PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO FORMANDO A EQUIPE Planejamento Estratégico O PONTO DE PARTIDA 2 O Planejamento dos Recursos Humanos Elaborado como parte do planejamento estratégico da empresa e permite: Evitar desperdícios de muitos recursos contratar pessoas que não se encaixam nos programas previstos Dimensionamento adequado das equipes, evitando o que sejam superdimensionadas ou aquém do necessário em quantidade e qualidade que não sejam efetuados treinamentos inúteis e outros indispensáveis deixem de ser feitos a condução adequada da equipe, prevenindo a falta de motivação e a fuga de talentos. 3 O planejamento estratégico irá indicar quais as pessoas necessárias, suas qualificações e o que elas precisam fazer para atingir os objetivos previstos no plano. Assim, será possível formar a equipe adequada, conduzi-Ia de forma correta e aperfeiçoá-Ia de acordo com que se deseja alcançar. 4 Esse processo de ação gerencial sistemática e contínua visa assegurar à organização, simultaneamente: senso de direção e continuidade a longo prazo; flexibilidade e agilidade no dia-a-dia. Focaliza o potencial de desempenho futuro da organização. 5 GESTÃO ESTRATÉGICA Pressupõe a necessidade de um processo decisório que ocorrerá antes, durante e depois de sua elaboração e implementação na empresa. Toda a atividade de gestão nas organizações resultará de decisões presentes, tomadas a partir do exame do seu impacto no futuro, o que lhe proporciona uma dimensão temporal de alto significado. 6 A gestão estratégica não diz respeito às decisões futuras, mas às implicações futuras de decisões presentes. É o ponto de partida para: as políticas e os procedimentos de recursos humanos formação da equipe para a sua condução e aperfeiçoamento 7 Níveis que acontece institucional – em que são decididas as estratégias e o rumo que deve seguir a organização; gerencial, administrativo ou intermediário - em que são preparados e executados os planos operacionais operacional ou técnico - no qual são executadas as atividades 8 Hierarquia entre os tipos de gestão estratégica, em que as decisões maiores orientam hierarquicamente as decisões menores. Deve ser respeitada, para que haja coerência entre os diversos níveis e coesão de todo processo de gestão. A análise estratégica envolve a análise dos ambientes externo e interno da organização. 9 Análise do ambiente externo As pessoas envolvidas nas gestão estratégica devem estar aptas a implementar estratégias antecipatórias, a fim de "sintonizar" a organização, em tempo hábil, com as principais tendências e demandas; Devem ser capazes de alavancar oportunidades e de prevenir, com antecedência, de ameaças emergentes. 10 Objetivos: Construir uma visão integrada das evoluções prováveis do ambiente externo; Antecipar oportunidades e ameaças para o bom desempenho da organização, no cumprimento da missão ou em face dos seus competidores; O prognóstico das evoluções do ambiente externo é feito mediante a construção de cenários. 11 Os cenários São úteis para: unificar as visões de futuros, tornando explícitas e comuns as premissas em que se baseiam as decisões estratégicas; configurar evoluções prováveis do mercado e do ambiente competitivo da organização; antecipar oportunidades e ameaças para a organização. 12 Análise do ambiente interno Tem as finalidades de: caracterizar e avaliar a evolução do desempenho da organização em relação ao cumprimento da missão ou ao seu desempenho competitivo; identificar e hierarquizar os pontos fortes e fracos que determinam esse potencial; identificar as principais causas das forças e fraquezas. 13 Baseia-se nos conceitos DESEMPENHO É a performance da organização avaliada segundo critérios preestabelecidos, tais como: grau de realização de sua missão e objetivos permanentes; efetividade - efeitos produzidos no ambiente externo; eficácia - capacidade de realização dos resultados conforme planejado; eficiência - capacidade de utilizar bem os recursos e meios disponíveis; humanização - capacidade para atender às necessidades e aspirações dos seus integrantes. 14 FORÇA É sua condição interna, atual ou potencial, que auxilia, substancialmente, o cumprimento da sua missão e dos objetivos permanentes. FRAQUEZA É sua condição interna, atual ou potencial, capaz de dificultar substancialmente o cumprimento da sua missão e dos objetivos permanentes. 15 MATRIZ DE ANÁLISE ESTRATÉGICA Ponderação das interações das forças e fraquezas com as oportunidades e ameaças. Estratégia: é a formulação da missão e dos objetivos da organização, bem como políticas e planos de ação para alcançá-los, considerando os impactos das forças do ambiente e a competição. Albuquerque,2003 16 Características da Administração Estratégica de Recursos Humanos Considera os impactos do ambiente organizacional externo; Reconhece o impacto da competição e da dinâmica do mercado de trabalho; Apresenta foco no longo prazo; Enfatiza a escolha e a tomada de decisões; Considera todas as pessoas da empresa e não apenas o grupo de executivos ou de empregados operacionais Está integrada com a estratégia corporativa e com as demais estratégias funcionais 17 Com base na ideologia essencial, nos valores e no propósito é que se delineia o futuro imaginado — a estratégia —, em que são consideradas: a análise do ambiente organizacional (cenários, tendências, oportunidades e ameaças); a avaliação interna (estrutura, cultura, pessoas, recursos, pontos fortes e pontos fracos da organização); a definição de macrobjetivos, políticas e programas estratégicos prioritários. 18 Ambiente Tecnologia Economia Empresa Estrutura Sistemas e Processos Mercado Pessoas Cultura Instituições 19 Principais Processos de Gestão de Pessoas Gestão De Pessoas Agregando Pessoas Quem deve trabalhar na organização Aplicando Pessoas O que as pessoas deverão fazer: Recompensando Pessoas * Recrutamento de Pessoal * Seleção de Pessoal * Modelagem do Trabalho * Avaliação do Desempenho Como recompensar as pessoas: * Recompensas e Remuneração * Benefícios e Serviços Como desenvolver as pessoas: Desenvolvendo Pessoas Mantendo Pessoas Monitorando Pessoas * Treinamento e Desenvolvimento * Programas de Mudanças * Programas de Comunicações Como manter as pessoas no trabalho * Benefícios * Descrição e Análise de Cargos Como saber o que fazem e o que são: * Sistema de Informação Gerencial * Bancos de Dados AGREGANDO PESSOAS FORMANDO A EQUIPE: Recrutamento Seleção Admissão 21 RECRUTAMENTO DE PESSOAS Conceito Conjunto de atividades desenhadas para atrair um conjunto de candidatos qualificados para a organização. Técnicas e procedimentos que visam atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da organização. 22 Como saber quem deve ser recrutado? Para recrutar a pessoa certa é preciso descrever o perfil desejado, isto é, as características pessoais e profissionais. O êxito no processo depende de um perfil bem definido. O que se espera do candidato? O que ele vai fazer? Descrição das funções: um dos objetivos é proporcionar informações para facilitar o recrutamento, a seleção e o reposicionamento das pessoas adequadas para cada função. Fundamental: conhecer a cultura da empresa, seus valores, sua ética e suas prioridades, o chefe. 23 Prioridade para o Recrutamento Interno O aproveitamento do pessoal da empresa tem vantagens: motiva todos os empregados sinaliza a disposição de se promover a "prata da casa" cria-se perspectivas de carreira facilita o recrutamento de pessoas mais qualificadas costuma ser mais rápido, as pessoas estão disponíveis e as vagas são preenchidas mais depressa custo de admissão é praticamente nulo maior probabilidade de acerto, pois são conhecidos aproveita melhor o treinamento do pessoal diminui a probabilidade de rejeição pelos colegas. 24 Prioridade para o Recrutamento Interno Para obter essas vantagens é necessária uma boa avaliação do pessoal. Promoções mal sucedidas: falta de conhecimento adequado das qualificações do pessoal causa a perda de bons empregados se o processo de promoções não for bem administrado e bem comunicado, pode gerar frustrações nos que não forem promovidos. 25 No recrutamento externo os preteridos não influem no ambiente da organização No interno os preteridos continuarão trabalhando na empresa. Para adotar o recrutamento interno deve-se recrutar e selecionar pessoas com potencial de crescimento, prover um bom treinamento e ter um sistema adequado de avaliação das qualificações e do potencial das pessoas. Verificar, antes da transferência, se ele tem substituto para a posição que ocupa. 