GRUPO DE ESTUDOS PNAIC / 2014
Orientadora: Raquel Eveline da Silva
Grupo: Lírios
4º Encontro - 16/05/2014 - Linguagem
Temáticas dos encontros:
Abril:
 11 – discussão dos dois textos
 25 – práticas de alfabetização (SEA)
 28– Concepção de alfabetização no bloco
pedagógico
LISTAS
Temáticas dos encontros:
LISTAS
Maio:
09 – Rotina e planejamento na alfabetização
 14 – Psicogênese da língua escrita
 16 – Consciência fonológica e heterogeneidade
 23 – Avaliação
 24 – Currículo (formação pela SMED)
 30 – Direitos de aprendizagem
LEITURA E DISCUSSÃO
 Teoria da psicogênese da escrita
 Consciência fonológica
TEORIA DA PSICOGÊNESE DA ESCRITA
Níveis evolutivos do processo de aquisição da escrita:
Pré-silábico
Silábico
Silábico-alfabético
Alfabético
HIPÓTESE PRÉ-SILÁBICA
A criança:
 supõe que a escrita é outra forma de desenhar ou
de representar coisas e usa desenhos, garatujas e
rabiscos para escrever;
 supõe que a escrita representa o nome dos objetos;
coisas grandes devem ter nomes grandes, coisa
pequenas devem ter nomes pequenos;
 faz registros diferentes entre
palavras modificando a quantidade e a
posição e fazendo variações nos
caracteres;
HIPÓTESE PRÉ-SILÁBICA
A criança:
faz registros diferentes entre palavras modificando a
quantidade e a posição e fazendo
variações nos caracteres;
 supõe que para algo poder ser lido precisa ter no
mínimo de duas a quatro grafias, geralmente três
(hipóteses da quantidade mínima de
caracteres);
 supõe que para algo poder ser lido
precisa ter grafias variadas (hipótese da
variedade de caracteres)
NÍVEL PRÉ-SILÁBICO
CARACTERÍSTICAS (aquilo que já sabe):
 Escrever e desenhar têm o mesmo significado;
 Não relaciona a escrita com a fala;
 Acredita que coisas grandes têm um nome
grande e coisas pequenas têm um nome pequeno
(realismo nominal);
NÍVEL 2: INTERMEDIÁRIO I
CARACTERÍSTICAS (aquilo que já sabe):
 Para cada fonema, usa uma letra para representálo.
 Não atribui valor sonoro à letra.
Pode usar muitas letras para escrever
e ao ler, aponta uma letra para cada
fonema, ainda que sobrem letras.
 Ao escrever a frase pode usar uma
letra para representar cada palavra.
NÍVEL 2: INTERMEDIÁRIO I
CONFLITOS VIVIDOS PELA CRIANÇA NESTA ETAPA:
 A escrita está vincula à pronúncia das partes da
palavra?
Como ajustar a escrita à fala?
Qual a quantidade mínima de letras necessárias
para se escrever?
NÍVEL INTERMEDIÁRIO I
O QUE PRECISA SABER:
 Atribuir valor sonoro às letras.
 Aceitar que não é preciso muitas letras para se
escrever, apenas o necessário para representar a fala.
 Perceber que palavras diferentes são escritas com
letras em ordens diferentes,
que costumam não se
repetir.
NÍVEL 3: HIPÓTESE SILÁBICA
A criança:
 já supõe que a escrita representa a fala;
 tenta fonetIzar a escrita e dar valor sonoro às
letras;
 já supõe que a menor unidade de língua seja a
sílaba;
 em frases, pode escrever uma letra para cada
palavra.
HIPÓTESE SILÁBICA
CARACTERÍSTICAS (aquilo que já sabe):
 Para cada fonema, usa uma letra para representálo.
 Atribui valor sonoro à letra(seja vogal ou
consoante).
 Pode usar muitas letras para escrever e ao fazer a
leitura, apontar uma letra para cada fonema.
 Ao escrever frases, pode usar
uma letra para cada palavra.
