes elevarão o moral dos demais membros, propiciando um ambiente de confiança na organização. 15 1.3- A força Motivacional A Força Motivacional foi encontrada a partir da multiplicação dos fatores valência, expectativa e instrumentalidade (Teoria das Expectativas). Para análise dos fatores motivacionais, elegeram-se os fatores de valência (atributos valorativos), expectativa e instrumentalidade conforme será descrito. A estrutura dos atributos valorativos consiste dos seguintes conjuntos de fatores primários: • Justiça no Trabalho: define que o ambiente de trabalho deveria garantir as condições materiais, de assistência, de higiene e de equipamentos adequados às características das atividades e à adoção das medidas de segurança, bem como garantir o retorno econômico compatível, o equilíbrio de esforços e direitos entre os profissionais, o cumprimento das obrigações pela organização. • Autoexpressão e Realização Pessoal: define que o trabalho deveria oportunizar expressão da aprendizagem contínua, da criatividade, da capacidade de tomar decisões, do sentimento de produtividade, das habilidades interpessoais, e do prazer pela realização das tarefas. • Sobrevivência Pessoal e Familiar: define que o trabalho deveria garantir as condições econômicas de sobrevivência, de sustento pessoal e de assistência à família, a existência humana, a estabilidade no emprego decorrente do desempenho, o salário e o progresso social. • Desgaste e Desumanização: define que o trabalho, na percepção do trabalhador, deveria implicar o desgaste, pressa, atarefamento, perceber-se como máquina ou animal (desumanizado), esforço físico, dedicação e perceber-se discriminado. Os itens de expectativas estão organizados nos seguintes fatores: • Autoexpressão: indica que o indivíduo espera encontrar oportunidades para sentir-se reconhecido, para expressar sua criatividade; seu bem-estar, a aprendizagem e as habilidades interpessoais, para opinar, para perceber proporcionalidade entre as retribuições das organizações e o que faz, para ser respeitado como gente e merecer a confiança dos superiores. 16 • Desgaste e Desumanização: reúne as expectativas de que o trabalho venha resultar em esgotamento, pressa, atarefamento, exigência de rapidez, desproporção entre esforços e recompensas, negação da própria condição humana, discriminação, esforço corporal e repetição de tarefas. • Responsabilidade: expressa as expectativas relativas ao cumprimento das tarefas e das obrigações, à responsabilidade pelas próprias decisões, ao sentimento de dignidade, à apresentação de atitudes de obediência e a manter-se ocupado. • Recompensa e Independência Econômica: expressa as expectativas de que o trabalho provenha o sustento e a independência econômica, garanta contrapartidas merecidas, estabilidade no emprego, assistências e a própria sobrevivência. • Condições Materiais de Trabalho: expressa as expectativas que o trabalho provenha uma assistência merecida pelo trabalhador, os equipamentos necessários à execução das tarefas, segurança, higiene e conforto ambiental. Para a Instrumentalidade, foram identificados também cinco fatores: • Envolvimento e Reconhecimento que indica quanto os indivíduos percebem o próprio desempenho como necessário para que: se sintam reconhecidos, influentes, identificados às tarefas, merecedores de confiança, incluídos no grupo; produtivos e percebam-se como pessoas que buscam a melhor forma de realizar o trabalho e com igualdade de direitos em relação aos colegas. • Condições Materiais de Trabalho: indica quanto os indivíduos percebem o próprio desempenho como influente para conseguir contar com ambiente higiênico e seguro, equipamentos adequados, conforto, assistência e para que a organização cumpra com suas obrigações. • Desgaste e Desumanização: indica quanto os indivíduos percebem o próprio desempenho como responsável por provocar esgotamento, atarefamento, percepção de tornar-se máquina ou um animal, esforço físico, percepção de discriminação e pressa. • Recompensas e Independência Econômica: indica quanto os indivíduos percebem o próprio desempenho como útil para obter seu auto-sustento, independência, estabilidade e assistência. 17 • Responsabilidade: indica quanto os indivíduos percebem o próprio desempenho como um instrumento capaz de lhe proporcionar sentimento de dignidade associada ao cumprimento das tarefas, à resolução de problemas, a ver as tarefas prontas, assumir suas decisões, a ser acolhido, obediente e produtivo. 1.4- Ciclo motivacional Baseado em Lopes (1980) a motivação funciona como maneira cíclica e repetitiva. O indivíduo sai do estado de equilíbrio interno, onde todas suas necessidades estão satisfeitas, e entra em um estado de desequilíbrio fisiológico ou psicológico, surgindo uma deficiência ou necessidade, que para ser satisfeita, gera estímulos a fim de aliviar a tensão e retornar ao estado inicial. Porém, nem sempre se consegue extinguir essa tensão, podendo gerar frustração, que normalmente é liberada através da agressividade, mau humor, insônia, entre outros fatores. Outras vezes, a intensidade dessa tensão é diminuída com a satisfação parcial dessa necessidade, onde outra solução (não ideal, mas satisfatória) é encontrada. A Figura a seguir expõe o ciclo motivacional. Equilíbrio à Necessidade à Estímulo ou à Tensão à Barreira Interno incentivo à Compensação Para Teixeira (2001), o chamado ciclo motivacional tem como ponto de partida um estímulo