26 Métodos de Recrutamento Externo Anúncios na mídia Informações em quadros de avisos Apresentações ou indicações Agências de emprego Intercâmbios com outras empresas Anúncios em revistas técnicas Empresas de headhunting Instituições de formação de mão-de-obra especializada e de profissionais de alto nível Sites de oferta e procura de mão-de-obra 27 SELEÇÃO Conjunto de práticas e processos usados para escolher, dentre os candidatos disponíveis, aquele que parece ser o mais adequado para a vaga existente. O mais adequado é aquele que tem melhores condições de se ajustar à empresa e ao cargo e de conseguir um bom desempenho. 28 SELEÇÃO Deve considerar a cultura da empresa e os valores e crenças do candidato, pois ele deve ter condições de se adaptar a essa cultura. Considerar não só a qualificação mas também a personalidade do candidato. Dar preferência aos candidatos que possuem habilidades, atitudes e comportamentos requeridos pela empresa e que são difíceis de serem adquiridas por meio de treinamento, como a habilidade de lidar com as pessoas, a capacidade de ouvir, de controle de si, o conhecimento de si próprio, das suas limitações e dos seus pontos fortes. 29 Métodos de Seleção Triagem preliminar de currículos Entrevista na unidade de seleção Informações de pessoas confiáveis Testes técnico-profissionais Testes psicológicos Dinâmica de grupo Entrevistas pelas chefias futuras Informações de empregos anteriores e cadastrais Exame médico 30 ADMISSÃO Documentação e Registro Contrato de Experiência / Contrato definitivo Integração: informa ao novo empregado os objetivos, as políticas, os benefícios, as normas, as práticas, os horários de trabalho da empresa, como funcionam os serviços de apoio, atitudes e comportamentos se esperam dele. 31 A IMPORTÂNCIA DO DESLIGAMENTO Tão importante quanto admitir as pessoas certas nos momentos certos é demitir as pessoas no momento necessário. A maneira como as demissões são decididas e comunicadas afeta o moral e a motivação dos que ficam, tanto quanto as decisões e a forma de comunicação sobre os admitidos. Não mentir na hora da comunicação da demissão: a verdade sempre aflora. Pode-se "aparar" algumas arestas. O receio de que pessoas demitidas levem consigo informações vitais é comum, mas a empresa não tem como impedir. É preferível criar um clima de confiança do que piorar as coisas ao tratá-lo mal. 32 APLICANDO PESSOAS DESENHO E ANÁLISE DOS CARGOS AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO 33 APLICANDO PESSOAS Cargo: base da aplicação das pessoas nas tarefas. Composto das atividades desempenhadas por uma pessoa, que para desempenhar suas funções deve ter uma posição definida dentro do desenho da empresa. Condições para desenhar: 1. 2. 3. 4. Conteúdo do Cargo: tarefas e atribuições a desempenhar; Métodos e processo de trabalho: como serão realizadas as tarefas; Subordinação: a quem se reporta; Autoridade: quem irá supervisionar ou dirigir. 34 APLICANDO PESSOAS Avaliação de Desempenho O empregado precisa receber uma resposta sobre seu comportamento na empresa para que possa atingir seus objetivos. A Avaliação compara a percepção entre o superior imediato, o subordinado, clientes, fornecedores e a percepção que o ocupante do cargo tem de si mesmo. A empresa necessita de pessoas para realizar os trabalhos com qualidade, trabalhar em equipe, saber lidar com conflitos, daí a necessidade de avaliar seu pessoal de forma eficaz. 35 APLICANDO PESSOAS Principais objetivos do Sistema de Avaliação de Desempenho: 1. propiciar um feedbak objetivo e cuidadoso; 2. identificar competências; 3. melhorar a comunicação entre as pessoas; 4. obter informações relevantes para a promoção dos empregados; 5. provocar mudanças na cultura da empresa; 6. busca da melhoria continua. 36 RECOMPENSANDO PESSOAS Recompensas; Remuneração; Benefícios; Serviços; 37 RECOMPENSANDO PESSOAS A MOTIVAÇÃO DA EQUIPE Ponto de partida: é conhecê-la e identificar suas necessidades, prioridades e desejos. O que motiva uns não é válido para outros. Cabe ao gestor criar as condições para que a motivação inerente a esses subordinados possa ser canalizada para resultados atingíveis. 38 RECOMPENSANDO PESSOAS A MOTIVAÇÃO DA EQUIPE Todas as pessoas têm algum tipo de motivação, mas muitas vezes ela está canalizada para outras áreas fora do trabalho. É preciso descobrir que obstáculos estão impedindo que essa motivação também seja dirigida para o trabalho. 39 RECOMPENSANDO PESSOAS A MOTIVAÇÃO DA EQUIPE Uma das formas de motivar é dar autonomia: valorizar a independência dos empregados, fazendo que cada um se sinta "dono" daquilo que lhe cabe. Reconhecer que todos gostam de ser bem tratados e de trabalhar num lugar alegre. Deve-se evitar usar gente de mau humor. 40 A MOTIVAÇÃO DA EQUIPE É preciso se colocar sob seu ponto de vista, mesmo que não se concorde com ele. Saber quais são suas necessidades, prioridades, desejos e caprichos. A motivação não é um ato isolado, mas um processo que requer esforços continuados. 41 ADMINISTRAÇÃO DA REMUNERAÇÃO - É o conjunto de métodos que tem por finalidade a atribuição de remuneração adequada a todos os que colaboram com a empresa, assegurando a coerência interna entre os valores da remuneração e dos benefícios de cada um e a coerência externa com o mercado de trabalho, visando a proporcionar constante motivação ao pessoal, aumento da produtividade e controle dos custos de mão-deobra. 42 A REMUNERAÇÃO MOTIVA? As compensações dadas ao empregado pelo trabalho assalariado são destinadas a satisfazer suas necessidades fora do local de trabalho. Os salários não são gastos no trabalho. Um aspecto do salário que é altamente motivador e sensível: o reconhecimento do mérito do profissional pela alta administração, que decide sobre as remunerações. 43 A REMUNERAÇÃO MOTIVA? A remuneração tem, portanto, um valor simbólico que pode ser mais forte do que o valor financeiro em si. Um empregado fica desmotivado ao saber que uma pessoa que considera profissionalmente inferior a ele tem remuneração superior à sua. 44 Aspectos subjetivos importantes nos salários: reconhecimento, avaliação indireta e status resultante. Diferenças insignificantes podem causar problemas to além do razoável se não existissem os aspectos subjetivos. Razão pela qual os salários, ao menos teoricamente, são confidenciais. A pessoa se auto-avalia com benevolência. o que a empresa considera que cada pessoa vale não coincide com o que ela acha que vale nem com o que ela realmente vale no mercado de trabalho. 45 REMUNERAÇÃO, INCENTIVOS E BENEFÍCIOS Para conseguir boa eficiência, é necessária uma boa administração do sistema de remuneração, instrumento indispensável para atrair e reter bons profissionais e motivá-Ios a trabalhar em equipe . A Necessidade de Coerência Interna A Coerência Externa com o Mercado 46 Necessidade de Coerência Interna Considerar-se injustiçado em sua remuneração é um dos fatos que mais desmotiva o profissional. É indispensável haver coerência interna entre as remunerações concedidas ao pessoal da mesma empresa, também denominada de eqüidade interna. A formas de remuneração mais usada é a funcional. A remuneração estratégica é um sistema que vincula o pagamento aos objetivos estratégicos da empresa e costuma ser mais eficaz para seus resultados. 47 A Coerência Externa com o Mercado É vital para a sobrevivência e o progresso da empresa. O mercado de trabalho obedece à lei da oferta e da procura e varia segundo a época e a região: - maior oferta de empregos, maior será o valor da remuneração; - maior o número de pessoas que procuram emprego, menor o valor da remuneração. 48 A Coerência Externa com o Mercado Estudos indicam que é preferível pagar um pouco acima que um pouco abaixo do mercado de trabalho, porque o pagamento mais generoso tende a aumentar a produtividade de forma compensadora. Os níveis de remuneração são importantes não só para manter os melhores, mas também para atrailos. 