HIPÓTESE SILÁBICA
CONFLITOS VIVIDOS PELA CRIANÇA NESTA ETAPA:
 A escrita está vincula à pronúncia das partes da
palavra?
 Como ajustar a escrita à fala?
 Qual a quantidade mínima de letras necessárias
para se escrever?
O QUE PRECISA SABER:
 Atribuir valor sonoro a todas as letras.
 Aceitar que não é preciso muitas letras para se
escrever, apenas o necessário para representar a fala.
 Perceber que palavras diferentes são escritas com
letras em ordens diferentes, que costumam não se
repetir.
"EIA"- Menina
"OIA"- bonita
"AO" – Laço
"IA" - Fita
NÍVEL 4: HIPÓTESE SILÁBICO-ALBÉTICA OU
INTERMEDIÁRIO II
A criança:
 inicia a superação da hipótese silábica;
 compreende que a escrita representa o som da
fala;
 passa a fazer uma leitura termo a termo; (não
global)
 consegue combinar vogais e consoantes numa
mesma palavra, numa tentativa de combinar sons,
sem tornar, ainda, sua escrita socializável. Por
exemplo, CAL para cavalo.
NÍVEL 4: HIPÓTESE SILÁBICO-ALBÉTICA OU
INTERMEDIÁRIO II
CARACTERÍSTICAS (aquilo que já sabe):
Compreende que a escrita representa os sons da
fala;
 Percebe a necessidade de mais de uma letra para a
maioria das sílabas;
 Reconhece o som das letras;
 Pode dar ênfase a escrita do som só das vogais ou
só das consoantes: bola = oa ou bl;
 Atribui o valor do fonema em
algumas letras: cabelo = kblo.
NÍVEL 4: HIPÓTESE SILÁBICO-ALBÉTICA OU
INTERMEDIÁRIO II
CONFLITOS VIVIDOS PELA CRIANÇA NESTA ETAPA:
 Como fazer a escrita dela ser lida por outras
pessoas?
 Como separar as palavras na escrita se isto não
acontece na fala?
 Como adequar a escrita à quantidade mínima de
caracteres?
NÍVEL 5: HIPÓTESE ALBÉTICA
A criança:
 compreende que a escrita tem função social;
 compreende o modo de construção do código da
escrita;
 omite letras quando mistura as hipóteses
alfabética e silábica;
 não tem problemas de escrita no que se refere a
conceito;
 não e ortográfica e nem léxica.
HIPÓTESE ALBÉTICA
CARACTERÍSTICAS (aquilo que já sabe):
 Compreende a função social da escrita:
comunicação;
 Conhece o valor sonoro de todas ou quase todas
as letras;
 Apresenta estabilidade na escrita das palavras;
 Compreende que cada
letra corresponde aos
menores valores sonoros
da sílaba;
HIPÓTESE ALBÉTICA
CARACTERÍSTICAS (aquilo que já sabe):
 Procura adequar a escrita à fala;
 Faz leitura com ou sem imagem;
 Inicia preocupação com as questões ortográficas;
 Separa as palavras quando escreve frases;
 Produz textos de forma
convencional.
HIPÓTESE ALBÉTICA
CONFLITOS VIVIDOS PELA CRIANÇA NESTA ETAPA:
 Por que escrevemos de uma forma e falamos de
outra?
 Como distinguir letras, sílabas e frases?
 Como aprender as convenções da língua
escrita?
O que precisa saber:
 Preocupação com as questões ortográficas e textuais
(parágrafo e pontuação).
 Usar a letra cursiva.
TESTE DE ESCRITA
 Ditado de quatro palavras (dissílaba, trissílaba,
polissílaba, monossílaba) do mesmo campo
semântico e uma frase contendo a palavra
dissílaba.
 Ex: gato, macaco, elefante, rã.
O gato caiu do muro.
APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA
E CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
 Antes que possam ter qualquer compreensão do
princípio alfabético, as crianças devem entender que
aqueles sons associados às letras são precisamente os
mesmos sons da fala.
APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA
E CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
 A aquisição da escrita exige que o indivíduo reflita
sobre a fala, estabeleça relações entre os sons da fala
e sua representação na forma gráfica.
 A aquisição da escrita está intimamente ligada à
consciência fonológica, uma vez que para dominar o
código escrito é necessária a reflexão sobre os sons da
fala e sua representação na escrita.
ALFABETIZAÇÃO
 Formulação de hipóteses sobre a escrita
 Reflexão sobre a relação entre a fala e a escrita
 Uso da consciência fonológica
ALFABETIZAÇÃO
 Para aprender a ler e escrever, o indivíduo necessita
entender a relação estabelecida entre fala e escrita e
conhecer o sistema de regras da escrita.
PROPRIEDADES DO SEA QUE O ALUNO PRECISA
RECONSTRUIR PARA SE TORNAR ALFABETIZADO:
 Escreve-se com letras, que não podem ser
inventadas, que têm um repertório finito e que são
diferentes de números e de outros símbolos.
As letras têm formatos fixos e pequenas variações
produzem mudanças na identidade das mesmas (p, q,
b, d), embora uma letra assuma formatos variados (P,
p, P, p).
Nem todas as letras podem ocupar certas posições
no interior das palavras e nem todas as letras podem
vir juntas de quaisquer outras.
PROPRIEDADES DO SEA QUE O ALUNO PRECISA
RECONSTRUIR PARA SE TORNAR ALFABETIZADO:
 Uma letra pode se repetir no interior de uma
palavra e em diferentes palavras, ao mesmo tempo
em que distintas Palavras compartilham as mesmas
letras.
As letras notam ou substituem a pauta sonora das
palavras que pronunciamos e nunca levam em conta
as características físicas ou funcionais dos referentes
que substituem.
 A ordem das letras no interior
da palavra não pode ser mudada.
PROPRIEDADES DO SEA QUE O ALUNO PRECISA
RECONSTRUIR PARA SE TORNAR ALFABETIZADO:
 As letras notam segmentos sonoros menores que
as sílabas orais que pronunciamos.
 As letras têm valores sonoros fixos, apesar de
muitas terem mais de um valor sonoro e certos sons
poderem ser notados com mais de uma letra.
 Além de letras, na escrita de palavras, usam-se,
também, algumas marcas (acentos) que podem
modificar a tonicidade ou o som das letras ou sílabas
onde aparecem.
PROPRIEDADES DO SEA QUE O ALUNO PRECISA
RECONSTRUIR PARA SE TORNAR ALFABETIZADO:
 As sílabas podem variar quanto às combinações
entre consoantes e vogais (CV, CCV, CVV, CVC, V, VC,
VCC, CCVCC...), mas a estrutura predominante no
português é a sílaba CV (consoante – vogal), e todas
as sílabas do português contêm, ao menos, uma
vogal.
FONTE: MORAIS, 2012 - GUIA DE
FORMAÇÃO PNAIC - UNIDADE 03 _ANO
01_AZUL _ PÁGINA 10
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
É um vasto conjunto de habilidades que nos
permitem refletir sobre as partes sonoras das
palavras
(BRADLEY; BRYANT, 1987; CARDOSOMARTINS,
1991; FREITAS, 2004; GOMBERT, 1992).
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
 A consciência fonológica, ou o conhecimento
acerca da estrutura sonora da linguagem, desenvolvese nas crianças ouvintes no contato destas com a
linguagem oral de sua Comunidade.
 É na relação dela com diferentes formas de
expressão oral que essa habilidade metalinguística
desenvolve-se, desde que a criança se vê imersa no
mundo linguístico.
