HISTÓRIA E METODOLOGIA
• Contato com falantes de outro idioma –
independente de razões  necessidade antiga.
• Contato direto com o estrangeiro
(aquisição
em meio natural) – primeiras aprendizagens.
Paralelamente a estas aquisições em meio
natural, alguns povos se preocuparam em
aprender e ensinar, de forma sistemática,
algumas línguas estrangeiras.
Primeiras evidências do ensino de uma
segunda língua
• Conquista dos sumérios pelos acadianos (3000 a
2350 a.C).
• Acadianos  adotam o sistema de escrita dos
sumérios e aprendem a língua dos povos
conquistados (instrumento de promoção social,
dando acesso à religião e à cultura da época).
• Romanos  (séc III d.C) aprendem o grego como
segunda língua (prestígio da civilização grega)
• Séc III d.C – aparição dos primeiros manuais
de aprendizagem de uma língua estrangeira.
• Características:
– Manuais bilíngues
– Foco na prática do vocabulário e da conversação
– Utilizado por falantes do latim que aprendiam o
grego.
Na Europa, durante a Idade Média, o latim
possuía muito prestígio, sendo considerado a
língua da igreja, dos negócios, das relações
internacionais, das publicações filosóficas,
literárias e científicas (Puren, 1988).
Sec. IX – Gália (França)
Ensino de línguas:
• Latim – língua estrangeira (língua culta)
• Língua Francesa (língua popular)
Características do ensino de línguas:
- Foco: leitura
- Estratégia: letras  sílabas  palavras  frases
- Estudo da gramática: a partir de textos religiosos
(poemas  casos e declinações latinas)
- Vocabulário: maior número possível de palavras
de uso mais frequente ou tiradas da Bíblia –
auxílio de glossários.
Sec. XVI – revolução linguística
Educadores  Bilinguismo:
Latim - língua culta x Línguas vernáculas
(francês, italiano, inglês, espanhol, alemão e o
holandês) - língua popular.
Final da Idade Média e começo da Renascença –
línguas vernáculas (mais importantes que o
latim) – latim (menos usado na oralidade).
À medida que as diversas línguas nacionais
suplantaram o latim como língua de
comunicação, elas se tornaram objeto de
aprendizagem escolar.
Plano metodológico - o ensino das línguas vivas
ou modernas vai se basear no modelo de
ensino do latim.
Diante do fracasso do modelo de ensino de línguas
estrangeiras. Em 1638, Comenius publica ‘Didática
magna’ – método de ensino.
Princípios de didática das línguas:
- Princípio da ordem natural
- O lúdico
- A aprendizagem sem castigos corporais
Comenius – fundador da didática das línguas enquanto
disciplina científica autônoma.
O latim era ensinado na língua dos alunos e as lições
eram constituídas de frases isoladas, na língua
materna, escolhidas em função do conteúdo
gramatical a ser ensinado e memorizado pelos alunos.
• Sec. XVIII
- os textos em língua estrangeira tornam-se objeto
de estudo;
- os exercícios de versão/ gramática passam a
substituir a forma anterior de ensino que partia
de frases isoladas tiradas da língua materna.
- “método gramática-tradução” mais comumente
chamado “tradicional” ou “clássico”.
O QUE É MÉTODO
• Método vem do grego méthodos, uma palavra
composta por meta, que denota sucessão, ordenação e
hodós, que significa via, caminho. O conceito de
método está relacionado a um caminho que, seguido
de forma ordenada, visa a chegar a certos objetivos,
fins, resultados, conceitos etc.
• Rampazzo(2002:13) afirma que atualmente a palavra
método refere-se a “um conjunto de etapas,
ordenadamente dispostas, a serem vencidas na
investigação da verdade, no estudo de uma ciência, ou
para um determinado fim”.
- Método – caminho necessário para a
obtenção de um fim.
- Conceito de método sofre alteração em
diferentes Ciências.
- Método – concepções na área pedagógica –
foco no ensino de LE.
A visão de Edward Anthony(1963)
• Método – estágio intermediário entre a abordagem de ensino e as
técnicas adotadas pelo professor.
• Abordagem – visão geral sobre o que seja uma língua e sobre o que
seja ensinar e aprender uma língua.
• Método:
- estágio seguinte à abordagem
- De acordo com a abordagem – derivado
- papel de plano geral para apresentação e ensino da língua.
• Técnicas – são os recursos, as estratégias e as atividades práticas
empregadas pelo professor, na sala de aula, para que o método
atinja a sua realização concreta no contexto pedagógico.