49 Plano de Cargos e Salários (C&S) “Instrumento que permite a administração das pessoas na contratação, movimentações horizontais e verticais e retenção dos talentos, estabelecendo uma política salarial eficaz que permite a ascensão profissional de acordo com aptidões e desempenhos” (QUALITAS, 2005). Plano de Cargos e Salários (C&S) Diferentes pessoas: com suas habilidades e talentos buscam diferentes objetivos motivacionais no trabalho; “A organização deve perceber o salário como função agregada de motivação” (PONTES, 1993); e A motivação dependerá do significado que cada um atribui a determinada atividade“ninguém pode motivar ninguém” (BERGAMINI, 1997). Plano de Cargos e Salários (C&S) Cargo: conjunto de atribuições de natureza e requisitos semelhantes que têm responsabilidades específicas a serem praticadas pelo seu ocupante (LACOMBE, 2004); Salário: contraprestação em dinheiro, recebida periodicamente pelo corpo funcional, face a um trabalho desenvolvido num espaço de tempo previamente definido; e Plano de Cargos e Salários (C&S) Tarefa: conjunto de elementos que requer o esforço humano para determinado fim; Função: conjunto de deveres, tarefas e responsabilidades que requerem serviços de uma pessoa; Tipos de salários: nominal (ou bruto); efetivo (ou líquido); complessivo ou profissional. Plano de Cargos e Salários (C&S) Permite o Equilíbrio Interno: eqüidade na organização entre os cargos; e Externo: adequação salarial da organização frente ao mercado de trabalho. Plano de Cargos e Salários (C&S) Remuneração Direta (básica e variável) + Remuneração Indireta (benefícios sociais) Remuneração Total Plano de Cargos e Salários (C&S) Motivação, desempenho, recompensas, reforçadores de comportamentos, punições: motivação intrínseca; motivação extrínseca; Reforçadores de comportamentos: - Social: agradecimento em público; - Simbólico: passagens de avião; - Relacionado ao trabalho: promoções; e - Financeiro: ações da empresa. Plano de Cargos e Salários (C&S) Remunerações Remuneração funcionalfoco no cargo; Remuneração variável foco na pessoa. Remuneração Funcional foco: Cargo Métodos tradicionais não quantitativos (Pontes, 1993): Escalonamento (job ranking): organizar os cargos em uma hierarquia crescente ou decrescente conforme critério estabelecido; e Graus pré-determinados (job classification): variação do escalonamento, ex. determinar três graus (operacional, tático e estratégico). Remuneração Funcional foco: Cargo Métodos tradicionais quantitativos: Avaliação por pontos (LOTT, 1926): técnica analítica onde os cargos são comparados por fatores comuns à maioria dos cargos de um grupo ocupacional; e Comparação de fatores (BENGE, 1941): a partir da escolha dos cinco fatores é realizado o escalonamento dos cargos e dos salários. Remuneração Funcional foco: Cargo • Estilos gerenciais do profissional brasileiro: Coragem para mobilizar recursos. Respeito às pessoas com quem trabalha. Habilidades interpessoais de natureza afetiva. Papel de líder; Papel de gestor; e Papel de coach (treinador). Gestor coercitivo; Gestor dirigente; Gestor afetivo; Gestor democrático;Gestor modelador; e Gestor coach (treinador). Remuneração Variável Foco: Pessoa - Remuneração por habilidades: remunera a pessoa com base naquilo que demonstra saber, baseada no conhecimento e em multi-habilidades; - Remuneração por competências: competência essencial (habilidades, conhecimentos, capacidades, características comportamentais e outros atributos que equilibrados predizem o desempenho superior); e - Remuneração por resultados: atendimento de metas (participação nos participação acionária). lucros ou resultados e VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO - Adequação ao perfil da organização e das pessoas; - Incentivo às habilidades e competências; - Manutenção dos equilíbrios interno e externo; - Interação com as demais funções da gestão de pessoas; e - Flexibilidade nos lucros e nas perdas. LIMITAÇÕES - Ocorrência de injustiças e distorções salariais; - Deterioração do plano de cargos e salários; - Deficiência na manutenção do plano de cargos e salários; - Geração de expectativas de aumentos salariais; e - Salário como bode expiatório. AVALIAÇÃO DESEMPENHO (AD) As organizações necessitam de sistemáticas de avaliação capazes de acompanhar o crescimento das pessoas que nela exercem suas atribuições. O essencial é a maneira com que as pessoas desempenham suas atribuições; e O desempenho será mensurado a partir dessas exigências. AVALIAÇÃO DESEMPENHO Definições Avaliar: medir, mensurar; Desempenho: “conjunto de entregas resultados de determinada pessoa para empresa ou negócio” (DUTRA, 2002); e e a Avaliação de desempenho: implica na identificação, mensuração e administração do desempenho humano nas organizações. Por que fazer a AD? -Alicerçar a ação do gestor: a empresa se torna mais transparente, pois as ações de seus gestores estão alicerçadas em elementos palpáveis (avaliação realizada com rigor técnico); - Nortear e mensurar o processo de treinamento e desenvolvimento (T&D): ponderação do nível de CHA (conhecimentos, habilidades e atitudes), determinando a direção que o processo de T&D deve tomar e a sua medida em cada caso; Por que fazer a AD? -Facilitar o feedback das pessoas: na medida em que mensura os desempenhos das pessoas em avaliação e informa de modo a sugerir mudanças, quando necessário; e - Facilitar o progresso das organizações: feedback organizacional, acompanhamento do desempenho identificando pontos críticos, negativos e positivos e facilitando a elaboração de estratégias para manutenção e crescimento. Objetivos da AD - Mensurar qualitativamente o impacto de cada pessoa nos resultados organizacionais; - Desenvolver talentos, detectando pontos fortes e fracos das pessoas, as necessidades de desenvolvimento de forma transparente; - Fornecer informações que auxiliem no desenvolvimento das atividades de gestão de pessoas; Objetivos da AD -Tornar transparente a relação entre avaliadores e avaliados, identifican talentos potenciais e o que as pessoas agregam para a organização; e - Abastecer a organização com avaliações periódicas: as organizações necessitam estar permanentemente empenhadas na atualização da AD. O que é Gestão por Competências? Trata-se de: Identificar as competências que uma função precisa. Identificar as competências que o empregado possui. Cruzar as informações apuradas nos passos anteriores, identificar o GAP de treinamento e traçar um plano de desenvolvimento específico para o empregado. É possível medir e mensurar comportamentos? “Comportamento é qualquer atividade que pode ser observada e produz alterações no ambiente!” Maria Odete Rabaglio O comportamento pode ser observado, mensurado e modificado a partir da Gestao por Competências. Vale salientar que as comportamentais exigirão mais trabalho por parte do gestor. Profa. Isabela Lemos Arteiro [email protected] Definição de Competência “ Um agrupamento de conhecimentos, habilidades e atitudes correlacionadas, que afeta parte consideravel da atividade de alguém, que se relaciona com seu desempenho, que pode ser medido segundo padrões estabelecidos, e que pode ser melhorado por meio de T&D.” (Scott B. Parry in RABAGLIO) Profa. Isabela Lemos Arteiro [email protected] Definição de Competência “ Conhecimentos, habilidades e atitudes que são os diferenciais de cada pessoa e tem impacto em seu desempenho e conseqüentemente nos resultados.” (RABAGLIO) Profa. Isabela Lemos Arteiro [email protected] Pilares das Competências: C CONHECIMENTO H HABILIDADE Profa. Isabela Lemos Arteiro [email protected] A ATITUDE COMPETÊNCIAS C H A Conhecimento Habilidade Atitude SABER TÉCNICO SABER FAZER QUERER FAZER Idiomas Normas Técnicas Informática Ferramentas Cálculos Matemáticos Iniciativa Criatividade Flexibilidade Comunicação Foco no Cliente Foco em Resultado 75 C H A Conhecimento Habilidade Atitude SABER TÉCNICO SABER FAZER QUERER FAZER É o que o profissional precisa saber para desempenhar sua função. Competências necessárias para que se torne um especialista técnico. É tudo que precisa demonstrar como seu diferencial competitivo e tem impacto em seus resultados. Ex: Criatividade, flexibidade, planejamento, liderança. 