para a satisfação de certa necessidade que se manifesta, gerando assim uma tensão tradutora de um estado de desequilíbrio do organismo. Enquanto essa necessidade não for satisfeita, essa necessidade não abranda e o desequilíbrio mantém-se. É necessário estar atento no resultado do trabalho do indivíduo, pois se houver insatisfação surgirão conflitos, tendo como consequência o stress individual e organizacional. Essa insatisfação é reduzida a índices baixos, onde o enfoque organizacional está direcionado ao indivíduo. A qualidade de vida passa a ser uma das principais 18 metas para que se alcance o objetivo, a missão da empresa. Sendo assim, o trabalho deve proporcionar o desenvolvimento abrangente do ser humano. É de suma importância estar atento de como o empregado se sente no ambiente de trabalho. Suas atitudes, a forma de agir serão frutos de sua motivação. Contudo, é preciso investir no desenvolvimento de recursos humanos. Podemos considerar a motivação como um aspecto intrínseco as pessoas, ninguém pode motivar ninguém, sendo que a motivação específica para o trabalho depende do sentido que dá a ele. Esse ciclo se divide em seis etapas iniciando-se nas necessidades individuais não satisfeitas o que gera uma procura de alternativas para satisfazer essas necessidades; escolhe-se então uma das alternativas para se alcançar o objetivo desejado e toma-se uma atitude, ou seja, parte-se para ação propriamente dita. Após esse processo, há uma reavaliação da situação e então, finalmente o indivíduo decide se está motivado ou não para satisfazer sua necessidade através da alternativa escolhida. Após a reavaliação da situação, se o objetivo foi alcançado, foram atendidas as necessidades e atingidas as expectativas, porém no caso de não se ter alcançado a meta, as reações finais desse ciclo serão construtivas, quando houver uma reação positiva do indivíduo, que poderá suas metas ou tentar ultrapassar as barreiras impostas, caso contrário, teremos uma reação de frustração, onde o empregado terá uma resposta negativa à não realização da meta inicial, podendo apresentar reações de agressividade, regressão, fixação até retraimento. 19 CAPÍTULO II TEORIAS MOTIVACIONAIS 2.1- Teoria da Hierarquia das Necessidades - Maslow A teoria em questão estuda a motivação através das necessidades dos seres humanos. Maslow, o autor da teoria, considera “necessidade”, a manifestação natural de sensibilidade interna, que desperta uma tendência a realizar um ato ou a procurar uma determinada categoria de objetos. Maslow organizou as necessidades humanas em cinco categorias hierárquicas, conforme sua predominância e probabilidade: - Necessidades Fisiológicas: necessidades de sobrevivência - alimento, água, oxigênio, sono e sexo – e também são instintivas, uma vez que nascem com o homem; - Necessidades de Segurança: busca de proteção contra ameaças e privações. Mantém as pessoas em estado de dependência seja com a empresa, seja com outras pessoas; - Necessidades Sociais: relacionadas ao convívio social – amizade, afeto, amor, entre outros fatores; - Necessidade de Estima: desenvolvimento de sentimentos de autoconfiança e de ser útil e necessário para os outros. Sua frustração produz sentimentos de inferioridade e impotência; - Necessidade de Auto-Realização: tendência de explorar suas potencialidades. Há uma distinção nítida entre motivação de deficiência e motivação de crescimento, no caso, as necessidades básicas correspondem a motivos de deficiências, que constituem déficits no organismo, onde o preenchimento se dá através de objetos ou seres humanos de fora. Desta forma, logo quando o indivíduo satisfaz uma necessidade, surge outra, e assim sucessivamente. A motivação de crescimento ocorre quando o passo seguinte é subjetivamente mais agradável, isto 20 é, quando já satisfazemos suficientemente as nossas necessidades básicas, assim seremos motivados pelas tendências para individualização. A diferença entre as necessidades básicas (deficiência) e as necessidades de crescimento é de ordem qualitativa, uma vez que as pessoas diferem na intensidade de suas necessidades. De acordo com essa teoria, dificilmente iremos atingir o topo da pirâmide, pois sempre haverá novos sonhos e objetivos. São muitas as críticas feitas a esta teoria que fazem ressalvas sobre as dificuldades de se avaliar a teoria, a metodologia utilizada no processo de pesquisa, a dificuldade de se evidenciar que a satisfação de uma necessidade ative a necessidade seguinte, porém a principal crítica diz respeito à subjetividade do indivíduo, sendo extremamente difícil padronizar seus agentes motivadores. 2.2- Teoria ERC – Alderfer Desenvolvida pelo psicólogo Clayton Alderfer, a partir da teoria de Maslow e de novas pesquisas, a Teoria ERC concorda que a motivação do trabalhador pode ser medida seguindo uma hierarquia de necessidades, porém diverge da Teoria de Maslow em alguns pontos básicos. Maslow via as pessoas subindo progressivamente dentro da hierarquia das necessidades. Já Alderfer percebia que as pessoas subiam e desciam dentro da hierarquia das necessidades e que existiam apenas três fatores essenciais para motivação: - Necessidade existencial: necessidades básicas de Maslow, ou seja, necessidades de sobrevivência; - Necessidades de relacionamento: o ser humano tem necessidade de relacionamentos interpessoais, ou seja, sociabilidade e relacionamento social; - Necessidades de crescimento: necessidade que