Universidade do Sul do Estado de Santa Catarina Campus Grande Florianópolis – Unidade Pedra Branca Curso de Medicina Disciplina do Sistema Músculo Esquelético Síndromes Compressivas Eduardo Gomes Leonardo Araújo Luiz Eduardo Inoue Marília Macedo Mickael Oliveira Duarte Otávio Campos Paulo Henrique Martins Paulo Henrique Ely ANATOMIA INERVAÇÃO DOS MM SUPERIORES Anatomia • Plexo Braquial – Inervação de todo membro superior – Formado por ramos anteriores de C5 a T1 – Situado entre os músculos escaleno anterior e médio, posterior e lateralmente ao músculo esternocleidomatoídeo. – Posterior à clavícula e acompanha a artéria axilar e m. peitoral maior Anatomia Anatomia Anatomia Plexo Braquial Ramos Supraclaviculares Ramos Infraclaviculares Anatomia Ramos Supraclaviculares Nervos para os Músculos Escalenos e Longo do Pescoço : originam-se dos ramos ventrais dos nervos cervicais inferiores (C5,C6,C7 e C8) Nervo Frênico : o nervo frênico associa-se com um ramo proveniente do quinto nervo cervical (C5). Nervo Dorsal da Escápula : proveniente do ramo ventral de C5, inerva o levantador da escápula e o músculo rombóide. Anatomia Ramos Supraclaviculares Nervo Torácico Longo : é formado pelos ramos de C5, C6 e c7 e inerva o músculo serrátil anterior. Nervo do Músculo Subclávio : origina-se próximo à junção dos ramos ventrais de C5 e C6, e geralmente comunica-se com o nervo frênico e inerva o músculo subclávio. Nervo Supra-escapular : originado do tronco superior (C5 e C6), inerva os músculos supraespinhoso e infra-espinhoso. Anatomia Ramos Infra-claviculares Fascículo Lateral Fascículo Medial Fascículo Posterior Anatomia Fascículo Lateral Peitoral Lateral : proveniente dos ramos do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6 e C7). Inerva a face profunda do músculo peitoral maior; Nervo Musculocutâneo : derivado dos ramos ventrais de C5, C6 e C7. Inerva os músculos braquial anterior, bíceps braquial e coracobraquial; Raiz Lateral do Nervo Mediano : derivado dos ramos ventrais deC5, C6 e C7. Inerva os músculos da região anterior do antebraço e curtos do polegar, assim como a pele do lado lateral da mão. Anatomia Fascículo Medial Peitoral Medial: derivado dos ramos ventrais de C8 e T1. Inerva os músculos peitorais maior e menor; Nervo Cutâneo Medial do Antebraço: derivado dos ramos ventrais de C8 e T1. Inerva a pele sobre o bíceps até perto do cotovelo e dirige-se em direção ao lado ulnar do antebraço até o pulso; Nervo Cutâneo Medial do Braço: que se origina dos ramos ventrais de C8,T1. Inerva a parte medial do braço; Anatomia Fascículo Medial Nervo Ulnar: originado dos ramos ventrais de C8 e T1. Inerva os músculos flexor ulnar do carpo, metade ulnar do flexor profundo dos dedos, adutor do polegar e parte profunda do flexor curto do polegar. Inerva também os músculos da região hipotenar, terceiro e quarto lumbricais e todos interósseos; Raiz Medial do Nervo Mediano: originada dos ramos ventrais de C8 e T1. Inerva os músculos da região anterior do antebraço e curtos do polegar, assim como a pele do lado lateral da mão. Anatomia Fascículo Posterior Subescapular Superior: originado dos ramos de C5 e C6. Inerva o músculo subscapular; Nervo Toracodorsal: originado dos ramos de C6, C7 e C8. Inerva o músculo latíssimo do dorso; Nervo Subescapular inferior: originado dos ramos de C5 e C6. Inerva os músculos subscapular e redondo maior; Anatomia Fascículo Posterior Nervo Axilar: originado dos ramos de C5 e C6. Inerva os músculos deltóide e redondo menor; Nervo Radial: originado dos ramos de C5, C6, C7, C8 e T1. Inerva os músculos tríceps braquial, braquiorradial, extensor radial