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
“Dizemos que um indivíduo exerce uma atividade
metacognitiva quando ele, conscientemente, analisa seu
raciocínio e suas ações mentais, “monitorando” seu
pensamento. Quando a pessoa faz isso sobre a linguagem oral
ou escrita, dizemos que ela está exercendo uma atividade
metalinguística. Tal reflexão consciente sobre a linguagem
pode envolver palavras, partes das palavras, sentenças,
características e finalidades dos textos, bem como as
intenções dos que estão se comunicando oralmente ou por
escrito. Quando reflete sobre os segmentos das palavras, a
pessoa está pondo em ação a consciência fonológica”
FONTE: GUIA DE FORMAÇÃO PNAIC - UNIDADE 03ANO 01_AZUL _
PÁGINA 21
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
 Diferentes formas linguísticas a que qualquer
criança é exposta dentro de uma cultura vão
formando sua consciência fonológica, entre elas
destacamos as músicas, cantigas de roda, poesias,
parlendas, jogos orais, e a fala, propriamente dita.
AVALIAÇÃO
 identificando rimas
 contando sílabas
 combinando fonemas iniciais
 contando fonemas
 comparando o tamanho das palavras
 representando fonemas com letras
SUB-HABILIDADES DA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
 Consciência de Palavras
 Consciência Silábica
 Rimas e Aliterações
 Consciência Fonêmica
APROPRIAÇÃO DO SISTEMA ESCRITA ALFABÉTICA,
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E ORTOGRAFIA
Mapa conceitual
LEMBRETES
Consciência fonológica:
 Consciência Silábica: habilidade de
reconhecimento e manipulação da constituição das
palavras por sílabas. Ex. de atividade: memória de
sílabas para formar palavras; pintar quadradinhos de
acordo com o número de sílabas; separar sílabas em
caixinhas; dizer outras palavras com a sílaba inicial...
 Consciência de Rimas e Aliterações: habilidade de
reconhecimento e produção de semelhança sonora ao
final de palavras (rima) e reconhecimento e produção
de fonemas semelhantes repetidos no início das
palavras ao longo de uma frase ou verso (aliterações –
ex: “O rato roeu a roupa do rei de Roma”).
LEMBRETES
Consciência fonológica:
 Consciência Fonêmica: habilidade de
reconhecimento e manipulação dos fonemas –
menores unidades sonoras da língua, maior
complexidade para a criança. Escrita e leitura de
palavras; envolve inicialmente relações fonéticas
simples (b,d,t,v,,f...) passando as relações complexas
onde um mesmo fonema tem várias grafias (c, g, x,
s...). Ex: varal de letras, loteria de palavras,
cruzadinhas, completa letras faltante na sílaba, jogo
da forca, bingo de palavras, letra intrometida pato→prato, etc.
LEMBRETES
Consciência fonológica:
 Consciência Semântica: habilidade que permite a
reflexão acerca dos significados das palavras. Inclui
selecionar vocabulário adequado a cada situação de
comunicação e a cada gênero textual. E também
estabelecer relações entre as palavras a partir de
radicais comuns (ex: pedra, pedrinha, pedreira,
pedreiro...). Ex: escrita de frases, produção de
histórias a partir da caixa maluca; recontos; palavra
intrusa numa frase...
LEMBRETES
Consciência fonológica:
 Consciência Sintática: habilidade cognitiva de
manipulação da estrutura das frases. Tal habilidade é
responsável pela escrita não aglutinada (separação de
palavras nas frases), organização coerente das frases
e a leitura. Ex: montar coletivamente uma música,
parlenda, trava-língua; palavra intrusa na frase.
 Consciência Pragmática: leitura contextual, uso
coerente da língua levando em consideração o
suporte e o gênero textual. Trata dos aspectos
culturais que dão sentido à escrita em um contexto.
UTILIZANDO A LITERATURA
Jogos poéticos com várias unidades da linguagem
ATIVIDADE
Elaborar/classificar sugestões de atividades para o
trabalho pedagógico conforme a orientação:
 Atividades para os níveis pré-silábico ao alfabético
 Atividades de consciência fonológica
 Atividades de ortografia
 Atividades para produção de frases
 Atividades para produção textual.
LEITURA DELEITE
A invenção do abraço
COMPARTILHANDO
A terapia do abraço
LIVRO DA VIDA
Nosso encontro rima com....
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Materiais do encontro 4 linguagem 16