A visão de Edward Anthony(1963)
• Relação entre os elementos ocorre
de forma hierárquica.
• Abordagem - elemento mais
abrangente
• Técnica - mais específico.
• Elemento superior conduz à
elaboração e ao planejamento do
seguinte.
• Método  deriva da abordagem do
professor  influencia a escolha e
o emprego das técnicas de ensino.
• Método - função básica de
planejamento da atividade docente,
levando em conta as concepções de
linguagem e aprendizagem do
professor.
• Relação entre os elementos ocorre de forma
hierárquica.
• Abordagem - elemento mais abrangente
• Técnica - mais específico.
• Elemento superior conduz à elaboração e ao
planejamento do seguinte.
• Método deriva da abordagem do professor e, por
consequência, influencia diretamente a escolha e o
emprego das técnicas de ensino.
• Método a função básica de planejamento da atividade
docente, levando em conta as concepções de
linguagem e aprendizagem do professor.
A visão de Richards e Rodgers(1986)
• Reformulação e ampliação do conceito de
método.
• Método – três componentes: a abordagem, o
desenho (design) e os procedimentos.
• Para os
• O método deixa de ser um estágio hierárquico
intermediário para tornar-se a combinação
harmônica de três fatores: a abordagem, o
desenho e os procedimentos.
• Abordagem - concepções do professor sobre
língua e aprendizagem. Influenciada por
teorias advindas das Ciências Linguisticas (no
que se refere à visão de linguagem) e da
Psicologia (no que se refere à visão de
ensino/aprendizagem).
• O Desenho de curso(design)
Subdivisão:
- Objetivos de ensino
- Programa de ensino
- Papel do professor
- Papel dos materiais instrucionais
- Tipos de tarefas
• Os elementos acima derivam da abordagem e precisam
estar em interrelações lógicas e harmoniosas.
• Procedimentos - referem-se às técnicas, aos
comportamentos, às práticas e estratégias
didáticas que possibilitam a execução prática e
real de um método na sala de aula.
Críticas ao conceito de método
• Caráter prescritivo dos métodos de ensino. Argumenta-se que os
métodos possuem natureza altamente prescritiva, o que diminui ou
impossibilita a realização de uma prática docente autônoma e
coerente. Dessa forma, o professor seria um reprodutor em sua
aula de técnicas elaboradas e prescritas por terceiros.
• A descontextualização dos métodos - Os métodos ignoram as
especificidades e as realidades contextuais, partindo do falso
princípio de homogeneidade das salas de aula.(o que seria bom ou
bem-sucedido em um contexto seria bom para “todos” os outros)
• Imprecisão terminológica - a abrangência e a polissemia
• Inexistência do método perfeito - enorme diversidade de fatores
cognitivos, afetivos, sociais, culturais, entre outros, envolvidos no
processo de ensino/aprendizagem.
ECLETISMO
• A busca pelo “método perfeito” se
transformou na busca de um “método mais
adequado” - defesa do ecletismo no ensino de
línguas estrangeiras como forma de liberdade
e flexibilidade metodológicas. Deseja-se com
isso estabelecer um rompimento com a rigidez
imposta por muitos métodos e a valorização
dos professores, dos alunos e dos contextos
de aprendizagem.
• Ecletismo - visa a possibilitar que o professor
faça escolhas metodológicas que sejam mais
coerentes e necessárias, tendo em vista o
contexto de ensino aprendizagem onde cada
professor desempenha a sua atividade docente.
• Rompimento com procedimentos metodológicos
que, na maioria das vezes, foram planejados para
salas de aula padronizadas e idealizadas,
desconsiderando diferenças contextuais e
individuais de naturezas variadas.
• Ecletismo - deve ser compreendido como flexibilidade
e não como ausência metodológica.
• O método eclético deve conduzir a uma prática
coerente e plural no ensino de uma língua, onde
grande variedade de atividades possa ser empregada
de forma a facilitar, acelerar ou otimizar o processo de
ensino.
• Ao adotar um método eclético, o professor deve ser
capaz de fazer escolhas metodológicas que atendam às
características e às necessidades de seu contexto
pedagógico. Portanto, ele deve estar atento para que o
caminho até seus objetivos seja coerentemente
percorrido. Em outras palavras, toda atividade docente
deve ser justificável e estar em harmonia com os
objetivos de ensino/aprendizagem.
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revisão - metodologia a1