o ser humano tem de criar, dar sugestões, participar, entre outros fatores, sendo assim o desenvolvimento do potencial humano. Essa teoria adota o princípio de frustração-regressão, ou seja, uma necessidade inferior pode ser ativada quando uma necessidade mais elevada não 21 pode ser satisfeita e também salienta que mais de uma necessidade poder ser focalizada de uma única vez. 2.3- Teoria dos Dois Fatores - Herzberg Herzberg tomou como ponto de partida a teoria clássica de Maslow, mas como Aldefer, também discordou de alguns pontos da Teoria das Necessidades. Concorda com Maslow no que diz respeito às necessidades serem sempre internas, mas discorda ao afirmar que quando as pessoas falam de “sentimento de insatisfação”, referem se a os fatores extrínsecos ao trabalho e quando se referem a sentir-se bem estão se referindo a elementos intrínsecos. Para Herzberg, a motivação depende do trabalho em si e não dos incentivos que os empresários possam dar aos funcionários e enquanto para Maslow todas as necessidades motivam e provocam satisfação, para Herzberg não são todas as necessidades que motivam, pois algumas apenas evitam a não-satisfação. Herzberg classifica a motivação em duas categorias: • Fatores de Higiene: são os fatores extrínsecos e são insatisfacentes, ou seja, os que previnem a insatisfação; giram em torno do “contexto do cargo”: como a pessoa se sente em relação à empresa, as condições de trabalho, salários, prêmios, benefícios, vida pessoal, status, relacionamentos interpessoais; • Fatores de Motivação: são os fatores intrínsecos, associados a sentimentos positivos e estão relacionados com o “conteúdo do cargo”: como a pessoa se sente em relação ao cargo: o trabalho em si, realização pessoal, reconhecimento, responsabilidades. O funcionário que está motivado tem um gerador interno e executa a tarefa pôr ela mesma, pela realização, o reconhecimento, a responsabilidade e progresso. Dentro do ponto de vista desta teoria, a chave da motivação se encontra na reestruturação dos cargos, tornando-os mais desafiadores e gratificantes, elementos estes, que foram tirados dos mesmos pela excessiva especialização. Para o autor, a insatisfação não é o mesmo que a não satisfação, uma vez que pode não estar insatisfeito, mas ao mesmo tempo, pode-se também não estar satisfeito. Muitas críticas foram feitas à teoria no que diz respeito à metodologia empregada sendo 22 limitada ao seu modelo, quando não empregado, gera resultados divergentes e também são criticadas as suposições consideradas na teoria, em outras palavras, é questionada a suposição que dois conjuntos de fatores operam primariamente em uma única direção. 2.4- Teoria Da Realização ou Teoria das Necessidades Adquiridas – McClelland Essa teoria ressalta que as necessidades podem ser aprendidas ou socialmente adquiridas durante a vida, iniciando-se assim que o indivíduo começa a interagir com o ambiente e se resumem em três necessidades básicas: • Necessidade de Realização (nR): é o desejo de ser excelente, de ser melhor, de ser mais eficiente e as pessoas com essas necessidades gostam de correr riscos calculados, de ter responsabilidades, de traçar metas; • Necessidade de Poder (nP): é o desejo de controlar os outros e de influenciá-los. Pessoas assim tem grande poder de argumentação e esse poder pode ser tanto positivo quanto negativo e procuram assumir cargos de liderança. • Necessidade de Aflição (nA): reflete o desejo de interação social, de contatos interpessoais, de amizades e de poucos conflitos. Pessoas com essas necessidades colocam seus relacionamentos acima das tarefas. Através de sua teoria, o autor estabelece pontos importantes a serem avaliados tais como o esforço do indivíduo em buscar de feedbacks concretos, a eleição de modelos a ser seguido, o estabelecimento de metas com propostas desafiadoras e um maior controle do indivíduo para com seus desejos. 23 2.5- Teoria da Equidade – Stacy Adams Estudos realizados por J. Stacy Adams fundamentam-se no fato de que os trabalhadores buscam justiça quanto às recompensas recebidas, as comparando com as dos seus colegas de trabalho. Equidade, neste caso, é a relação entre a contribuição que o indivíduo dá em seu trabalho e as recompensas que recebe, comparada com as recompensas que os outros recebem em troca dos esforços empregados. É uma relação de comparação social. A Teoria da Equidade focaliza a relação dos resultados para os esforços empreendidos em relação à razão percebida pelos demais, existindo assim a equidade. Porém quando essa relação resulta em um sentimento de desigualdade, ocorre a inequidade, podendo esta ser negativa, quando o trabalhador recebe menos que os outros e positiva, quando o trabalhador recebe mais que os outros. Se algumas dessas duas condições acontecem, o indivíduo poderá se comportar da seguinte forma: • Apresentará uma redução ou um aumento em nível de esforço; • Poderá fazer tentativas para alterar os resultados; • Poderá distorcer recursos e resultados; • Poderá mudar de setor ou até de emprego; • Poderá provocar mudanças nos outros; • E por fim, poderá trocar o grupo ao qual está se comparando. A equidade é subjetiva: o que pode parecer justo para o superior, pode não parecer justo para o subordinado, por isso, a maior importância recai sobre o que o ambiente percebe com justo e não sobre o que o gerente acredita ser justo. 