longo e curto do carpo, supinador e todos músculos da região posterior do antebraço. Anatomia Resumo do Plexo Braquial Anatomia • Túnel Cubital – Canal por onde passa o nervo ulnar através do cotovelo Anatomia • Túnel Ulnar – Espaço entre o osso pisiforme e o hamato – Passam a artéria ulnar e nervo ulnar SDCT SÍNDROME DO DESFILADEIRO CÉRVICOTORÁCICO Síndrome Do Desfiladeiro Cérvicotoracico (SDCT) • “Conjunto de sinais e sintomas decorrentes da compressão do plexo braquial e dos vasos subclávios na região do desfiladeiro torácico, entre o pescoço e a axila.” Charles Rob, 1958 Síndrome Do Desfiladeiro Cérvicotoracico (SDCT) • Incidência: 3-80/1000 habitantes / Mulheres • 20-50 anos • Plexo Braquial - 95% • Veia Subclávia – 4% • Artéria Subclávia – 1% Síndrome Do Desfiladeiro Cérvicotoracico (SDCT) • Anatomia do desfiladeiro: 1- Espaço do triângulo interescaleno 2- Espaço do triângulo costoclavicular 3- Espaço subcoracóide 2- Espaço costoclavicular 3- Espaço subcoracóide 1- Espaço interescaleno Síndrome Do Desfiladeiro Cérvicotoracico (SDCT) • Etiologia da compressão: – Anomalias congênitas(rara): banda fibrosa, costela cervical – Esforço repetitivo: baseball, natação, academia – Postura e atividades diárias – Trauma automobilístico – Fratura de costela, linfonodomegalia – Tumores Síndrome Do Desfiladeiro Cérvicotoracico (SDCT) • Diagnóstico: – História e exame físico – Exames complementares Síndrome Do Desfiladeiro Cérvicotoracico (SDCT) • Diagnóstico/Quadro clínico – Neurológico: C8-T1 (N. ulnar) 90% ou raízes de C5,C6,C7 – Dor – Parestesias – Fraqueza MMSS – Intolerância ao frio – Fenômeno de Raynauld – Maioria tem história de acidente ou esforço repetitivo Síndrome Do Desfiladeiro Cérvicotoracico (SDCT) • Diagnóstico/Quadro clínico – Venoso • Edema de braço • Cianose • Parestesia da mão e dedos • Dor • Distensão veias superficiais – Arterial • Claudicação/Fadiga • Palidez • Parestesias • Dif. Pressão >20mmHg • Embolia/ isquemia Indivíduos com história de esforço excessivo, trauma, postura inadequada. Síndrome Do Desfiladeiro Cérvicotoracico (SDCT) • Diagnóstico/Exame físico – Teste de Wright/ Teste de Tinel Teste de Adson Teste de Roos Síndrome Do Desfiladeiro Cérvicotoracico (SDCT) • Diagnóstico/Exames complementares - Radiografia de Cervical/Tórax - Angiografia - ENM, TC, RMN Síndrome Do Desfiladeiro Cérvicotoracico (SDCT) • Diagnóstico diferencial: – IAM – Síndrome do Túnel do Carpo – Injúrias manguito rotador – Hérnia de disco – Tumor Pancoast – Vasculites – Fibromialgia Síndrome Do Desfiladeiro Cérvicotoracico (SDCT) • Tratamento: – Conservador: • • • • • Exercícios de postura, pilates, fisioterapia Analgésicos AINES Anti-depressivos Heparina – Cirúrgico: Indicações: • • • • • Falha no tto conservador Dor persistente Déficit neurológico importante Aneurismas Trombose Síndromes Compressivas SÍNDROME COMPRESSIVA DO NERVO MEDIANO Síndromes Compressivas Do Nervo Mediano Antebraço Proximal Síndrome do Interósseo Anterior Síndrome do Pronador Antebraço Distal Síndrome do Túnel do Carpo Nervo Interósseo Anterior • Posterior ao nervo mediano; • 2 a 8 cm abaixo do epicôndilo medial; • Passa entre o FPD e FLP; Nervo Interósseo Anterior • Ramo exclusivamente motor do n. Mediano; Flexores profundos do 2o e 3o dedo Flexor longo do polegar Inerva Músculo pronador quadrado Síndrome do Interósseo Anterior • Também conhecida como Síndrome Kiloh-Nevin; • A síndrome é caracterizada pela ausência de participação sensorial combinada com paralisia parcial do nervo mediano; • O conhecimento da distribuição anatômica do nervo explica a patologia e localiza o nível de lesão. Síndrome do