76 IDENTIFICAR “O QUE FALTA” Necessidade de desenvolvimento de Competência G A P s Competências para o cargo “Matching”(arrancada) Competências do Indivíduo 77 BENEFÍCIOS SOCIAIS Década de 60 e 70: pressão dos sindicatos para assegurar maiores benefícios às pessoas, segurança e condições de trabalho. Benefícios sociais (remuneração indireta) incentivos oferecidos com o objetivo de satisfazer às necessidades pessoais, proporcionando um ambiente mais harmonioso e produtivo. BENEFÍCIOS SOCIAIS Verdadeiros atrativos; Mantém as pessoas na organização; e Garante necessidades e urgências pessoais e profissionais. BENEFÍCIOS SOCIAIS “Os planos de serviços e benefícios sociais são planejados para auxiliar o empregado em três áreas de sua vida, sendo elas: no exercício da posição; fora dela, mas dentro da empresa; e, finalmente, fora da empresa” (CHIAVENATO, 2000). MODALIDADES DE BENEFÍCIOS - Aspectos legais: benefícios oferecidos em função das determinações legais, assegurando condições mais adequadas de trabalho a todo corpo funcional (férias e 13º salário); - Atividades exercidas: benefícios individuais, de acordo com a posição exercida e/ou por salário a fim de estimular a produtividade e satisfação profissional (gratificações e participação nos lucros e resultado (PLR); MODALIDADES DE BENEFÍCIOS - Condições internas da organização: benefícios supletivos, presentes na organização favorecendo todas as pessoas independentemente da posição ocupada (cantina, refeitório e transporte); e - Aspectos sociais: benefícios recreativos, são responsabilidades desenvolvidas para o bemestar das pessoas dentro de grupos específicos (recreação, esportes e atividades sociais). BENEFÍCIOS MAIS APLICADOS • Alimentação (refeitório); • Assistenciais (médico-hospitalar, educacional jurídica); • Cesta básica; • Creche (convênios); • Departamento médico (primeiro atendimento); • Lazer (clubes ou atividades esportivas); • Monetários (participação nos resultados); • Planos de previdência (futura garantia financeira); • Serviço social e Aconselhamento (atendimento e orientação); e •Transporte (próprio ou estacionamento). BENEFÍCIOS SOCIAIS Planos estratégicos “A aplicação dos benefícios sociais apresenta-se em cada organização conforme seus objetivos e características próprias, baseadas na sua complexidade, no seu capital humano e na necessidade de crescimento e desenvolvimento”. BENEFÍCIOS SOCIAIS Planos estratégicos Objetivos: clima de afetividade e de família; desempenho; outros... A escolha de um pacote de benefícios será determinada pela estratégia escolhida. BENEFÍCIOS SOCIAIS Planos estratégicos “O gestor de pessoas tem de ser possuidor de uma aguçada percepção das condições internas da organização, ou seja, ter a sensibilidade e o cuidado de saber identificar as demandas internas”. BENEFÍCIOS Obrigatório por lei - encarado como encargo social: décimo terceiro salário; férias remuneradas; abono de férias; repouso semanal remunerado; contribuição para a previdência oficial, para o Sesc, Senai, Senac, Sebrae, Incra; salário-família; saláriomaternidade; seguro acidentes do trabalho; valetransporte; salário-educação e despesas de rescisão contratual e ausência remunerada em virtude de convocação para mesa eleitoral ; adicionais de insalubridade, periculosidade, trabalho noturno e horas extraordinárias, entre outros. 87 A ADMINISTRAÇÃO DOS INCENTIVOS A remuneração e demais incentivos, financeiros ou não, devem ser concedidos em função daquilo que se deseja estimular nas pessoas. Plano de Remuneração: deve ser vinculado ao plano de recursos humanos e ao plano estratégico da empresa. 88 EXEMPLOS DE PROGRAMAS DE INCENTIVOS Recompensas e punições Novos métodos em remuneração Remuneração variável Plano de bonificação anual Distribuição de ações da empresa Opção de compra de ações da empresa Participação nos resultados alcançados Remuneração por competência Distribuição de lucros aos funcionários 89 CONDUZINDO A EQUIPE • Políticas de recursos humanos • Motivação da equipe • Remuneração, incentivos e benefícios; • Ambiente interno: cultura e clima organizacional, comunicações, segurança, salubridade e controle de pessoal. 90 Políticas e Procedimentos de Recursos Humanos Os gestores precisam de um sistema de referências que os oriente para a tomada de decisões. É preciso que a empresa determine explicitamente seus objetivos principais e suas políticas, visando orientar as decisões para o cumprimento daqueles objetivos. 91 POLÍTICAS É um conjunto de declarações escritas a respeito das intenções da empresa em relação a determinado assunto. Indicam os meios e a forma desejados para atingir os objetivos principais. Quando bem estabelecidas e executadas, conduzem a esses objetivos. Proporcionam as linhas mestras para orientar as decisões mais importantes e a formulação dos objetivos setoriais e das normas. 92 Exemplos de políticas de recursos humanos Nossa empresa se compromete a: Pagar salários que se comparem favoravelmente com os oferecidos pelas outras empresas; Aceitar discutir com os empregados as condições de trabalho; Devotar os melhores esforços à construção e à manutenção de um clima de confiança, amizade e harmonia no trabalho, com adequada segurança e com oportunidades para todos, sem distinção de credo, etnia ou nacionalidade. 93 Normas e Procedimentos de Recursos Humanos Detalham e complementam as políticas e devem ser coerentes com elas. É o veículo de comunicação que objetiva definir os princípios gerais orientadores de uma ação, ou seja, as regras regulam o que deve e não deve, pode e não pode ser feito, e quem decide o que, de modo a assegurar unidade e coerência de orientação e comportamento. 94 Normas e Procedimentos de Recursos Humanos Definem, de forma ordenada e racional, como executar a ação, ou seja, quem faz, o faz, como faz e a seqüência que o trabalho é desenvolvido. As normas são feitas para ajudar a empresa. Quanto maior a empresa, maior a necessidade de formalização e, portanto, de escrever e divulgar as normas. 95 Quando formalizar as normas Aumento da complexidade dos assuntos, que impossibilite a manutenção de práticas administrativas com bases informais; Necessidade de manter a segurança e a coerência das decisões e dos procedimentos administrativos com documentos escritos e divulgados; A dispersão física da empresa cria problemas de comunicação, causando dificuldades para supervisão, coordenação e controle. 96 Exemplos de assuntos típicos de normas de recursos humanos Recrutamento e seleção de candidatos Admissão e integração de novos empregados Cadastramento e circulação de currículos Desligamento de pessoal Programação e controle de férias Revisão médica periódica Pontualidade e controle do ponto Remuneração do pessoal Avaliação do desempenho 97 DESENVOLVENDO PESSOAS - Desenvolvimento de Pessoal; - Treinamento; - Desenvolvimento Organizacional; - Programas de Mudanças; - Programas de Comunicação. 98 DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL “aperfeiçoar as capacidades e motivações dos empregados a fim de torná-los futuros membros valiosos da organização” (MILKOVICH e BOUDREAU, 2000); O QUE É DESENVOLVER PESSOAS? Não é apenas dar-lhes informação, para que aprendam novos conhecimentos, habilidades e destrezas e sobre tudo se tornem mais eficientes no que fazem. É dar-lhes principalmente formação para que aprendam novas atitudes, idéias, conceitos que modifiquem seus hábitos e comportamento e se tornem mais eficazes naquilo que fazem. Formar é muito mais que informar, pois se trata de um enriquecimento da pessoa humana. 100 DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS Desenvolvimento de Pessoal (preparar a pessoa para o ambiente dentro e fora do seu trabalho). Desenvolvimento Organizacional (mudança de cultura e clima organizacional e compatibilização dos seus objetivos com os dos sujeitos participantes). 101 TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO (T&D) Treinamento: Desenvolvimento: Voltado para o condicionamento da pessoa; para a execução de tarefas. Voltado ao crescimento da pessoa em nível de conhecimento, habilidade e atitude. TREINAMENTO “educação profissional que visa adaptar o homem ao trabalho em determinada empresa, preparando-o adequadamente para o exercício de um cargo podendo ser aplicado a todos os níveis ou setores da empresa” Barreto (1995); TREINAMENTO Treinamento não é algo que se faça uma vez para novos empregados: é usado continuamente nas organizações bem administradas. Cada vez que você mostra a uma pessoa como ela deve fazer o trabalho, você a está treinando. TREINAMENTO Preparar a pessoa para o cargo. Fases: - levantamento de necessidades, - programação, - execução, -avaliação. Por que o Treinamento e Desenvolvimento - Identificação de metas: de expansão, admissão ou desligamento de pessoas, de alteração nos meios e modos de efetuar as tarefas; - Identificação de gargalos: identificar as áreas onde as competências das pessoas necessitem ser melhoradas a fim de atenderem aos requisitos das funções que ocupam; Por que o Treinamento e Desenvolvimento - Falhas na comunicação: as pessoas optam por utilizar “dialetos” que muitas vezes são interpretados de maneiras diversas. Todavia, ao tratarmos de negócios, estas decodificações geram falhas de desempenho nas atividades; - Remanejamento de pessoas: em casos de substituições constantes motivadas por ausência de pessoas, implantação de novas tecnologias, novos procedimentos, novos softwares, férias ou para treinamento fora da empresa; Por que o Treinamento e Desenvolvimento - Modernização da organização: atualização do maquinário e equipamentos da organização como um todo; - Recém-formados: podem ter conhecimentos aquém do desejável, o que é um obstáculo para a eficiência nas atividades; Por que o Treinamento e