2.6- Teoria x e y- Mc Gregor As teorias X e Y, construídas por Douglas McGregor no começo da década de 50 podem ser analisadas como duas formas de se visualizar o comportamento humano dentro da empresa. As teorias podem ser observadas pelos seguintes aspectos: Teoria X: subserviência e controle. Teoria Y: potencialidades e desenvolvimento pessoal. McGregor criou uma distinção específica para as duas 24 teorias deixando claras as diferenças entre elas. O comportamento humano nas organizações não pode ser apenas estereotipado em apenas duas teorias, mas fica evidente a aplicação dessas teorias ou partes delas em várias organizações nos dias atuais. As características da administração dos recursos humanos em várias empresas demonstram traços das teorias X e Y criado por Douglas McGregor. Após verificar a forma pelo qual os gestores lidavam com seus subordinados, constatou que os mesmos tendem a desenvolver um conjunto de assunções, ideias ou crenças sobre os empregados que podem basicamente ser divididas em dois grupos, pelos quais constituem duas visões diferentes positivas e negativas. Na Teoria X, as organizações partem do pressuposto de que as pessoas têm aversão ao trabalho e à responsabilidade, preferindo ser dirigidas e, por isso, devem ser controladas e motivadas pela coação, pela punição, pelo dinheiro ou pelos elogios. Estes pressupostos correspondem à concepção mecanicista dos trabalhadores utilizada pela Escola Clássica e levam as organizações a colocar a ênfase na satisfação dos fatores higiênicos definidos por Frederick Herzberg. Na Teoria Y, parte-se da hipótese de que as pessoas são criativas e competentes e consideram que o trabalho é tão natural como a diversão ou o descanso. Assim sendo, sob condições corretas desejam trabalhar, daí que é fundamental proporcionar-lhe condições para o seu desenvolvimento pessoal. Estes pressupostos constituem a base da chamada Administração Participativa. 2.7- Teoria do Reforço – Skinner Desenvolvida inicialmente pelo psicólogo norte-americano Burrhus Frederic Skinner (considerado como um dos pais da psicologia comportamental), a Teoria do Reforço, conclui que as ações com consequências positivas sobre o individuo que as práticas tendem a ser repetidas no futuro, enquanto o comportamento que é punido tende a ser eliminado. As consequências são positivas sempre que as pessoas sentem prazer com o seu próprio desempenho. Daqui resulta a importância da informação sobre a organização como fator de motivação, em especial a relativa às áreas em que a pessoa se encontra envolvido. 25 Segundo a Teoria do Reforço, o comportamento das pessoas pode ser influenciado e controlado através do reforço (recompensa) dos comportamentos desejados e ignorando as ações não desejadas (o castigo do comportamento não desejado deve ser evitado na medida em que tal contribuiria para o desenvolvimento de sentimentos de constrangimento ou mesmo de revolta). Skinner defende mesmo que o comportamento das pessoas pode ser controlado e informado por longos períodos de tempo sem que estas se apercebam disso, inclusivamente sentindo-se livres. Uma técnica defendida por Skinner é a modificação do comportamento organizacional que consiste na aplicação da Teoria do Reforço aos esforços para a mudança nas organizações e assenta em dois princípios basilares: primeiro as pessoas atuam da forma que acham mais gratificantes e recompensadoras; segundo, o comportamento pode ser influenciado e determinado pela gestão das recompensas a ele associadas. A idéia principal dessa teoria é de que o reforço condiciona o comportamento sendo que este é determinado por experiências negativas ou positivas, devendo o gerente estimular comportamentos desejáveis e desencorajar comportamentos não agradáveis. O reforço positivo se dá de várias formas tais como: premiações, promoções e até um simples elogio a um trabalho bem feito. São motivadores vistos que incentivam o alto desempenho. O reforço negativo condiciona o funcionário a não se comportar de maneira desagradável, atuando através repreensões chagando até a demissão. 2.8- Teoria da Expectativa- Victor Vroom. 26 Para Victor Vroom, motivação é o processo que governa a escolha de comportamentos voluntários alternativos. O quadro inicial seria aquele de uma pessoa que poderia escolher entre fazer A, B ou C. Segundo Vroom, a motivação da pessoa para escolher uma das alternativas dependeria de três fatores: Do valor que ele atribui ao resultado advindo de cada alternativa, da percepção de que a obtenção de cada resultado está ligada a uma compensação e da expectativa que ele tem de alcançar certos resultados. Assim, para que uma pessoa esteja "motivada" a fazer alguma coisa é preciso que ela, simultaneamente: -atribuir valores à compensação advinda de fazer determinada atividade; -acreditar que fazendo tal atividade ela receberá a compensação esperada; -acreditar que há condições de fazer aquela atividade. Em termos de uma equação, essa definição poderia ser escrita da seguinte forma: Motivação = [expectativa] X [instrumentalidade] X [valor], o que significa que todos os termos devem ser maiores do que zero (nenhum dos fatores pode estar ausente). 