Interósseo Anterior Causas • • • • • • Neurite local; Lesão antebraço (fraturas); Trauma direto – lesão penetrante; Doença reumatóide e artrite gotosa; Banda fibrosa; Ligamento arqueado; Síndrome do Interósseo Anterior Lesão penetrante Banda Fibrosa Fraturas Compressão Nervo interósseo anterior Síndrome do Interósseo Anterior Ligamento Arqueado Síndrome do Interósseo Anterior Quadro Clínico • Sinal de Kiloh-Nevin; • Perda da força de pronação da mão; • Fraqueza progressiva da flexão do polegar, indicador e dedo médio. * Nenhum sintoma sensorial Síndrome do Interósseo Anterior • Sinal de Kiloh-Nevin Síndrome do Interósseo Anterior Diagnóstico • Anamnese e exame físico; • ENMG. Síndrome do Interósseo Anterior Tratamento • Conservador: -Repouso, imobilização, AINH, miorrelaxantes, e fisioterapia; -Evitar movimentos repetidos de pro-supinação; • Cirúrgico Síndrome do Pronador Redondo Síndrome do Pronador Redondo • É uma neuropatia de compressão do nervo mediano na altura do cotovelo; • É mais rara se comparada a Síndrome do Túnel do Carpo e Síndrome do Interósseo Anterior, Síndrome do Pronador Redondo Fáscia do Bíceps Dois Ramos musculares do músculo pronador redondo Compressão Nervo Mediano Síndrome do Pronador Redondo Arcada dos Flexores dos Dedos Síndrome do Pronador Redondo Síndrome do Pronador Redondo Quadro Clínico • Dor do tipo cansaço – início insidioso; • Desconforto do antebraço com irradiação para o braço proximal; • Dor e dormência na distribuição do nervo mediano distal. Síndrome do Pronador Redondo Quadro Clínico • Dor na região proximal do antebraço e pronação do antebraço contra resistência; • Enfraquecimento da oponência do polegar nos três primeiros dedos; • Déficit sensorial na mão, incluindo região tenar Síndrome do Pronador Redondo Diagnóstico • Pronação ativa/passiva do antebraço; • Maior tensão do pronador na pronação resistida; • Pronação contra a resistência com cotovelo em extensão; • Flexão do cotovelo com antebraço supinado. Síndrome do Pronador Redondo Tratamento • Conservador: - Repouso, imobilização, AINH, miorrelaxantes e fisioterapia. • Cirúrgico: - Liberação do nervo mediano. Síndrome do Túnel do Carpo • Neuropatia mais frequente do MMSS • Mais frequente causa de encaminhamento aos laboratórios de ENMG; • 15% da população; • 90% no sexo feminino. Síndrome do Túnel do Carpo • Compressão do nervo mediano no punho, dentro do Túnel do carpo. Túnel do carpo • Dorsal = ossos do carpo • Ventral = retináculo flexor Síndrome do Túnel do Carpo • Fisiopatologia – Anatômicas: • Diminuição da capacidade do túnel carpal – Aumento do conteúdo – Fisiológicas: • Condições neuropáticas e inflamatórias; • Alterações do equilíbrio hídrico; • Forças externas Síndrome do Túnel do Carpo • Causas – – – – – – – – Ocupacional Gravidez Doenças endócrinas Doenças do tecido conectivo Doenças inflamatórias Doenças infecciosas Tumores Trauma Síndrome do Túnel do Carpo • Causas ocupacionais Síndrome do Túnel do Carpo • Quadro Clínico – – – – – – Mulheres, 3ª a 6ª década Uni e bilateral. Diminuição da função sensorial e/ou motora. Dor (noturna) Parestesia Irradiação para o braço, ombro e peitoral. Síndrome do Túnel do Carpo Síndrome do Túnel do Carpo • Exame Físico – – – – – – – Alteração sensitiva; Fraqueza de abduçao do polegar Fraqueza da pinça Teste de Phalen Teste de Tinel ENMG Investigação de causas sistêmicas e metabólicas. Síndrome do Túnel do Carpo • Tratamento – Doença Base – Tratamento Conservador – Tratamento Cirúrgico Síndrome do Túnel do Carpo • Tratamento Conservador – Indicações: • Quadro clínico leve e recente; • Sem parestesia; Nos casos de patologia • Atrofia muscular. Síndrome do Túnel do Carpo • Tratamento Conservador - Repouso; - Imobilização; - Infiltração com corticóide. Síndrome do Túnel do Carpo • Tratamento cirúrgico – Indicações: • Longa duração, • Ausência de resposta ao tto conservador, • Comprometimento da musculatura tenar Cirurgia aberta ou por via endoscópica Síndrome Do Nervo Ulnar SÍNDROME DO TÚNEL ULNAR Síndrome Do Túnel Ulnar • Lesões do nervo ulnar no antebraço são raras e difíceis de diferenciar de lesões no cotovelo – Pode ocorrer compressões em 4 locais diferentes: • Na entrada do tunel ulnar • No túnel ulnar • Mais distalmente no corpo muscular do flexor ulnar do carpo Síndrome Do Túnel Ulnar • Etiologia: – Doenças sistêmicas : DM , doenças renal, amiloidose, acromegalia, alcoolismo crônico, desnutrição, Hansen. ( Apferg et al ) – Fatores extrínsecos: compressões pós-operatórias, seqüelas das fraturas-luxações no cotovelo, LER . – Fatores intrínsecos: compressão do nervo ulnar no cotovelo (neurite pós-traumatica) pelo processo supracondilar ou ligamento de Struthers ou pelo músculo anconeu que cruza o nervo no túnel ulnar. Subluxação do nervo ulnar ao nível da goteira epitrocleana, que pode estar presente na população normal, e que predispõe a neurite irritativa. Síndrome Do Túnel Ulnar • • A compressão pode ser uni ou bilateral. Classificação de McGowan: – Grau I : sintomas leves de dor e parestesia – Grau II: com dor parestesia e paresia motora – Grau III:com dor parestesia e paralisia da musculatura extrínseca e intrínseca Síndrome Do Túnel Ulnar • Quadro Clínico: – Dor – Parestesia e hipoestesia de caráter intermitente no território do nervo ulnar – Acentuam com a abdução do ombro. Síndrome Do Túnel Ulnar • Exame clinico: – Sinal de digito-percussão positivo na região retro-olecreana . – Hipotrofia dos intrínsecos da mão – Alterações de sensibilidade na área do nervo ulnar – sinal de tinel , – A força de preensão estará diminuída - sinal de froment • Exames complementares: – Eletromiografia dinâmica (EMG ) ( positivo em apenas 40% das lesões graves e moderadas ) – RX de cotovelo – Hemograma e provas reumáticas. Síndrome Do Túnel Ulnar • Diagnostico Diferencial: – – – – – – Síndrome Cubital Síndrome Do Canal De Guyon Lesão Do Disco Cervical Tumor De Pancoast Doença De Hansen Neuropatia Alcoólica Síndrome Do Túnel Ulnar • Tratamento: – Conservador : indicado naqueles casos de sintomas iniciais, como dor , parestesia, paresia através de imobilização do cotovelo e antiinflamatórios, seguido de fisioterapia . – Cirúrgico: O tratamento cirúrgico estará indicado naqueles casos em que o tratamento conservador não obteve resultado satisfatório. • Epicondilectomia • Descompressão por simples abertura do túnel ulnar (grau I e II ) • transposição anterior do nervo ulnar ( grau III ) Síndrome Do Nervo Ulnar SÍNDROME DO TÚNEL CUBITAL Síndrome do Túnel Cubital • Neurite ulnar do cotovelo • Compressão do nervo ulnar no túnel cubital • 2ª neuropatia mais comum do membro superior • Mulheres • “Cellbow” Síndrome do Túnel Cubital • Causas: – Atividade repetitiva e vício postural – Seqüelas de fraturas – Subluxação no epicôndilo medial – Processos expansivos – Hanseníase – Indeterminada 10% - 30% Síndrome do Túnel Cubital • Quadro Clínico: – Dor – Parestesia Comprometimento sensitivo Hipotrofia musculatura intrínseca Hipotrofia musculatura extrínseca (garra ulnar) Síndrome do Túnel Cubital • Diagnóstico – Testes: – Sinal de Tinel (percussão) – Teste de flexão do cotovelo, com ou sem elevação Síndrome do Túnel Cubital • Exames complementares: - RX de cotovelo (AP e P, cubital tunnel view) - Eletroneuromiografia - Ultrassonografia Síndrome do Túnel Cubital • Diagnóstico Diferencial: – Síndrome de Guyon – Lesão do disco cervical – Síndrome do escaleno anterior – Radiculopatia – Tumor de Pancoast – Doenças metabólicas (DM) Síndrome do Túnel Cubital • Classificação: – McGowan • Grau I: parestesia na área do nervo ulnar. • Grau II: fraqueza dos músculos interósseos. • Grau III: atrofia dos interósseos. Síndrome do Túnel Cubital • Tratamento não-cirúrgico: – Mudança nas atividades (postura, apoio, imobilização noturna - 45°) – Anti-inflamatórios, infiltrações (?) – Fisioterapia Síndrome do Túnel Cubital • Tratamento cirúrgico: – Descompressão simples – Transposições anteriores (subcutânea, intramuscular e submuscular) – Epicondilectomia Síndrome Do Nervo Ulnar SÍNDROME DO TÚNEL GUYON Síndrome de Guyon • Canal de Guyon: – Espaço na palma da mão por onde passa o nervo ulnar (pisiforme, hamato e flexor ulnar do carpo) Síndrome de Guyon • Causas não-ocupacionais: - Traumatismo direto Processo expansivo (tumor, lipoma, cisto) Alterações congênitas Trombose da artéria ulnar Fratura do hamato, piramidal, base do 4º e 5º dedos Síndrome de Guyon • Causas Ocupacionais: – Uso de ferramentas que comprimam mecanicamente a mão – Vibração – Movimentos repetitivos com força Síndrome de Guyon • Quadro clínico: - Alteração de sensibilidade 4º e 5º dedos com ou sem presença marcante de dor ou hipoestesia - Alterações da força e mobilidade - Diminuição da força de preensão e pinça - Sensação de frio / Intolerância ao calor - Fraqueza e hipotrofia muscular Síndrome de Guyon • Testes e exames complementares: – Sinal de Froment – paralisia do músculo adutor do polegar – movimento de preensão – Teste de Allen – Eletroneuromiografia - condução Síndrome de Guyon • Tratamento: - Conservador = Lesões sensitivas. Analgesia, anti-inflamatórios, repouso e afastar agente causador. - Cirúrgico = Lesões motoras. Descompressão do canal de Guyon é indicada após 3 meses de tratamento conservador sem sucesso. Síndrome Do Nervo Radial COMPRESSÃO DO NERVO RADIAL Compressão Do Nervo Radial Compressão Do Nervo Radial • O septo intermuscular lateral é o local mais comum de lesão compressiva do nervo radial. • Traumatismo com fratura de úmero ou luxações. Compressão Do Nervo Radial • “Paralisia do sábado à noite” comum alcoolistas ou dependentes de drogas. • Uso indevido de muletas. Compressão Do Nervo Radial • Síndrome do túnel radial: mais frequente lesão compressiva do nervo radial. • Síndrome do nervo interósseo posterior. • Síndrome de Wartenberg. Síndrome Do Nervo Radial SÍNDROME DE WARTENBERG Síndrome de Wartenberg • Envolve a compressão mais baixa, 1/3 distal, do antebraço. • Ramo sensitivo do nervo radial. Síndrome de Wartenberg • Quadro Clínico – Dor lateralmente ao cotovelo e dor antebraço distal; – Fadiga dos músculos do antebraço; – Fraqueza do antebraço e mão; – Dor aumenta à pronação do antebraço e extensão do cotovelo; Síndrome de Wartenberg • Quadro Clínico – Dor do dedo médio à flexão ou extensão contra resistência. – Dor e alterações da sensibilidade na área radial do punho e da mão Síndrome Do Nervo Radial SÍNDROME DO TÚNEL RADIAL Síndrome Do Túnel Radial • Compressão do nervo radial ao nível da extremidade proximal do antebraço. • Entre a 4ª. e 6ª. década de vida. • Locais de compressão do nervo no túnel radial: – – – – – Bandas fibrosas Plexo vascular de Henry Margem tendinosa do m. extensor curto radial do carpo. Arcada de Frohse Síndrome Do Túnel Radial • Diagnóstico – Dor incaracterística nas regiões posterior e proximal do antebraço, na musculatura extensora e nas proximidades do epicôndilo lateral