Desenvolvimento - Comprometimento da alta direção: fundamental para o sucesso de qualquer tipo de programa e com o T&D não é diferente; - Diagnose da organização que aprende (Peter Senge): indica as necessidades de treinamento e desenvolvimento de forma que os responsáveis por tal processo obtenham bons resultados. Por que o Treinamento e Desenvolvimento - Adequar a pessoa à cultura da empresa: os programas de T&D chegam para auxiliar as organizações, porque é comum que existam pessoas que não estão em sintonia com a cultura organizacional; -Mudar atitudes: há uma forte tendência a alterar as atitudes antiquadas das pessoas para inovadoras, modernas; Por que o Treinamento e Desenvolvimento - Adaptação das pessoas para lidar com a modernização da empresa: nos referimos a uma alteração na própria pessoa, visamos à adequação desta para com a nova realidade organizacional; - Desfrutar da competência humana: em outras palavras, gozar da capacidade que o ser humano tem de aprender, de “adquirir novas habilidades e novos conhecimentos modificando comportamentos e atitudes” (TACHIZAWA, FERREIRA e FORTUNA, 2001); Por que o Treinamento e Desenvolvimento - Preparar pessoas para serem remanejadas: fornecer oportunidades de aprendizagem não só em relação a sua atual posição, mas também visando a outras posições que poderão vir a ser ocupadas num futuro próximo; - Passar informações adiante: a idéia é que as tarefas, normas, políticas, regulamentos, conhecimento em geral, sejam passados de treinador para treinando e vice-versa; e NÍVEIS DE T&D - Gerencial ( ocupantes de cargos executivos ou de gerência); -Técnico (ocupantes de posições técnicas); - Médio (para posições, em face de algumas limitações (ex.: escolaridade); - Amplo (para todos as posições (ex.: curso na área das relações humanas). ETAPAS DO PROCESSO DE T&D 1a ETAPA – Diagnose: . Por que treinar e desenvolver? . Para que treinar e desenvolver? . Quem deve ser treinado e desenvolvido? . Quando deve ser treinado e desenvolvido? TIPOS DE TREINAMENTOS Transmissão de Informações Produtos/serviços, políticas, diretrizes, regras e regulamentos Desenvolvimento de Habilidades Habilitar pra execução e operação de tarefas, manejo de equipamentos, máquinas, etc. Desenvolvimento de Atitudes Mudança de atitudes, conscientização e sensibilização Desenvolvimento de Conceitos Elevar nível de abstração, desenvolver idéias e conceitos sistêmicos 115 Treinamento no Trabalho ( on-the-job) Ocorre no dia-a-dia e as principais formas são: orientação da chefia; estabelecimento de metas e avaliações; rotação de funções; substituições temporárias; orientação por meio de mentores e incumbências especiais. 116 Treinamento Formal Interno É executado pela empresa exclusivamente para seus executivos e empregados, mas realizado fora do ambiente de trabalho. São cursos, palestras e seminários de capacitação, de aperfeiçoamento, de desenvolvimento pessoal, para melhorar o desempenho das pessoas na função que exercem ou para prepará-las para novas funções. 117 Treinamento Formal Interno A vantagem deste tipo de treinamento sobre o externo é que pode ser projetado para atender especificamente às necessidades da empresa. O programa é desenhado sob medida para os tópicos que a empresa considera suas prioridades. A empresa escolhe quem vai falar para seus funcionários e verifica se não há nada que contrarie sua cultura. Além disso, costuma atingir um número maior de participantes, reduzindo o risco de perda do investimento pela saída do pessoal treinado. 118 Treinamento Formal Externo Treinamento aberto ao público, programado e executado por universidades e demais instituições de educação, de treinamento empresarial e de formação de mão-de-obra especializada. São destinados a aperfeiçoar e desenvolver pessoas em novas habilitações ou para proporcionar conhecimentos generalistas de administração, economia ou outros assuntos de interesse geral para as empresas. 119 Treinamento Formal Externo É um tipo de treinamento vantajoso para empresas que não precisam treinar muitas pessoas. Além disso, muitas instituições de ensino superior criam programas de MBA que são oferecidos às empresas, especialmente as de grande porte. Uma vantagem deste tipo de treinamento é o contato que os treinandos têm com colegas de outras empresas, garantindo maior diversidade e riqueza de experiências e conhecimentos. 120 Treinamento a Distância Uso de videoconferências, de intranet e da Internet, apoiado por textos que são distribuídos a todos os participantes antes do início do programa. Muitas empresas estão usando seus sites para criar portais de treinamento, não só para seus empregados como para seus clientes e fornecedores. Podem ser acrescentados: bibliografia para leitura e comentários; instrução programada, com ou sem o uso de computador; circuitos fechados de televisão entre diversas técnicas utilizadas. 121 Muitas empresas estão us seus sites para criar portais de treinamento, não só para seus funcionários como para seus clientes e fornecedores. A possibilidade de treinar sem a presença física dos treinados ampliou enormemente as oportunidades de treinar pessoas que, de outra forma, não teriam como participar do programa. Cada um escolhe seu dia e seu horário. Podem ser acrescentados: bibliografia para leitura e comentários; instrução programada, com ou sem o uso de computador; circuitos fechados de televisão entre diversas técnicas utilizadas. 122 Formação de Trainees Destina-se, em geral, ao pessoal jovem, quase sempre de nível superior, com pouco tempo de empresa. A finalidade é preparar essas pessoas para assumir posições de responsabilidade na organização. Além de um programa de integração completo e detalhado, abrange, freqüentemente, uma formação técnica nos aspectos de maior interesse da empresa, que pode levar poucas semanas até muitos meses. 123 Capacitação Técnico-Profissional Destina-se a melhorar o desempenho de profissionais nas funções que já exercem ou a capacitá-Ios para outras funções, em geral, de maior dificuldade. Esse tipo de programa não se destina à formação de executivos para exercerem funções gerenciais de alto nível, mas ao aperfeiçoamento de profissionais em assuntos técnicos. 124 Estágios São alunos de instituições de ensino superior ou de formação de mão-de-obra técnica reconhecidas oficialmente pelo governo. Não têm vínculo empregatício e muitas empresas usam estagiários como forma de avaliar e treinar jovens presumivelmente com potencial. 125 Desenvolvimento de Executivos É um programa destinado a formar os futuros gestores de alto nível da empresa. O público-alvo são executivos jovens de alto potencial que parecem ter condições de assumir posições de alta responsabilidade. A maioria das empresas tem programa pouco estruturado e convida outras pessoas para participarem, mantendo em caráter confidencial os que são considerados de alto potencial. Devem ter um acompanhamento, com avaliações periódicas para subsidiar decisões, inclusive sobre a continuidade da sua participação nesse grupo considerado de alto potencial. 126 Responsabilidade pelo Desenvolvimento das Pessoas Cada um é o principal responsável pelo seu próprio desenvolvimento. As empresas devem agir como facilitadoras e apoiadoras do desenvolvimento de cada um, bem como tomar a iniciativa em casos que sejam do seu interesse. Não significa que possam ser responsabilizadas por não desenvolverem seu pessoal. Se não o fizerem, elas próprias serão prejudicadas, pois os empregados com alto potencial sairão da empresa. 127 Um profissional precisa cuidar de si. Manter-se atualizado e ativo, não só na empresa como fora dela. A educação é uma preocupação constante e permanente. A responsabilidade pela carreira cabe a cada profissional. Quando o desempenho não satisfaz, a maioria das empresas livra-se dele como de um objeto descartável. A única proteção de um profissional é sua competência. 128 O AMBIENTE INTERNO DA EMPRESA 129 A CULTURA ORGANIZACIONAL As decisões de uma empresa são tomadas de acordo com um quadro de referências determinado por sua cultura. A condução da equipe e as ações realizadas na busca de resultados são condicionadas por essa cultura. Uma cultura bem definida garante consistência e coerência nas ações e decisões, proporcionando, em média, melhores condições para alcançar as metas aprovadas . 130 A CULTURA ORGANIZACIONAL Hábitos e crenças estabelecidos através de normas, valores, atitudes dos membros da organização; Sistema de significados compartilhado por todos os membros e que distingue uma organização das demais; Modo institucionalizado de pensar e agir na organização; Referencial de padrões de desempenho entre os empregados que influencia a pontualidade, a produtividade e a qualidade dos serviços. 