27 Valor As diferentes compensações ligadas às alternativas A, B e C terão diferentes valores (valências) para determinada pessoa. Um novo emprego, por exemplo, poderá ter como valores positivos um maior salário e uma maior visibilidade e poderão ter como valor negativo uma carga maior de trabalho e uma mudança para outra cidade. Percepção das Compensações Ligadas aos Resultados Toda pessoa tem um percepção da compensação que terá se alcançar certo resultado. Ela pode, por ex., estar convencida de que se chegar a B será promovida. Essa relação entre desempenho e compensação, na linguagem de Vroom, é chamada de "instrumentalidade". Expectativa de Alcançar o Resultado Uma pessoa avalia a probabilidade de obter certo resultado comparando os esforços necessários para tanto com suas próprias capacidades. Se ela entender que a probabilidade ligada à alternativa A, por exemplo, é muito baixa, ela irá fazer sua escolha entre B e C. Se ela achar que é impossível atingir C, não fará qualquer esforço para isso. Resultados Vroom enfatiza a importância de se analisar com cuidado a dimensão dos valores atribuídos a uma compensação. Por exemplo, um jovem profissional pode atribuir enorme valor a uma promoção não pelas perspectivas de carreira que isso ofereça ou pelo aumento de salário em si, mas pelo fato de que esse aumento vai permitir que ele desfrute inúmeras situações no decorrer de sua vida. Isso mostra que motivação não é um processo e varia de indivíduo a indivíduo, em função de seus objetivos pessoais. 28 CAPÍTULO III O PAPEL DA MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL O comportamento humano é motivado pelo desejo de atingir algum objetivo. A unidade básica de um comportamento é uma atividade, a auto-realização de fazer algo. Podemos dizer que a motivação de uma pessoa depende da força de seus motivos, que impulsionam e mantém o comportamento dos indivíduos. A motivação refere-se a forças que energizam, dirigem e sustentem os esforços de uma pessoa. Todo comportamento, exceto reflexos involuntários como o piscar de olhos, é motivado. O indivíduo passa pela seleção sofre a ação do treinamento, mas falta ainda uma das fases mais importantes: a fase de ação do comportamento. É importante ressaltar um velho provérbio, que diz: “pode-se levar um cavalo à água, mas não se pode levá-lo a beber". Um colaborador poderá estar dotado generosamente de todas as qualidades necessárias ao desempenho do cargo, ter as ferramentas necessárias, ter um bom ambiente de trabalho. Mas isto não garantirá, de antemão, que ele executará a contento sua tarefa. A misteriosa qualidade que o leva a empreender a ação para executar a tarefa está diretamente ligada aos problemas da motivação humana na empresa. Uma pessoa altamente motivada trabalhará com afinco para atingir metas de desempenho. Com habilidade e entendimento adequados de sua função, essa pessoa será altamente produtiva. Em uma sociedade de produção em massa, o empreendimento de motivar as pessoas a trabalhar não constitui uma tarefa fácil, visto que muitas obtêm pouca satisfação pessoal dos seus empregos e auferem pouco senso de realização e criatividade. De início é preciso diferenciar necessidade, incentivo e motivação. 29 As necessidades são os desejos sentidos pelo indivíduo. São chamadas também de exigências ou imperativos. Os incentivos são os objetos ou os comportamentos que satisfazem as necessidades. Muitos fatores podem impedir que uma pessoa tenha altos desempenhos. Um vendedor altamente motivado pode trabalhar 60 horas por semana, mas ter dificuldade em atingir suas metas de desempenho por vários motivos. Pode não entender seus clientes ou seus produtos, pode trabalhar para uma empresa sem reputação/ ter de/vender produtos inferiores a preços absurdos, ter dificuldade no campo de vendas, ou ser perturbado por épocas de recessão na economia. Administradores eficientes facilitam o desempenho fornecendo as coisas de que as pessoas precisam para desempenhar sua função. Pode oferecer a seu pessoal um treinamento adequado, ferramentas e equipamentos necessários, orçamento apropriado, pessoal de apoio, autoridade e informação suficientes para que o pessoal faça um bom trabalho. Sem esses elementos, até mesmo as pessoas altamente motivadas não vão ter um bom desempenho. Assim, ao perceberem que a situação inibe em vez de auxiliar seu desempenho, perdem a motivação. Os indivíduos possuem milhares de necessidades. A necessidade mais forte em certo momento que conduzirá a determinada atividade. O que ativa e condiciona os desejos de uma pessoa? Segundo Gellerman, “A maior motivação é tornar real a idéia que a pessoa faz de si mesma, isto é, fazer viver de maneira mais apropriada ao respectivo papel preferido, ser tratada de modo correspondente a categoria que mais deseja possuir e obter a recompensa que atinja o nível que o individuo considere equivalente as suas aptidões. Nessas condições estamos permanentemente procurando alcançar a situação que nos julgamos merecedores, tentando fazer com que nossas idéias subjetivas ao nosso respeito se convertam em realidades objetivas. Quando os fatos parecem confirmar tais idéias, costumamos achar que a vida é boa e o próprio mundo é justo, porém, quando deixamos de conquistar as regalias que consideramos por direito, nossa tendência é para desconfiar que algo está completamente errado no mundo” 30 A motivação pode ocorrer de diversas maneiras, influenciando no ambiente organizacional, ela pode se dar pelos fatores internos, pelos fatores externos e pela pressão social. • Fatores internos: Ocasionalmente encontra-se em pessoas que agem por conta própria, pessoas auto- motivadas que agem em função do que julgam bom para elas e para o bem comum. • Fatores externos: São aqueles que influenciam as