do úmero. – Melhora com repouso. – Piora com os movimentos de extensão do punho e do antebraço. Síndrome Do Túnel Radial • Exame Físico – A extensão do punho + supinação do antebraço contra resistência = DOR. – A extensão contra a resistência dos dedos + a extensão completa do cotovelo = DOR. – Sem alteração motora. – Alteração sensitiva no primeiro espaço intermetarcapiano dorsal da mão. Síndrome Do Túnel Radial • Exames Complementares – ENMG: normal • Casos avançados sinais de denervação na ENMG, (confirmação diagnóstica) – USG – Raio X Síndrome Do Túnel Radial • Diagnóstico Diferencial – Epicondilite lateral do úmero: dor a compressão é bem definida no epicôndilo ou na cabeça do rádio. – Infiltração com lidocaína na região do túnel radial= alivio dos sintomas e bloqueio do nervo radial simulando uma paralisia do radial. – O paciente poderá apresentar as duas patologias simultaneamente. Síndrome Do Túnel Radial • Tratamento – Conservador: • Repouso , • Imobilização gessada axilopalmar com flexão do cotovelo a 90º, antebraço e punho em posição neutra e dedos livres para movimentação, • Antiinflamatórios, • Fisioterapia. – Cirúrgico: • Fracasso e recidiva de dor após tratamento conservador. Síndrome Do Nervo Radial SÍNDROME DO NERVO INTERÓSSEO POSTERIOR SINDROME DO NERVO INTERÓSSEO POSTERIOR Sindrome Do Nervo Interósseo Posterior • O local mais freqüente é na arcada de Frohse. Sindrome Do Nervo Interósseo Posterior Sindrome Do Nervo Interósseo Posterior • Pode ocorrer a “compressão dinâmica” do nervo. • Associação da compressão do nervo interósseo posterior com a epicondilite lateral do cotovelo em 5% dos casos. Sindrome Do Nervo Interósseo Posterior • Outras Causas – Arcada de vasos recorrentes da artéria radial. – Compressão por um lipoma. – Sinovite reumatóide na porção lateral do cotovelo. – Tendão anômala do músculo extensor radial curto do carpo. – Banda fibrosa da articulação radiocapitular. Sindrome Do Nervo Interósseo Posterior • Musculatura Inervada – – – – – – – – Extensor Comum dos Dedos Extensor Ulnar do Carpo Abdutor Longo do Polegar Extensor Próprio do Indicador Extensor Longo do Polegar Extensor Curto do Polegar Supinador Extensor Radial do Carpo Sindrome Do Nervo Interósseo Posterior • Quadro Clínico – A queixa principal do paciente é a dor no cotovelo e antebraço. – Não tem alteração sensitiva. – Desvio radial do carpo. Sindrome Do Nervo Interósseo Posterior • Quadro Clínico – O quadro clínico de uma paralisia total do nervo interósseo posterior mostra-se como fraqueza da musculatura extensora dos dedos e punho. Sindrome Do Nervo Interósseo Posterior Sindrome Do Nervo Interósseo Posterior • Exame Físico – Ao exame físico, pode-se visualizar ou não uma atrofia da massa extensora dos dedos e punho. – A supinação forçada do antebraço pode desencadear ou piorar a queixa dolorosa. – A dor provocada pela extensão forçada do III dedo, com o cotovelo em extensão, com antebraço supinado. Sindrome Do Nervo Interósseo Posterior • Exames Complementares – Ao exame de RX simples, pode haver a visualização de um edema à frente do músculo supinador, pouco especifico. – A eletroneuromiografia pode mostrar alterações, mas tem elevados índices de falso-negativos. – A ressonância magnética mostra-se efetiva para avaliar as compressões por massas expansivas. Sindrome Do Nervo Interósseo Posterior • Tratamento • Tratamento conservador: – Antiinflamatórios, imobilização provisória, fisioterapia, mudança de atividades e uso de splints. Sindrome Do Nervo Interósseo Posterior Tratamento cirurgico: – Caso não haja melhora em 3 á 6 meses, ou por compressão de massa expansiva.