131 CULTURA ORGANIZACIONAL = UM ICEBERG 10 ou 20% ficam acima do nível da água e constituem a parte visível aspectos formais e facilmente perceptíveis, como as políticas e diretrizes, métodos e procedimentos, objetivos, estrutura organizacional e tecnologia adotada. Maior parte permanece oculta, sob as águas e fora da visão das pessoas aspectos e informações como as percepções, sentimentos, atitudes, valores, interações informais, normas grupais, etc. aspectos mais difíceis de se compreender e interpretar e que resistem a mudanças. 132 ASPECTOS FORMAIS E ABERTOS •Estrutura organizacional •Títulos e descrições de cargos •Objetivos e estratégias •Tecnologia e práticas organizacionais •Políticas e diretrizes de pessoal •Métodos e procedimentos •Medidas de produtividade física e financeira ASPECTOS INFORMAIS E OCULTOS • Padrões de influência e de poder • Percepções e atitudes das pessoas • Sentimentos e normas de grupos • Valores e expectativas • Padrões de Interações informais • Normas grupais • Relações afetivas Componentes visíveis e publicamente observáveis, orientados para aspectos operacionais e de tarefas Componentes invisíveis e encobertos, afetivos e emocionais, orientados para aspectos sociais e psicológicos 133 COMPONENTES DA CULTURA ORGANIZACIONAL TODA A CULTURA SE APRESENTA EM 3 DIFERENTES NÍVEIS... 134 1º Nível – Artefatos Coisas concretas que cada um vê, ouve e sente quando se depara com uma organização: os produtos, serviços e os padrões de comportamento de seus membros. Exemplos: os símbolos, as histórias, os heróis, os lemas, as cerimônias anuais. 135 2º Nível - Valores compartilhados Definem as razões pelas quais as pessoas fazem o que fazem, funcionam como justificativas aceitas por todos os membros da organização Exemplo: valores criados originalmente pelos fundadores da organização 136 3º Nível - Pressupostos básicos Crenças inconscientes, percepções, sentimentos, maneira de fazer as coisas, pressuposições dominantes não-escritas e nem sequer faladas nas quais as pessoas acreditam. 137 Artefatos Estruturas e processos organizacionais visíveis (mais fáceis de decifrar e de mudar) Valores compartilhados Filosofias, estratégias e objetivos Pressupostos básicos Crenças inconscientes, percepções, pensamentos e sentimentos (justificações compartilhadas) (fontes mais profundas de valores e ações) A cultura representa a maneira como a organização visualiza 138 a si própria e a seu ambiente ELEMENTOS DA CULTURA ORGANIZACIONAL 1 - Cotidiano do comportamento observável Como as pessoas interagem? Como são a linguagem e os gestos utilizados? Quais os rituais, as rotinas e procedimentos comuns? 139 ELEMENTOS DA CULTURA ORGANIZACIONAL 2 - Normas ou regras Como é o comportamento dos grupos de trabalho? Como é seu comportamento nos momentos de lazer, nas refeições, nos dias informais? 3 - Valores dominantes Quais os valores defendidos na organização? Como é o comportamento ético na organização? Existe respeito pelas pessoas? Existe preocupação com a qualidade de seus produtos? 140 4- Filosofia administrativa Qual a lógica/razão que orienta as políticas da organização quanto aos empregados e clientes? 5 - Regras do jogo Como as coisas funcionam? O que um novo empregado deve aprender para sairse bem e ser aceito como membro do grupo? 6 - Clima organizacional: Qual é o sentimento das pessoas em relação à empresa? De que maneira as pessoas interagem entre si e com os clientes? 141 Por que comunicar . . . 142 As Comunicações na Empresa Para o bom desempenho de todos os papéis que cabem à gestão de pessoas, é fundamental que exista um sistema adequado de comunicação nas organizações, tanto em termos de sua dinâmica, da gestão do processo comunicacional, quanto no que tange aos problemas que podem ocorrer no relacionamento interpessoal afetando diretamente a qualidade da comunicação. 143 As Comunicações na Empresa Ao instituir um processo de comunicação, uma organização deve preocupar-se tanto com a qualidade das informações em termos de sua coerência lógica quanto com o poder de influência implícito no processo. 144 Maior problema das empresas Falha na comunicação entre “chefias” “subordinados” processos, equipe.... 145 Comunicar para comprometer..... Comprometer quem??? Com o que??? Por que??? Este comprometimento ocorre através do compartilhamento dos valores, visão, missão planejamento, estratégias. 146 Princípio da Comunicação Quando a linguagem for simples e clara, sem ambigüidades, a comunicação será maior, sem mal entendidos. ax= g/wh #k*eft@ 147 Comunicação É a transferência de informação e significado de uma pessoa para outra (fonte e receptor); relacionando-as através de idéias, fatos, pensamentos e valores, o que permite que compartilhem sentimentos e conhecimentos. A comunicação não é só uma troca de mensagens. É uma construção de sentido. A informação é parte da comunicação e não um sinônimo. Comunicar significa tornar comum a uma ou mais pessoas determinada informação. Chiavenato 148 Processo de Comunicação Construção de sentido Receptor Receptor Canal Emissor Emissor Cultura 149 ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO Definição do objetivo Definição do público Definição da mensagem 150 Comunicação Interna Conjunto de ações inter-relacionadas, desenvolvidas pela empresa para sustentar e otimizar sua imagem, perante o público interno. 151 RUÍDOS NA COMUNICAÇÃO Interferências que podem ocorrer neste processo, ocasionando o mal entendimento e distorção da mensagem. É comum e prejudicam a eficácia do processo de comunicação. Origem: em problemas físicos, por exemplo, barulhos atrapalhando a audição; tecnológicos, como sistemas informatizados com operações degradadas ou psicológicos, como preconceitos contra o emissor, dificuldade de concentração, dentre outros. o mais difícil de ser combatido é o preconceito. 152 COMUNICAÇÃO DESCENDENTE E ASCENDENTE Nas organizações, os processos de comunicação podem ser divididos em dois tipos básicos, de acordo com a fonte: Descendentes: envolve as mensagens que tem como origem os superiores hierárquicos e como destinatários os liderados; Ascendentes:os papéis se invertem. 153 Objetivos da comunicação descendente e ascendente Comunicação descendente: transmissão das políticas, normas e instruções de trabalho, dentre outras informações julgadas relevantes para o bom desempenho dos empregados; Comunicação Ascendente: manter os dirigentes informados sobre o que se passa na chamada "linha de frente" do processo produtivo. 154 Objetivos da comunicação descendente e ascendente - Sua eficácia é fundamental para que as decisões emanadas da cúpula possuam coerência com as necessidades efetivas da organização e de seus clientes. - Quando a comunicação ascendente não funciona, ocorre o progressivo distanciamento dos dirigentes da realidade organizacional, com graves conseqüências para o trabalho desenvolvido. 155 COMUNICAÇÃO FORMAL E INFORMAL Formal: ocorre nas organizações em caráter oficial, respeitando-se os trâmites burocráticos pertinentes e utilizando-se dos canais instituídos pelas autoridades superiores; Informal: ocorre em paralelo à formal, envolvendo as conversas entre líderes e liderados ou entre colegas em caráter não oficial, não sistemático. 156 COMUNICAÇÃO FORMAL E INFORMAL - Muitas vezes este tipo de comunicação fica contaminado por boatos e fofocas. - Alguns gestores, inclusive, criam estímulos à prática da delação entre seus liderados; - Alguns líderes informais podem insuflar seus colegas contra a organização, espalhando notícias falsas ou distorcidas, com o objetivo de enfraquecer as autoridades formais ou se autopromover. 157 Os problemas na comunicação Os problemas da comunicação informal não devem levar à busca do sufocamento de suas fontes; a maior causa da profusão de boatos é a deficiência da comunicação formal; quanto menor o nível de informação sobre um determinado assunto, maior a possibilidade de formação de boatos; 158 Os problemas na comunicação a comunicação informal pode ser utilizada de maneira construtiva: em ambientes onde predomine a confiança e o respeito mútuo, as conversas de corredor, os bate-papos informais servem de ponte para o fortalecimento das relações e o reforço da comunicação formal. 159 REDE DE COMUNICAÇÃO As organizações possuem uma rede de comunicação informal, popularmente conhecida como "rádio peão" ou "rádio corredor“; ela pode, dependendo de como seja gerenciada a comunicação interna e das notícias por ela veiculadas, tomar-se uma fonte de instabilidade; os gestores precisam conhecer suas características para aprenderem a lidar com ela de forma eficaz. 