Marketing e Negócios Internacionais Sustentare “ESTRATÉGIA INTERNACIONAL” 1. A Seleção dos Países Hubert DROUVOT IAE - GRENOBLE France -UNAMA Brasil Exportação:uma prioridade nacional O caminho para reduzir a vulnerabilidade externa do país, Não deve ser só uma saída quando o mercado interno está mal, Brasil: país que não tinha tradição de multinacionais fortes: late movers/early movers Fonte: Gerhard Urbasch, A globalização brasileira. A conquista dos mercados por empresas nacionais, Elsevier, 2004. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE As aquisições das empresas brasileiras lá fora Os fatores favoráveis: - estabilização da moeda - irrigação de créditos - crescimento mundial da demanda por commodities Uma mudança rápida e radical que aconteceu com quase um século de atraso em relação a empresas americanas e européias Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE COMO CONSTRUIR UMA ESTRATÉGIA INTERNACIONAL País (mais de 250) ESCOLHA ESTRATÉGICA PRODUTOS MODOS DE ACESSO PRINCÍPIO: EVITAR UTILIZAR OS RECURSOS DE MANEIRA IMPRODUTIVA Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Tuppura et al, « Linking knowledge, entry timing and internationalization strategy » International Business Review, vol 17,n°4, p.473-487, Ago 2008 Três dimensões principais de estratégia de internacionalização: Caminho da internacionalização. Modos de operação de entrada. Escolha entre concentração geografica e diversificação. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Motivos fortes para desenvolver os negócios de exportação - Alavancar a competitividade brasileira de custo (siderurgia, papel –celulosa, agroindústria...) - Acesso a mercados: . menos sensíveis a preço, . com menos riscos,?? . sem fortes ciclos econômicos ?? . . . . aproveitar economias de escala, ganhar receita em moeda forte (hedging natural) ?? facilitar o acesso a capital e a financiamentos internacionais, pressão para a mudança das empresas. A inovação é relacionada à internacionalização. Fonte: Gerhard Urbasch (2004) Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE ESTRATÉGIA GEOGRÁFICA A seleção dos mercados: • os recursos de informações • os critérios de seleção • a abordagem empírica Existem muitas empresas que começaram a exportar mais por acaso do que prospecção sistemática. ESTRATÉGIA DE ABORDAGEM A escolha do modo de presença: • em função dos produtos • em função da empresa • em função do país ESTRATÉGIA DE MARKETING INTERNACIONAL A política de Marketing-Mix: • adaptação ou standardização (padronização). Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE ESBOÇO DAS ETAPAS DURANTE A SELEÇÃO DOS MERCADOS Critérios de seleção dos Mercados: identificação das variáveis chaves Estimativa dos Mercados potenciais: quantificação das variáveis chaves *volume *crescimento Classificação dos Mercados: Mercados onde os dados justificam um estudo detalhado Mercados ocasionais Mercados não enquadrados à vocação da empressa Outras características do mercado Investimentos/meios/potencial ESCOLHA DO MODO DE ABORDAGEM … EXPORTAÇÃO LICENÇA INVESTIMENTOS DIRETOS Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE A SELEÇÃO DOS MERCADOS PRIORITÁRIOS Escola de Uppsala: (Johanson e Valhe, 1977) analise comportamental. Processo de internacionalização gradual, evolutivo. A distancia psiquica: As empresas, para começar, vão privilegiar os paises mas proximos aos niveis geografico e cultural. Diferença entre lingua, praticas legais e de negocios, cultura… Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE A SELEÇÃO DOS MERCADOS PRIORITÁRIOS Escola de Uppsala: (Johanson e Valhe, 1977) A falta de conhecimento é um importante obstaculo no desenvolvimento de operações internacionais. O conhecimento é adquirido através da experiência. A empresa internacionaliza suas operações investindo recursos de maneira gradual. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE A SELEÇÃO DOS MERCADOS PRIORITÁRIOS Pankaj Ghemevat, a estrutura CAGE: Existe uma distancia entre os paises definida à partir de quatros criterios de distâncias: - Cultural - Administrativa - Geografica - Econômica Pode ser uma aplicação intranacional Analizar em nivel de setor da economia Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Estrutura CAGE Wal-Mart em 2004: Margem operacional acima de 5%: México, Porto Rico, Canada. Mercado de perda: Coréia do Sul e Alemanha. CARREFOUR: saída do Japão e da Coréia do Sul. A Coca-Cola no Japão: duas centenas de produtos ecléticos. Os países prioritários devem oferecer o melhor compromisso entre o maior potencial e a menor distância. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Pankaj Ghemevat: redefinindo estratégia global* Em lugar de se concentrar em tamanho de mercado e na ilusão de um mundo sem fronteiras, as empresas devem prestar muita atenção as diferenças que se mantêm entre paises. Perspectiva de sem-globalização (futebol como metáfora). Critica de Ted Levitt, The globalization of markets, 1983. O fim da história de Francis Fukuyama versus O choque de civilizações de Samuel Huntington. * Pankaj Ghemanat, Bookman, Porto Alegre, 2008 Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE O desinvestimento do Carrefour Na Bélgica« Os franceses do Carrefour não tiveram tempo de compreender as especifidades belgas e se adaptarem.Muitos consideram a Bélgica como uma província francesa. Quando eles chegaram, eles eram concorrentes. Nós, administradores belgas, a gente deveria somente aplicar o que nos disseram a fazer.» A intenção é de vender as operações de Malásia,Tailândia e Singapor, onde não tem chances de a companhia tornar-se líder. Fontes: Le Soir, les Echos, 25/02/2010 Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE A abordagem das Networks O sucesso de uma empresa ao entrar em mercados internacionais depende mais de seus relacionamentos nos mercados doméstico e estrangeiro, do que do mercado escolhildo em foncão da proximidade cultural e geografica.