pessoas, fazendo-as tomar decisões que lhes convém, muitas vezes pro seu próprio benefício. • Pressão social: Já se diz o nome, a pressão social é aquilo que as pessoas fazem por ver que a maioria da população está realizando. Por exemplo: se o casamento fosse obrigatório, uma lei e noventa por cento da sociedade casassem, a pessoa sentirá pressionada em arrumar uma pessoa para se adequar a mesma. Isso ocorre no ambiente organizacional, às organizações estão cada vez mais exigentes em relação à seleção de pessoas, e quando selecionam, é preciso haver dedicação e responsabilidade, a rotatividade está cada vez maior, então a pressão social está presente nesse sentido, é preciso que os indivíduos se adequem e façam sua parte da melhor maneira possível, muitos por sofrerem essa pressão social, acabam ficando no meio do caminho. Segundo Maximiano, “A motivação para o trabalho é uma expressão que indica um estado psicológico da disposição ou vontade de perseguir uma meta ou realizar uma tarefa. Estudar a motivação para o trabalho é procurar entender quais razões ou motivos que influenciam o desempenho das pessoas que é a mola propulsora de bens e da prestação de serviços” 31 3.1- O objetivo de ser ter pessoas motivadas no trabalho Um dos grandes desafios das organizações nos dias de hoje é criar um ambiente de trabalho motivador para seus empregados. Esse desafio acentua-se quando se verifica a intenção, por parte dos indivíduos, de valorizarem cada vez a qualidade de vida. Assim sendo, se o ambiente de trabalho não trouxer a satisfação desejada, em contrapartida ao nível de esforço, há uma tendência natural para a economia de esforços no local de trabalho e alocação desta mesma energia em ações que realmente despertem o interesse do indivíduo. A motivação no âmbito organizacional está relacionada à qualidade de desempenho e esforços de seus colaboradores, constituindo a energia motriz para atingir os resultados desejados. Com a chegada da globalização e avanço tecnológico, aumento da competitividade entre as empresas, custos de contratação, treinamentos e processo de automação industrial, a exigência do melhor desempenho de seus colaboradores está cada vez maior. Por esse motivo, as empresas estão sempre buscando alternativas que motivem seus colaboradores, com o intuito de proporcionar um melhor clima organizacional e desempenho de seus profissionais. Por ser o processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços para o alcance de metas, a motivação se tornou fundamental para as organizações. Conhecer meios de manter as equipes motivadas a realizar seu trabalho é buscar qualidade, sucesso e lucratividade. Devido a estes fatores de intensificação da concorrência e do ritmo acelerado das mudanças no mercado de trabalho, é fundamental para o sucesso de qualquer organização possuir colaboradores estimulados a alcançar metas para que os resultados esperados e planejados sejam superados com disposição e satisfação. Só depois de se conhecerem as fontes de motivação dos trabalhadores é que se podem esperar ganhos adicionais, efetuando uma gestão eficaz, pois o 32 sucesso de qualquer organização envolve, sem dúvida, o nível de motivação de seus colaboradores. Em um Levantamento feito na empresa que foi utilizada como objeto de estudo, as pessoas voltadas à participação apontaram a auto-realização em si e a responsabilidade como algo que realmente deve fazer com que as pessoas se sintam mais contentes com o trabalho. Essas pessoas pesquisadas acreditam que sua autoestima está na maior parte ligada ao efetivo atingimento das metas. Analisando então os efeitos e consequências da satisfação no trabalho, os empregados julgam que um ou mais aspectos do trabalho não estão adequados, o estado de desmotivação podem fazer com que esses funcionários apresentem diferentes reações, como por exemplo, procurar outro emprego, fazendo com que seja necessário repor esta mão-de-obra, trazendo custos adicionais de procura, seleção e treinamento. 3.2- O contexto organizacional O envolvimento segmentar dos indivíduos é à base da estrutura organizacional. As organizações e os cargos diferem na totalidade do envolvimento que solicitam e os indivíduos diferem na magnitude de envolvimento que julgam aceitáveis. Quando as pessoas ingressam em uma organização, trazem consigo uma variedade de valores e interesses que advém do ambiente externo, qualquer organização com fácil permeabilidade de fronteiras está sujeita à influência contínua do ambiente externo. As transformações que vêm ocorrendo no mundo exigem também que as organizações modifiquem de uma maneira bem profunda a sua forma de conceber e entender o papel desempenhado pelas pessoas. No cerne da questão está a premissa de que a motivação tem uma relação direta com o desempenho e, portanto, constitui-se num fator fundamental para ganhos de produtividade. No decorrer das últimas décadas têm se multiplicado os exemplos (estratégias motivacionais) de que é possível fazer da organização um ambiente saudável, e do trabalho ali executado algo realmente motivador para o ser humano. 