160 COMO FUNCIONA A REDE Uma pessoa conta alguma coisa a três ou quatro outros de sua escolha. Somente dois ou três desses receptores passarão adiante a informação; A rede é mais um produto da situação do que das pessoas. Portanto, demitir um repassador não livra uma pessoa da rede; Em momentos de agitação e insegurança, a rede deve ser vigiada e alimentada com informações certas; Quanto mais cedo os empregados conhecem a história verdadeira, menos preencherão os claros com suas próprias conclusões; 161 COMO FUNCIONA A REDE Os gestores determinam em parte a rede pelo lay out dos escritórios e pelos processos e rotinas que adotam; Muitas vezes, a rede tem informações corretas antes dos próprios gestores; A rede leva ao gestor fatos e sentimentos, boatos e verdades, devendo distingui-los e interpreta-Ios. 162 USO CONSTRUTIVO DA REDE A rede está aqui para ficar; é atividade normal da vida em grupo, sendo, portanto, parte integrante das organizações; podemos fazer uso construtivo da rede porque ela não é de todo má; Para melhor usa-Ia, é necessário dar aos gestores melhor treinamento nas comunicações informais. 163 APRENDENDO A LIDAR COM A REDE O gestor precisa reconhecer a rede; Estuda-Ia, a fim de aprender a lidar com ela; O gestor deve atentar para a rede; Encontrar os líderes da rede e trabalhar com eles quando necessário; Os fatos devem ser transmitidos à rede, para que essa tenha algo de útil para comunicar; O gestor deve ser treinado nas comunicações informais. 164 O BOATO Surge por malícia, ansiedade ou insegurança; Quando os empregados estão mal colocados no grupo, emocionalmente desajustados ou inadequadamente informados sobre seu ambiente, normalmente reagem circulando boatos; Pode ser usado como manobra tática para obterem a verdade da administração; 165 O BOATO Para combater o boato, o melhor processo é atacar suas causas e não tentar sufocá-Io depois de já ter surgido; Método mais eficiente: a informação direta dos fatos dada por cada gestor, sem mencionar o boato; Cada gestor deve se perguntar: porque surgiu o boato? Que significa ele? Em todos os casos há alguma causa que deve ser compreendida. 166 O FEEDBACK É o processo de comunicação que se estabelece com o objetivo de oferecer a uma pessoa ou grupo informações sobre o grau de adequação de suas ações às expectativas de quem emite esse retomo; o estimulo à prática do feedback é muito importante para o desenvolvimento individual e organizacional; 167 O FEEDBACK Quando não sabemos a opinião dos outros sobre nossos atos, ficamos muito mais propensos ao erro, a não alcançar nossos objetivos. Algumas pessoas têm dificuldade em aceitar suas próprias deficiências e em admiti-Ias publicamente; Outros sentimentos negativos podem ser associados ao recebimento de uma crítica: inveja, falta de apoio ou confiança e intromissão indevida; 168 O FEEDBACK Pessoas que têm esse tipo de barreira contra o feedback costumam reagir defensivamente de diversas formas: da negação da validade das opiniões emitidas à agressão retaliativa ao emissor do mesmo; É comum que a pessoa passe a criticar violentamente o emissor, apontando seus próprios erros e deficiências como forma de desautorizá-Io a opinar. 169 O FEEDBACK Algumas pessoas revelam insegurança em oferecer feedback, por temerem a reação de quem vai recebê-Ia; Ele é importante para o amadurecimento das relações pessoais e profissionais; a prática do feedback deve ser adotada como forma não só de aumentar a eficácia da organização como de estabelecer relacionamentos mais adequados; 170 FEEDBACK Descritivo (ao invés de avaliativo) Específico (ao invés de geral) Dirigido a comportamentos que podem mudar Direto Imediato Oportuno 171 10 PASSOS ESSENCIAIS Analisar a situação Determinar os efeitos e os objetivos Ajustar-se à receptividade Criar o ambiente propício Comunicar-se efetivamente Elogiar o que está dando certo Descrever o comportamento que deseja mudar Descrever o comportamento desejado Procurar soluções conjuntamente Chegar a um acordo 172 COMO SUPERAR AS DIFICULDADES Estabelecer uma relação de confiança Reconhecer que o feedback é uma via de mão dupla Aprender a controlar a emoção 173 A SEGURANÇA E A SALUBRIDADE NA EMPRESA 174 SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO Ramo que especifica as condições de proteção à vida e à saúde do trabalhador em seu ambiente de trabalho. Deve treinar o pessoal, auditar as condições de trabalho para assegurar condições seguras de trabalho, realizar a estatística das causas de acidentes para eliminá-las e promover atividades para incentivar a segurança por meio de cartazes, de prêmios e da divulgação do número de dias sem acidentes. A segurança é responsabilidade não só do órgão especializado da empresa mas também dos chefes de cada área. 175 Custos da Insegurança Salários pagos durante o tempo perdido; material ou equipamento danificado; horas extras pagas a outros funcionários para compensar o tempo perdido pelo acidentado; diminuição do desempenho do acidentado quando retorna ao trabalho ou, alternativamente, tempo de aprendizado do novo funcionário; tratamento médico do acidentado; custos indiretos na averiguação das causas do acidente e nas providências necessárias para evitar sua repetição. Diminuição da confiança na empresa, que pode representar um custo psicológico muito grande. 176 Condições de Insegurança São a principal causa de acidentes: trabalho perigoso sem equipamento de proteção; equipamento de proteção defeituoso; iluminação insuficiente. Além disso, temos as pressões para concluir rapidamente o trabalho; o esgotamento físico ou fadiga; os problemas físicos causados por movimentos repetitivos, posições inadequadas de trabalho e outros. O alcoolismo e o uso de drogas aumentam significativamente a probabilidade de acidentes, motivo pelo qual algumas empresas mantêm programas de recuperação para os funcionários usuários. 177 Prevenção de Incêndios É preciso evitá-los, isolando em local próprio os materiais, provendo uma rede de borrifadores, colocando extintores e bem visíveis e treinando o pessoal para usá-los da forma correta, formando as brigadas contra incêndios. Registro de Acidentes É obrigação da empresa registrar, identificar e eliminar as causas. São registrados em duas categorias: com afastar sem afastamento do trabalho. 178 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - C.I.P.A Tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. Suas atribuições são: Identificar os riscos do processo de trabalho, elaborar o mapa de riscos, elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho, realizar verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança, divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho, etc. 179 Dispositivos Legais Pela Constituição Federal (art. 7°, XXII), é um direito do empregado a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. As empresas são obrigadas a manter Serviços de Medicina e Segurança do Trabalho com profissionais especializados, cuja qualificação e número varia conforme o grau de risco da atividade exercida e o número de empregados da empresa. Nos locais de trabalho, devem ser claramente sinalizados os locais de perigo. 180 Dispositivos Legais As empresas têm por obrigação: cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; instruir os empregados, por meio de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar para evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; adotar as medidas determinadas pelo órgão regional competente; facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente (art. 157 da CLT). O empregado é obrigado a seguir as normas de segurança e medicina do trabalho, sendo considerada falta grave a desobediência às normas expedidas ou deixar de usar os equipamentos de segurança fornecidos pelo empregador (art. 158 da CLT). 181 Salubridade As condições ambientais de iluminação, temperatura, ventilação, intensidade de ruído, poluição e umidade precisam ser medidas e controladas para assegurar a salubridade do local de trabalho das pessoas. 182 Salubridade São obrigações da empresa (art. 168 da CLT e normas complementares): efetuar exames médicos de admissão e por ocasião da demissão; realizar exames médicos periódicos em todo o pessoal; proporcionar condições de serem prestados primeiros socorros em caso de acidente, providenciando materiais, equipamentos e treinamento para o pessoal; eliminar, ou pelo menos controlar, os ambientes insalubres; providenciar registros médicos de cada empregado e das causas dos acidentes; informar todo o pessoal a respeito dos riscos de acidentes; proporcionar um ambiente de trabalho saudável com boa iluminação e ventilação e, na medida do possível, temperatura amena; controlar as fontes de ruído ou, se impossível, proporcionar protetores auriculares para os que estiverem expostos a ruídos elevados. 