(Coviello, Mattson) Exemplo da empresas de alta tecnologia. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE As vendas da Hermès em 2009 (em milhões de euros) Régions Chiffre d’affaires croissance 2008/2009* Asie pacifique (hors Japon) 422,6 + 28,6 % Japon 408,4 - 10,9 % Europe (hors France) 385,4 + 1,6 % France 370,1 +3% Amériques 293,7 + 6,7 % 34,1 - 23,6 % Autres Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE OS RISCOS Riscos Operacionais: níveis de serviço e qualidade Riscos de Mercado: terceirização de produtos considerados estratégicos Riscos Financeiros: rentabilidade da filial ‘A medida em que aumentamos nossa experiência com exportação, o risco tende a diminuir’ (aumento do otimismo das empresas). Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE DEMANDA LATENTE « Como escolher os mercados estrangeiros » - Philips M. Parker - L’art du marketing. Les Echos, 16 abril 1999. A prioridade deve ser dada aos países onde a demanda latente é forte ou o acesso é bom. Definição: para uma atividade dada, a demanda latente é o potencial de vendas considerando a evolução do consumo interno. Número acumulado de países que adotam os produtos de escala local e os de escala global Ela é função do processo de adoção Processo de adoção Demanda mundial total Produtos de escala local Maioria Número de países Vendas Número acumulado de países Inovadores Tempo Retardatários Produtos de escala global Tempo Ela é função no nível de venda em uma país após a adoção Cenário fictício: avaliação do mercado potencial em taxa de penetração por habitante Suécia Penetração por habitante Exemplo: adoção rápida, mas desenvolvimento lento, ou adoção retardatária, mas desenvolvimento exponencial. Tailândia Tempo Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Tempo DISPARIDADES DE CONSUMO NA EUROPA E NO MUNDO Vinho - em litros/ano/habitante - 1999 EUA 5,9 Japão 9,5 Inglaterra 9,6 Espanha 17,7 Alemanha 18,5 Itália 40,5 França 41,9 Consumo de vinho de 1994 à 1999 (Em milhões de hectolitros) 1999 1999-1994 2005(e) 2005-1999 Oeste Europeu Leste Europeu Europa do Norte América do Norte América do Sul (s/ Brasil) África do Sul Oceania Ásia 119,2 9,5 3,82 23,6 15,9 3,9 4,4 8,2 +7,1% -5,6% +24,0% +19,9% -10,2% +5,4% +12,8% +67,3% 123,4 9,69 4,5 25,3 16,7 4,3 4,7 9,5 +3,5% +2,1% +16,5% +7,7% +5,2% +10,7% +7,3 +15,7% Total mundial 188,42 +8,1% 198,1 +5,1% Fonte: Vinexpo Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Premiers pays consommateurs de vin, en millions d’hectolitres. Source: Vinexpo 2007, Les Echos 16/05/2007 2005 2010 (prévision) France 27,4 24,9 Italie 26,9 27,2 Etats-Unis 23 27,3 Allemagne 21,9 23,5 Royaume-Uni 11,9 12,9 Argentine 10,7 10,4 Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE As exportações de vinhos de Bourgogne em 2007. Fonte: Les Echos 17/11/2008 Exportation: 700 millions d’euros, (+ 3,5 %) Singapour: + 65 % Taiwan: + 64 % Hong Hong: + 23 % Corée du Sud: + 21 % France: ……….. - 2 % Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE A China: primeiro cliente de Bordeaux fora da Europa China: 4° cliente em volume 8° cliente em valor Em valores, as vendas dobram em 2009 Fonte: Les Echos, 16/03/2010 Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE DISPARIDADES DE CONSUMO NA EUROPA E NO MUNDO Carne bovina:- em quilos/ano/habitante - 2007 Argentina 68 EUA 42 Brasil 38 Canadá 35 México 24 EU.25 19 Cerveja- em litros/ano/habitante - 1997 Rep. Tcheca Alemanha 159 136 Irlanda 128 Reino Unido 100 EUA Finlândia 83 83 Holanda 83 Japão Espanha 75 67 França 37 Chocolate - em quilos/ano/habitante -2005 Suíça Áustria Alemanha 9, 7 8,7 8,5 Japão China Xangai 1,6 0,7 2 Reino Unido 7,8 França 5,7 EUA 5,7 Itália Rússia 2,5 3 •Coca Cola: 113 litros per capita nos Estados Unidos, 13 litros media no resto do mundo. Fonte: Les Echos, 08/10/2001 p. 21 Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE O mercado da cerveja resista graça os paises emergentes: Previsão de participação dos paises emergents no crescimento mondial (2010 -2015): China: 50 % Russia: 8 % Brasil: 7 % Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE A seleção dos países: focar primeiro na América Latina Vantagens Desvantagens - proximidade geográfica e cultural - exigências menores, menos concorrência - mercados pequenos - os esforços de entrada não podem ser subestimados - bastante risco político e econômico - efeito de aprendizado é menor Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE OS CRITÉRIOS DE ESCOLHA DOS PAÍSES Cada país ou mercado pode ser avaliado pelos critérios de atração: • Critérios potenciais (volume, crescimento). • Critérios de rentabilidade (diferenciais de preços e margens estimadas). • Critérios de interesse estratégico a longo prazo. Cada país ou mercado pode também ser avaliado pelos fatores chaves de sucesso (FCS): • FCS econômicos (tamanho crítico, custos, …). • FCS marketing (marcas, distribuição, …). • FCS tecnológicos. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE MATRIZ DOS ATRATIVOS / TRUNFOS NA ESCOLHA DO PAÍS / MERCADO ATRATIVOS DO PAÍS MÉDIO FRACO MERCADO ESTRATÉGICO MÉDIO FRACO TRUNFOS (1) FORTE FORTE MERCADO TÁTICO TRUNFOS (1): Grau de domínio da empresa dos fatores chaves de sucesso ou dos trunfos (competências, diferenciais) que ela possui em relação ao mercado almejado. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE REPRESENTAÇÃO DO AMBIENTE INTERNACIONAL Coeficiente de ponderação do fator País ou mercado almejado Fator de avaliação Importação do mercado em volume em valor A 1 2 3 4 Condição de exploração do mercado 1 2 3 4 C etc 1 2 3 4 1 2 3 4 X X Evolução do mercado Estado da concorrência B X X Etc. Legenda: 1. Condições desfavoráveis; 2. Condições médias; 3. Condições favoráveis; 4. Condições excepcionais. Fonte: URBAN, Sabine - Management International. Litec, 1993. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE LOCAIS - ALVO - EX.: PLASTIFRANCE País Polônia Critérios 1. Potencial de mercado - Novos produtos - Substitutos Rússia Rep. Tcheca Romênia Hungria + - -/+ +/++ + +/++ ++ ++ +/++ +/++ 2. Risco político - estabilidade interna + --/- +/++ - ++ 3. Risco econômico - equilíbrio estrutural - infra-estruturas econômicas - regulamentação econômica - contexto social - qualidade dos gestores =/+ -/= + -/= -/------ =/+ + =/+ =/+ = ---- +/++ + ++ =/+ + + -- + +/++ -- = ++ 4. Riscos financeiros - solvência - reputação financeira internacional Fonte: J-P Lemaire, G. Petit, doc. Pédagogiques EAP Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE CLASSIFICAÇÃO DOS PAÍSES (inicio dos anos 90) País PAÍSES DE BASE: mercados importantes, posição histórica forte por semelhança das DAS. PAÍSES-ALVO: mercados importantes sobre vários DAS, inexistência de líder. Ação Estratégica Exemplo Defender e construir. França e Itália Concentrar os recursos para inverter a situação favoravelmente à M.G.. Criar um mini M.G. num prazo estimado de 10 anos (prazo de retorno do investimento. PAÍSES LÍDERES: mercados importantes. Países dos concorrentes. Situação congelada. Exportar/entrar no mercado para observar a situação. PAÍSES CONTINENTAIS: mercados fechados. com a abertura, eles sao agora os paises-alvo PAÍSES OPORTUNOS: média atratividade. Exportar, tratar cada caso individualmente. ?? EUA, Alemanha e Japão Brasil, Índia e China Canadá, África, América do Sul, Oriente Médio Fonte: Schneider Electric - França Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE A MUNDIALIZAÇÃO COLOCA EM QUESTÃO A NOÇÃO DE ESTADO NAÇÃO COM UMA RECONFIGURAÇÃO DO ESPAÇO • Espaços regionais. • Espaços autônomos (internet). • Espaços transnacionais (mercados das diásporas, comunidades étnicas). Fonte: Le marketing International à l ’épreuve de la géopolitique, J. M. de Leesnyder, L ’Art du Marketing, Les Echos, 18-19 Jun, 1999 Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE INTERNACIONALIZAÇÃO / FAZENDO A BOA ESCOLHA SUBRAMANIA RANGAN, INSEAD 1. Qualquer empresa que penetra em um mercado estrangeiro possui, por definição, uma deficiência em relação a seus concorrentes locais. 2. A fim de ter sucesso, ela deve ter um ativo intangível de valor, permitindo ter sucesso tão bem ou melhor que seus concorrentes locais. 3. Devemos então responder à duas questões: • Existe uma demanda regular e suficiente para o produto ou serviço que ela oferece? • Podemos produzir o nosso sucesso no exterior? 4. As afinidades culturais são determinantes na troca comercial e nos fluxos de investimento? Espanha, Portugal - América Latina Alemanha - Europa Oriental Japão - outros países asiáticos 5. A distância geográfica exerce sempre uma influência negativa nos intercâmbios, é preferível fabricar próximo aos grandes mercados. México - Estados Unidos Magreb - Europa do Sul Coréia do Sul - China Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE A SELEÇÃO DOS PAÍSES Três critérios: • Global market share: ter a maior participação do mercado em um país, se desenvolver nos países mais atrativos, país por país. • Global balance: adquirir um equilíbrio na repartição geográfica dos mercados. • Global strategic markets: estar presente estratégicos (concorrentes, clientes globais, …). Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE nos países Relações comercias de sua empresa com os países seguintes. (% das respostas). Fonte: Altradius. Países de origem: Nenhum Alemanha França Itália Reino Unido 60.1 80.2 55.3 65.2 Brasil 8.8 5.4 15.6 10.5 China 19.6 8.1 21.8 12.1 Índia 24.3 7 22 11.2 México 8.9 3.3 10.6 8.5 Rússia 8.6 2.6 10.9 5 22.9 11.8 28.7 30.4 Estados Unidos Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Marketing e Negócios internacionais Sustentare “ESTRATÉGIA INTERNACIONAL” 2. A Globalização Hubert DROUVOT IAE - GRENOBLE – France, UNAMA Brasil A ESTRATÉGIA INTERNACIONAL DAS EMRPESAS NO CONTEXTO DA GLOBALIZAÇÃO • Conceito de Globalização • Conceito de Indústria Global • As Estratégias Globais Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Aumento do nível de comércio mundial Generalização da economia de mercado (ex URSS, PECO²) Homogeneização dos modos de vida Diminuição progressiva dos obstáculos à comercialização Abertura do mercado de serviços GLOBALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA Desregulamentação dos fluxos financeiros Globalização do sistema industrial e terceirização