33 As estratégias motivacionais são classificadas em três categorias conforme a ênfase dada a cada uma das três dimensões organizacionais: Econômica, Psicossocial e Política. Devida à estreita ligação entre as dimensões é impossível que uma mudança operada em uma delas não interfira nas outras duas. A estrutura de poder de uma empresa define a própria empresa, os objetivos que a empresa persegue e a estrutura que ostenta são uma extensão dos objetivos e necessidades dos grupos e indivíduos dominantes que constituem a sua estrutura de poder. (MATTOS, 1988). Estudos da relação entre motivação e desempenho realizados por alguns estudiosos abordados pela teoria das características do trabalho, sinalizam a necessidade de se considerar os fatores de mediação no trabalho que impactam nesta relação. O alcance dos objetivos organizacionais se encontra atrelado ao desempenho eficiente e eficaz nos níveis individual, grupal e organizacional. Dentre os fatores de mediação entre motivação e desempenho no trabalho se destacam: o significado que o trabalho realizado possui para quem o realiza, o sistema de recompensas e punições vigente nas organizações, o estilo gerencial e a qualidade do ambiente psicossocial do trabalho, e a convergência entre os valores pessoais e organizacionais. O desafio das organizações reside na necessidade de compreender a dinâmica dos processos internos que movem as pessoas, por meio da adoção de práticas que corroborem o sentido de pertença, a satisfação das pessoas e consequentemente, o sucesso e o fortalecimento da imagem da organização. 3.3- As organizações A sociedade moderna é uma sociedade de organizações. As organizações são sistemas extremamente complexos, elas revelam-se compostas de atividades humanas em diversos níveis de análise. Personalidades, pequenos grupos, intergrupos, normas, valores, atitudes, tudo isso existe sob um padrão complexo e multidimensional. 34 As organizações operam em diferentes ambientes, sofrendo as mais variadas coações e contingências, que se modificam no tempo e no espaço e reagem a elas através de estratégias para alcançar resultados diferentes. Tudo isso faz com que as organizações apresentem uma incrível diversidade, criando sua própria cultura ou clima, com seus próprios tabus, costumes e crenças. A existência de uma organização se dá quando existem pessoas aptas a exercerem uma comunicação entre si, que almejam contribuir com sua ação e para a realização de um propósito comum. O sistema, pois, a que damos o nome de organização, é um sistema composto das atividades dos indivíduos; o que faz dessas atividades um sistema é o fato de os esforços de diferentes pessoas serem coordenados. As organizações como unidades sociais (ou agrupamentos humanos) são intencionalmente construídas e reconstruídas a fim de atingir objetivos específicos e se caracterizam por: • Divisões de trabalho, poder e responsabilidades de comunicação, planejadas intencionalmente para intensificar a realização de objetivos; • A presença de um ou mais centros de poder que controlam os esforços combinados da organização e os dirigem para seus objetivos; • Substituição de pessoal. Todas essas características fazem das organizações ferramentas humanas, construídas e reconstruídas para lidar com os desafios do seu contexto. Um empreendimento coletivo imerso em complexas redes de significados e interesses que podem ser mais ou menos convergentes. Um fenômeno cuja complexidade emerge nos múltiplos níveis que o constituem – no plano dos indivíduos, com suas expectativas, habilidades e interesses; no plano dos grupos, em suas dinâmicas que facilitam ou dificultam as suas atividades; no plano organizacional propriamente dito, no conjunto de processos políticos e técnicos que o configuram. 35 3.4 Fatores Motivacionais que contribuem para o alcance dos resultados A motivação intrínseca está relacionada a recompensas psicológicas, tais como a oportunidade de usar a habilidade de alguém, um sentido de desafio e realização, recebimento de um reconhecimento positivo ou apreciação, ser tratado de maneira considerável. A motivação extrínseca está relacionada a recompensas tangíveis ou materiais, tais como: salários, benefícios adicionais, seguros de vida, promoções, contratos de trabalho, ambiente e condições de trabalho. De acordo com Caudron (1997) existe uma lista de técnicas, elaborada por ele, que podem ser aplicadas para conquistar a motivação dos colaboradores: ● Oferecer aos colaboradores informações necessárias para a realização de um bom trabalho; ● Solicitar idéias aos colaboradores e envolvê-los em decisões sobre suas funções; ● Reconhecer publicamente um trabalho bem feito; ● Promover reuniões destinadas a comemorar o sucesso da equipe; ● Dar ao colaborador uma tarefa interessante para executar; ● Verificar se o colaborador dispõe das ferramentas necessárias para realizar o melhor trabalho; ● Reconhecer as necessidades pessoais do colaborador; ● Utilizar o desempenho como base para promoções; ● Adotar uma política abrangente de promoção dos colaboradores; ● Estimular o sentido de comunidade; ● Dar aos colaboradores uma razão financeira para serem excelentes; ● Reconhecer as diferenças individuais: não tratar os colaboradores como se fossem iguais, pois possuem necessidades diferentes; ● Fazer com que as recompensas sejam percebidas como justas: vincular as recompensas às experiências, habilidades, responsabilidades e esforços apresentados pelos colaboradores; 36 ● Definir objetivos e fornecer feedback: traçar objetivos específicos, desafiantes e que possa ser monitoráveis. ● Estimular a participação nas decisões: permitir ou, até mesmo, encorajar a participação dos colaboradores nas decisões que os afetam, como a fixação de objetivos ou a definição dos procedimentos no trabalho; Os