183 MONITORANDO PESSOAS CONTROLE DAS RELAÇÕES COM O PESSOAL 184 Registros e Pagamentos englobam as atividades de cadastros; registre pessoal (inclusive atualização das carteiras profissionais); estatísticas de pessoal (pontualidade, absenteísmo e rotatividade, entre outros); folhas de pagamento (preparo e pagamento dos encargos trabalhistas e previdenciários); controle e pagamento dos adicionais de periculosidade e insalubridade; controle e pagamento de férias; controle, homologação e pagamento das rescisões; pagamento dos prestadores de serviços e apoio aos advogados trabalhistas nos casos contenciosos. 185 Estatísticas do Pessoal São elaboradas para análise e alerta as áreas com rotatividade, absenteísmos e atrasos elevados, visando identificar as causas. 186 Absenteísmo é a ausência trabalho, em princípio sem uma razão que a justifique, como doenças, comprovadas ou não, crônicas ou eventuais; motivos familiares; dificuldades de transporte falta de motivação em virtude de supervisão inadequada. A comparação do índice de absenteísmo em diferentes períodos pode fornecer indicações importantes para medidas administrativas que devam ser tomadas em relação aos recursos humanos. Formula: (nº de horas trabalhadas (real) / (nº de horas planejadas) *100 = Índice de Absenteísmo. O índice de absenteísmo são todas as ausências no setor (exceto: férias, folgas e desligamentos). 187 Rotatividade de Pessoal Sua comparação com períodos anteriores fornece informações importantes para se avaliar as razões das causas e que exijam providências. Tem um custo relativamente alto para a empresa, considerando o custo do processo de recrutamento, seleção e admissão; o de integração; o pagamento das verbas rescisórias; o custo da entrevista de desligamento e de sua análise; a possível diminuição da produtividade em virtude da perda de experiência dos que saíram, nos quais a empresa deve ter investido durante o período em que trabalharam para ela; o possível reflexo na produtividade dos que continuam; o possível reflexo nos negócios e na imagem da empresa. 188 A saída de pessoas implica a perda de conhecimento e, às vezes, atraso na produção e perda de qualidade. Se o demitido ou demissionário for trabalhar para um competidor, a perda é ainda maior, por meio da transferência de conhecimento e por poupar ao concorrente o custo da formação de um profissional. Para reduzir a rotatividade, algumas empresas oferecem alguns benefícios que só são recebidos após um período de trabalho relativamente longo, para estimular a permanência na empresa. 189 Uma alta rotatividade pode ser um problema geral da empresa ou de determinada chefia. Pode ser indício de políticas de pessoal deficientes ou de descontentamento. Deve-se verificar alternativas, como a redefinição das funções, o diagnóstico do comportamento das chefias, a política de remuneração da empresa e comparação com a dos competidores, as perspectivas de crescimento profissional oferecidas, a cultura organizacional e sua compatibilidade com o ambiente em que atua a empresa, o clima organizacional, entre outros. 190 CÁLCULO DO ÍNDICE DE TURNOVER 1º Formula: (nº de admissões + nº de demissões) / 2*100 = MÉDIA 2º Formula: (Nº de emp. no 1º dia do mês + nº de emp. no último dia do mês) / 2 = EFETIVO MÉDIO 3º Formula: (média / efetivo médio) = índice de Turnover 191 Disciplina Ao entrar para uma organização, as pessoas se obrigam a alguns tipos de comportamento determinados pela cultura dessa organização. Algum grau de disciplina é indispensável a qualquer empresa. É preciso deixar claro que o objetivo da disciplina não é causar danos a alguém, mas obter o comportamento desejado. 192 Disciplina Medidas disciplinares devem ser percebidas como justas pelo pessoal, pois ninguém gosta de ser punido. Um desempenho desejado com base apenas na disciplina não tende a proporcionar resultados duradouros, pois é impossível controlar todas as pessoas o tempo todo. 193 CONTENCIOSO TRABALHISTA Área que trata dos processos trabalhistas movidos pelos empregados contra a empresa. Trabalho especializado que envolve as políticas de RH. A estratégia de defesa é discutida previamente entre o advogado responsável pelo contencioso e o gestor dos recursos humanos, tendo em vista o envolvimento político e administrativo que cerca todo o processo judicial e o nome e a imagem da organização. 194 PREPOSTO Nome dado àquele que, acompanhando o advogado responsável pelo contencioso trabalhista, representa a empresa defendendo seus interesses perante a Justiça do Trabalho. A empresa nomeia como preposto o profissional que está familiarizado com os detalhes do processo e que tem um embasamento legal suficiente para acompanhar eventos do processo. Cabe a ele a tomada de decisão em nome da empresa frente ao Poder Judiciário, e não ao advogado trabalhista. 195 GESTÃO DAS RELAÇÕES TRABALHISTAS Área que responde pelo planejamento e execução de programas relacionados à área trabalhista-sindical. Pela prestação de assessoria a todas as áreas da empresa, em questões referentes às políticas e diretrizes no campo das relações entre capital e trabalho e no correto cumprimento e interpretação de normas legais ligadas a esses cenários (CLT, leis complementares, acórdãos, convenções coletivas de trabalho, acordos coletivos de trabalho e outros). 196 São campos de trabalho dessa área as seguintes ações: Contatos com sindicatos patronais Participação em assembléias, reuniões de trabalho, pesquisas etc., representando a empresa. Normalmente é o porta-voz da empresa em assuntos ligados aos sindicatos; é o canal de comunicação entre capital e trabalho. Negociações de acordos coletivos de trabalho (ACT) Negociações de convenções coletivas de trabalho (CCT) 197 Análise periódica da “temperatura organizacional” Tem o papel de diagnosticar e sugerir ações preventivas e corretivas no atendimento e solução de necessidades sentidas por parte dos trabalhadores. Está habilitado a conhecer e avaliar em tempo hábil qualquer mudança significativa tanto no plano individual quanto no grupal. Condução de palestras Treinamentos e ações de reciclagem cognitiva das linhas da empresa (líderes, supervisores gerentes, diretores etc.), objetivando manter atualizado o nível de conhecimentos dos profissionais sobre ações sindicais, acordos, necessidades sentidas na estrutura organizacional etc. 198 Assessoria direta à cúpula da empresa Na formação de estratégias e diretrizes na condução das relações entre capital e trabalho, por exemplo, na implementação de um programa de planejamento estratégico, em momentos de decisões da categoria, na formulação de respostas às pautas de reivindicações etc. Acompanhamento de dissídios e julgamentos Acompanha a evolução dos acontecimentos relativos aos acordos firmados na sua categoria, como também em outras, subsidiando o mapeamento dos resultados e as tendências das pautas de reivindicações dos trabalhadores. Comparece às grandes audiências para se atualizar sobre as discussões e resultados imediatos, bem como assina publicações que lhe permitam conhecer e dominar os acontecimentos e conhecer os pareceres dos juízes trabalhistas. 199 Acompanhamento e assessoria ao contencioso trabalhista Acompanha todos os processos trabalhistas movidos pelos empregados contra a empresa e assessora o órgão responsável pela defesa (interno ou externo em concordância com a política e as diretrizes trabalhistas estrategicamente traçadas. 200 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • BERGAMINI, Cecília Whitaker. Psicologia Aplicada à Administração de Empresas. São Paulo: Atlas, 1982. • CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. São Paulo: Makron Books, 1993. 4ª ed. • CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: O novo papel de recurso humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campos, 1999. FLEURY, M; FISCHER,R.. Cultura e poder nas organizações. São Paulo: Atlas, 1996. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FREITAS, M.E. Cultura Organizacional grandes temas em debate. Revista ERA, São Paulo, 1991. MARRAS, Jean Pierre. Administração de Recursos Humanos: do Operacional ao Estratégico. São Paulo: Futura, 2000. 3ª ed. TAVARES, M.. Cultura Organizacional: Uma abordagem antropológica da mudança. Rio de Janeiro: Qualitymark,1999.