Evoluções tecnológicas (transportes, telecomunicações) Criação de zonas regionais (livre circulação de mercadorias, uniões Aumento dos aduaneiras) investimentos diretos no exterior Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE GLOBALIZAÇÃO ASPECTOS MULTIDISCIPLINARES Políticos • O neoliberalismo • O papel dos Organismos Internacionais (OMC) • Direito de intervenção por causas humanitárias (Kosovo, Timor Leste) Tecnológicos • Tecnologia de telecomunicação e informação • Redução das distâncias • E-Business Financeiros • Desregulamentação financeira • Aumento dos fluxos financeiros voláteis Econômicos e Sociais • Atratividade X deslocalização • Desafio da competitividade internacional Culturais • Produtos e marcas universais Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE A GLOBALIZAÇÃO: O PLANO POLÍTICO « No momento atual, existe uma única grande superpotência global: os Estados Unidos. O desaparecimento desta superpotência significará a desordem e a anarquia. Eu não acredito que nos próximos vinte e cinco anos possa aparecer uma outra potência. Os Estados Unidos são uma potência global em razão da sua supremacia econômica, tecnológica, militar e cultural ». A América permanecerá como « árbitro » do mundo, entrevista de Zbigniew Brzezinski, ex-conselheiro para assuntos de segurança do presidente dos Estados Unidos, L’Expansion, 18/12/1997. Conclusão: • A globalização é multidimensional e combinatória. • Interdependência dos diferentes atores participantes do processo. • Ela objetiva o desenvolvimento de um espaço homogêneo com a erosão do poder do Estado. • Ela tem como imperativo a competitividade. • Uma condição essencial para a atratividade. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE A GLOBALIZAÇÃO: O PLANO POLÍTICO Evolução A globalização não determinou o fim da politização do comércio internacional. A caminho da regionalização? « A globalização é um fato ao qual é necessário responder construindo a Europa. » J-P Langellier. L’Europe face à mondialisation, Le Monde, 21/07/1996. Duas forças podem se opor ao processo de globalização liberal: • Diversos componentes da sociedade civil. • Interesses contraditórios dos países emergentes com os interesses dos países mais avançados. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE A GLOBALIZAÇÃO: O PLANO POLÍTICO « De 1992 até hoje, 1386 empresas brasileiras foram adquiridas por companhias internacionais: é preciso ser global até para se manter aqui dentro. » « Cada vez mais, as grandes empresas globais irão tentar invadir o espaço das locais. » « Não há maneira de uma empresa se tornar global sem que seu comandante tenha plena convicção de que ganhar mercados internacionais é fundamental para sua sobrevivência a longo prazo. » EXAME, « A derrubada das barreiras culturais », 16/05/2001. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Poder e contra poder na Era da Mundialização,Ulrich Beck, 2003 A divisão do mundo entre Estados-nações permite as empresas globais de aproveitar da concorrência que elas fazem nos Estados para tirar os capitais; Não existe coisa pior que ser invadido por multinacionais: isto é de não ser invadido por elas; Os Estados são de raízes quando os investidores são de asas. Esta assimetria dá muito poder a estes últimos (meta de poder); Os Estados devem tomar o poder para a cooperação internacional, a redução da concorrência entre Estados (a política fiscal e social na Europa não é harmonizada) e a criação de regras internacionais; Os Estados devem também preservar suas diferenças sociais e culturais em se aliando a grupos de sociedade civil. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE ‘A Hostilidade contra a OMC ganha o terreno em Washington’, Le Monde 07/09/2001. No Senado como no Congresso, a OMC é cada vez mais considerada como uma nova ONU, uma organização anti-americana; Seguida de uma série de condenações das praticas americanas, um diplomata americano disse: ‘ Será talvez mais simples de deixar a OMC, de preferência que de subir das derrotas humilhantes da parte de uma organização que nós temos nós mesmos criado e que se é a partir de agora retornado contra nós ’. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Os Franceses e a Mundialização 74% dos franceses se desconfiam da mundialização, mais 80% pensam que a gente seja a favor ou contra a mundialização, de todo jeito ela se fará. Challenges, nov.1998. Por cada uma das categorias seguintes, disse-se que para a França; a mundialização constitui mais uma chance, mais uma ameaça: - Uma chance: para os acionistas (69%), para os executivos superiores (66%), para os chefes de empresas (63%), para os jovens (54%); - Uma ameaça: para os trabalhadores (64%), os aposentados (58%) e os agricultores(79%). L’Expansion, 7 out. 1999. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE O Francês e a Mundialização Face à Mundialização, quais são dentre estes, os elementos de identidade francesa que devem ser defendidos em prioridade? - a língua francesa = 30% - os serviços públicos = 24% - a cultura (cinema, livros...) = 24% - a gastronomia = 21% Fonte: L’Expansion, 7 out. 1999. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE O Francês e a Mundialização A mundialização é anglo-saxônica e a França deve bruscamente aplicar as regras do jogo que são por ela, um desafio cultural... Isto é evidente por tudo que relacionado ao serviço público, esta coluna vertebral da imaginária coletiva francesa; Esta crise da imaginária coletiva associada com os problemas sociais que derivam da mundialização é explosiva. Fonte: Marcel Gauchet, ‘Aux racines du mal français ’, L’Expansion, Março 2007, p.116-119. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Empresas vão à China e deixam de exportar A Alstom exportou do Brasil, no inicio da decada, turbinas para a mega-usina hidroelétrica chinesa de Très Gargantas com itens nos contratos que previam transferência de tecnologia. Essa tecnologia foi incorporada por socios locais, reduzindo embarques que a multinacional francesa fazia no Brasil As fabricas no Brasil de General Motors e da Volkswagen interromparam as exportações de peças e componentes para a China Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Onde protecionista é o maior risco A desigualidade provocada pela globalização, especialmente nos paises ricos, é uma das principais ameaças ao otimo momento da economia mondial. O mundo esta se dividindo entre uma classe cosmopolita, que se beneficia da globalização e a classe local que se sente prejudicada. A questão é a perda de empregos e a redução de salarios nos paises ricos em razao da transferência massiva de setores industrias e até de serviços. Paises de renda média, como o Brasil, também sofrem esse efeito. Os maiores prejudicados são as classes médias. Economistas que participam do Forum Econômico Mundial, Davos, janeiro 2006 Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Franceses e Americanos campeões da antimondialização % de repostas que acham a mondialização nefasta: França: 42 % Estados Unidos:35 % Philipinas: 32 % Indonésia: 31 % Índia: 30 % Fonte: Chicago Council on Global Affairs, Les Echos 30/04/2007 Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE « Você acredita que a situação de seu pais durante os proximos 3 meses vai: », em %, BVA, nov 2009. Se ameliorar Ficar identica Piorar Não sabem China: 33 46 18 3 Brasil: 31 55 11 3 Estados-Unidos: 30 40 24 6 Reino-unido: 16 51 28 5 França: 12 39 44 5 10 47 39 4 9 51 34 6 Espanha: Japão: Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Dominique Moïsi, La géopolitique de l’émotion, Flammarion, 2010 Tem mais sentimentos de confiança na Asia. Um sentimento de humiliação no mundo arabo-musulmano. Um sentimento de medo na Europa, Na França é o sentimento de tristeza, de morazidade que predominana. No Estados-Unidos um sentimento de duvida, de perder a supremacia. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Marketing e Negócios internacionais Sustentare “ESTRATÉGIA INTERNACIONAL” 3. As Indústrias Globais Hubert DROUVOT, IAE - GRENOBLE – France, UNAMA - Brasil O CONCEITO DA INDÚSTRIA GLOBAL Forte Indústria global Pressão pela COORDENAÇÃO Indústria transnacional Indústria mista Indústria multinacional Indústria doméstica/local Fraco Pressão pela LOCALIZAÇÃO Fraco Forte FORÇAS DE COORDENAÇÃO Pressão dos fatores que obrigam a empresa a coordenar as atividades dispersas: . A intensidade dos investimentos . As economias de escala (nas compras, na produção, no marketing) • Importância dos custos de P&D a amortizar • Existência de consumidores multinacionais • Existência de vantagens comparativos FORÇAS DE LOCALIZAÇÃO Pressão dos fatores que obrigam a empresa a se adaptar à demanda local: • Barreiras tarifárias e não tarifárias • Mercado estatal (governo) • Necessidades, gostos específicos • Necessidade da proximidade dos clientes • Diferencias nas redes de distribuição Fonte: M. PORTER - Competition in global industries - Harvard Business - School Press. Boston, 1986, Atamer, Calori - 2003 C. PRAHALAD and Y. DOZ - The multinational mission, balancing local demands and global vision - The Free Press - New York, 1987 Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE O CONCEITO DA INDÚSTRIA GLOBAL Uma estratégia multidoméstica busca maximizar o desempenho mundial ao maximizar vantagens, receitas ou lucros locais. Uma estratégia global busca maximizar o desempenho mundial por meio de compartilhamento e integração Uma estratégia global pode significar participação em um numero limitado de mercados importantes E a redução do numero de produtos à desenvolver com a concentração sobre alguns produtos globais em vez de desenvolver muitos produtos nacionais. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Estratégia global/ Estratégia multidoméstica Dimensão Estatégia multidoméstica pura Estratégia global pura Participação de mercado Nenhum padrão particular Personalizado em cada pais A maiora da cadeia de valor em um pais Nos principais mercados Local Independente em cada pais Uniforme em tudo o mundo Um ataque em um pais, contra-ataque em um pais diferente Oferta de produto Localização da atividades Abordagem de marketing Movimentos competitivos Padronizado em tudo o mundo Quebra da cadeia de valor Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Três passos para desenvolver uma estratégia global Desenvolver a estratégia basica. Internacionalizar a estratégia basica por meio de expansão internacional Globalizar a estratégia internacional ao integrar essa estratégia entre os paises. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Benefícios de uma estratégia global Agrupar produção. Explorar fatores de custo mais baixo Explorar a flexibilidade. Aumentar o poder de barganha com fornecedores, trabalhadores e governos locais. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Desvantagens de uma estratégia global A padronização de produtos pode não satisfazer totalmente nenhum cliente. A concentração de atividades distancia os clientes com menor receptividade e flexibilidade. E preciso encontrar um equilíbrio entre o excesso e a falta de globalização. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE O setor global da linha branca A industria é madura. Os produtos são relativamente similares De fabricação simples. Pressões para transferir a montagem para paises em desenvolvimento. EX: OEM de MABE para General Electric Fonte: Santos Silva, Roger Santos, MBA CI, USP, 2009 Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Quadro dos concorrentes Fabricantes globais Whirpool (E.U, 1906), Electrolux (Suécia, 1910), General Electric (E.U, 1907) Aspirantes globais Bosch-Siemens (Alemanha, 1886), Haier (China, 1984), LG (Coréia, 1958) Fabricantes regionais fortes Matsushita, Sharp, Toshiba, Hitachi (Japão), Samsung, Daewoo (Coréia), Maytag (E.U, 1907), Miele (Alemanha, 1927), Candy (1945) e Indesit (Italia, 1958) Fabricantes locais fortes Arcçelik (Turquia, 1955), Mabe (México, 1950), Multibras (Brasil, 1994) Fabricantes nacionais e de nicho Sub ZeroWolf (E.U, 1945), Guangdong Midea Group (China, 1980) Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Globalização e oportunidades locais La globalização não parece ser a uniformização e padronização dos estilos de consumo, mas, ao contrario, a valorização do local e da diversidade como diferencial de qualidade e competitividade. A globalização permite que se renovam oportunidades nos mercados locais e regionais. Os pequenos negocios locais podem se integrar em grandes mercados dentro redes produtivos e alianças estratégicas. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Cinco possibilidades de atuação internacional (Lasserre, 2007) Global: a empresa busca posição de competitividade sustentavel nos mercados-chaves e controi sistemas integrados de produção. Regional: a empresa apresenta forte vantagem competitiva em apenas um mercado chave (EUA, Europa…), atuando marginalmente nas outras partes. Dominante regional e global: esta presente em mercados regionais mas não atua com lideraça em nenhum deles. Exportador global: Ela vende para todos os mercados-chave, produtos ou serviços provenientes de seu pais de originem. Operador global: Ela adquire matéria fora do seu mercado base, mas concentra suas vendas no mercado domestico. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE QUAL O NÍVEL DE GLOBALIZAÇÃO DAS SUAS INDÚSTRIAS? Os fatores chave da globalização são bastante dinâmicos, eles evoluem no decorrer do tempo conforme: – – – o comportamento dos clientes. Ex: Compradores internacionais no setor de distribuição. as estratégias dos concorrentes. as políticas econômicas de cada país. Uma empresa pode adotar diferentes tipos de estratégia (global,…) em função das características de cada uma de suas Unidades de Negócio. Num, contexto global, uma alteração nas condições econômicas de uma região ou país onde esta empresa atua afetará também de maneira direta as vantagens competitivas desta empresa em outros mercados onde a mesma atua. Fonte: G. Yip, Total Global Strategy - Prentice Hall, 1995 Market Drivers Cost Drivers Industry Globalisation Potential Competitive Drivers Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Governmen t Drivers OS ESTÍMULOS PARA A GLOBALIZAÇÃO PROVÉM DE ALGUMAS ORIGENS Mercado: Governo: Necessidades comuns dos consumidores Consumidores globais, cliente global nacional/internacional Canais globais Estratégias globais de marketing Países desenvolvidos Facilitação das regras de comércio internacional Padrões técnicos compatíveis Regulamentações de marketing comuns Competidores e clientes estatais Restrições dos governos locais Custos: Concorrência: Economias de escala globais e de escopo Efeito exponenciais da curva de experiência Eficiências do suprimento Logística favorável (nao-pericibilidade, ausência de prazos urgentes, não necessidade de localizaçao próximo do cliente) Diferenças nos custos locais (incluindo taxas de câmbio) Custos elevados de desenvolvimento de produtos Mudança constante da tecnologia Número crescente de importações e exportações Concorrentes de continentes diferentes Interdependência dos países Concorrentes globais Fonte: J.S. YIP Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Tipos de estratégias Mais de um tipo de estratégia internacional pode ser viável em um determinado setor. Alguns setores (automóvel, aviação civil) trazem mais oportunidades para usar uma estratégia global, outros parecem ser inerentemente locais (cimento) Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE A DINÂMICA EUROPÉIA E A MUDANÇA NO QUADRO CONCORRENCIAL Supressão das barreiras aduaneiras Abertura dos mercados do setor público (privatizações) Livre circulação de pessoas e de capital Harmonização das normas Livre acesso aos serviços MUDANÇA DO QUADRO CONCORRENCIAL Um mercado maior Prioridades às economias de escala, atingimento de « massa crítica » Fonte: Gérard Petit Reforço da concorrência pelos custos Um mercado menos fragmentado Uma concorrência mais forte Necessidades de uma oferta competitiva (preço baixo, mais produtos, serviços) Prioridade às estratégias tradicionais: • Domínio pelo custo • Diferenciação • Nicho de mercado Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE OS QUATRO TIPOS DE ESTRUTURAS DAS EMPRESAS 1° tipo de estrutura Impasse Características Setores Impacto no Grande Mercado 2° tipo de estrutura 3° tipo de estrutura Volume Fragmentado 4° tipo de estrutura Especialista • Importância das Micro e Pequenas Empresas • Peso da tecnologia • Produtos bastante específicos • Política de nichos de mercado • Sobrecapacidade de produção • Tecnologia mundialmente difundida • Reestruturação • Importância da parte do mercado captado • Forte presença das grandes empresas • Concorrência mundial • Importância das Pequenas e Médias Empresas / Artesãos • Dependência entre produto e os gostos • Características locais • Construção naval • Siderurgia • Celulose • Automóvel • Eletrônico (grande público) • TV, rádio • Informática • Máquinas de escritório • Padarias • Embalagens de madeira • Artigos em couro • Micro-computador • Lazer • Pouco ou nenhum • Papel preponderante do proprietário • Escolha entre a cobertura geográfica e o aumento da gama de produtos • Controle dos incentivos do Estado • Criação de uma maior base de produção em vista da mundialização • Economia de escala • Importância do preço ao consumidor final Fonte: BGG, Porter, Buigues Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Os principais países produtores em construção naval, em 2006 Coréia do Sul: 38 % do mercado mundial. Três líderes asseguram 70 % da produção coreana: Hyundia Heavy Industries, Daewoo Ship Building, Samsung Heavy Industries. Este 3 grupos são os 3 primeiros mundiais. Japão: 26 % China: 23,5 % (17,6 % em 2005) Europa: 10 % Vietnam 5° (12° em 2005) Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Construção naval em França Alstom a Santa Nazaré 2006, o grupo norueguês Aker Yards, líder europeano adquiriu os Chantiers de l’Atlantique. Alstom conserva 25 % da Aker Yards France. Junho de 2008, OPA do 5° grupomundial, o coreano STX sobre a Aker Yards (92,4 % do capital). Setembro de 2008, Sarkozy propõe um reaproximamento dos ex-Chantiers de l’Atlantique e do DCNS (75% Estado:25% Tales) projeto de casamento civil com militar para deter 34% do capital da Aker Yards France. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Aspectos organizacionais de administratar no contexto internacional C.Bartlett, S.Goshal: • As empresas devem optimizar eficiênca, receptividade e aprendizado, isso provoca tensões entre gerentes de produto, de departemento e de area. • Eficiênca necessita uma gestão geographica forte • Receptividade precisa construir uma administração forte com responsabilidades globais de produto. • Aprendizado: um administração funcional mundialmente forte permite que uma organização contrua e transfira suas principias competências. Necessidade de administratrar o fluxo de informações, idéias e conhecimento para o processo de aprendizado e renforçar a interdependência das operações mundias Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Aspectos organizacionais de administratar no contexto internacional C.Bartlett, S.Goshal: • Os gerentes devem buscar mecanismos complexos para coordenar as unidades organizacionais diferenciadas e interdependentes em uma visão compartilhada das tarefas estratégicas da empresa. • Os fluxos crescentes de produtos, recursos e informações entre unidades organizacionais aumentou a necessidade de coordenação como uma fonção gerencial central. • Este habilidade de administrar essa capacidade multidimensional da organização de uma maneira flexivél é o marco de uma empresa transnacional. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE A corrida para a produtividade o fato da forte pressão dos acionistas; o fato de uma verdadeira guerra de preço sobre o essencial dos mercados. Dentro deste percurso: os investimentos estratégicos (Pesquisa e Desenvolvimento) podem estar em compromisso; as funções não estratégicas são muitas vezes externalizadas. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE O Capitalismo não tem mais projeto As únicas funções tratadas com indulgências são as funções de suporte: a manutenção industrial, as compras, a direção geral; As empresas dispõem de muita liquidez, mas ao invés de investir dentro de projetos arriscados, elas preferem restituir o dinheiro aos acionistas. Fontes: Derek Perotte, Les Echos 29/11/05 citação do Wall Street Journal Europe; J.M.Vittori, Les Echos, 11/11/05. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE O Supercapitalismo Os gerentes não podem mas tomar decisões divergentes dos interesses dos acionastes A pressão para maximizar o returno sobre os investimentos não permite de satisfazer os objetivos sociais e ecológicos E boa para os investissores e os consumidores que pagam menos caros os produtos, é ruim para a produção de bens públicos e para a seguridade dos empregos Existem ainda empresas nacionais mas a maioridade delas na Europa ou no Estados-Unidos trabalham ao nível mundial. A cadeia de produção é organizada ao nível da planeta em função dos custos e da eficacidade. O apoio dos governos aos campeões nacionais não tem mais sentido. Robert Reich, “Les Echos”, 28/01/2008 Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE As vantagens competitivas das empresas dos países emergentes Elas suportaram menos a pressão dos acionistas e podem se engajar dentro das estratégias a longo prazo; Elas são mais protegidas contra as OPA’s hostis (grupos familiares indianos). Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE As principais empresas do setor siderúrgico (2007) Produção em milhões de toneladas Ranking Empresas 1° Arcelor Mittal 2° Nippon Stell 3° JFE 4° Posco 5° Tata + Corus 6° Boasteel 7° US Steel 8° Nucor 9° Tangshan 10° Gerdau + Chaparral Produção 117,2 32,7 32 30,1 24,7 22,5 21,2 20,3 19,1 18,4 Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE O Valor da oferta Necessário oferecer um valor superior a um preço competitivo (Toyota, Acer...); Construir uma oferta que permite criar o máximo de valor (diferenciação); Organizar o ‘modelo de negócios’ para capturar internamente o máximo de valores e externalizando as atividades pouco rentáveis (dominação pelos custos). Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Suzanne Berger, Made in Monde, 2006 A primeira mundialização (1870-1914) foi representada sobretudo pelos imigrantes. Sobre este período, 55 milhões de europeus partiram e se instalaram no novo mundo. Ao contrario, a mundialização atual passa sobretudo pelas mudanças na organização e na localização da produção. « Na competição mundial, nada é dado eternamente. Sim, os chineses vão avançar, sim, os indianos vão acelerar. Nós não temos a vantagem absoluta. É necessário correr para ficar aqui onde estamos.» Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Suzanne Berger, Made in Monde, 2006 A mundialização é o resultado de milhares de escolhas realizadas por empresas em termos de: - Reorganização: o que convém de guardar internamente, o que é necessário subcontratar; - Deslocalização: o que justifica uma transferência de produção para o pais estrangeiro. Estas escolhas não serão nada de definitivo, aparece sem cessar com novos agentes, novos sítios de produção. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Suzanne Berger, Três tipos de estratégias: O ‘outsourcing’ e os sistemas modulares: As empresas conservam em seu seio cada vez menos as etapas do processo de produção. Se a fabricação deve um bem como um outro, não há mais diferença e um fornecedor pode facilmente ser substituído por um outro. A manutenção de uma certa produção vertical: As empresas conservam no seu seio, o essencial das atividades necessárias para fabricação de seus produtos. (Intel, Samsung, Siemens, Philips…) O ‘Cluster’, distrito industrial, APL: Este sistema de produção concerne nas redes locais de produção onde, se operam as trocas de competências, do saber entre os agentes especializados e implantados para aproximar uns dos outros. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE S.Berger, Quatro recomendações estratégicas: 1. Cultivar a herança: Trata–se das heranças dinâmicas, um conjunto de competências, de aptidão organizacional e de memórias institucionais ligadas aos valores de um pais. A estratégia consiste em reorganizar sua herança para utilizar melhor os recursos mundiais. 2. Igualar os melhores ou confiar sua atividade ao mercado: O que rende a empresa competitiva, é o que ela oferece de inimitável. Esta é a escolha entre as atividades para conservar no interior da empresa (mesmo em deslocalizando-se) e as outras. As empresas inovantes em processo e produtos preferem fabricar internamente (BIC, SWATCH, LEGO...) Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE S.Berger, Quatro recomendações estratégicas: 3. A estratégia de baixo salários é perdida: Por si só, o fraco custo salarial de produção constitui um trunfo muito frágil, aquele que quer aproveitar deve sem cessar mudar. “ Sapato é assim...Quanto a gente começa a assentar num lugar, é hora de botar a mala embaixo do braço e começar de novo”. Ricardo Corrêa, dono de Paramont, em Dongguang, China. (Exame, 18/06/2008,p 86) 4. Para ganhar, necessário escolher: A mundialização deixa espaços de escolha a cada um para combinar seus próprios recursos. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Global players de pequeno e médio porte - empresas pequenas ou de porte médio - dominam seus mercados em nível mundial - atuam em produtos pouco visíveis, muito específicos - freqüentemente empresas de controle familiar Fonte: Hermann Simon, Hidden Champions, lessons from 500 of the world’s best unknow companies, Boston, Harvard Business School Press, 1996 Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Global players de pequeno e médio porte • Só as atividades não chave (menos importantes) são terceirizadas • Alianças mais como último recurso • Foco estreito de mercado « os especialistas superam os generalistas » A lógica no Brasil tem sido diversificar ao invés de se especializar. Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Global players de pequeno e médio porte Foco estreito de mercado Inovação Continua Orientação mundial Forte liderança Círculo exterior das oportunidades externas Confiança na sua própria força Vantagens competitivas Metas Ambiciosas Funcionários seletos e motivados Orientação ao cliente Círculo interior das competências internas Fonte: Hidden Champions (1996); analise: fortschritt Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE Participação da indústria no PIB em 2005* Alemanha: 23,7 % Italia: 18,7 % Reino Unido: 16,2 % Espanha: 15,8 % França: 13,6 % * Sem a construçao civil. Salário horário com cargas sociais: 29 euros na Alemanha, 20 euros na França Balança comercial: + 158 bilhões na Alemanha - 30 bilhões na França Hubert DROUVOT - IAE – Institut d’Administration des Entreprises - GRENOBLE - FRANCE