fatores como o salário, condições ambientais de trabalho, estilo de supervisão e o relacionamento entre colegas não seriam fatores capazes de satisfazer ou motivar pessoas no trabalho, mas deveriam ser objeto de atenção e preocupação dos dirigentes organizacionais apenas para evitar a insatisfação no trabalho, que também poderia prejudicar o desempenho. Ao contrário, a realização do colaborador, o reconhecimento pessoal, o desenho do cargo e a delegação de responsabilidades seriam os fatores realmente capazes de satisfazer e motivar as pessoas. O sistema de recompensas de uma organização repercute na motivação no trabalho quando os colaboradores são premiados de modo tangível (bônus em dinheiro, aumento salarial) ou intangível (elogio ou reconhecimento público) por terem praticado comportamentos considerados desejáveis para a organização. Já o sistema de punições tem como finalidade primordial suprimir comportamentos considerados indesejáveis (abandono, baixo desempenho) para o alcance dos objetivos organizacionais. Reconhecer constitui uma forma de possibilitar a motivação dos empregados em função dos objetivos organizacionais definidos, bem como dos objetivos individuais. O reconhecimento é a ação da organização no sentido de retribuir e premiar as pessoas tendo como referências o desempenho e competências demonstradas. É também elemento fundamental na direção e na motivação das pessoas. O Sistema de Reconhecimento e Recompensa tem como objetivo reconhecer os empregados que se destacam no exercício de suas atividades seja por tempo de serviço, por desempenho, ou por proposições inovadoras que tragam efetivo incremento aos resultados da organização, de forma a contribuir para o sucesso e fortalecimento da imagem da empresa. Muitas foram as teorias acerca da motivação. Cada teoria tem sua própria abordagem, dando maior ênfase a determinados fatores que outros, e contribuindo 37 para se achar o caminho mais apropriado para motivar. Faz-se necessário, identificar o melhor caminho para percorrer, com o intuito de melhor entender a motivação e conseguir levar a força de trabalho e elevar o moral, aceitando e vencendo os desafios propostos pela organização. 38 CONCLUSÃO Compreender a motivação humana tem sido um desafio para muitos administradores. A motivação é quase sempre relacionada com desempenho positivo. A motivação traduz e incentiva o poder de cada funcionário, de cada indivíduo dentro da organização. A pessoa é motivada, passando a exercer seu poder de conhecimento, produzindo assim com satisfação. É de suma importância o sentimento de ser necessário ao outro, de fazer parte, interagir, estar comprometido. A ausência dessas recompensas psicológicas pode não só trazer a falta da motivação, e sim levar a desintegração de certos processos regulares do físico, levando o indivíduo a ter doenças, seu corpo respondendo negativamente devido a esse fator ligado a ausência de motivação. Sem sentimentos não existe vida nas soluções e no uso da técnica. Sem considerar os sentimentos de felicidade ou infelicidade as organizações enrijecem ou morrem. A motivação é uma das grandes forças impulsionadoras do comportamento humano. É ela que irá determinar os níveis de desempenho pessoal e profissional de cada indivíduo. A motivação leva a pessoa em direção a um objetivo, para chegar a esse objetivo tem que haver persistência na ação, essa persistência acontece por causa da motivação. As organizações para terem sucesso na era em que estamos, além de outros requisitos, têm que ter gerentes que saibam lidar com pessoas, aproveitando assim a máxima produtividade desses indivíduos, fazendo com que eles tenham prazer no trabalho, e não que trabalhem somente pôr necessidade, fazendo assim só o necessário. Por isso é muito bom que administradores saibam como motivar. O conhecimento das forças motivacionais ajuda os administradores a compreenderem as atitudes de cada empregado no trabalho. (NEWSTROM & DAVIS, 1998). 39 5 BIBLIOGRAFIA CITADA 1 - BERGAMINI, Cecília, Motivação nas organizações, Editora Atlas, 4º Edição, São Paulo, 1997. 2 - CHIAVENATO, Idalberto, Gestão de Pessoas: O novo papel dos recursos humanos nas organizações, Rio de Janeiro: Campus, 1999. 3 - CHIAVENATO, Idalberto, Introdução a teoria geral da administração, 5º edição São Paulo, 2000. 4 - GELLERMAN- SW- Motivação e produtividade, São Paulo, 1986. 5 - HERZBERG, Frederick, Mais uma vez: Como motivar seus funcionários? In avaliação de desempenho, Rio de Janeiro, Campus, 1997. 6 - LOPES, Tomás de Vila Nova, Motivação no trabalho, Editora Fundação Getúlio Vargas, 1º edição, Rio de Janeiro, 1980. 7 - MAXIMIANO, Antônio César Amaru, Teoria Geral da Administração: Da escola científica à competitividade na economia globalizada, Editora Atlas, 2º edição, São Paulo, 2002. 8 - TEIXEIRA, Sebastião, Gestão das organizações, Rio de Janeiro, Editora Mc Graw Hill, 2001. 9 - Biblioteca Nacional Digital- bndigital.bn.br em 12-03-2010, 16-03-2010, 24-032010, 15-04-2010, 02-05-2010, 12-05-2010, 16-06-2010, 21-06-2010. 10 - Portal Domínio Público- www.dominiopublico.gov.br , 11-6, 2010, 22-06-2010. 40 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: AVM – Instituto A vez do mestre Título da Monografia: A MOTIVAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA A GESTÃO DE PESSOAS DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES Autora: Larissa Arturi Alves Cabral Data da entrega: Avaliado por: Conceito: